Manual de Boas Práticas Nos Exames Grafoscópicos
Manual de Boas Práticas Nos Exames Grafoscópicos
Manual de Boas Práticas Nos Exames Grafoscópicos
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 3
1 REQUISITOS PARA A ATUAÇÃO................................................................................................ 4
2 TREINAMENTO ............................................................................................................................... 5
2.1 Requisitos para atuar como docente .......................................................................................... 5
2.2 Requisitos para atuar como perito ............................................................................................. 6
2.3 Conteúdo mínimo a ser abordado.............................................................................................. 6
2.3.1 Grafoscopia ................................................................................................................................ 6
2.3.2 Documentoscopia ....................................................................................................................... 6
2.3.3 Demais disciplinas obrigatórias tanto para grafoscopia como para documentoscopia ... 7
3 AVALIAÇÕES ................................................................................................................................... 7
4 USO DOS EQUIPAMENTOS .......................................................................................................... 8
5 MANUSEIO DOS DOCUMENTOS ................................................................................................ 8
6 OBTENÇÃO DE PADRÕES GRÁFICOS E DEMAIS DILIGÊNCIAS ....................................... 9
6.1 Critérios ........................................................................................................................................... 9
6.2 Diligência de coleta de padrões ................................................................................................ 10
6.3 Preparação para a coleta de padrões ...................................................................................... 11
6.4 O ato da coleta de padrões ........................................................................................................ 12
6.5 Coleta remota/virtual de padrões .............................................................................................. 14
7 METODOLOGIA .............................................................................................................................. 15
7.1 Análise de viabilidade ................................................................................................................. 15
7.2 Exame............................................................................................................................................ 16
7.3 Módulo convergências ................................................................................................................ 17
7.4 Módulo divergências ................................................................................................................... 17
8 EXAME EM REPRODUÇÕES ...................................................................................................... 18
9 EXAME EM DOCUMENTOS COM ASSINATURAS BIODINÂMICAS ................................... 18
10 APRESENTAÇÃO DAS CONCLUSÕES .................................................................................. 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 20
ANEXO 1 – TERMO DE COLETA DE MATERIAL GRÁFICO .................................................... 21
ANEXO 2 – FORMULÁRIO DE ANAMNESE ................................................................................ 22
ANEXO 3 – MODELOS DE CARTAS FORENSES ...................................................................... 23
ANEXO 4 – CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LIMITAÇÕES EM EXAMES EM
REPRODUÇÕES ............................................................................................................................... 25
3
INTRODUÇÃO
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1
Embora no CPC/2015 não haja menção ao termo “nível universitário” ou equivalente,
entende-se que o trabalho pericial exige o conhecimento sobre o método científico,
desenvolvido com a profundidade necessária para o desenvolvimento dos exames, com a
conclusão de alguma das modalidades de ensino superior.
2
A opção por cursos com um mínimo de 40 horas baseou-se na realidade dos cursos de
formação existentes em território nacional, juntamente com a necessidade de formar, com um
currículo mínimo, o profissional. A título de comparação, a norma americana ASTM E2388-
11/2011, que trata sobre os requisitos mínimos para a atuação como perito em documentos,
prevê que a formação se dê em 24 meses. Para a formação inicial do profissional, não se
considera que a formação em 24 meses seja um parâmetro realista, optando-se por uma
formação inicial em menor tempo seguido pelo acompanhamento por profissional mais
experiente nos 20 primeiros exames. A capacitação do profissional para atuar nos exames
em documentos e nos manuscritos deve ser feita em etapas, conforme preceitua o apêndice
2 do ENFSI-BPM-FHX-01. É inviável supor que um indivíduo, após a realização de um curso
com 40 horas, esteja pronto para atuar, sem qualquer tipo de orientação/supervisão. Prova
disso está na atuação dos peritos oficiais de natureza criminal, que, na maioria das Unidades
da Federação, após a regular formação na academia de polícia, têm seus primeiros laudos
revisados, mesmo de maneira informal, por profissional mais experiente. Desta forma, é
imperioso que haja a orientação para que os primeiros laudos elaborados sejam
supervisionados/revisados por profissional mais experiente.
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documento como um todo, uma vez que documentos contendo lançamentos gráficos
autênticos podem ser falsos ou terem sido alterados3.
✓ Além da formação mínima, os profissionais devem manter-se atualizados
através de educação continuada por meio de cursos, da participação em eventos
científicos relacionados à área, acesso a periódicos voltados para o tema, entre
outros4.
2 TREINAMENTO
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A possibilidade de que o documento seja uma montagem com uma assinatura autêntica
exige que o perito em grafoscopia, na capacitação, tenha noções fundamentais que
possibilitem a análise do documento com vistas a identificar alterações documentais materiais.
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A grafoscopia encontra-se em constante evolução, seja na determinação dos limites da
análise, como na criação de novas técnicas de exames. Além disso, novas modalidade de
fraudes surgem a todo momento.
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Considerando que o docente é responsável pela formação do profissional, pela transmissão
de competências, faz-se necessário que os critérios sejam mais rigorosos para a sua atuação.
Além do conhecimento teórico, é essencial que o docente tenha vivência prática na área que
se pretende lecionar.
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2.3.1 Grafoscopia
2.3.2 Documentoscopia
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3 AVALIAÇÕES
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Acreditar e certificar quem se submeteu ao teste/exercício a um amplo processo de avaliação
e checagem de seus procedimentos, equipamentos, demonstrando ao final que possui
competência, imparcialidade e capacidade para realizar, de maneira confiável, suas diversas
atividades, identificando áreas deficientes e que necessitam de aprimoramento, bem como a
limitação da técnica para emitir as conclusões. A aplicação de teste/exercício também é
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6.1 Critérios
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✓ Caso o perito responsável pelos exames não possa realizar a coleta de material
gráfico, deverá indicar outro profissional, que atenda aos requisitos previstos
na seção 1.
✓ Em relação aos documentos solicitados, na petição de agendamento da data
de coleta de padrões, solicitar que sejam apresentados ao perito documentos
oficiais, por exemplo, RG, CPF, Passaporte, Carteira Nacional de Habilitação,
Carteira de Trabalho e/ou outros documentos, desde que gozem de presunção
de autenticidade.
✓ É recomendado que o perito utilize scanner com resolução mínima de 600 dpi
ou máquina fotográfica com resolução não inferior a 10 MP durante a diligência.
✓ O perito deve entender o objetivo da perícia para que o ato da coleta seja
realizado de forma a atender o que foi solicitado.
✓ Para a realização da coleta, o perito deve ter acesso ao conteúdo do
documento questionado para garantir a adequabilidade do padrão a ser fornecido.
✓ Preparar com antecedência o material de coleta (impressão das folhas a
serem preenchidas, instrumentos escritores, folhas em branco, pasta/envelope para
acondicionar o material coletado).
✓ Na confecção das folhas de coleta, garantir espaçamento suficiente e
adequado, para que não haja sobreposição de traços, evitando assim prejuízo nas
análises.
✓ Disponibilizar instrumento escritor com as mesmas características do
utilizado na elaboração do documento questionado (caneta, lapiseira, lápis, pincel
etc.), bem como caneta esferográfica de tinta pastosa na cor azul, pois produzem
padrões ricos em detalhes.
✓ Garantir que o instrumento escritor esteja em perfeito funcionamento. Ter à
disposição mais de um instrumento escritor, para o caso de falha.
✓ Próxima à data de coleta é recomendável que o perito confirme a diligência
com a parte que irá fornecer os padrões.
✓ Deve-se apresentar uma ficha a ser preenchida pelo fornecedor contendo
campos relativos ao nome, filiação, endereço completo, nº da carteira de identidade e
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CPF, grau de instrução, mão dominante, se faz uso de mais de um tipo de assinatura,
se teve documentos roubados ou extraviados, se possui lesões, cirurgias, doenças
preexistentes ou uso de medicamentos que afetem a escrita, se faz uso de lentes
corretivas, data completa (local, dia, mês e ano) e finalmente a assinatura.
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7 METODOLOGIA
A análise de viabilidade pode ser realizada por profissional diverso daquele que
realizará os exames ou pelo perito designado ou nomeado. Os pontos que devem ser
abordados na análise de viabilidade são:
✓ Verificar se os documentos recebidos estão de acordo com aqueles
especificados pelo demandante. Analisar a quantidade e a especificação dos
documentos. Caso não estejam de acordo, interromper o exame e notificar o
demandante.
7 Entende-se por conclusiva a resposta elaborada a partir do exame desenvolvido sob método e/ou
técnica descrito no laudo, com a demonstração de que é aceito predominantemente pelos especialistas
daquela área, com a descrição das etapas do exame e dos limites do método e/ou da técnica adotados.
8 Entende-se por categórica a resposta taxativa, que não admita o menor grau de incerteza em relação
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7.2 Exame
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Pessoa que estaria autorizada a assinar ou a preencher um documento, ou que, dadas as
circunstâncias do caso, poderia tê-lo preenchido. Titular da assinatura ou rubrica.
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✓ Verificar se há:
I. Predominância de convergências significantes e/ou muito significantes.
II. Predominância de divergências significantes e/ou muito significantes.
III. Coexistência de convergências e divergências significantes e /ou muito
significantes.
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8 EXAME EM REPRODUÇÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEL PICCHIA FILHO, J.; DEL PICCHIA, C. M. R.; DEL PICCHIA, A. M. G. Tratado
de Documentoscopia: da falsidade documental. 3 ed. rev. ampl. atual. São Paulo:
Pilares, 2016.
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Eventuais intercorrências
Tal como:
<Quando o fornecedor faz uso de lentes corretivas e não dispõe no momento da
coleta>.
<Quando se observa que o fornecedor apresenta alguma condição permanente ou
transitória que possa alterar as funções psicomotoras>.
...
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Nome do pai:
Nome da mãe:
Endereço:
Profissão/ocupação:
Mão com que escreve habitualmente: □ Mão esquerda (canhoto) □ Mão direita (destro)
Mão com que está escrevendo agora: □ Mão esquerda □ Mão direita
Algum problema está limitando sua capacidade de escrever agora (machucado, gesso, curativo etc.)? Qual?
Já passou por algum tipo de cirurgia no(s) braço(s) ou na(s) mão(s)? Qual tipo e quando?
Faz uso regular de alguma droga de abuso (maconha, cocaína, ecstasy, etc.)?
Assinatura:
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Venho, portanto, candidatar-me a esta vaga. Sou brasileiro, solteiro, com 18 anos,
curso a 3ª série do Curso Técnico de Contabilidade do Colégio Horácio Alves – Escola
Municipal de 2° Grau – e possuo alguma prática de datilografia e arquivos.
Trabalhei durante dois anos nas Lojas Universais Rayon S.A. onde exerci as funções
de Auxiliar de Escritório Júnior.
Fernando Zanon
15 FREITAS, C.; OLIVEIRA, L. S.; SABOURIN, R.; BORTOLOZZI, F. Brazilian Forensic Letter
Database, 11th International Workshop on Frontiers on Handwriting Recognition (IWFHR-11), Montreal,
QC, Canada, August 19-21 2008. Disponível em: https://web.inf.ufpr.br/vri/databases/brazilian-forensic-
letter-database/.
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Prezada Senhora,
O almoço do Círio também é tradição, nele não falta a maniçoba, o pato no tucupi, o
vatapá, o tacacá e o açaí com peixe frito ou camarão.
Um cordial abraço,
João.
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17Baseado em DEL PICCHIA FILHO, J.; DEL PICCHIA, C. M. R.; DEL PICCHIA, A. M. G. Tratado de
Documentoscopia: da falsidade documental. 3 ed. rev. ampl. atual. São Paulo: Pilares, 2016 e SILVA,
E. S. C.; FEUERHARMEL, S. Documentoscopia: aspectos científicos, técnicos e jurídicos. 2 ed.
Campinas: Millennium, 2023.
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