Aula 02 - Processos de Soldagem I - Soldagem Oxi-Gás
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Aula 02 - Processos de Soldagem I - Soldagem Oxi-Gás
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Sumário
Aula 02 Processos de soldagem oxi-gás....................................................................................... 3
Objetivos ................................................................................................................................... 3
1.1 Introdução. ......................................................................................................................... 3
1.2 Aplicação ............................................................................................................................. 5
1.3 Fundamentos do processo. ................................................................................................ 6
1.3.1 Gases ............................................................................................................................ 7
1.3.2 A chama oxiacetilênica ............................................................................................... 10
1.4 Consumíveis. ..................................................................................................................... 12
1.5 Equipamentos ................................................................................................................... 14
1.6 Métodos de operação na soldagem................................................................................. 20
1.7 Segurança na soldagem. ................................................................................................... 26
Exercícios ................................................................................................................................ 27
Referências bibliográficas ...................................................................................................... 28
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Aula 02 Processos de soldagem oxi-gás.
Objetivos
Apresentar a soldagem oxi-gás em suas distintas formas de modo a demonstrar
suas aplicações, seus equipamentos e as técnicas utilizadas em sua execução.
1.1 Introdução.
A soldagem a gás oxi-combustível (Oxy-Fuel Gas Welding - OFW), oxi-gás ou
simplesmente soldagem a gás é um processo no qual a coalescência ou união dos metais
é obtida pelo aquecimento destes até a fusão com uma chama de um gás combustível e
oxigênio. Isso produz uma chama concentrada de alta temperatura que funde o metal de
base e o metal de adição, se ele for usado. O metal de adição, se usado, também é fundido
durante a operação.
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Figura 1 Processo de soldagem a oxicombustível.
• baixo custo;
• por utilizar de reações químicas entre gases para gerar energia, não necessita de energia
elétrica; e
• conduz a um superaquecimento; e
Diferentes gases combustíveis podem ser utilizados, mas o mais comum para a
soldagem dos aços e de outras ligas metálicas é o acetileno (C2H2). Durante a operação,
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a chama resultante da mistura gás-oxigênio na ponta do maçarico é usada para a fusão
localizada do metal de base e a formação da poça de fusão. O soldador movimenta a tocha
ao longo da junta para conseguir a sua fusão uniforme e progressiva, adicionando, se for
o caso, metal de adição.
Embora esse processo gere temperaturas elevadas, estas ainda são baixas se
comparadas com as geradas pelo arco elétrico. Por causa disso, a velocidade de soldagem
é baixa, e, apesar da simplicidade e baixo custo, o uso em processos industriais da
soldagem a gás é muito restrito.
1.2 Aplicação
Atualmente, outros processos de soldagem são apresentados como alternativa ao
processo oxicombustível, e, se este perde em competitividade nas faixas de grandes
espessuras, continua a ser, em alguns casos, o método mais adequado para soldar tubos e
chapas de aço de espessuras finas, além de ser adequado para revestimento superficial,
corte térmico e seus derivados, metalização e aquecimento localizado.
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1.3 Fundamentos do processo.
Em termos práticos, pode-se dizer que a atmosfera é composta de 20% de oxigênio
e 80% de nitrogênio. A diferença entre os pontos de ebulição nos diversos gases
componentes da atmosfera possibilita obtenção e separação dos gases pela destilação
fracionada do ar liquefeito.
( ê )
a = regulagem da chama =
í ( á )
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Tabela 1 Tipos e características das chamas.
Regulagem da
Tipo da chama Característica Aplicação
chama
1.3.1 Gases
O processo oxigás precisa de dois gases: oxigênio e um gás combustível.
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Oxigênio
É o gás mais importante para os seres vivos, existindo em abundância no ar, cerca
de 21%em volume ou 23% em massa. É inodoro, incolor, não tóxico e mais pesado que
o ar (peso atômico: 31,9988 g/mol). O oxigênio por si só não é inflamável, porém,
sustenta a combustão, reagindo violentamente com materiais combustíveis, podendo
causar fogo ou explosões.
O oxigênio pode ser obtido de duas formas: através de reações químicas pela
eletrólise de água (método utilizado apenas em laboratórios em função de sua baixa
eficiência); e através da destilação fracionada do ar atmosférico (aspiração, filtragem,
compressão, resfriamento, expansão, interação e evaporação).
Gases combustíveis
São vários os gases combustíveis que podem ser usados para ignição e
manutenção da chama de aquecimento: acetileno, propano, GLP, gás de nafta, hidrogênio
e gás natural. A natureza do gás combustível influenciará na temperatura da chama,
consumo de oxigênio e custo do processo. Dentre estes, os mais utilizados são o acetileno
e o GLP.
Acetileno (C2H2)
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Entre os vários gases citados, o acetileno é o de maior interesse no uso industrial
por possuir uma elevada temperatura de chama (3.100 ºC) e o maior percentual em peso
de carbono. É um gás estável a temperatura e pressão ambientes, porém não se recomenda
seu uso sob pressões superiores a 1,5 Kg/cm2, onde o gás pode entrar em colapso e
explodir.
O acetileno é tão usado na soldagem a gás que muitas vezes o processo recebe o
nome de soldagem oxiacetilênica.
GLP
O gás liquefeito de petróleo (GLP) é uma mistura de dois gases (propano: C3H8 e
butano: CH3CH2CH2CH3), que são hidrocarbonetos saturados. O GLP é incolor e inodoro
em concentrações abaixo de 2% no ar. É um gás 1,6 vezes mais pesado que o ar, sendo
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utilizado como combustível para queima em fornos industriais, aquecimento e corte de
materiais ferrosos.
O GLP é constituinte do óleo cru (cerca de 2%) e recuperado tal como outros
subprodutos do petróleo em refinarias. O gás é estocado de forma condensada sob pressão
em esferas.
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gerando uma atmosfera oxidante com menor temperatura, uma vez que o nitrogênio do
ar entra na reação apenas para retirar calor e essa região da chama possui maior seção
transversal. A figura 4 esquematiza o local das reações de combustão.
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Figura 5 Temperatura máxima para o acetileno em função da regulagem.
1.4 Consumíveis.
Cilindro de acetileno
Além dos gases, mais dois tipos de materiais são, às vezes, necessários para a
realização da soldagem a gás: os fluxos e os metais de adição. Juntamente com o gás,
esses materiais são chamados de consumíveis.
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1.5 Equipamentos
O equipamento usado é bastante simples, tem baixo custo e também pode ser
usado, com pequenas variações, em outras operações como dobramento e desempeno de
peças metálicas, pré e pós-aquecimento em soldagem, em operações de brasagem, solda-
brasagem e corte a gás.
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Figura 7 Montagem do equipamento de soldagem oxi-gás.
Maçaricos
O principal item desse equipamento básico é o maçarico, no qual os gases são
misturados e do qual eles saem para produzir a chama. Ele é composto basicamente de:
• corpo, no qual estão as entradas de gases e os reguladores da passagem dos gases;
• misturador, no qual os gases são misturados;
• lança, na qual a mistura de gases caminha em direção ao bico;
• bico, que é o orifício calibrado por onde sai a mistura dos gases.
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Basicamente, existem dois tipos de maçaricos:
O maçarico de baixa pressão, do tipo injetor, que fornece uma mistura de gás e
oxigênio sem variação de proporção.
Figura 9 1. Entrada de oxigênio. 2. Entrada de gás. 3.lnjetor. 4. Mistura entre os gases. 5. Câmara de
mistura. 6. Bico.
Figura 10 1. Entrada de oxigênio. 2. Entrada de gás. 3.Ponto de encontro dos gases. 4. Misturador de
gases. 5. Câmara de mistura. 6. Bico.
O maçarico deve gerar uma chama estável e manter a dosagem dos gases da
mistura constante durante todo o processo da soldagem ou corte. Em outras palavras, deve
manter constante a regulagem da chama, tanto com variações na pressão do oxigênio
como com o aquecimento excessivo.
Os maçaricos devem ser projetados para resistir ao retrocesso da chama,
caracterizado por um ruído bem característico e que pode danificar o maçarico ou até
causar um acidente grave. O retrocesso pode ocorrer quando o bico é parcialmente
obstruído, quando ocorre aquecimento excessivo ou quando a velocidade de saída da
mistura é menor que a da propagação da chama. Se o ruído característico continuar, o
retrocesso da chama é mais grave e pode se propagar pelas mangueiras até o cilindro.
Bicos
Os bicos são feitos de ligas com elevada condutibilidade térmica, como as ligas
de cobre, para evitar um superaquecimento, gerando problemas como os que foram
referidos no item anterior.
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A área do orifício do bico está linearmente relacionada com a espessura da chapa
a ser soldada. Nota-se que, para uma dada área do orifício do bico, existe uma faixa de
espessura que varia com as condições de soldagem. Existe um feixe de superposição das
espessuras a serem soldadas, porém deve-se ter atenção devido às condições de soldagem,
que podem ser ideais para um dado bico e não para outro, mantendo-se constante a
espessura da chapa.
O formato e o tamanho do dardo dependem, entre outros fatores, do diâmetro do
orifício do bico, da relação entre os diâmetros de entrada e saída do bico etc. O bico deve
fornecer então um escoamento laminar da mistura gasosa.
Reguladores de pressão
Os reguladores são equipamentos utilizados para descomprimir os gases
armazenados em alta pressão nos cilindros. A função do regulador é baixar a pressão do
gás ao valor desejado pelo usuário e mantê-la estabilizada, independentemente de
flutuações de pressão no cilindro.
Ele pode ser de dois tipos: de um ou dois estágios.
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Figura 12 Seção transversal de um regulador de pressão de um estágio (a) e de dois estágios (b).
Válvulas de segurança
As válvulas de segurança devem ser utilizadas em todos os equipamentos de
soldagem e corte oxi-gás. São dispositivos importantes, pois podem minimizar, ou até
evitar acidentes com aqueles tipos de equipamento.
As válvulas de segurança são de dois tipos: válvula contra retrocesso de chama e
válvula de contra fluxo.
A válvula contra retrocesso de chama é conectada ao regulador de pressão do
combustível, ou central de gases combustíveis. Essas válvulas devem evitar o contra fluxo
dos gases, extinguir o retrocesso da chama e cortar o suprimento do gás combustível após
o retrocesso. O funcionamento de uma válvula contra o retrocesso da chama pode ser
acompanhado com a figura 13. O combustível entra na válvula, atravessa um diafragma
perfurado e depois um bocal, entra em outra câmara através de outro bocal, atravessa
outro diafragma perfurado, um disco de material poroso e é direcionado para a mangueira
de combustível que alimenta o maçarico. No caso de retrocesso, o disco de material
poroso evita a propagação da chama para o interior do maçarico junto com os dois
diafragmas que mudam os raios de curvatura e interrompem, através de bocais, o fluxo
do gás combustível.
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A válvula de contra fluxo evita a passagem do combustível do maçarico em
direção ao cilindro. O funcionamento de uma dessas válvulas pode ser acompanhado
através da figura 14. O combustível flui normalmente através de discos porosos de um
metal dúctil, como mostra a figura 14a.
Caso haja contra fluxo devido a uma mistura explosiva de acetileno e ar, por
exemplo, esses discos absorvem as ondas de choque e bloqueiam o contra fluxo (figura
14b). Esse tipo de válvula não impede o retrocesso da chama, uma vez que a temperatura
elevada danifica seus componentes internos.
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Figura 14 Seção transversal de um tipo de válvula de segurança para contra fluxo.
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No caso de utilização de chapas de cobre, os ângulos variam de 60 a 80°, enquanto
que para o chumbo é de 10°. Durante as diversas etapas da soldagem oxi-gás, o ângulo
do maçarico varia. No início, na fase de preaquecimento da chapa, o ângulo recomendado
está entre 80° e 90°. Na soldagem propriamente dita, utiliza-se, no caso dos aços, os
ângulos mostrados na tabela 2. No término da soldagem, o ângulo é de 10 a 20° para o
preenchimento da cratera. Essa técnica é mostrada na figura 15.
Figura 15 Ângulo do maçarico para as diversas etapas da soldagem oxi-gás: no preaquecimento (a);
durante a soldagem (b); no término da soldagem (c)
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Figura 16 Soldagem à esquerda.
Essa técnica é usada para a soldagem de aços e de metais não ferrosos, porque o
cordão de solda obtido é raso. É necessário geralmente que o soldador faça movimentos
rotativos ou ziguezague de um lado para o outro da chapa para obter uma fusão perfeita.
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A soldagem à direita acontece quando a chama é dirigida para a poça de fusão e o
metal de adição é depositado atrás da chama. O ângulo entre o maçarico e a chapa deve
ficar entre 45° e 60°, e o ângulo entre a vareta e a chapa é de aproximadamente 45°.
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Figura 20 Aspecto de uma fusão satisfatória.
Por outro lado, a aplicação errada das técnicas de soldagem, a escolha incorreta
do metal de adição e o tamanho inadequado da chama podem gerar defeitos na soldagem.
A soldagem à esquerda é a mais indicada para chapas com a espessura de até 3
mm aproximadamente, enquanto que a soldagem à direita produz melhores resultados
para espessuras maiores.
A soldagem à direita tem maior velocidade que a soldagem à esquerda, porque
nela é maior a energia de soldagem. A explicação é que na soldagem à direita a parte mais
quente da chama está mais afastada do local a ser fundido.
Em uma obra, quanto mais se aproxima a fase final, com mais frequência acontece
que os conjuntos soldados tenham de ser montados em posições desfavoráveis.
Assim, é importante observar algumas considerações sobre outras posições de
soldagem que não a plana.
Na posição vertical, as soldas deverão ser feitas, sempre que possível, de baixo
para cima, ou seja, na posição ascendente. Tanto quanto possível, deve-se evitar a posição
vertical descendente por ser uma técnica mais complicada, em função do escorrimento do
material líquido. Durante a operação, o ângulo entre o bico do maçarico e a peça a ser
soldada deve variar entre 25° e 90°, conforme a espessura da chapa. O ângulo entre a
vareta de solda e a chapa deve ser de 30°.
A principal vantagem da soldagem na posição vertical é a de se poder trabalhar
sem chanfros, com materiais na faixa de 15 mm de espessura. Nesta faixa de espessura,
podem ser empregados simultaneamente dois soldadores, um de cada lado da junta. Para
evitar pressões desiguais, o fornecimento dos gases deve ser efetuado pela mesma fonte.
A soldagem na posição horizontal é a menos utilizada na soldagem
oxicombustível. Só é recomendável para espessuras menores que 5 mm. O método de
operação é todo especial e requer sucessivas mudanças no ângulo de ataque do bico do
maçarico, ora para a direita, ora para a esquerda.
A solda na posição sobre cabeça é a mais difícil, requer maior habilidade do
soldador e deve ser evitada sempre que possível, porém, muitas vezes, especialmente na
construção naval, ela é obrigatória.
A diferença principal entre a soldagem sobre cabeça e os outros tipos de soldagem
reside no grande ângulo formado entre o maçarico e a peça a ser soldada, pois o maçarico
é mantido quase na posição vertical. O ponto de fusão é inteiramente controlado pela
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chama do maçarico, que é posicionado quase em ângulo reto com a chapa, permitindo
manter o ponto de fusão em posição correta.
A dificuldade maior dessa posição de soldagem é manter um controle sobre a
profundidade de penetração, uma vez que é preciso esperar que haja calor suficiente para
obter uma boa penetração; no entanto, o material se torna muito fluido e difícil de
controlar, com tendência a cair. Utilizando chama e vareta de solda corretas, e,
principalmente, muita habilidade por parte do soldador, as dificuldades podem ser
superadas.
A primeira etapa na preparação das peças a soldar é a limpeza. As peças, ou pelo
menos as partes a serem soldadas, devem estar limpas e livres de qualquer outro material
que não seja sua própria superfície. Por outro material entende-se: tinta, verniz, óleo,
graxa, gordura em geral ou outro material qualquer que possa contaminar a poça de fusão.
Concluída essa etapa, passa-se para o próximo passo da preparação, que consiste
em executar um chanfro, dar espaçamento e fixar as peças a serem soldadas. É importante
destacar que este segundo passo vai depender muito da espessura da peça a ser soldada.
Por exemplo, os chanfros somente são necessários a partir de uma certa espessura.
Nas peças com espessura de 3 a 5 mm deve ser feito um preparo nas bordas a
serem soldadas; esse preparo chama-se chanfro, o qual pode ser feito com esmerilhadeira,
lima ou rebolo e deve ter por volta de 30°. A profundidade do chanfro não deve atingir
mais do que 3/4 da espessura da chapa, pois se a ponta do chanfro for muito fina, esta
será queimada com grande facilidade pela chama do maçarico e a soldagem não ficará
perfeita.
Nas chapas com espessura entre 5 e 15 mm fazem-se os chanfros da mesma
maneira, porém, com ângulos maiores, na ordem de 60°, para ter acesso com o maçarico
ao fundo da junta.
Em espessuras superiores a 15 mm recomenda-se a utilização de chanfro duplo; a
soldagem deve ser feita pelos dois lados. Quando possível, recomenda-se que esta
soldagem seja feita com dois maçaricos de mesma capacidade e em trabalho em conjunto,
um de cada lado, principalmente em espessuras acima de 20 mm.
O preaquecimento das chapas é outra etapa de preparação. É necessário e algumas
vezes indispensável, não só para facilitar o processo de fusão da soldagem e do material
a soldar, mas também para compensar a contração e as possíveis deformações e trincas
do cordão. As chapas finas são aquecidas com o próprio maçarico nos lados da junta a
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soldar. Já as chapas grossas ou peças de grandes dimensões exigem aquecimento
localizado ou aquecimento em forno.
As chapas finas com espessura de até 1 mm não precisam de material adicional
para soldagem. Basta preparar as duas bordas a serem soldadas com uma pequena dobra
de modo a parecer um pequeno flange de cerca de 1,5 mm em cada uma das chapas.
Encostando-se os dois flanges e aproximando-se a chama, dá-se a fusão e a consequente
soldagem.
Para chapas com espessura de 1 a 3 mm, usa-se outro modo para preparação:
aproximam-se as duas chapas a serem unidas, deixando um pequeno espaço com
aproximadamente 1/4 da espessura da chapa. Este modo de soldagem pode causar
deformações nas chapas muito finas.
O ponteamento é utilizado na soldagem de chapas mais finas, antes de ser feito
todo o cordão; as chapas devem ser ponteadas em espaços de 10 a 15 mm. Tal
procedimento evitará que, ao se deformarem, as chapas se aproximem demasiadamente,
prejudicando, assim, a sequência do serviço.
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• Não esvaziar o cilindro completamente, evitando a entrada de ar ou a saída de vapor de
acetona misturado com o acetileno.
•Ter cuidado com vazamentos, uma vez que a mistura do acetileno com o ar pode ser
explosivo.
• Verificar sempre o estado das válvulas e reguladores de pressão, para evitar vazamentos.
Cilindro de oxigênio
• Não usar o oxigênio no lugar do ar comprimido para retirar resíduos de locais que
estejam também sujos de óleo ou graxa, pois pode haver combustão espontânea dos óleos.
• Não usar o oxigênio para limpar roupa que esteja suja de óleo ou graxa, pois há risco de
combustão espontânea da roupa.
• Não lubrificar nenhuma conexão ou parte do equipamento em contato com o cilindro de
oxigênio.
• Evitar choques violentos nos reguladores de pressão, uma vez que, devido à elevada
pressão interna, o cilindro do oxigênio pode voar como um míssil.
• Conservar o cilindro sempre com o capacete de proteção, quando não estiver em uso,
durante a soldagem
• Caso ocorra retrocesso da chama, fechar imediatamente as válvulas do maçarico e dos
cilindros de gases.
• Limpar o bico do maçarico, evitando entupimentos.
• Ter cuidado com o risco de explosão ao soldar ou cortar recipientes metálicos que
tenham tido contato com combustíveis.
Exercícios
1. Quais são as principais vantagens e desvantagens dos processos oxi-gás?
2. Quais são as principais aplicações dos processos de soldagem oxi-gás?
3. Descreva as características dos três tipos de chama.
4. Explique as finalidades dos gases usados em soldagem oxi-gás.
5. Explique o funcionamento dos reguladores de pressão e das válvulas de segurança.
6. Quais são as principais medidas de segurança a serem adotas na soldagem oxi-gás?
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Referências bibliográficas
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