Qualidade de Vida Na Saude

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Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Qualidade de vida na saúde

João Gouveia nº2431


Joana Nascimento nº 2410
Maria Alexandra Figueira nº 2415
Sofia Gonçalves nº 2435

Trabalho elaborado no âmbito da unidade curricular História,


Epistemologia e Fundamentos da Enfermagem I, no 1º ano do Curso de
Licenciatura de Enfermagem.

Funchal,
2023
Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny

Qualidade de vida na saúde

João Gouveia nº2431


Joana Nascimento nº 2410
Maria Alexandra Figueira nº 2415
Sofia Gonçalves nº 2435

Docente: Professora Cristina Pestana

Trabalho elaborado no âmbito da unidade curricular História,


Epistemologia e Fundamentos da Enfermagem I, no 1º ano do Curso de
Licenciatura de Enfermagem.

Funchal,
2023
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

APA – American Psychological Association


ESESJC – Escola Superior de Enfermagem São José de Cluny
INCOR – Instituto do Coração
SNS – Sistema Nacional de Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
DGS – Direção Geral de Saúde
OPAS - Organização Pan-Americana da Saúde
UC – Unidade Curricular
ÍNDICE

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5

1. CONCEITO DE QUALIDADE DE VIDA NA SAÚDE .............................................. 6

2. QUALIDADE DE VIDA EM PORTUGAL ................................................................. 8

3. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NA SAÚDE ........................................... 9

4. QUALIDADE DE VIDA E A SAÚDE ........................................................................ 11

5. FATORES QUE AFETAM A QUALIDADE DE VIDA NA SAÚDE ..................... 13

5.1. Físicos e Funcionais .................................................................................................... 13

5.2. Mentais......................................................................................................................... 14

5.3. Emocionais................................................................................................................... 15

5.4. Sociais e económicos ................................................................................................... 15

6. PREVENÇÃO E ASPETOS A MELHORAR NA QUALIDADE DE VIDA NA


SAÚDE ................................................................................................................................ 16

CONCLUSÃO .................................................................................................................... 18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 19


INTRODUÇÃO

No âmbito da Unidade Curricular (UC): História, Epistemologia e Fundamentos da


Enfermagem I, presente no ano letivo 2023/2024, inserido no 1º semestre, do 1º ano do curso
de licenciatura em enfermagem na Escola Superior de Enfermagem São José de Cluny
(ESESJC), orientado pela professora Cristina Bárbara Pestana, foi-nos proposto a elaboração
de um trabalho cujo tema é a Qualidade de Vida na Saúde.
Este trabalho encontra-se dividido em seis capítulos. Primeiramente iremos
referir o conceito de qualidade de vida e esta em Portugal e, posteriormente, na saúde
relacionando com exemplos do dia a dia. Seguidamente, abordamos como realizada a
avaliação e a sua relação com a saúde, tal como os fatores que afetam. E, por fim, iremos
realçar como melhorar e promover a qualidade de vida, desde o local de trabalho às escolas.
Os principais objetivos para a elaboração deste trabalho consistem em ampliar o
conhecimento sobre a qualidade de vida, uma vez que, este é muito subjetivo e tem diversas
perspetivas distintas, procurou-se assim transparecer estas ideias para o contexto de vida real
para uma melhor compreensão. Também pretendemos ficar a conhecer, mais
aprofundadamente, a relação e dependência da qualidade de vida em relação à saúde, bem
como a forma de lidar com as mesmas.
A qualidade de vida é um conceito multidimensional influenciado pela saúde física,
estado psicológico, nível de independência, condições de vida e relações sociais do
indivíduo. Saúde e qualidade de vida, são as duas bases da vida que se têm abordado mais
frequentemente, não como dois fundamentos distintos, mas sim como duas peças
homólogas.
Como metodologia adotada para este trabalho, recorremos à pesquisa de
documentos científicos, artigos, dissertações e referências bibliotecárias.
O trabalho desenvolvido encontra-se elaborado de acordo com a norma American
Psychological Association (APA), (7ª edição, 2019), modelo estipulado para a concretização de
trabalhos académicos pela ESESJC.
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1. CONCEITO DE QUALIDADE DE VIDA NA SAÚDE

Qualidade de vida é um conceito bastante amplo que contém enumeras definições


relativas ao mesmo, ou seja, não é aceite apenas uma única definição para descrever o
referido conceito. Qualidade de vida é um conceito multidimensional influenciado pela
saúde física, estado psicológico, nível de independência, condições de vida e relações sociais
do indivíduo (Pereira et al., 2012).
Apesar de ser conotado como um sinónimo de saúde, é considerado um conceito
mais amplo, que não engloba apenas a saúde, mas também a felicidade, a satisfação e bem-
estar pessoal, a autoestima, as condições e o estilo de vida, o ambiente de trabalho, entre
outros.
Deste modo, a qualidade de vida é constantemente associada ao bem-estar
psicológico e social, em geral e que não se baseia apenas na condição física, mas também
noutros aspetos importantes da vida humana (Bowling, 1995 citado por Parça, 2012).
O termo qualidade de vida é geral e inclui uma variedade potencial maior de
condições que podem afetar a perceção do indivíduo, sentimentos e comportamentos
relacionados com o seu funcionamento diário, incluindo, mas não se limitando, à sua
condição de saúde e às intervenções médicas (Oliveira, 2009 citado por Fernandes, 2012).
A qualidade de vida pode abranger a perceção pessoal do indivíduo perante a sua
posição na vida, tendo em conta os seus objetivos, o contexto cultural, expetativas, bem
como os valores que lhe foram incutidos.
Praça (2012) menciona que interpretar, qualidade de vida não é tarefa simples, pois
a ideia é complexa, ambígua e difere conforme as culturas, a época, o indivíduo e até num
mesmo indivíduo modifica-se com o tempo e as circunstâncias, o que hoje é boa qualidade
de vida, pode não ter sido ontem e poderá não ser daqui a algum tempo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a qualidade de vida como “a
perceção que um indivíduo tem sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas
de cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas,
padrões e preocupações”. Acrescenta ainda que é uma definição que está associada à
influência da saúde física e psicológica, nível de independência, relações sociais, crenças
pessoais e das suas relações com o meio. Para além disso, podemos ainda referir que a
qualidade de vida é definida como a “satisfação do indivíduo no que diz respeito à sua vida
quotidiana.” (Estar, 2023).

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A própria literatura apresenta diferentes aspetos que definem o conceito de qualidade


de vida, entre eles o facto de podermos aproveitar as possibilidades que a vida nos faculta e
podermos fazer as nossas escolhas, tomarmos as decisões e termos o controlo da nossa vida.
Pode-se então concluir, que apesar de todos os aspetos acima mencionados poderem
influenciar a qualidade de vida e a saúde de todas as pessoas, estamos cada vez mais
conscientes que o conceito de “Qualidade de Vida” não se refere apenas a fatores
relacionados com a saúde, mais precisamente, o bem-estar físico, funcional, emocional e
mental, mas também a outros aspetos importantes da vida das pessoas, nomeadamente o
trabalho, a família, os amigos, assim como outras particularidades do dia a dia
(Couvreur,1999).
Outros partilham da ideia de que “Qualidade de Vida” é uma nomenclatura moderna,
que mencionamos com frequência, mas sem sabermos exatamente o que significa, porém,
afirmam que não a podemos relacionar com as seguintes expressões, do século XIX «l'art de
vivre» ou, na Antiguidade, o «epicurismo»" (Couvreur,1999).

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2. QUALIDADE DE VIDA EM PORTUGAL

A qualidade de vida engloba vários campos, desde a saúde, segurança, educação,


custo de vida, entre outros. Em relação à saúde, todas as pessoas têm direito a consultas,
atendimento médico, e à sua prevenção. Em Portugal, existem várias iniciativas desde
programas específicos de combate a certas doenças, à exposição de informação sobre a
importância da saúde reprodutiva, infantil e juvenil e da vacinação e temas como doenças
sexualmente transmissíveis (SNS, 2023).
Deste modo, segundo o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a Ministra da Saúde
afirmou o seguinte: “Estamos a trabalhar para garantir que todos os indivíduos em Portugal
tenham acesso a serviços de alta qualidade, em respeito pelos seus direitos humanos” (2023).
Posto isto, Portugal tem implementado uma Reforma de Saúde Mental, ao investir
em serviços de apoio locais e comunitários e ao tomar medidas para acabar com a
institucionalização. Sendo que, estas recomendações têm como objetivo o aumento da
igualdade e da justiça nos cuidados de saúde e a prevenção das violações dos direitos
humanos em ambientes de cuidados de saúde mental, visto que estes atos ainda são muito
comuns. Temos como exemplo destes, os internamentos e tratamentos involuntários, as
condições de doença, a discriminação, e o abuso físico, psicológico e emocional (SNS,
2023).

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3. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NA SAÚDE

A avaliação de qualidade de vida tem sido discutida ao longo de vários anos. Vários
cientistas sociais, filósofos e políticos têm tentado chegar a uma conclusão sobre este mesmo
conceito. Assim, a qualidade de vida engloba, pelo menos, três aspetos, sendo estes o bem-
estar físico, emocional e social, no entanto, não deixa de ser um conceito subjetivo, pois cada
pessoa tem a sua própria perspetiva perante este conceito e, deste modo, de igual forma é a
sua avaliação (Kluthcovsky & Kluthcovsky, 2010).
O bem-estar físico é avaliado pela ausência de doenças patológicas, estando,
também, relacionado com muitos mais fatores, como a disposição do indivíduo diariamente,
se este adere a uma alimentação saudável, se pratica exercício físico, se possui uma boa
autoestima física, entre outros. Todos estes fatores têm um efeito significativo na qualidade
de vida de qualquer pessoa (Campoy, 2022).
Por sua vez, existe o bem-estar emocional, é nada mais nada menos caracterizado
pelos sentimentos das pessoas que derivam dos seus próprios pensamentos negativos ou
positivos. Muitos acreditam que um mau estar emocional pode ser muito mais prejudicial do
que um mau estar físico, devido ao facto de impossibilitar as pessoas de trabalhar, estudar,
socializar, dedicar-se aos seus objetivos de vida pessoais, entre outros. Por exemplo, um
indivíduo poderá sentir mal-estar físico, mas um bem-estar emocional e, consequentemente,
viver a sua vida feliz somente com algumas limitações. No entanto, se possuir um bom estar-
físico, mas um mal-estar emocional não será capaz de viver a sua vida normalmente e feliz
consigo próprio. Assim, depois de algum tempo, as diversas situações, que o podem
perturbar, acumulam-se e podendo tomar proporções complicadas de controlar e,
consequentemente, tratar. Deste modo, perante estas situações, na avaliação da qualidade de
vida, o bem-estar emocional possui uma maior importância do que o bem-estar físico
(Campoy, 2022).
Por conseguinte, o bem-estar social remete para uma sociedade onde as
necessidades humanas básicas (água, alimento, abrigo e serviços de saúde) estão acessíveis
a todos os membros de uma certa sociedade, de forma que estes se encontrem bem com a
vida, tenham as mesmas oportunidades de trabalho e educação e que possam viver
pacificamente uns com os outros (Campoy, 2022).
Posto isto, a qualidade de vida é oficialmente avaliada pela OMS (Organização
Mundial de Saúde) que utiliza um questionário com várias perguntas sobre aspetos

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essenciais à qualidade de vida, desde o físico aos aspetos religiosos, psicológicos, ao nível
de independência, às relações sociais e ao meio ambiente (Amaral, 2016).
Por outro lado, como referido anteriormente, existe inúmeros instrumentos para esta
mesma avaliação, estes podem ser genéricos ou específicos. Os genéricos consideram
aspetos da qualidade de vida e estado de saúde, comparando esta qualidade de portadores da
mesma doença, de doenças diferentes, ou da população em geral. Contudo, podem falhar na
sensibilidade para detetar aspetos particulares e específicos da qualidade de vida de
determinada doença. Os específicos podem detetar particularidades da qualidade de vida em
determinadas doenças e em relação a efeitos de tratamentos, podendo fornecer informações
de relevância para o manejo dos pacientes, mas podem apresentar dificuldade no processo
de validação psicométrica do instrumento pelo reduzido número de itens, além de falha na
habilidade para comparar qualidade de vida em diferentes condições clínicas (Kluthcovsky
& Kluthcovsky, 2010).
No entanto, tem sido desenvolvido um questionário específico para avaliar a
qualidade de vida dos pacientes submetidos a cardiomiopatia e transplante cardíaco. Ao
contrário dos outros questionários que baseados em questões fechadas, este aplicado no
INCOR (instituto do coração), a partir do livre relato dos pacientes com intervenções do
entrevistador, sendo o resultado realizado a partir de “palavras-chaves” que denotem certas
emoções (Nobre, 1995).
Concluindo, embora existam maneiras diferentes de tentar avaliar, não será
possível, pois depende da perspetiva do indivíduo perante a sua própria vida. Como por
exemplo, uma pessoa de uma classe alta, com grande poder económico pode considerar que
não possui uma qualidade de vida da mesma forma que um individuo com poucas condições
e menos oportunidades pode considerar-se bem e sem qualquer necessidade de mudanças.

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4. QUALIDADE DE VIDA E A SAÚDE

Saúde e qualidade de vida, dois domínios individuais do bem-estar do ser humano,


são estes os dois pilares básicos da vida que se têm abordado mais frequentemente, não como
dois fundamentos distintos, mas sim como duas peças homólogas.
Trata-se de uma discussão permanente, em que Maria Minayo afirma, “No campo da
saúde, o discurso da relação entre saúde e qualidade de vida, embora bastante inespecífico e
generalizante, existe desde o nascimento da medicina social, nos séculos XVIII e XIX,
quando investigações sistemáticas começaram a referendar esta tese e dar subsídios para
políticas públicas e movimentos sociais.” (Minayo, M. et al 2007).
Com o passar dos anos, estes dois parâmetros começaram a ser falados
simultaneamente, pois de um modo geral estabelecem uma relação direta, na medida em que
a saúde contribui para uma melhor qualidade de vida e uma melhor qualidade de vida ajuda
a zelar por uma melhor saúde. Ann Bowling (1991) citada por Minayo, M. et al (2000),
mostra uma extrema variedade de ideais, afirmando que, “as escalas de qualidade de vida
relacionadas com saúde incluem medidas de capacidade funcional, do estado de saúde, de
bem-estar psicológico, de redes de apoio social, de satisfação e estado de ânimo dos
pacientes.”
Com a evolução da medicina e a grande variedade de estudos e de novas perspetivas,
os conceitos de saúde e de qualidade de vida foram mudando drasticamente, estes
conjugaram-se entre si estabelecendo uma ligação. A saúde deixou de estar limitada apenas
à sua relação com a doença sendo que, atualmente é possível ver a saúde como um campo
muito mais abrangente, podendo estar associada a qualidade de vida, a saúde física e a saúde
mental (Minayo, M. et al 2007).
Por sua vez, a OMS desenvolveu e definiu um instrumento para medir ou qualificar
a qualidade de vida, conhecidos como WHOQOL-100 e WHOQOL-Bref. Estas duas
ferramentas procuram analisar com rigor vários domínios do bem-estar, em que a primeira
consta de 100 questões que avaliam seis domínios: físico, psicológico, de independência,
relações sociais, meio ambiente e espiritualidade/crenças pessoais, e a segunda, com 26
questões, cobre quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente
(Minayo, M. et al 2007).
Estes dois domínios do bem-estar, são inseparáveis, inclusive na perspetiva de muitos
autores são tópicos abordados como um só. Chantal Couvreur na sua obra A qualidade de

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vida, apresenta duas perspetivas possíveis para a relação entre saúde e qualidade de vida. A
autora refere-se a esta relação num dos seus pontos de vista, dizendo que, “efetivamente
pode dizer-se que quanto melhor for a saúde, melhor será a qualidade de vida, isto é, na
realidade, aquilo em que acreditei quando era adolescente”, porem numa outra perspetiva,
reflete e pergunta-se, “a saúde não é necessária para se estar feliz? Nada há de menos certo.
Todos nos conhecemos pessoas com doenças graves que estão felizes por viver e que têm
qualidade de vida.”, apresentando uma perspetiva mais popular desta relação, a qual é
usualmente uma visão que a maioria das pessoas subescreve (2007).
Por outro lado, Minayo et al. (2007), aborda o tema numa perspetiva mais detalhada
e fundamentada da relação entre saúde e qualidade de vida, sendo que refere que, “(…) o
valor atribuído à vida, ponderado pelas deteriorações funcionais; as perceções e condições
sociais que são induzidas pela doença, agravos, tratamentos; e a organização política e
econômica do sistema assistencial.”. Esta visão, apresenta alguns requisitos aos quais estes
dois pilares têm de trabalhar em harmonia e equilíbrio para ser possível atingir o bem-estar.
Assim sendo, apesar de todas as diferentes visões é percetível que a saúde e a
qualidade de vida sejam termos indissociáveis um do outro, é impossível referir-se a um
destes fundamentos basilares do nosso bem-estar, sem mencionar o outro. O equilíbrio entre
eles é essencial para um certo nível de conforto e satisfação, porem exige, a que muitos
fatores correspondam a um determinado nível e que ambos trabalhem em estabilidade
(Minayo, M. et al 2007).
Concluindo, a relação saúde e qualidade de vida, não é administrada apenas por estes
fatores, contempla também os profissionais de saúde, sejam; médicos, enfermeiros,
psicólogos até mesmo os “personal trainers” ou nutricionistas podem desempenhar um papel
fundamental a conjugar uma relação eficaz e equilibrada entre estes dois fundamentos,
acabando por ser uma construção social e pessoal e uma luta constante para manter o
equilíbrio entre a saúde e qualidade de vida (Couvreur,1999).

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5. FATORES QUE AFETAM A QUALIDADE DE VIDA NA SAÚDE

A qualidade de vida pode ser afetada por motivos individuais ou coletivos, ou seja,
um indivíduo pode apresentar sentir algo que lhe cause desconforto, mas se partilhar o que
está a sentir com outro indivíduo ou grupo de indivíduos, pode causar-lhes o mesmo e/ou
outro tipo de desconforto.
Ter qualidade de vida não é apenas ter saúde física, funcional, emocional e/ou
mental, mas também sentir-se bem consigo próprio e com quem e/ou o que o rodeia, ou seja,
não só ter um bem-estar físico e psicológico, mas também social e económico
(saudebemestar, 2023).
Deste modo, os principais fatores que afetam a qualidade de vida são a alimentação,
a atividade física, o stress, a saúde mental, nomeadamente se tem como sintomas a depressão
e/ou a ansiedade, o trabalho profissional e os fatores socioeconómicos. Por sua vez, estes
encontram-se relacionados uns aos outros (Mota & Novais, 2016).
Em vista disso, os fatores que afetam a qualidade de vida são os fatores físicos e
funcionais, mentais, emocionais e sociais e económicos (saudebemestar, 2023).

5.1. Físicos e Funcionais


No que diz respeito à saúde física e funcional serão abordados os temas alimentação
e atividade física (saudebemestar, 2023).
É imprescindível ter uma alimentação saudável e equilibrada, pois se o organismo
obter as quantidades certas de nutrientes e vitaminas que precisa, a sua saúde física irá
melhorar e por consequência irá ter repercussões positivas a nível da qualidade de vida
(saudebemestar, 2023). Assim sendo, para que se possa obter uma alimentação saudável
devemos optar por uma alimentação completa, variada e equilibrada, alimentos ricos em
fibra e com baixo teor de gordura (SNS, 2023).
Segundo um estudo da Global Burden of Disease Study, em 2017, em Portugal, a
falta de hábitos alimentares de qualidade é o “terceiro principal fator de risco que mais
contribui para o total de anos de vida saudável perdidos, nomeadamente devido a doenças
metabólicas, doenças do aparelho circulatório e neoplasias” (2017).
No que toca à atividade física, esta é essencial para a prevenção da maior parte das
patologias e influência no modo dos indivíduos as encararem (saudebemestar, 2023). Deste
modo, o exercício físico regular permite gastar as colorias ingeridas em excesso durante a

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alimentação, sendo este benéfico para a saúde cardiovascular, respiratória, metabólica,


mental, bem como na prevenção das quedas. Permite, também, por exemplo, a diminuição
da pressão arterial, a melhoria dos fatores que afetam a doença coronária, torna a insulina
mais eficaz, aumenta a capacidade muscular e a flexibilidade nas pessoas idosas, pois
previne a queda e torna os ossos mais resistentes ao preservar a massa óssea, e a fratura
durante a queda (DGS, 2023).
São exemplos de doenças, que podem ser melhoradas com a prática regular da
atividade física, a obesidade, a diabetes, a hipertensão arterial, lombalgias, entre outras
(saudebemestar, 2023).
Com isto, a atividade física previne também as doenças mentais, nomeadamente, a
ansiedade, melhora a sensação de bem-estar e por consequência a qualidade de vida, melhora
as funções cognitivas e diminui o risco da diminuição cognitiva e da demência (DGS, 2023).

5.2. Mentais
Segundo o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a saúde mental é a base do bem-estar
geral, sendo esta um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou a ausência de
uma doença mental (2023).
Deste modo, a saúde mental está relacionada com todos os tipos de saúde,
influenciando-os ou sendo influenciada positiva ou negativamente por estes. A negligência
desta, leva a desigualdades e a uma difícil adaptação de um indivíduo ou grupo de indivíduos
à sociedade (2023). Assim sendo, a saúde mental deve ser vista como um direito humano,
de modo a alcançar o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Esta atitude permitiu, em
Portugal, reverter o internamento perpétuo de indivíduos com esta doença, apelando à
sociedade a sua autonomia e conhecimento face a esta (SNS, 2023).
No ano 2019, quase um bilhão de pessoas viviam com um transtorno mental, sendo
14% destas, jovens de todo o mundo. Esta é a principal causa de incapacidade, sendo que
estes transtornos podem levar ou levam ao suicídio (OPAS, 2022).
Por conseguinte, foi criado o Plano de Ação Integral de Saúde Mental, 2013-2030,
no qual estão as metas globais para a transformação da saúde mental, sendo este assinado
pelos 194 Estados Membros da OMS. A mudança tem sido feita, mas mais lentamente do
que o esperado. Deste modo, a necessidade de ação perante esta situação é real, visto que a
área da saúde mental tem sido uma das mais negligenciadas a nível da saúde pública (OPAS,
2022).

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5.3. Emocionais
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o stress pode ser definido como
um estado de preocupação ou tensão mental causada por uma situação difícil para um dado
indivíduo. É uma resposta natural que nos desafia a nós e às nossas vidas (OMS, 2023).
Consequentemente, os sintomas podem ser físicos ou psicológicos e têm tendência
a agravar-se ao longo do tempo, podendo afetar drasticamente a qualidade de vida. São
exemplos destes a diarreia, dor no peito, queda de cabelo, manchas na pele, dor de barriga,
dor nas costas, tonturas, entre outros. Este processo ocorre sem intervenção da própria pessoa
e pode ser um ato inconsciente. Por sua vez, os sintomas dependem, também, da forma como
cada indivíduo interpreta o mundo à sua volta, do seu estilo de vida, da sua experiência em
relação ao stress, da sua inteligência emocional, da sua saúde mental, se o stress é agudo ou
crónico, entre outros (saudebemestar, 2023).
Nos dias de hoje, o stress é um dos maiores causadores de ansiedade e depressão,
mas também pode ser causado por fatores internos, como o comportamento, preocupação
constante, perfecionismo, entre outros, ou por fatores externos, como o stress profissional,
ou seja, o stress causado pelo trabalho, “bornout”, ou a falta deste, a problemas financeiros,
familiares, entre outros. Os problemas desenvolvidos a partir do stress e os sintomas
dependem de indivíduo para indivíduo e das causas que o originam, sendo que a maneira
como reagimos é que faz a diferença no nosso bem-estar (saudebemestar, 2023).

5.4. Sociais e económicos


A relação com os outros, tanto no trabalho como na vida pessoal são fatores que
afetam a qualidade de vida das pessoas, por exemplo se um indivíduo no seu trabalho não se
dá bem com os colegas, isso pode causar-lhe stress, e consequentemente originar um
“burnout”.
Por outro lado, as desigualdades sociais e económicas e o facto de muitas pessoas
não terem um propósito financeiro, faz com que haja um desequilíbrio na sua saúde. Segundo
a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em todos os países as pessoas mais pobres
e desfavorecidas são as mais propícias a ter problemas de saúde mental, sendo também as
menos prováveis de receber serviços de saúde adequados (2022).
Assim, nalguns destes, a tentativa de suicídio é criminalizada e o estigma, a
discriminação e as violações de direitos humanos são comuns por parte das comunidades e
sistemas de atenção para com os indivíduos com problemas de saúde mental (OPAS, 2022).

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6. PREVENÇÃO E ASPETOS A MELHORAR NA QUALIDADE DE


VIDA NA SAÚDE

A promoção da qualidade de vida é o processo de capacitar a sociedade para atuar


na melhoria da sua saúde e qualidade de vida, tendo uma maior participação e controle de
cada uma destas. Assim sendo, esta promoção tem como objetivo assegurar a igualdade de
oportunidades e proporcionar os recursos que permitam às populações conseguir melhorar a
sua saúde e consequentemente a sua qualidade de vida (Serafim, 2007).
No que diz respeito à população mais idosa, devem ser adotadas algumas medidas,
tais como a execução regular de atividade física, ser ativo no estilo de vida, no afeto e nas
diferentes formas de organização social. No que toca ao afeto, este provém de momentos de
lazer, através dos quais a população sénior expressa os seus sentimentos, pensamentos,
conceções, constituindo, deste modo, uma oportunidade de interação com a sua família e
com a sociedade, fazendo com que aumente o seu autoconhecimento e o dos seus familiares,
reforçando os seus laços afetivos e culturais. Com isto, estas atividades irão desenvolver
pensamentos positivos que proporcionarão a reflexão do seu modo de vida, fazendo com
este aceite as mudanças comuns à idade, procurando uma ocupação a nível social e formas
de superar as dificuldades (Serafim, 2007).
No que concerne às crianças e adolescentes, a qualidade das relações que têm com
os seus pais influencia e faz depender o desenvolvimento psicológico e cognitivo das
mesmas. Assim, o desenvolvimento tem de ser positivo e saudável (Gaspar et al., 2008).
Segundo Gaspar (2008), a OMS desenvolveu um currículo de educação para as
competências de vida, onde os professores devem promover competências psicossociais aos
alunos, como a resolução de problemas, o pensamento crítico, a comunicação interpessoal
com os outros, a empatia e a gestão de emoções, dando às crianças o desenvolvimento de
uma saúde mental positiva e o consequente bem-estar. Por consequência, deve ser
promovido um ambiente sociocultural a nível escolar e comunitário, alertando para a
necessidade de aspetos como a formação de professores para saberem lidar melhor e motivar
os alunos, de haver psicólogo na escola, cuja implantação já está presente na maioria destas,
entre outros.
Por outro lado, como anteriormente referido, em referência ao stress, e no que toca
a toda a população, a gestão deste deve ser uma medida abordada para a sua prevenção, visto
que esta deve ser encarada como uma forma de melhorar os sintomas e a vida de cada

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indivíduo e consequentemente a sua qualidade de vida. Além disso, uma alimentação boa e
equilibrada, juntamente com a atividade física ajuda a prevenir muitas doenças, tanto físicas
como psicológicas (saudebemestar, 2023).
Com isto, é objetivo a adoção de leis para promover a transformação de serviços,
substituindo as instituições pediátricas por sistemas de apoio comunitário inclusivos e
serviços convencionais, para que haja uma transformação política e prática nesta área (SNS,
2023).

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CONCLUSÃO

Com a execução deste trabalho podemos concluir que a qualidade de vida e a


saúde são dois conceitos ligados entre si, que atuam como um só na vida de qualquer
indivíduo. Sendo que a qualidade de vida não pode ser definida por um só conceito, visto ser
subjetiva, isto é, é pessoal a cada indivíduo, depende do seu bem-estar físico, psicológico e
emocional num determinado momento.
O nosso objetivo foi alcançado, pois conseguimos ficar a conhecer mais e melhor
o tema da qualidade de vida na saúde, bem como transparecer estes temas no contexto do
dia-a-dia, ajudando-nos a compreender melhor a forma de abordar as pessoas.
Durante a pesquisa destes temas, sentimos dificuldade em encontrar documentos
científicos que fossem de encontro a alguns destes temas. Por sua vez, no início, também
sentimos dificuldade em perceber como fazer bem as referências bibliográficas.
Deste modo, o conceito de qualidade de vida tem enumeras definições, é
subjetivo e multidimensional. Este não diz respeito só à saúde, mas também ao bem-estar
físico, mental e social, sendo estes tipos de bem-estar avaliados tendo em conta a perspetiva
de cada pessoa. Por conseguinte, é usado um questionário no qual as perguntas têm em conta
seis domínios, sendo estes o físico, os aspetos religiosos, mental, o nível de independência,
das relações interpessoais e do meio que rodeia o indivíduo. Assim, os principais fatores que
podem afetar a qualidade de vida são a alimentação e a atividade física, a saúde mental, o
stress e as condições socioeconómicas. Por sua vez, estes aspetos da saúde estão
intrinsecamente ligados à qualidade de vida, visto que é a partir da saúde que a qualidade de
vida é afetada positiva ou negativamente.
Concluindo, para uma melhor qualidade de vida devemos apostar na prevenção
dos fatores que a afetam no nosso dia-a-dia, para que cada indivíduo possa atingir o seu bem-
estar, ao respeitarmos a opinião de cada pessoa em relação ao que sente, procurando de uma
forma tranquila conversar com esta acerca do que a incomoda. Este princípio vai-nos ser
essencial para uma melhor abordagem ao utente, enquanto futuros enfermeiros.

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Qualidade de vida na saúde | 2023

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