Aula 31615314011
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TIPOS DE PERÍCIA
PERÍCIA SIMPLIFICADA
Na perícia simplificada, de acordo com o art. 421, § 1° do CPC,
O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para a entrega do laudo.
(Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992).
§ 1° Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimação do
despacho de nomeação do perito:
I - indicar o assistente técnico;
II - apresentar quesitos.
Isso quer dizer que o juiz, ao deferir a perícia, designa perito e fixa prazo
para entrega de laudo. Permite-se a cada parte a indicação de um assistente. O
prazo para indicação de assistentes pelas partes é de cinco dias, contados da
intimação do despacho de nomeação do perito e no mesmo prazo se apresentam
quesitos. Estes, os quesitos, são questões propostas ao perito e assistente na
forma de perguntas específicas e que são respondidas e fundamentadas pelos
peritos no laudo acompanhado ou não de anexos.
Podem as partes durante a diligência apresentar quesitos suplementares,
de cuja juntada é dada ciência à parte contrária, conforme o art. 425 do CPC.
Compete ao juiz indeferir quesitos impertinentes e formular os que entenderem
necessários ao esclarecimento da causa, conforme o art. 426 do CPC.
Quando a prova tem de realizar-se por carta pode-se proceder à
nomeação de perito e indicação de assistentes técnicos no juízo, ao qual se
requisita a perícia, conforme o art. 428 do CPC. O juiz pode prorrogar uma vez
o prazo para a apresentação do laudo, conforme o art. 432 do CPC. O perito
apresenta este em secretaria no prazo fixado pelo juiz, pelo menos vinte dias
antes da audiência de instrução e julgamento conforme o art. 433 do CPC.
Os assistentes oferecem seus laudos no mesmo prazo fixado pelo juiz
para o perito, conforme o art. 826, parágrafo único. O juiz deve dar ciência a
juntada da perícia às partes para manifestações ou pedido de quesitos
suplementares. Quando o exame tenha por objeto a autenticidade da letra e
firma o perito pode requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes
em repartições públicas. Na falta destes, pode requerer ao juiz que a pessoa a
que se atribui a autoria do documento lance em folha de papel, por cópia ou sob
ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação, conforme o art. 434 do CPC.
O juiz pode arguir perito e assistente em audiência, conforme o art. 827
da CLT, por iniciativa própria ou a requerimento da parte, que formula, desde
logo, as perguntas complementares que deseja apresentar sob a forma de
quesitos, segundo o art. 435 do CPC.
O laudo não é vinculante para o juiz, que não está adstrito às suas
conclusões, podendo rejeitá-las e formular a sua convicção com outros
elementos ou fatos provocados nos autos, conforme o art. 437 do CPC: “o juiz
poderá determinar, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova
perícia, quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida”. Ou
ordenar, de acordo com o art. 438 do CPC, segunda perícia destinada a corrigir
eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que a primeira conduziu.
A complexidade de algumas perícias contábeis em laudos informatizados
e acompanhados de inúmeros anexos com diversas colunas e milhares de
números inviabiliza praticamente qualquer possibilidade de verificação pelo juiz.
Daí a prática, tão inevitável quanto condenável, de simples remissão pelo juiz ao
laudo pericial, com o que a decisão fica praticamente transferida do juiz para o
perito, o que pode gerar, em alguns processos, prejuízos a uma das partes
quando o levantamento pericial, apesar de volumoso, é incorreto ou inadequado
ou quando o perito fixa premissas jurídicas invadindo a área reservada ao juiz.
O ideal seria o juiz, ao ordenar a perícia, já estabelecer as premissas
jurídicas a serem observadas pelo perito e formular os quesitos centrais
necessários para a elucidação dos aspectos técnicos.
PROVA PERICIAL
FINALIDADE
PRINCÍPIOS DA PROVA
ÔNUS DA PROVA
A palavra ônus vem do latim “onus, oneris”, que significa carga, peso fardo,
encargo, aquilo que sobrepesa. Existe ônus da prova quando um determinado
comportamento é exigido da parte para alcançar um fim jurídico desejado. O ônus é
aquilo que implica uma sobrecarga, que se tornou uma incumbência ou compromisso
de alguém, um dever. Daí pode-se concluir que o ônus da prova é a incumbência que a
parte possui de demonstrar a verdade de um fato ou de uma alegação feita no processo
penal, por exemplo.
A regra do CPP é a de que o ônus da prova incumbe a quem o alega:
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado
ao juiz de ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada
de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a
realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
PROVA DOCUMENTAL
PROVA TESTEMUNHAL