Sofia Iel
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Código: 708234199
Ano de Frequência: 1º
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 5
3. Conclusão ............................................................................................................................. 16
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1. Introdução
A história da literatura documenta as manifestações literárias ocorridas em diversos países e
em diferentes épocas. A criação literária está directamente relacionada ao momento em que é
produzida e no qual se insere. Assim, é importante, ao falar em literatura, considerar a
história. Conhecer a história da literatura é conhecer o quanto uma comunidade de escritores
toma para si os fatos nos quais se vive. Isto é, por meio da literatura os escritores e,
consequentemente, os leitores, têm a possibilidade de vivenciar experiências literárias que
proporcionam a reflexão, enriquecem pessoal e culturalmente, ensinam. Por isso não nos
deixam tão alheios ao que arbitrariamente o sistema social apregoa.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Conhecer a história e surgimento da literatura.
1.1.2. Específicos
Definir o conceito da Literatura;
Caracterizar o historial da literatura em diferentes épocas (da antiga a actual);
Descrever as características da literatura;
Falar do papel na sociedade.
1.2. Metodologias
Para a efectivação do presente trabalho, baseou-se na pesquisa bibliográfica. Segundo Lakatos
e Marconi (1991), a pesquisa bibliográfica é aquela que se “realiza a partir do registo
disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros,
artigos, teses, manuais, etc”. Utilizam-se dados de categorias teóricas já trabalhadas por
outros pesquisadores e devidamente registados.
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2. História e surgimento da literatura.
Nas línguas europeias, a palavra “literatura” designou em regra, até ao século XVIII, o saber,
conhecimento, as artes e as ciências em geral. Até à segunda metade desse século, para
designar especificamente a arte verbal, o corpus textual, eram utilizadas palavras como
“poesia”, “verso” e “prosa” (que hoje reconhecemos enquanto classificação de géneros
literários).
O vocábulo “literatura” durante o século XVIII, continuando ainda a designar o conjunto das
obras escritas e dos conhecimentos nelas contidos, passa a adquirir uma acepção mais
especializada, referindo-se especialmente às “belas artes”, ganhando assim uma conotação
estética e passando a denominar-se a arte que se exprime pela palavra. Saliente-se que, ao
significar a arte que se exprime pela palavra, o lexema assume desde logo uma referência
nacional, enquanto conjunto da produção literária de determinado país
A Literatura é, assim, a vida, parte da vida, não se admitindo possa haver conflito entre uma e
outra. Através das obras literárias, tomamos contacto com a vida, nas suas verdades eternas,
comuns a todos os homens e lugares, porque são as verdades da mesma condição humana.
(Afrânio Coutinho)
Nessa perspectiva, a literatura é considerada como as demais formas de arte, tem a capacidade
de provocar no leitor um estranhamento diante da realidade, como se a víssemos pela primeira
vez sob um prisma diferente (Chklovski, 1917).
Segundo o teórico Jonathan Culler (1999:33-34) a literatura é um acto de fala que contrasta
com outros tipos de actos de fala. O que acontece, geralmente, é que os leitores acabam
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identificando o ato de fala literário por este se encontrar em um meio associado à literatura
(como por exemplo: livro de poemas, seção indicada em uma revista literária, biblioteca etc.).
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a Chanson de Roland (Canção de Rolando) surgida em 1100. Quanto à prosa desenvolvida na
Idade Média, destacam-se as novelas de cavalaria, como as que contam as aventuras em busca
do Santo Graal (Cálice Sagrado) e as lendas do rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda.
Obras e autores deste período da História: Daniel Defoe autor de Robinson Crusoe; Jonathan
Swift (As Viagens de Gulliver); Samuel Richardson (Pamela); Henry Fielding (Tom Jones);
Laurence Sterne (Tristram Shandy). Nessa época, os contos de As Mil e Uma Noites
aparecem na Europa em suas primeiras traduções.
Escritores principais desta época: Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Camilo Castelo
Branco, Giacomo Leopardi, James Fenimore Cooper, Alexandre Dumas (pai) e Edgard Allan
Poe.
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Principais representantes: Gustave Flaubert autor de Madame Bovary, Charles Dickens
(Oliver Twist e David Copperfield), Charlotte Brontë (Jane Eyre), Emily Brontë (O Morro
dos Ventos Uivantes), Fiodor Dostoievski, Leon Tolstói, Eça de Queiroz, Cesário Verde,
Antero de Quental e Émile Zola, Eugênio de Castro, Camilo Pessanha, Arthur Rimbaud,
Charles Baudelaire.
Cassirer afirma que a poesia é "a revelação da nossa vida pessoal" e que toda a arte
proporciona um conhecimento da vida interior, contraposto ao conhecimento da vida exterior
oferecido pela ciência, e Susanne Langer igualmente considera a literatura como revelação
"do carácter da subjectividade", opondo o modo discursivo, próprio do conhecimento
científico, ao modo apresentativo, próprio do conhecimento proporcionado pela arte.
Para alguns estetas e críticos, porém, a literatura constitui um domínio perfeitamente alheio ao
conhecimento, pois enquanto este dependeria do raciocínio e da mente, aquela vincular-se-ia
ao sentimento e ao coração, limitando-se a comunicar emoções. A literatura, com efeito, não é
uma filosofia disfarçada, nem o conhecimento que transmite se identifica com conceitos
abstractos ou princípios científicos.
Todavia, a ruptura total entre literatura e actividade cognoscitiva representa uma inaceitável
mutilação do fenómeno literário, pois toda a obra literária autêntica traduz uma experiência
humana e diz algo acerca do homem e do mundo. "Objectivação, de carácter qualitativo, do
espírito do homem", a literatura exprime sempre determinados valores, dá forma a uma
cosmovisão, revela almas – em suma, constitui um conhecimento.
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eu profundo que as convenções sociais, os hábitos e as exigências pragmáticas mascaram
continuamente: "A arte digna deste nome – escreve Marcel Proust – deve exprimir a nossa
essência subjectiva e incomunicável. [...] O que não tivemos que decifrar, esclarecer através
do nosso esforço pessoal, o que era claro antes de nós, não nos pertence. Não vem de nós
próprios senão o que arrancamos da obscuridade que está em nós e que os outros não
conhecem".
a) Simbolismo
Além de seu significado mais semântico podem ser condensados em pequenas porções do
texto, cenas, passagens, que podem transcender o tempo. Por exemplo, a luta contra os
moinhos de vento, em Dom Quixote; ou o "ser ou não ser" de Hamlet.
b) Expressão
c) Idioma
O principal recurso que tem um escritor é, naturalmente, fala, linguagem, e, no caso de textos
literários, este adquire uma plasticidade e, ao mesmo tempo, uma empresa que só a arte pode.
O autor literário usa as palavras para que o substituto (para parafrasear o texto, por exemplo),
perde força expressiva e alterar a conotação do texto.
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Isso geralmente é uma linguagem que serve a estética e, portanto, não ser muito elaborado e
complicado. É mais sobre como essas palavras são inseridas no contexto e afectam a
sensibilidade das pessoas.
Embora se possa pensar que na poesia, por exemplo, apenas "belas" palavras valem a pena, a
verdade é que um poema pode ter uma linguagem muito clara, pura e simples, e evocar
emoções agradáveis e transcendentes.
d) Probabilidade
Embora nem sempre atendem a eventos reais, textos literários muitas vezes se referem a
eventos fictícios de uma maneira que faz parecer possível. Isto é e deve ser assim,
especialmente na narrativa.
Por exemplo, em A viagem ao centro da terra Jules Verne, um facto que não foi provado
surge, mas muitos passaram a acreditar como algo verdadeiro, graças à quantidade de dados
científicos apresentados.
Além disso, deve-se presumir que cada leitor, faz uma credulidade pacto (ou pacto
metaficção), em que "compromete" a acreditar no mundo e na verdade o autor mostra-lo
durante sua leitura, embora considere totalmente imaginário quando termino de ler a história.
e) Emotividade
Embora tenha sido dito em linhas anteriores, deve designá-lo como uma característica da
literatura: o objectivo é gerar emoções.
A forma e os recursos que são mostrados em um texto, apontam para o leitor envolver tanto a
leitura que "vive" dentro do mundo criada pelo autor e "sente" o que os personagens
envolvidos vivenciam ao longo do tempo. a história.
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f) Catarse
A literatura tende a abstrair o leitor de sua própria realidade, podendo tornar-se uma
actividade que ajuda a lidar com uma situação pessoal desconfortável ou com a simples
necessidade de desfrutar de uma experiência agradável.
g) Referencialidade
Enquanto obras literárias, como poesia ou narrativa, podem não ser necessariamente uma
fonte confiável de informações sobre um evento ou um personagem específico, elas podem
fornecer pistas sobre diferentes aspectos da era e do ambiente em que ela foi escrita.
Segundo o notório estudioso António Cândido, a literatura deveria constar nos direitos
humanos, pois é um bem incompressível e, como tal, se constitui em uma necessidade
universal.
A literatura deve ser compreendida como uma necessidade no nosso quotidiano, pois através
da sua expressividade artística conseguimos demonstrar nossos desejos e ideologias, mesmo
que recriando uma realidade social moldando comportamentos. Segundo Cândido, “ a história
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de cada época pode servir muitas vezes de inspiração para expressão artística e contribuir à
interpretação da leitura, da obra literária”.
É preciso que o professor seleccione textos literários que se aproximem dos jovens, para
maior identificação deles.
A Literatura exerce um papel importante na formação de um leitor crítico, na medida que este
consegue ler uma obra e entender não somente como entretenimento que a ficção
proporciona, mas relacionar os temas abordados com o seu quotidiano, reflectindo sobre si e
também sobre o mundo, essa é a função social da literatura facilitar ao leitor a compreensão
dos conflitos da sociedade, permitindo enxergar sua pluralidade e diversidade.
Importante entender o contexto histórico das obras, não apenas para situar autores e estudar
biografias, mas também para analisar as condições de produção dos textos literários. A leitura
então não deve ser praticada de forma rápida, apenas para cumprir uma obrigação de
conteúdo, pois esta deve servir como troca de experiência durante as discussões sobre os
textos, Silva (2003).
Pode-se dizer que esta é a função social da literatura, quando ela instiga o leitor a pensar além
do texto e ter percepção do mundo que o cerca e o permite indagar a realidade, Nunes (2010).
Através de personagens fictícios é possível estabelecer uma relação entre leitor e texto, na
identificação com as temáticas abordadas nas obras, ao mexer com as emoções, ou seja, os
sentimentos de quem lê, Souza (2004).
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3. Conclusão
A literatura é uma das formas mais antigas de expressão artística e cultural da humanidade.
Desde os tempos mais remotos, os seres humanos utilizam a palavra escrita para registar suas
histórias, crenças e tradições. A história da literatura é, portanto, a história da humanidade
contada através das palavras.
Durante a Idade Média, a literatura era influenciada pela religião e pela nobreza. O
trovadorismo, surgido na França, era uma forma de poesia lírica que exaltava o amor cortês.
Já a literatura de corte, presente na Espanha e em Portugal, retratava a vida dos nobres e seus
valores éticos.
No início do século XX, o Modernismo trouxe uma ruptura com as tradições literárias. Os
autores modernistas experimentavam novas formas de escrita, como o fluxo de consciência e
a colagem de fragmentos. A arte passou a ser vista como um fim em si mesma, sem
compromisso com a realidade.
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4. Referências bibliográficas
Chklovski, V. (1917). A Arte como Procedimento.
Culler, J. (1999). Teoria Literária: uma introdução. São Paulo: Beca Produções
Culturais.
Nunes, L. C. (2010). A função social da literatura. In: Cultura; ato; efeito ou modo de
cultivar, Ago, 2010
Silva, I. M. M. (2003). Literatura em sala de aula: da teoria literária à prática
escolar. Anais do Evento PG Letras 30 anos Vol. I (1): p. 514-527.
Souza, R. J de. (2004). Org. Caminhos para a formação do leitor. 1 ed. – São Paulo:
DCL.
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