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Processos biotecnológicos
Os processos biotecnológicos são usados para a produção de uma vasta gama de
produtos com diferentes valores comerciais.
A generalidade de processos biotecnológicos pode dividir-se em duas categorias:
Reações de crescimento microbiano (reações microbiológicas) –
transformações em que usamos células de microrganismos
Reações catalisadas por enzimas (reações bioquímicas ou bio-transformações).
Além das leveduras responsáveis pela fermentação alcoólica, algumas bactérias como
as bactérias (procariótica) láticas. Clarificação – vinho com menos microrganismos –
pouca probabilidade da fermentação malolática.
Esta prática permite eliminar a sua presença na microflora enológica evitando deste
modo a interferência negativa que podem ter no processo vínico.
Os fungos podem alterar negativamente o sabor do vinho e ainda interferir direta ou
indiretamente no desenvolvimento das leveduras.
Bactérias
São unicelulares, simples, procariotas. Incluem as eubactérias e as archaeabactérias;
Reproduzem-se por fissão binária.
Célula procariota
Material genético está disperso no citoplasma (sem membrana celular). Além disso,
elas também não apresentam estruturas intracelulares observadas em eucariotos, como
mitocôndria, retículo endoplasmático e complexo de Golgi.
Membrana plasmática
A sua constituição geral é igual à de todas as membranas biológicas, sendo composta
por uma bicamada fosfolipídica e proteínas integrais;
A membrana celular é constituída por uma dupla camada de fosfolípidos
Estes, devido à sua natureza lipídica, tem uma região hidrófoba (“cauda”) e uma
parte hidrofílica (“cabeça”), que contém P;
Em ambiente aquoso as moléculas de fosfolípidos tendem a formar
espontaneamente estruturas micelares formando estruturas esféricas em dupla
camada;
Nesta estrutura, enquanto que as regiões hidrofílicas ficam orientadas para o meio
aquoso do exterior da célula e do citosol, as partes hidrófobas dos fosfolípidos ficam
protegidas da exposição à água.
As moléculas para entrarem na célula têm de atravessar a dupla camada fosfolipídica.
FUNÇÕES DA MEMBRANA CITOPLASMÁTICA BACTERIANA
Barreira física que separa o citoplasma do meio ambiente, retendo-o; (mantém a
integridade da célula)
Barreira permeável seletiva que permite a passagem seletiva de iões e moléculas de
fora para dentro e vice-versa.
A membrana encontra-se protegida pela parede celular. Existe na maior parte das
bactérias como uma camada externa que recobre a membrana citoplasmática.
Espaço periplásmico: é o espaço físico que existe entre a membrana citoplasmática e a
parede celular das bactérias.
As bactérias podem ser divididas em dois grandes grupos de acordo com a sua
reatividade à coloração de Gram: bactérias Gram + e bactérias Gram -;
A estrutura da parede das bactérias Gram positivas é diferente da das Gram
negativas;
A parede das bactérias Gram+ é constituída por uma camada de peptidoglicano
adjacente à parte exterior da membrana plasmática;
Nas bactérias Gram- a camada de peptidoglicano é muito menos espessa;
As bactérias Gram- tem uma camada externa de lipopolissacáridos, - mais
patogénicas.
Nas células Gram + a espessura e textura da parede não permitem que o álcool entre na
célula e remova o violeta de cristal, pelo que as células ficam azuis.
Gram- o álcool entra na célula e remove o violeta de cristal, ficando as células coradaspelo
vermelho da safranina.
Fungos
Fazem parte do reino Fungi; são organismos eucariotas que contêm esporos e que se
reproduzem de forma sexuada e assexuada
Organismos eucariotas, com o seu material genético circundado pela membrana
nuclear;
Podem ser unicelulares (leveduras) ou
multicelulares (bolores/cogumelos); Os
fungos são normalmente aeróbios;
Fungos anaeróbios estritos pode ser
encontrados em habitats particulares
como orúmen das vacas.
Os fungos têm grande importância médica porque causam doenças no homem e nos
animais;
Causam também numerosas doenças nas plantas;
Têm importância primordial ao nível da alimentação porque são elementos
fundamentais na preparação, por exemplo, de queijos, pão, vinho e cerveja
Fungos filamentosos
A maior parte dos fungos produzem filamentos tubulares com ramificações
chamadas de hifas;
Um conjunto de hifas forma um micélio.
Ascomicetes
O micélio dos ascomicetes é constituído por hifas septadas;
Reproduzem-se assexuadamente por intermédio de conidiosporos;
Reproduzem-se sexuadamente por intermédio de ascósporos, esporos haploides
existentes em estruturas designadas de ascos;
Milhares de ascos formam um ascocarpo;
Alguns ascomicetes são utilizados como modelos em estudos bioquímicos e genéticos.
É o caso da Neurospara crassa e de Saccharomyces cerevisae;
Alguns ascomicetes são patogénicos para o homem, animais e plantas.
Basidiomicetes
Possuem hifas septadas;
São caraterizados pela presença de uma estrutura, o basídio, que está envolvido na
reprodução sexuada. Um basídio é produzido na extremidade distal de uma hifa
binucleada e é responsável pela produção de basidiósporos;
A maior parte dos basidiomicetes são saprófitas e decompõe restos de plantas.
Alguns são agentes fitopatogénicos importantes.
Incluem os cogumelos, alguns dos quais são utilizados na alimentação.
Deuteromicetes
Contém os fungos imperfeitos, assim designados por não terem, ou não ter sido
ainda observada, uma fase sexuada de reprodução (a chamada fase perfeita);
No entanto, a maior parte dos deuteromicetes assemelham-se aos ascomicetes com
hifas septadas e esporos assexuados semelhantes;
A maior parte dos deuteromicetes são saprófitas ou parasitas de plantas ou de
outros fungos;
Alguns deuteromicetes são patogénicos para os animais e homem.
NOTA: as bactérias distinguem-se das leveduras na placa de petri pelo tamanho das
das colónias.
Nomenclatura
Nomenclatura de Lineu para nome científicos
Uso de dois nomes: género e epíteto específico;
Em itálico ou sublinhados;
O nome do género com inicial maiúscula;
O nome da espécie em minúsculas;
Nomas latinizados;
Nomes descritivos ou em honra de um cientista.
Sistemas de transporte
Mecanismo de entrada específico: entram apenas as substâncias necessária
contra gradientes de concentração (MO ambientes nutricionais pobres);
Transporte ativo
Permite o transporte seletivo de moléculas contra gradientes de concentração- há
consumo de energia (ATP);
A energia requerida para o transporte ativo de compostos pode ser fornecida pela
dissipação de gradientes quimiosmóticos (de compostos que se encontram a
concentrações muito diferentes no interior e exterior da célula) ou pela hidrólise de ATP
a ADP.
Fosforilação oxidativa tem lugar na membrana interna. A matriz é o centro das reacções do
ciclo dos ácidos tricarboxilicos
Fermentação alcoólica
É a redução do piruvato a etanol e CO2;
Efetuada por muitos fungos e algumas bactérias, algas e protozoários;
O piruvato é descarboxilado em acetaldeído que depois é reduzido a etanol pela
álcool desidrogenase com o NADH como dador de eletrões.
Piruvato acetaldeído etanol
Crescimento microbiano
A via catabólica principal (comum a todos os fungos) é a glicólise ou Via Embden-
Meyerhof-Parnas, que se pode definir como um conjunto de reacções enzimáticas que
conduzem à oxidação de uma molécula de glucose e sua conversão em duas moléculas
de ácido pirúvico;
O ácido pirúvico pode ter destinos metabólicos distintos;
O metabolismo dos glúcidos em leveduras distingue-se pelo destino do piruvato;
Na via fermentativa o piruvato é convertido, essencialmente, em etanol e CO2, a
chamada fermentação alcoólica;
Na via respiratória o piruvato é metabolizado através do Ciclo de Krebs e há uma
oxidação completa da glucose em CO2 e água;
Consoante o tipo de metabolismo, as leveduras podem ser obrigatoriamente
aeróbias ou anaeróbias facultativas;
As leveduras obrigatoriamente aeróbias são incapazes de utilizar glucose na ausência
de oxigénio. Portanto, o seu metabolismo é exclusivamente respiratório e o ácido
pirúvico segue apenas pelo Ciclo de Krebs para ser oxidado;
As leveduras anaeróbias facultativas são capazes de metabolizar glucose em
condições de anaerobiose ou baixo teor de oxigénio;
As leveduras fermentativas podem crescer com metabolismo respiro-fermentativo,
ou seja, respirando e fermentando simultaneamente.
Muitas espécies de leveduras induzem a fermentação alcoólica em resposta à
limitação de oxigénio mas cessam completamente o metabolismo na ausência total de
O2;
As leveduras fermentativas podem crescer com metabolismo respiro-fermentativo,
ou seja, respirando e fermentando simultaneamente.
A fermentação malolática
Trata-se de uma segunda fermentação, que consiste na transformação do ácido
málico em ácido láctico, por ação de bactérias lácticas, resultando numa redução da
acidez do vinho e aumento do pH.
O ácido málico é um ácido dicarboxílico, o que significa que contém dois grupos
carboxílicos;
Lactato tem um único grupo carboxílico e é monocarboxílico;
Portanto, a conversão do malato ao lactato é uma descarboxilação produzindo uma
molécula de CO2 por cada molécula de lactato.
Estabilidade bacteriana:
Consumir nutrientes que de outra forma estariam disponíveis para outros
organismos;
Evita que a fermentação maloláctica ocorra em garrafa.