O Uso Do Método Prompt No Tratamento de Crianças Com TEA
O Uso Do Método Prompt No Tratamento de Crianças Com TEA
O Uso Do Método Prompt No Tratamento de Crianças Com TEA
São Paulo
2022
DENISE MIRANDA DE OLIVEIRA DONADIO
São Paulo
2022
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
Donadio DMO. Uso do método PROMPT no tratamento de crianças com transtorno do
espectro autista [mestrado]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina;
2022.
Banca Examinadora
A Deus em primeiro lugar, pois sem Ele esta jornada não seria cumprida. Obrigada
pela saúde, pela fé e pelo amparo quando mais precisei.
À Prof.a Dra. Daniela Regina Molini-Avejonas por guiar meus caminhos durante esta
jornada, por me ensinar, pelo respeito, pela paciência, pela compreensão e pelos sábios
conselhos que sempre me foram dados.
Aos professores do curso de Fonoaudiologia da Universidade de São Paulo e aos
funcionários do Departamento de Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da
FMUSP.
À Profa. Dra. Luciana Pagan por compor brilhantemente a banca examinadora e pelas
contribuições muito pertinentes.
À Dra. Elisabete Giusti por acreditar em meu trabalho, por compor a banca
examinadora e por ter me dado forças quando precisei.
À Dra. Caroline Lopes Barbosa pelas excelentes contribuições na banca examinadora
e pela disponibilidade em sempre fazer deste trabalho a sua melhor versão.
À Fga. Maria Gabriela Sanchez pelos ensinamentos dados ao longo deste trabalho,
pela ajuda e colaboração enviando artigos e me guiando durante todo este processo.
Às juízas que realizaram o trabalho de avaliar e transcrever cada palavra, cada fonema,
cada novo passo deste trabalho.
À Thais Santos pelo exímio trabalho estatístico.
A todas as famílias que participaram da pesquisa, meu muito obrigada pela
compreensão, pela vibração a cada nova palavra, a cada novo fonema.
Às minhas filhas Julia e Fernanda, vocês são meus melhores presentes nesta vida, que
eu possa ter saúde e empatia para continuar nossa caminhada com muito respeito e amor.
Aos meus pais Joaquim e Maria da Graça, que foram sempre o melhor que poderiam
ser, apoiando-me quando mais precisei.
À minha irmã Silvia, ao meu cunhado Emerson e às minhas sobrinhas Sofia e Noemi,
meu muito obrigada pelo apoio e pela compreensão.
À minha amiga, Laila Pincelli por todos os conselhos.
À minha amiga, Elaine Ramos, pela amizade, pela parceria e por fazer com que um
livro importante para este trabalho chegasse às minhas mãos.
Ao Ricardo Sequeira, que chegou ao final deste trabalho, mas fez toda a diferença.
Aos meus pacientes que não participaram da pesquisa, mas contribuíram para que eu
pudesse chegar onde estou hoje.
Agradeço aos meus colegas de trabalho por partilharem ideias e apoio nesta jornada.
"O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001”
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja
apenas outra alma humana”.
Donadio, DMO. The use of the PROMPT method to treat children with autism spectrum
disorder [dissertation]. São Paulo: Medicine School, University of São Paulo; 2022.
AF Apraxia da Fala
AFI Apraxia de Fala na Infância
ASD Autism Spectrum Disorder
ASHA American Speech-Language-Hearing Association
CID Classificação Internacional de Doenças
CV consoante + vogal
CVC consoante + vogal + consoante
DSM Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
FMUSP Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
HMF Hierarquia Motora de Fala
PCC-R Porcentagem de Consoantes Corretas Revisado
PROMPT Pontos de Reestruturação de Objetivos Fonéticos e Oro-Musculares
SOA Sistema de Observação e Análise
SSD Speech Sound Disorder
TEA Transtorno do Espectro Autista
TSF Transtornos dos Sons da Fala
VC vogal + consoante
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 14
2 REVISÃO DE LITERATURA 15
2.3 PROMPT 20
3 OBJETIVO GERAL 25
4 MÉTODOS 26
4.1 CASUÍSTICA 26
4.2 MATERIAL 26
4.3 PROCEDIMENTO 27
5 RESULTADOS 30
6 DISCUSSÃO 37
7 CONCLUSÃO 39
REFERÊNCIAS 40
ANEXOS 43
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
Segundo Klin(01) (p. 54), em 1943, Leo Kanner descreveu, pela primeira vez, 11 casos
do que denominou distúrbios autísticos do contato afetivo. Nesses 11 primeiros casos, havia
uma "incapacidade de relacionar-se" de forma usual com as pessoas desde o início da vida.
Kanner também observou respostas incomuns ao ambiente, que incluíam maneirismos
motores estereotipados, resistência à mudança ou insistência na monotonia, bem como
aspectos não usuais das habilidades de comunicação da criança, tais como a inversão dos
pronomes e a tendência ao eco na linguagem (ecolalia).
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) passou a constar na nova Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, a CID-11(02). Entrará
em uso em 2022, mas o documento seguiu a alteração feita em 2013 na nova versão do
Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, o DSM-5 (03), que reuniu todos
os transtornos que estavam dentro do espectro do autismo num só diagnóstico: TEA. Além
disso, ambos os manuais de classificação introduziram níveis de gravidade da patologia.
O critério de diagnóstico para inclusão da criança no TEA, de acordo com o DSM –
5(04), inclui : déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos
contextos, conforme manifestado pelo que segue, atualmente ou por história prévia:
- Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social,
variando, por exemplo, de comunicação verbal e não verbal pouco integrada a
anormalidade no contato visual e linguagem corporal, ou déficits na compreensão e
uso de gestos a ausência total de expressões faciais e comunicação não verbal.
16
- Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco (por
exemplo, forte apego a objetos incomuns ou preocupação com esses, interesses
excessivamente circunscritos ou perseverativos).
Muitos indivíduos têm déficits de linguagem, os quais variam de ausência total da fala,
passando por atrasos na linguagem, compreensão reduzida da fala, fala em eco até linguagem
explicitamente literal ou afetada. Mesmo quando habilidades linguísticas formais, por
exemplo, vocabulário ou gramática estão intactas, o uso da linguagem para comunicação
social recíproca está prejudicado no Transtorno do Espectro Autista (05).
Há evidências crescentes de que a ausência de desenvolvimento da fala e as limitações
na comunicação gestual podem estar relacionadas a outros fatores ou irem além do déficit
17
sócio-cognitivo. Por exemplo, deficiências motoras gerais ou motoras mais específicas da fala
envolvendo planejamento motor (apraxias orais - verbais) podem estar envolvidas(06).
A falta de desenvolvimento da fala e da linguagem em pessoas não falantes com
autismo é mais frequentemente atribuída ao comprometimento cognitivo social, no entanto
evidências clínicas sugerem que limitações motoras específicas da fala também são um fator
significativo para muitos indivíduos (op. cit.).
Dentro da linguagem, temos a linguagem verbal, gestual e escrita. Nos casos de TEA,
o comprometimento da comunicação afeta tanto as habilidades verbais quanto as não verbais.
Algumas crianças não desenvolvem habilidades de comunicação com a ausência total da
linguagem falada. Outras apresentam linguagem imatura, que pode ser caracterizada por
jargões, ecolalias, inversão pronominal, prosódia alterada e entonação monótona(07).
Ao contrário de falantes com apenas uma distorção dos sons da fala, falantes com
distorções dos sons da fala inapropriadas para a idade são risco para atrasos e desordens de
outras alterações, como linguagem, leitura, escrita e ortografia(08).
Uma questão contínua sobre pessoas com TEA é se as habilidades diminuídas relatadas no
controle motor grosso, fino e oral estão causalmente associadas a déficits relatados na
aquisição e no desempenho da fala. O termo de classificação para o déficit de fala em questão,
recentemente adaptado pela American Speech-Language-Hearing Association (16), é Apraxia
da Fala Infantil (AFI)(09).
18
outra classe de transtornos dos sons da fala comum ou incomumente apropriadas para a idade.
(op. cit.)
Há pesquisas históricas e contemporâneas sobre a hipótese de que algumas crianças com
atraso na fala de origem idiopática apresentam déficits motores de fala que restringe o
desenvolvimento da fala articulada. (op. cit.)
As alterações de fala em crianças com TEA são bastante comuns. Estes sintomas se referem a
dificuldade de produção da fala, movimentos orais, fluência e programação da fala (13).
Uma associação entre fluência de fala e movimentos motores orais, incluindo lábios, tem sido
destacada em crianças com TEA, bem como medidas semelhantes relatadas como fatores
distintivos para crianças com desenvolvimento típico mas com alguns comportamentos de
TEA (op. cit.).
Na maioria das crianças com TEA, as habilidades motoras orais, em particular, estão
intimamente ligadas à aquisição da fala e da linguagem. Além disso, as más habilidades
motoras orais estão correlacionadas com a falta de habilidades de linguagem expressiva ou de
fala propriamente dita, enquanto as habilidades de linguagem receptiva são relativamente
melhores (op. cit.).
A medição clínica das habilidades articulatórias tem sido tradicionalmente baseada em
fonemas, e não pela medição do controle motor e acústica. Diferenças sutis no controle
articulatório/motor, características prosódicas (acústicas) e habilidade pragmática de
linguagem (linguística) podem contribuir para diferenças percebidas pelos ouvintes (14).
Apesar das pesquisas de AFI terem sido muito úteis para a realização desta pesquisa, não foi
realizado nenhum protocolo específico para que os sujeitos pudessem, além do TEA ter o
diagnóstico concomitante de AFI.
Uma das metodologias utilizadas para o tratamento da fala e que está sendo utilizada para
crianças com TEA é o PROMPT.
20
2.3 PROMPT
Como sugerido pela estrutura, acredita-se que esses domínios sejam integrados e
codependentes. O quadro também afirma que a comunicação pode ser interrompida por uma
quebra em qualquer ou em todos os três domínios e que, embora um único domínio possa ser
visto como o mais prejudicado, todos os outros domínios permanecerão subdesenvolvidos ou
prejudicados até certo ponto. Assim, para fortalecer o domínio mais fraco, todos os domínios
devem ser (re)integrados e a (re)estruturação deve alternar foco entre todos os domínios,
percebendo que o tempo e a ordem de foco serão determinados individualmente. Embora se
perceba que os domínios são verdadeiramente integrados em um ser humano funcional, eles
são separados no PROMPT Conceitual Framework para efeito de avaliação e para
identificação de processos ou conceitos semelhantes (op. cit.).
No domínio motor da fala, o PROMPT baseia-se no estabelecimento hierárquico dos
parâmetros de movimento dentro dos subsistemas de fala (por exemplo, mandíbula, lábio e
língua), incluindo o refinamento e a integração de movimentos normalizados de níveis
anteriores de controle motor(18).
Dois instrumentos utilizados na avaliação do método PROMPT são o Sistema de
Observação e Análise (SOA) e a Hierarquia Motora da Fala (HMF). No SOA, é possível
observar e mensurar aspectos estruturais e esqueletais e avaliar aspectos de tônus, controle de
22
mantidos em uma única palavra sem que afetem o segmento, se a musculatura oral se move
apropriadamente durante a fala, se os músculos faciais se movem apropriadamente também
durante a fala conectada, se os músculos faciais mostram bons movimentos de retração e de
protrusão alternados e se todos os grupos musculares evidenciam tônus adequado,
movimentos simétricos e funcionamento coordenado e independente.
Na prosódia, é avaliado se o tempo de coarticulação é adequado para a idade. Após o
SOA ser preenchido conforme avaliação do paciente, é realizada a contagem do número de
respostas negativas, ou seja, todas as respostas que foram assinaladas com “não” que foram
descritas na avaliação e, assim, serão transcritas para a HMF. Como por exemplo, no controle
lingual, em que há 4 campos a serem analisados e preenchidos, caso o sujeito apresente
alguma alteração em um desses campos, o “não” deverá ser marcado e somado ao final desta
etapa avaliada para ser transcrito na HMF. Caso haja 2 itens marcados com “não” em um total
de 4 pontos a serem observados, serão pintados/marcados 50% da caixa referente ao item
observado no SOA.
A HMF assume um desenvolvimento hierárquico e interativo dos sete controles dos
subsistemas de fala (Nível I: tônus, Nível II: controle fonatório, Nível III: controle
mandibular, Nível IV: lábio-facial, Nível V: controle lingual, Nível VI: movimentos
sequenciados e Nível VII: prosódia). O tratamento geralmente precede de uma maneira
sistemática do nível inferior que se encontra de baixo para cima, iniciando pelo subsistema
mais baixo na hierarquia, quando uma criança tem problemas de controle. Por exemplo, o
fonoaudiólogo assegura que a criança tem o suporte fisiológico para a fala, forma do tronco e
controle respiratório e fonatório antes de selecionar e organizar o sistema articulatório
supra-laríngeo. Frequentemente se dirige primeiro ao controle mandibular antes do controle
facial e este antes do controle lingual(16).
Planos de movimento são quase sempre esquecidos em tratamentos de fala
tradicionais, porque a fala é tipicamente conceituada como uma sequência de fonemas em vez
de ser considerada como uma sequência de trajetórias de movimento que são sobrepostas em
cima de uma corrente de ar(19).
Para alterar a habilidade motora de produção de fala, presume-se que os níveis mais
baixos precisam ser desenvolvidos e/ou refinados antes que o desenvolvimento ou
refinamento adicional possa ser esperado em níveis mais altos(17).
O terapeuta PROMPT dá estimulação a todas as áreas utilizando tato, pressão,
localizações específicas, criando consciência auditiva e consciência visual e integrando todos
esses estímulos para uma comunicação visual(20).
24
3 OBJETIVO GERAL
4 MÉTODOS
4.1 CASUÍSTICA
4.2 MATERIAL
4.3 PROCEDIMENTO
Apesar de todos os sujeitos serem diagnosticados com TEA, este diagnóstico não foi
dado aos sujeitos antes da pesquisa e sim em momentos diferentes, chegando ao consultório já
com o laudo médico. Sendo assim, não foi possível mensurar o nível de suporte de cada
sujeito.
Todos os sujeitos foram avaliados de acordo com o protocolo ABFW, validado em
âmbito nacional, e filmados para posterior análise de SOA e HMF. Todos os sujeitos foram
submetidos à terapia PROMPT e, no final, os dados foram relacionados e comparados,
objetivando a verificação da eficácia do PROMPT para crianças com TEA.
Os participantes desta pesquisa receberam 16 sessões, uma vez por semana, de terapia
PROMPT com a duração de 45 minutos cada sessão. Todas as sessões ocorreram no
consultório particular da fonoaudióloga pesquisadora deste estudo. As sessões iniciais e as
finais foram filmadas para futura análise.
Cada sessão apresentava a mesma rotina: com as palavras-alvo já selecionadas de
acordo com a necessidade de cada sujeito, elas foram trabalhadas por meio de brincadeiras ou
jogos. No início do tratamento, foi realizada prática massiva com mais intensidade e,
posteriormente, com a aquisição das palavras-alvo do paciente, eram realizadas práticas
distribuídas e outras palavras eram selecionadas quando o paciente já era capaz de realizá-las
corretamente na maioria das vezes (cerca de 80% de acerto).
Após todos os dados coletados, as filmagens iniciais e as finais foram enviadas para
dois fonoaudiólogos juízes, que verificaram a confiabilidade dos resultados obtidos pela
pesquisadora. O juiz não recebeu nenhuma informação sobre o participante nem soube qual o
número da sessão que avaliou. Foi realizada uma avaliação cega dos resultados.
29
5 RESULTADOS
Tabela 2 - Desempenho dos sujeitos em relação à aquisição de novos vocábulos nas 2 etapas
Vocábulos Alvos Vocábulos
Alvos
Alcançados 2ª etapa Alcançados
1ª etapa
1ª etapa 2ª etapa
S1 3 3 4 4
S2 2 2 2 2
S3 3 3 2 2
S4 3 3 2 2
S5 3 3 1 1
S6 Controle fonatório Controle fonatório Vogais Vogais
+a +a
S7 2 2 3 3
S8 3 3 1 1
S9 3 3 2 2
Fonte: Autora, 2022.
Na figura 3 podemos observar que foram definidos os primeiros alvos como sendo os
alvos para as 16 semanas, ou seja, os alvos seriam trabalhados durante todo o período da
pesquisa, porém 100% deles foram atingidos antes do término da pesquisa e houve a
necessidade da inserção de novos alvos de acordo com a avaliação de cada criança.
32
Para a análise do protocolo de HMF, cada uma das áreas foi analisada
individualmente. O total de respostas negativas apresentado a partir da observação e análise
foi considerado para determinar a evolução do sujeito nesse aspecto. O teste realizado foi o
teste t-Student e o nível de significância adotado foi de 95%. As variáveis significativas
foram marcadas com (*).
Na Tabela 4, observamos que houve melhora em todos os principais objetivos do
Protocolo de HMF propostos a cada sujeito participante da pesquisa. Os objetivos envolveram
fonação, controle mandibular, controle lábio-facial e controle lingual. Os movimentos
sequenciados não eram um alvo direto do trabalho, mas também foi possível observar
melhora nesse aspecto, mostrando que quando os níveis mais baixos da HMF se organizam,
os movimentos sequenciados também podem apresentar melhoras.
A avaliação da parte esqueletal e tônus/função neuromotora também é avaliada no
SOA, porém o PROMPT não é uma metodologia para trabalhar esses aspectos. Caso haja
alguma intervenção necessária, o sujeito deve ser encaminhado para o profissional
especialista, como um fisioterapeuta, por exemplo.
33
S7 4 3
S8 5 0
S9 5 2 Continua…
Continuação
Controle Lingual S1 4 3 0,008*
S2 4 3
S3 4 3
S4 4 3
S5 4 1
S6 4 4
S7 4 4
S8 4 2
S9 4 4
Movimentos S1 4 3 0,02*
Sequenciados S2 4 3
S3 4 3
S4 4 3
S5 4 1
S6 4 4
S7 4 4
S8 4 2
S9 4 4
Prosódia S1 1 1 >0,99
S2 1 1
S3 1 1
S4 1 1
S5 1 1
S6 1 1
S7 1 1
S8 1 1
S9 1 1
Fonte: Autora, 2022.
De acordo com a Tabela 7, foi possível observar que todos os pacientes apresentaram
melhora em comparação com o pré e pós-tratamento. O índice do PCC-R foi aplicado nas
provas de nomeação de figuras do Teste de Linguagem Infantil ABFW.
36
6 DISCUSSÃO
7 CONCLUSÃO
Os resultados deste estudo sugerem que o PROMPT é uma metodologia que pode ser
utilizada em crianças com TEA para terapia fonoaudiológica, pois esteve associada a
melhorias notáveis no controle motor da fala, na inteligibilidade da fala e consequentemente
no aumento do léxico dos sujeitos.
40
REFERÊNCIAS
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https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30368195/
43
ANEXOS
(observado em repouso)
apropriados.
ETAPA I: Tônus/Integridade SI
NÃO COMENTÁRIO
Neuromuscular M
TOTAL /2
9. A ressonância é normal.
ex.: não há hiper ou hiponasalidade.
/3
TOTAL
SI
NÃO COMENTÁRIO
M
10. O movimento mandibular mostra:
• Boa abertura e controle
ex.: abertura-fechamento;
fechamento-abertura;
fechamento-abertura-fechamento.
• Não há deslizamento lateral ou
anterior.
TOTAL /2
SI
NÃO COMENTÁRIO
M
• Boa protusão
TOTAL /5
SI
NÃO COMENTÁRIO
13. O corpo lingual se move M
independentemente da mandíbula nas
seguintes seções:
• Anterior
• Médio
• Médio-posterior
• Posterior
/4
TOTAL
52