Subtil, Filipa (2006)
Subtil, Filipa (2006)
Subtil, Filipa (2006)
paixão pelas imagens, em suma, pelo carácter assaz contraditório das pos-
sibilidades criadas pelo impacto da tecnologia na comunicação.
Este artigo começa por abordar as raízes da análise crítica dos modernos
meios de comunicação de massa, tal como foi formulada pelos fundadores
da sociologia nos EUA, em particular a primeira geração da escola socioló-
gica de Chicago. Muito antes da crítica realizada pelos teóricos influenciados
pelo marxismo, esses pioneiros contribuíram poderosamente para a interpre-
tação dos efeitos da industrialização dos media e da comercialização da
informação. Mostraremos de seguida como o trabalho dessa geração deu
lugar a um pensamento precursor de uma concepção ética, cívica,
universalista e cultural da comunicação. Em teóricos como John Dewey,
Charles Cooley e Robert Park deparamo-nos com os alicerces de um con-
ceito complexo de comunicação em que esta se define enquanto experiência
participativa, partilha de sentimentos, estabelecimento de vínculos reflexivos
com a comunidade. Nas técnicas de comunicação moderna vislumbravam
uma oportunidade para expandir a argumentação, fomentar a união de cida-
dãos de formações sociais particulares e reconstituir uma vida pública demo-
crática. Na terceira parte deste texto mostra-se como esta visão se revelou
completamente utópica diante dos rumos tomados pela institucionalização do
campo de investigação da comunicação nos EUA. Deste processo resultou
uma outra concepção de comunicação baseada num modelo em que se
concebem os meios técnicos de transporte de sinais ou signos como prati-
camente independentes das lógicas de mediação social — um modelo adap-
tado às formas modernas de convencimento e à indústria cultural.
1
Sobre o pensamento de Harold Innis sobre a comunicação, v. Subtil (2003), pp. 287-311. 1077
Filipa Subtil
um público possa ser constituído e formar opinião. Para formar uma opinião
pública é necessário um contexto de conversação e discussão sistemáticas.
Este seria o papel de uma verdadeira imprensa, promotora da conversação
na cultura moderna, indutora de costumes cruciais, tais como adquirir ca-
pacidade de seguir uma argumentação, entender com profundidade outras
posições, estender os limites da compreensão, debater propostas alternativas
que possam ser prosseguidas, etc. (cf. Carey, 1989, pp. 74-82). Estas
concepções são harmoniosas com o ponto de vista de Dewey sobre a
sociedade. Esta existe para algo mais do que o benefício individual dos seus
membros, devendo ser o espaço privilegiado de produção de uma vida social
e cultural que perdure no tempo, edificando a história e a memória das
instituições (Dewey, 1959 [1916], pp. 4-6).
Tal como a arte, a arquitectura, os costumes e os rituais, para Dewey,
a comunicação contribui para a construção da identidade dos povos e, desse
ponto de vista, estabelece uma relação inextricável com a natureza da vida
pública e com a política. É aí que os meios técnicos de informação, em
particular os jornais, têm uma responsabilidade acrescida na formação de
uma opinião pública informada e esclarecida que possa conter em si o
gérmen de uma acção racional e crítica. Revela-se nesta concepção de
comunicação a presença de um claro princípio ético, de tal modo que qual-
quer obstáculo à comunicação, à partilha e à expansão da experiência deve
ser ultrapassado. Os media aparecem a Dewey como oferecendo um amplo
espaço de aprendizagem, onde é possível reunir uma maior comunidade de
cidadãos, não sacrificando as suas identidades enquanto membros de forma-
ções sociais particulares. Através do conceito de instrumentalismo, que
encerra para Dewey uma concepção evolutiva de progresso através do de-
senvolvimento tecnológico, as técnicas de informação são consideradas ins-
trumentos cuja principal função é resolver problemas e, à medida que estes
mudam, cabe a esses adaptarem-se a tal mudança.
Ao afastar-se de certos aspectos do liberalismo inglês dos séculos XVIII
e XIX, inclinando-se no sentido de uma cultura democrática com fortes
preocupações participativas e sociais para os EUA, o pensamento de Dewey
é particularmente importante no âmbito de tais inquietações. A sua convicção
fundamental baseia-se na ideia de que o credo democrático assenta na con-
fiança no homem comum2, cujo interesse é visto como coincidente com o
interesse geral. O elemento novo de que a declaração da independência
2
Tal como Thomas Jefferson, um dos redactores da Constituição americana, Dewey
partilhava a crença no homem comum, no valor único de cada indivíduo. Ambos acreditavam
que a realização de uma sociedade democrática, quer do ponto de vista político, quer econó-
mico e social, se constrói através da educação. Esta sociedade requer comunicação, vontade
colectiva e cooperação social. Só através do processo educativo seria possível formar gerações
intelectual e socialmente preparadas para a condução dos assuntos públicos. 1081
Filipa Subtil
ção com as ameaças para a vida pública que os media poderiam introduzir,
ficando em causa o modelo de uma cidadania informada ao serviço de uma
democracia assente no conhecimento e não na ignorância, não se concen-
traram no conflito entre os princípios económicos e as funções políticas que
marcam a imprensa de massas desde a sua génese (Dewey, 1991 [1927],
p. 126; Cooley, 1909, pp. 54 e 95, e 1922, p. 145; Park, 1925, p. 675).
3
Esta apela aos pais para que estejam atentos às múltiplas formas de propaganda que têm
como alvo mais fácil e desprotegido os jovens, bem como para a urgência de implementar um
programa de análise crítica das mensagens que os leve a desenvolverem o seu sentido crítico
de forma a estarem melhor preparados para resistirem às acções insidiosas da propaganda.
4
Dewey defende que a forma mais eficaz de resistência à propaganda é viver no seio de
uma comunidade uma vida autêntica e plena. Sem essa estrutura, a acção das tecnologias da
comunicação de massa tenderá a promover a conformidade e a enfraquecer a qualidade da vida
1084 comunitária (Dewey apud Proulx, 2001, p. 471).
A comunicação entre a utopia e a tecnocracia
ter presente que ajudou a deslocar a problemática dos media, antes ligada às
condições de liberdade necessárias para garantir uma informação perfeita, no
sentido do questionamento da natureza das notícias e do seu enquadramento,
dos aspectos psicológicos da audiência e da sua relação com a vida moderna.
Todavia, o conceito de comunicação de Lippman e a sua visão relativamente
aos media eram completamente distintos dos de Dewey.
Lippman sustentou, em Public Opinion, que uma verdadeira opinião
pública só existe quando as mentes individuais, que formam o público,
possuem uma representação correcta do mundo. A representação correcta
do mundo não é fornecida, ao contrário do que se possa pensar, pelas
notícias. As notícias não representam a realidade nem têm qualquer corres-
pondência com a verdade. Quanto muito, elas dão sinal de que algo está a
acontecer. A maior parte das vezes limitam-se a fornecer fotografias mani-
puladas e pseudo-realidades. Só se aproximam da realidade quando o que
está em causa é redutível a dados quantificáveis: nascimentos, mortes, de-
cisões judiciais, resultados eleitorais, transacções comerciais, etc. Quando se
trata de questões controversas e de maior complexidade, as notícias redu-
zem-nas a meros estereótipos. Em sentido totalmente contrário à tradição
representada por Dewey, iludido com as potencialidades reformadoras da
imprensa e com a transparência da comunicação, a proposta de Lippmann
para assegurar a formação de uma opinião pública correctamente esclarecida
requer a constituição de equipas de peritos independentes capazes de reduzirem
os paradoxos da realidade a quadros estatísticos. Esta seria a fórmula para que
os jornais informassem devidamente a opinião pública. Este livro transformou-
-se numa referência clássica no ensino do jornalismo nos EUA, tendo influen-
ciado Harold Lasswell, cientista político e teórico da comunicação, que escre-
veu Propaganda Technique in the World War, publicada de 1927, uma obra
que é considerada fundadora da sociologia funcionalista dos media.
Lippmann e Lasswell, representantes das visões behavioristas dos efeitos
dos media herdadas da guerra, defendem que a complexidade crescente das
sociedades ocidentais não se ajusta a um modelo de democracia com fortes
preocupações participativas. Os actos de governação e de formação da
vontade geral devem ser da responsabilidade de grupos de especialistas.
Estes experts devem ter como principal função moldar a forma de pensar
das pessoas, gerindo as quantidades precisas de informação e de censura.
A estas estratégias tecnocráticas de formação de uma opinião pública Lippman
chamou «fabricação do consentimento» (manufactured of consent) e Lasswell
«gestão governamental das opiniões» (government management of
opinion)5. Na realidade, muitas destas propostas foram concretizadas, o que
5
Paradoxalmente ou não, estas estratégias tinham já sido testadas pelo sector privado,
que investiu fortemente na sofisticação e proliferação de estratégias de construção artificial
1086 de consensos. Essa tarefa foi levada a cabo, no início dos anos 1920, pelos criadores da nova
A comunicação entre a utopia e a tecnocracia
indústria das relações públicas, entre eles Edward Bernays, um dos membros do Committee
on Public Information (CPI), também conhecido como Creel Committee. Esta comissão,
criada em 1917 pelo então presidente Woodrow Wilson e composta por jornalistas, especia-
listas de opinião pública e militares, foi responsável pela supervisão de toda a máquina de
propaganda e censura do governo americano durante a primeira guerra mundial.
6
Uma das linhas de investigação mais referenciadas é a Payne Fund Studies, um vasto
programa de pesquisa multidisciplinar (realizado por professores, psicólogos e sociólogos) que
estudou a influência do cinema nas crianças. As primeiras conclusões apontavam para o facto
de o cinema influenciar directa, imediata e generalizadamente as crianças. Todavia, com a
sofisticação da análise, estas conclusões deixaram de ser sustentáveis, nomeadamente quando
o objecto da investigação eram outros meios e outro público. 1087
Filipa Subtil
mente a investigação nos EUA ao longo do século XX. Beaud qualifica bem
esta orientação: «Das suas origens metodológico-teóricas, a investigação
sobre comunicação de massas conservou uma atracção preponderante pela
problemática dos efeitos. Quaisquer que sejam as transformações operadas
nesta, desde o modelo primitivo da hypodermic needle, da seringa
hipodérmica (o que os media fazem às pessoas), à aproximação dos
‘usos e das gratificações’ (o que as pessoas fazem com os media), a
problemática dos efeitos permaneceu o eixo da maioria das publicações deste
domínio, a justificação da sua pretensão à cientificidade, o argumento prin-
cipal que sustenta o seu empirismo, escoando para ela fundos públicos e
privados dados aos investigadores que se lhe consagram, confortando-os no
seu papel de engenheiros sociais» (Beaud, 1984, p. 54).
Na investigação norte-americana deste período escasseiam os estudos
sobre os profissionais dos media, sobre a estrutura do sistema mediático,
bem como sobre os processos de decisão que ocorrem no seu interior, a
economia da informação, o consumo simbólico, o impacto dos novos meios
técnicos, etc. Nas palavras sugestivas de Beaud, é como se os sociólogos
que se tinham empenhado no estudo do trabalho tivessem começado por
analisar os produtos, as suas especificidades e as reacções dos consumido-
res e só depois se dedicassem à estrutura social das indústrias, às relações
e redes de comunicação entre os empregados. Deve também ser acrescen-
tado que, quando algum estudo desta natureza foi realizado, provocou des-
conforto nos meios universitários estabelecidos, que consideravam que este
tipo de investigação punha em causa a sociedade americana e os seus va-
lores. Beaud vê nesta tendência a razão pela qual um certo tipo de crítica à
cultura de massas — que, como vimos antes, tinha precursores na primeira
geração de sociólogos americanos — nunca tenha sido verdadeiramente
incorporado pela investigação em comunicação (id., ibid., pp. 54-59).
Todavia, não se pode restringir a compreensão das razões que conduzem
à institucionalização da investigação em comunicação de massa apenas aos
seus factores contextuais, mesmo que se aceite a sua importância. Para uma
parte significativa da comunidade sociológica americana, o critério de vali-
dade científica resume-se, neste período, à possibilidade de mensuração dos
factos sociais, em geral, e da comunicação de massas, em particular. Os
entendimentos teóricos da comunicação e dos media, sob o enquadramento
de uma perspectiva epistemológica em que as disciplinas sociais para alcan-
çarem o estatuto de ciências deveriam orientar-se segundo o anelo de
cientificidade próprio das ciências físico-naturais, são elementos que se re-
velam harmoniosos não só com o contexto militar da época (e que se
prolongou de um outro modo com a guerra fria), mas também com as
tendências orientadas para um capitalismo de consumo (incluindo aqui as
1090 mercadorias da indústria cultural).
A comunicação entre a utopia e a tecnocracia
Se, pelo lado das ciências sociais, a epistemologia das ciências físico-
-naturais é o referente para erigir um campo científico de estudos da comu-
nicação, pelo lado destas são empreendidos esforços no sentido de procurar
um paradigma unificador com as ciências sociais através da comunicação.
É nesta óptica que no final dos anos 1940, quase em simultâneo com o
desenvolvimento dos trabalhos de Lasswell, são levados a cabo projectos de
grande envergadura que vêm a ter um profundo impacto no estudo da
comunicação. Estão neste caso os trabalhos em matemática aplicada desen-
volvidos por Norbert Wiener no Massachusetts Institute of Technology
(MIT), cujo propósito inicial é melhorar a trajectória dos canhões antiaéreos
e que culmina na proposta de criação de uma nova ciência, a cibernética, e
da «teoria matemática da comunicação» do engenheiro e matemático Claude
Shannon.
O modelo cibernético da comunicação proposto por Wiener define-se
como uma teoria do controlo (da regulação de um sistema) e da comunica-
ção. Todavia, a originalidade científica da cibernética não se resume a uma
matemática de regulação dos sistemas. A cibernética propõe também uma
atitude epistemológica que enfatiza a produção de um modelo comunicacio-
nal integral, entendido como ciência de controlo de todos os sistemas, desde
os sistemas maquínicos aos biológicos e aos sociais. Wiener é o primeiro
teórico a procurar estabelecer uma ponte entre as ciências da comunicação
e as ciências físico-naturais. Atente-se, todavia, que está consciente de que
esta nova ciência, quando combinada com os computadores electrónicos,
que estavam, na altura, a ser desenvolvidos para suportar o esforço de
guerra, tinha enormes implicações éticas e sociais que era necessário analisar
(Wiener, 1993 [1954], pp. 111-128).
Quase em simultâneo, Claude Shannon, antigo aluno de Wiener, enge-
nheiro e matemático nos laboratórios da Bell Telephone7, no âmbito de uma
investigação sobre os problemas da criptografia, desenvolve e formaliza a
primeira «teoria da informação»8 e esquematiza-a em colaboração com o
linguista Warren Weaver. O objectivo inicial da teoria é melhorar as condi-
ções de transmissão da informação do emissor para o receptor nas linhas de
telégrafo e telefone afectadas por interferências eléctricas ou ruído. Os es-
tudos de Shannon mostram que a solução não se encontra na melhoria das
linhas de transmissão, mas na capacidade de armazenar informação de uma
forma mais eficiente. Nos dois artigos que publica, em 1948, no Bell System
Technical Journal fica muito claro que para Shannon o problema fundamen-
7
Um dos mais importantes centros de investigação e desenvolvimento de telecomuni-
cações nos EUA.
8
O termo «teoria da informação» foi cunhado por Claude Shannon em 1945 num
memorando do Bell Labs. Todavia, em 1948, intitula o livro que escreve em co-autoria com
Warren Weaver de The Mathematical Theory of Communication. 1091
Filipa Subtil
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