Linguagem Jurídica
Linguagem Jurídica
Linguagem Jurídica
I- CONSIDERAÇÕES INICIAIS
II- INTRODUÇÃO
III- A LÍNGUA NOSSA DE CADA DIA
1- Ortografia e Ortoepia
2- Sintaxe de Regência
3- Questões de Crase
4- Sintaxe de Colocação dos Pronomes
Oblíquos átonos
5- Questões de Concordâncias Verbal e nominal:
A- Concordância Verbal
B- Concordância Nominal
6- Especificamente, o uso do “SE”
7- Locuções e Expressões: seus usos
A- através de
B- Em vez de/ao invés de
C- Face a
D- Senão/ se não
E- Em função de
F- No sentido de
G- Sendo que
H- Cerca de
I -Enquanto que
J- Embora seguido de gerúndio e após seguido de particípio
K- A nível de
L- Junto a/ Junto com
8- Questões sobre o uso do Pronome Relativo:
A- Onde
B- Cujo(s), Cuja(s)
9- Verbos que não admitem a construção
—verbo seguido de “que”
10-Pleonasmo ou formas redundantes
11- Questões de uso de determinadas palavras:
A- sequer
B- inclusive
C- eis que
D- contendo
2
12- Questões de Pontuação- Vírgula
13- As Conjunções coordenativas E/MAS segui-
das de “que”:
A- e que
B- mas que
14- Abreviações
15- Impropriedades e Inadequações:
A- Há/a
B- Escutar/Ouvir; Falar/Dizer
C- Propositadamente/Propositalmente
D- Ir ao encontro (de) Ir de encontro (a)
E- Descriminação/Discriminação
16- Palavra “bonde”
17- Queísmo
18- Questões sobre uso de tempos verbais
IV-A ESCRITA E A ARGUMENTAÇÃO
I- A PERSUASÃO NA LINGUAGEM
II- HÁ FÓRMULAS PARA ORDENAR AS IDÉIAS?
III- MENSAGEM FINAL
V- BIBLIOGRAFIA
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
“A realidade nua e crua é que, malgrado o número ponderável de estudos gramaticais,
não sabemos efetivamente o que é e como é a língua portuguesa, sobretudo no Brasil, e
assistimos estarrecidos ao divórcio crescente entre as norma gramatical canônica e a
criação literária viva”
Antônio Houaiss
II INTRODUÇÃO
“...conduzir por ordem os meus pensa-
mentos, começando pelos mais simples
e mais fáceis de conhecer, para subir,
pouco a pouco, como por degraus...
Descartes.
1
Bechara, Evanildo - Ensino da Gramática. Opressão? Liberdade? Ed. Ática - 3º Edição - p. 12
2
Bechara, Evanildo - op. cit. pp. 12/13
3
Baccega, Maria Aparecida - Concordância Verbal - Ed. Ática - 1986 - p. 14
4
Basílio, Margarida - in Teoria Lexical - Ed. Ática - 1987 -
5
Ilari Rodolfo e Geraldi, J. W - in Semântica - Ed. Ática - 1985
6
“Em nossa sociedade, o papel da língua escrita acentua a tendência
formalizante.(...) o valor do bem escrever é importante em muitos
setores da sociedade, sendo estigmatizante, portanto, o não-domínio da
língua escrita formal.”
Maria: devo ir ao Rio amanhã sem falta. Quero que você me rezerve, um lugar, à noite, no
trem das 8 para o Rio. 6
6
Blikstein, Izidoro - in Técnicas de Comunicaçào Escrita - Ed. Ática - 5º Ediição - 1987 - pp.5 e ss.
7
— Não, seu gerente, não está claro! O senhor está completamente enganado! Não foi nada
disso que o senhor escreveu! Não acredita? Pois veja aqui o bilhete! Veja o que o
senhor escreveu aí! Leia, por favor! Olhe aqui: o senhor me pede para reservar ... —
reservar é com s, o senhor sabe, né? — Então, continuando: o senhor me pede para
reservar um lugar, à noite... — olhe aqui, seu gerente, veja bem, o senhor até
sublinhou as palavras reserva e à noite, certo? — Bom, continuando: o senhor me
pede, aqui no bilhete, para reservar, à noite, um lugar no trem das 8 para o Rio, tá?
E como o senhor deveria viajar no dia seguinte, então eu fiz exatamente, veja bem,
exatamente o que o senhor mandou: fui à estação, à noite, e pedi uma reserva,
para o dia seguinte, no trem das 8 da manhã para o Rio. Era só o senhor chegar
hoje lá, na estação, um pouquinho antes das 8, comprar a passagem, entrar no trem,
pegar o seu lugarzinho bem gostoso, no meio do vagão, ao lado da janela e... pronto!
Fechava os olhos, dava uma boa cochilada e... de repente... o senhor acordava de
cara para aquela lindeza de paisagem, o Corcovado, as praias... ai, aquilo é bom
demais!
1- ORTOGRAFIA E ORTOEPIA
7
Coutinho, Ismael de Lima - Gramática Histórica - Livr. Acadêmica - 6º edição - p.p. 71 e ss.
10
aspecto fonético da língua falada além-Atlântico, mas já não acontecia o mesmo com
o português do Brasil”.
8
Vasconcelos, Carolina Michaëlis de - in Lições de Filologia Portuguesa - Liv. Martins Fontes Ed. Lt.
11
computador substituiu a máquina de escrever. No mercado de informática, existem
programas excelentes de editoria de texto. E quase todos trazem corretor
ortográfico, que facilita sobremaneira a vida de quem escreve. Um viva à
tecnologia moderna!
Ainda assim encontramos palavras grafadas incorretamente
em textos de cunho jurídico.
Verifiquemos:
1- “... o que se tornara verdadeira obseção para a ré...” ( Alegações Finais
em um Processo Penal, JP X M.N. de P.);
2- “...A Requerida solicita a Vossa Excelência que mande intimar o sr. P.M.
de A., também interessado na ação, que nem siquer atendeu ao Oficial de
Justiça quando este esteve em sua casa...” ( Ação de Usucapião - J.A.A X
Vários herdeiros);
9
Fernandes, Francisco - Dicionário de Verbos e Regimes - 16º edição - Ed. Globo - RJ - 1957 - pp. 26/27
13
passiva. No entanto, é bastante comum lermos ou ouvirmos: A mãe é obedecida por
ela. E é de tamanha incidência esse uso que a forma passiva se torna normal
para qualquer usuário da língua. Contudo, há explicação, que mais adiante
enfocaremos.
Como esse escorço não objetiva esgotar nenhum assunto,
comentaremos alguns exemplos apenas.
10
Chediak, Antônio - in Análise Sintática - Ed. Org. Simões - RJ - 1955 -
16
Mas, nunca na passiva pronominal. As formas obedeça-se e
perdoe-se, se fossem usadas com agente apagado, sugeririam, sem dúvida,
ação reflexiva.
3- QUESTÕES DE CRASE
Examinemos agora:
Observem:
11
Jr. J. Matoso Câmara - in Dicionário de Lingüística e Gramática - Livr. Ed. Padrão - 1979 ( ênclise)
20
“...Conforme a natureza do exame a ser feito, freqüentemente a autoridade se
defrontará com situações em que não pode prescindir da colaboração de
técnico.” (Curso Básico de Medicina Legal- Malheiros Editores- 6º edição -
p.31)
“... e a testemunha garantiu que viu o réu o ter ferido ( ou tê-lo ferido) na
perna...”;
24
Observem:
ALGUNS LEMBRETES:
A- CONCORDÂNCIA VERBAL
12
Baccega, Maria Aparecida - op. cit. p. 9 e ss.
27
mas,
mas,.
13
Terra, Ernani - in Curso Prático de Gramática - Ed. Scipione - 1991
30
Tal qual o verbo “haver”, o verbo “fazer” transmite sua
impessoalidade para o auxiliar:
e- PRONOME DE TRATAMENTO:
f- A PREPOSIÇÃO E O SUJEITO
Gravemos, pois:
B- CONCORDÂNCIA NOMINAL
Exemplifiquemos:
1- exordial e réplica são núcleos do sujeito composto; foi ( que deveria estar
flexionado no plural —foram) é verbo de ligação e farta e rica formam um
predicativo do sujeito. Logo, deveriam estar estas palavras no plural (fartas e
ricas) concordando com “exordial/réplica”, núcleos de sujeito composto.
2- QUITE: é variável. Dessa forma: “Eles estão quites com a Justiça” / “Ele
está quite com a Justiça”. Concordância, pois, normal;
3- BASTANTE: pode ser adjetivo ou advérbio. Tal qual “meio”, como adjetivo é
variável, como advérbio, não. O adjetivo acompanha sempre o substantivo, ao
passo que, para ser advérbio, deverá estar acompanhando um adjetivo, um
verbo ou o próprio advérbio. Vejam: “ Elas estão bastante cansadas” /
“Houve problemas bastantes no Fórum” / “Elas chegaram bastante perto
do acidente”.
Exemplos clássicos:
Pimenta é bom para tempero / Entrada é proibido/ Caça não é vedado nesta
época do ano.
“ É necessário cautela...”
d- INCLUSO/ANEXO
14
Almeida, Napoleão Mendes de - in Dicionário de Questões Vernáculas - SP - Ed. Caminho Suave - 1981
35
Claro está que o sentido é o de que “os nomes das testemunhas
fossem impugnados”. Significa, pois, que o “se” colocado anteriormente ao
verbo transitivo direto “impugnasse” é partícula apassivadora. O sujeito é “os
nomes das testemunhas”, cujo núcleo está no plural. Assim, o verbo deveria ir
para o plural, conforme as normas do padrão culto da língua:
15
Faria, Ana Lúcia G. de - Ideologia no Livro Didático - Cortez Ed. - 6º Edição - 1987 - p. 33
37
A- ATRAVÉS DE
16
Borba, Francisco da SILVA (coord) - Dicionário Gramatical de Verbos do Português Contemporâneo - Unesp - SP - 1990
38
D- SENÃO/ SE NÃO
a- caso não:
E- EM FUNÇÃO DE
40
F- NO SENTIDO DE
G- SENDO QUE
“... Percebia ainda comissões de 2%, sendo que em abril rendeu ( sic)
Cr$70.000,00 e em maio Cr$ 132.000,00...” (Guia Prático de Petições
Trabalhistas - Edipro -1º edição - p.27);
H- CERCA DE
I- ENQUANTO QUE
K- A NÍVEL DE
A- ONDE
O pronome relativo, em português, possui papel relevante
no seu funcionamento.
“A ação declaratória que foi julgada procedente está sujeita ao duplo grau
de jurisdição”.
17
Bomfim, Eneida - Advérbios - Ed. Ática - 1988 -
44
idêntica função, isto é, o pronome que exerce a função de sujeito na segunda oração.
Em outras construções, o relativo que pode funcionar como
objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, além de sujeito e de outras
funções, dependendo da oração.
Já o pronome relativo onde possui a função de adjunto
adverbial ( de lugar ), referindo-se ao seu antecedente. Todavia esse referente
deverá ser “lugar físico”.
B- CUJO(S), CUJA(S)
O correto seria:
18
Martins, Eduardo - Manual de Redação e Estilo - OESP - 1990
46
O autor teria outras formas para escrever o mesmo trecho,
evitando essa construção, como:
A- “SEQUER”
19
Martins, Eduardo - op. cit.
47
“Sequer” significa ao menos, pelo menos e só pode ser usada em
orações negativas, como aqui;
B- INCLUSIVE
C- EIS QUE
“...com clareza o delito pelo qual o réu foi condenado, eis que aqui haverá
inegavelmente prejuízo...” (Nulidades... Malheiros Editores Ltda, 1995, 4º
edição, Cap. XI, p.172);
D- CONTENDO
“...Mas isto não pode, nem quer, dizer que ao indiciado ou acusado que
não esteja preso não seja estendida a mesma proteção...” (Nulidades...
Malheiros Editores Ltda, 1995, 4º edição, Cap. VI, p.73);
A- E QUE
O uso dessa construção e que é corrente na língua.
Encontramo-la em textos de pessoas notadamente cultas, até de profissionais
da escrita. Não que ela seja condenável. Mas, é possível evitar. Chama a
atenção justamente pela alta incidência. E o uso é explicável.
Quem o faz, fá-lo, sem dúvida, inconscientemente, em nome
da economia ou para evitar repetição de termos. O termo existe, porém, fica
omitido e, ao mesmo tempo, subentendido. Exemplifiquemos:
“...um dos disparos efetuados contra a vítima, a infeliz mãe, LSF., e que,
encaminhando à assistência médica, acabou deixando o revólver que
portava...” (Boletim ASSP- nº 1982 - p. 403);
B- MAS QUE
14- ABREVIAÇÕES
“...Chegando ao meu conhecimento que ontem, por volta das 20:30 horas,
à altura do prédio n. 121...” (Prática de Processo Penal - Ed. Saraiva - 16º
edição - p.11);
Já vimos também: 7 hrs./ 7,30 h./ 7 hs e 30 m./ 7:30 / 7 hrs e
30 min.
A- HÁ/A
B- ESCUTAR/OUVIR — FALAR/DIZER
20
Nascimento, Edmundo Dantès - Os cem erros... Rede Latina Ed. - 2º edição - 1960
54
O decano Mestre foi buscar na época da guerra um substantivo
composto — que designava um tipo de soldado, pelo dever de ofício que
exercia — para alicerçar sua teoria — o rádio-escuta, que recebia esse nome
justamente pelo esforço que despendia para ouvir as mensagens que eram
enviadas.
Escutar significa, segundo o Professor Edmundo: dar
atenção a, tornar-se atento para ouvir, denotando o esforço ou
preparativo para ouvir;
Ouvir significa perceber pelo sentido do ouvido.
21
Amaral, Vasco Botelho - Problemas da Linguagem e do Estilo - p. 202 e ss.
55
“Disse-nos tudo”; “O réu disse a verdade”;
C- PROPOSITADAMENTE/PROPOSITALMENTE
E- DESCRIMINAR/DISCRIMINAR
22
Vasconcelos, Carolina Michaëlis de - op. ciit.
58
5- “...diante do desemprego arraigado que acontece no município, a anulação
dos contratos de trabalho, em massa, poderá ocasionar estrangulamento
social...”;
17- QUEÍSMO
23
De Plácido e SILVA - Vocabulário Jurídico - V. I e II - 3º edição - p. 450
60
“Se anteriormente entendia-se que havia uma presunção de
que o acusado que não atendesse ao chamamento judicial tinha
conhecimento da acusação, agora inverteu-se tal entendimento, tanto
assim que o processo permanecerá suspenso, até que se leva a efeito
efetivamente essa ciência.” (Boletim da AASP - 1981 - p.400 j);
24
Santos, Moacyr Amaral - Primeiras Linhas de Direito Processual Civil - p. 9
61
“A audiência ocorre amanhã, às 10 horas.”
O PRESENTE
25
Garcia, Othon M. - Comunicação em Prosa Moderna - FGV - 1971- p. 57
63
“...Pode-se dizer que no Brasil sempre vigeu a proibição que hoje em dia
consta do artigo 1 132 do CC. Significa isso que, desde a época das
Ordenações Manuelinas (1521) — as Afonsinas não contiveram nada
nesse aspecto — (...) (culmina) no atual Código Civil, não pode o
ascendente vender para o descendente se os demais descendentes não
assentirem.” (Contratos Nominados - Ed. Saraiva - 1995- p.83).
Nós nos referiremos aos verbos no tempo presente de
ambos os exemplos: “sente-se” (humilhado) no primeiro, e, “(culmina” - (com
leve adaptação) e (não) “pode”, no segundo.
O FUTURO
Dia 15- junta a certidão de óbito que havia sido requerida e entregue no dia 11,
anterior, portanto, ao dia 15.
65
O dia 15 é, pois, o ponto futuro ( posterior) em relação a um
momento presente ( dia 10). O dia 11 é o ponto de referência anterior ao ponto
de referência posterior, dia 15, constituindo-se, pois, no futuro anterior.).
O PERFEITO E O IMPERFEITO
O MAIS-QUE-PERFEITO
Observem:
FUTURO DO PRETÉRITO
67
O futuro do pretérito indica uma ocorrência posterior em relação ao
momento da fala, mas passada em relação à outra ação verbal que constitui o
fato, que já ocorreu. Daí, futuro, mas do pretérito. Na prática:
O PRESENTE
26
Garcia, Othon M - op. cit. p. 112
68
“...o crime se deu no dia 16 de novembro de 1993. Naquele
dia, o réu chega em (sic) casa e encontra sua mulher em atitude suspeita
com a vítima (...). Hoje, praticamente 3 anos depois, confessa ele que se
arrependeu do crime.”
27
Garcia, Othon M. - op. cit. p. 64
70
O IMPERFEITO
28
Sivuca/Chico Buarque de Holanda - MPB - João e Maria -
71
Como o futuro do pretérito, o imperfeito se presta ao papel de
expressar cortesia, delicadeza, timidez. Se usarmos o mesmo exemplo dado,
quando examinamos o futuro do pretérito, verificaremos que o imperfeito se
encaixa perfeitamente.
Comprovem:
O MAIS-QUE-PERFEITO
IV A ESCRITA E A ARGUMENTAÇÃO
I- A PERSUASÃO NA LINGUAGEM
29
Holanda, Aurélio Buarque - Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa - Cia. Ed. Nacional - p.932
73
Foi com os gregos que nasceu a preocupação com o domínio da
expressão verbal. Com maestria, dominavam as formas de argumentação.
No entanto, apesar da tentação, desviaremos dos conceitos
que nos levariam à retórica clássica, para abordarmos alguns aspectos que
serão capazes de fornecer a noção básica da importância da linguagem
persuasiva, como fundamento, para o objetivo desse trabalho.
Sem esquecer as lições aristotélicas, retiradas ao longo da
“Arte Retórica” — exórdio, narração, provas, peroração — e das relações
existentes entre retórica e persuasão, as quais nos levam a refletir até onde o
ato de convencer se reveste de verdade.
Não podemos perder de vista que “persuadir” é sinônimo de
“submeter”.
E surge aí a vertente autoritária: quem persuade leva o outro
a aceitar uma dada idéia, submete o outro à sua idéia. Assim, o significado
etimológico de “persuadir” (per + suadere = aconselhar), em que alguém
“aconselha” outra pessoa sobre a procedência do que está sendo enunciado,
pode não se fazer presente no discurso do persuasor. É possível que ele não
trabalhe com uma verdade, mas com “semiverdades”, isto é, com algo que se
aproxime de uma certa verossimilhança. Ou ainda que a manipule. Porém, é
questão para outro livro.
Lembramos que verossímil, segundo o conceito de vários
autores, pode ser definido como “aquilo que se constitui em verdade a partir
de sua própria lógica.”.
30
Citelli, Adilson - Linguagem e Persuasão - Ed. Ática - 3º edição - 1988
31
Bakhtin, Mikhail - Marxismo e Filosofia da Linguagem - Hucitec - 1979
74
“determinado modo de empregar a linguagem identificou-se com o
determinado modo de pensar a sociedade”, 32
O LÚDICO
32
Eco, Umberto - A Estrutura Ausente - Perspectiva - 1971
33
Citelli, Adilson - op. cit. p. 33 e ss.
34
Fiorin, José Luís - Linguagem e Ideologia - Ed. Ática - 1988 - p.44
35
Orlandi, Eni - A Linguagem e seu funcionamento - Brasiliense - 1983
75
O POLÊMICO
O AUTORITÁRIO
36
Garcia, Othon M - op. cit. p. 273
76
II- HÁ FÓRMULAS PARA ORDENAR AS IDÉIAS?
1-consistência de raciocínio;
É o esquema, é o plano.
37
Guitton, Jean - Le Travail Intellectuel - Paris, Aubier/Montaigne - 1951
78
De forma idêntica, peças escritas pelo Promotor de Justiça
exigem, também, concisão e clareza, para que possam possibilitar ao
advogado da parte o entendimento total, facilitando-lhe a defesa.
Evitemos os modelos.
38
Santos, Nilton Ramos Dantas - Petição de Resposta do Réu - Ed. Forense - 1997 -
80
Talvez uma das dúvidas constantes naqueles que se interessam
pelo assunto resida em saber como melhor trabalhar a linguagem, com que
referencial: o concreto ou o abstrato.
Lembramo-nos, dos bancos escolares, dos conselhos de um
velho Mestre (talvez de formação simbolista), a respeito de redação.
Abstrato e vago:
Concreto e preciso:
39
Garcia, Othon M - op. cit. p. 149
40
Garcia, Othon M. - op. cit. p. 151
81
1- Procure refutar o argumento que lhe pareça mais forte. Comece por
ele;
41
Boaventura, Edivaldo - Como Ordenar as idéias? Ed. Ática - 1988 - p. 51
83
já citado, se o usuário da língua “reproduz em seu discurso elementos de
formação discursiva dominante”, estará contribuindo para reforçar as
estruturas de dominação. Porém, se se vale de outras formações, que não as
dominantes, contribui para colocar em xeque as estruturas sociais.
V-BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR
i
Vasconcelos, Carolina Michaëlis de - op. cit. p. 31
ii
- Coutinho, Ismael de Lima - Gramática Histórica- Livr. Acadêmica- 6º edição -p. 71