Aula Trantornos de Ansiedade e de Humor
Aula Trantornos de Ansiedade e de Humor
Aula Trantornos de Ansiedade e de Humor
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
DOS TRANSTORNOS DE
ANSIEDADE
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
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09/11/2023
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
• Entretanto, a ansiedade pode se tornar tão intensa ou até mesmo surgir em situações
inapropriadas que se torna problemática e um sinal de dificuldade adaptativa.
FONTE: SADDOCK, Cap.16 – pag. 630 – Visão Geral dos Transtorno de Ansiedade
INTRODUÇÃO
1. O medo ou ansiedade é baseado em uma suposição falsa ou raciocínio falho sobre o potencial
para ameaça ou perigo, em situações relevantes?
2. O medo ou ansiedade realmente, interfere na capacidade do indivíduo de enfrentar
circunstâncias aversivas ou difíceis?
3. A ansiedade está presente durante um período de tempo prolongado?
4. O indivíduo vivencia alarmes falsos ou ataques de pânico?
5. O medo ou ansiedade é ativado por uma variedade razoavelmente ampla de situações
envolvendo perigo potencial relativamente leve?
FONTE: Clark, David A. Terapia cognitiva para os transtornos de ansiedade: ciência e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012.
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09/11/2023
FONTE: SADDOCK, Cap.16 – pag. 630 – Visão Geral dos Transtorno de Ansiedade
⚫ O pânico é uma resposta intensa, súbita, de medo, que domina toda a consciência;
⚫ um ataque de pânico é definido como uma experiência abrupta de medo intenso ou
desconforto agudo, acompanhada de sintomas físicos que costumam incluir palpitações, dor
no peito, dificuldade de respirar e tontura.
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09/11/2023
EM RESUMO:
Transtornos de Ansiedade
Um transtorno de ansiedade é um estado caracterizado por sentimentos de apreensão,
incertezas e medo. No indivíduo que experimenta este transtorno, a resposta ansiosa pode ser:
CLASSIFICAÇÃO NOSOLÓGICA
• Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais – DSM-5
• Classificação Internacional de Doenças, 10a Ed – CID-10
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TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
Incidência
• Os transtornos decorrentes de estados ansiosos são relativamente comuns.
Fonte: OMS
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Características da ansiedade
Características da ansiedade
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▪ Pânico;
▪ Agressividade;
▪ Medo de ficar louco ou fora de si;
▪ Apreensão; ▪ Medo de perder o controle;
▪ Desejo de escapar de certas ▪ Medo de morrer;
situações; ▪ Prejuízo da atenção/concentração;
▪ Despersonalização e ▪ Preocupações desnecessárias e
desrrealização; exageradas;
▪ Ideação suicida; ▪ Sensação de desassossego, mal
▪ Irritabilidade, impulsividade, estar;
nervosismo; ▪ Sensação de “estar sempre ligado”;
▪ Sensação de perigo iminente;
▪ Tensão
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Transtorno de Ansiedade
Cardiovascular SNC
Palpitação Insônia; Agitação
Hipertensão Dificuldade de
Vermelhidão concentração
Hiperventilação
Gastrointestinal Hormonal
Gastrite Aumento do cortisol
Úlceras Alterações dos
Diarréia hormônios femininos
e da tireóide
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09/11/2023
Barlow, D. H. e Durand, V.M. (2008). Psicopatologia: uma abordagem integrada. Cap. 05.
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09/11/2023
Barlow, D. H. e Durand, V.M. (2008). Psicopatologia: uma abordagem integrada. Cap. 05.
PRINCIPAIS TRANSTORNOS DE
ANSIEDADE
TRANSTORNO DE ANSIEDADE
GENERALIZADA – TAG
CID-10 F41.1
DSM-5 300.02
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▪Ansiedade generalizada e persistente que não ocorre exclusivamente nem mesmo de modo
preferencial numa situação determinada (a ansiedade é “flutuante”).
▪Os sintomas essenciais são variáveis, mas compreendem nervosismo persistente, tremores,
tensão muscular, transpiração, sensação de vazio na cabeça, palpitações, tonturas e
desconforto epigástrico.
▪Medos de que o paciente ou um de seus próximos irá brevemente ficar doente ou sofrer um
acidente são frequentemente expressos.
▪A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga
de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
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• Combinação de tratamento psicológico com psicofarmacoterapia (BZDs, buspironaI, ISRSs,, iMAOs) pode ser
uma estratégia útil para melhorar os desfechos da TCC na fase aguda.
Transtorno de pânico
CID-10 F41.0
DSM-5 300.01
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Transtorno de pânico
Ataques de Pânico
ATAQUES DE PÂNICO
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ATAQUES DE PÂNICO
▪Podem ocorrer em uma variedade de transtornos mentais (por exemplo, transtornos depressivos)
e condições médicas (abstinência e intoxicação de substâncias).
▪A frequência de ataques de pânico varia desde múltiplos diariamente a apenas alguns durante um
ano.
SINTOMAS
• Calafrios;
• Pressão na cabeça;
• Tremor;
• Fraqueza nas pernas;
• Dores no peito e desconforto;
• Sensação de perigo iminente;
• Medo de perder o controle;
• Medo da morte ou de uma
tragédia iminente;
• Sensação de estar fora da
realidade;
• Sensação de estar com a garganta
fechando...
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Transtorno de Pânico
A pessoa fica apreensiva, hipervigilante, antecipa os sinais de que um novo ataque irá acontecer, podendo
apresentar comportamentos de esquiva e fobias, evitando situações onde acha que poderá ter o ataque
novamente, lugares de onde fugir ou escapar possa ser difícil, ou sair ou ficar sozinho, ou em condições onde
não possa receber ajuda imediata em caso de necessidade.
Uma das maiores características na descrição de um paciente com Transtorno de Pânico é a natureza física
dos sintomas.
Enquanto no TAG a preocupação e a tensão são predominantes, no pânico o paciente inicia descrevendo a
doença com referência ao coração, pulmão e trato gastrintestinal.
Transtorno de pânico
▪Não se deve fazer um diagnóstico principal de transtorno de pânico quando o sujeito apresenta
um transtorno depressivo no momento da ocorrência de um ataque de pânico, uma vez que os
ataques de pânico são provavelmente secundários à depressão neste caso.
▪A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância (p. ex., droga de
abuso, medicamento) ou de outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo, doenças
cardiopulmonares).
Diagnóstico diferencial do TP
•Nesses casos, a presença de um ataque de pânico deve ser anotada como um especificador (p. ex.,
“transtorno de ansiedade social com ataques de pânico”)
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Agorafobia
CID-10 F40.0
DSM-5 300.22
Agorafobia
▪Medo de deixar seu domicílio, medo de lojas, de multidões e de locais públicos, ou medo de viajar
sozinho em trem, ônibus ou avião.
▪A presença de um transtorno de pânico é frequente no curso dos episódios atuais ou anteriores de
agorafobia.
▪Entre as características associadas, acham-se sintomas depressivos ou obsessivos, assim como
fobias sociais.
▪As condutas de evitação comumente são proeminentes na sintomatologia e certos agorafóbicos
manifestam pouca ansiedade dado que chegam a evitar as situações geradoras de fobia.
▪No DSM-5, o diagnóstico de agorafobia é dado independente dos critérios para transtorno de
pânico; se os critérios para ambas as condições são alcançados, os dois diagnósticos são dados.
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Agorafobia
• Os sintomas:
• não estão restritos a fobia específica, tipo situacional;
• não envolvem apenas situações sociais (como no transtorno de ansiedade social);
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SIM
NÃO
NÃO SIM
CASO ILUSTRATIVO
• Sra. W. era uma mulher casada de 33 anos. Ela procurou uma clínica de tratamento de ansiedade relatando
que sentia como se estivesse tendo um ataque cardíaco sempre que saía de casa. Seu transtorno tinha
começado oito anos antes, enquanto frequentava uma aula de ioga, quando subitamente percebeu um
aumento nos batimentos cardíacos, sentiu uma dor lancinante no peito e teve dificuldade para respirar. Ela
começou a suar e a tremer e ficou tonta.
• Foi imediatamente para o pronto-socorro, onde foi feito um eletrocardiograma. Nenhuma anormalidade foi
detectada.
• Ao longo dos meses seguintes, a Sra. W. vivenciou ataques semelhantes, de 15 a 30 minutos de duração,
cerca de quatro vezes por mês. Com frequência procurava o conselho médico após cada episódio, e
nenhuma anormalidade era detectada.
• Após vivenciar alguns desses ataques, passou a ter medo de que eles ocorressem longe de casa e não saía a
menos que absolutamente necessário; nesse caso, precisava levar seu telefone celular ou estar
acompanhada por alguém. Mesmo assim, evitava lugares superlotados, como shopping centers, cinemas e
bancos, onde as saídas rápidas às vezes são bloqueadas.
• Seus sintomas e a esquiva dominavam sua vida, embora tivesse consciência de que eram irracionais e
excessivos. Ela tinha uma depressão leve e inquietação e dificuldade para dormir.
Fobia específica
CID-10 F40.2
DSM-5 300.29
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09/11/2023
Fobia específica
OBS.: Alguns indivíduos relatam que seu medo ou ansiedade por um objeto ou situação não é excessivo.
Como tal, os médicos deve-se considerar se o medo, ansiedade ou comportamento de evitação relatado é
desproporcional ao risco razoável de dano, levando em consideração tanto as normas culturais aceitas
quanto as condições ambientais específicas às quais o indivíduo é normalmente submetido (por exemplo,
medo de escuridão pode ser justificado em um bairro onde assaltos são comuns à noite).
https://youtu.be/Vclvh26fnN0
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
•Dizemos que estamos num estado Fóbico ou de Pânico quando a ansiedade sentida é excessiva em
relação ao perigo real que determinada experiência ou exposição representa.
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CASO ILUSTRATIVO
Olaf Hendricks, um empresário de 51 anos, se apresentou ao consultório de um psiquiatra com a queixa de incapacidade de
viajar de avião. Sua única filha havia recém dado à luz e, embora ele quisesse desesperadamente conhecer a primeira neta,
não conseguia pegar um avião e atravessar o Atlântico para visitá-la.
A ansiedade de voar do paciente havia começado três anos antes, quando estava em um avião que pousou durante uma
tempestade de neve. Havia voado dois anos antes e relatou que chorou durante a decolagem e durante a aterrissagem.
Outra incidência fora com a esposa no aeroporto, um ano antes da avaliação, para ir ao casamento da filha. Apesar de ter
bebido uma quantidade significativa de álcool, o sr. Hendricks entrou em pânico e se recusou a entrar no avião. Depois
dessa tentativa frustrada, começou a sentir uma ansiedade intensa só de pensar na possibilidade de voar, de modo que a
ansiedade o levou a recusar uma promoção no trabalho e uma oferta de emprego de fora porque ambas exigiam viagens de
negócios.
O sr. Hendricks descreveu tristeza e arrependimento desde que percebeu sua limitação, mas negou outros sintomas
neurovegetativos de depressão. Havia aumentado seu consumo de álcool para três copos de vinho todas as noites, a fim de
“relaxar”. Negou história de complicações com álcool ou sintomas de abstinência. Também negou história familiar de
problemas psiquiátricos. Negou ansiedade em outras situações, indicando que seus colegas o viam como um empresário
arrojado e de sucesso que conseguia “facilmente” fazer discursos na frente de centenas de pessoas.
Ao ser questionado especificamente, relatou que, na infância, ficava “petrificado” com medo da possibilidade de ser atacado
por algum animal selvagem. Esse medo o levou a se recusar a viajar com a família para acampar ou mesmo a fazer
caminhadas no campo. Já adulto, afirmou que não tinha medo de ser atacado por animais selvagens porque morava em
uma cidade grande e, nas férias, viajava de trem para outras grandes áreas urbanas.
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DIAGNÓSTICO diferencial
Transtorno Diagnóstico Diferencial
Agorafobia: as situações são temidas ou evitadas devido a
pensamentos de que escapar poderia ser difícil
ou de que o auxílio pode não estar disponível no
caso de desenvolvimento de sintomas do tipo
pânico ou outros sintomas incapacitantes ou
constrangedores
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09/11/2023
Diagnóstico diferencial
Técnicas de exposição
▪Exposição interoceptiva
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09/11/2023
▪Essa exposição é feita por meio da provocação intencional dos sintomas utilizando-se de
exercícios físicos. Por exemplo, os sentimentos de tontura poderiam ser induzidos pelo
rotar de uma cadeira giratória.
▪O treinamento direto permite o paciente aprenda a vivenciar as sensações como
estranhas ou desconfortáveis, mais do que assustadoras;
▪Também possibilita que os pacientes identifiquem os pensamentos automáticos e as
interpretações catastróficas associadas às sensações físicas e corrigi-las.
2. Exposição in vivo
Para ser eficaz, a exposição deve ser prolongada no tempo (permanecer em uma situação
dada por aproximadamente o dobro do tempo do que é necessário para sentir-se
confortável naquela situação), repetida frequentemente, e o nível de ansiedade deve ser
sentido durante a tarefa e monitorado tanto pelo paciente como pelo terapeuta.
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09/11/2023
▪ O uso de ambientes virtuais utiliza a exposição gradativa do paciente aos elementos geradores
da ansiedade (dessensibilização sistemática)
▪ O paciente é exposto a situações criadas com a tecnologia de realidade virtual.
▪ Tais ambientes simulam situações reais temidas pelo paciente.
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09/11/2023
▪ Redução do custo;
▪ Não há necessidade de deslocamento, pode ser realizada no consultório do terapeuta;
▪ Permite a privacidade e maior segurança do tratamento;
▪ Ideal para pacientes muito fóbicos e resistentes à exposição à situação real;
▪ Permite controle do terapeuta sobre a situação, inclusive em medir respostas fisiológicas do
paciente;
▪ Possibilita exposição a diversos ambientes sem a perda de tempo do deslocamento.
▪ Auxilia no estímulo da memória visual, apresentando estímulos visuais.
FONTE: Carvalho, M.R., Freire, R.C. , Nardi, A.E. Realidade virtual no tratamento do transtorno de pânico. J Bras Psiquiatr. 2008;57(1):64-69.
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09/11/2023
• As fobias sociais podem se manifestar por rubor, tremor das mãos, náuseas ou
desejo urgente de urinar, sendo que o paciente por vezes está convencido que uma
ou outra destas manifestações secundárias constitui seu problema primário.
Curso e Desenvolvimento
• A idade média de início do transtorno de ansiedade social 13 anos, e 75% dos indivíduos
têm idade de início entre 8 e 15 anos.
• O início também pode ocorrer no princípio da infância. Pode se seguir a uma experiência
estressante ou humilhante ou pode ser insidioso, desenvolvendo-se lentamente.
FONTE: DSM-5
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Curso e Desenvolvimento
• Entre as pessoas que buscam atendimento clínico, o transtorno tende a ser particularmente persistente.
• Os adolescentes apresentam um padrão mais amplo de medo e esquiva, incluindo os encontros, comparados com
crianças menores.
• Os adultos mais velhos expressam ansiedade social em níveis mais baixos, mas dentro de uma variedade mais ampla
de situações, enquanto os adultos mais jovens expressam níveis mais altos de ansiedade social para situações
específicas.
• Em adultos mais velhos, a ansiedade social pode referir-se a incapacidade devido ao declínio do funcionamento
sensorial (audição, visão), vergonha em relação à própria aparência (p. ex., tremor como um sintoma da doença de
Parkinson) ou funcionamento devido a condições médicas, incontinência ou prejuízo cognitivo (p. ex., esquecer os
nomes das pessoas).
CURSO E DESENVOLVIMENTO
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• O transtorno de ansiedade social está associado a taxas elevadas de evasão escolar e prejuízos no
bem-estar, no emprego, na produtividade no ambiente de trabalho, no status socioeconômico e
na qualidade de vida.
• O transtorno também está associado a ser solteiro, não casado ou divorciado e sem filhos,
particularmente entre os homens. O transtorno também impede atividades de lazer.
• Não estar empregado é um forte preditor para a persistência de transtorno de ansiedade social.
VAMOS EXERCITAR?
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09/11/2023
Os transtornos de ansiedade estão entre as condições psiquiátricas mais prevalentes no mundo. Além disso, os
estudos têm mostrado de maneira persistente que eles produzem morbidade desordenada, uso de serviços de
saúde e comprometimento do desempenho incomuns.” (Saddock, 2007, p. 630). Sobre ansiedade, qual
alternativa está ERRADA?
Os transtornos de ansiedade estão entre as condições psiquiátricas mais prevalentes no mundo. Além disso, os
estudos têm mostrado de maneira persistente que eles produzem morbidade desordenada, uso de serviços de
saúde e comprometimento do desempenho incomuns.” (Saddock, 2007, p. 630). Sobre ansiedade, qual
alternativa está ERRADA?
As síndromes ansiosas são ordenadas inicialmente em dois grupos: quadros em que a ansiedade é
constante e permanente (ansiedade generalizada, livre e flutuante) e quadros em que há crises de
ansiedade abruptas e mais ou menos intensas (Dalgalarrondo, 2008).
A respeito desse tema, assinale a alternativa que corresponde a quadros de crise abrupta.
A. Pânico.
B. Medo de altura.
C. Medo de falar em público.
D. Medo de escuro.
E. Medo de si mesmo.
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As síndromes ansiosas são ordenadas inicialmente em dois grupos: quadros em que a ansiedade é
constante e permanente (ansiedade generalizada, livre e flutuante) e quadros em que há crises de
ansiedade abruptas e mais ou menos intensas (Dalgalarrondo, 2008).
A respeito desse tema, assinale a alternativa que corresponde a quadros de crise abrupta.
A. Pânico.
B. Medo de altura.
C. Medo de falar em público.
D. Medo de escuro.
E. Medo de si mesmo.
FONTE: Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: Analista Legislativo - Psicológo
O DSM-5 informa que, em transtorno de pânico, a presença de ataque de pânico está inclusa nos
critérios diagnósticos, e o ataque de pânico não é usado como especificador. Um surto abrupto de
medo ou de desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro
(ou mais) dos seguintes sintomas:
FONTE: Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: Analista Legislativo - Psicológo
O DSM-5 informa que, em transtorno de pânico, a presença de ataque de pânico está inclusa nos
critérios diagnósticos, e o ataque de pânico não é usado como especificador. Um surto abrupto de
medo ou de desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro
(ou mais) dos seguintes sintomas:
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09/11/2023
A ansiedade é uma reação natural e comum a muitas dificuldades na vida. Para algumas pessoas, no entanto, a ansiedade torna-se um
problema crônico. Identifique, dentre as alternativas, aquela que corresponde aos seguintes transtornos:
2. medo persistente e irracional de um objeto ou situação que não apresenta perigo real;
C. TAG(1), transtorno fóbico (2), transtorno do pânico e agorafobia (3), TOC (4).
A ansiedade é uma reação natural e comum a muitas dificuldades na vida. Para algumas pessoas, no entanto, a ansiedade torna-se um
problema crônico. Identifique, dentre as alternativas, aquela que corresponde aos seguintes transtornos:
2. medo persistente e irracional de um objeto ou situação que não apresenta perigo real;
C. TAG(1), transtorno fóbico (2), transtorno do pânico e agorafobia (3), TOC (4).
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ANSIEDADE
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
• Sentimentos de medo e preocupação excessivos
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ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
ANSIOLÍTICOS
•Drogas em geral sintéticas, atuam basicamente no alívio ou eliminação da ansiedade, e em
consequência , da tensão muscular e emocional.
•São conhecidos como tranquilizantes, calmantes, psico-harmonizantes, psico-sedativos,
estabilizadores emocionais.
Principais ansiolíticos:
•Benzodiazepínicos
•Hipnóticos
•Barbitúricos
HIPNÓTICOS
Considera-se hipnótica toda substância, natural ou
sintética, capaz de induzir sono próximo ao
fisiológico, ou promovê-lo criando ciclos artificiais.
São conhecidos como soníferos, sedativos, indutores
do sono, noolépticos.
Ex.: zolpidem
BARBITÚRICOS
• Até os anos 60 eram o maior grupos de substâncias hipnóticas sedativas prescritas.
• Atividade depressora do SNC produzindo efeitos semelhantes aos anestésicos inalatórios.
• Altas doses morte por depressão respiratória e cardiovascular.
• Pentobarbital, fenobarbital, tiopental.
• Utilizados principalmente em anestesia e no tratamento da epilepsia (não são mais
recomendados como hipnóticos sedativos).
• Pequena faixa terapêutica.
• Tolerância e dependência.
• Interação farmacológica muito importante: aumenta o metabolismo de muitos fármacos.
Interage com o álcool e outros depressores do SNC potencializando seus efeitos.
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Benzodiazepínicos - BZD
• Lideram a lista dos 5 medicamentos controlados mais vendidos no Brasil;
• Clonazepam (Rivotril) figura na 9ª posição na lista dos 100 medicamentos mais vendidos no
Brasil;
• Estima-se que cerca de 56,6 milhões de caixas de BZD foram vendidas no Brasil, em 2019;
• Maior prevalência - mulheres acima de 50 anos;
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Indicações - BZD
• Ansiolíticos: Diazepam, lorazepam, clorazepato, alprazolam, Bromazepam
• Hipnóticos: Nitrazepam, Flurazepam
• Anticonvulsivante: Clonazepam, diazepam
• Sedação para procedimentos médicos / odontológicos: Midazolam
Indicações - BZD
• Alprazolam (frontal)- Pânico- diminui níveis de cortisol
• Bromazepam (lexotan) – ansiedade, pânico
• Clordiazepóxido+amitriptilina: Abstinência do etanol e outras drogas
• Diazepam- crises convulsivas, estresse pós-traumático (crise)
• Clonazepam – crises de ausência, fobias sociais, síndrome do pânico
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•O processo de retirada dos BDZ deve ser sempre feito de forma gradual.
•Os primeiros 50% da dose diária podem ser reduzidos de modo mais rápido,
os 25% seguintes lentamente e os últimos 25% muito lentamente.
•Vale lembrar que a taxa de redução da medicação deve ser sempre adaptada
a cada paciente.
IMPORTANTE!!!
Rebote – com a
Abstinência – a
suspensão dos BDZ
abstinência, em contraste
ocorre um retorno
com a recaída e o rebote,
temporário dos sintomas
geralmente inclui sintomas
originais, tais como
que o paciente não
ansiedade ou insônia,
experimentou
mas numa intensidade
previamente.
maior.
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Perda do apetite
Confusão mental
Perda de peso
Visão borrada
Insônia rebote
Ansiedade rebote
Diarréia
• Reduzindo a dose a ¼ por semana ou combinando um prazo com o paciente, por exemplo, de 6
a 8 semanas;
• Nas primeiras duas semanas costuma ser bem sucedida a redução de 50% da dose do
medicamento;
• Ao passo que o restante pode requerer um tempo maior;
• Troca para um agente de meia-vida mais longa, como o diazepam ou clonazepam.
Mecanismo de Ação:
Os efeitos farmacológicos e terapêuticos dessas drogas, é consequência de uma ação seletiva
sobre os mecanismos inibidores pós-sinápticos, em que o GABA é o neurotransmissor.
Intoxicação:
O quadro tóxico é evidenciado por depressão do SNC, vertigens, fraquezas, tontura, sonolência,
hipotonia muscular e coma superficial.
A excreção das drogas e seus metabólitos se faz principalmente pela via urinária, fezes e vômitos.
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Diazepan
Clordiazepóxido
clonazepan
clobazan
lorazepan
alprazolan Midazolan
flurazepan flunitrazepan
zopiclona
Buspirona
Zolpiden
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09/11/2023
TOLERÂNCIA / DEPENDÊNCIA
• Dependência: interrupção abrupta do uso após semanas ou meses pode causar a síndrome
de abstinência (nervosismo, tremor, perda de apetite e convulsões).
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
•Dado o risco de dependência dos BDZ que pode ocorrer mesmo em doses terapêuticas
no tratamento prolongado (mais de seis meses) e ainda mais rapidamente com BDZ de
alta potência (como Alprazolam e Lorazepam), recomenda-se sempre a utilização da
dose efetiva mais baixa possível e apenas pelo menor tempo necessário para o alívio
dos sintomas.
•Os BDZ devem ser evitados em pacientes com história de alcoolismo ou abuso de
drogas, a menos que haja uma indicação fundamental ou um acompanhamento
cuidadoso.
Sempre lembrar que o risco de desenvolver dependência, rebote e abstinência é maior nos
tratamentos em longo prazo, com doses altas e com BDZ de alta potência.
Problemas com tolerância, rebote e abstinência podem ser minimizados sempre que são
usados BDZ de baixa potência e meia-vida longa (ex.: Diazepam).
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09/11/2023
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
•Os antiácidos interferem seriamente com a ação dos BDZ. Os BDZ devem ser tomados bem antes de
qualquer dose de antiácidos.
•A absorção IM dos BDZ é mais rápida, porém mais irregular. O uso IV de BDZ (sempre administrar
lentamente para minimizar o risco de hipertensão e parada respiratória) é reservado para a sedação pré-
operatória, o tratamento de convulsões ou para sérias emergências psiquiátricas.
•Atenção: os BDZ só podem ser dados IV se a equipe estiver treinada e equipada para lidar com possível
parada respiratória.
•Lorazepam e Oxazepam são as drogas de escolha em paciente idosos ou com problemas hepáticos graves
porque são metabolizados somente por conjugação com o ácido glicurônico e não têm metabólitos ativos.
BUSPIRONA
Droga do grupo das azapironas - lançada com a expectativa de não apresentar os
inconvenientes dos BDZ: sedação e dependência.
Utilizada como segunda escolha no TAG quando existem contra-indicações para o uso de
antidepressivos ou BDZs.
MECANISMO DEAÇÃO
Não interage com o GABA e por este motivo não produz sedação, interação com o álcool, não
interfere na performance motora, e não apresenta potencial de abuso.
USO CLÍNICO:
•Ansiedade
•Em pacientes idosos, normalmente mais sensíveis aos BDZs.
•Pacientes com alto potencial de abuso ao álcool ou aos BDZs.
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09/11/2023
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09/11/2023
A) Prescrito para pacientes psicóticos, pois seu principal efeito é a remoção de delírios e alucinações.
B) Atual seletivamente sobre alguns neurotransmissores, por este motivo não provocam dependência.
C) Atuam basicamente no alívio ou eliminação da ansiedade, e em consequência, da tensão muscular e
emocional.
D) São conhecidos por provocar perturbações no Sistema Nervoso Central, provocando alucinações e
desorientação.
E) Em geral são substâncias naturais, com pouco ou nenhum efeito adverso, podendo ser livremente indicado.
Exemplos: chás e infusões.
A) Prescrito para pacientes psicóticos, pois seu principal efeito é a remoção de delírios e alucinações.
B) Atual seletivamente sobre alguns neurotransmissores, por este motivo não provocam dependência.
C) Atuam basicamente no alívio ou eliminação da ansiedade, e em consequência, da tensão muscular e
emocional.
D) São conhecidos por provocar perturbações no Sistema Nervoso Central, provocando alucinações e
desorientação.
E) Em geral são substâncias naturais, com pouco ou nenhum efeito adverso, podendo ser livremente indicado.
Exemplos: chás e infusões.
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09/11/2023
I. São indicados em casos de distúrbios psíquicos em que predomine excitação/agitação, e podem ser
associados a neurolépticos no tratamento de psicoses sintomáticas.
II. Podem ser combinado a antidepressivo nos casos mais graves de depressão ansiosa.
III. Pode ser utilizado com segurança nos 03 primeiros meses de gravidez, bem como em lactantes, pois não
causa nenhum efeito nos bebês.
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09/11/2023
I. São indicados em casos de distúrbios psíquicos em que predomine excitação/agitação, e podem ser
associados a neurolépticos no tratamento de psicoses sintomáticas.
II. Podem ser combinado a antidepressivo nos casos mais graves de depressão ansiosa.
III. Pode ser utilizado com segurança nos 03 primeiros meses de gravidez, bem como em lactantes, pois não
causa nenhum efeito nos bebês.
REFERÊNCIAS
DSM-5
CID-10
CID-11
SADOCK, Benjamin James; SADOCK, Virginia Alcott. Compêndio de psiquiatria: ciência do
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