Analise Iii
Analise Iii
Analise Iii
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed., 2001
Este capítulo abordara a importância do método crítico, como forma de examinar a veracidade
das fontes, uma vez que o historiador não pode acreditar cegamente o que diz uma fonte.
[...] Que a palavra das testemunhas não deve ser obrigatoriamente digna de crédito, os
mais ingênuos dos policiais sabem bem. Livres, de resto, para nem sempre tirar desse
conhecimento teórico o partido que seria preciso. Do mesmo modo, há muito tempo
estamos alertados no sentido de não aceitar cegamente todos os testemunhos históricos.
(pp. 89)
O autor também nos diz como fazer o testemunho falar, ou seja, como interrogar corretamente as
fontes e os documentos para extrair as informações que o documento não fornece diretamente.
Ele mostra as semelhanças entre um juiz e um historiador, segundo o autor, cabe ao juiz o ato de
julgar, enquanto a do historiador não deve condenar apenas compreender o acontecido.
Neste tópico Bloch destaca que na história existem erros, e é tarefa do historiador detectá-las,
porém, ao provar que algo esta errado é necessário que se descubra o porquê está falsificado.
O autor também chama atenção para a importante tarefa que cabe ao historiador de explicar a
história não apenas narrá-la. Tem que ser contada de uma maneira que seja compreendida e não
apenas um conto vago na cabeça das pessoas.
Bloch destaca nesse tópico o principio da contradição, pois não há meio termo em um
testemunho. Como não é possível encontrar um meio termo entre duas verdades, é necessário
escolher: por que quando duas fontes divergem entre s, significa que uma delas está mentindo. É
preciso descobrir qual delas esta fazendo isso e por que esta ocorrendo à falsificação.
O autor também ressalta a probabilidade na história, toda evidencia é uma probabilidade até que
se prove sua veracidade. Retrata também a importância de se levantar hipóteses, mas não se deve
permitir que isso cegue o historiador. Por ultimo fala da duvida como um instrumento, pois é a
partir dela que o historiador se satisfaz e sem a dúvida não há história.