Patologias Da Linguagem - 04 - 06 - 2023
Patologias Da Linguagem - 04 - 06 - 2023
Patologias Da Linguagem - 04 - 06 - 2023
Introdução à Psicolinguistica
Patologias da Linguagem
Curso:
Disciplina e código:
Ano de Frequência:
Nome do docente: Maria de Lurdes Manhiça
1.Introdução...............................................................................................................................1
1.1. Objectivo Geral...............................................................................................................1
1.2. Objectivos Específicos....................................................................................................1
2.Metodologia............................................................................................................................2
3.Discussao dos conceitos..........................................................................................................3
3.1.Patologias da Linguagem.................................................................................................3
3.2.Afasia................................................................................................................................4
3.3.Perturbação da fala...........................................................................................................4
4.Classificação das Afasias........................................................................................................5
4.1.Afasia de condução...........................................................................................................5
4.2.Afasia motora...................................................................................................................6
4.3.Afasia sensorial ou Wernicke...........................................................................................6
4.4.Afasia de Broca................................................................................................................7
4.5.Afasia Global....................................................................................................................7
5.Classificação das perturbações da fala....................................................................................8
5.1.Apraxia da Fala.................................................................................................................8
5.2.Disartria............................................................................................................................8
5.3.Atraso fonológico.............................................................................................................8
6.Teoria e Aquisição e Aprendizagem.......................................................................................9
6.1.Teoria da Etapa Pré-Fonética...........................................................................................9
6.2.Teoria do Processamento de Informações......................................................................10
6.3.Teoria Sociocultural.......................................................................................................11
7.Conclusão..............................................................................................................................12
8.Referências Bibliográficas....................................................................................................13
1.Introdução
As patologias da linguagem podem ser causadas por uma variedade de factores, incluindo
condições médicas, lesões cerebrais, transtornos neurológicos, distúrbios do desenvolvimento
ou condições psiquiátricas. Essas condições podem afectar pessoas de todas as idades, desde
o nascimento até a idade adulta.
Segundo Catts (2017, p. 34) os sintomas das patologias da linguagem podem variar
amplamente, dependendo da causa e da natureza do distúrbio.
Discutir os conceitos;
Descrever sobre as Perturbações da fala;
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Descrever as Afasias;
Identificar as perturbações da fala;
Descrever as Teorias da Aquisição e Aprendizagem da Escrita.
2.Metodologia
Para elaboração deste trabalhou usou-se a pesquisa bibliográfica. Segundo Gil (2010) esse
tipo de pesquisa é caracterizado por buscar informações e conhecimentos já produzidos e
disponíveis em fontes como livros, periódicos, teses, dissertações, entre outros materiais
bibliográficos. O autor refere ainda que a pesquisa bibliográfica é muito utilizada em diversas
áreas do conhecimento para embasar teorias, fundamentar argumentos e desenvolver novas
ideias e projectos.
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3.Discussao dos conceitos
3.1.Patologias da Linguagem
Segundo Bishop (2014), as patologias da linguagem são transtornos que afectam a aquisição,
o desenvolvimento ou a produção da linguagem em indivíduos, resultando em dificuldades
significativas na comunicação verbal. Este autor diz que:
Desta forma entendemos que ambas as definições convergem ao enfatizar que as patologias
da linguagem envolvem dificuldades na aquisição, desenvolvimento ou produção da
linguagem, que afectam a comunicação verbal. Ambas também reconhecem que essas
dificuldades podem ocorrer em diferentes aspectos da linguagem, como articulação,
compreensão, formação de frases e expressão dos pensamentos.
No entanto, há divergências nas definições. A definição de Bishop (2014) parece ser mais
abrangente, incluindo uma variedade de transtornos que podem afectar a linguagem, como
atraso na fala, distúrbio específico de linguagem, afasia, entre outros. Por outro lado, a
definição de Catts e Kamhi (2017) enfoca mais especificamente as desordens da linguagem,
independentemente de suas causas, destacando a importância do processamento e produção
da linguagem em diferentes níveis linguísticos.
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3.2.Afasia
Conforme Goodglass e Kaplan (1983, p.11), afasia:
Afasia é um déficit na habilidade de usar e compreender a linguagem, causado por uma lesão
focal no cérebro, geralmente no hemisfério esquerdo (Berthier & Pulvermüller, 2011). Este
autor diz que essa lesão interfere nas redes neurais envolvidas na linguagem, resultando em
dificuldades específicas na produção, compreensão ou ambos os aspectos da linguagem.
3.3.Perturbação da fala
Shriberg e Kwiatkowski (1994) dizem que perturbação da fala refere-se a um distúrbio no
desenvolvimento da produção dos sons da fala. Os autores entendem que a mesma é
caracterizada por dificuldades persistentes na articulação dos sons correctos, resultando em
uma fala imprecisa, pouco clara ou difícil de ser compreendida.
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De acordo com McLeod e Baker (2017, p.55), a perturbação da fala é
“um termo abrangente que engloba uma variedade de distúrbios da fala, incluindo atrasos
fonológicos, apraxia da fala e disartria. Esses distúrbios podem afetar a produção, fluência,
qualidade ou coordenação dos sons da fala, resultando em dificuldades na comunicação
verbal”.
Desta forma pode-se perceber que as duas definições convergem ao reconhecerem que a
perturbação da fala envolve dificuldades na produção dos sons da fala. Ambas também
destacam que essas dificuldades podem resultar em uma fala imprecisa, pouco clara ou de
difícil compreensão.
E como conceito norteador da pesquisa, optimaddos o conceito de que diz que a perturbação
da fala como um distúrbio na produção dos sons da fala, que pode abranger uma variedade de
dificuldades articulatórias, fonológicas, de fluência, qualidade ou coordenação dos sons
(McLeod & Baker, 2017). Essa definição mais abrangente permitirá explorar diferentes
manifestações e características da perturbação da fala, incluindo a identificação de diferentes
tipos de distúrbios da fala e as abordagens de avaliação e intervenção apropriadas.
“afasia de condução ocorre devido a uma lesão no fascículo arqueado, uma importante via de
comunicação entre as áreas de Wernicke e Broca no cérebro. Essa lesão interfere na
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transferência precisa de informações entre as regiões envolvidas na compreensão e produção
da linguagem”.
Este autor diz que os pacientes com afasia de condução podem apresentar uma fala fluente,
porém com erros de repetição e substituições de palavras. Eles podem ter dificuldade em
acompanhar uma conversa complexa e podem usar estratégias compensatórias, como
parafrasear, para expressar suas ideias (Benson & Ardila, 1996). Embora a compreensão da
linguagem esteja geralmente intacta, a repetição é uma tarefa desafiadora.
4.2.Afasia motora
A afasia motora, também conhecida como afasia de Broca, é caracterizada por dificuldades
na produção da fala. De acordo com (Goodglass & Kaplan, 1983, p.32):
“Os pacientes com afasia motora têm uma fala lenta, laboriosa e não fluente, com muitas
pausas e hesitações. A compreensão da linguagem pode ser relativamente preservada, mas a
expressão verbal é altamente comprometida”.
Conforme descrito por Goodglass e Kaplan (1983), a afasia motora resulta de uma lesão na
área de Broca, localizada na região frontal do hemisfério dominante do cérebro. Estes autores
dizem ainda que essa lesão interfere na programação e execução dos movimentos
articulatórios necessários para a produção da fala.
Os pacientes com afasia motora têm dificuldade em encontrar as palavras corretas e formar
frases completas (Goodglass & Kaplan, 1983, p.32). Eles podem usar frases curtas e simples,
com uma estrutura gramatical limitada. A compreensão da linguagem pode ser afetada em
maior ou menor grau, dependendo da extensão da lesão (Goodglass & Kaplan, 1983, p.32).
“afasia sensorial ocorre devido a uma lesão na área de Wernicke, localizada na região
temporal do hemisfério dominante do cérebro. Essa lesão afeta a compreensão da linguagem e
a habilidade de selecionar as palavras corretas para formar frases coerentes”.
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Os pacientes com afasia sensorial têm dificuldade em entender o significado das palavras e
das sentenças faladas ou escritas.
4.4.Afasia de Broca
A afasia de Broca é um tipo de afasia caracterizado por dificuldades na produção da fala e na
formação de frases gramaticalmente corretas. Os pacientes com afasia de Broca apresentam
uma fala não fluente, lenta e laboriosa, com pausas frequentes e uso de palavras-chave. A
compreensão da linguagem geralmente é preservada ou levemente comprometida.
De acordo com Goodglass e Kaplan (1983), a afasia de Broca é causada por uma lesão na
área de Broca, localizada na região frontal do hemisfério dominante do cérebro. Essa lesão
afeta a programação e execução dos movimentos articulatórios necessários para a produção
da fala.
Os pacientes com afasia de Broca têm dificuldade em encontrar as palavras corretas e formar
frases completas. Eles podem usar frases curtas e simples, com uma estrutura gramatical
limitada. Apesar das limitações na produção da fala, eles geralmente estão cientes de seus
erros e podem se frustrar com a dificuldade em se expressar.
4.5.Afasia Global
Confrome Benson e Ardila (1996) a afasia global é um tipo de afasia mais grave e
abrangente, caracterizado por déficits significativos tanto na produção quanto na
compreensão da linguagem. Estes autore entende que os pacientes com afasia global
apresentam dificuldades em todas as áreas da linguagem, incluindo a fala, compreensão,
leitura e escrita.
Segundo Benson e Ardila (1996), a afasia global resulta de uma lesão extensa no cérebro,
frequentemente afetando várias áreas envolvidas no processamento da linguagem. Essa lesão
afeta todas as habilidades linguísticas de forma ampla.
Os pacientes com afasia global têm uma fala extremamente limitada, com o uso de palavras
isoladas ou frases curtas e incoerentes. A compreensão da linguagem também é severamente
comprometida, tornando difícil para eles entenderem o que é dito ou escrito. A leitura e a
escrita também são prejudicias na afasia global, com dificuldades em reconhecer palavras
escritas, formar frases coerentes ou expressar seus pensamentos por escrito.
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5.Classificação das perturbações da fala
5.1.Apraxia da Fala
A apraxia da fala é uma perturbação neurológica que afeta a capacidade de planejar e
coordenar os movimentos musculares necessários para a produção da fala. Os indivíduos com
apraxia da fala têm dificuldade em executar os movimentos articulatórios corretos para
produzir os sons da fala de forma precisa e fluente.
De acordo com Duffy (2013), a apraxia da fala resulta de lesões no córtex motor e nas áreas
adjacentes do cérebro. Essas lesões afectam a capacidade do cérebro de programar e enviar os
comandos motores adequados aos músculos envolvidos na fala.
5.2.Disartria
A disartria é uma perturbação neuromuscular que afeta os músculos responsáveis pela
produção da fala, incluindo os músculos da face, da língua, da mandíbula e da laringe. Ela
resulta de danos no sistema nervoso central ou periférico, interferindo na força, no controle e
na coordenação desses músculos.
Conforme Duffy (2013), a disartria pode ser causada por lesões no córtex cerebral, tronco
cerebral ou nas vias nervosas periféricas. As causas podem incluir acidente vascular cerebral,
lesões cerebrais traumáticas, doenças degenerativas ou condições neurológicas.
Os sintomas da disartria variam dependendo da localização e extensão das lesões, mas podem
incluir fala arrastada, monotônica, fraca ou com variação excessiva na velocidade ou no
volume. Os indivíduos com disartria podem ter dificuldade em articular os sons corretamente,
na produção de frases longas e na modulação adequada da voz.
5.3.Atraso fonológico
O atraso fonológico é uma perturbação do desenvolvimento da fala em que a criança
apresenta um atraso na aquisição dos sons da fala esperados para a sua faixa etária. Essa
perturbação está relacionada à organização e ao processamento dos sons da fala no sistema
fonológico.
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Shriberg e Kwiatkowski (1994) explicam que o atraso fonológico é caracterizado pela
persistência de padrões de fala simplificados além da idade esperada. Por exemplo, a criança
pode substituir alguns sons por outros, omitir sons em determinadas posições ou distorcer os
sons.
Os sintomas do atraso fonológico podem variar de acordo com a gravidade e a natureza dos
padrões de fala simplificados. Geralmente, a criança apresenta dificuldades na pronúncia de
determinados sons ou grupos de sons, resultando em uma fala menos inteligível para os
outros.
Embora a apraxia da fala, disartria e atraso fonológico sejam perturbações da fala, cada uma
tem características distintas em termos de origem, sintomas e mecanismos subjacentes. A
apraxia da fala está relacionada a dificuldades na programação e execução dos movimentos
articulatórios, enquanto a disartria está ligada a danos no sistema motor responsável pelos
movimentos da fala. Já o atraso fonológico envolve atrasos no desenvolvimento dos sons da
fala.
Essa teoria foi desenvolvida com base em pesquisas e observações de crianças em processo
de aquisição da escrita. Ferreiro e Teberosky (1979) argumentam que a criança passa por
essas etapas de escrita pré-fonética antes de chegar ao estágio alfabético, no qual há uma
correspondência mais precisa entre as letras e os sons da fala.
Berninger e Richards (2002) são dois dos principais pesquisadores que desenvolveram e
aplicaram a Teoria do Processamento de Informações na área da aprendizagem da escrita.
Eles argumentam que a escrita envolve o processamento de múltiplas informações
simultaneamente, como a seleção de letras, a organização de palavras e frases, e a
monitorização da produção escrita. Segundo eles, habilidades cognitivas, como memória de
trabalho e atenção, desempenham um papel crucial nesse processo.
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Kellogg (1996) propõe que a escrita envolve a transformação de informações visuais em
representações linguísticas, e que esse processo requer o uso eficiente da memória de
trabalho. Ele destaca a importância do planejamento e da organização das ideias durante a
escrita, assim como a necessidade de monitorar e revisar o próprio texto.
Hayes e Flower (1980) são conhecidos por seu modelo de produção escrita, que se baseia nos
princípios da Teoria do Processamento de Informações. Eles argumentam que a escrita
envolve três processos principais: planejamento, tradução e revisão. O planejamento refere-se
à geração e organização de ideias, a tradução envolve a transformação dessas ideias em
linguagem escrita, e a revisão é a etapa em que o texto é revisto e corrigido. Segundo eles,
esses processos são influenciados pelas habilidades cognitivas e pelo conhecimento do
escritor.
6.3.Teoria Sociocultural
Teoria sociocultural, desenvolvida por Lev Vygotsky, é uma abordagem teórica que enfatiza
o papel do contexto social e da interação social na aprendizagem e no desenvolvimento
humano, incluindo a aprendizagem da escrita (Vygotsky, 1978). Essa teoria postula que a
aprendizagem ocorre por meio da interação com pessoas mais experientes e por meio da
internalização das práticas sociais e culturais.
Vygotsky (1978) é o principal autor associado à Teoria Sociocultural. Ele argumenta que a
aprendizagem é um processo social e que as crianças adquirem conhecimento e habilidades
por meio da interação com outras pessoas. Vygotsky destaca a importância da zona de
desenvolvimento proximal, que é a distância entre o nível atual de desenvolvimento de uma
criança e seu potencial de desenvolvimento com o apoio de um adulto ou de um par mais
experiente. Ele enfatiza que a escrita é uma actividade mediada culturalmente e que as
crianças aprendem a escrever por meio da participação em atividades de escrita junto a
pessoas mais experientes.
Rogoff (1990) expandiu a Teoria Sociocultural de Vygotsky ao enfatizar o papel das práticas
culturais na aprendizagem. Ela argumenta que as crianças aprendem por meio da participação
em atividades culturais e que o aprendizado ocorre por meio da observação, da imitação e da
colaboração com membros mais experientes da comunidade. Rogoff (1990) destaca que a
aprendizagem da escrita é influenciada pelas práticas e pelas normas culturais relacionadas à
escrita em um determinado contexto.
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Bruner (1986) diz Jerome Bruner contribuiu para a Teoria Sociocultural ao desenvolver a
ideia de “andaimagem”. Ele argumenta que adultos e pares mais experientes fornecem
suporte e estrutura para a aprendizagem das crianças, guiando-as e fornecendo o suporte
necessário conforme elas avançam em direção a um maior domínio da escrita.
7.Conclusão
Ao longo deste trabalho, exploramos o tema das patologias da linguagem, com foco nas
perturbações da fala, especificamente na classificação das afasias e das perturbações da fala.
Inicialmente, discutimos as diferentes afasias, incluindo a afasia de condução, a afasia
motora, a afasia sensorial (ou de Wernicke), a afasia de Broca e a afasia global. Cada uma
dessas afasias apresenta características distintas, afectando diferentes aspectos da linguagem,
como a fluência, a compreensão e a expressão verbal.
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8.Referências Bibliográficas
Benson, D. F., & Ardila, A. (1996). Aphasia: A clinical perspective. Oxford University Press.
Berninger, V., & Richards, T. (2002). Brain literacy for educators and psychologists. Academic
Press.
Catts, H. W., & Kamhi, A. G. (Eds.). (2017). Language and Reading Disabilities (4th ed.). Pearson.
Duffy, J. R. (2013). Motor speech disorders: Substrates, differential diagnosis, and management.
Elsevier.
Goodglass, H., & Kaplan, E. (1983). The assessment of aphasia and related disorders. Lea & Febiger.
Hayes, J. R., & Flower, L. (1980). Identifying the organization of writing processes. In L. Gregg & E.
R. Steinberg (Eds.), Cognitive processes in writing (pp. 3-30). Lawrence Erlbaum.
McLeod, S., & Baker, E. (2017). Children's speech sound disorders. Wiley-Blackwell.
Shriberg, L. D., & Kwiatkowski, J. (1994). Phonological disorders III: A procedure for assessing
severity of involvement. Journal of Speech, Language, and Hearing Research, 37(5), 1095-
1115.
Vygotsky, L. S. (1978). Mind in society: The development of higher psychological processes. Harvard
University Press.
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