Resumo Prova de Mental
Resumo Prova de Mental
Resumo Prova de Mental
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA:
Crença de que violência física/psicológica, repressão, → “Cura” →
Cronificação dos transtornos!
Transtorno mental refere-se aos problemas, aos sintomas e aos
transtornos de caráter temporal ou contínuo;
CAPS
A criação do primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no Brasil,
em 1987, na cidade de São Paulo, o CAPS Prof. Luiz da Rocha Cerqueira,
em homenagem ao psiquiatra alagoano.
São serviços de saúde de caráter aberto e comunitário voltados aos
atendimentos de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental,
incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack
e outras substâncias, que se encontra em situações de crise ou em
processos de reabilitação psicossocial.
Nos estabelecimentos atuam equipes multiprofissionais, que empregam
diferentes intervenções e estratégias de acolhimento, como
psicoterapia, seguimento clínico em psiquiatria, terapia ocupacional,
reabilitação neuropsicológica, oficinas terapêuticas, medicação
assistida, atendimentos familiares e domiciliares, entre outros.
RAPS
A Rede de Atenção Psicossocial – caracteriza-se por ser
essencialmente pública, de base comunitária. A proposta é garantir a
livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços,
pela comunidade e pela cidade. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pessoas com
problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool
e outras drogas. A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS). A Rede
é composta por serviços e equipamentos variados, tais como: os Centros
de Atenção Psicossocial(CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuticos
(SRT); os Centros de Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento
(UAs), e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III).
Alguns objetivos específicos das RAPS:
1. Promover cuidados em saúde especialmente grupos mais vulneráveis
(criança, adolescente, jovens, pessoas em situação de rua e populações
indígenas);
2. Prevenir o consumo e a dependência de crack, álcool e outras drogas;
3. Reduzir danos provocados pelo consumo de crack, álcool e outras
drogas;
4. Promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno
mental e com necessidade decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas na sociedade, por meio do acesso ao trabalho, renda e moradia
solidária;
5. Promover mecanismos de formação permanente aos profissionais de
saúde;
LEGISLAÇÃO
- A política é fundamentada pela Lei Federal nº 10.216, de 6 de abril de
2001, que dispõe sobre a proteção dos direitos das pessoas com
transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde
mental no Brasil, e pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Art. 2º:
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de
beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção
na família, no trabalho e na comunidade;
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a
necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e
de seu tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos
possíveis;
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde
mental.
- Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011 é destinada ao
atendimento de pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no
âmbito do Sistema Único de Saúde;
O processo de cuidado e de desinstitucionalização visa à invenção
permanente da saúde e da vida social dos usuários.
Promoção da saúde mental
Promoção da vida social dos usuários.
1º Os pontos de atenção de urgência e emergência são responsáveis, em
seu âmbito de atuação, pelo acolhimento, classificação de risco e
cuidado nas situações de urgência e emergência das pessoas com
sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do
uso de crack, álcool e outras drogas.
2º Os pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção de
urgência e emergência deverão se articular com os Centros de Atenção
Psicossocial, os quais realizam o acolhimento e o cuidado das pessoas
em fase aguda do transtorno mental, seja ele decorrente ou não do uso
de crack, álcool e outras drogas, devendo nas situações que necessitem
de internação ou de serviços residenciais de caráter transitório,
articular e coordenar o cuidado.
- Carta de Direitos dos Usuários e Familiares de Serviço de Saúde
Mental elaborada durante o III Encontro Nacional de Entidades de
Usuários e Familiares de Saúde Mental, realizado em Santos em 1993.
1. O PTS não deve ser algo estanque, ou seja, não deve focar apenas no
aspecto clínico e no cuidado específico e sim ir além do diagnóstico
(esse sim torna o cuidado estanque), pensando nos diversos aspectos
da vida do sujeito em sofrimento psíquico e seus familiares: social,
econômico, político, religioso, espiritual, laboral, entre outros tantos;
2. b) O PTS é um plano de cuidados que se projeta por uma cogestão entre
a equipe interdisciplinar, a usuária/o usuário e seus familiares. Deve-se
incluir o sujeito nas decisões, nas definições das atividades propostas,
no trabalho e no próprio gerenciamento de sua autonomia;
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
São práticas em saúde mental coletiva que sempre estão em
transformação e surgem como mudanças ao antigo modelo psiquiátrico
hospitalocêntrico e reducionista. É a melhor forma de cuidar e promover
os laços sociais para as pessoas com sofrimento psíquico.
PROCESSO DE INTERNAÇÃO
A lei prevê três tipos de internação:
Voluntária - aquela consentida pelo usuário;
Involuntária - aquela a pedido de terceiro, sem consentimento do
usuário;
Compulsória - aquela determinada pela justiça.
Internação involuntária a pedido da família, sem consentimento expresso
do paciente, deve ser comunicada ao Ministério Público, à autoridade
sanitária e ao Conselho Local de Saúde no prazo de 48 horas.
ATENÇÃO BÁSICA
- O cuidado em saúde mental na Atenção Básica é bastante estratégico
pela facilidade de acesso das equipes aos usuários e vice-versa. As
intervenções são concebidas na realidade do dia a dia do território, com
as singularidades dos pacientes e de suas comunidades.
Ações terapêuticas comuns aos profissionais da Atenção Básica:
• Proporcionar ao usuário um momento para pensar/refletir.
• Exercer boa comunicação.
• Exercitar a habilidade da empatia.
• Lembrar-se de escutar o que o usuário precisa dizer.
• Acolher o usuário e suas queixas emocionais como legítimas.
• Oferecer suporte na medida certa; uma medida que não torne o
usuário dependente e nem gere no profissional uma sobrecarga.
• Reconhecer os modelos de entendimento do usuário.
Instrumentos de intervenção em Saúde Mental:
• Grupos e Saúde Mental;
• Práticas Integrativas e Complementares (PICs).
Intervenções Psicossociais Avançadas
- Reatribuição de sintomas somáticos sem explicação médica: (Muitas
pessoas chegam aos serviços da Atenção Básica com queixas de
sintomas físicos para os quais não encontramos explicação médica).
Fazer a relação entre as queixas sintomáticas e o sofrimento psíquico,
atribuir o sintoma a um sofrimento que pode não ter sua origem no
corpo;
• (1) abordagem da situação – como os dois falam disso que causa tanto
sofrimento ao sujeito;
• (2) elaboração – o que fazer para que a situação seja mais bem
compreendida; e
• (3) resolução dos problemas psicossociais – o que o sujeito pode fazer
para melhorar sua situação e rearranjar a sua vida.
- Terapia Comunitária: visa trabalhar de forma horizontal e circular ao
propor que cada um que participe da sessão seja corresponsável no
processo terapêutico que se realiza naquele momento e que produz
efeitos tanto grupais quanto singulares.
Etapas da Terapia Comunitária
• 1. Acolhimento – momento de apresentação individual e das cinco
regras.
• 2. Escolha do tema – as pessoas apresentam as questões e os temas
sobre os quais querem falar. Vota-se o tema a ser abordado no dia.
• 3. Contextualização – momento em que o participante, com o tema
escolhido, conta sua história. O grupo faz perguntas.
• 4. Problematização – o mote (questão-chave para reflexão) do dia,
relacionado ao tema, é jogado para o grupo.
• 5. Rituais de agregação e conotação positiva – com o grupo unido, cada
integrante verbaliza o que mais o tocou em relação às histórias
contadas.
• 6. Avaliação – feita entre os terapeutas comunitários.
- Terapias cognitivas comportamentais: ativação: As pessoas que estão
com um grau elevado de sofrimento psíquico muitas vezes deixam de
fazer atividades que lhes dão prazer;
Chama-se de terapia de ativação essa forma de cuidado que incentiva e
apoia a retomada das atividades que oferecem qualquer tipo de
satisfação à pessoa.
- Mediação de conflitos: envolve a capacidade de transformar
conhecimentos, habilidades e atitudes em resultados práticos.
Pressupõe a utilização e o desenvolvimento de habilidades
comunicativas, cognitivas, sociais e emocionais que estão imbricadas
com crenças e atitudes que levam à elaboração de um modelo mental.
- Terapia Interpessoal Breve (TIB): intervenção breve na dependência de
álcool e outras drogas: técnica de abordagem para a diminuição dos
problemas associados ao uso de substâncias em que o principal
objetivo é identificar o problema e motivar a pessoa a alcançar
determinadas metas estabelecidas em parceria com o profissional de
saúde. Essas metas podem ser iniciar um tratamento, rever seu padrão
de consumo e planejar uma possível redução.
MATRICIAMENTO
- O cuidado ao ser humano em sua complexidade exige ações de saúde
por profissionais de distintos saberes-fazeres para promover respostas
que alcancem a integralidade deste ser. No campo da saúde e da saúde
mental, essa prerrogativa encontra na estratégia do matriciamento uma
ferramenta clínico-pedagógica para relacionar o cuidado básico com o
especializado e incidir um novo cuidado.
- A OMS, preconiza que um profissional generalista tem a
responsabilidade adicional de identificar sujeitos que possuam
transtornos mentais ou problemas pelo uso abusivo de substâncias
psicoativas, de maneira a acolher e cuidar desses sujeitos.
- A relação Atenção Básica e NASF é uma medida político-sanitária que
objetiva ampliar e qualificar também o cuidado em saúde mental na
atenção primária em saúde.
- O apoio matricial, integra a AB e o NASF, ocorrendo à possibilidade de
ampliação da concepção de saúde-cuidado, articulando-se a AB com a
Saúde Mental.
MATRICIAMENTO...afinal, o que é?
Um arranjo técnico-assistencial que visa à ampliação da clínica das
equipes de ESF, superando a lógica de encaminhamentos
indiscriminados para uma lógica de corresponsabilização entre as
equipes de ESF e Saúde Mental, com a construção de vínculos entre
profissionais e usuários, pretendendo uma maior resolutividade na
assistência em saúde, (CAMPOS; DOMITTI apud BRASIL, 2007, p. 39).
Equipe de apoio matricial
- Distingue-se da equipe de cuidados básicos por sua busca em
prevenir a medicalização e psicologização do sujeito em sofrimento e
pela sua corresponsabilização pelo cuidado, tendo a ESF como
referência nas ações em saúde.
- Os profissionais que compõem o matriciamento estão inseridos nos
Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Sua constituição equivale a
equipes profissionais de diferentes áreas do saber que atuam de forma
integrada e apoiam os profissionais da ESF para populações
específicas, a exemplo dos consultórios na rua, equipes ribeirinhas e
fluviais e academia da saúde.
Aspectos matriciais
a distância;
coletividade;
.
Todas as atividades citadas podem ser desenvolvidas em unidades
básicas de saúde, academias da saúde ou em outros pontos do território
e da Rede de Atenção.
dos usuários;
m equipe a partir do elenco das
situações de risco que geram o sofrimento psíquico;
a identificação dos
transtornos mentais no território;
os é primordial para as
equipes de matriciamento e da AB;
es ou dispositivos
territoriais existentes na área de abrangência da unidade de saúde,
como subsídio para a intersetorialidade e ações distintas no território.
Concepção de família
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o termo
“família” refere-se a um “núcleo afetivo, vinculado por laços
consanguíneos, de aliança ou afinidade, que circunscrevem obrigações
recíprocas e mútuas, organizadas em torno de relações de geração e de
gênero” e que tem como deveres a educação de crianças e
adolescentes, bem como a proteção de idosos e portadores de
deficiência.
Núcleo familiar
São inicialmente transmitidos padrões educacionais, valores morais,
éticos e humanitários, bem como aspectos culturais. No entanto, cada
família tem uma dinâmica de funcionamento própria.
Abordagem sistêmica
Na abordagem sistêmica de família, o sistema familiar é composto por
membros que interagem e detêm funções relativamente claras e
definidas. As famílias são designadas como funcionais, pois cada um
dos seus integrantes sabe suas funções, os seus limites e o seu espaço
dentro da família, a comunicação é clara, as pessoas conhecem o que
pensam e o que sentem, consideram a diferença como uma
oportunidade de aprender e não como ameaça ou conflito. Quando
esses aspectos estão comprometidos há maior risco de ocorrer alguma
disfunção, gerando problemas familiares que podem aparecer como
sintoma em algum membro da família, como: Anorexia, bulimia,
ansiedade, transtornos mentais, depressão, raiva, comportamentos
inadequados para a idade, como, por exemplo, a criança fazer as
necessidades fisiológicas na roupa, déficit de atenção, hiperatividade,
entre outros conflitos.
Objetivo
- Traçar uma estratégia de intervenção para o usuário, considerando os
recursos disponíveis pela equipe, o território a que pertence sua família
e as suas próprias necessidades.
- Possibilita planejar, desenvolver e avaliar o cuidado na continuidade
da vida dos pacientes, auxiliando no reestabelecimento das relações
sociais e estimulando a autonomia, e pode ser estendido para além dos
momentos de crise, ou atuar somente nos momentos de remissão de
sintomas ou ideais de cura.
Construção
- A construção do PTS corresponde a um processo estratégico que
articula usuários, famílias, profissionais da equipe de saúde do serviço e
redes sociais na determinação das prioridades, necessidades e
possibilidades de ações que contribuam para a efetividade do cuidado.
- Eixos norteadores
Centralidade na pessoa;
;
;
;
iação periódica;
;
Construção compartilhada e definição de metas com duração
previamente acordada.
- Quatro momentos importantes
realizar algumas práticas de
aproximação, reconhecer e afirmar as identidades das pessoas em seus
territórios existenciais;
Conceitos
O uso de uma SPA pode ser caracterizado de diversas maneiras:
O uso experimental, que é pontual;
O uso recreativo, que se relaciona a determinados contextos, como o
uso de ecstasy nas baladas;
O uso que é frequente, quando ocorre seis ou mais vezes por mês;
E o uso que é pesado, quando ocorre vinte ou mais vezes por mês.
O abuso: relaciona-se ao seu uso recorrente ou contínuo e acarreta
prejuízos físicos à integridade física da pessoa e de terceiros (dirigir
veículos, ter atividade sexual de forma não segura, operar máquinas,
entre outros); Dos familiares (brigas, violência intradoméstica, entre
outros); Prejuízos sociais (ausência ao trabalho, fracasso escolar, entre
outros); e legais (decorrentes dos anteriores).
Uso nocivo: é mais restrito que o de abuso, pois se refere a um padrão
de uso que causa: Dano à saúde física (esofagite ou hepatite alcoólica,
bronquite por tabagismo) ou mental (depressão associada a pesado
consumo de álcool).
Intoxicação: Síndrome reversível, específica com alterações
comportamentais ou mentais, com prejuízo no nível de consciência e
outras alterações cognitivas, beligerância (conflito), agressividade e/ou
humor instável, causadas por substâncias psicoativas recentemente
utilizadas.
Tolerância: refere-se à diminuição do efeito de uma SPA depois de
repetidas administrações; O organismo passa a necessitar de
quantidades cada vez maiores dessa substância para que se obtenha o
mesmo nível de efeito.
Dependência: refere-se à diminuição do efeito de uma SPA depois de
repetidas administrações; O organismo passa a necessitar de
quantidades cada vez maiores dessa substância para que se obtenha o
mesmo nível de efeito.
Dependência física: é um estado de adaptação do corpo manifestado por
distúrbios físicos quando o uso da substância é interrompido.
Dependência comportamental ou psíquica: constitui uma compulsão ao
uso da substância para obtenção de prazer ou diminuição do
desconforto; Quando a pessoa não a obtém, experimenta ansiedade,
desconforto geral, raiva, insônia, etc.
Fissura: é o termo que se dá ao desejo intenso de usar uma substância;
Binge: descrevem-se os episódios de uso intenso e compulsivo de uma
substância.
Síndrome de abstinência: é o conjunto de sinais e sintomas que ocorrem
horas ou dias após o indivíduo cessar ou reduzir a ingestão da
substância que vinha sendo consumida geralmente de forma pesada e
contínua; No entanto, observam-se com certa frequência os seguintes
sintomas gerais de abstinência: ansiedade, inquietação, náuseas,
tremor, sudorese, podendo, nos casos muito graves, ocorrer
convulsões, coma e morte.
Prevenção: A prevenção do uso abusivo e/ou dependência de crack,
álcool e outras drogas implica em um processo de planejamento,
implantação e implementação de múltiplas estratégias e políticas
orientadas à redução de fatores de vulnerabilidade e risco específicos,
bem como estímulo dos fatores de proteção.
encaminhamento adequado;
suporte sintomático;
clínicas e psiquiátricas;
égias de psicoeducação: trabalhar fatores de risco;
Grupos de autoajuda e ajuda mútua;
acompanhamento na Estratégia de Saúde da
Família;
por profissionais habilitados, terapias
individuais, grupais;
rapia cognitiva comportamental;
A abordagem de pessoas com problemas decorrentes do uso de SPAs
deve considerar a sua voluntariedade quanto ao tratamento;
Fases do tratamento:
- Fase 1: Assistência de enfermagem na fase de desintoxicação:
Essa assistência começa com a chegada do usuário ao serviço de saúde
e deve ser prestada enquanto esse estiver com sintomas de abstinência
moderada ou grave.
Procedimentos:
- Fazer um levantamento das necessidades básicas afetadas: nutrição,
hidratação, condições de higiene e integridade física, entre outras.
- Verificar sinais vitais para detectar possíveis anormalidades e fazer
avaliação do estado em que o usuário chega ao serviço. Por exemplo: se
alcoolizado, delirante, com rebaixamento do nível de consciência.
- Proporcionar os cuidados físicos imediatos após a avaliação anterior:
hidratar, alimentar, higienizar;
- Se delirante ou psicótico, colocá-lo em lugar tranquilo e bem
iluminado;
-A contenção física pode ser necessária caso haja risco de machucar-
se;
-Permanecer junto ao usuário, procurando tranquilizá-lo,
principalmente nas duas situações anteriores.
Entre outras....
Aula 6: Transtornos mentais graves
Aspectos profissionais:
- Com relação ao usuário:
Avaliação clínica: Existe ou não problema clínico?
Esse aspecto é importante uma vez que nas urgências com sintomatologia
psiquiátrica há uma tendência a negligenciar os aspectos clínicos que podem
figurar como causa desencadeante ou como efeito da crise (noites sem
dormir, alimentação precária ou inexistente, desidratação etc.).
O uso de psicofármacos é necessário ou eficiente?
A quem se destina a medicação: ao usuário, à família ou ao próprio
profissional?
Existem riscos ou alguma periculosidade para o usuário? É necessário
tomar medidas que o protejam?
O ambiente em que ele está ou vive é adequado? Existem riscos
provenientes desse ambiente?
- Com relação à família:
Existe família? Qual a posição dela em relação aos eventos?
A família é presente, ausente ou demasiado presente?
A família é disponível para atuar nos cuidados ou ela é intolerante?
Qual sua capacidade de participação?
É a família que comunica e deseja? O que comunicam e o que desejam?
Existem outras pessoas, dentro ou fora da família, que assumem algum
papel na situação?
- Com relação à equipe técnica:
Há compreensão por parte da equipe acerca da tarefa a ser desempenhada?
Os integrantes da equipe conseguem ajudar-se mutuamente a manejar e a
controlar a situação?
Existe disposição entre os membros para isso?
Existem membros tecnicamente capazes para a intervenção?
Aula 8: Psicofármacos
Ansiolíticos/hipnóticos;
Antidepressivos;
Antipsicóticos/neurolépticos;
Estabilizadores do humor.
Antiparkinsonianos*
Aula 9: Suicídio
- O suicídio é uma das formas de lidar com o sofrimento; É um ato radical que
expressa dor, desespero e desesperança diante da vida;
- Quem se decide pela morte necessita ser acolhido, escutado, respeitado.
Alguém que precisa de ajuda e não de críticas, julgamentos ou condenação.
- É a terceira causa de morte entre jovens e o Brasil ocupa o oitavo lugar no
ranking mundial;
Reconhecimento da crise suicida
São necessárias algumas informações acerca das formas de manifestação do
sofrimento humano (sinais, sintomas, fatores de risco), o que torna
imprescindível escutar com atenção, observar comportamentos cotidianos e
acolher a pessoa em sofrimento.
SINAIS E SINTOMAS:
- A ideação suicida é acompanhada de grande sofrimento e perspectiva
pessimista.
Comum: ocorrência de expressões autodepreciativas e autoacusações
acompanhadas de sentimento de culpa, incapacidade e rejeição;
Outros sinais e sintomas que podem estar presentes são: tristeza profunda,
frustração, irritabilidade; choro frequente, apatia, dificuldade de interação,
isolamento social, baixa autoestima; insônia, comportamentos agressivos
dirigidos para si ou para o outro.
São quatro os sentimentos principais de quem pensa em tirar a própria vida:
Depressão, desesperança, desespero, desamparo.
Transtornos de Personalidade
- Personalidade pode ser definida de modo sucinto como as características
individuais que correspondem a um padrão persistente de emoções,
pensamentos e comportamentos.
- Transtorno da personalidade (TP) pode ser caracterizado como “padrão
persistente de experiência interna e comportamento que se desvia
acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível,
começa na adolescência ou início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e
leva a sofrimento ou prejuízo”.
Os objetivos do tratamento
- Reduzir o sofrimento subjetivo;
- Permitir que os pacientes entendam que seus problemas têm origem interna;
- Diminuir comportamentos significativamente mal adaptativos e socialmente
indesejáveis (imprudência, isolamento social, falta de assertividade, explosões
temperamentais);
- Modificar traços de personalidade problemáticos
Tratamento
- O tratamento de primeira linha e padrão ouro é a psicoterapia;
- Tanto psicoterapia individual quanto em grupo são eficazes no tratamento;
- Psicofármacos: Os estabilizadores de humor mais utilizados são:
Lítio 300 a 600 mg;
Lamotrigina 200 mg/dia;
- Os antipsicóticos mais utilizados:
Aripiprazol 2,5 mg
Risperidona 0,5 a 1 mg
Quetiapina 25 a 150 mg