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MATRIZES DE
EXTRUSÃO
MATRIZES DE EXTRUSÃO
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SUMÁRIO
1 MATRIZES DE EXTRUSÃO .......................................................................... 4
1.1 INCHAMENTO DO EXTRUDADO ................................................................. 5
1.2 MATRIZ DE EXTRUSÃO DE PERFIS ........................................................... 7
1.3 MATRIZ MÚLTIPLAS SAÍDAS....................................................................... 8
1.4 MATRIZ PARA EXTRUSÃO DE FILME TUBULAR ....................................... 9
1.4.1 Matriz espiral .............................................................................................. 13
1.4.2 Matriz rotativa............................................................................................. 14
1.5 MATRIZ PLANA ........................................................................................... 15
1.6 MATRIZ PARA RECOBRIMENTO DE FIOS E CABOS .............................. 20
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1 MATRIZES DE EXTRUSÃO
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O modelo do fluxo dentro da matriz é extremamente importante. Durante o fluxo
não pode haver estagnação, que pode causar pontos mortos ao longo do percurso e
degradação do material. Um fluxo livre do material causará menos estresse no
material plastificado, que levaria a deformações indesejadas e defeitos no produto
final.
As formas das matrizes são tão variadas quão variadas são as partes a serem
moldadas. Em todas as matrizes, contudo, algumas considerações são constate. As
matrizes são geralmente feitas de aço e podem ser cromadas para obter uma
superfície mais macia e resistente a corrosão.
Para curtos períodos, aço carbono não revestido podem ser usados, mas estes
são rapidamente desgastados e as tolerâncias não são mantidas para longos períodos
de extrusão.
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Figura 2: Inchamento do extrudado.
Fonte: Adaptado de MANRICH (2013).
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Como as paredes estão mais frias, o polímero é esfriado perto dessa parede e
a maior parte da deformação elástica dessa região, onde a taxa de cisalhamento
sempre é maior, somente se recuperará fora da matriz.
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a) Linhas radiais retas. 1 - Corpo principal da matriz de extrusão.
b) Pernas de aranha radiais helicoidais. 2 - Torpedo do mandril da matriz de extrusão.
c) Pernas de aranha em forma. 3 - Canal divisor.
d) Pernas de aranha radiais em arco. 4 - Pernas de aranha.
Figura A: Anel divisor integrado com um Figura B: Anel divisor com pernas de aranha
torpedo. retas radiais.
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usada não apenas para perfis de seções transversais simples, mas também para
perfis de seções transversais muito complicadas.
1 – Canal de entrada.
2 – Canal de distribuição.
3 – Matrizes de extrusão.
4 – Mandril de extrusão.
5 – Placas planas.
A matriz para filmes tubulares é composta por uma parte fêmea e uma parte
macho em forma circular que se movem através de parafusos para uma centralização
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entre as partes. Esta centralização vai garantir a uniformidade na espessura do filme.
Também, possui em seu centro um furo que serve para inflar o balão (entrada do ar
interno) até a largura em que se desejamos produzir o filme tubular. Ou seja, há uma
relação entre o diâmetro da matriz e a largura do filme a ser produzido.
O projeto de uma matriz de extrusão deve garantir que linhas de emenda sejam
quase que imperceptíveis na superfície do filme, as quais não são permitidas devido
à pequena espessura do filme. Dependendo da espessura do filme, a largura do lábio
da matriz se situa na faixa de 0,6 mm (para filme fino) a 1,6 mm (para filme grosso). A
largura do lábio é muitas vezes maior que a espessura do filme produzido.
Filmes tubulares, diferentemente dos filmes planos, possuem uma simetria
radial e para que isso ocorra, deve existir uma ferramenta central chamada mandril,
para separar o fluxo para que o filme saia em forma de anel. Existem diferenças na
forma de manter o mandril em sua posição e este detalhe é que diferenciará os tipos
de matrizes para filme tubular. Os tipos mais comuns são a matriz com mandril fixado
por cruzetas, mandril suportado por cilindro perfurado e mandril fixado diretamente na
base do corpo.
As matrizes com mandril fixado por cruzetas, também chamada de pernas
de aranha, possuem a fixação do mandril pela parte externa. O vão entre o corpo e o
mandril é o canal por onde o polímero flui. Ao passar pela cruzeta ocorre a separação
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e posterior junção do material, o que ocasiona linhas de solda que poderá deixar linhas
de solda aparentes, diminuindo propriedades mecânicas e visuais. Pode-se adicionar
às cruzetas uma placa perfurada forçando o polímero a passar por inúmeros furos,
aumentado o cisalhamento do material e melhorando a qualidade das linhas de solda.
a – Corpo da matriz.
b – Mandril.
c – Cruzeta tipo pernas de aranha.
d – Cruzeta tipo placa perfurada.
e – Lábios reguladores.
Figura 10: Representação de uma matriz anelar tipo mandril suportado por cruzeta.
Fonte: Adaptado de MANRICH (2013).
a – Corpo da matriz.
b – Mandril.
c – Cilindro perfurado fixado na matriz.
d – Lábios reguladores de espessura.
e – Sistema centralizador.
Figura 11: Representação de uma matriz anelar tipo mandril suportado por cilindro perfurado.
Fonte: Adaptado de MANRICH (2013).
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O mandril fixado diretamente na base do corpo é um sistema de matriz no
qual a alimentação é feita pela lateral do corpo da matriz e não mais por baixo, como
nos casos anteriores. Com a alimentação pela lateral a uma única linha de solda, no
lado oposto à entrada do material, que se não for bem controlada, resulta em baixa
qualidade do produto final.
a – Corpo da matriz.
b – Mandril fixo no corpo.
c – Alimentação lateral.
d – Lábios reguladores de espessura.
e – Região da linha de solda.
Figura 12: Representação de uma matriz anelar com mandril fixado diretamente na base.
Fonte: Adaptado de MANRICH (2013).
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1.4.1 Matriz espiral
A matriz de extrusão em espiral é usada para tubos de diâmetros de até 3000
mm. Neste tipo de matriz, a frente de fluxo do material plastificado é dividida em vários
fluxos por meio de um mandril em forma de estrela ou um mandril em forma de espiral.
Linhas de solda normalmente causam defeitos no produto final. Para diminuir
ou até mesmo eliminar essas linhas são projetados canais em forma de espirais pois
estes aumentam o caminho médio percorrido e induzem a um fluxo multidirecional do
polímero, até que atinja os lábios da matriz.
Esses espirais podem dar menos ou mais que uma volta no mandril,
dependendo da altura deste ou do corpo da matriz.
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Figura 16: Representação de uma matriz com mandril suportado por cruzeta e contendo canais
espirados.
Fonte: Adaptado de MANRICH (2013).
a – c) Mandril em forma de
estrela;
b – d) Uma parte do mandril da
matriz de extrusão.
Para que uma matriz com espirais funcione corretamente, devem existir lábios
após o mandril, para corrigir a flutuação na vazão causada pelos canais.
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1 – Adaptador da matriz de extrusão.
2 – Corpo principal.
3 – Rolamento de esferas.
4 – Anel de distância.
5 – Montagem de rolamentos.
6 – Canal de entrada.
7 – Canal de distribuição.
8 – Mandril.
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Figura 19: Seções típicas de uma matriz plana.
Fonte: SENAI (2011).
1 – Entrada de material;
2 – Canal de alimentação;
3 – Estrangulador ou restritor;
4 – Câmara de relaxação;
5 – Lábios.
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Os diferentes tipos de matrizes planas são distinguidos pelo tipo/formato do
estrangulador. Quando o restritor tem formato triangular com lados retos (do centro
para as bordas da matriz) a matriz recebe o nome de “cauda de peixe”.
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cisalhantes, tendo tempo para relaxar aquelas tensões geradas durante o fluxo
forçado, ocorrido na seção de estrangulamento.
A relaxação de tensões faz com que as moléculas recuperem a deformação
elástica recuperável, desorientando parcialmente e uniformizando o estado geral de
equilíbrio termodinâmico ao longo de toda a largura da matriz. Os níveis de tensão a
serem relaxados na câmara dependem do tipo de polímero em processo, da
temperatura e vazão a que o mesmo é submetido, além da geometria das seções de
alimentação e restrição.
O lábio é a seção final da matriz. A função dos lábios é ajustar a espessura do
filme. Quando a matriz possui um sistema de lábios ajustáveis, é possível corrigir
algumas perturbações na variação da geometria do filme.
O ajuste dos lábios é permissível quando a matriz é construída, nessa região,
com partes móveis e com reguladores independentes, por exemplo, a cada 10 cm de
largura é possível aumentar ou diminuir a espessura do lábio naquele local, alterando,
consequentemente, a espessura do filme que passa por ali.
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Figura 25: Chapa sendo puxada sem o distanciador.
Fonte: Adaptado de MANRICH (2013).
Neste caso (Figura 25), ocorre a alteração da dimensão do filme após este sair
da matriz, tanto na direção transversal quanto na espessura, devido ao puxamento
pelos rolos. Como nas bordas há uma maior concentração de massa, o distanciador
ajuda a controlar o formato e a qualidade da borda. Em cada extremidade dos lábios
é colocado um distanciador.
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Figura 27: Distanciador
Fonte: Adaptado de SIKORA (2008).
Fios e cabos elétricos, bem como perfis metálicos, podem ser recobertos com
polímeros pelo processo de extrusão contínua. Recobrimento de tecido ou materiais
conjugados, onde uma das camadas é um polímero termoplástico, também podem
ser produzidos por extrusão contínua.
O processo de recobrimento de cabos é feito com uma matriz de extrusão
transversal ou angular. Neste processo, o mandril é substituído por um guia para o
perfil a ser recoberto. Dentro desta guia existe um orifício onde o perfil, muitas vezes
pré aquecido, é introduzido.
1 e 5 – Matriz de extrusão.
2 – Guia do perfil.
3 – Canal de entrada.
4 – Canal de distribuição.
6 – Canal auxiliar.
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Desta forma, o fio fica centralizado na matriz por estar em posição fixa a partir
de sua origem dentro dela e por ser puxado pelos puxadores em uma posição também
fixada, sendo que com isso, ele fica estirado e o polímero recobre este com espessura
uniforme na forma de anel.
O fio fica continuamente passando pela matriz, e ao sair, carrega uma camada
de polímero com espessura controlada. Depois de recoberto, ele pode passar por um
sistema de calibração e, em alguns casos, o resfriamento é feito antes do sistema de
puxamento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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