Livro Imperatriz Fund 2
Livro Imperatriz Fund 2
Livro Imperatriz Fund 2
Catalogação na publicação
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Vários autores.
Bibliografia
ISBN 978-65-5112-014-5
CDD-372.8918121
20-34571
-372.898121
Autores
Evane Santos
Geilson Reis
Liratelma Alves
Margarida Chaves
Sheryda Lila Carvalho
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida e/ou transmitida, seja quais forem os meios empregados sem a permissão dos Autores e Editores.
Carta dos autores
CARO(A)S ESTUDANTES, PROFESSORE(A)S E PAIS
Boa leitura!
Os autores
Sumário
Unidade 1
Imperatriz - MA:
Lugar de viver
Unidade 2
Imperatriz - MA:
História e memória
14 Imperatriz: uma cidade plural
16 Imperatriz e seu lugar no mundo
17 A importância de Imperatriz na Divisão Regional
do Maranhão
23 Imperatriz e a Região Metropolitana do Sudoeste
Maranhense
25 A dinâmica da natureza em Imperatriz
34 Imperatriz e seu crescimento populacional
38 A força e a diversidade da economia de Imperatriz
45 Imperatriz e seus símbolos oficiais
Unidade 4
Imperatriz - MA:
Educação
socioambiental
84 Imperatriz, a princesa do Tocantins e seus
lugares de memória
91 Espaço religioso
98 Espaço, educativo e cultural
101 Imperatriz e seu patrimônio histórico e
cultural
105 Instituições de ensino superior e os rastros
do conhecimento científico
108 Entidade da sociedade civil organizada
110 O futebol e o protagonismo do frei Epifânio
d’Abadia
111 Interculturalidade: tecendo significados à
cultura da região
114 Nossa cultura tradicional
116 Sabores de Imperatriz
Unidade 6
Imperatriz - MA:
Poder e cidadania
170 Imperatriz, cidade que conecta lazer, cultura e turismo
171 Os espaços de lazer em Imperatriz
189 Esporte e lazer em Imperatriz
194 Lazer e cultura em Imperatriz
202 Imperatriz e o turismo de negócios
IMPERATRIZ MAJESTADE
Edmilson Sanches
Jornalista, escritor e professor
Fonte: Enciclopédia de Imperatriz, Instituto Imperatriz. 2002
14
PERGUNTE AOS SEUS COLEGAS DE TURMA QUAL
O LUGAR DE ORIGEM DE SUAS FAMÍLIAS, COM
CERTEZA VOCÊ VAI DESCOBRIR QUE TEM AMIGOS
DE DIVERSOS LUGARES DO BRASIL. PESSOAS,
QUE ASSIM COMO EU, ACREDITARAM NAS
POTENCIALIDADES DESSE LUGAR!
Cantada e contada por seus artistas e poetas como uma terra com
ares de majestade, a cidade de Imperatriz já recebeu muitos adjetivos:
“Princesa do Tocantins”, “cidade majestosa”, “Majestade Imperatriz”,
“portal da Amazônia”, dentre outros. Todos esses apelidos revelam um
enaltecimento a esta cidade, que em 2020 completou 168 anos de fun-
dação e ocupa a posição de maior e mais importante centro urbano do
interior do Maranhão.
O processo de crescimento de Impera-
Glossário
triz tem resultado de inúmeros fatores que a Imperatriz: mulher que go-
marcaram ao longo do tempo, em especial, verna um império ou então
as atividades econômicas, como a produção mulher de imperador.
A cidade de Imperatriz foi fun-
do arroz, a extração de madeira e do ouro,
dada em 1852, durante o rei-
mas, principalmente a construção da rodovia nado de D. Pedro II, que tinha
Belém-Brasília. Todos esses fatores provoca- como esposa a Imperatriz Te-
resa Cristina, o nome da cida-
ram um grande deslocamento populacional
de foi uma homenagem a ela.
para esta região.
Portanto, podemos dizer que Imperatriz
foi moldada pelo trabalho de pessoas de todos os cantos do Brasil, pois
ao longo de sua história esta terra calorosa tem acolhido grande número
de imigrantes que buscam os benefícios de uma cidade considerada de
grande potencial para o desenvolvimento.
Nesta primeira unidade vamos conhecer um pouco dos aspectos ge-
ográficos que compõem a nossa cidade. Alguns deles você já deve co-
nhecer, como por exemplo o imponente rio Tocantins, por onde chegou
o fundador Frei Manoel Procópio; a rodovia Belém-Brasília que interliga
nossa cidade aos grandes centros urbanos do país; ou a diversidade do
nosso comércio e serviços, que atendem ao sudoeste e sul do Maranhão,
o norte do Tocantins e o leste do Pará. Conhecer melhor o local em que
vivemos nos ensina a valorizá-lo, ajudando a preservar suas belezas e
riquezas e a reivindicar pela solução de seus problemas.
15
Vista Panorâmica da cidade de Imperatriz.
Foto: Itamar Moreira
16
o Estado do Tocantins, distante cerca de 630 km da capital São Luís. Além
do rio Tocantins, Imperatriz faz divisa com os municípios de Cidelândia,
São Francisco do Brejão, João Lisboa, Senador La Roque, Davinópolis e
Governador Edison Lobão, todos pertencentes ao Estado do Maranhão.
Vamos conferir a localização de Imperatriz no mapa abaixo?
17
A tarefa de atualizar as divisões regio-
Glossário
nais do Brasil tornou-se uma necessidade. Regionalização: ato ou efeito
Isto porque o território brasileiro passou por de regionalizar, ou seja, divi-
dir ou classificar o espaço ge-
muitas transformações econômicas, demo- ográfico a partir de critérios
gráficas, políticas e ambientais ao longo das específicos. Assim sendo, é
últimas décadas. Como essas transforma- possível classificar qualquer
porção do espaço em várias
ções têm acontecido de forma cada vez mais áreas conforme uma caracte-
rápida, a proposta do IBGE é de fazer perio- rística que se tenha escolhido
antes.
dicamente a revisão das Regiões Geográficas
Intermediárias e Imediatas.
De acordo com a atual Divisão Regional do IBGE, instituída em
2017, o Maranhão está dividido em cinco grandes regiões, denominadas
Regiões Geográficas Intermediárias. Essa divisão regional tem como re-
ferência a rede urbana maranhense, a classificação das cidades de acor-
do com seu tamanho populacional e como elas se relacionam entre si.
Por isso, perceberemos que as cidades mais populosas do Maranhão, que
concentram maior diversidade de atividades econômicas e apresentam
infraestrutura de transporte e comunicações mais modernas, irão intitu-
lar cada uma das Regiões Geográficas Intermediárias demonstradas no
mapa da página 19. É o caso de São Luís, Imperatriz, Santa Inês, Ba-
cabal, Caxias e Presidente Dutra. As Regiões Geográficas Intermediárias
correspondem a uma divisão interme-
Glossário
diária entre as Unidades da Federa-
Rede urbana: é o conjunto de cidades
ção (estados e o Distrito Federal) e as ou centros urbanos que estão articu-
Regiões Geográficas Imediatas, que é lados territorialmente e que estabele-
cem diferentes relações entre si.
uma divisão mais detalhada no interior As redes urbanas são formadas por ci-
de cada estado. dades de diferentes tamanhos e níveis
de desenvolvimento e estão interliga-
Portanto, cada Região Geográfica
das devido ao fluxo de pessoas, bens
Intermediária é composta por subdivi- e serviços.
sões que são denominadas de Regiões
Geográficas Imediatas.
18
Regiões Geográficas Intermediárias do Maranhão - 2017
19
Regiões Geográficas Imediatas do Maranhão - 2017
Número de municípios
Região Geográfica Região Geográfica
por Região Geográfica
Intermediária Imediata
Imediata
São Luís 13
Pinheiro 11
São Luís
Chapadinha 10
73 municípios
Itapecuru Mirim 9
distribuídos nas
Viana 10
Regiões Geográficas
Barreirinhas 4
Imediatas
Tutóia-Araióses 7
Cururupu 9
20
Santa Inês-Bacabal Santa Inês 15
59 municípios distribuí- Bacabal 16
dos nas Regiões Geográ- Governador Nunes Freire 14
ficas Imediatas Pedreiras 14
Caxias 14 municípios Caxias 6
distribuídos nas Regiões Timon 4
Geográficas Imediatas Codó 4
Presidente Dutra Presidente Dutra 13
28 municípios distribuídos nas São João dos Patos 11
Regiões Geográficas Imediatas Colinas 4
Imperatriz Imperatriz 17
43 municípios distribuí- Barra do Corda 9
dos nas Regiões Geográ- Açailândia 5
ficas Imediatas Balsas 12
Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Divisão Regional do Brasil em Regiões
Geográficas Intermediárias e Regiões Geográficas Imediatas 2017. Rio de Janeiro, 2017.
21
Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial
e administrar um território tão vasto de maneira centralizada
impossibilitaria o atendimento das demandas da sociedade.
A função mais conhecida do IBGE é a de realizar o Censo
Demográfico a cada 10 anos. O último recenseamento geral
do Brasil aconteceu em 2010, isto significa que neste ano será
realizado o Censo 2020. Mas você deve estar se perguntando
o que é o censo demográfico?
O censo demográfico é o levantamento de dados esta-
tísticos sobre a população brasileira. Consiste em um estudo
realizado periodicamente para que se conheça como vive o
povo brasileiro. De acordo com o IBGE, os resultados obtidos
através do censo demográfico permitirão traçar um retrato
abrangente e fiel do País pois serão produzidas informações
atualizadas e precisas da sociedade. Estas informações serão
fundamentais para o desenvolvimento e implementação de
ações governamentais e para a realização de investimentos,
tanto do governo quanto da iniciativa privada. Ou seja, o Cen-
so 2020 facilitará o planejamento de ações públicas.
Retratar o Brasil que entrará na próxima década é um de-
safio para o IBGE. Qual é o tamanho da população brasilei-
ra? Em que condições vive? Como se distribui no Território
Nacional? Qual é o nível de escolaridade de nossas crianças
e jovens? Quais as condições de emprego e renda da popula-
ção? Estas e muitas outras perguntas serão respondidas pelo
Censo 2020.
Se você quer conhecer mais sobre o Censo 2020 e outras
pesquisas e atividades realizadas pelo IBGE, visite seu site no
endereço www.ibge.gov.br
22
Imperatriz e a Região Metropolitana do Sudoeste
Maranhense
23
Desse modo, a Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense é cons-
tituída pelo agrupamento dos seguintes municípios: Imperatriz, João Lis-
boa, Senador La Roque, Buritirana, Davinópolis, Governador Edison Lo-
bão, Montes Altos, Ribamar Fiquene, Vila Nova dos Martírios, São Pedro
da Água Branca, Cidelândia, São Francisco do Brejão, Açailândia, Itinga,
Carolina, Sítio Novo, Amarante, Campestre, Porto Franco, Estreito, São
João do Paraíso e Lajeado Novo, conforme demonstrado no mapa a se-
guir:
24
A dinâmica da natureza em Imperatriz
VOCÊ JÁ SE PERGUNTOU
PORQUE FAZ TANTO CALOR EM
IMPERATRIZ? PORQUE O PERÍODO
DE PRAIAS NÃO DURA O ANO
INTEIRO? PORQUE ALGUNS
LUGARES DA CIDADE ALAGAM
SEMPRE QUE CHOVE E OUTROS
NÃO? CONHECER A DINÂMICA DA
NATUREZA EM IMPERATRIZ NOS
AJUDARÁ A RESPONDER ESSAS
PERGUNTAS E MUITAS OUTRAS.
25
Clima
26
Porto da Balsa no bairro da Caema em Imperatriz, inundado pela
elevação das águas do rio Tocantins. Sempre que acontecem as
cheias, dezenas de famílias desse setor fica desabrigada.
Foto: Fausto Ricardo.
Hidrografia
Agora vamos conhecer melhor uma das nossas maiores riquezas na-
turais, os nossos rios. O Maranhão, tem uma rede hidrográfica grandiosa,
composta por rios extensos e volumosos, que têm usos diversos como
o abastecimento urbano e rural, o transporte, o lazer e a pesca. Dentre
esses rios, destaca-se em nossa região o rio Tocantins, em cuja margem
direita está localizada a cidade de Imperatriz.
27
Além do rio Tocantins, Imperatriz é drenada por vários riachos.
Alguns deles percorrem a zona urbana como o riacho Bacuri, Cacau, San-
ta Teresa, do Meio e Capivara; os demais estão localizados na zona rural
do município, são eles: Barra Grande, Cinzeiro, Angical, Grotão do Basílio
e Saranzal. Todos esses cursos d’água são afluentes ou subafluentes do
rio Tocantins e têm sido atingidos de forma negativa pelo crescimento
da cidade. Os riachos que correm pela área urbana de Imperatriz torna-
ram-se destino para o lixo e esgotos sem tratamento. O estudo sobre a
educação socioambiental em Imperatriz será feito na Unidade 4.
A presença dessa rica rede hidrográfica no município de Imperatriz
está relacionada também às características do relevo da região, que tem
altitude variando entre 100 e 420 metros, acima do nível do mar. Porém,
predominam as áreas abaixo de 200 metros, com pouca declividade e
predominância de terrenos planos e suavemente ondulados.
Desse modo, podemos perceber que o rio Tocantins recebe toda a
água drenada pelos riachos que cortam o mu- Glossário
nicípio de Imperatriz, que ajudam a torná-lo Declividade: Inclinação, em
relação ao plano horizontal,
um dos rios mais extensos do país.
de terreno, ou telhado, ou
A abundância de cursos d’água é uma das estrada, ou rio, etc.
características que associam Imperatriz ao ce-
nário natural da porção oriental da Amazônia. No mapa da página 29,
podemos visualizar a área urbana de Imperatriz com todo os seus bairros
e os principais riachos que atravessam esta área. Observe que há um
conjunto de cursos d’água que desaguam no rio Tocantins, após percor-
rerem a cidade, este é um fator que nos permite compreender porque há
tantos pontos de alagamento durante o período chuvoso.
O mapa da página 29 também demonstra o processo de crescimento
de Imperatriz, pois podemos visualizar os bairros que existiam antes de
1960 e os que foram surgindo desde então até os mais recentes nos anos
2000, perceba como o crescimento da cidade se deu no mesmo sentido
dos riachos e córregos presentes em seu território.
28
Rede hidrográfica e evolução do crescimento de Imperatriz – 2016
Fonte: SANTOS, Rodrigo Lima. Dinâmica e qualidade ambiental urbana da paisagem no município de Imperatriz. 2017.
29
Vegetação
30
Amazônia Legal e suas subregiões
31
A Amazônia Legal corresponde à área de atuação da Su-
perintendência de Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM. A
região é composta pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas,
Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso, bem como
pelos Municípios do Estado do Maranhão situados ao oeste do
Meridiano 44º. Possui uma superfície aproximada de 5 217
423 km², correspondente a cerca de 61% do território brasi-
leiro.
A utilização da palavra “legal” se dá pela necessidade de
diferenciar o recorte definido por legislação da Região Amazô-
nica definida pelo bioma ou pela bacia hidrográfica, bem como
da Amazônia Internacional. A criação da região da Amazônia
Legal faz parte das competências da União, que, conforme
o Art. 43 da Constituição Federal, poderá articular sua ação
em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a
seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regio-
nais. Nesse sentido, a Amazônia Legal foi instituída com o
objetivo de definir a delimitação geográfica da região política
captadora de incentivos fiscais com vistas à promoção de seu
desenvolvimento regional.
32
1. Consulte o glossário com o significado da palavra “imperatriz”, leia o
texto de introdução desta unidade e crie uma frase que resuma a sua
opinião sobre a nossa cidade.
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b) Você conhece alguma dessas cidades? Faça uma pesquisa sobre elas
na internet e compare-as com Imperatriz, anotando em seu caderno
as semelhanças e diferenças.
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33
b) Por que temos um clima tão quente?
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34
também esteve inserida em dinâmicas econômicas sucessivas como a
produção de arroz, a exploração da madeira, a extração do ouro, além
de grandes projetos governamentais aliados ao capital estrangeiro que
se instalaram na porção oriental da Amazônia e provocaram um grande
deslocamento populacional para esta região.
A historiadora Edelvira Barros (1972) relata que “do Nordeste che-
gavam caminhões cheinhos, tropas de jumentos também. Vinham todos
sujos de poeira, trazendo mil e um cacarecos: baús, meninos, cabaças,
papagaios”. E assim o crescimento populacional do município de Impera-
triz foi se acelerando, de 1950 até a década de 1980, quando se estabi-
lizou. Para visualizarmos melhor esse fenômeno, observemos o gráfico a
seguir:
Fonte: IBGE: Censos Demográficos – 1900; 1920; 1940; 1950; 1960; 1970; 1980; 1991;
2000; 2010. Organização: Sheryda Lila Carvalho.
35
No intervalo seguinte, entre os recenseamentos de 1920 e 1940, pe-
ríodo em que a Vila Nova de Imperatriz se tornou município, o crescimen-
to populacional foi ainda menor, perfazendo um total de apenas 322 habi-
tantes. Dentre as explicações para este fenômeno, está a imigração para
extração de castanha nas matas de Marabá no Pará e, posteriormente,
devido aos garimpos de cristal e diamante em vários trechos da bacia do
Tocantins-Araguaia, conforme constatou Franklin (2008).
É com base no trabalho de Franklin (2008) que se pode analisar a ex-
plosão demográfica acontecida em Imperatriz entre as décadas de 1950
e 1980. Segundo ele, a corrente migratória vinda do Nordeste finalmen-
te chegou a Imperatriz a partir da abertura das estradas para Grajaú e,
posteriormente, da Belém-Brasília, provocando um salto populacional de
178,5% logo na primeira década após estes acontecimentos.
Segundo o IBGE, dos 39.169 habitantes contabilizados no Censo de
1960, 30.900 não eram naturais de Imperatriz, o que corresponde a 78%
da sua população. Acrescenta-se que, neste intervalo, o distrito de Mon-
tes Altos tornou-se cidade e se desmembrou de Imperatriz não sendo,
portanto, contabilizados os seus 8.817 habitantes em 1960.
No Censo de 1970, mais um distrito é excluído da contagem por
causa de sua emancipação política, trata-se da antiga vila da Game-
leira que, em 1961, torna-se o
município de João Lisboa. Com
a população de 80.722 habi-
tantes, Imperatriz passa ser o
quarto município mais populoso
do estado. Os primeiros eram,
respectivamente, São Luís com
265.486 habitantes, Codó com
93.003 habitantes e Caxias
Antiga Rodoviária de Imperatriz, inaugurada no início da
com 88.334 habitantes. Nes-
década de 1970, período de maior crescimento populacio-
nal da cidade, esteve em funcionamento até 2011, quando
se período, a população urbana
o novo terminal rodoviário foi entregue à população local. torna-se predominante sobre a
Foto: Família Guerra. Disponível em: https://www.facebook.com/
rural, perfazendo um total de
photo?fbid=965360256963427&set=a.214082678757859.
57,1% dos habitantes.
36
No período entre 1970 e 1980, Imperatriz recebeu 93.077 imigran-
tes, atingindo 220.469 habitantes, o que correspondia à metade da po-
pulação da capital maranhense e passando a ser o segundo município
mais populoso do estado.
O Censo de 1991 reflete a perda territorial mais significativa pela qual
passou Imperatriz, com a emancipação do seu principal distrito em 1981,
Açailândia, cuja formação fez reduzir pela metade o território de Impe-
ratriz. Este Censo revela, ainda, que, dos 88.560 imigrantes recebidos,
cerca de 13.520 retornavam do Pará, consequência da desativação dos
garimpos, em especial o de Serra Pelada.
No início do século XXI, há uma redução populacional de cerca de
16% em virtude do último desmembramento do seu território, o qual
originou os municípios de Davinópolis, Governador Edson Lobão, Cidelân-
dia, Vila Nova dos Martírios, São Pedro da Água Branca e São Francisco
do Brejão. Com o desmembramento desses seis municípios, Imperatriz
passa a contar com uma área territorial de 1.368,988 km², no mapa a
seguir podemos observar a perda territorial de Imperatriz ao longo do
tempo.
37
Com esse último desmembramento, o município de Imperatriz pas-
sou a contar com apenas 5,1% da sua população vivendo na área rural.
Sua densidade demográfica atingiu índices bem superiores à média na-
cional, com cerca de 168 hab/km². Com tantas pessoas vivendo na área
urbana, a procura por espaço ocasionou uma supervalorização no preço
das terras na cidade. Desse modo, as pessoas que não tinham condições
de adquirir um lote nas áreas centrais foram habitando os bairros mais
distantes, e assim a cidade foi expandindo a quantidade de bairros, que
cresciam a partir de ocupações irregulares.
Comércio
Dentre os vários segmentos que tornam Imperatriz uma cidade es-
tratégica na porções sudoeste e sul do Maranhão, podemos destacar a
38
diversidade de seu comércio atacadista e varejista, que conta com redes
de supermercados, shoppings centers e lojas de franquias nacionais e
internacionais, armazéns atacadistas de grande porte e muitos outros
empreendimentos que se distribuem, por exemplo, pelo Calçadão, Aveni-
da Bernardo Sayão, Entroncamento, Mercadinho e demais feiras livres da
cidade. As feiras do Bom Sucesso, do Bacuri e da Vila Lobão por exemplo,
contribuíram para o surgimento de pontos comerciais em seu entorno.
Indústria
A atividade industrial em Imperatriz tem sido marcada por períodos
de forte crescimento, mas também de estagnação. Os anos que suce-
deram a abertura da rodovia Belém-Brasília, principalmente na década
de 1960, muitas usinas de produção de arroz se instalaram na cidade.
Posteriormente a extração de madeira levou ao desenvolvimento da in-
dústria moveleira nas décadas de 1970 e 1980. Após esse período, outras
atividades se destacaram na economia local, principalmente ligadas ao
comércio e serviços.
Assim, a partir de 1990 a atividade industrial em Imperatriz se carac-
terizou pelos segmentos de cerâmicas que fabricam tijolos e telhas, fabri-
cação de colchões, de confecções e outras atividades ligadas ao setor de
39
bens de consumo não duráveis. Foi também nos anos 90 que a cidade e
a região receberam o Projeto Celmar, voltado para a cultivo de florestas
de eucalipto que serviria de matéria prima para a produção de celulose
e papel.
No entanto, a unidade industrial da Celmar não foi instalada, o eu-
calipto plantado foi utilizado na fabricação de carvão para os fornos da
indústria de ferro-gusa instalada
em Açailândia. Atualmente, a Su-
zano Papel e Celulose é a indústria
responde pela produção de papel e
celulose em Imperatriz onde possui
uma fábrica instalada e em pleno
funcionamento desde 2014. Com a
implementação da Suzano, várias
empresas prestadoras de serviço se
Unidade industrial da Suzano Papel e
instalaram na cidade, contribuindo
Celulose em Imperatriz, inaugurada em
para a elevação do Produto Interno 2014, tem participação expressiva no
Bruto local e para a arrecadação de PIB da cidade.
Foto Samuel Sousa.
impostos pelo poder público.
Construção Civil/Imobiliárias
Optamos por descrever estes dois segmentos em conjunto porque
são de atividades econômicas que receberam forte impulso nas duas pri-
meiras décadas do século XXI. O crescimento da construção civil e do
setor de venda e locação de imóveis pode ser explicado pela construção
de vários prédios na cidade, principalmente nos bairros Maranhão Novo
e Jardim Três Poderes, bem como a ampliação na quantidade de lotea-
mentos e de condomínios que tem resultado na expansão da área urbana
da cidade, principalmente ao longo da rodovia Pedro Neiva de Santana, a
estrada que liga Imperatriz a João Lisboa.
A ampliação nas linhas de financiamento bancário para aquisição da
casa própria, como por exemplo o Programa Minha Casa Minha Vida re-
sultou em um aumento da participação da construção civil e setor imobili-
ário no conjunto de atividades econômicas desenvolvidas em Imperatriz.
Juntos estes dois segmentos geram grande quantidade de empregos e
aquecem a economia local.
40
Serviços
Imperatriz possui uma vasta rede de prestação de serviços nos mais
diversos segmentos, tais como os de autopeças e motores, organização
de eventos, beleza e estética, e principalmente, a prestação de serviços
especializados na área de saúde e educação.
Você sabia que Imperatriz é referência regional quanto a assistência
em serviços de saúde considerados de média e alta complexidade? Isso
significa que o Município possui estrutura para realizar não apenas os
procedimentos de atenção básica à saúde, como também exames es-
pecializados, cirurgias eletivas e de emergência, e atendimento médico-
-hospitalar em diversas especialidades médicas.
A educação também é um serviço especializado que se destaca em
Imperatriz, pois a cidade dispõe, não apenas de uma vasta rede de es-
colas públicas e particulares voltadas para a educação básica e de for-
mação profissional, mas também a educação superior. As faculdades e
universidades presentes na cidade oferecem cursos de graduação nas
diversa áreas do conhecimento, o que tornou Imperatriz um importante
polo universitário.
41
A densa rede de comunicações presente em Imperatriz que a interliga
com o restante do país e do mundo, também é um fator que contribui
para a posição de destaque regional que a cidade ocupa, em um contexto
de globalização. A cidade é servida por grandes prestadoras de serviço
de telefonia móvel, por provedores de acesso a internet com uso de fibra
ótica e por um conjunto de emissoras de rádio, televisão além de jornais
impressos de circulação diária.
Além disso, a implantação de uma rede de transporte que interliga
nossa cidade às grandes metrópoles nacionais por meio da Rodovia Be-
lém-Brasília, a Ferrovia Norte-Sul e principalmente o Aeroporto Renato
Cortez Moreira, inserem Imperatriz e, consequentemente, toda a porção
sul do Maranhão em um contexto social, econômico, político e cultural
com conexões na escala nacional.
42
Imperatriz - principais atividades econômicas desenvolvidas a
partir de 1950
Período em
Atividade
que se Principais características
econômica
destacou
• A área cultivada entre as décadas de
1960-1970 foi superior a 70.000 hectares;
• As safras foram superiores a 100.000 to-
neladas de arroz;
• A notável produção de arroz em Impe-
ratriz entre 1960-1970 inseriu o Maranhão
entre os principais produtores do país;
• Os principais centros consumidores de
Produção arroz eram os estados do Maranhão, Pará,
1950 a 1970 Goiás, Piauí e Ceará;
de arroz
• Problemas sociais: crescimento urbano
exacerbado sem o devido planejamento.
Ausência de equipamentos e serviços urba-
nos (saúde, educação, saneamento e habi-
tação e etc);
• Instalação de mais de vinte usinas bene-
ficiadoras de arroz na cidade de Imperatriz;
• Declínio da produção de arroz em face
da expansão da pecuária e da extração ma-
deireira a partir do início da década de 1970.
43
• A instalação das Centrais Elétricas do Es-
tado do Maranhão – CEMAR no ano de 1971
contribuiu para a expansão e exploração da
atividade madeireira na década de 1970;
• Ritmo frenético do crescimento da po-
pulação urbana com a geração de diversos
problemas sociais em Imperatriz;
Exploração • Declínio da produção madeireira em ra-
1960 a 1980
de madeira zão da emancipação de Açailândia que pas-
sou a desenvolver a partir da década de
1990 a atividade siderúrgica e a escassez
do produto na região;
• Este declínio também se associa às es-
cassas possibilidades de extração em face
do crescente desmatamento na região.
• A cidade de Imperatriz é tida como
a principal porta de entrada e saída,
ou seja, de acesso à exploração mine-
ral (ouro) que predominou no sul do es-
tado do Pará durante a década 1980;
• Imperatriz: centro abastecedor de remé-
dios, máquinas, produtos alimentícios, de
vestuário, de transportes e demais equipa-
Extração mentos servidos por meio do pujante co-
1970 a 1980 mércio;
de ouro
• A cidade de Imperatriz passou a ser con-
siderada o maior polo abastecedor de co-
mércio e serviços aos garimpos do Sul do
estado do Pará, localizado a quase 350 km
desta cidade;
• Declínio da produção de ouro no sul do
Pará, ou seja, na região de Serra Pelada em
meados da década de 1980.
• A expansão da atividade comercial se
estabeleceu paralelamente ao declínio da
Expansão e exploração do ouro no sul do estado do
consolidação Pará, ou seja, no início da década de 1980.
1980
da atividade • Ocorreu uma reorientação das atividades
econômicas, ou seja, parcelas expressivas do
comercial
capital gerado no campo foram reinvestidas, a
partir da década de 1980 no segmento terciário.
44
Expansão e • Os segmentos de destaque foram o se-
tor varejista, representado principalmente,
consolidação
1980 pelo setor de confecções e associado a este
da atividade
o setor atacadista desenvolvido por meio do
industrial setor alimentício.
• O início do século XXI testemunha a ins-
talação e consolidação em Imperatriz das
Consolidação principais instituições privadas de ensino
dos serviços superior, paralelamente à expansão dos cur-
públicos e sos existentes nas universidades públicas.
2000 • Este avanço da educação superior no
privados de
município tem sido acompanhado da ins-
saúde e edu- talação de várias clínicas, laboratórios e
cação superior hospitais que levaram a uma crescente ex-
pansão dos serviços públicos e privados de
saúde no município de Imperatriz.
• Significativa expansão do segmento da
Expansão e
construção civil no município de Imperatriz.
consolidação da • Esta expansão se associa à intensifica-
construção civil 2005 ção dos processos verticalização da cidade,
no município de ou seja, de construção de edifícios, e tam-
Imperatriz bém de condomínios e loteamentos na cida-
de de Imperatriz.
• Início da construção da fábrica;
Implantação da • Em 2014 tem início as operações.
• Em 2019 a unidade fabril de Imperatriz
indústria de pa- 2011 já contava com capacidade de produção de
pel e celulose 1,65 milhão de toneladas de celulose por
ano e 60 mil toneladas de papéis sanitários.
Fonte: FRANKLIN, 2008. Organização: Jailson de Macedo Sousa (2014). Adaptação: Sheryda Lila Carvalho (2019)
45
A bandeira
46
A Bandeira de Imperatriz foi idealizada por Etevaldo Moreno de Araú-
jo, nascido no município de Barra do Corda em abril de 1940. Quando
Etevaldo tinha apenas dois anos de idade sua família mudou-se para Im-
peratriz, em busca de “lugares mais desenvolvidos”. O menino cresceu
desenvolvendo o gosto por desenhar e pintar atores de cinema. Aos 18
anos passou a exercer estas atividades de forma profissional. Em 1972,
após concorrer com 61 candidatos, venceu o concurso destinado à cria-
ção da Bandeira de Imperatriz.
O brasão
47
O uso do Brasão de Armas de Imperatriz é obrigatório na Prefeitura
Municipal, na Câmara de Vereadores e nos papéis oficiais dos poderes
Executivo e Legislativo (documentos, papel de correspondências, convi-
tes e publicações oficiais).
O autor do Brasão de Imperatriz é Antônio Carlos da Silva, pintor e
desenhista publicitário. Nasceu em 12 de abril de 1954, na localidade
Morro do Caboclo, no município maranhense de Pedreiras. Começou a
desenhar ainda criança e lembra que a primeira imagem que criou foi o
rosto de Jesus Cristo. Veio para Imperatriz em 1971, à procura de tra-
balho. Segundo ele, tomou conhecimento do concurso para escolha dos
símbolos da cidade porque “apareceu em jornais”. Resolveu participar e
levou de cinco dias a uma semana para criar o brasão. Fez pesquisas com
amigos, procurou se informar sobre a produção do município.
O Hino de Imperatriz
A autoria da letra e da música do Hino de Imperatriz pertence a José
de Ribamar Fiquene, que foi escritor, professor, juiz de Direito e políti-
co. Ingressou na política tornando-se Prefeito de Imperatriz no período
de 1983 a 1988 ocupou ainda os cargos de vice-governador do estado,
governador, suplente de senador e finalmente senador da República, to-
dos pelo estado do Maranhão. Além disso, Fiquene foi membro fundador
da Academia Imperatrizense de Letras. Publicou vários livros e compôs
músicas. Além do Hino de Imperatriz, compôs o Hino do 50º Batalhão
de Infantaria de Selva, sediado em Imperatriz. José de Ribamar Fiquene
nasceu em Itapecuru-Mirim (MA) no dia 27 de dezembro de 1930, faleceu
em São Luís (MA) no dia 2 de janeiro de 2011.
A instrumentação do Hino de Imperatriz foi feita por Moisés da Pro-
vidência Araújo, maestro e professor. A instrumentação é a escolha dos
instrumentos adequados para a execução de uma peça musical. Moisés
da Providência nasceu em 20 de janeiro de 1914, em Barra do Corda
(MA) e morreu em 14 de outubro de 1991, em Imperatriz. Você encontra
a letra do Hino de Imperatriz na contracapa deste livro.
A chave da cidade
48
esta lei, a chave da cidade é um
símbolo que marca o dia 18 de
janeiro de 1995, quando o povo,
num ato de liberdade democrá-
tica, no movimento denominado
“Revolução de Imperatriz”, con-
quistou com bravura mudanças
Representação da Chave da Cidade de Imperatriz.
importantes na cidade de Impe- Fonte: Prefettura Municipal de Imperatriz. Disponível em https://
ratriz www.imperatriz.ma.gov.br/portal/imperatriz/simbolos-oficiais.html.
Revolução de Imperatriz
Em 18 de janeiro de 1995, aconteceu uma importante ma-
nifestação popular em Imperatriz nomeada de “Revolução de
Janeiro”. Na época, a cidade vivia um completo abandono por
parte da administração municipal que atrasou por vários me-
ses os salários dos servidores, além da falta de coleta de lixo
e denúncia de desvios de dinheiro público. O prefeito Salvador
Rodrigues, vice de Renato Moreira, assassinado em outubro de
1993, sucedia a Davi Alves Silva e o movimento queria mudar o
chefe do executivo. Com a ocupação de prédios públicos como
a Prefeitura de Imperatriz e a Câmara Municipal, mais de dez
mil pessoas foram às ruas e assim, o comando da cidade, ficou
na responsabilidade da então governadora Roseana Sarney que
nomeou Ildon Marques como interventor, na posse, o interven-
tor recebeu simbolicamente a chave da cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal de Imperatriz. Disponível em: https://www.imperatriz.
ma.gov.br/blog/nossa-memoria/revolucao-de-janeiro-manifestacao-popular-historica.html.
Acesso em 10 de janeiro de 2010.
49
1. Reúna um grupo de 4 ou 5 colegas de turma para fa-
zer um passeio pela cidade para encontrar lugares onde os
símbolos oficiais são expostos. Tire muitas fotos.
2. Converse com seus colegas, professores e outras
pessoas sobre os eventos que acontecem anualmente na
cidade, como a EXPOIMP, o Salão do Livro, o Carnaval, o
Desfile de 7 de setembro e procure saber em quais desses
eventos os símbolos oficiais são expostos.
3. Depois de fazer todo esse levantamento, seu grupo
deve apresentar o resultado da pesquisa para os demais
colegas da turma, na forma de seminário.
50
a) O município de Imperatriz vivenciou na primeira metade do século XX,
período marcado pela ________________de vias de circulação, que
deu a ela o apelido de “ _______________ Maranhense”.
b) A _________________ demográfica acontecida em Imperatriz en-
tre as décadas de 1950 e 1980, se deu por conta da corrente
________________ vinda do Nordeste, a partir da abertura das es-
tradas para ______________e, posteriormente, da Belém-Brasília,
provocando um ___________populacional de 178,5% logo na primei-
ra década após estes acontecimentos.
c) No _________ de 1970, com a população de 80.722 habitantes, Impe-
ratriz passa ser o ______________município mais populoso do esta-
do. O ________________era São Luís com 265.486 habitantes. Nesse
período, a população _____________torna-se predominante sobre a
_____________, perfazendo um total de 57,1% dos habitantes.
51
CARO(A) ESTUDANTE, QUANTAS COISAS
APRENDEMOS ATÉ AQUI! VOCÊ GOSTOU
DE CONHECER MAIS SOBRE A CIDADE
DE IMPERATRIZ? SAIBA QUE AINDA HÁ
MUITO A DESCOBRIR SOBRE A NOSSA
CIDADE, SE VOCÊ QUISER SABER MAIS
SOBRE OS TEMAS QUE ABORDAMOS
NESTA UNIDADE, NÃO DEIXE DE
CONSULTAR AS REFERÊNCIAS AO FINAL
DO LIVRO. FORAM NELAS QUE NOS
INSPIRAMOS PARA ESCREVER GRANDE
PARTE DAS INFORMAÇÕES DESTA
UNIDADE. VAMOS APRENDER MAIS?
AINDA HÁ MUITO A DESCOBRIR NAS
PRÓXIMAS UNIDADES. VEM COMIGO!
Anotações
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52
Anotações
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53
Conhecer a história de nossa cidade é
desvendar um pouco de nós mesmos.
Evane Santos
Unidade 2
Imperatriz - MA
História e memória
Unidade 2
Há muitos anos o local onde hoje é nossa cidade, era habitado por po-
vos indígenas. Na área, existiam olhos d’água cristalinos, que brotavam
da terra e corriam sobre
areias, as matas ficavam
próximas e era onde os
indígenas caçavam e co-
lhiam frutos. Eles também
pescavam no rio Tocantins
e riachos próximos.
Foi assim, durante
muito tempo, até que,
num certo dia, grupos in-
dígenas avistaram canoas Obra do artista plástico Francisco Gonçalves pintada em 1994,
diferentes, era a chegada mostrando o desembarque de Frei Manoel Procópio, no exato
momento histórico que é considerado como a fundação da
de Frei Manoel Procópio cidade. O quadro pertence à família Cortez Moreira.
do Coração de Maria, cuja Disponível em: flickr.com/photos/imperatriz-ma/428488041/in/photostream/
missão era fundar uma
vila.
56
Você deve estar se perguntando, porque o Frei resolveu se aventurar
por estas terras e fundar uma vila justamente neste local? Nos anos de
1850, havia muitas dúvidas acerca de onde terminava o Pará e começava
o Maranhão, por isso que em 1851 o governo do Pará deu ao Frei Mano-
el Procópio a missão de edificar uma vila em território paraense, o mais
próximo possível dos limites com o Maranhão. O objetivo era facilitar a
navegação entre Belém e Goiás pelas águas do rio Tocantins, criando um
povoado que pudesse ser ponto de apoio a quem navegava pela região,
além de aldear os indígenas e catequizá-los.
Foi assim que Frei Manoel Procópio subiu o rio Tocantins vindo do Pará.
Ele foi conhecendo o território, se aproximando dos indígenas e tentando
criar uma vila. Até que ele escolheu estas terras para fixar o povoado, no
espaço onde hoje é a Praça da Meteorologia. Neste Ponto, foram constru-
ídas a capela para abrigar a imagem de Santa Teresa D’Ávila trazida pelo
Frei e as casas dos pioneiros, tudo de forma muito rudimentar. Assim, em
16 de julho de 1852 foi instaurada a Colônia Militar de Santa Teresa do
Tocantins, comumente chamada de povoação de Santa Teresa; posterior-
mente a denominação da colônia foi mudando, até tornar-se a cidade de
Imperatriz, conforme demonstramos na ilustração a seguir:
57
Chegada de Frei A sede da Vila é A Vila é elevada à
Manoel Procópio transferida de condiçao de cidade,
que funda o Imperatriz para com o nome de
povoado Porto Franco Imperatriz
1856 1862
58
Também foi designado para exercer atividades idênticas no
então presídio e Colônia Militar de São João do Araguaia. Porém,
no final de 1851 e início de 1852, abandonou suas funções e subiu
o rio Tocantins, vindo a fundar a Colônia Militar de Santa Teresa.
Bastante versátil, Manoel Procópio, além de exercer o sacer-
dócio, foi educador, delegado de ensino e dono de uma proprieda-
de rural, a Fazenda Soledade. Consta que ao deixar esta terra e
a santa padroeira que trouxera consigo, desfez de todos os seus
bens patrimoniais. Não se sabe que destino deu aos seus perten-
ces.
Em 1879 deixou a Vila de Santa Teresa para morar em Caro-
lina, onde viveu por três anos até 1882. Ao completar 72 anos,
sentindo o peso da idade, resolveu embarcar para Bahia, sua ter-
ra natal, e faleceu em 1886. Foram 54 anos dedicados à propa-
gação de sua fé.
Para reconhecer sua importância, a Academia Imperatrizense
de Letras instituiu Frei Manoel Procópio como patrono da Cadeira
33, que tem como fundadora a professora Edna Ventura.
1. Por qual motivo em 1852, Frei Manoel Procópio fundou a Colônia Mili-
tar de Santa Teresa em 1856?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
59
2. Quais os interesses do Estado do Pará ao contratar Frei Manoel Procó-
pio para a missão que resultou na fundação de Imperatriz?
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_______________________________________________________
_______________________________________________________
60
No entanto, a iniciativa de Urbano Rocha de comemorar o aniversário
da cidade tornou-se uma tradição. Sendo comemorado com a celebração
de uma missa, corrida de rua, brincadeiras nas praças, dentre outros
eventos.
Na gestão do prefeito José de Ribamar Fiquene (28º prefeito de Im-
peratriz), o dia 16 de julho tornou-se feriado municipal, criado pelo De-
creto Lei nº 370/85, em conformidade com a Lei Federal nº 605/85.
Nos tempos atuais, a tradição do bolo é mantida de uma forma mais
organizada. O bolo é entregue pelo prefeito e demais autoridades para a
população, já cortado e embalado. Dessa forma, segue os padrões de hi-
giene e proporciona melhor coordenação da festa, que conta com grande
e fiel participação popular.
Outras festividades são a missa em ação de graças, entrega de hon-
rarias como a Comenda Frei Manoel Procópio, troféu Jurivê de Macedo
e Distinção Honrosa ao Orgulho da Gente a personalidades da cidade,
shows com artistas da terra e outros convidados, corridas e cultos religio-
sos, todos com a participação da comunidade, crianças, jovens e adultos.
61
Em 3 de julho de 1953, foi inaugurado o primeiro gerador
de energia elétrica de Imperatriz, com o nome de “Usina Elé-
trica Urbano Rocha”, nome aprovado pela câmara de verea-
dores da época.
62
Canção do Centenário de Imperatriz
63
/03/2020 caça - Imprimir Caça Palavras
F T T A E O C O Y E H V E I A A S O
L E M B R A D O E U T R H P E N S G
M T A T A H S L H R K M A P O C A I
E C E R L M E S B B W O I P G F N E
E O L E S G V F N A T T I B T S A E
G I E A E O T A D N T R O F É U H H
Y E A T Y C H S R O B L H I I N A T
W L E E O D A S I R O T C T A S W G
T W E O C N A O C O T L Y N A G L E
S E I Y Y S B M E C T Y S L N E W E
R D E T H A S E S H A N F I I T S N
L O A E I H T S C A T S F R U H T H
AS PRIMEIRAS DÉCADAS DA
NOSSA QUERIDA VILA NOVA DE
IMPERATRIZ NÃO FORAM NADA
FÁCEIS. APESAR DA RIQUEZA DAS
MATAS E DAS TERRAS FÉRTEIS,
VIVIA-SE UM TEMPO DE GRANDE
ISOLAMENTO, O QUE DIFICULTAVA
A VIDA DOS IMPERATRIZENSES.
VAMOS SABER MAIS SOBRE ISSO!
64
A partir da fundação em 1852, o território de Imperatriz se prolongou
por todo sudoeste maranhense, estas terras férteis favoreceram a expan-
são da agricultura, da pecuária e a extração vegetal. Por volta de 1860
começam a se espalhar, ao longo do curso do Tocantins, as fazendas de
criação de gado, onde se produzia também arroz, milho, mandioca, al-
godão, feijão, tabaco e cana-de-açúcar voltados para a subsistência. As
mercadorias chegavam de barco, vindas de Belém ou de Goiás, o porto
daqui era bastante movimentado. Nos anos finais do século XIX, os im-
peratrizense se dedicavam não só às atividades agrícolas mas também ao
artesanato e manufatura. Eles produziam peças artesanais com o couro
do boi, fabricavam farinha, açúcar, rapadura, cachaça, fumo e outros de-
rivados da agricultura.
Apesar da prática dessas atividades econômicas, a população desta
povoação não dispunha de estrutura urbana e serviços públicos. Segundo
Franklin (2005), embora Imperatriz tenha se tornado a segunda maior
fonte de arrecadação do Estado, os governantes não transformavam essa
riqueza em obras. O jornalista Temístocles Maciel Aranha em edição de 8
de abril de 1869 do jornal O Paiz expressou sua opinião sobre Imperatriz,
ao dizer:
65
Nas primeiras décadas do século XX, apesar da ausência de estradas,
Imperatriz começa a se beneficiar dos meios de comunicação. Em 1912,
as linhas de telégrafo chegaram à vila, permitindo assim a comunicação
com o Brasil e o mundo. No final dos anos 30, um campo de pouso foi
aberto para atender ao Correio Aéreo Nacional. O avião do Correio fazia a
Rota do Tocantins, em um percurso de mais de três mil quilômetros entre
o Rio de Janeiro (capital do Brasil, na época) e Belém, sobrevoando o rio
Tocantins da nascente à foz. Foi assim que, antes de ter estradas ou car-
ros, Imperatriz recebeu o avião, se comunicando com a capital do Brasil,
porém, sem interligar-se à capital do Maranhão.
Na década de 1940, a navegação no trecho médio do rio Tocantins
se intensificou, pois se desenvolveram embarcações mais fortes e barcos
com motores que muito contribuíram para o comércio das cidades ribei-
rinhas, entre Belém e Goiás. O porto de Imperatriz servia de entreposto
comercial para os produtos destas regiões e distribuição de sua produção
local.
Quando completou 100 anos, a cidade tinha pouca expressividade
política e econômica, sendo a única cidade maranhense da região que
não possuía estradas. Segundo Franklin (2005), Imperatriz “era o local
para onde os funcionários públicos indesejados eram enviados, sem tem-
po para retorno”. Belém era a capital com quem se mantinha de fato uma
comunicação mais efetiva.
Contudo, Imperatriz encerrou a década de 1950 testemunhando mu-
danças significativas em seu cotidiano e na área urbana por causa da
abertura de estradas. Primeiramente, a estrada para Grajaú veio para
interligar Imperatriz ao restante do Maranhão e do Nordeste. Posterior-
mente, a mais importante, a rodovia Belém-Brasília, aberta para inter-
ligar a nova capital federal que se erguia no país, ao norte do Brasil. No
meio do caminho da grande rodovia, estava Imperatriz, que vivenciou
mudanças drásticas “do dia para a noite”.
66
1. Cite as atividades desenvolvidas ao longo do curso do rio Tocantins e
no território da antiga Vila de Imperatriz por volta de 1860.
_______________________________________________________
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_______________________________________________________
_______________________________________________________
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67
Rodovia Belém-Brasília: a estrada que dividiu a
história de Imperatriz
68
Assim, em 1958, tem início a abertura da grande rodovia. A meta
do governo federal era de abrir a estrada em dois anos. Para que se
cumprisse tal feito, as frentes de trabalho se dividiam partindo dos dois
extremos; de Anápolis no Goiás rumo ao norte e de Belém rumo ao sul.
Imperatriz foi escolhida como ponto de encontro para frentes de trabalho
nos dois sentidos da estrada. Sendo assim, caminhos foram abertos de
Imperatriz rumo ao Estreito e vice-versa. Ao mesmo tempo, outra leva
de trabalhadores rasgava as matas de Imperatriz rumo à São Miguel do
Guamá no Pará, de onde outra frente vinha em sentido contrário.
Sendo então ponto de chegada e
de partida para as obras da rodovia,
Imperatriz recebeu um escritório da
Rodobrás, empresa responsável pela
construção da Belém-Brasília. Tal
medida atraiu para cá centenas de
pessoas em busca de trabalho. Essa
situação alterou a vida na pacata ci-
dade de Imperatriz, transformando-a
em um verdadeiro canteiro de obras.
A cidade passou a conviver com avi-
ões, helicópteros, máquinas, cami-
nhões, engenheiros, topógrafos e
grande número de trabalhadores que
iam derrubando as matas para dar
lugar a rodovia. Imperatriz que tinha Trabalhadores abrindo caminho na flores-
apenas uma dúzia de ruas estreitas ta para a rodovia Belém-Brasília em 1959.
Fonte: http://memorialdademocracia.com.br/card/belem-
e tradicionais, foi, aceleradamente, -brasilia-rodovia-de-integracao#card-108
invadindo o campo, crescendo à bei-
ra-rio, para todos os lados, desordenadamente, com muita pressa. (PE-
REIRA, 1997, p. 109-110).
De acordo com Franklin (2008), a derrubada das matas virgens ocu-
pava centenas de homens, distribuídos em vários pontos do pique demar-
cado. A estrada ficava a certa distância do centro da cidade e para fazer
69
a interligação foi construída uma estrada que recebeu o nome de BR-14
que, na década de 1970 passou a se chamar Avenida Dorgival Pinheiro de
Sousa, em homenagem ao vice-prefeito que morrera nesta época.
Para coordenar a grande obra de engenharia, que foi a construção da
rodovia Belém-Brasília, o Presidente da República Juscelino Kubitschek
escolheu o engenheiro agrônomo Bernardo Sayão de Araújo, profissional
atuante que estava sempre em contato direto com as frentes de trabalho.
Foi em meio às obras da rodovia, atingido por pelo tronco de uma árvore,
que o engenheiro veio a falecer em plena mata. A triste notícia causou
grande comoção nacional.
No entanto, as obras não podiam parar. Passado o período de luto, os
trabalhos foram retomados e, 45 dias após a morte de Sayão, em 1º de
fevereiro de 1959, o Presidente Juscelino chega a Açailândia para come-
morar o encontro das duas frentes de trabalho, a do Maranhão e do Pará.
A construção da es-
trada trouxe também
grandes desafios para
o poder público em Im-
peratriz, pois a cidade
não contava com ener-
gia elétrica, a não ser
aquele pequeno ge-
rador inaugurado em
1953 e que se tornou
insuficiente para aten-
der à população que
crescia aceleradamen- JK em visita às obras da rodovia Belém-Brasília em 1959.
te. Faltavam condições Fonte: http://memorialdademocracia.com.br/card/belem-brasilia-
-rodovia-de-integracao#card-108
para atender às neces-
sidades de saúde, educação, habitação e infraestrutura urbana. A morta-
lidade infantil era elevada e os conflitos entre agricultores e pecuaristas
tornavam-se cada vez mais frequentes. Em 1958, a cidade recebe seus
primeiros médicos, o casal Olga e José Pontes, que atendiam à população
do posto de saúde do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), instalado
pelo governo federal.
70
O trabalho de abertura das matas não era uma tarefa fácil. No trecho
de aproximadamente 500 km entre Imperatriz e São Miguel do Guamá,
praticamente não haviam cidades ou povoações, além dos indígenas. A
malária era um perigo constante para os trabalhadores, além de animais
selvagens e tantos outros obstáculos da natureza. Apesar de todos esses
desafios, Sayão coordenou os trabalhos focado sempre no prazo de en-
trega da obra, dezembro de 1960, pois em janeiro de 1961, encerrava o
mandato do Presidente Juscelino Kubitschek.
E assim foi feito.
Apesar do pequeno
atraso por causa do
falecimento de Ber-
nardo Sayão, em 25
de janeiro de 1961,
seis dias antes do tér-
mino do seu mandato
como Presidente do
Brasil, Juscelino che-
ga a Imperatriz para
inauguração da rodo-
via Belém-Brasília. A
programação que pre-
via apenas um almoço
no aeroporto da cida-
de, se estendeu para
as ruas, onde JK fez
um passeio de jeep,
visitou o escritório da
Rodobrás e conversou
com pessoas debaixo
Trecho da rodovia Belém-Brasília em 1960.
das mangueiras da Fonte: http://adrielsonfurtado.blogspot.com/2015/08/
Rua XV de novembro. contexto-historico-da-abertura-das.html
71
1. Quais as transformações sentidas na cidade de Imperatriz, durante os
anos de construção da rodovia Belém-Brasília?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
72
Faltavam apenas 16 dias para o 31 de janeiro de 1959, data
estabelecida para o encontro das frentes do Pará e Maranhão, dia
em que o presidente Juscelino Kubitschek visitaria o local para
comemorar com os encarregados e trabalhadores essa “ligação”.
Buscando cumprir o cronograma, o próprio Sayão foi comandar a
frente de serviços. No lugar depois denominado “Vila Arco Íris”,
a vinte quilômetros da hoje cidade de Ulianópolis, o engenheiro
Bernardo Sayão, comandante dessa grande obra foi atingido gra-
vemente por uma árvore, antes do meio-dia.
Levado à tarde para o cam-
po de pouso de Açailândia, na
tentativa da chegada de um
resgate aéreo que não aconte-
ceu a tempo, faleceu às 19h,
à espera de uma aeronave de
socorro.
Esse episódio, de muitas
Bernardo Sayão ao lado de
versões na imprensa e na crô-
Juscelino Kubitschek.
nica, abalou todo o país. Ber- Fonte: https://www12.senado.leg.br/noticias/mate-
rias/2019/06/04/ce-aprova-inclusao-de-bernardo-sayao-en-
nardo Sayão, já reverenciado
tre-herois-da-patria. Arquivo Léa Sayão.
como um herói do desbrava-
mento das selvas brasileiras, desbravador de Goiás e um dos ar-
tífices da construção de Brasília, amigo pessoal do Presidente da
República, reconhecido tanto nas metrópoles quanto nas peque-
nas vilas e cidades do Centro-Oeste e da Amazônia, morreu aba-
tido por uma das árvores que mandara derrubar. No local onde
aconteceu o acidente foi erguida uma grande cruz. Aproveitaram
em sua confecção, a madeira da árvore que atingiu o engenheiro.
Por ato presidencial, a rodovia passou a chamar-se Rodovia Ber-
nardo Sayão, merecidamente. (RIBEIRO, 2000, p. 101-104).
Fonte: FRANKLIN, Adalberto. Apontamentos e fontes para a história
econômica de Imperatriz. Imperatriz, MA: Ética, 2008. p. 119-120..
73
Na estrada entre Belém e Brasília: o despertar de
Imperatriz
74
Mapa da área urbana de Imperatriz/MA na década de 1940.
Fonte: Valverde; Dias (1967, p.203)
75
Mapa da área urbana de Imperatriz/MA na década de 1960.
Fonte: Valverde; Dias (1967, p.205)
76
as Avenidas Dorgival Pinheiro de Sousa e Getúlio Vargas eram trafegá-
veis apenas no período de estiagem, no restante do ano ambas eram
engolidas pela lagoa do Murici. Atualmente, a lagoa não existe mais, foi
progressivamente aterrada para abertura de outras ruas na área central
da cidade.
Noleto explica também o surgimento de outra avenida importante da
cidade, a Avenida Bernardo Sayão, que se deu a partir da distribuição de
terrenos no bairro Nova Imperatriz, pela prefeitura municipal. A doação
de terrenos era uma prática recorrente na época, cada vez que isso acon-
tecia, inúmeras ocupações irregulares iam surgindo em torno daquela
área cedida pelo poder público. É por isso que quase todos os bairros da
cidade são, em grande medida, formados desta forma irregular de aqui-
sição.
O primeiro asfaltamento que Imperatriz recebeu data do período de
1971 a 1975, era apenas uma pintura asfáltica sobre o aterro de piçarra
nas principais ruas do antigo Centro e na Avenida Getúlio até o Entron-
camento, ponto de encontro com a Rodovia Belém-Brasília. O asfalto de
melhor qualidade só foi implantado na década de 1980 pelo Governo do
Estado (NOLETO, 2002).
77
por meio da nova rodovia. Os bancos da Amazônia e do Brasil se instalam
na cidade para oferecer linhas de crédito aos novos empreendimentos
comerciais e industriais que surgiam. Para compreender melhor as mu-
danças na economia de Imperatriz após a abertura da rodovia Belém-
-Brasília, sugerimos que você releia com atenção o quadro das páginas
43 a 45, na Unidade 1 deste livro.
Diante da ampliação das atividades comerciais, os empresários da
cidade fundam em 1º de fevereiro de 1960, a Associação Comercial de
Imperatriz, que futuramente agruparia a indústria também. Por outro
lado, os trabalhadores também começaram a se organizar, criando em
16 de setembro de 1968 a Associação Profissional dos Trabalhadores na
Indústria e Construção Civil de Imperatriz.
São da década de 1960 a fundação dos primeiros hospitais de Impe-
ratriz, tais como, Hospital Ebenézer (1962) e da Casa de Saúde São Vi-
cente Férrer (1964), o Hospital São Raimundo (1966) e a Casa de Saúde
Santa Lúcia (1968).
A década de 70 traz consigo inúmeros sinais de progresso, dentre
eles, a implantação da CEMAR – Centrais Elétricas do Maranhão, que
passa a fornecer energia elétrica progressivamente, por meio de grupos
geradores tanto para residências quanto nas ruas da cidade, a partir de
1971. No ano seguinte, é construída a rodoviária de Imperatriz, na qual
empresas de ônibus passam a oferecer linhas regulares de transporte
para grandes centros como Belém, Teresina e Brasília.
Em termos de educação, é nos anos 70 que Imperatriz passa a dispor
de ensino superior. Em 1974 foi implantada a Fundação de Ensino de Im-
peratriz (FEI) que a princípio ofereceu o curso de Letras. Posteriormente
surgiram os cursos de Estudos Sociais e Ciências, até que em 1979 a FEI
se incorporou à FESM que se tornaria a Universidade Estadual do Mara-
nhão.
O segmento da comunicação também se organizou neste período.
Primeiramente houve a implantação da Telefônica de Imperatriz S/A, a
TELIMSA. Esta companhia iniciou seus serviços em 1968 com 138 termi-
nais telefônicos na cidade. Posteriormente, Imperatriz foi contemplada
com seu primeiro jornal local de circulação regular, o jornal O Progresso,
78
criado pelo jornalista José Matos Vieira, sua primeira edição é de 3 de
maio de 1970. E finalmente, em 1975, Imperatriz passa a contar também
com o sinal de televisão, encerrando em definitivo a situação de isola-
mento da cidade.
79
CARO(A) ESTUDANTE, MUITOS OUTROS
ASPECTOS SOBRE A HISTÓRIA DE
IMPERATRIZ PODERIAM SER ABORDADOS
NESTA UNIDADE, POIS É IMPOSSÍVEL
RESUMIR QUASE 170 ANOS DE HISTÓRIA
EM TÃO POUCAS PÁGINAS. O OBJETIVO
DESTE LIVRO NÃO É DAR CONTA DE
TODA A HISTÓRIA DE IMPERATRIZ,
MAS SIM DESPERTAR EM VOCÊ O
DESEJO DE CONHECER MELHOR
NOSSA CIDADE E ASSIM VALORIZAR
MAIS ESTA TERRA TÃO ACOLHEDORA.
PARA ISSO, SUGIRO QUE CONSULTE AS
FONTES BIBLIOGRÁFICAS QUE FORAM
UTILIZADAS PARA PRODUZIR ESTA
UNIDADE, ELAS ESTÃO DISPONÍVEIS AO
FINAL DO LIVRO. AGORA, TE CONVIDO A
CONTINUAR ESSA AVENTURA INCRÍVEL
E CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE A
MEMÓRIA DE IMPERATRIZ, NA UNIDADE 3.
Anotações
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80
Anotações
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81
“Sentir, viver e sonhar, em meio a lutas e glórias,
saborear o amor, no espírito das memórias”.
Margarida Chaves
Unidade 3
Imperatriz - MA
Lugar de memória
Unidade 3
84
Glossário
Região aqui se refere à área de abrangência de Imperatriz, antes
do desmembramento de 13 municípios, entre 1959 a 1994, conforme
a unidade dois.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=p5YLT9VntTo
85
1. Estamos estudando o que é memória e o quanto é importante conhe-
cê-la. Por isso vamos completar as questões de acordo com o que es-
tamos pedindo:
a) Memória individual _______________________________________.
b) Memórias coletivas resultam:________________________________.
86
Aos poucos, com o surgimento das estradas, o movimento do porto
foi se modificando, ficando ali a venda de peixe no varejo e atacado, as
peixarias e o movimento de embarque e desembarque de pessoas e mer-
cadorias e, onde hoje é a área de lazer, viviam famílias que fabricavam
tijolos no processo artesanal. A partir da década de 1990, as famílias
tiveram que sair, pois no local foi construído um espaço de comércio e
lazer, a Avenida Beira Rio.
O Porto da Beira Rio é um lugar de memória pela referência repre-
sentativa na cidade, tem funcionalidade não só como espaço físico, mas
cheio de significados. Além de integrar: esporte, lazer, turismo, comuni-
cação e comércio.
Glossário
Tocantins: Rio dos Tocantins, nação indígena desse nome que ha-
bitava as margens do rio Grafia Tó-o kantim. Significa nariz pontudo.
87
A primeira Igreja dedicada a Santa foi erigida no local onde atual-
mente é a Praça da Meteorologia. A Igrejinha coberta de palha foi subs-
tituída por uma construída pelos moradores, a partir de 1862. Em 1937,
construída em estilo arquitetônico colonial, a nova Matriz de Santa Teresa
D’Ávila foi inaugurada.
A Igreja é um lugar de memória por sua pertinência à cidade que se-
dimenta recordações dotadas de valor histórico, testemunho de fé desde
as gerações anteriores e pelo acervo, contendo: registros de batizados,
casamentos, atas e outros documentos que guardam fatos sobre a histó-
ria da região.
88
2. O Porto da Beira Rio, no inicio da conquista e colonização, era o ponto
de entrada e saída para o comércio: __________________________
Pelas embarcações chegavam _______________________________
89
Em 1955, através da Lei nú-
mero 62, a Prefeitura Municipal
regulamentou a doação definitiva
do terreno, e a Câmara Municipal
aprovou o projeto para contribuir
na construção da capela. A Igreja
foi construída com a frente para a
Rua BR 14, atual Dorgival Pinhei-
ro.
Frei Epifânio, além de frade,
era engenheiro, arquiteto, mestre
de obra e pedreiro. Com esses co-
nhecimentos, idealizou e construiu
a nova Igreja com a contribuição
do povo.
Em 1964, foi colocada a pedra
fundamental para a construção
da nova igreja, momento solene,
com missa presidida por Dom Ce-
sário Alexandre Minali, primeiro
Primeira Igreja Nossa Senhora de Fátima
bispo da prelazia de Carolina da Imperatriz (MA) início dos anos 1960.
qual Imperatriz fazia parte. Fonte: http://museu-virtual.blogspot.com/
90
Além da Igreja Nossa Senhora de Fátima, no local, foi construída a
nova residência dos frades Capuchinhos, Dom Marcelino Sérgio Bícego,
bispo da Prelazia de Carolina, passava longas temporadas aqui por ser
mais central para atender as demandas pastorais. Depois da criação da
Diocese de Imperatriz, em 1987, a casa passou a ser a residência epis-
copal, acolhendo o seu primeiro bispo. Atualmente, é também a sede
administrativa da diocese.
A Praça de Fátima, como é conhecida, é um lugar de resistência, que
acolhe os movimentos sociais para as grandes manifestações políticas
nas lutas de reivindicação, proposição ou de protestos. É onde aconte-
cem manifestações nas datas comemorativas anuais, e os festejos da
Santa. No local também se realizam campanhas de orientação à popula-
ção: educação, saúde, segurança, exposições, outros eventos e o comér-
cio informal.
Espaço religioso
91
Quanto às instituições religiosas, vamos citar somente algumas que
acompanharam a dinâmica de ocupação territorial até 1970. Posterior-
mente, muitas outras foram chegando e criando outros espaços de expe-
riência religiosa.
92
Igrejas Assembleia de Deus
As Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus em Imperatriz – IEADI
fundada em Imperatriz em 16 de setembro de 1952, por um grupo de
migrantes que saiu do Piauí fugindo da seca e da pobreza daquela região.
Era um único tranco familiar, conhecido como Bandeira e Rocha. O Pastor
Plínio Pereira de Carvalho foi o primeiro pastor e um dos fundadores da
igreja.
As Assembleia de Deus foi
a primeira igreja pentecostal
estabelecida na cidade de Im-
peratriz. Em sua trajetória his-
tórica fundou uma escola de
Ensino Fundamental convenia-
da com a Prefeitura da cida-
de e um seminário teológico, Primeira sede da Igreja Assembleia de Deus - Impe-
onde são formados a maioria ratriz - MA BARROS, Edelvira Marques de Moraes
de seus pastores e obreiros. Imperatriz. Ética, 1996. p 423. .
As igrejas Assembleia de Deus tem também um conjunto de obras
sociais nas comunidades, por exemplo: a Casa de Davi e Centro Terapêu-
tico Esperança, centros de recuperação de dependentes químicos.
O campo cultural das Assembleias possui vários polos, ensinam crian-
ças a tocar instrumentos musicais, desde os clássicos, instrumentos de
percussão, como as baterias acústicas. Possui uma banda filarmônica
com mais de 170 músicos. Nas grandes festividades da cidade, bem como
nas datas tradicionais como o Natal, são realizadas inúmeras cantatas em
pontos distintos.
As igrejas Assembleias de Deus foram fundadas no Brasil em 1911
pelos missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, na cidade de
Belém – PA.
93
O primeiro templo da Igreja Batista foi construído na rua Godofre-
do Viana, onde ficou por muitos anos. A Igreja Batista, dentro das suas
ações sociais, criou escolas de ensino fundamental, contribuindo com a
educação das crianças Imperatrizenses.
A Igreja Adventista
A Igreja Adventista marca presença em Imperatriz desde 1967, quan-
do chegaram alguns agentes com trabalho de colportagem. A primeira
celebração oficial de instalação da Igreja em Imperatriz aconteceu no dia
22 de outubro de 1968.
A Igreja Adventista integra à missão inúmeras atividades: educação
para manutenção da saúde, educação básica através das escolas. Desen-
volve, simultaneamente, atividades em atenção às gerações, como: Clu-
be de Aventureiros com crianças, Clube de Desbravadores com jovens,
Ministério da Pessoa Idosa e muitas outras.
Os adventistas creem em uma vida integralmente dedicada a Deus
com o objetivo de vincular evangelização com a qualidade de vida. Ensi-
nam a respeito do estilo de vida saudável com base nos remédios divinos
que são, água, alimentação saudável, ar puro, luz solar, exercício físico,
temperança, repouso e confiança em Deus.
94
A Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Instalada a partir de 1974, a Igreja tem como foco a missão cristã.
Trouxe no seu projeto a contribuição educacional fundando uma escola de
ensino fundamental na comunidade.
Após a década de 1970, houve um crescente avanço do número de
congregações cristãs. Com a expansão da cidade, as igrejas vão marcan-
do presença nos diversos bairros e nos povoados e são referências de
religiosidade e de cultura da nossa cidade.
95
A Doutrina Espírita expandiu suas atividades, surge o líder espírita,
Aderson Baiano que criou a Voz Espírita de Imperatriz, a Campanha da
Caridade Cristã e o Lar São Francisco de Assis, que abriga pessoas idosas
de toda região. O Lar são Francisco passou a ser administrado pelo muni-
cípio após a morte do seu fundador. Os seguidores da Doutrina fundaram
a escola Marieta Albuquerque.
Cultos afro-brasileiros
Cultos afro-brasileiros são crenças de origem da África pelos povos
de vários grupos étnicos trazidos ao Brasil para serem escravizados, que
incorporaram elementos e divindades indígena e do catolicismo.
Os ritos são diversos, variam de acordo com a tradição africana de
onde procedem. Os cultos são realizados nos terreiros, mas muitas pes-
soas cultuam de forma discreta em suas residências. Quem dirige os tra-
balhos nos cultos são as lideranças, Pai ou Mãe de Santo, figuras que en-
frentam diversos desafios e limitações para darem continuidade às suas
raízes espirituais com seus conhecimentos abençoados pela sabedoria
dos Orixás.
A religiosidade de origem africana é praticada não só por gente negra,
mas também por gente branca. Em Imperatriz existem e estão ativos 20
terreiros de Umbanda e de Candomblé.
Vejam como nossa Princesa do Tocantins, é repleta de diferentes bens
culturais, a serem conhecidos através de pesquisas, assim vamos com-
preender melhor a nossa história.
Glossário
Terreiro: Designação dada ao local em que se celebram alguns
cultos afro-brasileiros, como o candomblé e umbanda.
96
1. Escreva aqui o nome das congregações evangélicas que chegaram a
Imperatriz até a década de 1970.
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_______________________________________________________
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3. Descubra e anote o nome das Igrejas que ficam perto da sua casa.
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97
Espaço, educativo e cultural
98
Fruto de estudos e pesquisas, consolidados pelo Núcleo de Estudos Afri-
canos e Indígenas (NEAI) da Universidade Estadual da Região Tocantina
do Maranhão, o museu tem o objetivo de incentivar e apoiar a produção
e a difusão de conhecimentos nas áreas das Africanidades, Estudos In-
dígenas, Arqueologia, Educação Patrimonial e Cultura Popular. Situado à
rua Godogredo Viana, anexo ao prédio da UEMASUL, aberto diariamente.
99
Memorial Padre Josimo Moraes Tavares
O Memorial Padre Josimo Moraes Tavares foi idealizado pelo bispo de
Imperatriz, Dom Vilson Basso, com o objetivo de manter viva a memória
do Padre como sinal de testemunho de profecia e fé cristã.
A criação do Memorial Padre Josimo, pela Diocese de Imperatriz, é
também resposta concreta aos anseios de movimentos eclesiais, movi-
mentos sociais e de organismos que todos os anos celebram a memória
do Padre.
Padre Josimo, morto em 10 de maio
de 1986, véspera do dia das mães,
quando subia as escadarias do Centro
Diocesano de Pastoral da Diocese de
Imperatriz, na Rua Dorgival Pinheiro
de Sousa, esquina com a Godofredo
Viana, Imperatriz.
Fonte: Virgínia Pitanguy
100
2. O Centro de Cultura Negra, Negro Cosme, contribui com a formação
dos profissionais da educação.
Enumere três atividades de formação realizadas pelo Centro de Cons-
ciência Negra
a) _______________________________________________________
b) _______________________________________________________
c) _______________________________________________________
101
Praça da Meteorologia
Em 1913, foi instalado no local o serviço de meteorologia, e o espaço
passou a ser conhecido como Praça da Meteorologia.
O espaço onde foi erguida a primeira Igreja em Imperatriz, é o marco
inicial da ocupação da cidade por população branca. Inicialmente foi de-
nominada Largo da Matriz, local onde aconteciam os festejos e os demais
eventos culturais. A praça era cuidadosamente iluminada com lampiões
a querosene.
Esse logradouro permaneceu como referência de encontro das famí-
lias católicas, até 1937, quando a igreja de Santa Teresa foi construída
onde se encontra atualmente. A Praça Meteorologia é o Marco Zero da
cidade de Imperatriz.
102
Praça da cultura, antes da última reforma
Fonte: https://www.google.com/search?q=pra%C3%A7a+da+cultura+imperatriz+-ma. Acesso 18/02/2020.
Paço da Cultura
103
Foi sede do governo municipal até a gestão do prefeito Carlos Gomes
de Amorim, mudou-se em 1982, quando o Governo do Estado construiu
um novo e amplo prédio para a Sede da Prefeitura.
O Passo da Cultura, como é conhecido o prédio, que foi nomeado pelo
prefeito José de Ribamar Fiquene. Vamos conhecer mais sobre utilização
do espaço da prefeitura?
Durante a ocupação pela gestão municipal, funcionou único terminal
de telefone da cidade: a Telecomunicações do Maranhão S/A – TELMA,
Secretaria Municipal de Educação, a Câmara Municipal, Comando da Po-
lícia Civil, as sessões do júri.
O presidente da Academia Imperatrizense de Letras, na época, o pro-
fessor Vito Milesi, viu possibilidade de ter o Paço da Cultura como sede da
Academia Imperatrizense de Letras. Primeiro, solicitou à Prefeitura para
uso duas salas com o compromisso de restaurá-las e o fizeram.
Considerando que, entre os objetivos da Academia, havia o de pre-
servar a memória do seu meio, os membros da Academia solicitaram ao
Prefeito concessão do prédio. O Paço da Cultura, como importante monu-
mento histórico de Imperatriz, foi cedido para a Academia em acordo de
comodato, em 1994.
A Academia Imperatrizense de Letras tomou posse definitiva, com
uma localização privilegiada em frente à Praça da Cultura Renato Morei-
ra, ao lado, fica o Centro de Artesanato de Imperatriz, importante ponto
cultural de valorização das artes da cidade e da região.
Cine Muiraquitã
Em volta da praça, onde funcionou a Prefeitura Municipal de Impera-
triz, houve o crescimento das atividades de comércio e lazer, o Muiraqui-
tã. Foi um Complexo Comercial formado por
sorveteria, bar, restaurante, local para shows,
festas, boate etc. E aos domingos vesperais
dançantes. O cine Muiraquitã funcionava no
mesmo prédio, em espaço específico.
Fundado por Manoel Ribeiro Soares, no
final da década de 1950, o Cine Muiraquitã
Cine Muiraquitã
foi a primeira sala de cinema de Imperatriz. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/
104
Conjunto de pesos e
outro conjunto de medi-
das, doados pela Impera-
triz do Brasil, Teresa Cris-
tina, por ficar lisonjeada
com a homenagem a seu
título. As peças ficaram
em Imperatriz até 1967,
quando o prefeito Munici-
Pesos e medidas doados pela Imperatriz
pal da época, doou para o Tersa Cristina, à Vila de da Imperatriz
Museu da Cidade sediado Fonte: imperatriz.ma.gov.br
A NOSSA PRINCESA
CRESCEU E SE TORNOU
REFERÊNCIA COMO
POLO UNIVERSITÁRIO,
CONTRIBUINDO PARA O
CRESCIMENTO CIENTÍFICO
PARA ALÉM DAS SUAS
FRONTEIRAS.
105
O ensino superior, tão necessário em Imperatriz e toda região, che-
ga somente a partir da década de 1970. A relevância política da cidade,
atraiu instituições de ensino superior e deu nova dinâmica para a forma-
ção profissional e conquistas no avanço das ciências. Imperatriz é um polo
universitário de referência para toda região, integrando populações de
estudantes residentes e outros que só frequentam as aulas diariamente.
Existem 4 instituições públicas de ensino superior: Universidade Estadual
da Região Tocantina do Maranhão, Universidade Federal do Maranhão,
Universidade Estadual do Maranhão e Universidade Aberta do Brasil.
106
região, pois trouxe na sua oferta, 30 vagas para o curso de Direito e 90
vagas para o curso de Pedagogia. Em 1993, oferece o Curso de Ciências
Contábeis.
A conquista foi muito grande, pois até então, em nível superior, em
Imperatriz só eram oferecidos curso de Licenciatura de curta duração.
Atualmente, a UFMA funciona em dois locais e oferece: três cursos de
licenciatura, seis cursos de bacharelado, cinco cursos de mestrado e um
doutorado.
107
b) Nome das Universidades públicas de Imperatriz.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
108
desenvolvimento moral, intelectual e a solidariedade das classes Artísti-
ca, Operária e Agrícola. No conjunto das suas ações contava com coo-
perativa para compra de gêneros alimentícios por preço de custo, e uma
cooperativa de crédito para os sócios. Todos os benefícios direcionavam à
inclusão social dos seus filiados, o grito contra as desigualdades sociais.
O espaço, onde funcio-
nou por muitos anos, a sede
da União, a escola, o clube so-
cial, local para festas e bailes, e
um local para bater bola, eram
mantidos pela associação. Nesse
período, todo terreno onde atu-
almente é a praça era de pro-
priedade da União. Atualmente, Primeira sede da União Artística Operária e
existem a praça União o Bairro Agrícola de Imperatriz
Acervo particular - UNIÃO
União e a Escola União.
109
1. Conquistas dos associados da União Artística Operária e Agrícola de
Imperatriz:
a) Na educação.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
b) Esporte e lazer.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
IMPERATRIZ É REFERÊNCIA
COMO POLO ESPORTIVO
NA REGIÃO. VAMOS
ABORDAR SOBRE O
FUTEBOL, MODALIDADE
ESPORTIVA PRATICADA
POR PROFISSIONAIS,
AMADORES E PELADEIROS.
110
profissional de destaque é o Cavalo de Aço, ou Imperatriz, como é conhe-
cida a Sociedade de Imperatriz de Desporto, fundada em 4 de janeiro de
1962, sob a denominação, Sociedade Atlética Imperatriz. Em fevereiro de
2000 passou a ser chamado de Sociedade Imperatriz de Desportos.
A Liga Imperatrizense de Futebol, fundada em 8 de dezembro de
1971, como liga Imperatrizense de Desportos, integra 38 times de cate-
gorias: amador e profissional.
O futebol da região teve como grande incentivador o padre capuchi-
nho Frei Epifânio D’Abadia, que marcou presença no período de 1953 até
8 de fevereiro de 1983, ano em que faleceu na cidade de Imperatriz. O
frade era jogador, juiz de futebol e articulador da modalidade esportiva
no ambiente eclesial, principalmente nas organizações juvenis.
SOMOS A DIVERSIDADE
CULTURAL, RESULTADO DO
ENCONTRO DAS CULTURAS DE
VÁRIOS POVOS, OU SEJA, ESSAS
TERRAS FORAM OCUPADAS
EM PRINCÍPIO PELOS POVOS
INDÍGENAS E POSTERIORMENTE
POR BRANCOS E NEGROS.
111
Povos Indígenas
Os encontros de povos são históricos e necessários na formação hu-
mana e social, permeados por interesses dos grupos. No caso de Impera-
triz e região, os povos indígenas foram os primeiros habitantes e sempre
viveram nos seus diferentes territórios, e garantiam, assim como, atual-
mente, a preservação ambiental e a segurança territorial.
O processo de conquista empreendido pelos brancos, tinha como ob-
jetivos: tomar posse e ampliar seus domínios, explorar as riquezas na-
turais, capturar povos indígenas para serem usados como mão-de-obra
forçada ou vendidos aos mercadores do Grão-Pará e São Luís.
Os povos indígenas do Maranhão, na região de Imperatriz, pertencem
a dois troncos linguísticos: Macro-Jê: Krikati e Gavião Pykopjê, e Tupi:
Thenetehara Guajajara.
Os Krikati, temidos pelos navegantes do rio Tocantins e pelos vaquei-
ros e bandeirantes dos Pastos Bons, a quem fizeram estacionar além das
margens do Farinha por quase quarenta anos, renderam-se ao carmelita
baiano. Submeteram-se ao aldeamento e direção de frei Manoel Procópio.
Povo indígena
Fonte: https://www.diariodebalsas.com.br/
112
de frutas como, caju, maracujá, guaraná, jabuticaba; nomes próprios
como, Jaci, Niterói, Paraíba; alimentos como, pipoca, mandioca, beiju.
Os povos indígenas se sentem parte da terra, pois a terra garante a
vida. A Constituição Brasileira garante aos povos indígenas o direito às
terras tradicionalmente habitadas por eles de forma coletiva.
Aqui em Imperatriz vivem povos indígenas desaldeados, estudantes
indígenas engajados em diversos cursos superiores e outros ainda na
educação básica.
Povo negro
No período que a região de Imperatriz foi conquistada, a partir de
1852, as práticas escravagistas foram responsáveis pela criação de mui-
tas riquezas acumuladas na região. Aqui funcionou uma junta classifica-
dora de escravos, um tribunal que julgava os processos de libertação de
pessoas escravizadas.
Então, a nossa herança cultural tem também a coloração forte das
africanidades, expressas por meio de atitudes, costumes, gostos, mu-
sicalidade, danças, instrumentos de percussão, cores, religiosidade as
atitudes de resistência e muitas outras.
O que podemos também testemunhar é o reconhecimento e a valo-
rização da cultura negra como forma de resistência e autoafirmação, de
mulheres e homens que se engajam em propostas contra o racismo e
contra os preconceitos sofridos na pele por gente negra.
113
Tambores – Zeca Tocantins
VAMOS APRESENTAR
ALGUMAS DAS INÚMERAS
MANIFESTAÇÕES
CULTURAIS DA NOSSA
IMPERATRIZ. OUTRAS
VOCÊS VÃO DESCOBRIR
PERCORRENDO OS
CAMINHOS DOS ESTUDOS E
DAS PESQUISAS.
O lindô
Lindô é uma manifestação artística de caráter popular transmitida
de forma oral e coletiva que ocorre em algumas cidades do Maranhão:
Caxias, Imperatriz, João Lisboa e Davinópolis. O Lindô foi introduzido em
114
Imperatriz por Dona Maria Francisca Pereira da Silva, conhecida como
Dona Francisca do Lindô. Dona Francisca chegou a Imperatriz em 1976.
É Natural do Povoado de “Água Fria”, na cidade de Caxias, no Estado
do Maranhão. Aqui fundou o grupo de lindô - Batalhão Real em 1984,
através do qual transmitiu seus ensinamentos para a comunidade do
Bairro Santa Inês.
A música é animada pelos
sons dos tambores, que tem
uma presença muito marcan-
te na dança. Isso se deve à sua
origem estar ligada à dança das
pessoas que foram trazidas da
África.
Mestra Dona Francisca do Lindô
Fonte: pt-br.facebook.com
Grupo de Dança Popular Kizomba
O Grupo de Dança Popular Kizomba surgiu em agosto de 1997.
Kizomba era a festa do povo negro que resistiu bravamente à escra-
vidão. Um chamado à luta por liberdade e por justiça. O Kizomba apre-
senta as danças: Cacuriá, Lili, Lundu, Maculêlê, Coco, Ciranda, Divino,
Dança dos Orixás e muito mais, com muita música e alegria, uma ótima
percussão e vocal.
O Kizomba é um espaço de
cultura, de resistência e de en-
gajamento de jovens por uma
educação inclusiva e libertadora,
pela eliminação de discrimina-
ção e de preconceito, é fruto de
pesquisas feitas por estudantes,
sob a coordenação da professora
Maria do Amparo Cruz de Olivei-
ra, em Escola da rede pública da
educação básica, em Imperatriz.
Disponível em: https://www.google.com/search?
115
Sabores de Imperatriz
116
VEJA, FOI SÓ UM POUCO DAS NOSSAS
MEMÓRIAS. CONVIDAMOS VOCÊ
A AMPLIAR OS CONHECIMENTOS,
DESCOBRIR OUTRAS REFERÊNCIAS
SOBRE A NOSSA PRINCESA DO
TOCANTINS, LANÇANDO O OLHAR SOBRE
A HISTÓRIA TECIDA POR NOSSOS
ANCESTRAIS, QUE COM DEDICAÇÃO
E AMOR NOS DEIXARAM GRANDES
LEGADOS, E NÓS VAMOS PRESERVAR
E TAMBÉM DEIXAR NOSSOS RASTROS
PARA AS PRÓXIMAS GERAÇÕES DESTE
LUGAR QUE CHAMAM TERRA DO FREI.
Anotações
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117
“A natureza está presente em tudo:
na cidade;
na floresta;
dentro de nós”.
120
o clima, a vegetação, o relevo favorável ao estabelecimento das popula-
ções que iam chegando, ou seja o ambiente. Nossa cidade é muito bem
servida de recursos naturais que foram primordiais para o seu desenvol-
vimento econômico e social, bem como de toda região Tocantina.
Devemos compreender que todo esse engrandecimento adveio de
investimentos financeiros, trabalho humano e da existência e disponibili-
dade de fatores ambientais da natureza, existentes no território que, ao
longo da história, foi se transformando nessa cidade tão convidativa e
acolhedora.
Como habitantes da cidade, temos que ter um olhar de muita atenção
e responsabilidade para a compreensão, conservação e gestão de todo
campo ambiental que abrange o município de Imperatriz. Nossa relação
com a cidade deve ser sempre de muito respeito e zelo.
VOCÊS GOSTAM DE
FOTOGRAFIAS? EU
GOSTO DEMAIS!
121
Na foto da Praça de
Fátima, também da dé-
cada de 1960, percebe-
mos a predominância
de uma maior cobertura
vegetal na cidade. Hoje,
essa área é tradicional-
mente comercial.
122
As fotos que acabamos de ver retratando Imperatriz no pas-
sado, são obras do italiano e missionário católico Albé Ambrógio.
Ele chegou a Imperatriz na década de 1960, permanecendo até
1974 quando voltou à Itália. Albé fez belíssimos registros aéreos
da nossa cidade. Nessa época, ainda não existiam ruas asfalta-
das por aqui. Reconhecemos que a sua iniciativa em fotografar
a nossa cidade pode viabilizar a comparação e a leitura am-
biental do espaço de Imperatriz em períodos distintos. As fotos
de Albé nos convidam a pensar sobre ecologia, como devemos
cuidar das belezas e dos recursos naturais do nosso município.
Nas fotos seguintes, que datam da década de 1960, temos Albé
e o Frei Epifânio D´Abadia (que você conheceu na unidade 3)
em um espaço que hoje fica em frente à Igreja de Santa Teresa
de Ávila. Podemos observar o rio Tocantins ao fundo, muita co-
bertura vegetal e poucas moradias às margens do rio. Na foto
seguinte, ele parece estar apreciando as belezas naturais, ainda
pouco transformadas do rio Tocantins. Podemos ver que nesse
período o rio estava com suas águas baixas, pois é possível avis-
tar a Praia do Meio e bancos de areia, que são característicos
do período de estiagem. Esta fotografia foi feita onde hoje é a
Avenida Beira Rio.
123
1. Exposição Fotográfica Virtual retratando o
meio ambiente da cidade de Imperatriz.
Converse com seus colegas e professores e
organizem na sua escola uma exposição de
fotografias retratando os diversos ambientes
existentes na cidade de Imperatriz. Cada es- Fonte: Pinterest
124
humanizado ou antropizado. Hoje em dia são raros no planeta Terra os
espaços naturais, ou seja, aqueles que não foram alterados de alguma
maneira pelo homem. Alguns trechos bem densos de florestas e territó-
rios muito frios localizados em altas latitudes, são exemplos de poucos
espaços que não foram tocados pelo homem.
Agora que você já sabe o significado do conceito, origem e objetivo
da ecologia, vamos responder a atividade seguinte. Mas antes, pense um
pouco e imagine como era o espaço que hoje é cidade de Imperatriz no
passado, quando Frei Manoel Procópio chegou por aqui em 1852. Con-
verse com seus colegas e socialize como você visualiza esta paisagem e o
meio ambiente antes do início da ocupação iniciada pelo Frei e por povos
não índios no território. Como era o rio Tocantins e os demais riachos que
conhecemos? O ar que respiramos? Os animais silvestres? E as vegeta-
ções? Muitas coisas mudaram? Discuta e veja o que houve em comum
nos pensamentos sobre o assunto.
125
1. Considerando o que você leu anteriormente e seus conhecimentos so-
bre os diversos elementos que compõem o espaço socioambiental de
Imperatriz, relacione adequadamente:
( ) Rio Tocantins
( ) Calçadão de Imperatriz
( ) Terminal Rodoviário Municipal
1- Elemento natural
2- Elemento antrópico
( ) Mata do 50 Bis
( ) Estádio Municipal Frei Epifânio D´Abadia
( ) Avenida Beira Rio
( ) Praça da Cultura
126
3. Há quanto tempo você e sua família moram em Imperatriz? Converse
com seus familiares ou moradores antigos e investigue sobre as trans-
formações que ocorreram na cidade durante esse período. Em seguida
aponte as mudanças que repercutiram no meio ambiente da cidade.
Escreva sobre essas mudanças que você conseguir levantar.
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4. Como cidadão, quais atitudes devemos ter para preservar o meio am-
biente local? Nossas atitudes repercutem somente na cidade? Conver-
se com seus colegas e cite pelo menos duas atitudes individuais ou
coletivas que podem ser benéficas para a preservação da cidade de
Imperatriz e do planeta.
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127
Mergulho refrescante no rio Tocantins.
Foto: Daniel Sena
Imperador Tocantins
Carlinhos Veloz
128
Após ouvir a canção, reflita e responda:
1. Quais elementos da natureza ambiental Carlinhos Veloz cita na letra
da música?
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2. Na sua opinião o que o artista quis dizer nos versos: Toca essa água,
toca essa mágoa. Toca e desagua, Tocantins?
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4. Tem algum trecho que mais chamou sua atenção? Qual? Por quê?
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129
Grandes cidades se desenvolveram às margens de rios. Foi
assim com Cairo às margens do rio Nilo no Egito e com Londres
às margens do rio Tâmisa na Inglaterra. No Brasil temos tam-
bém grandiosas áreas urbanas que nasceram e cresceram às
margens de cursos d’água como o rio Capibaribe Recife/PE e o
lago Guaíba em Porto Alegre/RS. Os rios foram e são grandes
aliados e muito importantes para o abastecimento das popula-
ções dessas cidades, vias de acesso, bem como potentes im-
pulsionadores do desenvolvimento regional e industrial dessas
localidades.
Considerando a música inspirada nas belezas do rio Tocan-
tins, Imperador Tocantins, do cantor e compositor Carlinhos Ve-
loz, converse e reflita com sua família sobre a relevância do rio
Tocantins para a cidade de Imperatriz. Produza em seu caderno
um texto discorrendo sobre a relação e o crescimento da cidade
com a aproximação privilegiada do rio Tocantins. Não se esque-
ça de por um título à sua produção! Para acompanhar o texto
você pode fazer um desenho inspirado no rio Tocantins e na ci-
dade de Imperatriz. Depois leia seu texto e apresente seu dese-
nho na sala de aula para os demais colegas e seu professor(a).
Dessa forma vamos ampliando a socialização sobre o assunto.
130
Durante seu percurso, vão surgindo grandes obras de ge-
ração de energia hidrelétrica, como as usinas de Lajeado/TO,
Estreito/MA e Tucuruí/PA. Esta última se destaca entre uma das
maiores do Brasil. As usinas hidrelétricas trazem muitos bene-
fícios, como a produção de energia para a população. Por outro
lado, elas também ocasionam grandes impactos ambientais,
decorrentes de sua instalação e operação.
Nosso rio vem sofrendo muito com a destruição das matas
ciliares, que acelera o processo de assoreamento, reduzindo a
quantidade de peixes. Os pescadores mais antigos relatam que
vários peixes atualmente desapareceram ou estão muito raros,
como: Curvina, Filhote, Jáu, Mandi, Pacu, Piau, Tucunaré e ou-
tros. O potencial de navegação por barcos maiores em seu leito
em determinado período do ano também fica prejudicado.
O rio Tocantins possibilita uma importante geração de renda
local. Ele é responsável pelo sustento de muitas famílias. Des-
sa forma são beneficiados: colônia de pescadores espalhados
pelos municípios da região, barraqueiros no período das praias,
barqueiros, dentre outros. Daí a importância de preservar mais
ainda o nosso rio, fazendo uso de sua água de maneira respon-
sável.
131
• Reduzir a impermeabilização do solo, evitando cimentar
quintais e o uso do asfalto desnecessário, reservando maneiras
naturais de escoamento, infiltração e conservação dos riachos
que cortam o município;
• Manter bueiros limpos para a água não ser impedida de
penetrar no sistema de captação, evitando enchentes na cida-
de;
• Respeitar as matas ciliares e áreas próximas ao rio To-
cantins e aos riachos, não realizando construções próximas,
respeitando a distância mínima estipulada por lei de 30 metros.
132
Os riachos que cortam a cidade como o Capivara, o Cacau, Santa Te-
reza e o Bacuri, atualmente são poluídos. Isso se deve à grande pressão
demográfica e construções irregulares erigidas muitas vezes em seus lei-
tos. Grande parte do esgoto de vários bairros é jogado diretamente nos
riachos, e depois no rio Tocantins sem tratamento. Essa realidade sobre
a carência do tratamento de dejetos, com certeza, é um grande desafio
ambiental da nossa cidade.
Nos meses de estiagem, o rio Tocantins atrai muitas pessoas devido a
presença de diversas praias. Os barraqueiros das praias são orientados a
dar destinação adequada ao lixo que é produzido com o fluxo de turistas.
O óleo utilizado nas frituras dos restaurantes da praia do Cacau, desde o
ano de 2017, é reaproveitado para produzir sabão. Como frequentadores
das praias, temos que ter muita responsabilidade e cuidado com o rio,
evitando o descarte incorreto de resíduos às suas margens.
133
fazem ação de plantio de mu-
das nativas na área da Lagoa
das Garças. O Poder Público
avalia a possibilidade de tor-
nar a Lagoa das Garças uma
Área de Proteção Permanente
(APP). O crescimento dos bair-
ros que a cercam, o lixo e o
esgoto domiciliar, são grandes
Ação ecológica de estudantes da Escola Munici-
ameaças para esse ambiente
pal Morada do Sol na Lagoa das Garças.
natural que deve ser aprecia-
Fonte: https://prefeituradeimperatriz.com.br/noticias/meio-ambiente
do e cuidado por todos.
134
espaço foi bem prejudicado pelo despejo incorreto de entulho de
construção e lixo. Nas
últimas duas décadas
a Lagoa da Covap foi
aterrada, dando lu-
gar a vários prédios
residenciais e comer-
ciais, que foram cons-
truídos sobre ela. Um
exemplo é o Centro Local onde antigamente era a Lagoa da Covap.
Fonte: https://www.imperatriz.ma.gov.br/noticias
de Convenções.
135
A Rua XV de Novembro é uma parte antiga de Imperatriz e apresenta
boa quantidade de árvores sombreiras.
136
Brasil, a primeira cidade a dispor de arborização de rua foi Recife, no
século XVII. Já nos séculos XVIII e XIX, na cidade do Rio de Janeiro, ini-
ciaram-se marcos fundamentais do paisagismo brasileiro, como o Jardim
botânico e o Campo de Santana.
Você sabia que uma árvore só pode ser cortada com autorização dos
órgãos competentes? Em Imperatriz a Secretaria Municipal de Meio Am-
biente e Recursos Hídricos (SEMMARH) realiza visitas técnicas com pro-
fissionais preparados que irão avaliar a necessidade de cortar a árvore. É
muito importante escolher com cuidado o local e a espécie mais adequa-
da para que não seja necessário cortá-la futuramente.
Vamos analisar um mapa que retrata a distribuição da cobertura ve-
getal na cidade de Imperatriz?
137
Percebemos que a cidade é rodeada por uma quantidade expressiva
de áreas de pastagem. Próximo desses locais existe também uma vege-
tação mais densa que está representada no mapa na cor verde escuro.
Já na área de construções as árvores encontram-se bem distribuídas,
existindo cerca de cinco vazios de vegetação. A Rua XV de Novembro,
além de ser a rua mais antiga, é uma das mais arborizadas de Imperatriz.
Isso acontece devido aos cuidados das espécies existentes. As praças da
Cultura e União também são muito bem arborizadas e oferecem muita
sombra para os moradores da cidade.
A Semmarh disponibiliza, por meio do viveiro municipal, mudas de
árvores nativas e frutíferas para serem doadas para a população. Geral-
mente as ações acontecem em pontos diferentes da cidade. A SEMMARH
também realiza vistorias de podas e cortes de árvores na área urbana.
No trecho da Rua XV de Novembro próximo a Praça da Meteorologia, per-
cebemos o incentivo para continuação à arborização urbana. Em 2019 foi
construído um canteiro central, que além de dividir e trazer mais segu-
rança para a via, possibilitou um espaço destinado à um gramado e novas
árvores. Já foram plantadas cerca de uma centena de árvores de espécies
já existentes em Imperatriz. Os moradores da rua são sensibilizados e
convidados a cuidarem das mudas.
138
É importante que a população colabore para aumentar e manter a
cobertura vegetal da nossa cidade. Vários bairros precisam de mais ar-
borização. É nessa parte que os moradores de Imperatriz podem ajudar,
realizando o plantio das mudas de árvores. Depois é importante regar
e acompanhar o crescimento, pois algumas vezes a muda não vigora
e pode ser substituída por outra. Dessa maneira todos ganham, com a
sombra e os demais benefícios que as árvores oferecem aos habitantes
em geral. Vamos reforçar quais as vantagens das árvores para a nossa
cidade?
139
Você já teve a oportunidade de plantar uma árvore? Os estudantes da
Escola Municipal Madalena de Canossa, do bairro Santa Lúcia, gostaram
muito dessa experiência! É importante seguir as dicas:
140
Que tal ler o livro “A Árvore Generosa”, escrito pelo poe-
ta, compositor, músico, cartunista e autor estadunidense Shel
Silvertein? Ele nasceu nos Estados Unidos e produziu muitos
livros para o público juvenil. O texto do seu livro foi traduzi-
do para o português por Fernando Sabino. A obra foi lançada
em 1964, mas é bem co-
nhecida até hoje em todo
o mundo. As páginas em
preto e branco mostram
a história da amizade en-
tre uma árvore e um ga-
roto, que aos poucos se
distancia dela na medida
em que vai crescendo e
tornando-se adulto. Você
pode ler o livro na versão
impressa ou ouvir a sua
história sendo contada
por meio do canal no You
tube da Nô Figueiredo.
Vale a pena conhecer e
Fonte: www.amazon.com.br
refletir sobre esse delica-
do, tocante e reflexivo conto, que nos mostra o quanto as árvo-
res nos oferecem valiosos benefícios sem pedir nada em troca.
141
Você sabia que Imperatriz possui um Viveiro Municipal? Lá
são produzidas as mudinhas que são plantadas e distribuídas
para a população de todos os bairros da cidade. De acordo com
dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (SEMMARH), por ano são cultivadas em mé-
dia 28 mil mudas.
142
c) Reduzem a poluição sonora e embelezam nossa cidade;
d) Criam lugares agradáveis para descanso e brincadeiras;
e) Alimentam e abrigam pássaros além de vários outros animais silves-
tres.
caça
3. Procure no caça-palavras 8 benefícios e dois produtos que usamos no
As palavras deste caça palavras estão escondidas na horizontal, vertical e diagonal, sem palavras ao
cotidiano
contrário. que são provenientes das árvores:
F T T F C I S H I E Y G W O B S M G Y A A L
N O T U H U A G T D H O U Z T R A T S I T S
H E E E E S T A N O N F E F D K E Ú R S D E
A E L A E E P U W F L K R L N S S D D G A I
A G B T P L B T F S O T D O C U I T T E M N
Y A E N L A A E E R L T L R A I W E I N A L
F A L E I U P E M A U Z O E C D A P B I S G
I Y E L C H S E M E N T E S S M I W O S H A
I N Z M E R U E L A S M O E S E A O H E P R
N T A I C E A I O C D T T S L Í D E R N W H
F R E I E R E E T O I E A N A N N N T P D A
I E A V T S H A R Z O M I R S L D T H A D T
O T N A D I U H O S G B O R N N A A E U T V
O E S O M B R E A M E N T O A A A I S S I U
T N R L E A B I E T E V D A R O P M N I E W
H R Y I M S O T E A F U R H O H U T H I R R
143
4. Árvores, meio ambiente, preservação, devastação, alterações na pai-
sagem e espaço geográfico. Esses são temas tratados no filme: “O Ló-
rax em busca da Trúfula perdida” inspirado no livro do autor Dr Seuss
que já escreveu vários contos infan-
tis. A envolvente história que se pas-
sa em uma cidade de plástico tem
foco na ecologia e está disponível no
You Tube. Que tal você assistir com
seus familiares? Depois conversem
sobre as mensagens de preservação
da natureza que Ted e seus amigos
nos ensinam nessa emocionante e Fonte: https://www.papodecinema.com.br//
inesquecível aventura.
144
A coleta seletiva se caracteriza como um método de otimização dos
processos de destinação adequada do lixo. E por falar em lixo, vale a
pena ressaltar que "lixo" é uma palavra geral para designar as palavras
"resíduo" (os descartes que ainda têm alguma utilização possível por
meio da reciclagem ou reutilização) e "rejeito" (aqueles que já não po-
dem ser utilizados novamente).
A coleta seletiva é a coleta diferenciada de resíduos que foram pre-
viamente separados segundo a sua constituição ou composição. Ou seja,
resíduos com características similares são selecionados pelo gerador (que
pode ser o cidadão, uma empresa ou outra instituição) e disponibilizados
para a coleta separadamente.
A importância da coleta seletiva é justamente a redução dos impactos
ambientais do consumo. Quando separamos o lixo (ou o que sobrou do
que consumimos), facilitamos muito o seu tratamento e diminuímos as
chances de impactos nocivos para o ambiente e para a saúde da vida no
planeta Terra, incluindo a vida humana. Praticar a coleta seletiva é um
dos pilares do desenvolvimento sustentável.
145
Dados sobre a prática da reciclagem em Imperatriz
146
Os materiais coletados em nossa cidade são destinados à Associação
de Catadores de Materiais Recicláveis de Imperatriz (Ascamari), que be-
neficia cerca de 200 famílias que obtém renda por meio da reciclagem. A
Ascamari recebe resíduos provenientes de domicílios e até mesmo em-
presas e escolas, sendo o total de 74 parceiros, que separam papéis,
plásticos, metais e orgânicos. Pela relevância dos serviços prestados à
cidade de Imperatriz, o governo municipal reconheceu como de utilidade
pública a Ascamari, através da Lei Ordinária nº 1790, de 23 de agosto de
2019.
A cidade possui catorze Pontos de Entrega Voluntária, PEVs, que re-
colhem resíduos e enviam para a associação. Dessa maneira eles ainda
podem ser reutilizados. Quando os materiais recicláveis são coletados e
chegam às cooperativas, eles são separados minuciosamente para serem
reaproveitados. O que não é reaproveitado é levado para aterros sanitá-
rios. Na foto temos José Ferreira Lima,
mais conhecido como seu Zezinho que é
fundador da Ascamari, e continua como
um líder que incentiva a reciclagem na
nossa cidade. Ele afirmou que há um
projeto para a Associação receber ma-
teriais orgânicos. A Prefeitura de Impe-
ratriz fez a doação de um terreno com
cinco mil m² para a Ascamari, localiza-
do no bairro Recanto Universitário, pos- José Ferreira Lima “Seu Zezinho”
Fundador da Ascamari.
sibilitando aos membros da associação Fonte: https://prefeituradeimperatriz.com.br/
melhores condições de trabalho. noticias/meio-ambiente
147
PEV Endereço
Rua Xinguara s/n, próximo ao
01 PEV. Recanto Universitário
14° Batalhão da Polícia Militar
PEV. Recanto Universitário/
02 Avenida Itaipu s/n
Ascamari
03 PEV. Parque das Palmeiras Rua Aimorés s/n
04 PEV. Vila Cafeteira Rua Duque de Caxias s/n
05 PEV. Parque Alvorada Rua Buriti s/n
06 PEV. Nova Imperatriz Rua Fortunato Bandeira nº 616
Rua Coronel Manoel Bandeira
07 PEV. Bacuri
n°2548
08 PEV. Vila São José I Rua: 08 s/n
09 PEV. Vila São José II Rua São Domingos s/n
10 PEV. Planalto I Rua Dom Marcelino s/n
11 PEV. Planalto II Rua Dom Marcelino s/n
12 PEV. Caema I Rua Antônio de Moraes s/n
13 PEV. Caema II Rua Antônio de Moraes s/n
Igreja Nossa Senhora
14 PEV. Novo Horizonte
do Rosário
Elaborador por Geilson Reis (2020), com dados da Semmarh
148
Mapa 3: Povoados da Zona Rural de Imperatriz
Elaborado por Geilson de Arruda Reis (2020)
149
No início da Associação havia somente cinco sócios, que recolhiam
os materiais na rua. “Todo mundo sempre se ajudou, a gente catava os
materiais e juntava tudo para vender, o que fica em um preço mais em
conta devido a uma política das firmas que compram o material. Antes
da coleta, uma parte do pessoal catava material na rua. Agora, o pessoal
que trabalha nos caminhões da prefeitura e da empresa contratada para
o serviço, recolhe os resíduos pela cidade e traz para gente fazer o pro-
cesso de triagem, compactação e destinação final”, explica Seu Zezinho.
Dentre os materiais mais aproveitados pela Ascamari estão o pape-
lão e o plástico. De acordo com a Associação, o papelão é o resíduo mais
coletado (em média 1 tonelada diária) e seu aproveitamento se dá, pri-
meiramente, através de uma máquina de prensar. A partir daí o volume
é separado em pacotes que serão posteriormente vendidos a empresas
de São Paulo e Brasília. O mesmo ocorre com as latinhas de alumínio, ar-
mazenadas em pacotes de 30 a 40 quilos e vendidas para outras cidades.
Toda a renda é dividida entre os sócios da Associação.
Fonte: https://portais.ufma.br
Na foto o caminhão da coleta seletiva, descarrega materiais no gal-
pão da Ascamari. Todo esse material será separado e depois vendido para
ser reciclado.
150
1. O que é a Ascamari?
_______________________________________________________
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_______________________________________________________
151
Peixe coletor de recicláveis na Avenida Beira Rio.
Fonte: https://prefeituradeimperatriz.com.br/noticias/meio-ambiente
152
Desafios ambientais para a cidade de Imperatriz
Alguns dos desafios ambientais da cidade de Imperatriz dizem respei-
to a coleta e tratamento do esgoto domiciliar, que atualmente se apresen-
ta ineficiente para as atuais proporções urbanas. Outro ponto importante
é o processo de implantação do aterro sanitário de resíduos sólidos que
está em andamento. Já foram feitos e apresentados por meio de audiên-
cias públicas em dezembro de 2019: o Estudo de Impacto Ambiental, e o
Relatório de Impacto Ambiental, EIA/Rima, sobre a Licença de Instalação
do Aterro Sanitário de Resíduos Sólidos do município.
Os estudos de impactos ambientais apresentados são um dos passos
para conseguir o licenciamento ambiental para a construção do aterro
sanitário em Imperatriz. Quando estiver funcionando, esse aterro será
uma grande conquista na política de resíduos sólidos local. O município
também se preocupa em realizar um trabalho de recuperação na área de-
gradada, onde hoje funciona o que chamamos de “Lixão”. Nesse espaço
é onde se acondiciona os resíduos sólidos da cidade.
Consumir os recursos e lidar com os resíduos de uma maneira res-
ponsável, preservando o planeta para as gerações futuras, envolve a for-
ça de empresas, governos em todas as suas esferas e a população.
Glossário
Aterro Sanitário: é um local destinado à decomposição final de resí-
duos sólidos gerados pela atividade humana. Nele são dispostos resíduos
domésticos, comerciais, da indústria de construção e também resíduos
sólidos retirados do esgoto. O aterro consiste na técnica de enterro dos
resíduos, buscando sua decomposição a longo prazo na natureza. Faz
parte da ampla ciência de tratamento de Resíduos Sólidos.
Licenciamento Ambiental: é uma exigência legal a que estão su-
jeitos todos os empreendimentos ou atividades que empregam recursos
naturais ou que possam causar algum tipo de poluição ou degradação ao
meio ambiente. É um procedimento administrativo pelo qual é autorizada
a localização, instalação, ampliação e operação destes empreendimentos
ou atividades.
153
Você sabia que são realizadas Gincanas Ambientais com es-
tudantes das escolas municipais e com os moradores dos bair-
ros de Imperatriz? Nessas ocasiões são realizados diversos tra-
balhos que promovem a educação ambiental, como coleta de
recicláveis, distribuição de mudas de árvores e de plantas. O
foco principal dessas mobilizações é o incentivo ao hábito da
coleta seletiva e ao cuidado com os resíduos sólidos produzidos
pelas comunidades. Vale lembrar que é grande a participação
de pessoas de todas as idades. Elas passam a se tornar multi-
plicadores de hábitos ecológicos e agentes para o fortalecimen-
to da coleta seletiva de Imperatriz. Na foto podemos observar
a ação que foi realizada em parceria da Semmarh com a As-
sociação Comunitária do bairro Novo Horizonte em janeiro de
2020. O trabalho de coleta seletiva teve início em 2016 nessa
localidade, e foi fortalecido no ano seguinte com a instalação de
um Ponto de Entrega Voluntária no bairro. A Secretaria Muni-
cipal de Educação (Semed), também vem trabalhando a Edu-
cação Ambiental por meio de gincanas. Em 2012 uma delas
envolveu sessenta escolas da rede municipal e teve o tema:
“Preservação Ambiental, compromisso de todos”. Os objetivos
primordiais da gincana foram:
estimular a convivência social
a partir do entendimento da
pluralidade do ambiente social
e da correspondente liberda-
de de expressão de cada um
dos participantes envolvidos.
Na foto podemos ver o quanto
Gincana Comunitária no Bairro
essa gincana foi animada! Que Novo Horizonte em 2019
tal organizar e fazer acontecer Fonte: Léo Costa 2019
154
uma gincana ecológica na sua
escola ou no seu bairro? Con-
verse com seus colegas e pro-
fessores para estabelecer as
regras e metas que podem ser:
escola e bairro mais limpos;
arborização local; diminuição e
tratamento dos resíduos gera-
dos na escola e bairro, gestão Gincana Ecológica dos estudantes
eficiente da água e da energia, das escolas municipais em 2012
Fonte: http://commamimp.blogspot.com
dentre outros.
155
O Conselho Municipal de Meio Ambiente (Commam) é um órgão cria-
do para esse fim. Esse espaço destina-se a colocar em torno da mesma
mesa os órgãos públicos, os setores empresariais e políticos e as orga-
nizações da sociedade civil no debate e na busca de soluções para o uso
dos recursos naturais e para a recuperação dos danos ambientais. Trata-
-se de um instrumento de exercício da democracia, educação para a ci-
dadania e convívio entre setores da sociedade com interesses diferentes.
O Commam tem a função de opinar e assessorar o Poder Executivo
Municipal – a Prefeitura, suas secretarias e o órgão ambiental municipal
– nas questões relativas ao meio ambiente. Nos assuntos de sua compe-
tência, é também um fórum para se tomar decisões, tendo caráter deli-
berativo, consultivo e normativo.
Glossário
Fórum: É uma reunião presencial ou on-line onde várias pessoas fa-
zem comentários e debatem sobre um determinado tema.
156
O Conselho tem muita responsabilidade, pois ao tomar as decisões de
forma coletiva, ele viabiliza a construção dos saberes sobre o meio am-
biente local. Assim, é um espaço para administração de conflitos ecológi-
cos locais e regionais, pois o município de Imperatriz se localiza próximo
de outros estados. Para isso, o Conselho deve eleger e reunir represen-
tantes legítimos de todos os segmentos da sociedade local interessados
na qualidade ambiental e no desenvolvimento ecologicamente sustentá-
vel. Os conselheiros municipais são indivíduos que agem de forma vo-
luntária, em benefício da qualidade de vida e, portanto, não recebem
pagamento pelos serviços prestados.
Além do Commam, em Imperatriz existem uma série de leis e regras
locais que foram criadas com o objetivo de promover o conforto e prote-
ção do meio ambiente. Dentre elas temos a Lei Nº850/97 que é Código
de Postura do Município de Imperatriz. Esse documento estabelece várias
medidas que devem ser cumpridas, tanto pelo poder público como pela
sociedade civil. É primordial o respeito à essas regras, para que a socie-
dade viva em um ambiente urbano saudável.
157
através de veículos adaptados para esta finalidade e autorizada pelo Po-
der Público Municipal, ficando proibida a utilização de som automotivo,
veículos de tração animal, trios elétricos, mini-trios elétricos e similares,
carretas e reboques.
Somente será permitida a sonorização nas ruas e a propaganda vo-
lante nos horários compreendidos entre as 08h às 12h e das 14h às 18h,
de segunda a sexta-feira e aos sábados das 08h às 12h, ficando proibi-
do o exercício da atividade aos domingos e feriados, exceto nos casos
específicos autorizados pelo órgão competente, mediante requerimento
prévio. Durante as atividades de propaganda volante, quando os veículos
estiverem parados em semáforos aguardando a devida liberação, o volu-
me do som emitido deverá ser desligado para não perturbar o bem-estar
e o sossego público.
Glossário
Poluição Sonora: É o excesso de ruídos que afeta a saúde física e
mental da população. É proveniente de atividades que perturbam o silên-
cio ambiental. Considerado crime ambiental, ela pode resultar em multa
e reclusão de 1 a 4 anos.
158
Assim, o rio Tocantins e as ruas da cidade serão menos
afetados com os impactos decorrentes dessa prática. Acesse
o site: https://www.imperatriz.ma.gov.br/pmi/commam e o
blog: http://comma-
mimp.blogspot.com e
conheça todo o conte-
údo dessa resolução,
o Código de Postura
do município de Im-
peratriz, e outras ini-
ciativas desse grupo Atividade de extração de areia no rio Tocantins.
Fonte: https://www.flickr.com/photos/143464466@
de pessoas que de-
N07/25591267238/in/photostream/
fende a preservação
do meio ambiente.
Glossário
Draga: Embarcação ou estrutura flutuante destinada a reti-
rar areia, lama ou lodo do fundo do mar, de rios e canais.
159
O engajamento dos estudantes para a preservação
ambiental de Imperatriz
EM IMPERATRIZ EXISTEM
INICIATIVAS PROTAGONIZADAS
POR JOVENS ESTUDANTES
A FAVOR DA PRESERVAÇÃO
DO MEIO AMBIENTE. VAMOS
CONHECER?
160
É um trabalho nascido na Es-
cola Municipal Santos Dumont que
vem sendo realizado desde 01 de
junho de 2012. O projeto é decor-
rente do problema da carência de
arborização no bairro Bacuri nas
proximidades da escola. Inves-
tigou-se através de pesquisa de
campo os problemas ambientais
reclamados pela população, sendo
que o de maior peso foi a diminui-
ção da cobertura vegetal. Com os
dados obtidos percebeu-se a viabi-
lidade de realizar oficinas de Edu-
cação Ambiental com os alunos e
a comunidade, para árvores serem
Fase I
Fonte: Pesquisa de campo Projeto Bacuri Verde plantadas através do método de
Julho 2012, território adoção.
As atividades foram monitoradas por um engenheiro florestal que en-
sinou como se plantar e cuidar corretamente da muda, bem como indicou
e fez a doação das mudas da espécie mais apropriada para a realidade
geográfica e ambiental do lu-
gar. A pesquisa foi estendida
durante a evolução do proje-
to para a cidade de Impera-
triz, onde observou-se a boa
receptividade das pessoas
na questão ambiental urba-
na. Foram promovidos vários
Dias “D” de Conscientização
Ambiental, ocasião em que o
Projeto Bacuri Verde realiza
Guardas Ambientais ensinam outros estudantes ações voltadas para a promo-
menores em roda de conversa.
Fonte: IGimperatrizmaisverde ção da sustentabilidade urbana
161
e educação ambiental, juntamente com os imperatrizenses em pontos de
grande movimento na cidade.
O Projeto Bacuri Verde participou e foi premiado em eventos edu-
cativos e científicos nacionais e internacionais: (Mocinn, Febrace -USP,
Milset Brasil, Fecitec, Prêmio Construindo a Nação, Expociência Nacional,
Feiciesd, Fecipaf e Mtep).
Em 2013 o projeto concorreu com vinte e sete trabalhos, sendo mui-
tos de países desenvolvidos como Inglaterra (três projetos), e Itália (dois
projetos) e muitos outros, e foi agraciado com o prêmio “Proyecto Desta-
que” na Expociência Nacional em Mazatlán – Sinaloa – México.
Os estudantes expandiram a pesquisa para outros lugares da cidade.
O gráfico abaixo foi fruto da investigação realizada no Calçadão. Nesse
dia ocorreu o Dia “D” de Conscientização Ambiental, e trezentas pessoas
responderam ao questionário. O objetivo foi ouvir a opinião delas sobre
o meio ambiente local.
162
Os Guardas Ambientais es-
tão diretamente ligados às ativi-
dades práticas do Bacuri Verde,
que consistem principalmente
em preservação, conscientiza-
ção e ações coletivas em prol do
ambiente saudável.
O viveiro é um espaço de
aprendizagem muito visitado e
Estudantes no espaço do viveiro. experienciado pelos estudantes
Fonte: Patrícia Araújo
cotidianamente.
Os estudantes aprendem
a fazer as mudas no Viveiro
Ecológico do Projeto Bacuri
Verde. As sementes utiliza-
das são coletadas pela cida-
de.
163
O Bacuri Verde vem inspirando os estudantes a se expressarem por
meio da arte. Muitos desenhos e textos já foram criados por eles.
Desenho com tema ambien- Placa de conscientização elaborada por participante do projeto
tal produzido por participan- Fonte: Facebook Bacuri Verde
te do Bacuri Verde
Fonte: Facebook Bacuri Verde
Estudantes do Anos Iniciais aprendem Crianças tem experiência prática por A produção da horta escolar é utiliza-
sobre alimentação saudável com horta meio da horta na Escola Municipal da na merenda dos estudantes
na Escola Municipal Santa Maria Santa Maria Fonte: Semed 2019
Fonte: Semed 2019 Fonte: Semed 2019
164
Estudantes da Educação de Jovens e Adul-
tos EJA, da Escola Darcy Ribeiro, reutilizam
pneus para produção de puffs.
1. Já pensou como seria legal se na sua escola existisse uma horta? Ob-
serve o espaço e veja se é possível! Converse com seus colegas e seus
professores e planeje uma horta. Ela pode ser grande ou pequena de-
pendendo da área disponível. Busque informações e decida o que será
cultivado. Organize um calendário para que todos possam participar
desse projeto cuidando dos canteiros.
165
EU GOSTEI DE CONVERSAR COM VOCÊS SOBRE O MEIO AMBIENTE
DA NOSSA CIDADE E DO PLANETA! RECORDAMOS E APRENDEMOS
COISAS IMPORTANTES. EXISTEM MUITOS DESAFIOS A SEREM
ALCANÇADOS PARA QUE A HUMANIDADE VIVA EM HARMONIA COM
A NATUREZA. O DESENVOLVIMENTO E AS MODERNIZAÇÕES SÃO
SEMPRE BEM VINDOS, MAS, EM PRIMEIRO LUGAR, PRECISAMOS
TER ATITUDES ECOLÓGICAS EM PROL DO USO INTELIGENTE E
DA PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS. AFINAL, ELES
SÃO NECESSÁRIOS PARA A NOSSA SOBREVIVÊNCIA NA TERRA.
ECOLOGIA É TUDO O QUE ESTUDAMOS, E MUITOS MAIS. É
SENSIBILIDADE, AMOR, PRESERVAÇÃO, RESPEITO PELA NATUREZA
E POR NÓS MESMOS. ENTÃO, SE ENGAJE COM A CAUSA
AMBIENTAL. FAÇA A DIFERENÇA! TEMOS MUITO QUE FAZER PELO
MEIO AMBIENTE DE IMPERATRIZ! NOSSA CONVERSA NÃO TERMINA
AQUI, HÁ MUITO MAIS A DESCOBRIR NAS PRÓXIMAS UNIDADES.
VAMOS SEGUIR EM FRENTE!
166
Anotações
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167
“Minha terra tem lazer, tem turismo e gente feliz.
Minha terra tem cultura, minha terra é Imperatriz”.
170
Os espaços de lazer em Imperatriz
Podemos definir o lazer como sendo o tempo livre que dispomos, ou
seja, aquele no qual não estamos realizando nossas obrigações. Portan-
to, o tempo livre é aproveitável para o exercício de atividades prazerosas.
As formas de lazer variam a depender da cultura de cada sociedade. O
importante é sabermos que ele é essencial para a melhoria da qualidade
de vida.
Como é bom ter momentos de lazer na nossa vida! Isso é indispensá-
vel para o bem estar individual e coletivo das pessoas. Tão indispensável,
que no Brasil se tornou um direito social reconhecido por lei, pela nossa
lei mais importante, a Constituição Federal. Isto significa que o Poder Pú-
blico tem o dever de fornecer meios para que as pessoas possam usufruir
do lazer. Por isso, as praças, os parques municipais, os ginásios, são al-
guns exemplos de ambientes públicos destinados ao lazer, como a prática
esportiva. Isso mesmo, o esporte é uma das principais formas de lazer e
que além de diversão fazem bem à saúde.
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/pessoas-fazendo-ao-ar-livre-atividades_4593561.htm
171
Av. Beira Rio em Imperatriz, um espaço público onde as pessoas de diversas classes sociais e dife-
rentes idades se reúnem para atividades de lazer, como andar de patins ou fazer piqueniques.
Fonte: https://www.correioma.com.br/noticia/4034/programacao-da-feirinha-beira-rio-promete-atrair-publico-neste-sabado
172
para aquela experiência. A imagem, o som, e até o cheiro de pipoca, nos
fazem ter uma sensação bem
diferente de quando vemos o
filme em nossa casa. Atual-
mente, Imperatriz conta com
várias salas de cinema distri-
buídas em dois shoppings cen-
ters.
Vamos conhecer alguns
dos diversos lugares destina-
dos ao lazer em Imperatriz,
desde os espaços públicos Crianças à frente de uma das salas de cinema
de Imperatriz, aguardando para uma tarde de
como as praças, as praias e a
lazer promovida pela Prefeitura de Imperatriz.
Avenida Beira Rio; até os luga-
Foto: Patrícia Araújo. Fonte: https://www.imperatriz.ma.gov.br/
res privados como os clubes e noticias/assistencia-social/criancas-da-zona-rural-ganham-dia-
-de-lazer-promovido-pela-prefeitura.html
shoppings centers.
173
A indústria cine-
matográfica atual é
um mercado exigen-
te e promissor para
diferentes áreas do
saber. Não são ape-
nas os atores e atri-
zes que brilham nas
cenas que são apre-
sentadas a um públi-
Os irmãos Lumiére revolucionaram o mundo artístico nos fins do
co local e internacio- século XIX. Ao lado temos a imagem de uma das primeiras câme-
nal, pois a realização ras que eles fizeram uso, em suas produções cinematográficas.
174
Há também uma equipe de técnicos/especialistas que são
fundamentais junto aos profissionais já apresentados, que são:
o “técnico de efeitos especiais” cuja tarefa é realizar efeitos vi-
suais e sonoros às cenas já filmadas, inclusive utilizando inser-
ção de efeitos posteriores por computador; o “técnico de som”,
que cuida dos diferentes microfones durante as gravações, cui-
dando para que só haja a captação do que se julgue essencial;
o “operador de câmera” que fica responsável por focar os ân-
gulos solicitados pelo diretor; e os “editores” ou “montadores”,
que trabalham numa ilha de edição, juntos com o diretor ou
orientados por um mapa organizado pelo próprio diretor, onde
se encontra organizados as cenas, os sons, a trilha sonora, en-
tre outros parâmetros qualitativos e quantitativos de finalização
do filme. Outros profissionais como coreógrafos, figurinistas, e
maquiadores são essenciais em determinadas produções.
Por tudo isso é que o cinema é considerado a sétima arte.
As demais são a música, a dança, a pintura, a escultura, a ar-
quitetura e a poesia. Extraoficialmente, outras artes também
recebem numeração, como a fotografia (oitava), os quadrinhos
(nona) e os games (décima).
175
Marque as opções que são consideradas benefícios do lazer na vida
do ser humano:
a) Divertimento
b) Bem estar
c) Melhor saúde
d) Satisfação
176
Praias do Rio Tocantins
Como vimos na Unidade 1 deste livro, o clima de Imperatriz é cons-
tituído por um período chuvoso e por um período de estiagem, é neste
período que as águas do rio To-
cantins reduzem consideravelmen-
te seu volume e as praias fluviais
aparecem. As mais frequentadas
são a Praia do Cacau e a Praia do
Meio, ambas estão situadas próxi-
mo à cidade e atraem milhares de
banhistas todos os anos, durante Praia do Cacau em 2018, no período de ve-
os meses de julho a setembro que raneio quando atrai milhares de banhistas
é conhecido como período de ve- para as águas do rio Tocantins.
Fonte: https://mapio.net/pic/p-42926352
raneio.
De acordo com dados fornecidos pela Defesa Civil do Município de
Imperatriz, em 2019, as praias do Cacau e do Meio atraíram em mé-
dia 20 mil pessoas a cada final de
semana. Esse fluxo é responsável
pelo fortalecimento do turismo e
da economia local.
Toda uma estrutura é viabili-
zada com o objetivo de oferecer
conforto e segurança aos frequen-
tadores. Nesse sentido, a Defesa
Praia do Meio em 2019. É bem pequena,
Civil e o Corpo de Bombeiros fa- mas bem frequentada pelos banhistas.
zem a demarcação do limite da Fonte: https://somosnoticia.com.br/noticias
área que deve ser respeitada para banho. A Vigilância Sanitária visita as
barracas realizando o trabalho de fiscalização e orientação dos cozinhei-
ros no preparo da alimentação que é servida aos clientes. A ambulância
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU, também se faz
presente para prestar atendimento a quem sofrer qualquer acidente. Os
agentes trabalham nos finais de semana, e orientam na organização dos
veículos na chegada e saída dos estacionamentos.
177
1. Você gostou de ler sobre as praias do rio Tocantins? Complete as fra-
ses e depois procure no diagrama as palavras que estão faltando:
caça
Imperatriz, como comida e bebida aos frequentadores.
As palavras deste caça palavras estão escondidas na horizontal, vertical e diagonal, sem palavras ao
contrário.
N S R H T E I I L M R H V H O A E S N R U L
R H O E A M D A O T I H H E O U F H A L I G
A T U E C R D S T L S A C C O E I E S S E A
Y F E E E C O N O M I A Y N E H A A I E Y T
P C R O S R E O T H O C W B H E E A S E E E
H T A B T I L R A E T T C B S T L H I V O N
W L E C I R W L F V U O E U E A E O N R I L
B A R R A Q U E I R O S E O R T W S I P A A
A A T I G U U E I P H T D E N I E L G O T H
C T N L E I H S E H I N R D E C B U E S O D
H S F H M W M R L P O N N I L L G E O S R F
F I M E I O S N F D I U O F C E A Y N N T H
E I N U N S H T O W Y Y T I T F A E I E T C
V E O O T S T S N S U M E E W Y T C V R K B
E T E R D E S A Y G U Y A P T W I N E T F C
I A F S R T R D S O E S R B A I L D S L I H
178
Avenida Beira Rio
É um local muito popular da cidade, considerada um cartão postal do
município. A Avenida Beira Rio possui aproximadamente vinte mil metros
quadrados de área, disponibilizada para diversos tipos de públicos. Uma
concha acústica existente é usada para a realização de shows e apre-
sentações culturais. Vale lembrar, que a estrutura da Beira Rio suporta a
realização de grandes eventos, como o carnaval por exemplo.
Fonte: https://www.flickr.com/photos
179
A Avenida Beira Rio possui uma notável função social dentro do mu-
nicípio. É um espaço de trocas, convivência, encontros entre as pes-
soas e com elementos
da natureza. A exis-
tência e usufruto da
Avenida Beira Rio é de
suma importância para
o bem-estar e diversão
do cidadão no ambien-
te urbano imperatri-
zense.
Lagoa na Avenida Beira Rio em Imperatriz.
Fonte: https://www.flickr.com/photos
1. Você já foi na Avenida Beira Rio? Que tal convidar seus familiares para
um passeio? Observe os espaços da Beira Rio e escreva abaixo, as ati-
vidades de lazer que você conseguiu identificar que são desenvolvidas
pelos seus frequentadores.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
180
3. Vamos ver o que aprendeu sobre o que estudamos? Para isso, associe
corretamente as colunas:
As praças de Imperatriz
As praças estão presentes nas cidades desde a Antiguidade. Nas ci-
dades gregas e romanas, a praça era o espaço voltado à transmissão de
conhecimento e cultura, de exposição de ideias e de tomada decisões.
Eram espaços bem frequentados e bem cuidados.
Na Idade Média, as praças se tornaram locais destinados à realização
de rituais como casamentos, execução de criminosos e funerais. Com a
modernidade e a construção de palácios suntuosos na Europa, as praças
juntamente com os jardins passaram a ter um tratamento que os embe-
lezassem. A partir de então, as praças passaram a ter uma função social,
pois se tornaram espaços destinados às artes, à vegetação, ao relaxa-
mento e contemplação.
O crescimento das cidades e o estilo de vida urbano, aliado ao medo
da violência, têm levado a população a priorizar atividades de lazer em
ambientes privados afastando-se das praças. Esta situação merece re-
flexão, pois muitas pessoas não têm condições financeiras de pagar pelo
entretenimento, cabendo ao poder público garantir o direito social de
181
todos de usufruir de atividades de lazer. É por isso que as praças são tão
importantes, pois são espaços que permitem o encontro entre amigos,
atividades esportivas, brincadeiras, prática de exercícios físicos, passeios
de bicicleta ou patins e muitas outras atividades saudáveis que contri-
buem para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
A Praça da Cultura,
como é conhecida a Praça
Renato Cortez Moreira, é
uma das mais antigas da
cidade, pois está situa-
da em uma das primeiras
ruas abertas em Impera-
triz, a Rua Coronel Manoel
Bandeira. Fica em frente à
Academia Imperatrizense
Vista noturna da Praça da Cultura, reformada em 2018.
de Letras e o Centro de Ar-
Foto: Kayla Pachêco. Fonte: ttps://www.imperatriz.ma.gov.br/noticias/
obras/modernizada-praca-da-cultura-e-entregue-populacao.html tesanato. Por vários anos,
sediou a Feira da Cultura e Artesanato e se constitui como um lugar de
memória da cidade, como já fora demonstrado na Unidade 3. Em 2018
este espaço de socialização foi revitalizado, tendo recebido bancos novos,
academia ao ar livre, playground, rampas para deficientes, pergolado e
banheiros mais amplos, além de um chafariz com iluminação de LED du-
rante a noite. A Praça da Cultura é um espaço chamativo para crianças,
jovens, casais de namorados, idosos e famílias imperatrizenses.
182
Praça de Fátima
Situada no centro comercial de Imperatriz, a Praça de Fátima se tor-
nou um dos principais espaços públicos de lazer para jovens que frequen-
tam a Igreja de Fátima e para demais pessoas que frequentam algum
dos vários pontos de vendas de lanches situados no local. Além disso,
este espaço é palco de manifestações sociais de diversas naturezas como
eventos universitários, religiosos, políticos e a festividades natalinas; sem
contar com o Festejo de Nossa Senhora de Fátima que acontece anual-
mente durante o mês de maio. Portanto, as manifestações que quiserem
ter visibilidade na cidade, devem se promovidos na Praça de Fátima.
Praça da Bíblia
Localizada em um dos bairros mais populosos de Imperatriz, a Praça
da Bíblia é um ponto de visitação e lazer para a população do bairro Ba-
curi. É um espaço bastante utilizado para movimentos religiosos e mani-
festações artísticas diversas. Em
2018 passou por uma reforma
na qual recebeu academia, par-
que infantil, palco coberto, um
lago com cascata, quiosques e
área de vivência. Além disso, o
entorno da Praça da Bíblia tam-
bém concentra lanchonetes e ba-
res que ampliam a movimenta- Vista parorâmica da Praça da Bíblia após a
ção neste ponto da cidade. revitalização em 2018.
Foto: Aquiles Emir. Fonte:http://maranhaohoje.com/e-a-esparanca-para-o-ma-
ranhao-diz-governador-ao-inaugurar-uma-praca-e-a-reforma-de-uma-escola/
183
Praça da União
A Praça da União, situada ao final da Rua Benedito Leite, entre as
Ruas Dom Pedro II e Teresa Cristina, é um dos espaços públicos que se
destacam pela realização de práticas esportivas, contendo inclusive uma
quadra e arquibancadas vol-
tadas para o esporte. Além
disso, a praça tem sido uti-
lizada para aulas de dança
e caminhada desde que re-
cebera a Academia da Saú-
de em 2018, o que ampliou
consideravelmente a visita-
Academia da Saúde na Praça da União, espaço bas-
ção da população a um dos
tante utilizado para prática de exercícios físicos. ambientes públicos mais ar-
Foto: Geilson Reis 2020 borizados da cidade.
184
há cerca de 20 anos. Este espaço de lazer está situado ao lado do Estádio
Frei Epifânio D’Abadia no centro da cidade.
Além destas praças que descrevemos, existem muitas outras espa-
lhadas pela cidade, tais como a Praça Brasil no Mercadinho, a Praça da
Meteorologia e Praça do Rotary, ambas no Centro, a Praça Pedro Améri-
co no Jardim Três Poderes, Praça Ferro de Engomar na Vila Nova, Praça
Sagrada Família na Vilinha, Praça da Voz no Parque Alvorada II, Praça da
Viola no Parque Anhanguera, Praça do Habitar Brasil e a Praça Lino Tei-
xeira no Entroncamento.
Como podemos observar a cidade é dotada de muitos espaços públi-
cos de lazer, cabe ao Poder Público torná-los atrativos à população, que
tem o direito de usufruir delas, mas também o dever de conservá-las.
Afinal, além de serem espaços públicos voltados ao lazer, também fazem
parte do meio ambiente e como tal devem ser preservadas para as pre-
sentes e futuras gerações.
185
Desde que bombou com o vídeo de fadinha, ela conquistou
o troféu do Far’N High, na França, o bronze da etapa londrina
da SLS e, em julho de 2019, o posto alto do pódio da etapa da
SLS em Los Angeles. Como se não bastasse, logo na sequên-
cia, pegou o quarto lugar na etapa de Mineápolis dos X-Games,
em sua estreia no evento.
Rayssa iniciou sua ascensão no esporte num momento-cha-
ve, quando a marginalidade conferida ao skate, até meados dos
anos 2000, deu lugar a grandes investimentos e a entrada nos
jogos olímpicos. Em 2020, ela tem sólidas chances de ser não
só a primeira, como a mais jovem atleta feminina a vencer na
estreia do skate na Olimpíada de Tóquio. A vitória em Los An-
geles, que valeu pontos na classificação para Tóquio, garantiu
a Rayssa o segun-
do lugar no ranking
mundial de street
feminino, logo atrás
de Pâmela Rosa
(19.7 pontos), com
diferença de ape-
nas dois décimos, e
Rayssa Leal fazendo manobras com seu skate.
à frente de Letícia Fonte: https://revistatrip.uol.com.br/tpm/aos-11-anos-rayssa-le-
Bufoni (15 pontos). al-a-fadinha-do-skate-e-promessa-para-a-olimpiada
Fonte:https://oimparcial.com.br/esportes/2020/01/fadinha-do-skate-
-concorre-ao-premio-laureus-world-sports/
186
1. Você conhece as praças de nossa cidade? Quais delas você considera
a mais importante? Por quê?
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_______________________________________________________
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Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/pessoas-fazendo-ao-ar-livre-atividades_4593561.htm
187
Espaços privados de lazer em Imperatriz;
shoppings centers; clubes e parque aquático
Shoppings Centers
Os shoppings centers são grandes espaços comerciais que reúnem
vários tipos de empreendimentos, tais como: lojas de roupas, de sapatos,
de eletrodomésticos, farmácias, supermercados, dentre outras. Sendo
chamados de verdadeiros “templos do consumo” os shoppings se torna-
ram também espaços privilegiados
de lazer, contendo parques infantis
com brinquedos eletrônicos, cine-
mas, praças de alimentação, além
de manifestações artísticas e cul-
turais que são apresentadas princi-
palmente em datas comemorativas.
Abaixo temos uma exposição que
chamou muito a atenção da popula- Exposiçaõ sobre o Mundo Jurássico no
ção sobre o “Mundo Jurássico”. Ela Imperial Shopping em Imperatriz.
Fonte: http://itz-news.blogspot.com/2017/01/
foi realizada em 2017 em um sho-
pping de Imperatriz.
188
A cidade de Imperatriz conta atualmente com três shoppings centers
que atraem grande número de pessoas da cidade e região, principalmen-
te aos finais de semana. O fato de terem horário de funcionamento dife-
renciado, climatização e segurança, tornam os shoppings centers locais
bastante atrativos aos jovens, crianças e adultos.
189
de bicicleta, que são adeptos da corrida ou simplesmente fazem cami-
nhada na Avenida Beira, no aeroporto, na Avenida Bernardo Sayão ou no
Complexo Esportivo Barjonas Lobão. Vamos conhecer um pouco mais os
principais espaços esportivos de Imperatriz?
190
por um grande número de pessoas nas primeiras horas da manhã e ao
final da tarde. Nos períodos de jogos escolares, ele é mais visitado ainda,
por conta dos espectadores dos torneios dos estudantes. Sem dúvida,
esse ambiente favorável à realização de exercícios físicos e se tornou
uma grande atração para a população de toda a cidade. Por se tratar de
um espaço público de lazer, ele é capaz de incentivar e revelar novos
talentos das diversas modalidades esportivas entre os imperatrizenses.
O Estádio Municipal Frei Epifânio D’Abadia
Um dos símbolos do esporte imperatrizense é o Estádio Municipal Frei
Epifânio D’Abadia. Ele foi construído na década de 1960 e passou por al-
gumas reformas e ampliações. Atualmente tem capacidade para 12 mil
pessoas e segue os padrões da Confederação Brasileira de Futebol (CBF),
pois possui instalações para emissoras de televisão e rádio, vestiários
para atletas e árbitros, sala de aquecimento para os atletas, arquibanca-
da coberta, placar eletrônico, banheiros, lanchonete, acesso para pesso-
as portadoras de deficiência, para ônibus e espaço da administração.
É no Estádio Mu-
nicipal que a popu-
lação se reúne para
assistir às partidas
de futebol da So-
ciedade Imperatriz
de Desportos, ou
simplesmente time
Imperatriz, ou ain-
da “Cavalo de Aço”,
equipe profissional
da cidade e deten-
tora de uma ampla Gramado do Estádio Municipal Frei Epifânio D’Abadia.
Foto: Patrícia Araújo. Fonte:https://www.correioma.com.br/noticia/5194/com-o-gra-
e apaixonada torci-
mado-recuperado-frei-epifanio-recebera-marilia-x-america-mg
da. O Imperatriz é o
maior time de futebol do interior do Maranhão, consagrou-se tricampeão
maranhense de futebol ao vencer os campeonatos estaduais dos anos de
2005, 2015 e 2019.
191
Além disso, o time já disputou outros torneios profissionais importan-
tes como o Campeonato Brasileiro da série C nos anos de 2002, 2003,
2005, 2006 e 2007; a Copa do Brasil de 2006, 2008 e 2016 e a Copa do
Nordeste de 2016. Além de defender o título do Campeonato Maranhense
em 2020, o Cavalo de Aço disputará ainda a Copa do Nordeste, o Cam-
peonato Brasileiro série C e a Copa do Brasil.
O “Caldeirão do Frei”, como é carinhosamente chamado em dias de
jogo do Cavalo de Aço, também sedia outras atividades como a abertura
dos Jogos Escolares Municipais, além de eventos culturais e religiosos
como a celebração de Corpus Christi realizada anualmente pela Igreja
Católica por meio da Diocese de Imperatriz.
O Estádio Municipal Frei Epifânio da D’Abadia está localizado na Rua
Coriolano Milhomem no Centro, em frente à Praça Mané Garrincha, com-
pondo assim um importante ambiente para práticas esportivas em nossa
cidade.
192
Além dos trabalhos comunitários, o Frei gostava muito de
futebol, esporte que praticou usando batina até conseguir au-
torização da Igreja para jogar de calção. Era conhecedor de
técnicas e táticas do esporte mais popular do país. O campo de
várzea onde costuma jogar deu lugar ao Estádio Municipal que
leva o nome do Frei, uma justa homenagem a quem tanto con-
tribuiu para com a nossa cidade.
Fonte: https://www.imperatriz.ma.gov.br/blog/nossa-cidade/estadio-frei-epi-
fanio-dabadia.html e http://cev.org.br/comunidade/maranhao/debate/estadio-
-51-anos-por-edmilson-sanches/
Foto: https://www.flickr.com/photos/imperatriz-ma/3785766416/
193
Lazer e cultura em Imperatriz
Como já dissemos no início desta unidade, viver momentos de lazer
é essencial para que tenhamos qualidade de vida. Portanto, praticar ati-
vidades que promovam nosso bem estar contribuem para a nossa saúde
de modo geral. Sendo assim, o lazer está relacionado também à cultura e
a arte, pois estas duas manifestações sociais trazem bem estar ao corpo
e a mente.
A arte e a cultura devem estar acessíveis a todas as pessoas, pois
são manifestações que contribuem para o desenvolvimento da aprendi-
zagem e da imaginação. Vamos juntos conhecer os espaços culturais de
Imperatriz.
Teatro Municipal
Ferreira Gullar
O único teatro de
Imperatriz foi cons-
truído em 1988 pela
Prefeitura Municipal,
mas, atualmente, é
administrado pela As-
sociação Artística de
Imperatriz (ASSARTI),
entidade que agrupa
os artistas da cidade. Fachada do Teatro Ferreira Gullar em Imperatriz.
Foto: Hyana Reis. Fonte:https://www.correioma.com.br/noticia/3756/con-
Atualmente o es-
cluindo-1o-etapa-reforma-do-teatro-ferreira-gullar-avanca
paço é climatizado e
tem capacidade para acomodar 250 pessoas. Muitas apresentações artís-
ticas são realizadas no teatro ao longo do ano, desde peças, espetáculos
de dança, festivais, mostras culturais, cursos e oficinas para artistas.
Ir ao teatro é, sem dúvidas, uma atividade muito prazerosa e enri-
quecedora, quando tiver oportunidade não deixe de conhecer o “Ferreiri-
nha”, como é carinhosamente apelidado o Teatro Ferreira Gullar.
194
Vista aérea do parque aquático em Imperatriz.
Fonte: https://www.freitaspark.com.br/noticias/15-16-17-e-18-de-novembro-estaremos-funcionando-o/
195
atividades econômicas mais importantes da porção sulmaranhense. Dian-
te deste cenário, a cidade tem vivenciado desde o ano de 1968, a Expo-
sição Agropecuária de Imperatriz ou simplesmente EXPOIMP, um evento
que ocorre anualmente na primeira semana do mês de julho, concentran-
do criadores de gado e empresas do setor agropecuário. O evento oferece
ainda cursos e palestras para profissionais do segmento agrícola. Além
disso, a exposição oferece
uma vasta programação
com shows artísticos, ro-
deios e parque de diver-
sões. Essa movimentação
atrai milhares de pessoas
da cidade e da região para
o Parque de Exposições
Lourenço Vieira da Silva,
onde acontece o evento
Cavalgada de Abertura da Expoimp em Imperatriz.
que em 2019 completou Fonte: https://www.imperlove.com.br/noticia/242/autoridades-planejam-
51 anos. -acoes-para-a-28o-cavalgada-de-imperatriz
196
No início, o SALIMP se chamava Semana Imperatrizense de Literatura
– Feira do Livro. Era um evento, realizado na Praça da Cultura por iniciati-
va do artista Zeca Tocantins, e que contava com uma pequena exposição
de títulos literários, uma oferta modesta de palestras e oficinas para o
público.
À medida em que o evento foi se consolidando, o público foi tomando
gosto, o que resultou na necessidade de ocupar um espaço maior para
receber o número crescente de pessoas que visitavam a feira. Assim, em
sua oitava edição a Feira do Livro se transformou no Salão do Livro de
Imperatriz, passando a ser realizado no Centro de Convenções, onde as
escolas das cidades têm levado seus estudantes para que possam co-
nhecer melhor o mundo literário e apreciar a vasta programação cultural
oferecida pelo evento.
Segundo informações da Fun-
dação Cultural de Imperatriz, dian-
te da popularidade e notoriedade
adquiridas, o SALIMP passou a in-
tegrar o circuito nacional de even-
tos literários, se tornando a maior
feira literária do Maranhão e uma
das cinco maiores do Nordeste. As-
sim, a cada ano, durante dez dias,
o Centro de Convenções se torna Stand de venda de livros no Salimp.
um ambiente onde a cultura, o pra- Foto: Imperatriz Fotos. Fonte:http://www.aciima.com.br/ler-
Noticia-mais-de-35-mil-livros-estao-expostos-no-salimp-133
zer pela leitura e as diversas ex-
pressões artísticas são valorizadas pelo público de Imperatriz e região.
A cada ano, personalidades da literatura são homenageadas no SA-
LIMP, que já recebeu também convidados especiais como Ariano Suas-
suna, Caco Barcellos, Gabriel O Pensador, dentre outros. Além disso,
artistas locais e regionais são prestigiados e livros são lançados. A gran-
de repercussão do SALIMP lhe rendeu, em 2018, o título de Patrimônio
Cultural e Imaterial do Maranhão concedido pela Assembleia Legislativa
do Estado do Maranhão. Sem dúvidas, este evento tem sido motivo de
orgulho e aprendizado para seus visitantes e para a cidade de Imperatriz.
197
Festas Juninas - O Arraiá da Mira
Durante o mês de junho, Im-
peratriz se alegra e se enfeita para
receber os diversos arraiás que
acontecem na cidade. São muitas
as comemorações que expressam
a cultura nordestina. Elas acon-
tecem nas escolas, nas igrejas, e
em vários bairros da cidade. Uma
das festas que mais se destaca é
o Arraiá da Mira, que é o maior Apresentação de Quadrilha no Arraiá da Mira.
concurso de quadrilhas do Mara- Fonte: https://imirante.com/namira/imperatriz/noticias/2019/06/12/
grupo-mirante-entrega-premiacao-do-arraia-da-mira-2019.shtml
nhão e tem esse nome, porque é
realizado por uma emissora de TV da Cidade.
Durante um final de semana, muitas quadrilhas participam de uma
disputa acirrada na qual a vencedora representará o Maranhão no Fes-
tival de Quadrilhas Juninas da Rede Globo, realizado em Pernambuco.
Além das quadrilhas, as pessoas que visitam o Arraiá da Mira podem
apreciar as comidas típicas do Maranhão e do Nordeste e conhecer mais
sobre essa expressão da cultura popular brasileira.
198
2. Explique por qual motivo a Exposição Agropecuária de Imperatriz, a
EXPOIMP, se tornou uma festa tão simbólica na cidade.
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199
Centro de Artesanato
O Centro de Artesanato de Imperatriz, oferece cursos para iniciantes
e profissionais que queiram aprimorar seus conhecimentos sobre artes
manuais. Criado a partir da iniciativa da Associação dos Artesãos de Im-
peratriz, ASSARI, em parceria com a Prefeitura Municipal de Imperatriz e
o Governo do Estado, o Centro de Artesanato, além de promover a cultura
local, representa uma fonte de renda para os 222 artesãos cadastrados.
200
Durante os dias de festejo uma
vasta programação é realizada na
Igreja Matriz, com apresentações
musicais, bingos, sorteios e a missa
em Ação de Graças pelo dia do pro-
fessor. Ao longo dos anos, o festejo
em honra à padroeira da cidade foi
se tornando além de uma manifes-
tação religiosa, uma expressão cul- Procissão fluvial em homenagem Santa Teresa
tural e social que já faz parte da D’Ávila , no Rio Tocantins em Imperatriz.
Fonte: https://www.correioma.com.br/noticia/1110/feriado-da-pa-
identidade de Imperatriz, pois se droeira-com-homenagens-ao-dia-do-professor-e-procissoes
201
A grandiosidade do evento resultou também em sua transmissão ao
vivo, pela internet, pela Rede Vida de Televisão e por oito emissoras de
rádio, além da cobertura de toda a imprensa da região. Após à missa, a
multidão caminha em procissão rumo à Catedral de Fátima, onde todos
recebem a benção do bispo diocesano.
202
necessita de uma infraestrutura instalada, tais como hotéis, restauran-
tes, locadoras de veículos e meios de transporte, dentre outros.
A atividade turística cresceu muito a partir dos anos 50 do século
XX. Sua expansão está relacionada ao desenvolvimento econômico dos
países, ao crescimento das cidades, às facilidades de comunicação e a
modernização dos transportes. Além disso, esta atividade é responsável
pela geração de muitos empregos e de renda. De acordo com estudos, o
turismo é um dos segmentos que mais gera empregos no mundo, apro-
ximadamente 260 milhões de pessoas, distribuídas em diferentes profis-
sões e especialidades necessárias ao bom atendimento de quem gosta
de viajar.
Como as pessoas costumam viajar por vários motivos diferentes, o
turismo se divide em vários segmentos, tais como: turismo cultural, de
aventura, religioso, de negócios e eventos, e outros.
Em Imperatriz se destaca o turismo de negócios e eventos, pois a
cidade recebe grande quantidade de pessoas que aqui chegam para faze-
rem compras, buscarem serviços especializados ou participar de cursos,
oficinas e outros eventos.
Além disso, a cidade conta com uma diversificada rede de transporte
rodoviário, fluvial e aéreo, como vimos na Unidade 1, que facilitar o fluxo
constante de pessoas em seu território.
203
A FECOIMP foi lançada em 2001 pela ACII, e desde então vem sendo
realizada anualmente, congregando empresas de diversos segmentos do
Maranhão e do Brasil que vêm a Imperatriz expor seus produtos, realizar
negócios e atrair investimentos. Este evento tem função de divulgar e fo-
mentar o comércio, a indústria e o setor de serviços da região. Conta com
o apoio e a parceria de grandes empresas, instituições e órgãos públicos.
para São Luís, Brasília e São Paulo. Todo esse cenário gerou a necessida-
de de um espaço que atendesse ao um calendário de eventos realizados
na cidade, tais como conferências, exposições, feiras e palestras.
Diante dessa necessidade foi inaugurado em 12 de setembro de 2003,
o Centro de Convenções de Imperatriz, instalado no centro da cidade e
composto pelos seguintes espaços:
● Salão principal: capacidade para 20 mil pessoas em pé ou 7 mil
sentadas;
● Restaurante climatizado para 160 pessoas;
● Praça de alimentação para 300 pessoas;
● Auditório climatizado para 150 pessoas;
● Salas de treinamento climatizadas para 35 pessoas;
● Estacionamento interno para 55 veículos;
● Estacionamento externo para 114 veículos;
● Duas bilheterias com banheiro interno;
● Banheiros amplos.
O complexo arquitetônico resultou de uma parceria entre o Governo
204
do Estado do Maranhão e a Associação Comercial e Industrial de Impe-
ratriz, e se constitui como estímulo ao turismo de negócios e eventos,
movimentando a economia e o desenvolvimento regional.
Além do potencial de Imperatriz para o turismo de negócios e even-
tos, a cidade se destaca ainda por ser a porta de entrada para a região
da Chapada das Mesas no sul do Maranhão, oferecendo, portanto, toda
infraestrutura necessária ao ecoturismo e ao turismo de aventuras.
Fonte: https://www.freepik.com/free-vector/
boy-with-magnifying-glass_4292138
205
2. Em grupo produza um vídeo apresentando os
espaços de lazer e turismo de Imperatriz. É im-
portante que a sua equipe decida quais deles se-
rão escolhidos. Depois de prontos, é importante
planejar um momento de apresentação do seu
trabalho e de todos os demais colegas da sua
turma.
Fonte: https://www.freepik.com/free-vector/
boy-with-magnifying-glass_4292138
206
As cachoeiras de São Romão, em Carolina e a Cachoeira da
Prata, onde se pode praticar rappel e canionismo, são as que
mais se destacam por sua grandeza, mas outras atrações como
o trekking até o Morro das Figuras, com inscrições rupestres e
as trilhas ecológicas, como a que leva até o Morro do Chapéu,
não deixam nada a desejar no quesito aventura.
O entorno do Parque oferece diversos atrativos imperdíveis.
São trilhas que levam a incríveis cachoeiras e mirantes, praias
e passeios fluviais e muita aventura. Os cenários são deslum-
brantes, ótimos para fotos de natureza, caminhada e observa-
ção de aves raras, já que a vegetação do Cerrado atrai muitas
aves da região, formando um verdadeiro berçário de aves.
Pedra Caída
A 35 Km de Carolina, fica o santuário ecológico de Pedra Ca-
ída, um complexo que possui uma variedade de quedas d’água,
sendo que a principal delas despenca de uma altura de 46 me-
tros. O local oferece possibilidades de praticar diversos esportes
radicais, desde os mais leves aos mais pesados, como passeios
em veículos traçados, caminhadas, rappel e tirolesa. Lembran-
do que a Pedra Caída é uma das mais altas e longas do país,
atingindo 1.400 metros de comprimento e cerca de 300 metros
de altura. O complexo também oferece estrutura de chalés e
restaurantes.
207
É bom saber que visitas e práticas esportivas só podem ser
realizadas devidamente acompanhadas por guias de agências es-
pecializadas em esporte de aventura. Recomendamos roupas le-
ves, calçados próprios (tênis para trekking), uso de protetor solar
e repelente de insetos, chapéus ou bonés e consumo de bastante
líquido durante as caminhadas e atividades.
O acesso ao Parque se dá a partir de via aérea ou terrestre.
Desse modo, temos o acesso por meio do aeroporto de Impera-
triz, que fica a 200 quilômetros de distância, ou pelo pequeno
aeroporto de Carolina que conta com vôos de uma pequena em-
presa áerea três vezes na semana. O acesso terrestre se dá pela
rodovia federal BR 230 que se conecta à rodovia Belém-Brasília
no município de Estreito há 35 quilômetros do parque.
Riachão
No sudoeste do Maranhão, a cidade de Riachão é sinônimo
de aventura. Cheia de cachoeiras, rios, trilhas e cânions, a região
oferece oportunidade para todo mundo se exercitar e entrar num
harmonioso e emocionante contato com a natureza. As opções
são diversas. Desde uma simples caminhada, passando por tirole-
sa e rapel. Mas a aventura maior mesmo é descobrir este paraíso.
208
CHEGAMOS AO FINAL DE MAIS UMA
UNIDADE! ESPERO QUE VOCÊ TENHA
GOSTADO DE CONHECER MAIS SOBRE
AS POSSIBILIDADE DE LAZER E TURISMO
EM IMPERATRIZ E TAMBÉM SOBRE
NOSSO ESPORTE E AS NOSSAS
ATIVIDADES CULTURAIS. SE VOCÊ QUISER
CONHECER MAIS SOBRE ESTES TEMAS,
CONSULTE AS REFERÊNCIAS NO FINAL DO
LIVRO, ELAS PODEM TE AJUDAR MUITO.
NA PRÓXIMA UNIDADE VAMOS APRENDER
MAIS AINDA SOBRE A NOSSA CIDADE.
VENHA CONOSCO!
Anotações
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209
“Desde que o Frei aqui deitou âncoras
No cais do porto ao relento
Dum rio de areias brancas
Em forma de barco sem vela
(Ou seria caravela?).
Nunca mais, ao estrangeiro, negaste acolhida
Nem ao poeta, os mistérios do sol (in)verso
Na água ensaboada do Tocantins.
Foi para sentir o calor de todas as etnias
A fragrância de todas as mulheres
O húmus de todas as geografias
Que te fizeste metrópole.”
Liratelma Alves
Unidade 6
Imperatriz - MA
Poder e cidadania
Ser cidadão de Imperatriz –
ter cidadania
OLÁ, ESTUDANTE! O NOSSO ESFORÇO,
NESTE CAPÍTULO, É PARA QUE VOCÊ
APRENDA, DE FORMA INTERESSANTE
E CRIATIVA, AS NOÇÕES DE CIDADE
E DE CIDADANIA. SAIBA O QUE FAZ
DE IMPERATRIZ UM LUGAR SEGURO,
AGRADÁVEL E PRÓPRIO PARA VIVERMOS
COMO CIDADÃOS, ISTO É, SERMOS
AGENTES DA CONSTRUÇÃO DE UMA
SOCIEDADE CADA VEZ MELHOR.
212
de cidade, cuja administração municipal é mais complexa e a organização
social marcada por diferenças étnicas, econômicas, culturais e religiosas.
Quanto maior o progresso e a prosperidade de uma cidade, maior a
concorrência de pessoas vindas de outras regiões e até de outros países,
com sua bagagem cultural acumulada de geração em geração, contri-
buindo para uma maior miscigenação.
Glossário
miscigenação – cruzamento inter-racial, mistura de raças
Não é só por isso que as cidades são diferentes umas das outras,
mas, também, pela extensão do território, pela quantidade de habitan-
tes, pelas atividades econômicas, pela história, pelos tipos de construção
predominantes, pelas paisagens naturais, etc. Assim, por terem caracte-
rísticas especiais, cada cidade é de um jeito.
Foi assim, também, com a cidade de Imperatriz, hoje com 168 anos
de existência, cujos aspectos históricos já foram contados para vocês,
nos capítulos anteriores deste livro.
Você percebeu como a palavra cidade é parecida com a palavra ci-
dadão? Isso acontece porque os cidadãos são o conjunto de habitantes
de uma cidade, considerados do ponto de vista de seus direitos – civis e
políticos – e de seus deveres para com os outros.
Nasce assim, a ideia de cidadania, ou seja, a noção de que todos os
cidadãos têm direito de ser votado e de votar para escolher seus gover-
nantes, direito à educação, à saúde, ao lazer, à moradia, à liberdade re-
ligiosa e de expressão, entre outros.
No entanto, cidadania não é só isso, não! Implica, também, cumprir
as regras e normas decididas coletivamente: votar com responsabilidade,
fiscalizar o governo, respeitar os direitos dos outros, colaborar para me-
lhorar as comunidades das quais participa, como, por exemplo, a escola,
o clube, o bairro, o trânsito, o patrimônio público, etc.
213
TODO SER TEM DIREITOS
HUMANO
1. Você viu que há uma relação entre as palavras cidade e cidadania. Ex-
plique por que elas são tão parecidas?
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2. Escolha uma outra cidade, compare com a que você mora, e responda
ao que se pede:
214
a. Em que elas são diferentes?
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4. Você já deve ter observado que existem regras para convivermos, har-
monicamente, em todos os lugares que frequentamos. Muitas dessas
regras aprendemos em casa, outras, na escola ou com amigos. Mas há
as que são estabelecidas pelas leis.
Observe esta imagem, com atenção, e responda:
215
a. Quais as regras (leis) de convivência estabelecidas nesse espaço?
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216
rios e solos. Aqui, as pessoas vivem em sítios, fazendas ou chácaras, e
o trabalho delas é preparar a terra, plantar e colher produtos, criar ani-
mais (bois, porcos, aves, cabras, etc.), lidar com atividades extrativistas
(caça, pesca, garimpo, seringa), ou com turismo rural.
Glossário
Atividade extrativista – é a retirada de recursos da natureza, em
forma original, para fins lucrativos ou para subsistência.
Glossário
Urbanização – fenômeno que é fruto do crescimento populacional
e territorial das cidades, somado à migração, principalmente, das po-
pulações rurais.
217
Você acha que em
Imperatriz, a maioria das
pessoas vivem no cam-
po ou na cidade? Atual-
mente, a maior parte da
população imperatrizen-
se vive na cidade, e está
distribuída entre o centro
e os bairros. O centro é
a parte mais bem servi-
da, em termos de esta- Mercado público municipal e a comercialização de
belecimentos comerciais, produtos oriundos da zona rural.
Fonte: www.imperatriz.ma.gov.br/noticias/agricultura/feira-organica-
atrações culturais, agên- -da-praca-de-fatima-atrai-o-publico-que-passa-pelo-centro.html
cias bancárias, hospitais,
meios de transporte público, asfalto, coleta de lixo, etc.
Enquanto os bairros, geralmente, localizados nas regiões mais distan-
tes do centro, são mais desprovidos da prestação de serviços públicos,
ou seja, há maior carência de infraestrutura urbana, como asfaltamento,
rede de coleta de esgoto, postos policiais, escolas bem estruturadas, etc.
Normalmente, a população apresenta baixa renda e mora em habitações
precárias, às vezes, até, em áreas de risco, como é o caso da nossa
população ribeirinha. Embora existam, também, em alguns bairros de
Imperatriz, estabelecimentos comerciais e a oferta de serviços públicos.
218
Imperatriz na natureza
No reino animal, imperatriz é o nome da maior e uma das
mais raras mariposas do mundo (Thisanya agrippina), e tem a
maior envergadura (distância entre a ponta de uma asa à ou-
tra, quando abertas) do que qualquer outro inseto da espécie.
Chega a atingir perto de 30cm. Pela internet, uma mariposa
imperatriz estava sendo vendida, em 2001, por 94 dólares.
Este inseto raro está presente mais no cerrado brasileiro e
foi incluído na BDT (Base da Dados Tropical) para “avaliação e
ações prioritárias para a conservação da biodiversidade da zona
costeira e marinha”. Fonte: Enciclopédia de Imperatriz, 2002.
219
Políticas públicas são as decisões, as iniciativas, os progra-
mas, as ações governamentais que visam atender a determina-
dos setores da sociedade através dos serviços públicos. Quan-
do os serviços públicos não são oferecidos nós, os cidadãos,
sofremos grandes impactos negativos, escolas sem estrutura,
filas de espera em hospitais, falta de água tratada, transporte
público precário ou inexistente, ruas cheias de lixo, e muitos
outros problemas.
220
Imperatriz, capital regional sulmaranhense
Com base numa hierarquia urbana estabelecida pelo IBGE, Impera-
triz é considerada a capital da região sulmaranhense, pela influência que
exerce sobre as cidades vizinhas e por apresentar um grande centro ur-
bano. Por isso, ela é capaz de oferecer diversidade de serviços especiali-
zados, de indústria, de comércio, rede bancária, hotéis, locais para even-
tos e exposições, agências de telefonia, de aviação e algumas conquistas
permanentes nos setores cultural e educacional, especialmente, em nível
superior. A interligação desse conjunto de cidades próximas é garantida
por uma rede multimodal de transportes e de comunicação que mantém
um intenso fluxo de pessoas.
Como metrópole regional, é impossível que o poder em Imperatriz,
como em qualquer outra cidade brasileira, seja exercido por uma única
instituição ou por um pequeno grupo de pessoas. Por isso, a necessidade
do Poder Público, aquele que exerce múltiplas funções de comando e lide-
rança, sempre preservando os interesses comuns da sociedade, por meio
de um agente chamado Governo. Mas, como se organiza e como atua o
Poder público? É o que vamos estudar agora.
Há quatro séculos, alguns filósofos e pensadores, já preocupados com
as implicações de um governo tirânico ou autoritário, pensaram em en-
contrar uma forma de equilíbrio em que o poder não se sustentasse nas
mãos de uma só pessoa. Mas foi o filósofo francês Montesquieu quem
propôs a divisão do Poder Político. Para ele, um país democrático deve ser
regido por três Poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Além da
separação dos Poderes, o governo é dividido em três níveis de atuação:
Federal (União), Estadual e Municipal.
Os municípios são governados pelos prefeitos e vice-prefeitos; os es-
tados, pelos governadores e vice-governadores; e o país, pelo presidente
e vice-presidente. Todos são eleitos pelo voto da maioria da população
para ocuparem esses cargos públicos, que tanto podem ser preenchidos
por homens quanto por mulheres.
O governo municipal é o nível mais próximo do cidadão, por estar
dentro da cidade. Ele atua em prol da comunidade, planejando e realizan-
do as atividades e outras funções políticas e administrativas do município.
221
“A palavra METRÓPOLE é de 1552 e significa “cida-
de mãe”, “cidade matriz”. É definida como a capital ou a
cidade mais importante de um estado ou país, qualquer
cidade grande ou importante com destacado centro urbano.
Vem dos termos gregos metra (“matriz”) e pólis (“cidade”).”
Fonte: Enciclopédia de Imperatriz, 2002.
PODER EXECUTIVO
Poder representado pelo prefeito, eleito pelo voto popular, para um
período de 4 (quatro) anos, a quem cabe executar as leis e administrar as
políticas públicas (cobrar impostos e decidir onde o dinheiro será empre-
gado, quantas e quais ruas serão asfaltadas, quantas escolas ou creches
serão construídas, etc.). Quando o prefeito escolhido não atua da forma
esperada, as políticas públicas não
são executadas e a população passa
a sofrer as consequências. Na sua
tarefa de governar, o prefeito é au-
xiliado pelas Secretarias Municipais,
que são as responsáveis por cuidar
de áreas específicas como educação,
saúde, transporte, segurança, entre
outras, e também pelo Poder Legis-
lativo.
Prefeitura municipal de Imperatriz, onde
está sediado o gabinete do prefeito
PODER LEGISLATIVO Foto: Daniel Sena
Poder exercido pelos vereadores
que formam a Assembleia Legislativa Municipal. Também são eleitos
pelo voto do povo, para um mandato de igual período ao do prefeito.
Esse poder tem como função principal fazer e aprovar as leis e as normas
gerais para o desenvolvimento urbano e, ainda, fiscalizar se elas foram
aplicadas corretamente pelo Executivo. Funciona como uma ouvidoria,
pois é nesse espaço onde as queixas e as reivindicações da população
são ouvidas.
222
O número máximo de vereadores do município é definido pela Câ-
mara Municipal, respeitando os limites estabelecidos no Art. 152, inciso
VI e seguintes, da Constituição do Estado do Maranhão, que relaciona o
número de vagas à quantidade de habitantes que o município possui.
Portanto, cidades com uma população entre 160 mil e 300 mil habi-
tantes, podem ter até 21 (vinte e
um) vereadores. Este é o caso de
Imperatriz. O Presidente da Câ-
mara, eleito pelos vereadores para
um mandato de 2 (dois) anos, é
o terceiro nome na hierarquia do
Poder Executivo Municipal. Quan-
do o prefeito e o vice-prefeito se
ausentam ao mesmo tempo, é ele
Prédio da Câmara de vereadores de Imperatriz
Foto: Daniel Sena quem assume o cargo de prefeito.
PODER JUDICIÁRIO
Este poder, diferente do Executivo e do Legislativo, não tem os seus
integrantes eleitos pelo voto do povo,
mas, admitidos através de concurso
público. Tem a função de interpre-
tar e aplicar as leis, julgando pautas
de interesses públicos e individuais,
inclusive causas do Executivo e do
Legislativo, com imparcialidade, de
acordo com a Constituição.
O Judiciário é considerado in-
dependente com relação aos outros
poderes, tanto administrativamente,
Fórum Henrique de La Roque quanto com relação aos recursos. Não
Foto: Daniel Sena
existe esse poder na esfera do municí-
pio, mas o Tribunal de Contas, que funciona nas esferas federal, estadual
e municipal, fiscaliza os gastos públicos da União, dos estados e dos mu-
nicípios. Caso haja irregularidades, serão aplicadas medidas de correção.
223
O município como primeiro grupo político.
Reunidos em grupos econômicos, recreativos, culturais, so-
ciais e religiosos, as pessoas sentem necessidade de realizar
aspirações maiores que as de seus grupos, ou seja, aspiram ao
bem comum. Assim, se forma o primeiro grupo político, que é
o município.
Por ser formado por pessoas livres, de grupos sociais livres
e autônomos, o município há de ser autônomo, também. Essa
autonomia deve ser administrativa e política (os cidadãos têm
direito de escolher seus governantes).
O fortalecimento do município é essencial para o desenvol-
vimento do país, portanto, não haverá nação rica com municí-
pio condenado à pobreza. Além disso, é no município onde as
pessoas aprendem a lutar pelo bem comum, pelos problemas
da comunidade, do bairro e da cidade. Também é no município
onde, normalmente, as pessoas iniciam na vida política.
224
2. Agora, corrija a(s) afirmativa(s) falsas.
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4. Complete:
a. O poder exercido pelo Prefeito recebe o nome de ________________
e o poder fiscalizador que cuida para que as leis sejam cumpridas é o
_______________________________________________________
225
5. Por quantos vereadores é formada a Câmara Municipal de Imperatriz?
E quem é o atual Presidente?
_______________________________________________________
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6. Faça a correspondência:
a. Trabalha no Fórum ( ) Prefeito
b. Trabalha na Prefeitura ( ) Juiz
c. Trabalha na câmara municipal ( ) Presidente da Câmara
( ) Vereador
( ) Promotor
226
De 1890 até 1923, Imperatriz foi governada por intendentes. O pri-
meiro intendente eleito foi Dionísio Crispiniano Pereira, cujo mandato vai
de 02\01\1901 até 01\01\1903, quando o sistema mudou de intendente
à prefeito.
Glossário
Intendente – Pessoa que tem a seu cargo a direção ou a admi-
nistração de alguma coisa. Funcionário que superintende em certos
estabelecimentos públicos.
227
PERÍODO PREFEITO PERÍODO PREFEITO
23/05/1964 a 01/01/1989 a
Pedro Guarda Davi Alves Silva
31/01/1966 01/01/1993
31/01/1966 a 01/01/1993 a
Álvaro Pereira Renato Moreira
18/04/1966 06/10/1993
18/04/1966 a Raimundo 06/10/1993 a Salvador
04/02/1967 Bandeira Barros 24/01/1995 Rodrigues
04/02/1967 a Eurípedes Bernar- 24/01/1995 a
Ildon Marques
09/05/1967 dinho Bezerra 01/04/1996
09/05/1967 a Raimundo Sousa e 01/04/1996 a
Dorian Menezes
31/01/1970 Silva 01/01/1997
31/01/1970 a 01/01/1997 a
Renato Moreira Ildon Marques
31/01/1973 01/01/2001
31/01/1973 a José do Espírito 01/01/2001 a
Jomar Fernandes
22/12/1973 Santo Xavier 01/01/2005
22/12/1973 a 01/01/2005 a
Bayma Júnior Ildon Marques
05/04/1975 01/01/2009
05/04/1975 a Carlos Alberto Ba- 01/01/2009 a
Sebastião Madeira
01/11/1976 rateiro da Costa 01/01/2012
01/11/1976 a 01/01/2012 a
Elberth Leitão Sebastião Madeira
31/01/1977 01/01/2017
31/01/1977 a 01/01/2017 até os
Carlos Amorim Assis Ramos
01/02/1983 dias atuais
01/02/1983 a José de Ribamar
01/01/1989 Fiquene
228
• SEAAP (Agricultura, Abastecimento e da Produção)
• SEDEL (Esporte, Lazer e Juventude)
• COM (Controladoria, Geral)
• GAP (Chefia de Gabinete do Prefeito)
• SEAMO (Administração e Modernização)
• SEDES (Desenvolvimento Social)
• CPL (Comissão Permanente de Licitação)
• PGM (Procuradoria Geral)
• SEDEC (Desenvolvimento Econômico)
• SEFAZGO (Planejamento, Fazenda e Gestão Orçamentária)
• SEGOV (Governo)
• SEMED (Educação)
• SEMMARH (Meio Ambiente)
• SEMUS (Saúde)
• SEPLU (Planejamento Urbano)
• SERF (Regularização Fundiária)
• SETRAN (Trânsito e Transporte)
• SINFRA (Infraestrutura e Serviços Públicos)
• SLP (Limpeza Pública)
• SMSP (Políticas para Mulher)
• SUMPDEC (Defesa Civil – Superintendência.)
229
SE ALGUÉM LHE PERGUNTAR
O QUE É LEI ORGÂNICA, VOCÊ
SABERIA RESPONDER? E O QUE
É LEI ORÇAMENTÁRIA? SABERIA
A DIFERENÇA ENTRE UM DECRETO
E UMA PORTARIA? NÃO SE
PREOCUPE SE VOCÊ AINDA NÃO
SABE, POIS EU CONTINUO COM
VOCÊ. VAMOS APRENDER AGORA?
Lei Orgânica
São normas que regulam a vida política na cidade, através de instru-
mentos que forçam o poder público a assumir seus deveres em favor do
povo. Com base nesses princípios fundamentais, o governo do município
desenvolve ações em todo o território, sem privilegiar nenhum setor ou
bairro, sem preconceito de cor, sexo, raça, religião ou idade, reduzindo,
assim, as desigualdades locais e sociais. É a Constituição Municipal, e não
deve contrariar as Constituições Estadual e Federal.
Código de Postura
São regras que trazem soluções para os problemas do espaço público,
como o funcionamento dos estabelecimentos, o sossego público, a higie-
ne dos estabelecimentos, o barulho em excesso, entulho nas ruas, limite
das calçadas, entre outros.
230
Plano Diretor
Mecanismo legal que objetiva orientar a ocupação do solo urbano,
tendo como base, de um lado, interesses coletivos como preservação da
natureza e da memória e, de outro, os interesses particulares de seus
moradores. Portanto, o PDM visa à promoção dos espaços habitáveis do
município, promovendo seu pleno desenvolvimento como um todo, da
expansão urbana da cidade e das propriedades particulares.
O Plano Diretor é obrigatório para cidades com mais de 20 (vinte) mil
habitantes, segundo o Art. 182, § 4º, da Constituição Federal.
Lei Ordinária
Ato normativo de “efeito concreto” que faz parte do Processo Legisla-
tivo e deve ser aprovada pela maioria simples dos presentes à sessão da
Câmara Legislativa.
Em Imperatriz, um exemplo de Lei Ordinária é a Lei 1601/2015, que
dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos Servidores do
Magistério.
Outra importante lei dessa categoria é a Lei Ordinária nº 780/1995,
que dispõe sobre o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adoles-
cente.
Lei Orçamentária
Lei elaborada pelo Poder Executivo que estabelece as despesas e as
receitas que serão realizadas durante o ano seguinte. Deve ser votada
e aprovada em cada exercício financeiro. Sem aprovação, o prefeito não
pode executar o orçamento.
Existem muitos outros formatos de leis que variam de modelo e de
nomenclatura conforme o teor e o seu propósito, como, lei complemen-
tar, decreto, portaria, etc. No entanto, o que é mais importante você sa-
ber é que todo esse conjunto de leis e regras são instrumentos jurídicos
que normatizam, regulamentam e publicam atos do governo.
231
Lei Orgânica do Município.
A lei mais importante de um município é a Lei Orgânica. Em
Imperatriz, a LOM foi aprovada em 6 de abril de 1990, observa-
das as leis federais e estaduais. Composta por 204 Artigos foi,
ao longo do tempo, sendo ampliada ou modificada por Emen-
das, ou seja, documentos que dão nova redação a algum Artigo
da LOM.
Conhecer as Leis do nosso município, muito mais que um
direito, é um dever, que já vem instituído pelo Art. 33º, da Lei
Orgânica de Imperatriz, quando estabelece que “a participação
popular na formulação, planejamento, fiscalização e controle
dos programas municipais, se efetivará pela iniciativa popular
de projeto de lei; pela eleição de membros dos Conselhos Co-
munitários; e pela consulta popular”.
232
PARA VIVERMOS BEM EM
SOCIEDADE, É NECESSÁRIA
A COMPREENSÃO DE QUE
TODOS NÓS TEMOS DIREITOS E
DEVERES. VEREMOS, A SEGUIR,
OS PRINCIPAIS DELES.
233
Alguns direitos específicos:
Direitos da Criança e do Adolescente
Há uma lei que dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adoles-
cente, considerando criança a pessoa até doze anos de idade, incomple-
tos, e adolescente, aquela entre doze e dezoito anos de idade. Trata-se do
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei Federal nº 8069/1990.
Além de garantir, com absoluta prioridade, os direitos referentes à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade, e à convivência comunitária, o ECA
também coloca a criança e o adolescente a salvo de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão.
Qualquer atentado a esses direitos, seja por ação ou omissão, será pu-
nido. Esses direitos e deveres devem ser respeitados pelo governo e por
todas as pessoas da sociedade brasileira.
Direitos do Idoso
O Estatuto do Idoso, aprovado e sancionado em 2003, pelo Presiden-
te da República, foi uma grande conquista para as pessoas com mais de
sessenta anos de idade que, a partir de então, foram amparados com
respeito e direitos especiais. Eis alguns desses direitos:
- atendimento preferencial no SUS – Sistema Único de Saúde – e nos
espaços (públicos ou privados) onde existem filas;
- gratuidade no transporte coletivo;
- gratuidade na aquisição de medicamentos de uso contínuo (para
diabetes, hipertensão), e de próteses e órteses;
- o não reajuste nos valores de planos de saúde, pelo critério de ida-
de;
- reserva de duas vagas em cada veículo de transporte interestadual,
desde que tenha renda inferior a dois salários mínimos.
234
Atualmente, com toda a rapidez
que existe na vida urbana, as cida-
des apresentam dificuldades de mo-
bilidade para as pessoas em geral,
mas em especial, para cadeirantes,
idosos, crianças e mulheres grávi-
das. No Brasil, a Lei nº 13.146 de
2015 trata dos direitos da pessoa
com deficiência. Um desses direitos Desafios da mobilidade urbana para
é a garantia da proteção de riscos de cadeirantes, em Imperatriz.
acidente ao andar em qualquer lugar. Foto: Daniel Sena
Direitos da Mulher
As mulheres também têm uma
longa história de conquistas. No
Brasil, apenas em 1932, foi criada
a lei que garantiu o voto feminino.
Ainda assim, essa conquista não
foi estendida a todas as mulheres.
Apenas as casadas, com autorização
dos maridos, as viúvas e as soltei-
ras com renda própria podiam votar. Prédio do CRAM, em Imperatriz, lugar de
Atualmente, todas as mulheres po- atendimento à mulher vítima de violência.
Foto: Daniel Sena
dem votar.
Nos últimos 30 anos, ficaram intensos os movimentos das mulheres
que defendem a igualdade nas oportunidades de trabalho, de salário, de
participação nas decisões familiares, na política, na pesquisa, e, especial-
mente, na defesa dos seus direitos.
É importante conhecer, neste espaço, o trabalho que o governo mu-
nicipal vem dedicando às mulheres imperatrizenses e da região, através
da Secretaria Municipal de Políticas para Mulher (SMPM). Trata-se de uma
rede de atendimento especializado, desenvolvido através do Centro de
Referência e Atenção à Mulher (CRAM), da Casa Abrigo, do Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher, entre outros.
O CRAM, criado por lei municipal em 2009, já atendeu a quase mil
mulheres. Trata-se de atendimento que garante apoio à mulher vítima
de violência física, psicológica, moral, sexual, ou patrimonial, através de
ações e serviços para orientar e garantir a segurança, com apoio psicoló-
gico, social e pedagógico.
235
Os registros de violência contra a mulher, em Imperatriz, atingem a
média de 1 caso/dia, apesar do esforço diuturno da equipe da SMPM, que
tem ao seu lado uma rede de enfrentamento e de apoio jurídico. Esse
atendimento jurídico é feito pela Vara Especializada, Promotoria de De-
fesa e Delegacia da Mulher, com projetos como Patrulha Maria da Penha,
localizando e punindo os agressores e Projeto Escola, que previne e com-
bate a violência, através de encontros e palestras.
236
3. Campanhas de vacinação referem-se a qual direito da criança e do
adolescente?
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Educação em Imperatriz
É importante que você saiba que, no mundo inteiro, o papel da educa-
ção já foi constatado como meio mais eficiente pelo qual uma sociedade
pode melhorar a qualidade do fator humano, no processo de desenvolvi-
mento econômico e de modernização social. Daí porque todos entendem
que os gastos em educação representam investimento altamente repro-
dutivo em capital humano.
237
A Constituição Federal estabelece que a União, os Estados e os Muni-
cípios organizarão, em regime de colaboração, as responsabilidades com
a educação. Assim, compete ao município, com a cooperação técnica e
financeira da União e do Estado, o desenvolvimento da educação básica e
do ensino fundamental I e II, enquanto o Estado atuará, prioritariamen-
te, no ensino médio, mas também faz parceria, em alguns casos, com o
fundamental II e o ensino superior. Já à União cabe a responsabilidade
com o ensino superior, através das universidades públicas.
Em Imperatriz, o setor
educacional é o que mais tem
crescido, nos últimos anos,
atendendo à demanda e ao di-
namismo próprios dessa metró-
pole sulmaranhense.
A Secretaria de Educação
vem atuando de forma decisi-
va, através de políticas públi-
cas, para garantir a qualidade Creche, com crianças em atividades lúdicas e
pedagógicas
da educação e o aumento dos
índices de escolaridade no mu-
Foto: Patrícia Araújo
nicípio.
Educação Infantil – Creche (crianças de 0 a 3 anos) e pré-escola
(crianças de 4 a 5 anos e 11 meses) que atende a mais de 10 mil alunos,
matriculados em 120 unidades, distribuídas em todos os bairros da cida-
de.
Escola Bilíngue – Há em Imperatriz, a primeira escola bilíngue do
Maranhão, e a segunda do País. É a Escola Bilíngue Municipal para Sur-
dos, localizada no bairro S. José do Egito, que atende, atualmente, a 63
alunos, de 1º ao 5º ano do ensino fundamental. A aprendizagem aqui é
através da língua materna do aluno, que é a Língua Brasileira de Sinais
(Libras), paralela à segunda língua, a Portuguesa.
Educação Inclusiva - Dentre os mais de 44 mil alunos matriculados,
cerca de 800 possuem alguma deficiência (intelectual, física, múltiplas,
surdez, cegueira, transtornos desintegrativos da infância, autismo etc., e
ainda superdotação).
238
Esses alunos estudam em classes regulares, e a inclusão é feita com
ações do AEE (Atendimento Educacional Especializado), com assistente
social, psicopedagogo, pedagogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicó-
logo, além de salas aparelhadas com recursos multifuncionais, inclusive
uma biblioteca para pessoas com deficiência visual.
Educação do campo - O Departamento de Educação do campo atende
a mais de 3.400 alunos em 3 creches e 29 escolas do ensino fundamen-
tal, distribuídas em 26 povoados da zona rural, com projetos e progra-
mas educacionais. O objetivo maior é envolver o sujeito no processo
educativo, promovendo formas de organização no trato com trabalhos
específicos.
239
Prédio da UEMASUL, campus de Imperatriz
Foto: Daniel Sena
240
Origem do ensino superior em Imperatriz
A primeira faculdade da região tocantina, implantada em
1974, foi a Faculdade de Educação de Imperatriz – FEI, criada
pela Lei Municipal nº 10, de 8 de agosto de 1973, que ofere-
cia os cursos de Letras, Estudos Sociais e Ciências. Por serem
em nível de licenciatura curta, só habilitavam profissionais ao
magistério do 1º grau, o que hoje corresponde ao ensino fun-
damental. Esses cursos foram transformados em licenciatura
plena, 4 anos depois.
A Faculdade de Educação foi mantida pelo município até
1979, ano em que foi encampada, como Centro de Estudos
Superiores de Imperatriz – CESI, pela UEMA, hoje UEMASUL-
Universidade Estadual do Maranhão do Sul.
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Anotações
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Referências Bibliográficas