Aula 31615314011

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O MERCADO DE TRABALHO DE PERÍCIAS JUDICIAIS

O mercado de trabalho de perícias judiciais é farto para administradores,


contadores, economistas e na área específica da engenharia o campo de
atuação do Perito é amplíssimo. O trabalho é remunerado e geralmente cabe
adiantamento de honorários, quando solicitados na devida forma.
Há certos critérios a ponderar para chegar à dedução dos honorários do
perito, como por exemplo: a lide nos autos, o valor requerido pelo autor, o grau
de elevada responsabilidade do perito e outros. A importância do trabalho a ser
executado é vital para que se faça uma avaliação dos honorários para
posteriormente ser aprovado pelas partes e até mesmo pelo juiz.
A proposta de honorários do Perito deve ser formulada após tomar o
mesmo conhecimento do trabalho a ser desenvolvido, o que ocorre, em regra,
após a apresentação dos quesitos pelas partes.

VARAS EM QUE O PERITO PODE TRABALHAR

Na área cível envolve matérias de natureza comercial, como litígio entre


sócios, ações de liquidações societárias, falências, demandas de marcas e
patentes, ações de seguros, créditos, avaliação de pensão alimentícia, ações
possessórias, ações rescisórias, etc.
Na área do trabalho, a perícia trabalhista é exercida junto à justiça do
trabalho, iniciada nas Juntas de Conciliação. A maior parte das questões na
perícia trabalhista se refere a assuntos de salários ou ordenados, horas extras,
férias, aviso prévio, indenizações, comissões e dispensa. Já na área criminal, a
perícia trata de exames para detectar fraudes, acidente de trânsito com vítimas,
roubos, homicídios, etc.

TIPOS DE PERÍCIA

PERÍCIA SIMPLIFICADA
Na perícia simplificada, de acordo com o art. 421, § 1° do CPC,
O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para a entrega do laudo.
(Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992).
§ 1° Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimação do
despacho de nomeação do perito:
I - indicar o assistente técnico;
II - apresentar quesitos.

Isso quer dizer que a perícia simplificada, na qual a diligência do perito e


assistente não tem de ser formalizada em laudo escrito, é quando, pela natureza
do fato, basta sua investigação pelo juiz por ocasião da audiência de instrução e
julgamento a respeito das coisas que haja informalmente examinado. Isto é, não
há necessidade de laudo escrito e detalhado. A opinião do perito e dos
assistentes é apresentada oralmente, expondo ao juiz as suas conclusões
técnicas.
O juiz pode resumi-las em ata, não sendo comuns nos processos
trabalhistas. Deveriam ser mais utilizadas, porque em alguns casos são
adequadas. O número elevado de audiências trabalhistas praticamente impede
a sua utilização. Não obstante, abreviariam o tempo de duração do processo.

PERÍCIA POR LAUDO

Na perícia por laudo, de acordo com os arts. 826 e 827 da CLT:


Art. 826 - É facultado a cada uma das partes apresentarem um perito ou técnico.
Art. 827 - O juiz ou presidente poderá arguir os peritos compromissados ou os
técnicos, e rubricará, para ser junto ao processo, o laudo que os primeiros tiverem
apresentado.

Isso quer dizer que o juiz, ao deferir a perícia, designa perito e fixa prazo
para entrega de laudo. Permite-se a cada parte a indicação de um assistente. O
prazo para indicação de assistentes pelas partes é de cinco dias, contados da
intimação do despacho de nomeação do perito e no mesmo prazo se apresentam
quesitos. Estes, os quesitos, são questões propostas ao perito e assistente na
forma de perguntas específicas e que são respondidas e fundamentadas pelos
peritos no laudo acompanhado ou não de anexos.
Podem as partes durante a diligência apresentar quesitos suplementares,
de cuja juntada é dada ciência à parte contrária, conforme o art. 425 do CPC.
Compete ao juiz indeferir quesitos impertinentes e formular os que entenderem
necessários ao esclarecimento da causa, conforme o art. 426 do CPC.
Quando a prova tem de realizar-se por carta pode-se proceder à
nomeação de perito e indicação de assistentes técnicos no juízo, ao qual se
requisita a perícia, conforme o art. 428 do CPC. O juiz pode prorrogar uma vez
o prazo para a apresentação do laudo, conforme o art. 432 do CPC. O perito
apresenta este em secretaria no prazo fixado pelo juiz, pelo menos vinte dias
antes da audiência de instrução e julgamento conforme o art. 433 do CPC.
Os assistentes oferecem seus laudos no mesmo prazo fixado pelo juiz
para o perito, conforme o art. 826, parágrafo único. O juiz deve dar ciência a
juntada da perícia às partes para manifestações ou pedido de quesitos
suplementares. Quando o exame tenha por objeto a autenticidade da letra e
firma o perito pode requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes
em repartições públicas. Na falta destes, pode requerer ao juiz que a pessoa a
que se atribui a autoria do documento lance em folha de papel, por cópia ou sob
ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação, conforme o art. 434 do CPC.
O juiz pode arguir perito e assistente em audiência, conforme o art. 827
da CLT, por iniciativa própria ou a requerimento da parte, que formula, desde
logo, as perguntas complementares que deseja apresentar sob a forma de
quesitos, segundo o art. 435 do CPC.
O laudo não é vinculante para o juiz, que não está adstrito às suas
conclusões, podendo rejeitá-las e formular a sua convicção com outros
elementos ou fatos provocados nos autos, conforme o art. 437 do CPC: “o juiz
poderá determinar, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova
perícia, quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida”. Ou
ordenar, de acordo com o art. 438 do CPC, segunda perícia destinada a corrigir
eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que a primeira conduziu.
A complexidade de algumas perícias contábeis em laudos informatizados
e acompanhados de inúmeros anexos com diversas colunas e milhares de
números inviabiliza praticamente qualquer possibilidade de verificação pelo juiz.
Daí a prática, tão inevitável quanto condenável, de simples remissão pelo juiz ao
laudo pericial, com o que a decisão fica praticamente transferida do juiz para o
perito, o que pode gerar, em alguns processos, prejuízos a uma das partes
quando o levantamento pericial, apesar de volumoso, é incorreto ou inadequado
ou quando o perito fixa premissas jurídicas invadindo a área reservada ao juiz.
O ideal seria o juiz, ao ordenar a perícia, já estabelecer as premissas
jurídicas a serem observadas pelo perito e formular os quesitos centrais
necessários para a elucidação dos aspectos técnicos.

PROVA PERICIAL

Prova significa formar a convicção do juiz sobre a existência ou não de fatos


relevantes no processo, isto é, o conjunto de motivos produtores da certeza, é a
demonstração legal da verdade de um fato. Prova vem do latim proba, de probare
(demonstração, reconhecer, formar juízo de). Segundo De Plácido e Silva (1995), “a
prova consiste na demonstração de existência ou de veracidade daquilo que se alega
como fundamento do direito que se defende ou se contesta”.
Prova é o convencimento de fatos e a convicção de alguém, são os fatos da causa,
ou seja, os fatos deduzidos pelas partes como fundamentos da ação ou execução (prova
judiciária). Dessa forma, é todo e qualquer meio de percepção empregado pelo homem
com a finalidade de se comprovar a veracidade de uma alegação. Isto é, um instrumento
por meio do qual se forma a convicção do juiz (finalidade) a respeito da ocorrência de
fatos controvertidos (objeto) no processo.
No sentido processual, designa os meios, indicados em lei, para a realização
dessa demonstração, isto é, a soma de meios para a constituição da própria prova, ou
seja, para conclusão ou produção da certeza. Provar é demonstrar a verdade de uma
proposição. Podemos dizer que a prova judicial é a confrontação da versão de cada
parte, com os meios produzidos para aboná-la.
O juiz procura reconstituir os fatos valendo-se dos dados que lhe são oferecidos
e dos que pode procurar por si mesmo nos casos em que está autorizado a proceder de
ofício.

FINALIDADE

A prova tem a finalidade de transportar, para o processo judicial, a realidade


externa dos fatos que geraram a demanda, traduzindo-os, para que possam ser
conhecidos pelo juiz e para que sirvam de base para os debates entre as partes. Como
meio destinado a levar para o processo a reconstituição dos fatos, poderá ter falhas e
não cumprir com exatidão esse fim, situação na qual haverá a verdade real (concreta),
diferente da realidade formal (imaginária), e esta prevalecerá. De nada adianta ter
ocorrido ou não um fato se não pode ser provado.
Assim, finalidade da prova judiciária é a formação da convicção quanto à
existência dos fatos da causa. Em primeiro lugar, verifica-se a correção dos fatos
afirmados, ou seja, cria-se a natureza quanto à sua existência. O destinatário da prova é
o juiz. Para esse fim é que se produz a prova, pela qual o juiz virá a formar sua convicção.
Na convicção que formar o juiz, assentará a sentença.
Desse modo, a importância da prova e da sua análise pelas partes e pelo juiz é
fundamental para que o processo possa cumprir os seus fins.

PRINCÍPIOS DA PROVA

No processo penal, os princípios gerais da prova, segundo Paulo Lúcio Nogueira


(2000), são:
• Princípio da autorresponsabilidade das partes está relacionado com o
ônus da prova, cabendo a cada uma apresentar as provas que lhe pareçam necessárias.
• Princípio da comunhão da prova, pelo qual toda prova produzida na
esfera penal teria interesse comum, portanto, mesmo que fosse a testemunha arrolada
pela acusação, não poderia ser dispensada sem concordância da defesa, ou vice-versa.
Mas tal princípio não pode ser levado a extremo, pois permitiria um aumento do número
máximo de testemunhas de cada parte.
• Princípio da oralidade implica a realização de todas as provas em uma só
audiência de instrução e julgamento, exceto nas perícias.

• Princípio da concentração consiste na realização da instrução e do


julgamento em uma só audiência. Tal princípio já está implícito na oralidade.

• Princípio do livre convencimento motivado exige decisão fundamentada


do julgador, em face da relatividade das provas e do princípio da verdade real.

Já a prova, em processo trabalhista, submete-se aos seguintes princípios:

• Princípio da necessidade da prova, em que os fatos de interesse das


partes devem ser demonstrados em juízo. A prova deve ser a base e a fonte da sentença.
O juiz deve julgar de acordo com o alegado e provado.

• Princípio da unidade da prova, que, embora constituída de diversas


modalidades, forma uma só unidade a ser apreciada em conjunto, globalmente.

• Princípio da contradição, porque a parte contra a qual é apresentada uma


prova deve gozar da oportunidade processual de conhecê-la e discuti-la, inclusive
impugná-la, pelos meios processuais adequados.

• Princípio da igualdade de oportunidade de prova, garantindo-se às partes


idêntica oportunidade para pedir a realização de uma prova ou de exercitá-la.

• Princípio da legalidade, em decorrência do qual, se a lei prevê uma forma


específica para a produção da prova, ela não pode ser produzida de outra maneira.
• Princípio da imediação, significando não só a direção da prova pelo juiz,
mas a sua intervenção direta na instrução probatória, mais facilitada quando o processo
é fundado na oralidade, como no caso trabalhista.

• Princípio da obrigatoriedade de prova, segundo o qual, sendo a prova de


interesse não só das partes, mas também do Estado, que quer o esclarecimento da
verdade, as partes podem ser compelidas pelo juiz a apresentar no processo
determinada prova, sofrendo sanções no caso de omissão, especialmente as presunções
que passam a militar contra aquele que se omitiu e a favor de quem solicitou.

ÔNUS DA PROVA

A palavra ônus vem do latim “onus, oneris”, que significa carga, peso fardo,
encargo, aquilo que sobrepesa. Existe ônus da prova quando um determinado
comportamento é exigido da parte para alcançar um fim jurídico desejado. O ônus é
aquilo que implica uma sobrecarga, que se tornou uma incumbência ou compromisso
de alguém, um dever. Daí pode-se concluir que o ônus da prova é a incumbência que a
parte possui de demonstrar a verdade de um fato ou de uma alegação feita no processo
penal, por exemplo.
A regra do CPP é a de que o ônus da prova incumbe a quem o alega:
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado
ao juiz de ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada
de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a
realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.

Desse modo, as provas possuem a finalidade de convencer o julgador a respeito


de determinado fato que se apura no processo, podendo ser produzida de forma ampla
e irrestrita, observado o disposto no art. 155, parágrafo único do CPP. Assim, no
processo penal, toda vez que o fato a ser demonstrado estiver vinculado ao estado das
pessoas, o código impõe a produção da prova de acordo com a prescrição da lei civil,
por exemplo: se determinado indivíduo alega ser casado, a prova contundente será a
certidão de casamento.
Ônus da prova é a responsabilidade atribuída à parte para produzir uma prova e
que, uma vez não desempenhada satisfatoriamente, traz, como consequência, o não
reconhecimento, pelo órgão jurisdicional da existência do fato que a prova se destina a
demonstrar.
Segundo o art. 818 da CLT: “o ônus da prova é atribuído a quem alega a existência
de um fato: a prova das alegações incumbe à parte que as faz”. Desta forma, compete
ao empregador que despede por justa causa a prova desta. Os pagamentos efetuados
ao empregado têm de ser provados pelo empregador, o que abrange salários,
remuneração das férias, do repouso semanal, verbas rescisórias, etc.
Nem sempre a igual distribuição do ônus da prova atende às necessidades do
processo trabalhista, porque sobrecarrega o empregado, que não tem as mesmas
condições e facilidades do empregador. Outras vezes, acarreta cômoda posição para o
empregador. Basta negar todos os fatos e o empregado tem de prová-los, o que não é
fácil.

PRINCIPAIS MEIOS DE PROVA

Meio de prova é expressão de duplo significado. Tanto pode designar a atividade


do juiz ou das partes para a produção das provas, como também os instrumentos
ministrados ao juiz no processo para formar o seu convencimento. De acordo com o art.
332 do CPC, “todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não
especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda
a ação ou a defesa. (verdade formal)”.
Dessa forma, o compromisso do juiz é com a verdade formal, revelada pela
prova. O CPC admite todos os meios legais, entretanto, especifica em seu art. 342 a 443
diversos tipos de provas, assim como o Código de Processo Penal, nos artigos 158 a 250.
De acordo com o art. 332 do CPC, existem provas consideradas moralmente legítimas,
que embora não previstas em lei, não ferem os princípios éticos de captação, tais como:
escuta telefônica, gravação em meio magnético, filmagens, dentre outras.

PROVA DOCUMENTAL

Documento é todo objeto, produto de um ato humano, que representa outro


fato ou um objeto, uma pessoa ou uma cena natural ou humana. O documento pode
conter uma simples declaração de ciência ou um ato de vontade, como também uma
confissão extrajudicial, uma declaração de terceiros e, quando a lei o exige, deve ter
forma especial.
Prova documental abrange os instrumentos e documentos, públicos e privados.
Os instrumentos são documentos confeccionados com o objetivo de servir de prova e
documentos são gêneros a que pertencem todos os registros materiais de fatos
jurídicos.
De acordo com o art. 365 do CPC, na prova documental fazem os originais a
mesma prova que:
I - as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do protocolo das
audiências, ou de outro livro a cargo do escrivão, sendo extraídas por ele ou sob sua
vigilância e por ele subscritas;
II - os traslados e as certidões extraídas por oficial público, de instrumentos
ou documentos lançados em suas notas;
III - as reproduções dos documentos públicos, desde que autenticadas por
oficial público ou conferidas em cartório, com os respectivos originais;
IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial declaradas
autênticas pelo próprio advogado sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for
impugnada a autenticidade; (Acrescentado pela L-011.382-2006).
V - os extratos digitais de bancos de dados, públicos e privados, desde que
atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o
que consta na origem; (Acrescentado pela L-011.419-2006).
VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento, público ou
particular, quando juntados aos autos pelos órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo
Ministério Público e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em
geral e por advogados públicos ou privados, ressalvada a alegação motivada e
fundamentada de adulteração antes ou durante o processo de digitalização.
(Acrescentado pela L-011.419-2006).
Vimos acima que a Lei 11.419/2006 incluiu ao art. 365 novos incisos e dois
parágrafos. Prova documental não se trata apenas de documento escrito, mas são coisas
que transmitem diretamente um registro físico a respeito de um fato, como por
exemplo: tela, pedra, fotos, contratos, desenhos, fita de vídeo, etc. Os documentos
podem ser apresentados como originais e cópias, salvo em casos específicos.
Algumas legislações só admitem como prova os instrumentos, outras, os
documentos em geral, como discos, radiografias, plantas, quadros, etc. como no
processo trabalhista. A prova documental apresenta vantagens e defeitos. Do mesmo
modo que pode trazer maior segurança quanto à existência do fato que produz, pode,
de outro lado, ser uma falsa atestação de ato a que não corresponde.
Nessas condições, o documento, em especial no processo trabalhista, deve ser
recebido com reservas e o seu valor apreciado em conjunto com as demais provas.

PROVA TESTEMUNHAL

Testemunho é um meio de prova que consiste na declaração representativa que


uma pessoa, que não é a parte no processo, faz ao juiz, com fins processuais, sobre o
que sabe a respeito de um fato de qualquer natureza. E testemunha é a pessoa capaz,
estranha ao processo, que é chamada a declarar sobre os fatos que caíram sob o
domínio dos seus sentidos.
A prova testemunhal é tão velha quanto à humanidade e a mais antiga de todas.
É a que se obtém por meio do relato prestado em juízo, por pessoas que conhecem o
fato litigioso. A condição de testemunha impõe deveres como os de comparecimento,
depoimento e veracidade, podendo inclusive incorrer em tipo penal se faltar
intencionalmente com a verdade.
A testemunha deve comparecer quando intimada ou pode comparecer quando
a parte que a arrolou se comprometer a levar independentemente de intimação. Essa
testemunha não pode ter interesse na causa. Ela não é obrigada a depor sobre fatos que
acarretem grave dano para si, seu cônjuge, parentes consanguíneos ou afins, em linha
reta ou colaterais até o 2° grau, conforme dispõe o art. 406 do CPC.
Com relação a esta prova, não podem depor os incapazes, os impedidos e os
suspeitos. Se for necessário, o juiz ouvirá testemunhas impedidas ou suspeitas, mas os
seus depoimentos serão prestados independentemente de compromisso, conforme o
art. 415 do CPC. Prova testemunhal seria a prova mais frágil, mais sujeita às fraquezas
humanas. Há inclusive o crime de falso testemunho.
No processo trabalhista, o testemunho é de largo uso à prova principal. A prova
testemunhal continua sendo básica no processo trabalhista, mesmo porque o
documento também apresenta riscos. São inúmeros os processos nos quais se discute a
autenticidade ideológica de documentos e não são raras as questões nas quais fica
evidenciado o preenchimento de documentos pelo empregador, assinados em branco
pelo empregado por ocasião da sua admissão.

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