Teoria Sensores
Teoria Sensores
Teoria Sensores
A bobina faz parte de um circuito oscilador, que em con- 1.2.8 - Material do Acionador:
Material Fator
dição normal (desacionada), gera um sinal senoidal. A distância sensora opera- Ferro ou Aço 1,0
Quando um metal aproxima-se do campo, este por cor- cional varia ainda com o tipo de Cromo Níquel 0,9
rentes de superfície (Foulcault), absorve a energia do metal, ou seja, é especificada Aço Inox 0,85
para o ferro ou aço e necessita Latão 0,5
campo, diminuindo a amplitude do sinal gerado no oscila- Alumínio 0,4
dor. ser multiplicada por um fator de
Cobre 0,3
A variação de amplitude deste sinal é convertida em uma redução.
variação contínua, que comparada com um valor padrão, 1.3 - Histerese:
passa a atuar no estágio de saída. É a diferença entre o ponto de acionamento (quando o
alvo metálico aproxima-se da face sensora) e o ponto de
1.2 - Face Sensora:
desacionamento (quando o alvo afasta-se do sensor).
É a superfície onde emerge o campo eletromagnético. Este valor é importante, pois garante uma diferença entre
1.2.1 - Distância Sensora (S): o ponto de acionamento e desacionamento, evitando que
em uma possível vibração do sensor ou acionador, a
É a distância em que aproximando-se o acionador da
saída oscile.
face sensora, o sensor muda o estado da saída.
Da Dd
Sense 1-1.1
Introdução
2 - Sensores de Proximidade Capacitivos: 2.6 - Distância Sensora Operacional (Sa):
Os sensores de proximidade capacitivos são equipamen- É a distância que observamos na prática, sendo consi-
tos eletrônicos capazes de detectar a presença ou aproxi- derados os fatores de industrialização (81% Sn) e um fa-
mação de materiais orgânicos, plásticos, pós, líquidos, tor que é proporcional ao dielétrico do material a ser de-
madeiras, papéis, metais, etc. tectado, pois o sensor capacitivo reduz sua distância
quanto menor o dielétrico do acionador.
2.1 - Princípio de Funcionamento:
O princípio de funcionamento baseia-se na geração de Sa = 0,81 . Sn . F(e)
um campo elétrico, desenvolvido por um oscilador con-
Er
trolado por capacitor.
80
A+ 70
A+ A+
60
50
40
B- B-
B- 30
20
10
FACE SENSORA
REGIÃO SENSORA
Saída do Sensor
On
4us 3.3.1.1 - Alvo Padrão:
72us
Off
O alvo padrão no caso dos sensores por difusão é uma
folha de papel fotográfico branco com índice de refle-
O transmissor envia o feixe de luz através de um fotodi- tividade de 90%, com dimensões especificadas para
odo, que emite flashes, com alta potência e curta du- cada modelo de sensor. Utilizado durante a industriali-
ração, para evitar que o receptor confunda a luz emitida zação para calibração da distância sensora nominal (Sn).
pelo transmissor com a iluminação ambiente.
3.3.2 - Distância Sensora Efetiva (Su):
O receptor é composto por um fototransistor sensível a
luz, que em conjunto com um filtro sintonizado na mesma Valor influenciado pela industrialização e considera as
frequência de pulsação dos flashes do transmissor, faz variações causadas pela temperatura de operação:
com que o receptor compreenda somente a luz vinda do 0,9Sn £ Sr £ 1,1Sn
transmissor. Su = ± 10% Sr
0,81Sn £ Su £ 1,21Sn
3.2 - Sistema por Barreira:
3.3.3 - Distância Sensora Operacional (Sa):
O transmissor e o receptor estão em unidades distintas e
devem ser dispostos um frente ao outro, de modo que o Para os modelos tipo fotosensor existem vários fatores
receptor possa constantemente receber a luz do trans- que influenciam o valor da distância sensora operacional
missor. O acionamento da saída ocorrerá quando o ob- (Sa), explicados pelas leis de reflexão de luz da física.
jeto a ser detectado interromper o feixe de luz.
Sa = 0,81 . Sn . F (cor, material, rugosidade, outros)
Sense 1-1.3
Introdução
3.4 - Sistema Refletivo: 3.4.4.1 - Montagem Angular:
Este sistema apresenta o transmissor e o receptor em Consiste em montar o sistema sensor-espelho de forma
uma única unidade. O feixe de luz chega ao receptor que o feixe de luz forme um ângulo de 10o a 30o em re-
somente após ser refletido por um espelho prismático, e o lação ao eixo perpendicular ao objeto.
acionamento da saída ocorrerá quando o objeto a ser de-
tectado interromper este feixe.
SENSOR OBJETO
ESPELHO PRISMÁTICO ESPELHO PRISMÁTICO
RVM5
ESPELHO
L
OFF ON
Frequência(Hz)
3K 10K 100K 1M
alimentados por uma fonte em CC. Possuem no estágio mente abaixo de 2V.
de saída um transistor que tem como função chavear (li-
gar e desligar) a carga conectada ao sensor. Cuidado:
Existe, ainda, dois tipos de transistor de saída, um que Quando utilizar sensores do tipo
chaveia o terminal positivo da fonte de alimentação, con- NPN comutando portas TTL,
hecido como PNP; e o tipo que chaveia o negativo da verifique se o sensor possui Transistor
cuidado !!!
Vcc
queda de tensão menor que NPN TTL
transistor de saída está aberto (cortado). A carga só será sistência de coletor no transistor Led CARGA
Vcc
energizada quando o acionador entrar na região de sen- de saída, esta serve para dimi- -
l CARGA
le
sibilidade do sensor. nuir a impedância do circuito
NPN
Sense 1-1.5
Introdução
4.2 - Modelos em Corrente Contínua a 2 fios: 4.3.2 - Amplificador Externo:
Nesta versão, o estágio de saída possui apenas dois ter- Como o sensor indutivo tipo Na-
minais, que devem ser ligados em série com a carga. mur não possui amplificador in-
+ 8 Vcc
Quando a carga está desenergizada, flui uma pequena terno, deve ser conectado ao
corrente residual na carga, e quando a carga está energi- amplificador externo que de- R1
zada, surge uma queda de tensão no sensor. Isto porque tecterá a variação de corrente R2
o sensor é alimentado pela carga (ligada em série). entre 3mA e 1mA, podendo
acionar um transistor para
4.2.1 - Tensão Residual: comutação de cargas de potên-
Quando o sensor está acionado, aparece uma queda de cia.
tensão de aproximadamente 5V, que deve ser consi-
derada para efeito da energização da carga, principal- 4.3.3 - Barreira de Segurança Intrínseca:
mente em circuitos eletrônicos e controladores pro- Os sensores Namur devem ser conectados com Repeti-
gramáveis (exemplo: com a alimentação de 24Vcc, o dores Digitais Intrinsecamente Seguros (Barreiras de Se-
sensor fornece 19V a carga, que deve seguramente ser gurança Intrínseca), que são os equipamentos capazes
necessária para o acionamento da carga). de limitar a energia elétrica enviada ao sensor, de forma a
não existir energia armazenada no sensor capaz de deto-
4.2.3 - Corrente Residual: nar a atmosfera potencialmente explosiva.
É a corrente que circula pela carga quando o sensor está
desacionado, com valor de aproximadamente 2,5mA, ne-
cessária para alimentação do sensor.
Deve-se certificar que cargas de alta impedância, como
C
controladores, não sejam acionadas devido a corrente de +
Sensor Indutivo Contatos
fuga. Tipo Namur
Entrada NF do Relé
de Saída
-
NA
4.2.4 - Carga Mínima:
O sensor a dois fios requer uma carga mínima, aproxima-
damente 5mA, para manter o sensor alimentado en-
Alimentação
quanto a carga estiver energizada.
Deve-se tomar o cuidado de checar a corrente de con-
sumo, principalmente de controladores lógicos, visando a Cuidado:
compatibilidade entre os equipamentos. As Barreiras de Segurança Intrinseca podem
apresentar-se como os amplificadores, que não são
4.3 - Sensores de Corrente Contínua Tipo Namur: próprios para instalações intrinsecamente seguras e
Esta configuração é muito semelhante aos sensores de põem em risco a segurança da instalação.
corrente contínua convencionais, diferenciando-se a-
penas por não possuir o estágio de saída, com o transis- 4.3.4 - Certificado:
tor de chaveamento. Sendo normalmente utilizada para Como os instrumentos da Sense, todos os equipamentos
sensores indutivos de pequenas dimensões, onde circui- elétricos para áreas classificadas devem possuir um Cer-
tos eletrônicos mais complexos e maiores não seriam tificado de Conformidade, emitido pelo Inmetro/ Cepel,
possíveis de montar. atestando que os produtos foram projetados e constru-
Outra aplicação típica para os sensores Namur são as idos de acordo com as normas técnicas e não colocam
atmosferas potencialmente explosivas de Indústrias em risco as instalações.
Químicas e Petroquímicas, pois não possuem estágio de
saída comutando potências elevadas.
Podem ser construídos segundo as Normas de Se-
gurança Intrínseca, que prevêem a manipulação de baixa
energia elétrica, evitando a detonação da atmosfera quer
por faíscas elétricas ou pelo efeito térmico de superfícies
aquecidas.
4.3.1 - Princípio de Funcionamento:
Foram especialmente projetados segundo as especifi-
cações da Norma Técnica DIN19234, que prevê o sensor
sem o estágio de saída. O circuito consome uma corrente
de aproximadamente 3mA, quando está desacionado.
Com a aproximação do alvo metálico que absorve ener-
gia do campo eletromagnético, o consumo de corrente
cai para aproximadamente 1mA.
MR I
Desacionado (D) Acionado (A)
8Vcc +- 5%
1-1.6 Sense
Introdução
4.4 - Associação de Sensores: 5 - Fonte de Alimentação:
Os sensores de proximidade com configuração elétrica A fonte de alimentação para sensores em corrente
em corrente contínua permitem a associação em série ou contínua é muito importante, pois dela depende a esta-
em paralelo, tomando-se os devidos cuidados. bilidade de funcionamento e a vida útil do sensor.
Uma boa fonte de alimentação deve possuir filtros que di-
4.4.1 - Associação em Série: minuem os efeitos dos ruídos elétricos (transistórios)
Neste tipo de associação nota-se que a tensão residual gerados pelas cargas, que podem até danificar os sen-
pode chegar a valores significativos, portanto sores de proximidade e outros equipamentos eletrônicos,
aconselha-se calcular a queda de tensão na carga: conectados a fonte. Desta forma, indicamos a utilização
Vc £ V - n . Vres de fontes reguladas ou chaveadas, que apesar do custo
Vc - tensão mínima permissível inicial maior, propiciam maior confiabilidade na insta-
V - tensão de alimentação lação.
Vres - tensão residual no sensor 5.1 - Onda Completa:
n - número de sensores
Esta fonte não é adequada, pois o ripple é muito alto (rip-
ple >10%) e existem os pontos próximos a t1, t2, em que a
Deve-se ainda analizar a corrente de chaveamento, que
tensão é praticamente nula, além da tensão de pico ser
nos primeiros sensores pode chegar a valores acima do
muito maior que o valor médio.
permitido.
I = Ic + (n - 1) . Icons < Im Vcc
2
Vcc
PNP
+
+ + +
Vcc
-
t
+
Vcc
Obs: Também é possível a conexão dos sensores com
contatos mecânicos.
Vcc
4.4.2 - Associação em Paralelo:
Neste tipo de associação deve-se colocar um diodo em
cada saída, para evitar que ao acionar um sensor, não - t
+ +
Vcc
D Regulador
Série
PNP NPN D +
Vcc
-
Obs: Também é possível a conexão dos sensores com t
contatos mecânicos.
Sense 1-1.7
Introdução
5.5 - Fontes Chaveadas: 6 - Sensores de Corrente Alternada:
As fontes chaveadas normalmente possuem a saída pro- Os sensores de corrente alternada foram, verdadeira-
tegida contra curto circuito na carga, e completamente mente, desenvolvidos para a substituição das chaves fim
estabilizada independente das variações da rede de curso. Possuem o estágio de saída composto por um
elétrica. tiristor, próprio para chaveamento de corrente alternada,
conectado exatamente como um contato mecânico.
REG.
6.1 - Princípio de Funcionamento:
Vca
O sensor de corrente alternada a 2 fios possui no estágio
de saída uma ponte retificadora em conjunto com um
SCR, tornando o sensor apto a conduzir corrente não
Devido ao sistema de retificação e oscilação, a fonte polarizada (alternada).
elimina os picos de tensão gerados pela rede, aumen-
tando assim a vida útil dos sensores de proximidade e ou-
FONTE
tros circuitos eletrônicos ligados a fonte.
VARISTOR
5.6 - Ripple:
Carga
O ripple é a ondulação da V
tensão contínua, sendo uma Vp
Nota: Em sistemas com muitas cargas indutivas, aconselha-se utilizar fontes separadas. 6.4 - Tensão Residual:
É a queda de tensão que permanece no sensor quando a
5.7.2 - Exemplo com Controlador Programável:
carga está energizada, torna-se importante com cargas
A fonte 1 é uma fonte regulada de baixa potência, de alta impedância. No sensor a 3 fios a queda de tensão
somente para consumo dos cartões de entrada do con- é muito pequena (1Vca) e nos sensores a 2 fios a queda é
trolador. maior (de 4 a 10Vca dependendo do fabricante), pois
Já a fonte 2 é de potência e não requer sofisticação, po- este resíduo de tensão mantém o sensor alimentado.
dendo ser simplesmente um retificador, o que normal-
mente é suficiente para cargas indutivas.
Carga Vres
+ Cartão Cartão
CA
de de
+ Vres
PNP Entrada Saída
1 + Carga
CC - - 2 1
Fonte 1 Sensor 1
+ 6.5 - Corrente Máxima de Chaveamento:
CC
É a máxima corrente que o
-
CA sensor pode comutar sem
Fonte 2
PNP
+
16 danificar permanentemente IL
-
17 16
o tiristor de saída. Normal-
Carga
Sensor 16 COMUM mente os sensores são fabri-
cados para 500mA.
1-1.8 Sense
Introdução
6.6 - Corrente de Surto: 7 - Cuidados na Instalação:
É a máxima corrente de pico Neste capítulo, relacionamos os principais cuidados que
permitida no ligamento (na IL o usuário deve observar durante a instalação e operação
chamada) de um circuito in- Regime dos sensores eletrônicos de proximidade.
dutivo (solenóides, chaves Surto Permanente A não observação destes itens pode provocar o mau fun-
IS
magnéticas, etc). Normal- cionamento e até mesmo um dano permanente no sen-
mente, é especificada com sor, com a consequente perda da garantia.
I
duração menor que 20ms e t Em casos de dúvidas quanto a seleção do sensor mais
uma frequência de aciona- adequado a sua aplicação, ou mesmo quanto a esclareci-
mento menor que 1Hz, com mentos técnicos, recomendamos entrar em contato com
valores típicos de 2A e 4A. nosso depto. de Engenharia de Aplicações.
6.7 - Corrente Residual: 7.1 - Cuidados Gerais:
É a corrente que circula pela carga quando o tiristor de Abaixo ilustramos os principais cuidados que devem ser
saída está bloqueado e é necessária para alimentação in- observados durante a instalação do sensor.
terna do sensor. No caso do sensor a 2 fios, este valor
7.1.1 - Cabo de Conexão:
normalmente é menor que 5mA; e no modelo a 3 fios é
praticamente nulo. Evitar que o cabo de conexão do sensor seja submetido a
Cuidado: em aplicações com controladores pro- qualquer tipo de esforço mecânico.
gramáveis e sensores a 2 fios, verifique se a corrente re-
sidual não acionará o cartão de entrada, pois pode causar
queda de tensão entendida como nível lógico “1".
Cartão de
2 Fios Entrada AC
1
2
Ires
3 Fios
Ires 0 Vres
2 Fios
I R = 3mA
24
Vc
c
1-1.10 Sense
Introdução
7.4.1 - Fonte de Alimentação:
Vide as recomendações do item 5 e evite utilizar a mesma
fonte de alimentação para sensores de proximidade e cir-
cuitos de acionamento com altas cargas indutivas, princi-
palmente se a fonte não for regulada.
7.4.2 - Cablagem:
Conforme as recomendações das normas técnicas,
deve-se evitar que os cabos de sensores de proximidade
e instrumentos de medição e controle em geral utilizem
os mesmos eletrodutos que os circuitos de acionamento.
Sense 1-1.11