Reprô 6 Semanas para e Programar
Reprô 6 Semanas para e Programar
Reprô 6 Semanas para e Programar
P833r
Poll, Pat
Reprô : 6 semanas para se reprogramar : seis passos para
reiniciar seu computador interno e dar um salto em sua vida /
Pat Poll. - 1. ed. - São Paulo : Scortecci, 2021.
ISBN 978-65-5529-440-8
www.scortecci.com.br
Livraria Asabeça
www.asabeca.com.br
À minha mãe Walderez Di Donato e ao Prof. Hélio Couto por me
ensinarem o amor.
Sumário
Prefácio
Introdução
Antes de começarmos...
Dicas importantes!
1º semana - Não reclamar
Transmissão de pensamentos
Ponto de equilíbrio
Chega de reclamar!
Analise seu comportamento
Faça diferente
Ninguém é perfeito
Seja grato por aquilo que tem
Pronto para soltar
Mudando a frequência
2º semana - Desligue a TV e ligue o som!
Reconexão com o passado
Montando sua playlist
Recordando sua infância
De volta à adolescência
3º semana - Escreva sua própria história
Curando a criança interior
Tenha um diário
4º semana - Como e onde estarei daqui a cinco anos?
Planejar é preciso!
Superando os traumas
Criando seu futuro
5º semana - Ho'oponopono
Mudança de energia
Perdoar é preciso
6º semana - Liberando os traumas do passado
Peça ajuda ao Universo!
Continue sempre a se transformar...
Sobre a obra
Sobre a autora
Prefácio
Quando a Patrícia Pollone, nossa amada Pat, me pediu para escrever o
prefácio do seu primeiro livro, confesso, me senti feliz e extremamente
honrada.
Conheço a Reprô desde seu início e sempre achei incrível como a Pat
explanava temas essenciais de forma leve, carinhosa, construtiva e divertida.
Os vídeos e áudios da Reprô sempre ajudaram muitas pessoas a reconhecer
as questões da vida sob um novo olhar, estimulado por ela com base em suas
próprias experiências, mostrando a todos o quanto é importante e possível
ressignificar e transformar.
Mas ao ver o conteúdo desse livro, a profundidade de temas trazidos com
tanta qualidade e ao mesmo tempo clareza e simplicidade, confesso que senti
que escrever aqui seria uma grande responsabilidade.
Reprô não é apenas para ser lido. Ele precisa ser vivenciado.
É um livro para experienciar. Um manual para a transformação.
Algumas palavras definem minha compreensão e meu sentimento sobre
esse trabalho: Generosidade, Doação, Amor, Acolhimento, Conhecimento,
Experiência, Oportunidade, Transformação, Empatia, Compaixão, Leveza,
Alegria.
Valores que a Pat escancara em todo o seu trabalho, pois são parte da sua
essência.
É incrível observar o quanto nossas experiências se assemelham. Há
sempre algo de nós reconhecido nas vivências do outro.
Uma mistura de todos nós, o que nos faz UM.
Isso ela já entendeu há muito tempo.
E como ser amoroso e iluminado que é, aproveita as oportunidades que a
vida lhe oferece para compartilhar.
Não são apenas as suas experiências aqui compartilhadas. São
conhecimentos agregados às experiências e enriquecidos por ferramentas que
contribuirão muito para a realização de mudanças essenciais.
Por isso, reconheço nesse livro um ato de muita generosidade e doação.
Em cada capítulo, a Pat nos instiga e impulsiona a ir além.
Com propostas simples, porém desafiadoras, ela nos chama e nos acolhe
com amor, empatia e compaixão e nos faz sentir que não estamos sós.
Ela nos ajuda a compreender que o autoconhecimento permite mudar
atitudes da vida cotidiana, que nos leva a conquistar melhores resultados.
Afinal, já temos tudo que é preciso para nos transformar. Só precisamos nos
conhecer melhor e nos amar mais.
Reprô nos oferece ensinamentos muito valiosos transmitidos de forma leve
e alegre, assim como ela.
É um belíssimo trabalho. Um tesouro que mistura conhecimento,
experiência, delicadeza, leveza, carinho, alegria.
Experimente esse livro sem pressa.
E reprograme-se a cada capítulo.
Vai mudar sua vida.
Com muito amor,
Valéria Campos
Introdução
Mudar a si mesmo, reprogramar-se ou participar da Reprô (como
carinhosamente apelidei esse processo) não é uma tarefa fácil. Afinal, mais do
que se conhecer, a proposta é se transformar. Muitos, no entanto, consideram
transformar-se algo praticamente impossível de ser alcançado; ou conquistado
somente por pessoas iluminadas, como Gandhi ou Dalai Lama. Mas, com base
em minha própria experiência, posso lhe garantir: promover uma grande
mudança em si mesmo é possível! O primeiro passo é deixar a zona de
conforto de lado e parar de dar ouvido às limitações da mente.
E para que a verdadeira mudança ocorra não é necessário fazer as malas e
realizar um retiro na Índia. Muito menos se inscrever em mil cursos sobre
autoconhecimento, ler todos os livros sobre o assunto e participar
assiduamente de grupos nas redes sociais. Para mudar basta simplesmente
querer. E quando digo querer significa querer de verdade! Aquele sentimento
sincero que surge no coração e se expande de dentro para fora. Sem dúvida,
querer é essencial. E é para aqueles que realmente querem que dedico este
livro.
Como sei isso? Aprendendo com meus erros e acertos. Minha jornada em
direção à mudança começou muito cedo. Desde criança questionava os
motivos de vir e estar neste mundo, qual era o objetivo da vida e porque tudo
era tão contraditório e injusto. Algo me dizia que havia uma explicação sensata
para tantas contradições e injustiças. Cresci procurando a resposta em religiões
e filosofias e a encontrei na ciência.
Assim como você, passei por muitas situações difíceis, enfrentei altos e
baixos, sendo a depressão o meu maior desafio. A doença, com certeza,
contribuiu para que tudo se tornasse ainda mais incompreensível. Até,
felizmente, encontrar as respostas que precisava na Mecânica Quântica e na
espiritualidade. Isso fez com que as portas da minha consciência se abrissem
de uma forma que jamais imaginei.
Um dos saltos mais significativos da minha vida veio por meio do meu
trabalho. Atuar em marketing me levou até o Professor Hélio Couto, a quem já
admirava antes de conhecer e hoje agradeço por me transmitir tanta veracidade
e conhecimento. Há mais de 10 anos divulgo seu trabalho, fato que, direta e
indiretamente, faz toda a diferença no meu processo evolutivo.
Diante de tantas descobertas pessoais, percebi que o momento de
transmitir minhas experiências tinha chegado. Decidi, a princípio, criar um site
para as pessoas que, assim como nós, são cercadas de dúvidas e buscam por
respostas. Cada vez mais compreendo que auxiliar quem aceita nossa ajuda,
com amor e sem julgamento, é capaz de gerar cura em nós mesmos.
O resultado desta troca ganhou o nome de 6 semanas para se reprogramar, um
processo atualmente conhecido como Reprô. A iniciativa surgiu após publicar
um post sobre o desafio de permanecer uma semana sem reclamar. Vários
insights vieram na sequência. Vivenciei cada um deles antes de compartilhar
essas informações com você. Todas essas ferramentas me ajudaram a mudar
minha consciência, ou melhor, minha vida.
A experiência foi tão positiva que, pouco tempo depois, lancei a Reprô em
vídeos, hoje disponíveis na plataforma Vivências e Cursos Iniciáticos1. O
sucesso é tanto que ela tem ganhado desdobramentos, além da contribuição de
pessoas especiais, que decidiram passar pelo mesmo processo. Todas de valor
inestimável.
Mesmo evoluindo de forma rápida no formato áudio/vídeo, senti que as
seis semanas iniciais da Reprô também deveriam ser colocadas no papel. O
resultado desta nova etapa está aí, em suas mãos!
Antes que você embarque nesta jornada, quero que saiba que nada do que
está aqui foi feito com base em “ouvi dizer e estou repassando”. Tratam-se de
experiências que adquiri depois de uma boa dose de leitura e de muita prática e
dedicação. Todos os temas contam com respaldo de dados de pesquisas e
análises, com o intuito de comprovar a importância de melhorá-los em nós
mesmos.
Você vai encontrar, em cada capítulo, os resultados de estudos, os impactos
destas experiências em minha vida, além de ser orientado a praticar e a refletir
sobre cada assunto antes de incorporar de vez as mudanças necessárias em sua
vida. Espaços estão disponíveis para que você possa relatar suas experiências e
perceber o quanto você está evoluindo durante esse processo.
Convido você a melhorar seus pensamentos e sentimentos e a conquistar
mais qualidade de vida em posse de seu novo “hardware”. Vamos reprogramar
seu computador interno! Deletar arquivos, editar documentos e inserir novos
programas.
Somente você pode se reprogramar!
Como diz o mestre Yoda: “Não tente, faça! Tentativa não há”.
Amor e gratidão
Pat Poll
“Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as ntas com que
me pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sen do.” (Rubem Alves)
1
Disponível em <https://vivenciascursosiniciaticos.com.br/cursos/repro/>.
Antes de começarmos...
Antes de dar início a esse processo, creio que seja importante saber que
perdão, gratidão e outros temas abordados neste livro em nada têm a ver com
religião. Todos são o caminho para a autoconsciência, para que possamos
evoluir como seres humanos. Por isso, não importa qual seja sua crença
religiosa. Estamos aqui em busca do mesmo objetivo: nos tornarmos pessoas
melhores, convivendo em um ambiente de amor, paz e prosperidade.
Caso tenha interesse em conhecer melhor como os preceitos da Mecânica
Quântica podem ser aplicados no dia a dia e contribuir ainda mais em seu
processo de transformação, sugiro que sempre busque fontes confiáveis, a
exemplo do Prof. Hélio Couto.
Além dos aspectos puramente científicos, que não serão abordados aqui, é
interessante saber que a Mecânica Quântica tem conquistado notoriedade nos
últimos anos simplesmente por nos provar que tudo no universo está
correlacionado. Tudo é energia. Sendo assim, independentemente do nome
(Deus, Criador, Fonte, Todo), o Universo, com base nesse conceito, nada mais
é do que um fluxo linear e contínuo de energia.
Considerando que tudo aquilo que existe na Terra é parte desta energia que
compõe o Universo, cada um de nós, seres humanos, é uma extensão do Todo.
Se Deus é o Criador, é possível concluir que, a partir da nossa capacidade de
pensar, somos os únicos animais com potencial para cocriar.
O experimento da dupla fenda, o mais conhecido da Física Quântica,
ultrapassou o mundo da ciência ao mostrar que um elétron pode se comportar
como onda ou partícula, dependendo da forma como o observador enxerga.
Ao transportar essa constatação científica para a realidade, notamos que
materializar ou não algo em nossas vidas depende da forma como observamos
e nos comportamos diante de determinada situação. Cada um de nós
desempenha o papel de observador neste mundo. É por isso que nossa forma
de pensar é tão valiosa. Observe sempre seus pensamentos.
Diante da certeza de que qualquer pensamento (bom ou ruim) é capaz de
gerar resultados, você se torna mais consciente sobre sua responsabilidade
consigo mesmo e com os demais. Sócrates já dizia: “Conhece-te a si mesmo”.
Quanto mais você se conhece, mais se torna o criador de sua vida. E não há
nada mais libertador do que isso. Seu amor próprio aumenta, seus medos e
suas crenças começam a ser superados. Você se torna o protagonista da sua
história!
Dicas importantes!
1. Se esta é a primeira ou 10ª vez que você participa da Reprô não importa!
Você será sempre muito bem-vindo aqui e na plataforma de vídeos. A cada
retorno, você perceberá algo novo. Isso mostra o quanto o passado difere do
presente, o quanto você mudou desde então.
3. Não existe limite para quem quer expandir sua consciência. A Reprô não
acaba quando você termina este livro. Ela é apenas um passo da sua extensa
jornada evolutiva.
5. Não diga “eu já sei” para as situações apresentadas. Isso é jogo do ego
para atrapalhar todo o processo. Se você realmente já sabe, que bom! Mas, se
alguma destas questões estão ressurgindo na sua vida, isso significa que é
preciso trabalhar nelas um pouco mais.
9. Coloque amor em tudo que faz. Cada tema aqui proposto foi pensado
para promover sua mudança. Mas sem amor nada disso acontece. Não de
verdade. Por isso, pratique os exercícios sugeridos com amor. Aproveite esse
momento para desenvolver e aumentar seu amor próprio. Ame-se! Apenas o
amor é capaz de mudar a sua vida.
10. Fique atento aos seus sentimentos. Se você sentir raiva, vontade de
chorar ou algo que não considere bom em determinado momento da leitura,
pare e avalie o que está acontecendo. Não se julgue. Aqui não existe certo ou
errado, bonito ou feio. É normal que esses sentimentos surjam durante o
processo. Eles são parte importante da sua jornada de mudança.
Simplesmente, sinta!
Uma das coisas mais fáceis de se praticar no dia a dia é reclamar. Pare e
observe... O ser humano reclama de tudo! Do trânsito, da fila no banco, do
chefe, do salário, da política, da economia, do vizinho, da sogra, do calor, da
chuva, da comida, etc. Ufa!!!!
Essa lista enorme, ou melhor, infinita, prova que reclamar não é apenas
fácil. É um verdadeiro vício. E como todo vício, reclamar, como você verá a
seguir, é extremamente prejudicial para o seu processo de autotransformação.
A boa notícia é que é possível sim abandonar esse hábito, desde que você
esteja totalmente consciente do mal que ele é capaz de causar na sua vida e na
vida do próximo.
Antes de explicar os motivos que tornam a reclamação um entrave na
nossa evolução pessoal, peço que relacione no espaço abaixo os cinco
principais motivos que fazem você reclamar de forma espontânea, sem pensar
muito a respeito:
Depois deste aquecimento, te pergunto: você está pronto para encarar este
desafio? Então, vamos em frente! Amanhã será o seu primeiro dia sem
reclamar. Peço que anote no espaço a seguir suas percepções, reações, enfim...
como você sentiu? Seja honesto consigo mesmo. Isso é muito importante.
Não sei se você percebeu, mas chegar ao final do terceiro dia sem reclamar
também significa chegar à metade desta primeira semana de Reprô. E então?
Está gostando? Caso hoje você tenha feito uma reclamaçãozinha, como a
encarou desta vez? Com bom ou mau humor? Minha intenção é que, além de
mudar, você também se divirta com esse desafio!
Ninguém é perfeito
Para que você se sinta ainda mais motivado ou desafiado, vou dar
continuidade à história sobre a louça na pia da cozinha. A conversa com meu
marido a princípio foi boa, achei que conseguiria dar sequência ao meu
processo de não reclamar de forma tranquila e já estava, internamente,
comemorando o fato de algumas coisas começarem a mudar. Até me deparar
mais uma vez com a louça na pia!!
Acho que você percebeu que eu tentei, tentei mesmo, mas, nossa, não
consegui me conter... Eu reclamei!! Foi muito mais forte do que eu... Eu me
arrependi, de verdade, mas não fiquei me culpando.
Resolvi te contar isso, porque sei como se sente. Tenha certeza de que não
está só! Nada nem ninguém é 100% perfeito. Somos humanos, mas podemos
melhorar, sempre! Só não vale me usar como desculpa para reclamar amanhã.
Continue firme em seu propósito!
Logicamente, depois de reclamar, fui analisar o que aconteceu. E o mais
interessante desta experiência frustrada foi me conscientizar de que não
adianta criar expectativa sobre o outro. Vou falar mais sobre isso quando
chegarmos ao final deste capítulo. No final das contas, fiquei
superenvergonhada, pois tinha decidido embarcar nesta jornada para melhorar
ainda mais. Mas, assim como você, me agarrei na oportunidade de fazer meu
dia seguinte melhor! Por isso, te pergunto: quais são suas expectativas em
relação ao outro? Sugiro que pense sobre isso também. Pronto para seu quarto
dia?
Quarto dia, chegando ao final. Espero que minha história sobre ter
reclamado não tenha te motivado a fazer o mesmo! Tenho certeza que não,
pois no final essa história foi muito engraçada. Hoje, quando lembro a forma
como me comportei, me divirto. Isso prova o quanto mudei desde então e
como sei o quanto você já mudou até agora. E só estamos no começo!
Seja grato por aquilo que tem
Depois de ter reclamado naquele dia, achei melhor refletir sobre meu
comportamento. Lembro que meditei bastante. Tanto que percebi que, naquela
época, essa reclamação estava relacionada com o fato de eu querer ter uma
vida melhor, mesmo sendo muito, muito grata por tudo o que eu tinha. Isso
me fez concluir que a maioria de nós, muitas vezes, quer ter aquilo que não
tem. E você, como se sente em relação a isso? E sobre suas reclamações? Você
teve algum insight? Continue refletindo a respeito. E não se esqueça: amanhã
tem mais! Preparado para mais um dia?
Confesso que estou supercuriosa para saber o que você achou de seu
quinto dia. Cinco dias sem reclamar! Espero que você esteja tão entusiasmado,
tão orgulhoso de si a ponto de passar essa ideia adiante. Lembra-se daquilo
que Steven Parton disse sobre emoções positivas? Que elas contagiam quem
está à sua volta? Espero que seus amigos, parentes e colegas no trabalho já
tenham notado alguma diferença no seu comportamento. Como você se sente
agora?
Dias após o meu episódio de reclamação, seguido pela meditação intensa e
pelo insight sobre os motivos que me levaram a reclamar, pude perceber o
quanto amo minha vida e minhas escolhas. Consegui sentir, de verdade, o
quanto, naquele momento (e até hoje), era feliz e grata por ter uma saúde
perfeita, um trabalho que amo, amigos fiéis, uma família linda e unida, um
amor-amigo, animais queridos e amados, e uma série de outras coisas.
Compreendi que minhas escolhas me fizeram cocriar tudo o que me traz amor
e alegria. E assim as coisas permanecem.
Esse processo nunca para. Mas, quando você nota que está no caminho
certo, os problemas deixam de ser vistos como problemas e passam a ser
considerados desafios. Superar um desafio é sempre muito bom! Desafios
aprimoram nossa autoconfiança e nosso amor-próprio. Acho que você já
percebeu isso.
Por isso, acho interessante você se preparar para esta reta final da primeira
semana relendo tudo o que escreveu até agora. Sinta as principais mudanças.
Sei que agora você conquistou mais confiança para encarar mais um dia sem
reclamar. Está ficando cada vez mais fácil, não é mesmo?
“Pare de reclamar da vida e faça algo para mudar, mova-se, saia do canto,
ficar parado é para os acos, os fortes vão à luta.” (Bob Marley)
Bom, acho que nem preciso falar que esse é o último dia da 1ª semana da
Reprô e o quanto estou realmente feliz pela sua conquista. Lembrando que,
como disse lá no comecinho deste livro, essa jornada não termina por aqui. É
preciso trabalhar em você, sempre! Ficar uma semana sem reclamar é o
mesmo que ficar um mês de dieta. Depois de permanecer um bom tempo
evitando um alimento ou outro, não é vantagem nenhuma sair comendo tudo
o que aparece pela frente. O mesmo se aplica nesse caso. Precisamos manter o
equilíbrio, sempre!! Por isso, é importante aprender a lidar e respeitar nossos
altos e baixos... eles dizem muito a nosso respeito!
Durante esse processo, eu disse que sei o quanto é difícil ficar uma semana
sem reclamar. Afinal, passei pelo mesmo. O mais difícil, na realidade, é que
acabamos de fato enxergando tudo aquilo que pensamos, sentimos e falamos.
A partir desta percepção, pude concluir que existem pessoas que passam uma
vida inteira sem se dar ao menos a chance de se conhecer.
Você percebe isso quando faz perguntas básicas a outras pessoas, como
“onde você pretende estar daqui a 10 anos?”, e elas simplesmente não sabem o
que responder. São pessoas hipnotizadas pelos seus próprios problemas e
desejos, que se esquecem de viver o presente. E, com isso, passam-se semanas,
meses, anos, décadas. Confesso que já fui assim, nunca estava satisfeita, sempre
queria mais. Mas, felizmente, assim como você, me dei a oportunidade de
perceber o quanto tudo isso é bobagem.
Mudando a frequência
Quando comecei a agradecer por tudo aquilo que tinha e parei de reclamar
sobre o que me faltava, minha frequência mudou. Consegui enxergar os
motivos que me faziam reclamar e qual das minhas sombras me conduzia para
um estado menos elevado de vibração. Entendi que era preciso gostar da
minha vida do jeitinho que ela era naquele momento, pois eu a tinha criado.
Caso contrário, deveria parar e pensar muito bem antes de começar a criar uma
nova vida.
Parar e pensar na vida que você gostaria de ter, por sinal, é um exercício
muito interessante. Pense nisso por um instante. Agora te faço a seguinte
pergunta: será que você realmente gostaria de ter a mesma vida de um
determinado cantor, ator, ou mesmo a de um amigo próximo, por exemplo?
Será que é isso que você realmente quer?
Pergunto isso por experiência própria. Sempre gostei de viajar e meu
sonho era morar no exterior. E, de fato, consegui! Achei que tudo seria
maravilhoso, que conheceria vários lugares e viajaria sem parar. Quando
cheguei ao meu destino, depois de percorrer muitos outros, cheguei à
conclusão que não gostava tanto daquilo. Não era meu estilo de vida. Na
realidade, sou uma pessoa caseira, prefiro ficar mais quieta, na minha. Não
adianta querer ser algo que não sou. E não há nada de errado nisso.
Por isso é tão importante dedicarmos um tempo, um bom tempo eu diria,
para nos conhecermos. Muitas vezes, nos enganamos, achando que algo será
extremamente positivo. Porém, chega uma hora em que percebemos que
aquilo que a gente tem é exatamente o que precisamos. Tudo é uma questão de
escolha, de boas escolhas. Basta apenas ter a certeza daquilo que a gente quer.
Sugiro que medite muito sobre isso, pois não vale reclamar depois! A melhor
viagem que você pode fazer é para dentro de si mesmo! Nem sempre o que é
bom para os outros é bom para você! Essa conhecida frase nos faz refletir
sobre isso.
Tenha certeza daquilo que você quer antes de tomar novas decisões.
Quantas vezes a gente escolhe, escolhe e não se dá a chance de pensar direito
antes de fazer a escolha certa? Será que isso que você quer agora é mesmo
aquilo que você quer? Vejo muitas pessoas indo atrás daquilo que os outros
falam, se esquecendo que a resposta está dentro delas mesmas. Lembre-se que
tudo o que acontece em nosso meio externo é apenas uma ilusão. A verdade
sempre está dentro de nós. Pense com carinho sobre quem você realmente é e
sobre aquilo que você quer antes de dar o próximo passo em sua vida. Nosso
próximo passo agora é dar continuidade à Reprô, iniciando mais uma semana
de reflexão e autodescoberta!
Você já parou por alguns instantes para avaliar a qualidade dos programas
que passam diariamente na TV? Hoje muito se fala a respeito deste assunto.
Mas, mesmo em meio a tanta polêmica, os índices de audiência não refletem
nenhuma mudança nesse sentido. Caso você seja fã de televisão, a proposta
aqui não é julgá-lo, mas sim fazer você pensar sobre o quanto o conteúdo do
seu programa preferido ou o tempo em que permanece em frente à TV tem
contribuído para sua vida.
Para que você saiba exatamente onde quero chegar, antes de darmos início
a essa semana, peço para que você ligue sua TV, por pelo menos meia hora, e
assista a qualquer programa que esteja passando, de preferência sozinho. Preste
atenção a cada cena exibida e também ao seu conteúdo. Observe como se
sente assim que o programa acaba. Caso prefira, coloque no papel tudo aquilo
que sentiu, de que forma a informação recebida te beneficiou, ou não, e se ela
foi capaz de te transformar.
Não ache, com isso, que considero tudo o que passa na TV ruim ou
prejudicial. Porém, é importante ter uma visão real sobre as informações que
são transmitidas e como elas podem impactar na sua vida e em seu processo
de autoconsciência. Muitas vezes, aquilo que assistimos pode, aparentemente,
parecer uma grande bobagem. Nosso subconsciente, no entanto, não entende
da mesma forma. Os noticiários são um grande exemplo disso. A violência,
cada vez mais explícita, alimenta nossos medos e traumas. Por isso, é tão
importante filtrar aquilo que nos propomos a assistir.
Permanecer muito tempo em frente à TV foi, e continua sendo, tema de
várias pesquisas, aumentando mais e mais a lista dos diversos fatores que
justificam o quanto esse hábito pode ser prejudicial. Além do risco mais
elevado de obesidade, quem passa horas assistindo a um e outro programa tem
maior tendência ao isolamento e à manifestação de comportamentos
antissociais. Dados de uma pesquisa publicada no Journal of the American
Heart Association, por exemplo, revelam que quem assiste três horas ou mais
de TV por dia tem um risco duas vezes maior de morte nos oito anos
posteriores, em comparação com pessoas que assistem, no máximo, a uma
hora diariamente. Um bom motivo para mudar esse hábito, não é mesmo?
“A música expressa o que não pode ser colocado em palavras e o que não
pode permanecer em silêncio.” (Victor Hugo)
4) Fazendo uma análise das letras dessas músicas, hoje você percebe alguma
mudança na sua forma de interpretá-las e nos seus sentimentos antes e
agora. Quais foram essas mudanças?
5) Você ainda gosta dessas músicas? Transmite esse gosto musical para
filhos, sobrinhos, conhecidos? Como você se sente ao fazer isso?
6) Alguma coisa mudou no seu gosto musical desde então? Por quê?
“O melhor de tudo é o que penso e sinto, pelo menos posso escrever; senão,
me asfixiaria completamente.” (Anne Frank)
Mesmo que o processo seja doloroso – lembrando que nem todos tivemos
uma infância/adolescência feliz –, respeite sua dor e reconheça que ela
também contribuiu para que você se tornasse quem é. Encare-a, não a deixe de
lado nesse momento! Essa é oportunidade para você se livrar definitivamente
de suas dores e de impedir que, futuramente, elas se manifestem sob a forma
de doenças.
“Nenhum escr or pode criar do nada. Mesmo quando ele não sabe, está
usando experiê\ncias vividas, lidas ou ouvidas, e até mesmo pressen das por
uma espécie de sexto sen do.” (Érico Veríssimo)
Monte várias listas como essa! Elas, com certeza, irão te ajudar a relembrar
momentos marcantes e a dar o pontapé inicial desta terceira semana. Você
pode listar os acontecimentos da forma que quiser, até com desenhos se achar
melhor. Mas, não se esqueça que ao contar cada um deles em detalhes é
necessário escrever na terceira pessoa. Usando meu caso como exemplo:
“Patrícia era uma criança distraída, que gostava de brincar sozinha. Ela tinha
amigos imaginários e não era muito comunicativa...”.
Escrever na terceira pessoa possibilita que a gente se conheça melhor.
Afinal, estamos aqui com o propósito de evoluir, apenas isso. E para continuar
evoluindo, devemos, vira e mexe (acredito sempre), nos autoanalisar, avaliar o
que podemos melhorar, mudar e transformar em nós mesmos. Isso deve ser
visto de forma natural, assim como escovar os dentes.
As oportunidades e os obstáculos estão presentes em nossas vidas, o
tempo todo. Encarar cada um desses momentos com naturalidade e alegria é
um desafio necessário. Existem milhares de crenças que nos impedem de ver a
vida desta forma, por isso as reflexões que você fará essa semana são tão
importantes. Aproveite para se tornar o seu próprio observador. Isso também
faz com que você observe melhor a qualidade de seus pensamentos e
sentimentos!
Assim como as músicas da infância e adolescência, sei que a maioria tem
histórias tristes para relembrar. Na realidade, quem não as tem? E, neste caso,
não existe comparação. Cada um tem sua dor, uns a sentem mais, outros
menos. Não devemos julgar a nossa e muito menos a dor do outro. Mas, como
disse anteriormente, devemos respirar fundo e encarar nossas dores. Cada vez
que manifestamos um sentimento ruim diante de qualquer coisa que
desejamos, sabemos qual será o resultado. Sei que você tem coragem para
deixar suas dores pessoais para trás. Dê a você mesmo a chance de superá-las.
No item 3 das dicas para escrever melhor sobre si mesmo, pedi para que
você não se preocupasse com as regras gramaticais e que, se caso quisesse
compartilhar com alguém suas memórias, que se dedicasse a isso depois. Além
da preocupação ortográfica, escrever com a intenção de compartilhar sua
história com um amigo ou familiar logo de cara pode te travar na hora de
escrever. O medo de ser julgado atrapalha, impedindo que você seja sincero
consigo mesmo. Caso mais tarde você perceba que sua vida realmente rende
um livro, que bom, siga em frente! Mas peço que agora passe por essa
experiência sozinho.
A partir do momento em que você se conhece melhor, em que ganha mais
autoconfiança, é possível sim compartilhar suas memórias. Essa iniciativa aliás
é bem interessante, pois nos permite avaliar se a forma como nos vemos é a
mesma forma com que os outros nos veem. Nem sempre as pessoas com
quem você se relaciona têm a mesma percepção que você tem a seu respeito.
Normalmente, amigos e familiares têm uma visão muito mais positiva e
realista de nós. Quando terminar a Reprô, avalie se você está pronto para essa
troca – sei que estará! – e como ela vai te beneficiar.
Creio que eu não tenha contado que quando decidi montar a Reprô e
escolher os exercícios que iriam compor essas seis semanas, recebi o auxílio e a
orientação do Prof. Hélio Couto, a quem carinhosamente chamo de Mestrão.
Durante nossas reuniões, perguntava a ele o que achava sobre determinado
tema e relatava alguns resultados que eu tinha obtido com cada um deles. Sem
perceber, estava compartilhando a minha visão a respeito de mim mesma com
outra pessoa de minha total confiança.
Curando a criança interior
Esses exercícios, na realidade, não surgiram por acaso, nem mesmo depois
destas reuniões. Eles são resultado de práticas que resolvi vivenciar depois de
estudar sobre Programação Neurolinguística (PNL). Caso você já tenha
ouvido falar, mas ainda não sabe direito o significado, a PNL é uma técnica
que permite reprogramar nossa estrutura interna, com a finalidade de atingir
nossos objetivos. Meu interesse pelo assunto surgiu quando tinha 15 anos de
idade. Mesmo novinha, compreendi que esse era o primeiro passo de uma
extensa jornada. Foi a PNL, sem dúvida, um dos caminhos que me levaram à
Mecânica Quântica.
Compreender ainda mais como o cérebro funcionava, na prática, me
motivou a fazer esse laboratório interno. Já perdi as contas de quantas vezes
escrevi sobre minha história antes de chegar até aqui. Nesse caso,
particularmente, eu queria curar a minha criança interior. Escrever na terceira
pessoa foi a forma que achei para conseguir isso. Lembro que a primeira vez
que pratiquei esse exercício, encontrei uma criança solitária, injustiçada e triste.
Hoje, quando olho para essa mesma criança, vejo uma menina forte, com
coragem para enfrentar seus medos, que não gosta de permanecer na zona de
conforto e está sempre interessada em aprender coisas novas.
Perceba o quanto minha criança interior mudou desde então. Ela está
praticamente curada! Para curar realmente a nossa criança interior precisamos
perdoar não apenas a nós mesmos por termos abandonado nossa essência
para nos adaptar às expectativas da sociedade, mas também nossos pais, avós e
ancestrais. O exercício do perdão, necessário para que possamos evoluir de
fato, pode ser praticado de várias formas. Escrever nossa própria história é
uma delas.
“Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora
daqui?”
“Depende bastante de para onde quer ir”, respondeu o Gato.
“Não me importa muito para onde”, disse Alice.
“Então não importa que caminho tome”, disse o Gato.
Você já parou para pensar para onde que ir? Caso sim, acredito que a Reprô
irá te ajudar a colocar seu plano em ação. Sugiro que durante essa semana você
reveja cada ponto e, se sentir necessidade, faça os ajustes necessários. Caso
não, essa é a oportunidade de começar a desenhar seu futuro.
Antes de começarmos, é interessante mencionar que a capacidade do
cérebro de planejar o futuro também é tema de vários estudos. Atualmente, o
interesse sobre o assunto é grande, mas confesso que dados de artigos
publicados na década de 1980 me chamaram a atenção.
“Cada sonho que você deixa pra trás, é um pedaço do seu futuro que deixa
de exis r.” (Steve Jobs)
Intitulado “Memory of the future”: an essay on the temporal organization of conscious
awareness (algo como “Memória do futuro”: um ensaio sobre a organização temporal da
consciência), o texto do pesquisador David Ingvar destaca que regiões do córtex
pré-frontal do cérebro são responsáveis pelo planejamento, pela previsão e
programação de nossas ações mais complexas, entre elas as “memórias do
futuro”. O neurocientista Endel Tulving, por sua vez, defende que a memória
episódica – conhecida como um sistema de memória que armazena
lembranças de experiências pessoais – permite que os indivíduos se envolvam
em “viagens mentais no tempo”, tanto no passado quanto no futuro, sendo
essa capacidade exclusivamente humana.
Especialistas sobre o tema afirmam que uma vida planejada nos oferece
orientação, controle, paz, paixão, capacitação e liberdade. Complemento essa
lista dizendo que a Causação Descendente é o mapa que nos leva em direção
ao nosso verdadeiro propósito de vida. Esse mapa está disponível dentro de
cada um nós. Essa semana, certamente, irá te ajudar a descobri-lo!
Vamos dar início ao processo fazendo aquele aquecimento já conhecido.
Nesse caso, acho importante escrever algumas linhas sobre como está sua vida
neste exato momento. Peço que use o espaço abaixo para fazer um pequeno
resumo sobre sua vida pessoal, profissional, financeira,
emocional/relacionamentos, espiritual e também sobre sua saúde:
Mudança de energia
Simples, mas muito eficaz, o Ho’oponopono é um dos melhores métodos
de autoconsciência que tive a oportunidade de conhecer (e olha que conheço
muitos!). A mudança de energia que ele gera é incrível! Antes de começarmos,
acho interessante destacar algumas frases publicadas no livro que conta a
origem da técnica – Limite Zero4 – que, aliás, super-recomendo a leitura:
“Use a gra dão como um manto. E esta irá alimentar cada canto da sua
vida.” (Rumi)
“Quando seu coração está pleno de gra dão, qualquer porta aparentemente
fechada pode ser uma abertura para uma bênção maior.” (Osho)
Perdoar é preciso
Somente o amor é capaz de exterminar qualquer tipo de mágoa, ódio ou
raiva. Tive a oportunidade de presenciar a relação de duas pessoas que não se
gostavam de verdade. A partir do momento em que uma delas decidiu emanar
amor, tudo mudou. Saiba que o fato de perdoar não nos obriga a conviver 24
horas com o outro. Devemos perdoar para conseguir simplesmente viver em
harmonia.
Uma das maiores conclusões que cheguei depois de ler Limite Zero é que
tenho 100% de responsabilidade sobre tudo aquilo que acontece comigo. Pode
parecer muito estranho no começo, mas se uma pessoa chega ao nosso lado e
reclama, por exemplo, que está com dor de cabeça, o Dr. Len diz que
precisamos primeiro curar o que há de errado em nós que, nesse caso,
provocou a dor de cabeça no outro, pois somente assim a pessoa pode curar o
que há de errado nela. Isso tem tudo a ver com o fato de sermos um fluxo de
energia (um somos nós) e com o impacto provocado pelos nossos
pensamentos (bons e ruins) no coletivo.
Precisamos ter consciência que nossa sombra individual (medos, traumas,
preconceitos), somada à sombra dos outros, resulta em uma sombra coletiva.
Somente nos curando internamente, portanto, podemos promover a cura
externa. Note o quanto cada um de nós é importante para o Universo e o que
nossos pensamentos e sentimentos podem gerar!
Outra parte interessante do livro (prometo que não darei mais nenhum
spoiler!), é quando Joe Vitale leva o Dr. Len a um local em que ele dará uma
palestra. Chegando lá, ele pede para ficar sozinho um instante. Quando Vitale
volta, o Dr. Len diz que Sheila, nome que deu à sala, está em sofrimento e que
precisa purificá-la. Sei que, assim como Joe Vitale, você achou tudo isso uma
loucura! Mas, pensando melhor a atitude do Dr. Len tem sentido.
Pare um minuto e pense em quantos espaços que você frequenta podem
estar em sofrimento neste exato momento. Muitas vezes, discutimos em casa,
no trabalho, dentro do carro. Isso muda a frequência de qualquer ambiente.
Lembre-se daqueles lugares em que você chega e de cara sente um clima
pesado. Dá uma vontade imensa de ir embora na mesma hora, não dá?
Peço durante essa semana que você também pratique o Ho’oponopono
para aqueles lugares que você normalmente fica e que precisam melhorar a
vibração. Sinta as mudanças! Tudo é energia. Você pode transformar qualquer
ambiente. Por isso, aproveite para fazer o Ho’oponopono para nossa Terra.
Vamos reunir nossas melhores intenções para elevar a frequência do planeta!
Como você pode perceber, praticar o Ho’oponopono não exige que você
coloque seus sentimentos no papel. Mas, vou reservar o espaço abaixo para
reflexão. Escreva 10 motivos para agradecer e 10 situações que você acha que
precisa perdoar em sua vida. Leia sua lista de agradecimentos durante essa
semana da Reprô, acrescente quantos itens quiser.
Sua lista do perdão não precisa ser trabalhada nos próximos dias, caso não
queira. A intenção agora é que você tenha consciência sobre outras pessoas e
acontecimentos que, futuramente, merecerão o seu perdão. Faça isso de
acordo com seu tempo. Use o Ho’oponopono para promover sua cura!
2
Watkins P et al. Gratitude and happiness: Development of a measure of gratitude, and relationships
with subjective well-being. Social Behavior and Personality And International Journal, 2003; 31(5):431-451.
3
Wood AM et al. Gratitude and well-being: A review and theoretical integration. Clinical Psychology Review,
2010; 30, 890-905.
4
Vitale, J; Hew Len, I. Limite Zero: O sistema havaiano secreto para prosperidade, saúde, paz, e mais
ainda. 1ª ed. Ed. Rocco, 2009.
Ouçam a Reprô Online na plataforma Vivências e Cursos Iniciáticos! Lá na plataforma, você
pode conhecer as demais Reprôs e ouvir quando e onde quiser!
Acesse o site: www.vivenciascursosiniciaticos.com.br
“Tudo aquilo que não en entamos em vida acaba se tornando o nosso
des no.” (Carl Jung)
Foram cinco semanas intensas antes de chegarmos até aqui. Mas, o fato de
ser a última não significa que a sexta semana da Reprô será mais leve. Por
motivos pessoais, considero essa a mais desafiadora. O que vale agora é estar
pronto para superar aquele velho trauma de uma vez por todas.
A proposta dessa semana é voltar no tempo, encarar seus traumas, reviver
cada sentimento e dessensibilizar. Nossa, falando assim parece tão simples! Sei
que nem sempre nos sentimos confortáveis para relembrar situações que nos
causaram algum tipo de dor. Quem dirá sentir tudo novamente!
Assim como os anteriores, esse exercício não está aqui por acaso. Ele
funciona de verdade. Você irá se libertar da raiva, mágoa e tristeza para que sua
vida ganhe outro significado. Se por um lado, encarar traumas do passado
pode ser complicado, por outro você terá a oportunidade de sentir o quanto
está evoluindo mentalmente, emocionalmente e espiritualmente.
Sei que minha postura, logo no início, não foi muito motivadora. Mas, isso
é porque, assim como você, encarei cada desafio e busquei superar as
dificuldades. Para mim, nenhum exercício da Reprô foi fácil. Principalmente
esse. Precisei enfrentar minhas próprias resistências para deixar meus traumas
para trás. E consegui. Espero que você também tenha coragem para reviver
esses momentos. Fique tranquilo sobre sua decisão.
Vamos começar essa semana fazendo uma pergunta. Para você, o que é
trauma? Especialistas definem trauma como “experiências que, geralmente,
correspondem a uma ameaça à vida ou à segurança”. Qualquer situação que
faz com que uma pessoa se sinta sobrecarregada e isolada também pode
resultar em trauma. Vários motivos podem nos traumatizar: acidente,
violência, bullying, morte e até o fim de um relacionamento.
Em suas postagens, o Prof. Arthur Mendes, da Escola de Psicanálise
Estrutural Arthur Mendes (EPE), publicou algo bem interessante: “os traumas
ocorrem em nossas vidas diariamente”.
Se pararmos para refletir, quantos pequenos traumas enfrentamos todos os
dias? Aquele chefe que nos desmoraliza na frente dos outros, aquela pessoa
que fala algo que não gostamos, mas somos obrigados a fingir que não
ouvimos... Enfim, são inúmeras situações que só podem ser superadas por
quem está muito bem consigo mesmo!
Antes de superar os traumas do passado, você pode analisar os pequenos
traumas que enfrenta no seu dia a dia. Perceba como reage a eles. Use o espaço
abaixo para fazer uma lista daquelas coisas que te incomodam de verdade:
“Contra traumas e ustrações que a vida nos impõe, o melhor remédio é uma
alma controlada por um grande sonho.” (Augusto Cury)
Se você listou um, 10 ou 20 não faz diferença! Pegue as cinco atitudes dos
outros ou situações do dia a dia que mais te incomodam e escreva-as abaixo.
Pense o que você pode fazer ou como deve se comportar para reverter cada
uma delas:
“Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspe ar dos
traumas, das quedas, dos medos, dos choros.” (Caio Fernando Abreu)
Espero que, com isso, você agora esteja mais consciente sobre os impactos
de um trauma não resolvido em nossas vidas. Muitas vezes, esses pequenos
traumas diários podem de alguma forma ter relação com um trauma maior.
Pense nisso! Pois, por mais que a gente evite, não adianta. Uma hora ou outra,
a vida nos coloca diante dessas situações para que possamos resolvê-las de
uma vez por todas. Resistir só gera ansiedade, depressão, estresse...
Voltando à sua lista de pequenos traumas diários, peço que agora você se
faça a seguinte pergunta: como me sinto diante dessas situações? Trabalhar
nossos traumas permite enxergar coisas a nosso respeito que jamais nos
demos conta antes. Durante esse processo é normal sentir culpa, vergonha,
medo, aqueles sentimentos que buscamos evitar. Esteja pronto para aceitá-los
e aceitar quem você realmente é!
Faça isso com seus pequenos traumas diários primeiro. Sei que “por que
não disse (ou fiz) isso naquela hora???” vai surgir na sua mente. Aproveite esse
momento para se perdoar ou perdoar aquela pessoa que causou esse pequeno
trauma em sua vida!
“Deixe suas esperanças, e não seus ferimentos, moldarem seu futuro.” (Robert
Schuller)
Pat Poll (Patrícia Di Pollone) nasceu em São Paulo, onde viveu a infância e
parte da adolescência.
Aos 8 anos vivenciou a síndrome do pânico de sua mãe.
Desde 15 anos identificava a tristeza como um sentimento frequente.
Aos 24 anos mudou-se para Austrália, onde viveu durante um ano e meio.
Nesse período os sentimentos se intensificaram e quando retornou ao Brasil
obteve o diagnóstico de depressão.
Mais tarde mudou-se para Ilhabela (SP), onde ficou por seis anos. Lá
iniciou seu processo de despertar, aprofundando-se em estudos sobre
Mecânica Quântica e Espiritualidade.
Estudiosa, curiosa, questionadora por natureza, transformou seus desafios
em oportunidades.
Pat é comunicadora, CEO da agência de Marketing Digital P@t Estúdio e
hipnoterapeuta.
Tem a arte no sangue e a natureza na alma.
Devido ao seu amor verdadeiro pelo meio ambiente, é ativista de causas
ambientais.