1) Sim, as pessoas jurídicas têm direito à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins, retroativamente a partir de 16/03/2017, exceto se já houve processo judicial ou administrativo antes dessa data.
2) A EFD-Contribuições deve ser preenchida de acordo com a legislação vigente, mas pode haver ajustes caso haja decisão judicial transitada em julgado.
3) Os créditos de PIS e Cofins decorrentes da exclusão do ICMS devem ser reconhecidos contabil
1) Sim, as pessoas jurídicas têm direito à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins, retroativamente a partir de 16/03/2017, exceto se já houve processo judicial ou administrativo antes dessa data.
2) A EFD-Contribuições deve ser preenchida de acordo com a legislação vigente, mas pode haver ajustes caso haja decisão judicial transitada em julgado.
3) Os créditos de PIS e Cofins decorrentes da exclusão do ICMS devem ser reconhecidos contabil
1) Sim, as pessoas jurídicas têm direito à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins, retroativamente a partir de 16/03/2017, exceto se já houve processo judicial ou administrativo antes dessa data.
2) A EFD-Contribuições deve ser preenchida de acordo com a legislação vigente, mas pode haver ajustes caso haja decisão judicial transitada em julgado.
3) Os créditos de PIS e Cofins decorrentes da exclusão do ICMS devem ser reconhecidos contabil
1) Sim, as pessoas jurídicas têm direito à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins, retroativamente a partir de 16/03/2017, exceto se já houve processo judicial ou administrativo antes dessa data.
2) A EFD-Contribuições deve ser preenchida de acordo com a legislação vigente, mas pode haver ajustes caso haja decisão judicial transitada em julgado.
3) Os créditos de PIS e Cofins decorrentes da exclusão do ICMS devem ser reconhecidos contabil
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Tem direito à
Sim. exclusão?
Exclusão de Sim. Desde 16.03.2017, exceto as ações judiciais ou processo
períodos administrativo protocolados até 15.03.2017. retroativos? Veja o subtópico 2.2.2 .
Sim. Em relação às receitas auferidas a partir de 16.03.2017, o
valor do ICMS destacado nas correspondentes notas fiscais de Exclusão em vendas não integram a base de cálculo do PIS-Pasep e da Cofins, períodos futuros? independentemente de a pessoa jurídica ter protocolado ou não ação judicial.
EFD-Contribuições Conforme orientação do Guia Prático da EFD Contribuições -
Versão 1.35, quaisquer alterações na base de cálculo, nas alíquotas ou no tratamento tributário (CST), de modo que fiquem diferentes dos definidos pela legislação tributária, devem ser pautar: a) pela limitação temporal: só são aplicáveis à escrituração se não houver limitação temporal dos efeitos da sentença judicial; b) pela exigência de trânsito em julgado: faz-se necessário que a ação judicial tenha transitado em julgado, bem como a decisão judicial seja aplicável em relação aos fatos geradores a que se refere a escrituração. Para fins de preenchimento da EFD-Contribuições deve ser observado o seguinte: a) antes do trânsito em julgado: a pessoa jurídica beneficiária ou autora de ação judicial SEM trânsito em julgado, cuja sentença autorize a suspensão da exigibilidade de parte do valor das contribuições, decorrente da exclusão do ICMS deve observar o seguinte: a) proceder à apuração normal das contribuições conforme a legislação aplicável, inclusive considerando a parcela que esteja com exigibilidade suspensa; e b) deve, no Registro "1010 - Processo Referenciado - Ação Judicial", fazer constar no Campo 06 (DESC_DEC_JUD) deste Registro a parcela das contribuições com exigibilidade suspensa, a qual deve ser igualmente destacada e informada em DCTF; c) a contar do período de apuração janeiro/2020, a parcela das contribuições com exigibilidade suspensa também deverá ser detalhada no Registro filho 1011 - Detalhamento das Contribuições com Exigibilidade Suspensa (subtópico 4.2.1 ); b) após o trânsito em julgado: de acordo com o Parecer SEI nº 7.698/2021/ME, a PGFN orienta como dar cumprimento à decisão do STF, no que diz respeitos aos seus aspectos incontroversos, estabelecendo que: b.1) em relação às receitas auferidas a partir de 16.03.2017, o valor do ICMS destacado nas correspondentes notas fiscais de vendas não integram a base de cálculo do PIS-Pasep e da Cofins, independentemente de a pessoa jurídica ter protocolado ou não ação judicial; e b.2) em relação às receitas auferidas até 15.03.2017, o valor do ICMS destacado nas correspondentes notas fiscais de vendas não integram a base de cálculo do PIS-Pasep e da Cofins, exclusivamente no caso de a pessoa jurídica ter protocolado ação judicial até 15.03.2017. De acordo com o Guia Prático da EFD Contribuições - Versão 1.35, a pessoa jurídica que ainda não tenha efetuado os ajustes da base de cálculo do PIS-Pasep e da Cofins, com a exclusão da parcela do ICMS destacado em documento fiscal, deverá efetuar esses ajustes mediante a transmissão da EFD-Contribuições: a) original: transmissão da EFD-Contribuições original com os devidos ajustes caso não tenha efetuado a transmissão referente ao período; ou b) retificadora: Supridas pela habilitação de créditos, nos moldes do art. 100 fs IN RFB nº 2.055/2021 . Veja os subtópicos 4.2.2.1 e 4.2.2.2 . IMPORTANTE: A data a ser adotada será aquela fixada na sentença judicial transitada em julgado ou processo administrativo.
Para fins de preenchimento da DCTF deve ser observado o
seguinte: a) antes do trânsito em julgado: a pessoa jurídica beneficiária ou autora de ação judicial SEM trânsito em julgado, cuja sentença autorize a suspensão da exigibilidade de parte do valor das contribuições, decorrente da exclusão do ICMS, apurou as contribuições normalmente e informou os respectivos valores e a suspensão da exigibilidade do crédito tributário na EFD- DCTF Contribuições. Feito isso, o contribuinte deverá demonstrar a parcela das contribuições com exigibilidade suspensa, devendo ser igualmente destacada e informada em DCTF; b) após o trânsito em julgado: o contribuinte efetuará os ajustes da base de cálculo do PIS-Pasep e da Cofins, com a exclusão da parcela do ICMS destacado em documento fiscal. Supridas retificações de declarações pela habilitação de créditos, nos moldes do art. 100 fs IN RFB nº 2.055/2021 .
Reconhecimento do O montante do crédito tributário de períodos anteriores ao
crédito na reconhecimento do direito à exclusão do ICMS da base de cálculo contabilidade das referidas contribuições, garantido às pessoas jurídicas com decisão judicial transitada em julgado, independentemente de serem com base no imposto destacado na nota fiscal ou o efetivamente recolhido, deve ser reconhecido contabilmente. O item 33 do Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes estabelece que os ativos contingentes não devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis, uma vez que pode se tratar de resultado que nunca venha a ser realizado. Entretanto, quando a realização do ganho é praticamente certa, como é o caso das empresas que possuem decisão judicial transitado em julgado, o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é adequado. Portanto, a partir da sentença transitada em julgado os créditos da Cofins e do PIS-Pasep decorrentes da exclusão do ICMS da base de cálculo das contribuições apurados devem ser registrados contabilmente, conforme os lançamentos sugeridos a seguir: I. Pelo reconhecimento do crédito - Valor principal D - PIS-Pasep a Recuperar (Ativo Circulante) D - Cofins a Recuperar (Ativo Circulante) C - Receita recuperação ref. Pagamento indevido (Conta de Resultado) II. Reconhecimento dos juros (Selic ou outro índice definido na sentença judicial) D - PIS-Pasep a Recuperar (Ativo Circulante) D - Cofins a Recuperar (Ativo Circulante) C - Receita financeira Selic (Conta de Resultado) IMPORTANTE: (1) A valoração do crédito será pela Selic acumulada ou outro índice definido na sentença judicial. (2) Os créditos tributários supramencionados devem ser reconhecidos em contas de resultado e não como ajustes de exercícios anteriores. Somente devem ser considerados como ajustes de exercícios anteriores quando decorrer de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes, nos termos do art. 176 , § 1º da Lei nº 6.404/1976 , Veja mais sobre o assunto no procedimento: Exclusão do ICMS da base de cálculo da Cofins e do PIS-Pasep - Aspectos contábeis Conclui-se, portanto, não se trata de ajustes de exercícios anteriores, pois ainda dependia da definição do STF quanto à modulação dos efeitos. Além disso, a vinculação do fisco à decisão do STF se concretizou após a publicação do Parecer SEI nº 7.698 /2021/ME, cujo teor consta no site da RFB, no rol das decisões que vinculam à RFB. Nessa linha, após a constituição dos créditos a serem recuperados com a retificação das escriturações e declarações, na contabilidade o entendimento é de que tais valores serão lançados diretamente no resultado do exercício:
Tratamento I. Tratamento aplicável ao valor principal recuperado
tributário a) Lucro real: os valores recuperados relativo ao principal de PIS- Pasep e Cofins e reconhecidos na contabilidade serão computados na determinação do lucro real de no resultado ajustado se, em períodos anteriores, tiverem sido computados como despesas dedutíveis do lucro real e da base de cálculo da CSL. Portanto, não serão computados se o contribuinte não os tiver deduzidos na determinação do imposto ou da contribuição, ou se forem recuperação de custos/despesas de período apuração que a pessoa jurídica tem se submetido à tributação pelo Lucro presumido ou arbitrado, já que nesse regime não há que se falar dedução de custos e despesas. b) Lucro presumido ou arbitrado: conforme determina a legislação do Imposto de Renda, os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas deverão ser adicionados ao lucro presumido ou arbitrado para determinação do Imposto de Renda e da CSL, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou que se refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado. (Lei nº 9.430/1996 , art. 53 ; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 , art. 215 , IV; RIR/2018 , art. 441 , II; Solução de Consulta Cosit nº 109/2020 ) II. Tratamento aplicável à receita financeira (juros Selic): Os juros equivalentes à taxa referencial do Selic incidentes sobre o indébito tributário recuperado são receita nova, entretanto, não incidem o IRPJ e a CSL, conforme o Parecer SEI nº 11.469/2022, a partir de 30.09.2021. Em tese em repercussão geral (Tema nº 962 - RE 1.063.187/SC, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela inconstitucionalidade da incidência do IRPJ e da e da CSL sobre a taxa Selic recebida nas ações de repetição de indébito tributário, observando-se o seguinte: a) na prática, o julgado somente regulará os fatos geradores ocorridos a partir de 30.09.2021; b) as ações judiciais ajuizadas até 17.09.2021, ainda que preventivas, foram ressalvadas da modulação temporal, sendo a elas aplicáveis o entendimento firmado no Tema nº 962, desde que atendidos os prazos prescricionais. Nesses casos, a carreira encontra-se dispensada de atuar, a teor do art. 19 , VI, "a", da Lei nº 10.522/2002 , com base no aludido precedente, orientando-se a reconhecer a procedência do pedido, não impugnar o cumprimento de sentença e pugnar pela não condenação de honorários advocatícios com fulcro no art. 19 , § 1º, da Lei nº 10.522/2002 ; c) por sua vez, as ações propostas a partir de 18.09.2021 não foram ressalvadas da modulação temporal, não tendo esses contribuintes direito à repetição do indébito dos fatos geradores ocorridos antes de 30.09.2021; d) os pedidos administrativos de restituição e/ou de compensação de indébito tributário protocolados antes de 30.09.2021, não foram ressalvados da modulação. Por este motivo, a tese fixada no Tema nº 962 não lhes é aplicável, sendo legítima a atuação da RFB no sentido de manter a tributação da Selic, para os pedidos protocolados até o dia 29.09.2021; e) por fim, para os fatos geradores ocorridos antes de 30/.09.2021, nos quais o contribuinte não tenha pago os tributos referentes ao IRPJ e à CSL sobre a Selic devida na repetição e/ou compensação de indébito tributário foram ressalvados da modulação, sendo inconstitucional, agora, por força do Tema nº 962, qualquer cobrança nesse sentido. Em tais casos, a PGFN e a RFB não devem engendrar qualquer providência judicial e/ou administrativa no sentido de cobrar esses valores. - PIS-Pasep e Cofins O PIS-Pasep e Cofins no regime: a) não cumulativo: as receitas financeiras são tributadas mediante a aplicação das alíquotas de 0,65% e de 4%, respectivamente, conforme previsto no Decreto nº 8.426/2015 , art. 1º ; b) cumulativo: a receita financeira gerada pela valoração não será tributada, pois nesse regime para efeito de base de cálculo das contribuições só é considera a receita bruta, do objeto ou da atividade da pessoa jurídica (Lei nº 9.718/1998 , art. 3º ).
Após o trânsito em julgado reconhecendo o crédito decorrente da
exclusão do PIS-Pasep e da Cofins, o indébito tributário estará apto para o pedido de restituição ou compensação, observando-se que: a) a compensação deve ser precedida da habilitação do crédito, nos termos dos arts. 100 a 108 da Instrução Normativa RFB nº 2.055/2021 ; b) a restituição (em dinheiro) será via precatório apenas. Para fins de valoração dos créditos oriundos de ação judicial Pedido Eletrônico de Restituição ou da Declaração de Compensação, será atualizado na forma prevista na legislação tributária federal (acréscimo de juros Selic) ou, quando for o caso, na forma prevista na decisão judicial que reconheceu o direito creditório (Instruções de Preenchimento da PER/DCOMP - veja o tópico 5 ). IMPORTANTE: A valoração dos créditos continuará Restituição e mensalmente pelo regime de competência e cessará quando da compensação restituição dos valores ou com a sua utilização na compensação de débitos. Nota A Solução de Consulta Cosit nº 24/2022 esclareceu que a compensação tributária, quanto ao direito creditório do sujeito passivo, é efetuada, na mesma proporção, em relação ao aproveitamento do principal e de seus respectivos acréscimos, definidos nos termos da legislação tributária ou por decisão judicial. Ou seja, é proibida a incidência de juros sobre juros na compensação tributária, reduzindo o valor que os empresários podem abater em tributos futuros definidos nos termos da legislação tributária ou por decisão judicial. Com a interpretação dada pela Solução de Consulta Cosit nº 24/2022 , a correção pela Selic passa a incidir apenas sobre o valor principal, o volume de crédito tributário no momento em que a empresa entrou com ação na Justiça. · Empresas COM ação judicial COM trânsito em julgado Expandir tabela Tem direito à Sim. exclusão?
Exclusão de Sim. Desde 15.03.2017. períodos ATENÇÃO: Antes de prosseguir veja o subtópico 2.2.3 . retroativos?
Sim. Em relação às receitas auferidas a partir de 16.03.2017, o
valor do ICMS destacado nas correspondentes notas fiscais de Exclusão em vendas não integram a base de cálculo do PIS-Pasep e da Cofins, períodos futuros? independentemente de a pessoa jurídica ter protocolado ou não ação judicial.
Supridas retificações de declarações pela habilitação de créditos,
EFD-Contribuições nos moldes do art. 100 da IN RFB nº 2.055/2021
Supridas retificações de declarações pela habilitação de créditos,
DCTF nos moldes do art. 100 da IN RFB nº 2.055/2021
Reconhecimento do Após a demonstração dos valores efetivamente recolhidos a
crédito na maior: contabilidade I. Pelo reconhecimento do crédito - Valor principal D - PIS-Pasep a Recuperar (Ativo Circulante) D - Cofins a Recuperar (Ativo Circulante) C - Receita recuperação ref. Pagamento indevido (Conta de Resultado) II. Reconhecimento dos juros Selic D - PIS-Pasep a Recuperar (Ativo Circulante) D - Cofins a Recuperar (Ativo Circulante) C - Receita Financeira - Selic (Conta de Resultado) IMPORTANTE: (1) A valoração do crédito será pela Selic acumulada, desde o pagamento a maior (receita financeira). (2) Os créditos tributários supramencionados devem ser reconhecidos em contas de resultado e não como ajustes de exercícios anteriores. Somente devem ser considerados como ajustes de exercícios anteriores quando decorrer de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes, nos termos do art. 176 , § 1º da Lei nº 6.404/1976 , Veja mais sobre o assunto: Exclusão do ICMS da base de cálculo da Cofins e do PIS- Pasep - Aspectos contábeis Portanto, não se trata de ajustes de exercícios anteriores, pois ainda dependia da definição do STF quanto à modulação dos efeitos. Além disso, a vinculação do fisco à decisão do STF se concretizou após a publicação do Parecer SEI nº 7.698/2021 /ME, cujo teor consta no site da RFB, no rol das decisões que vinculam à RFB. Nessa linha, após a constituição dos créditos a serem recuperados, na contabilidade o entendimento é de que tais valores serão lançados diretamente no resultado do exercício.
Tratamento I. Tratamento tributário do valor principal recuperado
tributário a) Lucro real: os valores recuperados relativo ao principal de PIS-Pasep e Cofins e reconhecidos na contabilidade serão computados na determinação do lucro real de no resultado ajustado se, em períodos anteriores, tiverem sido computados como despesas dedutíveis do lucro real e da base de cálculo da CSL. Portanto, não serão computados se o contribuinte não os tiver deduzidos na determinação do imposto ou da contribuição, ou se forem recuperação de custos/despesas de período apuração que a pessoa jurídica tem se submetido à tributação pelo Lucro presumido ou arbitrado, já que nesse regime não há que se falar dedução de custos e despesas. b) Lucro presumido ou arbitrado: conforme determina a legislação do Imposto de Renda, os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas deverão ser adicionados ao lucro presumido ou arbitrado para determinação do Imposto de Renda e da CSL, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou que se refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado. (Lei nº 9.430/1996 , art. 53 ; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 , art. 215 , IV; RIR/2018 , art. 441 , II; Solução de Consulta Cosit nº 109/2020 ) II. Tratamento aplicável à receita financeira (juros Selic): Os juros equivalentes à taxa referencial do Selic incidentes sobre o indébito tributário recuperado são receita nova, entretanto, não incidem o IRPJ e a CSL, conforme o Parecer SEI nº 11.469/2022, a partir de 30.09.2021. Em tese em repercussão geral (Tema nº 962 - RE 1.063.187/SC, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela inconstitucionalidade da incidência do IRPJ e da e da CSL sobre a taxa Selic recebida nas ações de repetição de indébito tributário, observando-se o seguinte: a) na prática, o julgado somente regulará os fatos geradores ocorridos a partir de 30.09.2021; b) as ações judiciais ajuizadas até 17.09.2021, ainda que preventivas, foram ressalvadas da modulação temporal, sendo a elas aplicáveis o entendimento firmado no Tema nº 962, desde que atendidos os prazos prescricionais. Nesses casos, a carreira encontra-se dispensada de atuar, a teor do art. 19 , VI, "a", da Lei nº 10.522/2002 , com base no aludido precedente, orientando-se a reconhecer a procedência do pedido, não impugnar o cumprimento de sentença e pugnar pela não condenação de honorários advocatícios com fulcro no art. 19 , § 1º, da Lei nº 10.522/2002 ; c) por sua vez, as ações propostas a partir de 18.09.2021 não foram ressalvadas da modulação temporal, não tendo esses contribuintes direito à repetição do indébito dos fatos geradores ocorridos antes de 30.09.2021; d) os pedidos administrativos de restituição e/ou de compensação de indébito tributário protocolados antes de 30.09.2021, não foram ressalvados da modulação. Por este motivo, a tese fixada no Tema nº 962 não lhes é aplicável, sendo legítima a atuação da RFB no sentido de manter a tributação da Selic, para os pedidos protocolados até o dia 29.09.2021; e) por fim, para os fatos geradores ocorridos antes de 30/.09.2021, nos quais o contribuinte não tenha pago os tributos referentes ao IRPJ e à CSL sobre a Selic devida na repetição e/ou compensação de indébito tributário foram ressalvados da modulação, sendo inconstitucional, agora, por força do Tema nº 962, qualquer cobrança nesse sentido. Em tais casos, a PGFN e a RFB não devem engendrar qualquer providência judicial e/ou administrativa no sentido de cobrar esses valores. - PIS-Pasep e Cofins O PIS-Pasep e Cofins no regime: a) não cumulativo: as receitas financeiras são tributadas mediante a aplicação das alíquotas de 0,65% e de 4%, respectivamente, conforme previsto no Decreto nº 8.426/2015 , art. 1º ; b) cumulativo: a receita financeira gerada pela valoração não será tributada, pois nesse regime para efeito de base de cálculo das contribuições só é considera a receita bruta, do objeto ou da atividade da pessoa jurídica (Lei nº 9.718/1998 , art. 3º ).
Restituição e Após a habilitação de créditos, nos moldes do art. 100 fs IN RFB
compensação nº 2.055/2021 , o indébito tributário estará apto para o pedido de restituição ou compensação, mediante a apresentação da Declaração de compensação, por meio do programa PER/DCOMP ou, na impossibilidade de sua utilização, mediante o formulário Pedido de Restituição ou de Ressarcimento, ou da Declaração de Compensação, conforme o caso, nos termos dos arts. 8º e 64 da Instrução Normativa RFB nº 2.055/2021 (veja o tópico 5 ). Para fins de valoração dos créditos relativos a tributo administrado pela RFB, passível de restituição ou de reembolso, será restituído, reembolsado ou compensado com o acréscimo de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulados mensalmente, tendo como termo inicial no caso de pagamento indevido ou a maior, o mês subsequente ao do pagamento e de juros de 1% no mês em que (Instrução Normativa RFB nº 2.055/2021 , art. 148 e 149 ): a) a quantia for disponibilizada ao sujeito passivo; b) houver a entrega da declaração de compensação ou for efetivada a compensação na GFIP; ou c) for considerada efetuada a compensação de ofício, conforme a data definida nos incisos I a IV do art. 96 da Instrução Normativa RFB nº 2.055/2021 . Portanto, a partir desse momento a valoração dos créditos continuará mensalmente pelo regime de competência e cessará quando da restituição dos valores ou com a sua utilização na compensação de débitos. Nota A Solução de Consulta Cosit nº 24/2022 esclareceu que a compensação tributária, quanto ao direito creditório do sujeito passivo, é efetuada, na mesma proporção, em relação ao aproveitamento do principal e de seus respectivos acréscimos, definidos nos termos da legislação tributária ou por decisão judicial. Ou seja, é proibida a incidência de juros sobre juros na compensação tributária, reduzindo o valor que os empresários podem abater em tributos futuros definidos nos termos da legislação tributária ou por decisão judicial. Com a interpretação dada pela Solução de Consulta Cosit nº 24/2022 , a correção pela Selic passa a incidir apenas sobre o valor principal, o volume de crédito tributário no momento em que a empresa entrou com ação na Justiça.