Atividade 9°ano
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É um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres
e crianças doentes — presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde
perdida. A máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de
narcotraficantes. Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciência do
que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada
oportunidade de escolha. Para o doente, o remédio é compulsório. Ou ele toma o que o
médico lhe receitou ou passará a correr risco de piorar ou até morrer. Nunca como hoje
os brasileiros entraram numa farmácia com tanta reserva.
PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, nº 27. São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.
O conto cria uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo enredo. O
resultado não foi o esperado porque:
Até os bebês sabem que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como
a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica - ou o que restou dela - são invejadas no
mundo todo por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o
da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar. A
quantidade de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente
citada nas escolas, nos jornais e nas conversas. O problema é que tal exaltação
ufanista (“Abençoado por Deus e bonito por natureza”) é diretamente proporcional à
desatenção e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas riquezas.
Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais
(quando pau-brasil, ouro, borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa),
a exploração comercial da natureza deu um salto de intensidade e refinamento. Essa
revolução tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo, deixará
em breve de ser uma enorme fonte “potencial” de alimentos, cosméticos, remédios e
outros subprodutos: ela o será de fato - e de forma sustentável. Outro exemplo: os
créditos de carbono, que terão de ser comprados do Brasil por países que poluem
mais do que podem, poderão significar forte entrada de divisas.
Com sua pesquisa científica carente, idefinição quanto à legislação e
dificuldades nas questões de patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa
riqueza natural em riqueza financeira. Diversos produtos autóctones, como o cupuaçu,
já foram registrados por estrangeiros - que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem
original daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em escala com ele. Além
disso, a biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios deixam que plantas e
animais sejam levados ilegalmente para o exterior, onde provavelmente serão
vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a nova
realidade econômica global, ou continuará perdendo dinheiro como fruta no chão.
Uma frase que resume a idéia principal do texto é:
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas
eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio.
Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de
nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até
onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos
fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de
uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve
medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela
faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as
pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde
da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que
nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente,
ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver
que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às
vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva
muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia
outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.
A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa
casa” (ℓ. 10), é
(A) “Às vezes chegava alguém a cavalo...”
(B) “E às vezes o rio atravessava a rua...”
(C) “e se tomava café tarde da noite!”
(D) “Isso para nós era uma festa...”
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade;
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
Texto II
Soneto 11
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
Texto II
Novela é cultura
Veja – Novela de televisão aliena?
No trecho “Elas estão lá e então o homem chega,...” (ℓ. 2), a palavra destacada re-
fere-se a:
(A) flores.
(B) casas.
(C) florestas.
(D) árvores.