REVISÃO Caderno de Doutrina e Questões 6
REVISÃO Caderno de Doutrina e Questões 6
REVISÃO Caderno de Doutrina e Questões 6
SEMANA 06/30
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06
NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
SEMANA 06/30
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
AVISO IMPORTANTE
O material será disponibilizado com os dados pessoais do participante, em área de acesso restrita. O
compartilhamento indevido de materiais da PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA – TURMA 8
ensejará a interrupção imediata do serviço, bem como adoção das medidas cabíveis.
1- E-book de doutrina e questões - Este e-book é dividido em metas, que correspondem aos
dias da semana em que o aluno deve cumprir. No início de cada meta, disponibilizamos os artigos
relacionados ao tema, ao passo que no final disponibilizamos questões de concursos anteriores para
treinamento (disponibilizado semanalmente);
2- E-book de Súmulas por assunto - Este e-book visa orientar nosso aluno, a partir de um
cronograma, a realizar uma leitura das principais súmulas dos Tribunais Superiores (disponibilizado
integralmente no início do curso);
3- E-book de Lei Seca - Compilamos as principais leis, que possuem grande incidência em
concursos de Delegado de Polícia e que são específicas para o seu concurso. Esse e-book visa, através de
um cronograma elaborado por nossa equipe, organizar o estudo tão importante da lei seca
(disponibilizados semanalmente).
4- E-book de Jurisprudência - Selecionamos os principais julgados mais recentes para facilitar o
seu estudo. Com o cronograma criado pela nossa equipe, você estudará os principais informativos de uma
maneira constante e leve (disponibilizados semanalmente).
5- E-book de Revisão (ciclos de revisão) – Com o objetivo de sedimentar o estudo realizado ao
longo do curso, utilizaremos o nosso método de revisão 5x1, ou seja, a cada 5 semanas de conteúdo,
teremos uma semana de revisão.
Isto é bem intuitivo. No E-book principal (doutrina e questões), cada meta se refere a um dia
da semana (Meta 1, Segunda-feira; Meta 2, terça-feira, etc).
Acreditamos que o melhor método de estudo é a partir da edificação de uma base de
conhecimento pautada no tripé doutrina – lei seca – jurisprudência, aliada à constante resolução de
questões objetivas.
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Por isso, aconselhamos que se inicie o dia estudando a meta do dia (E-book principal doutrina
e questões). No momento do estudo não tente resumir a matéria, pois nossas metas diárias já suprirão
esta necessidade. O ideal é que tome notas inteligentes em post-its e façam grifos para a revisão. Notas
inteligente são aquelas que sem precisar esgotar o tema faz com que você relembre os principais pontos. A
organização das suas anotações é crucial para sua aprovação.
Atendendo sugestões, explicaremos melhor como vocês devem se guiar com esse material:
Vamos Juntos!
Prezado(a) aluno(a),
Caso possua alguma dúvida jurídica sobre o conteúdo disponibilizado no curso, pedimos que utilize a sua
área do aluno. Há um campo específico para enviar dúvidas.
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Sumário
META 1 ............................................................................................................................................................... 7
REVISÃO DA SEMANA 01 .................................................................................................................................... 7
Questões ......................................................................................................................................................... 7
Comentários .................................................................................................................................................18
META 2 .............................................................................................................................................................46
REVISÃO DA SEMANA 02 ..................................................................................................................................46
Questões .......................................................................................................................................................46
Comentários .................................................................................................................................................57
META 3 .............................................................................................................................................................81
REVISÃO DA SEMANA 03 ..................................................................................................................................81
Questões .......................................................................................................................................................81
Comentários .................................................................................................................................................91
META 4 ...........................................................................................................................................................117
REVISÃO DA SEMANA 04 ................................................................................................................................117
Questões .....................................................................................................................................................117
Comentários ...............................................................................................................................................127
META 5 ...........................................................................................................................................................155
REVISÃO DA SEMANA 05 ................................................................................................................................155
Questões .....................................................................................................................................................155
Comentários ...............................................................................................................................................166
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ATENÇÃO
Equipe DD
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META 1
REVISÃO DA SEMANA 01
Questões
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Segundo Aníbal Bruno “o conjunto das normas jurídicas que regulam a atuação estatal nesse combate contra
o crime, através de medidas aplicadas aos criminosos, é o Direito Penal”. Com isso, julgue o item abaixo:
Na função de controle social, o direito penal se revela como uma garantia aos cidadãos de que só haverá
punição caso sejam praticados os fatos expressamente previstos em lei como infração penal. Franz von Liszt
dizia: “o código penal é a magna carta do delinquente”.
2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
O Direito Penal objetivo é o conjunto de leis penais em vigor. Por outro lado, o Direito Penal subjetivo
representa o direito de punir do Estado, que nasce no momento em que a lei incriminadora é violada.
4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
O Direito Penal incriminador tem como fontes formais imediatas a lei, a doutrina e a jurisprudência.
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
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Segundo Claus Roxin, o Direito Penal tem como função a proteção de bens jurídicos imprescindíveis ao
convívio harmônico da sociedade.
6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
Prevalece que a utilização de Tipos Penais Abertos viola o Princípio da Legalidade, na sua vertente do
Princípio da taxatividade.
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
O Princípio da Individualização das Penas não deixa de ser um desdobramento do Princípio da Isonomia, na
sua face material.
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
O Princípio da Proporcionalidade Penal é, hoje, visto num duplo enfoque, um positivo e outro negativo.
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A cláusula da reserva do possível pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de inviabilizar
a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição, encontrando superável
limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, ainda que represente, no contexto de nosso
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pesso a humana.
A autorização estatutária genérica conferida à associação é suficiente para legitimar a sua atuação em
juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo dispensável a manifestação individua l do associado
ou deliberação em assembleia geral da entidade.
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados
independe da autorização destes.
SEMANA 06/30
A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, se houver dano.
As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente.
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O regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, dos quais se originam os demais. São eles:
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado traz como efeito uma relação de
verticalidade, uma preponderância dos interesses defendidos pela Administração, tidos como públicos ou
gerais, daqueles interesses defendidos por particulares.
O gestor público não pode livremente transigir sobre os interesses da Administração Pública.
Eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, serão solucionadas
concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do caso concreto.
Acerca dos princípios que regem o Direito Administrativo, julgue o item abaixo:
O interesse público primário pode ser definido como aquele que representa o interesse público do aparato
estatal, enquanto sujeito de direitos e deveres.
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Acerca dos princípios que regem o Direito Administrativo, julgue o item abaixo:
O princípio da sindicabilidade trata da possibilidade de controle, pelo Poder Judiciário, da legitimidade dos
atos praticados pela Administração.
Acerca dos princípios que regem o Direito Administrativo, julgue o item abaixo:
O princípio da legalidade pode sofrer restrições excepcionais, como, por exemplo, as medidas provisórias e
a decretação do estado de sítio.
Acerca dos princípios que regem o Direito Administrativo, julgue o item abaixo:
Acerca do conceito de Administração Pública e dos princípios e funções do Direito Administrativo, julgue o
item abaixo:
O Direito Administrativo é o ramo do Direito Privado que tem por objeto as regras e princípios aplicáveis à
atividade administrativa preordenada à satisfação dos direitos fundamentais.
A denúncia pelo delito de lavagem deve ser instruída com indícios suficientes da existência da infração penal
antecedente, sendo puníveis os fatos, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta a
punibilidade da infração penal antecedente.
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O delito de lavagem de bens, direitos ou valores (“lavagem de dinheiro”), previsto no art. 1º da Lei nº
9.613/98, não admite tentativa.
Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda em favor da União ou do Estado for decretada
serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade pública ou devolvidos aos seus proprietários, se
houver interesse na sua conservação.
A pena será aumentada, de um a dois terços, se a lavagem for cometida de forma reiterada ou por intermédio
de organização criminosa.
No processo que apure o delito de lavagem de dinheiro, se o acusado, citado por edital, não comparecer,
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional.
A alienação antecipada para preservação de valor de bens sob constrição poderá ser decretada pelo juiz ou
por solicitação da parte interessada, mediante petição incidental, que será autuada e tramitará
conjuntamente com o processo principal.
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Acerca dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Lei 9.613/98, julgue o
item abaixo:
O processo e julgamento dos crimes previstos na Lei 9.613/1998, não obstante tratar-se de crimes
subsidiários, independe do processo e julgamento dos crimes principais antecedentes, desde que praticados
no Brasil.
Acerca dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Lei 9.613/98, julgue o
item abaixo:
Constitui efeito da condenação penal a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de competência
da Justiça Estadual -, de todos os bens, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos
crimes previstos na Lei 9.613/98, inclusive aqueles utilizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do
lesado ou de terceiro de boa-fé.
Acerca dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Lei 9.613/98, julgue o
item abaixo:
É efeito da condenação criminal por crime de lavagem de capitais a interdição do exercício de cargo ou função
pública de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de administração, pelo dobro do tempo
da pena privativa de liberdade aplicada.
Acerca dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Lei 9.613/98, julgue o
item abaixo:
A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultando-
se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor,
coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que
conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à
localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
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No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:
O Princípio da Identidade Física do Juiz é uma garantia que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado
que tenha presidio a instrução processual seja o signatário da sentença, o que não comporta exceções no
âmbito penal diferentemente do processo civil.
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
O processo penal deve ser lido à luz da Constituição Federal e da Convenção Americana de Direitos Humanos
e não ao contrário.
Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei
Processual Penal, julgue o item abaixo:
No caso de Recursos, é aplicada a Lei Processual Penal vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto
de impugnação, mesmo com prazo já iniciado, desde que não estabeleça prazo menor do que a nova lei.
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será encaminhado à presença do juiz de
garantias no prazo de 24 horas, momento em que se realizará audiência com a presença do Ministério Público
e da Defensoria Pública ou de advogado constituído, sendo possível o emprego de videoconferência.
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
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A Constituição Federal e os princípios gerais do direito são considerados fontes formais mediatas do direito
processual penal.
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por 15 dias, após o que, se
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
O processo penal não pode mais ser visto como simples instrumento a serviço do poder punitivo, senão que
desempenha o papel limitador do poder e garantidor do indivíduo a ele submetido.
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, incluídas as de menor potencial
ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa.
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
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De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
Deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de
qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob
pena de responsabilidade civil, administrativa e penal.
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Comentários
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Segundo Aníbal Bruno “o conjunto das normas jurídicas que regulam a atuação estatal nesse combate
contra o crime, através de medidas aplicadas aos criminosos, é o Direito Penal”. Com isso, julgue o item
abaixo:
Na função de controle social, o direito penal se revela como uma garantia aos cidadãos de que só haverá
punição caso sejam praticados os fatos expressamente previstos em lei como infração penal. Franz von Liszt
dizia: “o código penal é a magna carta do delinquente”.
COMENTÁRIO
A assertiva traz, na verdade, o conceito da função de garantia do Direito Penal.
Por mais paradoxal que possa parecer, o Direito Penal tem a função de garantia. De fato, funciona como
um escudo aos cidadãos, uma vez que só pode haver punição caso sejam praticados os fatos
expressamente previstos em lei como infração penal.
Função de garantia - É materializada pelo princípio da legalidade (ou taxatividade). Pois esse princípio,
além de trazer a vertente de instituir o Poder Punitivo criminalizando condutas, também é visto como a
garantia do indivíduo contra possíveis arbitrariedades do Estado entrando na esfera
privada/liberdade/patrimônio sem que tenha um tipo penal prevendo aquela conduta como crime.
Função fundamentadora – Está ligada à ideia de 1ª geração dos direitos fundamentais. Nessa função, o
princípio da legalidade não será considerado como uma garantia do indivíduo, mas sim como um
fundamento a legitimar a atuação estatal. Assim, o Estado, através do tipo penal, vai encontrar o
fundamento para cercear a liberdade do indivíduo. (Fundamento do direito de punir)
Função selecionadora de condutas - Ligada ao princípio da intervenção mínima: através do direito penal
o legislador seleciona as condutas que têm maior lesividade, maior relevância para a proteção dos bens
jurídicos. Logo, o tipo penal é a materialização das escolhas que o legislador fez ao selecionar as condutas.
Função indiciária - Está ligada às teorias que buscam relacionar o fato típico com a ilicitude.
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GABARITO: Errado
2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
COMENTÁRIO
Fonte material ou de produção são os órgãos constitucionalmente encarregados de elaborar o Direito
Penal. De acordo com o art. 22, I, da CF/88, essa tarefa é conferida precipuamente à União. Entretanto,
com esteio no art. 22, § único, lei complementar pode autorizar os Estados-membros a legislar sobre
questões específicas.
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
https://www.migalhas.com.br/depeso/44990/fontes-do-direito-penal--necessaria-revisao-desse-assunto-
-parte-1
GABARITO: Certo
3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
O Direito Penal objetivo é o conjunto de leis penais em vigor. Por outro lado, o Direito Penal subjetivo
representa o direito de punir do Estado, que nasce no momento em que a lei incriminadora é violada.
COMENTÁRIO
O Direito Penal objetivo constitui-se das normas penais incriminadoras e não incriminadoras.
Já o Direito Penal subjetivo é o direito de punir do Estado (jus puniendi).
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
https://www.migalhas.com.br/depeso/44990/fontes-do-direito-penal--necessaria-revisao-desse-assunto-
-parte-1
GABARITO: Certo
19
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4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
O Direito Penal incriminador tem como fontes formais imediatas a lei, a doutrina e a jurisprudência.
COMENTÁRIO
O Direito Penal incriminador tem como fonte formal única, exclusiva e imediata a lei, já que para criar ou
ampliar o ius puniendi a única fonte de exteriorização é a lei formal (lei ordinária ou complementar),
escrita, cujo conteúdo é discutido, votado e aprovado pelo Parlamento.
Por força do nullum crimen, nulla poena sine lege nenhuma outra fonte pode criar crimes ou penas ou
medidas de segurança ou agravar as penas (ou seja: nenhuma outra fonte pode criar ou ampliar o ius
puniendi).
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
https://www.migalhas.com.br/depeso/44990/fontes-do-direito-penal--necessaria-revisao-desse-assunto-
-parte-1
GABARITO: Errado
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Segundo Claus Roxin, o Direito Penal tem como função a proteção de bens jurídicos imprescindíveis ao
convívio harmônico da sociedade.
COMENTÁRIO
Para Roxin, a missão central do Direito Penal é a proteção de bens jurídicos. Apenas os interesses mais
relevantes são erigidos à categoria de bens jurídicos penais, em face do caráter fragmentário e subsidiário
do Direito Penal. Dessa forma, o Direito Penal deve atender aos reclamos da sociedade, levando, por
consequência, a uma finalidade prática (e por isso é teleológico) de proteção dos bens jurídicos mais
relevantes ao convívio social.
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021.
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https://www.migalhas.com.br/depeso/44990/fontes-do-direito-penal--necessaria-revisao-desse-assunto-
-parte-1
GABARITO: Certo
6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
Prevalece que a utilização de Tipos Penais Abertos viola o Princípio da Legalidade, na sua vertente do
Princípio da taxatividade.
COMENTÁRIO
O Princípio da Taxatividade ou da Máxima Determinação exige que os tipos penais devem ser certos, claros
e determinados de modo a permitir à população o pleno entendimento sobre o que é crime e o que não
é. Isso impede o legislador de criar crimes vagos, ambíguos, indeterminados ou imprecisos, os quais não
protegem o cidadão de arbitrariedade, e habilitam o juiz a realizar a interpretação a ponto de violar a
Separação dos Poderes.
Mas é preciso não confundir essas hipóteses com os chamados Tipos Abertos, que na verdade são frutos
de uma técnica legislativa excepcional e que podem e devem ser valorados pelo magistrado para fins de
tipificação formal e material, já que não é possível o legislador prever todas as formas delitivas.
Também representam exceção ao Princípio da Taxatividade as chamadas Normas Penais em Branco, que
exigem uma complementação normativa para a perfeita adequação da conduta ao tipo penal.
GABARITO: Errado
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
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Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
O Princípio da Humanização das Penas veda a utilização de penas cruéis e respostas penais atentatórias à
ideia de Dignidade da Pessoa Humana e contra o intuito ressocializador do Direito Penal.
Tem previsão expressa nos artigos 1º, inciso III, e 5º, inciso XLVII, ambos da Constituição Federal, como
também, na Declaração dos Direitos do Homem e Cidadão e na Convenção Americana de Direitos
Humanos.
DDHC:
Artigo 5. Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
CADH:
Artigo 5º. - Direito à integridade pessoal
1. Toda pessoa tem direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral.
2. Ninguém deve ser submetido a torturas nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou
degradantes. Toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com respeito devido à dignidade inerente
ao ser humano.
Para Nilo Batista, o Princípio da Humanidade postula a racionalidade e a proporcionalidade das penas, e
está vinculado a um processo histórico que originou os Princípios da Legalidade, da Intervenção Mínima e
até mesmo o da Lesividade, sob o prisma da “danosidade social” do delito.
GABARITO: Certo
8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
O Princípio da Individualização das Penas não deixa de ser um desdobramento do Princípio da Isonomia, na
sua face material.
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COMENTÁRIO
O Princípio da Individualização da Pena, estatuído no artigo 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal, é
observado em três momentos, na medida da proporcionalidade:
Constituição Federal:
Art. 5. [...]
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou
restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou
interdição de direitos;
LEP: Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para
orientar a individualização da execução penal.
Quanto à aplicação da sanção, a pena deverá ser sempre individualizada para cada infrator. O juiz deve
analisar todas as circunstâncias na quais o crime foi perpetrado, bem como o grau de culpabilidade de
cada agente, pois nenhuma conduta e/ou criminoso é igual ao outro. O Princípio, portanto, é um puro
desdobramento da Isonomia Material.
GABARITO: Certo
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
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COMENTÁRIO
Implícito na Constituição Federal, e explícito no Estatuto de Roma, o Princípio “no bis in idem” determina
que ninguém deve ser:
Estatuto de Roma:
Artigo 20 (Ne bis in idem):
1. Salvo disposição contrária do presente Estatuto, nenhuma pessoa poderá ser julgada pelo Tribunal por
atos constitutivos de crimes pelos quais este já a tenha condenado ou absolvido.
2. Nenhuma pessoa poderá ser julgada por outro tribunal por um crime mencionado no artigo 5°,
relativamente ao qual já tenha sido condenada ou absolvida pelo Tribunal.
3. O Tribunal não poderá julgar uma pessoa que já tenha sido julgada por outro tribunal, por atos também
punidos pelos artigos 6o, 7o ou 8o, a menos que o processo nesse outro tribunal: a) Tenha tido por objetivo
subtrair o acusado à sua responsabilidade criminal por crimes da competência do Tribunal; ou b) Não tenha
sido conduzido de forma independente ou imparcial, em conformidade com as garantias de um processo
equitativo reconhecidas pelo direito internacional, ou tenha sido conduzido de uma maneira que, no caso
concreto, se revele incompatível com a intenção de submeter a pessoa à ação da justiça.
GABARITO: Certo
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo:
O Princípio da Proporcionalidade Penal é, hoje, visto num duplo enfoque, um positivo e outro negativo.
COMENTÁRIO
O Princípio da Proporcionalidade prega que os tipos penais devem ser adequados e necessários e devem
se abster de utilizar meios ou recursos desproporcionais para os fins perseguidos, com o mínimo de
restrição de direitos fundamentais. Em suma, proporcional é tudo que não é abusivo, arbitrário ou
policialesco.
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GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
Conforme o art. 5, CF/88, § 1º: “as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm
aplicação imediata”.
GABARITO: Certo
A cláusula da reserva do possível pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de inviabilizar
a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição, encontrando superável
limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, ainda que represente, no contexto de nosso
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pesso a humana.
COMENTÁRIO
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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GABARITO: Errado
A autorização estatutária genérica conferida à associação é suficiente para legitimar a sua atuação em
juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo dispensável a manifestação individual do associado
ou deliberação em assembleia geral da entidade.
COMENTÁRIO
A autorização estatutária genérica conferida a associação não é suficiente para legitimar a sua atuação em
juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo indispensável que a declaração expressa exigida no inciso
XXI do art. 5º da CF ('as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente') seja manifestada por ato individual do associado
ou por assembleia geral da entidade. (STF, Info 746/2014. RE 573.232).
GABARITO: Errado
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados
independe da autorização destes.
COMENTÁRIO
Súmula 629, STF: "A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos
associados independe da autorização destes".
GABARITO: Certo
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COMENTÁRIO
Art. 5º, XII, CF/88: "É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal."
GABARITO: Errado
A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, se houver dano.
COMENTÁRIO
Art. 5º, XXIV, CF/88: "A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos nesta Constituição."
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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Art. 5º, XIX, CF/88 - "as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado."
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, conforme art.
5° XVIII, CF.
GABARITO: Errado
As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
COMENTÁRIO
Literalidade do art. 5, XIX, CF.
GABARITO: Certo
As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente.
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COMENTÁRIO
Literalidade do art. 5, XXI, CF.
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
A atuação da Administração Pública, em sua atividade administrativa, sofre a influência de um regime
próprio, denominado regime jurídico-administrativo. O referido regime gera um conjunto de prerrogativas
e de restrições, não identificadas comumente nas relações entre particulares, que podem potencializar ou
mesmo restringir as atividades da Administração.
GABARITO: Errado
O regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, dos quais se originam os demais. São eles:
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
COMENTÁRIO
Conforme Celso A. B. de Mello, o Regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, em
função dos quais se originam todos os demais princípios que conformam a atividade administrativa. Tais
princípios magnos seriam: a supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
GABARITO: Certo
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O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado traz como efeito uma relação de
verticalidade, uma preponderância dos interesses defendidos pela Administração, tidos como públicos ou
gerais, daqueles interesses defendidos por particulares.
COMENTÁRIO
GABARITO: Certo
O gestor público não pode livremente transigir sobre os interesses da Administração Pública.
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COMENTÁRIO
O princípio da indisponibilidade do interesse público impede essa livre transigência, por parte do
Administrador.
GABARITO: Certo
Eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, serão solucionadas
concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do caso concreto.
COMENTÁRIO
O conceito de interesse público envolve duas concepções:
Interesse da coletividade
INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO
Interesse do estado, enquanto sujeito de
INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO direito.
GABARITO: Certo
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Acerca dos princípios que regem o Direito Administrativo, julgue o item abaixo:
O interesse público primário pode ser definido como aquele que representa o interesse público do aparato
estatal, enquanto sujeito de direitos e deveres.
COMENTÁRIO
INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO OU PRORIAMENTE DITO: é o interesse público da coletividade.
INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO: é o interesse público do aparato estatal, enquanto sujeito de direitos e
deveres.
GABARITO: Errado
Acerca dos princípios que regem o Direito Administrativo, julgue o item abaixo:
O princípio da sindicabilidade trata da possibilidade de controle, pelo Poder Judiciário, da legitimidade dos
atos praticados pela Administração.
COMENTÁRIO
A doutrina de Alexandre Mazza ensina que a possibilidade de controle, pelo Poder Judiciário, da
legitimidade dos atos praticados pela Administração Pública, fundamenta a percepção da existência do
princípio da sindicabilidade, a partir da premissa constitucional de que “a lei não excluirá da apreciação do
Judiciário lesão ou ameaça a direito.”.
GABARITO: Certo
Acerca dos princípios que regem o Direito Administrativo, julgue o item abaixo:
O princípio da legalidade pode sofrer restrições excepcionais, como, por exemplo, as medidas provisórias e
a decretação do estado de sítio.
COMENTÁRIO
Celso A. B. de Mello observa que a vigência do princípio da legalidade pode sofrer restrições excepcionais,
admitidas pela própria Constituição, nas situações de:
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a) Medida provisória
b) Decretação do estado de sítio
c) Decretação do estado de defesa.
GABARITO: Certo
Acerca dos princípios que regem o Direito Administrativo, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro, “O princípio se justifica pelo fato de ser comum, na esfera
administrativa, haver mudança de interpretação de determinadas normas legais, com a consequente
mudança de orientação, em caráter normativo, afetando situações já reconhecidas e consolidadas na
vigência de orientação anterior. Essa possibilidade de mudança de orientação é inevitável, porém gera
insegurança jurídica, pois os interessados nunca sabem quando a sua situação será passível de contestação
pela própria Administração Pública. Daí a regra que veda a aplicação retroativa.”
GABARITO: Certo
Acerca do conceito de Administração Pública e dos princípios e funções do Direito Administrativo, julgue o
item abaixo:
O Direito Administrativo é o ramo do Direito Privado que tem por objeto as regras e princípios aplicáveis à
atividade administrativa preordenada à satisfação dos direitos fundamentais.
COMENTÁRIO
O Direito Administrativo é o ramo do Direito público que tem por objeto as regras e princípios aplicáveis à
atividade administrativa preordenada à satisfação dos direitos fundamentais.
GABARITO: Errado
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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A denúncia pelo delito de lavagem deve ser instruída com indícios suficientes da existência da infração penal
antecedente, sendo puníveis os fatos, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta a
punibilidade da infração penal antecedente.
COMENTÁRIO
Art. 2º, § 1oA denúncia será instruída com indícios suficientes da existência da infração penal antecedente,
sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta
a punibilidade da infração penal antecedente. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012).
GABARITO: Certo
O delito de lavagem de bens, direitos ou valores (“lavagem de dinheiro”), previsto no art. 1º da Lei nº
9.613/98, não admite tentativa.
COMENTÁRIO
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade
de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art. 14 do Código Penal.
GABARITO: Errado
Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda em favor da União ou do Estado for decretada
serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade pública ou devolvidos aos seus proprietários, se
houver interesse na sua conservação.
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COMENTÁRIO
Art. 7º, § 2 Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda em favor da União ou do Estado for
decretada serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade pública, se houver interesse na
sua conservação.
GABARITO: Errado
A pena será aumentada, de um a dois terços, se a lavagem for cometida de forma reiterada ou por intermédio
de organização criminosa.
COMENTÁRIO
Art. 1o , § 4o A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos
de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.
GABARITO: Certo
No processo que apure o delito de lavagem de dinheiro, se o acusado, citado por edital, não comparecer,
nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional.
COMENTÁRIO
Art. 2º, § 2 No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o disposto no art. 366 do Decreto-Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), devendo o acusado que não comparecer
nem constituir advogado ser citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento, com a nomeação
de defensor dativo.
GABARITO: Errado
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
A alienação antecipada para preservação de valor de bens sob constrição poderá ser decretada pelo juiz ou
por solicitação da parte interessada, mediante petição incidental, que será autuada e tramitará
conjuntamente com o processo principal.
COMENTÁRIO
Art. 4 -A. A alienação antecipada para preservação de valor de bens sob constrição será decretada pelo
juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou por solicitação da parte interessada, mediante
petição autônoma, que será autuada em apartado e cujos autos terão tramitação em separado em
relação ao processo principal.
GABARITO: Errado
Acerca dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Lei 9.613/98, julgue o
item abaixo:
O processo e julgamento dos crimes previstos na Lei 9.613/1998, não obstante tratar-se de crimes
subsidiários, independe do processo e julgamento dos crimes principais antecedentes, desde que praticados
no Brasil.
COMENTÁRIO
O art. 2º, II da Lei 9.613/98 é expresso em afirmar a desnecessidade de o crime antecedente ter sido
cometido no Brasil.
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei:
II - independem do processo e julgamento das infrações penais antecedentes, ainda que praticados em
outro país, cabendo ao juiz competente para os crimes previstos nesta Lei a decisão sobre a unidade de
processo e julgamento.
GABARITO: Errado
Acerca dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Lei 9.613/98, julgue o
item abaixo:
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Constitui efeito da condenação penal a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de competência
da Justiça Estadual -, de todos os bens, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos
crimes previstos na Lei 9.613/98, inclusive aqueles utilizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do
lesado ou de terceiro de boa-fé.
COMENTÁRIO
É o que dispõe o art. 7º, I da Lei 9.613/98.
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no Código Penal:
I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de competência da Justiça Estadual -, de todos os
bens, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes previstos nesta Lei,
inclusive aqueles utilizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé.
GABARITO: Certo
Acerca dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Lei 9.613/98, julgue o
item abaixo:
É efeito da condenação criminal por crime de lavagem de capitais a interdição do exercício de cargo ou função
pública de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de administração, pelo dobro do tempo
da pena privativa de liberdade aplicada.
COMENTÁRIO
É o que dispõe o §5º do art. 1º da Lei de Lavagem de Capitais:
§ 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto,
facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos,
se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando
esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e
partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
GABARITO: Certo
Acerca dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, previstos na Lei 9.613/98, julgue o
item abaixo:
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultando-
se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor,
coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que
conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à
localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
COMENTÁRIO
É o que dispõe o §5º do art. 1º da Lei de Lavagem de Capitais:
§ 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto,
facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos,
se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando
esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e
partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
GABARITO: Certo
No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo:
O Princípio da Identidade Física do Juiz é uma garantia que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado
que tenha presidio a instrução processual seja o signatário da sentença, o que não comporta exceções no
âmbito penal diferentemente do processo civil.
COMENTÁRIO
Princípio da Identidade Física do Juiz: é uma garantia decorrente do Princípio Constitucional do Juiz Natural
que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado que tenha presidio a instrução processual seja o
signatário da sentença, nos termos do artigo 399, §2º, do CPP:
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a
intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do
assistente.
[..]
§2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.
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A regra não é absoluta, e a jurisprudência vem flexibilizando nos casos de remoção, licença, férias,
interrogatório mediante precatória e etc., dependendo de cada caso concreto.
Supremo Tribunal Federal: “Este Sodalício possui jurisprudência sedimentada no sentido de que o
princípio da identidade física do juiz não pode ser interpretado de maneira absoluta e admite exceções
que devem ser verificadas caso a caso. O princípio da identidade física do juiz não pode ser interpretado
de maneira absoluta e admite exceções que devem ser verificadas caso a caso, à vista, por exemplo, de
promoção, remoção, convocação ou outras hipóteses de afastamento justificado do magistrado que
presidiu a instrução criminal.” (AgRg no AREsp 1294801/SP, DJe 01/02/2019);
“É possível a realização de interrogatório por meio de carta precatória, na presença de defensor dativo,
sendo certo que o princípio da identidade física do juiz não tem caráter absoluto e comporta
relativização.” (RHC 129871 AgR, julgado em 24/05/2016);
“O princípio da identidade física do juiz não é absoluto, devendo ser mitigado sempre que a sentença
proferida por juiz que não presidiu a instrução criminal seja congruente com as provas produzidas sob o
crivo do juiz substituído. O artigo 132 do Código de Processo Civil, aplicado analogicamente ao Processo
Penal, conforme autorização prevista no art. 3º, do CPP, veicula exceção à regra prevista no artigo 399 do
mencionado Estatuto Processual Penal, com a redação dada pela Lei 11.719/08, consistente na
possibilidade de o feito ser sentenciado por juiz substituto nas hipóteses de convocação, licenciamento,
afastamento, promoção ou aposentadoria do magistrado que presidiu a instrução criminal. O afastamento
do juiz titular por motivo de férias autoriza a prolação da sentença por seu substituto, nos termos do artigo
132 do CPC.” (RHC 123572, julgado em 07/10/2014);
Código de Processo Civil (Antigo): Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a
lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado,
casos em que passará os autos ao seu sucessor.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, se entender necessário, poderá
mandar repetir as provas já produzidas.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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Obs: Para Aury Lopes Jr., o Princípio da Identidade Física do Juiz exige, consequentemente, a observância
dos Subprincípios da Oralidade, da Concentração dos Atos e da Imediatidade; há um “Encadeamento
Sistêmico”, que começa com a necessidade de uma atuação direta e efetiva do juiz em relação à prova
oralmente produzida, sem que possa ser mediatizada através de interposta pessoa.
Obs2: Há precedente do STF que afasta a aplicação do Princípio da Identidade Física do Juiz em
procedimentos do ECA, já que possui rito próprio e a audiência é fracionada.
Obs3: O Novo CPC não prevê mais o Princípio da Identidade Física do Juiz.
GABARITO: Errado
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
O processo penal deve ser lido à luz da Constituição Federal e da Convenção Americana de Direitos Humanos
e não ao contrário.
COMENTÁRIO
Segundo Aury Lopes Jr. “O processo penal deve ser lido à luz da Constituição federal e da Convenção
Americana de Direitos Humanos e não ao contrário”.
A Constituição Federal escolheu a estrutura democrática sobre a qual há que existir e se desenvolver um
processo penal que atenda ao devido processo legal substancial, sendo certo que o atendimento também
deve respeitar a CADH, por seu caráter supralegal de proteção aos direitos humanos.
O referido autor faz críticas sobre uma inegável crise da Teoria das Fontes, em que uma Lei Ordinária acaba
valendo mais que a própria Constituição. Ora, o CPP que deveria passar por uma filtragem constitucional.
GABARITO: Certo
Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei
Processual Penal, julgue o item abaixo:
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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No caso de Recursos, é aplicada a Lei Processual Penal vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto
de impugnação, mesmo com prazo já iniciado, desde que não estabeleça prazo menor do que a nova lei.
COMENTÁRIO
Em matéria recursal, é aplicada a lei vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto de
impugnação. Contudo, se já iniciado o prazo recursal, deve ser aplicada a Lei Processual Penal anterior, se
esta não estabelecia prazo menor. Ou seja, se a Lei Nova conferir prazo maior, será ela aplicada de
imediato.
Art. 3º O prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a interposição de recurso, será regulado pela lei
anterior, se esta não prescrever prazo menor do que o fixado no Código de Processo Penal.
GABARITO: Certo
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será encaminhado à presença do juiz de
garantias no prazo de 24 horas, momento em que se realizará audiência com a presença do Ministério Público
e da Defensoria Pública ou de advogado constituído, sendo possível o emprego de videoconferência.
COMENTÁRIO
Trata-se de um dos vetos do Presidente da República derrubados pelo Congresso Nacional ao Pacote
Anticrime.
Art. 3-B, § 1º O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória será encaminhado à
presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, momento em que se realizará
audiência com a presença do Ministério Público e da Defensoria Pública ou de advogado constituído,
vedado o emprego de videoconferência.
GABARITO: Errado
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
A Constituição Federal e os princípios gerais do direito são considerados fontes formais mediatas do direito
processual penal.
COMENTÁRIO
Fontes formais
Fonte formal ou de cognição: Refere-se ao meio pelo qual uma norma jurídica é revelada no ordenamento
jurídico. Essa fonte é subdividida em fontes primárias ou imediatas ou diretas e em fontes secundárias ou
mediatas ou indiretas ou supletivas.
Fontes primárias ou imediatas ou diretas: São aquelas aplicadas imediatamente. Consideram-se fontes
primárias do Processo Penal: a lei (art. 22, I da CRFB/88), entendida em sentido amplo, para incluir a
própria CRFB/88; os tratados, convenções e regras de Direito Internacional (nos termos do art. 1º, I do CPP
e do art. 5º, §3º da CRFB/88, com a redação dada pela EC nº 45/04).
Fontes secundárias ou mediatas ou indiretas ou supletivas: São aquelas aplicadas na ausência das fontes
primárias, nos termos do art. 4º da LINDB. Consideram-se fontes secundárias do Processo Penal: costumes,
princípios gerais do direito e analogia.
Há séria polêmica em definir se a doutrina e a jurisprudência são fontes do Direito. Vem prevalecendo o
entendimento de que, na verdade, elas são formas de interpretação do Direito, pois não possuem efeitos
obrigatórios. Entretanto, quanto à jurisprudência, há de se ressaltar que as súmulas vinculantes do STF e
as decisões proferidas em controle concentrado de constitucionalidade tem força obrigatória,
constituindo-se assim em verdadeiras fontes do Direito.
GABARITO: Errado
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por 15 dias, após o que, se
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.
COMENTÁRIO
Ainda que sutil, em provas objetivas é justamente o detalhe que é cobrado.
Art. 3-B, § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da
autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até
15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente
relaxada.
GABARITO: Errado
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando
a doutrina moderna, julgue o item abaixo:
O processo penal não pode mais ser visto como simples instrumento a serviço do poder punitivo, senão que
desempenha o papel limitador do poder e garantidor do indivíduo a ele submetido.
COMENTÁRIO
Segundo Aury Lopes Jr. “O processo penal não pode mais ser visto como simples instrumento a serviço do
poder punitivo, senão que desempenha o papel limitador do poder e garantidor do indivíduo a ele
submetido.”
O processo penal é um caminho necessário para se chegar, legitimamente, à pena. Daí por que somente
se admite sua existência quando ao longo desse caminho (o processo) forem rigorosamente observadas
as regras e garantias constitucionalmente asseguradas.
GABARITO: Certo
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
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A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, incluídas as de menor potencial
ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa.
COMENTÁRIO
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de menor
potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código.
GABARITO: Errado
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas
de processo penal, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
O Modelo Acusatório Contemporâneo tem como características, as seguintes, ressalta Aury Lopes Jr:
GABARITO: Certo
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo:
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Deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de
qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob
pena de responsabilidade civil, administrativa e penal.
COMENTÁRIO
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos,
impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem
da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, administrativa e penal.
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta)
dias, o modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso serão, de modo
padronizado e respeitada a programação normativa aludida no caput deste artigo, transmitidas à
imprensa, assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa
submetida à prisão.
GABARITO: Certo
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META 2
REVISÃO DA SEMANA 02
Questões
Para a incidir a majorante do art. 40, V, da Lei n. 11.343/06 (... V - caracterizado o tráfico entre Estados da
Federação ou entre estes e o Distrito Federal;), não é necessária a efetiva transposição das fronteiras
estaduais, bastando apenas demonstrar a inequívoca intenção de realizar o tráfico interestadual, e, se além
dela, houver a incidência de outra circunstância majorante elencada no mesmo artigo, é possível a aplicação
de acréscimo acima da fração mínima (1/6) com base apenas no número de causas de aumento identificadas.
De acordo com a Lei n. 11.343/2006 e com o entendimento jurisprudencial acerca do assunto, julgue o item
abaixo:
Não se admite-se a aplicação cumulativa, por configurar o bis in idem, das causas de aumento relativas à
transnacionalidade e à interestadualidade do delito (incisos I e V do art. 40 da Lei de Drogas), quando
evidenciado que a droga oriunda do exterior se destina a mais de um estado da federação, sendo a intenção
dos autores distribuir o entorpecente estrangeiro por mais de uma localidade do país.
É desproporcional que as condenações anteriores pelo crime do art. 28 da Lei n. 11.343/06 gerem os efeitos
da reincidência no julgamento de outros crimes. No entanto, quando cometido no interior de
estabelecimento prisional, constitui falta grave.
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O agente que atua diretamente na traficância e que também financia ou custeia a aquisição de drogas deve
responder pela conduta autônoma prevista no art. 36 da Lei n. 11.343/06, e não pelo crime do art. 33, caput,
com a causa de aumento do art. 40, VII (VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.). Admite-se a
aplicação do princípio da consunção entre os delitos do art. 33, § 1°, e do art. 34, desde que não caracterizada
a existência de contextos autônomos e coexistentes, aptos a vulnerar o bem jurídico tutelado de forma
distinta.
A periculosidade do paciente, evidenciada pela acentuada quantidade de droga apreendida e pelo fundado
receio de reiteração delitiva é fundamento idôneo para a decretação de prisão cautelar.
A aplicação da causa especial de diminuição da pena do art. 33, § 4°, da Lei n. 11.343/06 é inviável quando
há condenação simultânea do agente nos crimes de tráfico de drogas e de associação para o tráfico, mas há
possibilidade de que a fração de redução, em caso de exclusiva condenação por tráfico, seja modulada em
razão da qualidade e da quantidade de droga apreendida, além das demais circunstâncias do delito, não se
obstando a aplicação da minorante, por si só, à condição de “mula”.
Configura bis in idem a incidência simultânea das majorantes previstas no art. 40 da Lei n. 11.343/06 aos
crimes de tráfico de drogas e de associação para fins de tráfico, bem como a consideração da natureza e a
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quantidade da droga para justificar o aumento da pena-base e para afastar a redução prevista no art. 33, §
4°.
O valor de multa arbitrado é adequado à condição econômica da maior parte das pessoas condenadas pelo
crime de tráfico, de modo a atacar o crime organizado de forma eficiente e preventiva.
A natureza e a quantidade da substância ou do produto não podem ser valoradas negativamente na aplicação
da pena, sob pena de configurar bis in idem.
Em relação ao inquérito policial, de acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais
superiores, julgue o item:
O inquérito policial, nos crimes de ação penal pública e privada, poderá ser instaurado de ofício pelo delegado
de polícia.
Em relação ao inquérito policial, de acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais
superiores, julgue o item:
Caso determinando membro do Ministério Público requisite a instauração de inquérito policial ao delegado
de polícia, este não poderá se abster, em nenhuma hipótese, de cumprir o pleito formulado pelo parquet, já
que a requisição possui natureza de ordem.
Em relação ao inquérito policial, de acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais
superiores, julgue o item:
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Nos crimes de lavagem de dinheiro, o indiciamento feito pelo delegado de polícia não terá o condão de
promover o afastamento de eventual servidor público autor do delito de tal jaez.
Em relação ao inquérito policial, de acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais
superiores, julgue o item:
Na hipótese em que um delegado de polícia, ao término das investigações levadas a efeito no bojo de um
inquérito policial, conclua que o crime praticado pelo investigado está prescrito, admite-se que dita
autoridade policial promova o arquivamento daquele inquérito, em razão da existência de causa extintiva da
punibilidade.
Em relação ao inquérito policial, de acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais
superiores, julgue o item:
Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública
poderá, apenas por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das
informações, mandará instaurar inquérito.
Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá apreender os objetos
que tiverem relação com o fato, após liberados pelos policiais militares presentes no local do crime.
Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, mediante autorização judicial, desde que não contrarie a
moralidade ou a ordem pública.
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No relatório não poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, ainda que
mencione o lugar onde possam ser encontradas, já que é seu dever inquirir todas as testemunhas do caso.
Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de
quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da
vítima ou de suspeitos. Tal requisição será atendida no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
Sobre a posição dos Tribunais Superiores em relação à investigação criminal, julgue o item:
O ato de indiciamento é privativo do Delegado de Polícia, sendo inadmissível que o juiz ou o membro do
Ministério Público requisitem o indiciamento de qualquer suspeito.
Sobre a posição dos Tribunais Superiores em relação à investigação criminal, julgue o item:
Por se tratar o inquérito de um procedimento administrativo, entende-se que eventuais vícios nele
existentes, via de regra, não afetam a ação penal.
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Sobre a posição dos Tribunais Superiores em relação à investigação criminal, julgue o item:
Sobre a posição dos Tribunais Superiores em relação à investigação criminal, julgue o item:
De acordo com o STJ , é possível a deflagração de investigação criminal com base em matéria jornalística.
Sobre a posição dos Tribunais Superiores em relação à investigação criminal, julgue o item:
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu
impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
Em relação aos ensinamentos acerca de ação penal e inquérito policial, julgue o item:
O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
Em relação aos ensinamentos acerca de ação penal e inquérito policial, julgue o item:
Em relação aos ensinamentos acerca de ação penal e inquérito policial, julgue o item:
Prevalece no STJ e no STF que a representação, nos crimes de ação penal pública condicionada, exige peça
processual específica.
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Em relação aos ensinamentos acerca de ação penal e inquérito policial, julgue o item:
A notitia criminis inqualificada, de per si, é considerada pela jurisprudência dos Tribunais Superiores como
inapta a ensejar a instauração de inquérito policial.
Embora a Constituição Federal consagre a publicidade dos atos processuais, tal princípio não se aplica ao
inquérito policial, que por ostentar natureza jurídica de procedimento administrativo informativo, é pautado
pelo sigilo.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou
quando regule inteiramente ou parcialmente a matéria de que tratava a lei anterior.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
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De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada à correção, o prazo deste
artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Em regra, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Na esfera judicial, exclusivamente, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam
consideradas as consequências práticas da decisão.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais
do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 90 dias depois de
oficialmente publicada.
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De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a
lei anterior.
O conceito de direitos políticos negativos consiste no conjunto de normas que asseguram o direito
subjetivo de participação no processo político e nos órgãos governamentais.
A cassação de direitos políticos é vedada, de acordo com a Carta Magna, podendo haver, no entanto, perda
ou suspensão, que apenas se dará, entre outros, no caso de incapacidade civil.
A cassação de direitos políticos é vedada, de acordo com a Carta Magna, podendo haver, no entanto, perda
ou suspensão, que apenas se dará, entre outros, no caso de improbidade administrativa.
Direitos políticos positivos são as normas que limitam o exercício da cidadania, impedindo a
participação dos indivíduos na vida política estatal.
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do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
De acordo com os ditames da Constituição Federal e a disciplina dos Remédios Constitucionais, julgue o item
abaixo:
Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante
ou de terceiro, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter
público.
Acerca da ação civil pública e da ação popular, com base na jurisprudência dos Tribunais Superiores, julgue
o item abaixo:
O Ministério Público não tem legitimidade para ajuizar ação civil pública que vise anular ato administrativo
de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público.
Acerca das pessoas jurídicas de direito público interno, suas entidades e as disposições da Lei 7.347/58 (Ação
Civil Pública – ACP), julgue o item abaixo:
Uma empresa estatal criada para prestar serviços de saúde não pode promover ação civil pública para a
defesa dos consumidores dos serviços de telefonia porque estaria se desviando das funções para as quais foi
criada.
Acerca da ação civil pública e da ação popular, com base na jurisprudência dos Tribunais Superiores, julgue
o item abaixo:
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Acerca das pessoas jurídicas de direito público interno, suas entidades e as disposições da Lei 7.347/58 (Ação
Civil Pública – ACP), julgue o item abaixo:
Os Estados poderão assumir a titularidade ativa da ACP em caso de desistência infundada ou abandono da
ação por associação legitimada.
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Comentários
Para a incidir a majorante do art. 40, V, da Lei n. 11.343/06 (... V - caracterizado o tráfico entre Estados da
Federação ou entre estes e o Distrito Federal;), não é necessária a efetiva transposição das fronteiras
estaduais, bastando apenas demonstrar a inequívoca intenção de realizar o tráfico interestadual, e, se além
dela, houver a incidência de outra circunstância majorante elencada no mesmo artigo, é possível a aplicação
de acréscimo acima da fração mínima (1/6) com base apenas no número de causas de aumento identificadas.
COMENTÁRIO
De fato, seja para o tráfico internacional (inciso I do artigo 40), seja para o tráfico interestadual (inciso V
do artigo 40), é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras, sendo suficiente a prova de destinação
internacional das drogas ou a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. No
entanto, o erro da assertiva encontra-se na segunda parte, porquanto a aplicação das majorantes previstas
no art. 40 da Lei de Drogas exige motivação concreta, quando estabelecida acima da fração mínima, não
sendo suficiente a mera indicação do número de causas de aumento.
GABARITO: Errado
De acordo com a Lei n. 11.343/2006 e com o entendimento jurisprudencial acerca do assunto, julgue o item
abaixo:
Não se admite-se a aplicação cumulativa, por configurar o bis in idem, das causas de aumento relativas à
transnacionalidade e à interestadualidade do delito (incisos I e V do art. 40 da Lei de Drogas), quando
evidenciado que a droga oriunda do exterior se destina a mais de um estado da federação, sendo a
intenção dos autores distribuir o entorpecente estrangeiro por mais de uma localidade do país.
COMENTÁRIO
O STJ, ao contrário do que dispõe a assertiva, entende ser possível a referida aplicação cumulativa, sem
que ocorra bis in idem, desde que presentes as circunstâncias descritas na questão. Confira: “PENAL E
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE DROGAS.
TRANSNACIONALIDADE E INTERESDUALIDADE. APLICAÇÃO CUMULATIVA DAS MAJORANTES. CABIMENTO
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Errado
É desproporcional que as condenações anteriores pelo crime do art. 28 da Lei n. 11.343/06 gerem os efeitos
da reincidência no julgamento de outros crimes. No entanto, quando cometido no interior de
estabelecimento prisional, constitui falta grave.
COMENTÁRIO
A jurisprudência caminhou no seguinte sentido: se as contravenções penais, puníveis com pena de prisão
simples, não geram reincidência, mostra-se, portanto, desproporcional que condenação pelo crime do art.
28 da Lei n. 11.343/2006 gerem os efeitos da reincidência, uma vez que sequer constitui pena privativa de
liberdade. Outrossim, a posse de substância entorpecente para uso próprio continua sendo um crime
doloso e, quando cometido no interior do estabelecimento prisional, configura falta grave, nos termos do
art. 52 da Lei de Execução Penal - LEP (Lei n. 7.210/1984).
GABARITO: Certo
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O agente que atua diretamente na traficância e que também financia ou custeia a aquisição de drogas deve
responder pela conduta autônoma prevista no art. 36 da Lei n. 11.343/06, e não pelo crime do art. 33, caput,
com a causa de aumento do art. 40, VII (VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.). Admite-se a
aplicação do princípio da consunção entre os delitos do art. 33, § 1°, e do art. 34, desde que não caracterizada
a existência de contextos autônomos e coexistentes, aptos a vulnerar o bem jurídico tutelado de forma
distinta.
COMENTÁRIO
O agente que atua diretamente na traficância e que também financia ou custeia a aquisição de drogas
deve responder pelo crime previsto no art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006 com a incidência da causa
de aumento de pena prevista no art. 40, VII, da Lei n. 11.343/2006, afastando-se, por conseguinte, a
conduta autônoma prevista no art. 36 da referida legislação. De fato, é possível a aplicação do princípio da
consunção entre os crimes previstos no § 1º do art. 33 e/ou no art. 34 pelo tipificado no caput do art. 33
da Lei n. 11.343/2006, desde que não caracterizada a existência de contextos autônomos e coexistentes,
aptos a vulnerar o bem jurídico tutelado de forma distinta.
GABARITO: Errado
A periculosidade do paciente, evidenciada pela acentuada quantidade de droga apreendida e pelo fundado
receio de reiteração delitiva é fundamento idôneo para a decretação de prisão cautelar.
COMENTÁRIO
A periculosidade do paciente, evidenciada pela acentuada quantidade de droga apreendida e pelo fundado
receio de reiteração delitiva é fundamento idôneo para a decretação de prisão cautelar (STF, RHC 193153
AgR/SP, DJe 28/01/2021).
GABARITO: Certo
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COMENTÁRIO
À luz do princípio constitucional da presunção da não culpabilidade, a existência de inquéritos ou ações
penais em curso não constitui fundamento válido para afastar a incidência da causa de diminuição de pena
prevista no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas. (STF, HC 177670 AgR/MG, DJe 23/09/2020).
GABARITO: Certo
A aplicação da causa especial de diminuição da pena do art. 33, § 4°, da Lei n. 11.343/06 é inviável quando
há condenação simultânea do agente nos crimes de tráfico de drogas e de associação para o tráfico, mas há
possibilidade de que a fração de redução, em caso de exclusiva condenação por tráfico, seja modulada em
razão da qualidade e da quantidade de droga apreendida, além das demais circunstâncias do delito, não se
obstando a aplicação da minorante, por si só, à condição de “mula”.
COMENTÁRIO
É inviável a aplicação da causa especial de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei n.
11.343/2006 quando há condenação simultânea do agente nos crimes de tráfico de drogas e de associação
para o tráfico, por evidenciar a sua dedicação a atividades criminosas ou a sua participação em organização
criminosa. Diante da ausência de parâmetros legais, é possível que a fração de redução da causa de
diminuição de pena estabelecida no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 seja modulada em razão da
qualidade e da quantidade de droga apreendida, além das demais circunstâncias do delito.
GABARITO: Certo
Configura bis in idem a incidência simultânea das majorantes previstas no art. 40 da Lei n. 11.343/06 aos
crimes de tráfico de drogas e de associação para fins de tráfico, bem como a consideração da natureza e a
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quantidade da droga para justificar o aumento da pena-base e para afastar a redução prevista no art. 33, §
4°.
COMENTÁRIO
Não acarreta bis in idem a incidência simultânea das majorantes previstas no art. 40 da Lei n.
11.343/2006 aos crimes de tráfico de drogas e de associação para fins de tráfico, porquanto são delitos
autônomos, cujas penas devem ser calculadas e fixadas separadamente. A natureza e a quantidade da
droga não podem ser utilizadas simultaneamente para justificar o aumento da pena-base e para afastar a
redução prevista no §4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, sob pena de caracterizar bis in idem.
GABARITO: Errado
Poderá incidir a causa de diminuição de pena pela colaboração voluntária na identificação de coautores e na
recuperação do produto do crime.
COMENTÁRIO
Art. 41 da Lei n. 11.343/06- “O indiciado ou o acusado que colaborar voluntariamente com a investigação
policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na
recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço
a dois terços.”
A redução de 1/3 a 2/3 é referente a delação premiada, o indiciado ou o acusado que voluntariamente
colaborar com a investigação na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime na recuperação
total ou parcial do produto do crime.
GABARITO: Certo
O valor de multa arbitrado é adequado à condição econômica da maior parte das pessoas condenadas pelo
crime de tráfico, de modo a atacar o crime organizado de forma eficiente e preventiva.
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COMENTÁRIO
Os tipos penais da Lei de Drogas trazem os valores mínimo e máximo de dias-multa. Para a fixação, leva-
se em conta natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do
agente.
GABARITO: Errado
Em relação ao inquérito policial, de acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais
superiores, julgue o item:
O inquérito policial, nos crimes de ação penal pública e privada, poderá ser instaurado de ofício pelo delegado
de polícia.
COMENTÁRIO
Conforme se depreende do art. 5º do Código de Processo Penal, apenas nos crimes de ação penal pública
incondicionada é que o delegado de polícia poderá instaurar, de ofício, inquérito policial. Nos crimes de
ação penal privada, por sua vez, a instauração ocorrerá a requerimento do ofendido ou de quem tenha
qualidade para representá-lo, à luz do preconiza o §4º do referido dispositivo legal. Saliente-se que, nos
delitos de ação penal pública condicionada à representação, o inquérito policial não poderá ser instaurado
sem que o ofendido ou quem o represente oferte representação, consoante disposto no § 5º do artigo
acima.
GABARITO: Errado
Em relação ao inquérito policial, de acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais
superiores, julgue o item:
Caso determinando membro do Ministério Público requisite a instauração de inquérito policial ao delegado
de polícia, este não poderá se abster, em nenhuma hipótese, de cumprir o pleito formulado pelo parquet, já
que a requisição possui natureza de ordem.
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COMENTÁRIO
Conquanto inexista hierarquia entre promotores e delegados, estes, por força do princípio da
obrigatoriedade, deverão instaurar os inquéritos requisitados pelo Ministério Público. Todavia, caso
se trate de requisição manifestamente ilegal, isto é, para investigar crime prescrito, conduta atípica
etc., caberá à autoridade policial, motivadamente, abster de instaurar inquérito policial,
comunicando-se tal decisão ao órgão ministerial requisitante.
GABARITO: Errado
Em relação ao inquérito policial, de acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais
superiores, julgue o item:
Nos crimes de lavagem de dinheiro, o indiciamento feito pelo delegado de polícia não terá o condão de
promover o afastamento de eventual servidor público autor do delito de tal jaez.
COMENTÁRIO
O plenário do STF, na ADI 4.911, declarou a inconstitucionalidade do art. 17 -D da Lei de Lavagem de
Dinheiro, que previa o seguinte: Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado ,
sem prejuízo de remuneração e demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize,
em decisão fundamentada, o seu retorno. (Incluído pela Lei nº 12.683/2012). O afastamento do
servidor somente se justifica quando ficar demonstrado nos autos que existe risco caso ele continue
no desempenho de suas funções e que o afastamento é medida eficaz e proporcional para se tutelar
a investigação e a própria Administração Pública. Tais circunstâncias precisam ser apreciadas pelo
Poder Judiciário.
STF. Plenário. ADI 4911/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 20/11/2020 (Info 1000).
GABARITO: Certo
Em relação ao inquérito policial, de acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais
superiores, julgue o item:
Na hipótese em que um delegado de polícia, ao término das investigações levadas a efeito no bojo de um
inquérito policial, conclua que o crime praticado pelo investigado está prescrito, admite-se que dita
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autoridade policial promova o arquivamento daquele inquérito, em razão da existência de causa extintiva da
punibilidade.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 17 do Código de Processo Penal, a autoridade policial não poderá arquivar o
inquérito policial, mesmo que presente manifesta causa de extinção da punibilidade, como é o caso
da assertiva em comento. Em tal hipótese, deverá o delegado de polícia confeccionar relatório
conclusivo e, no corpo de tal peça, aduzir que a pretensão punitiva foi fulminada pela prescri ção,
com a posterior remessa daquele procedimento ao Ministério Público ou Poder Judiciário, a
depender das peculiaridades do caso e da lei de organização judiciária estadual.
GABARITO: Errado
Em relação ao inquérito policial, de acordo com a legislação de regência e o entendimento dos tribunais
superiores, julgue o item:
Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública
poderá, apenas por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das
informações, mandará instaurar inquérito.
COMENTÁRIO
Segundo o art. 5º, §3º, do Código de Processo Penal, qualquer pessoa do povo que tiver
conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou
por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações,
mandará instaurar inquérito.
GABARITO: Errado
Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá apreender os objetos
que tiverem relação com o fato, após liberados pelos policiais militares presentes no local do crime.
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COMENTÁRIO
A alternativa está em desacordo com o art. 6º, inc. II, do Código de Processo Penal, que assevera o
seguinte: “art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá: II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais”. Assim, verifica-se que a apreensão dar-se-á após a liberação do perito criminal, e não dos
policiais militares.
GABARITO: Errado
Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, mediante autorização judicial, desde que não contrarie a
moralidade ou a ordem pública.
COMENTÁRIO
A reprodução simulada dos fatos não necessita de prévia autorização judicial, cabendo ao delegado
de polícia realizá-la, de ofício, ou mediante requisição do Ministério Público, desde que não contrarie
a moralidade ou a ordem pública, conforme disposto no art. 7º do CPP.
GABARITO: Errado
No relatório não poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, ainda que
mencione o lugar onde possam ser encontradas, já que é seu dever inquirir todas as testemunhas do caso.
COMENTÁRIO
A assertiva encontra-se em desarmonia com o disposto no art. 10, § 2º, que aduz: “no relatório
poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar
onde possam ser encontradas”.
GABARITO: Errado
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Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de
quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da
vítima ou de suspeitos. Tal requisição será atendida no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
COMENTÁRIO
A alternativa está dissonância com o art. 13-A do mencionado codex, já que o parágrafo único de tal
dispositivo fixa o prazo de 24 (vinte e quatro) horas para cumprimento da requisição, e não de 48
(quarenta e oito), como menciona a alternativa.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
O arquivamento indireto ocorre quando o magistrado, em virtude do não oferecimento de denúncia
pelo Ministério Público, fundamentado em razões de incompetência da autoridade jurisdicional,
recebe tal manifestação como se tratasse de um pedido de arquivamento. Como já pronunciou o STJ:
“quando o órgão ministerial, por meio do Procurador Geral de Justiça, deixa de oferecer denúncia
em razão da incompetência do juízo, entendendo este ser o competente, opera -se o denominado
arquivamento indireto”. (STJ, 3ª Seção, CAT 225/MG, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima.
GABARITO: Certo
Sobre a posição dos Tribunais Superiores em relação à investigação criminal, julgue o item:
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O ato de indiciamento é privativo do Delegado de Polícia, sendo inadmissível que o juiz ou o membro do
Ministério Público requisitem o indiciamento de qualquer suspeito.
COMENTÁRIO
Sendo o ato de indiciamento de atribuição exclusiva da autoridade policial, não existe fundamento
jurídico que autorize o magistrado, após receber a denúncia, requisitar ao Delegado de Polícia o
indiciamento de determinada pessoa. A rigor, requisição dessa natureza é incompatível com o
sistema acusatório, que impõe a separação orgânica das funções concernentes à persecução pe nal,
de modo a impedir que o juiz adote qualquer postura inerente à função investigatória. Doutrina. Lei
12.830/2013. 2. Ordem concedida.” (HC 115015, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma,
julgado em 27/08/2013).
GABARITO: Certo
Sobre a posição dos Tribunais Superiores em relação à investigação criminal, julgue o item:
Por se tratar o inquérito de um procedimento administrativo, entende-se que eventuais vícios nele
existentes, via de regra, não afetam a ação penal.
COMENTÁRIO
O inquérito policial constitui procedimento administrativo, de caráter informativo, cuja finalidade
consiste em subsidiar eventual denúncia a ser apresentada pelo Ministério Público, razão pela qual
irregularidades ocorridas não implicam, de regra, nulidade de processo-crime.
STF. 1ª Turma. HC 169.348/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 17/12/2019.
GABARITO: Certo
Sobre a posição dos Tribunais Superiores em relação à investigação criminal, julgue o item:
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COMENTÁRIO
Os Tribunais Superiores divergem sobre o tema.
Para o STJ, o arquivamento do inquérito policial com base na existência de causa excludente da
ilicitude faz coisa julgada material e impede a rediscussão do caso penal. O mencionado art. 18 do
CPP e a Súmula 524 do STF realmente permitem o desarquivamento do inquérito caso surjam provas
novas. No entanto, essa possibilidade só existe na hipótese em que o arquivamento ocorreu por falta
de provas, ou seja, por falta de suporte probatório mínimo (inexistência de indícios de autoria e
certeza de materialidade). STJ. 6ª Turma. REsp 791.471/RJ , Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em
25/11/2014 (Info 554).
Para o STF, o arquivamento de inquérito policial em razão do reconhecimento de excludente de
ilicitude não faz coisa julgada material. Logo, surgindo novas provas seria possível reabrir o inquérito
policial, com base no art. 18 do CPP e na Súmula 524 do STF. STF. 1ª Turma. HC 95211, Rel. Min.
Cármen Lúcia, julgado em 10/03/2009. STF. 2ª Turma. HC 125101/SP , rel. orig. Min. Teori Zavascki,
red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 25/8/2015 (Info 796).
GABARITO: Errado
Sobre a posição dos Tribunais Superiores em relação à investigação criminal, julgue o item:
De acordo com o STJ, é possível a deflagração de investigação criminal com base em matéria jornalística.
COMENTÁRIO
Nas palavras do Min. Antônio Saldanha Palheiro:
“É possível que a investigação criminal seja perscrutada pautando-se pelas atividades diuturnas da
autoridade policial, verbi gratia, o conhecimento da prática de determinada conduta delitiva a partir
de veículo midiático, no caso, a imprensa. É o que se convencionou a denominar, em doutrina, de
notitia criminis de cognição imediata (ou espontânea), terminologia obtida a partir da exegese do
art. 5º, inciso I, do CPP, do qual se extrai que ‘nos crimes de ação pública o inquérito policial será
iniciado de ofício’”.
Em suma:
É possível a deflagração de investigação criminal com base em matéria jornalística.
STJ. 6ª Turma. RHC 98.056-CE, Rel. Min. Antônio Saldanha Palheiro, julgado em 04/06/2019 (Info
652).
GABARITO: Certo
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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Sobre a posição dos Tribunais Superiores em relação à investigação criminal, julgue o item:
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu
impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
COMENTÁRIO
SÚMULA N. 234-STJ: A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal
não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
GABARITO: Certo
Em relação aos ensinamentos acerca de ação penal e inquérito policial, julgue o item:
O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
COMENTÁRIO
O inquérito policial somente poderá ser instaurado de ofício nos crimes de ação penal pública
incondicionada. Nos crimes processados mediante ação de iniciativa pública condicionada à
representação, é necessária a sua formulação para a instauração do inquérito. Além disso, nos crimes
de ação privada, depende-se de requerimento do ofendido (classificado pela doutrina como notícia -
crime qualificada).
GABARITO: Certo
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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Em relação aos ensinamentos acerca de ação penal e inquérito policial, julgue o item:
COMENTÁRIO
Segundo preleciona o CPP, do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito, cabe
recurso ao chefe de polícia.
GABARITO: Errado
Em relação aos ensinamentos acerca de ação penal e inquérito policial, julgue o item:
Prevalece no STJ e no STF que a representação, nos crimes de ação penal pública condicionada, exige peça
processual específica.
COMENTÁRIO
Prevalece no STJ e no STF que a representação, nos crimes de ação penal pública condicionada, não
exige maiores formalidades, sendo suficiente a demonstração inequívoca de que a vítima tem
interesse na persecução penal. Dessa forma, não há necessidade de que exista nos autos peça
processual com esse título, sendo suficiente que a vítima ou seu representante legal leve ao
conhecimento das autoridades o ocorrido.
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GABARITO: Errado
Em relação aos ensinamentos acerca de ação penal e inquérito policial, julgue o item:
A notitia criminis inqualificada, de per si, é considerada pela jurisprudência dos Tribunais Superiores como
inapta a ensejar a instauração de inquérito policial.
COMENTÁRIO
A denúncia anônima trata-se de notícia crime não qualificada quanto à origem (notitia criminis
inqualificada), inexistindo a identificação do responsável. Também é tratada pela doutrina como
delação apócrifa.
GABARITO: Certo
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Embora a Constituição Federal consagre a publicidade dos atos processuais, tal princípio não se aplica ao
inquérito policial, que por ostentar natureza jurídica de procedimento administrativo informativo, é pautado
pelo sigilo.
COMENTÁRIO
Uma das características do inquérito policial é o sigilo. De acordo com o art.20 do CPP, a autoridade
policial assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
sociedade.
GABARITO: Certo
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou
quando regule inteiramente ou parcialmente a matéria de que tratava a lei anterior.
COMENTÁRIO
LINDB. Art. 2º, § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com
ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
GABARITO: Errado
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
LINDB. Art. 1º, § 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
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GABARITO: Errado
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
COMENTÁRIO
LINDB. Art. 2º, § 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência.
GABARITO: Errado
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada à correção, o prazo deste
artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
COMENTÁRIO
LINDB. Art. 1º, § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a
correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
GABARITO: Certo
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
LINDB. Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
GABARITO: Errado
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Em regra, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
COMENTÁRIO
LINDB: Art. 2º, § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência.
GABARITO: Errado
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Na esfera judicial, exclusivamente, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam
consideradas as consequências práticas da decisão.
COMENTÁRIO
LINDB. Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. Parágrafo único. A
motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas.
(Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018).
GABARITO: Errado
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais
do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.
COMENTÁRIO
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as
dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos
administrados.
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou
condicionado a ação do agente. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)
§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos
que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes do agente. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções de mesma
natureza e relativas ao mesmo fato. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018).
GABARITO: Certo
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 90 dias depois de
oficialmente publicada.
COMENTÁRIO
Art. 1o, § 1o da LINDB. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se
inicia três meses depois de oficialmente publicada.
GABARITO: Errado
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item abaixo:
A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a
lei anterior.
COMENTÁRIO
Art. 2º, § 2o da LINDB. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes,
não revoga nem modifica a lei anterior.
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GABARITO: Certo
O conceito de direitos políticos negativos consiste no conjunto de normas que asseguram o direito
subjetivo de participação no processo político e nos órgãos governamentais.
COMENTÁRIO
Os direitos políticos positivos dizem respeito à participação ativa dos indivíduos na vida política do Estado,
estando relacionados ao exercício do sufrágio. Abrange a capacidade eleitoral ativa, esta constituída pelo
direito de se alistar (alistabilidade) e pelo direito ao voto propriamente, bem como a capacidade eleitoral
passiva, constituída pelo direito ser votado e de se eleger (elegibilidade).
GABARITO: Errado
A cassação de direitos políticos é vedada, de acordo com a Carta Magna, podendo haver, no entanto, perda
ou suspensão, que apenas se dará, entre outros, no caso de incapacidade civil.
COMENTÁRIO
CF/88
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
GABARITO: Errado
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A cassação de direitos políticos é vedada, de acordo com a Carta Magna, podendo haver, no entanto, perda
ou suspensão, que apenas se dará, entre outros, no caso de improbidade administrativa.
COMENTÁRIO
CF/88
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
GABARITO: Certo
Direitos políticos positivos são as normas que limitam o exercício da cidadania, impedindo a
participação dos indivíduos na vida política estatal.
COMENTÁRIO
Os direitos políticos negativos constituem-se em determinações constitucionais que importam na
privação do cidadão do direito de participar do processo político e dos órgãos governamentais. Englobam,
portanto, as hipóteses de inelegibilidades, perda e suspensão dos direitos políticos.
GABARITO: Errado
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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COMENTÁRIO
Trata-se da inelegibilidade reflexa (por motivo de casamento, parentesco ou afinidade), prevista no art.
14, § 7º, da CF/88, que assim dispõe:
"São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até
o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito,
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição."
GABARITO: Certo
De acordo com os ditames da Constituição Federal e a disciplina dos Remédios Constitucionais, julgue o item
abaixo:
Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante
ou de terceiro, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter
público.
COMENTÁRIO
CF/88.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
GABARITO: Errado
Acerca da ação civil pública e da ação popular, com base na jurisprudência dos Tribunais Superiores, julgue
o item abaixo:
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O Ministério Público não tem legitimidade para ajuizar ação civil pública que vise anular ato administrativo
de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público.
COMENTÁRIO
O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública que vise anular ato administrativo de
aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público. STF. Plenário. RE 409356/RO, Rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 25/10/2018 (repercussão geral) (Info 921).
GABARITO: Errado
Acerca das pessoas jurídicas de direito público interno, suas entidades e as disposições da Lei 7.347/58 (Ação
Civil Pública – ACP), julgue o item abaixo:
Uma empresa estatal criada para prestar serviços de saúde não pode promover ação civil pública para a
defesa dos consumidores dos serviços de telefonia porque estaria se desviando das funções para as quais foi
criada.
COMENTÁRIO
Segundo Marcus Vinicius Rios Gonçalves (Tutela de Interesses Difusos e Coletivos, 2012), “Uma estatal
criada para prestar serviços de saúde não pode promover ação civil pública para a defesa dos
consumidores dos serviços de telefonia porque estaria se desviando das funções para as quais foi criada”.
GABARITO: Certo
Acerca da ação civil pública e da ação popular, com base na jurisprudência dos Tribunais Superiores, julgue
o item abaixo:
COMENTÁRIO
É possível a declaração incidental de inconstitucionalidade em Ação Popular, desde que a controvérsia
constitucional não figure como pedido, mas sim como causa de pedir, fundamento ou simples questão
79
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prejudicial, indispensável à resolução do litígio principal, em torno da tutela do interesse público. STJ. 1ª
Turma. AgInt no REsp 1352498/DF, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 05/06/2018.
GABARITO: Certo
Acerca das pessoas jurídicas de direito público interno, suas entidades e as disposições da Lei 7.347/58 (Ação
Civil Pública – ACP), julgue o item abaixo:
Os Estados poderão assumir a titularidade ativa da ACP em caso de desistência infundada ou abandono da
ação por associação legitimada.
COMENTÁRIO
Lei 7.347/85:
Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
(...)
§ 3º Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério
Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
GABARITO: Errado
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SEMANA 06/30
META 3
REVISÃO DA SEMANA 03
Questões
Na contagem dos prazos penais, diferentemente dos prazos processuais penais, o dia do começo do prazo
inclui-se em seu cômputo.
O crime é tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente.
O consentimento do ofendido, sem qualquer vício de vontade, quando envolver bem jurídico disponível e
capacidade de consentir, sempre enseja a exclusão da ilicitude.
É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se
existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível
como crime culposo.
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O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um
terço.
Sobre os principais sistemas que estruturam o Direito Penal e a visão deles acerca do substrato da
Culpabilidade, julgue o item abaixo:
O sistema clássico-causalista estrutura a Culpabilidade apenas sob a análise subjetiva do dolo e da culpa.
Sobre os principais sistemas que estruturam o Direito Penal e a visão deles acerca do substrato da
Culpabilidade, julgue o item abaixo:
O sistema normativo-neoclássico estrutura a Culpabilidade sob a reunião dos seguintes elementos: i) dolo e
culpa; ii) imputabilidade; e iii) exigibilidade de conduta diversa.
Sobre os principais sistemas que estruturam o Direito Penal e a visão deles acerca do substrato da
Culpabilidade, julgue o item abaixo:
O sistema finalista estrutura a Culpabilidade sob a reunião dos seguintes elementos: i) potencial consciência
acerca da ilicitude; ii) imputabilidade; iii) exigibilidade de conduta diversa.
Sobre os principais sistemas que estruturam o Direito Penal e a visão deles acerca do substrato da
Culpabilidade, julgue o item abaixo:
O Funcionalismo Reducionista de Zaffaroni propõe que, na análise da Tipicidade, exista, além a aferição dos
elementos subjetivos, a necessária observação de elementos normativos (nexo normativo), por meio da
averiguação do risco proibido, do nexo de imputação e do resultado vincular-se no âmbito de proteção da
norma.
SEMANA 06/30
Para a concepção clássica a culpabilidade consiste em um vínculo subjetivo que liga a ação ao resultado.
Dessa forma o dolo e a culpa integram a culpabilidade.
Segundo a teoria causal-naturalista, a conduta é tida como um movimento corporal voluntário que produz
uma modificação no mundo exterior. Por outro lado, para os finalistas, a ação consiste na atividade humana
dirigida a um fim, não se exigindo a ocorrência de um resultado naturalístico.
Segundo a teoria causal-naturalista, o tipo penal é formado por elementos objetivos e subjetivos.
Para o finalismo a culpabilidade baseia-se na teoria normativa pura, formada por imputabilidade, potencial
consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. O dolo e a culpa não fazem parte da culpabilidade.
Na concepção finalista o dolo é natural visto que apenas se constitui dos elementos consciência e vontade.
Em contrapartida, para os causalistas, o dolo é normativo, sendo composto por consciência, vontade e
consciência da ilicitude do fato.
SEMANA 06/30
A punibilidade, ou seja, a possibilidade jurídica que detém o Estado de punir o autor de um crime, constitui
um elemento do crime.
Os crimes culposos não admitem tentativa, uma vez que o crime só deve ser considerado tentado quando,
apesar de iniciada a execução, o resultado não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente.
A hipnose é uma hipótese que justifica um excludente de conduta, inexistindo, assim, o fato típico.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
A doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação para justificar a natureza jurídica
da relação entre o Estado e seus agentes.
Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais e dotados
de personalidade jurídica.
Conforme a teoria do mandato, o Estado outorga a seus agentes um mandato para agir em seu nome. Porém,
tal teoria recebe crítica doutrinaria por não explicar como o Estado transferiu poderes aos seus agentes.
Existem diversas teorias que tratam da natureza jurídica da relação entre o Estado e seus agentes, sendo que
a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação.
Quando um ato administrativo é praticado por um servidor de fato, não há possibilidade de validação desse
ato com fundamento no princípio da aparência.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais e dotados
de personalidade jurídica.
A respeito dos órgãos Públicos e as matérias que envolvem sua constituição e extinção, julgue o item abaixo:
A respeito dos órgãos Públicos e as matérias que envolvem sua constituição e extinção, julgue o item abaixo:
Os órgãos públicos constituem partições internas da pessoa jurídica que integram e, pela Teoria do Órgão,
possuem o poder de manifestação da vontade do próprio Estado.
A Ação Penal é o instrumento que deflagra a jurisdição e instaura o processo. Acerca das características,
princípios e outras peculiaridades da Ação Penal, julgue o item abaixo:
São Princípios comuns à ação penal de iniciativa pública e à de iniciativa privada o Princípio da Inércia
da Jurisdição (Ne Procedat Iudex Ex Officio), o Princípio do Ne Bis In Idem Processual e o Princípio da
Pessoalidade da Pena ou da Intranscendência.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
A Ação Penal é o instrumento que deflagra a jurisdição e instaura o processo. Acerca das características,
princípios e outras peculiaridades da Ação Penal, julgue o item abaixo:
A Ação Penal é o instrumento que deflagra a jurisdição e instaura o processo. Acerca das características,
princípios e outras peculiaridades da Ação Penal, julgue o item abaixo:
A Ação Penal é o instrumento que deflagra a jurisdição e instaura o processo. Acerca das características,
princípios e outras peculiaridades da Ação Penal, julgue o item abaixo:
A proposição na Queixa-Crime de composição civil apenas para parte dos acusados acarreta a extinção
da punibilidade por renúncia, já que representa ato de não intenção de acusar todos os envolvidos no
fato criminoso.
De acordo com o CPP, o prazo para o aditamento da queixa será de 5 dias, contado da data em que o órgão
do Ministério Público receber os autos.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Ante a recusa de oferecimento por parte do membro do Ministério Público, o Poder Judiciário pode
determinar o seu oferecimento visto se tratar de direito subjetivo do réu.
Prevalece no STJ e no STF que a representação, nos crimes de ação penal pública condicionada, não
exige maiores formalidades, sendo suficiente a demonstração inequívoca de que a vítima tem interesse
na persecução penal.
Segundo o CPP, o prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado
da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 10 dias, se o
réu estiver solto ou afiançado.
O instituto aplica-se às infrações penais sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a
4 (quatro) anos, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
Ainda quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão que provê o recurso contra a rejeição da
denúncia vale, desde logo, pelo recebimento dela.
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina
constitucionalista, julgue o item abaixo:
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SEMANA 06/30
Quanto ao modo de elaboração, as constituições populares são caracterizadas por ser uma afirmação
vitoriosa ao princípio democrático.
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina
constitucionalista, julgue o item abaixo:
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina
constitucionalista, julgue o item abaixo:
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina
constitucionalista, julgue o item abaixo:
Embora se reconheça que o Brasil é um Estado democrático de direito, tal afirmação é uma construção
doutrinária que não tem previsão constitucional expressa.
A forma federativa de Estado, cláusula pétrea implícita, caracterizada pela tripartição dos poderes da União.
SEMANA 06/30
A República Federativa do Brasil é composta pela união entre os estados federados, municípios e o Distrito
Federal, não podendo ser nem mesmo objeto de deliberação uma proposta de emenda constitucional
tendente a abolir a forma federativa.
A defesa da paz e a solução pacífica de conflitos são fundamentos da República Federativa do Brasil.
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SEMANA 06/30
Comentários
Na contagem dos prazos penais, diferentemente dos prazos processuais penais, o dia do começo do prazo
inclui-se em seu cômputo.
COMENTÁRIO
No Direito Penal o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo, favorecendo o acusado.
Ex. Se um indivíduo é preso às 23:30 de um dia, esse dia já é computado como dia de pena
efetivamente cumprida.
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo
calendário comum.
Por outro lado, no Código de Processo Penal, exclui-se o dia do começo na contagem dos prazos (CPP,
art. 798, §1º).
GABARITO: Certo
O crime é tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente.
COMENTÁRIO
Art. 14 - Diz-se o crime: II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias
alheias à vontade do agente.
GABARITO: Certo
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
O consentimento do ofendido, sem qualquer vício de vontade, quando envolver bem jurídico disponível e
capacidade de consentir, sempre enseja a exclusão da ilicitude.
COMENTÁRIO
De fato, o consentimento do ofendido pode funcionar como uma causa supralegal de exclusão da
ilicitude.
Contudo, em alguns casos, o consentimento do ofendido caracteriza causa excludente da tipicidade.
Tal fato ocorre quando o consentimento constitui elemento integrante do tipo penal. Ex. Violação de
domicílio (art.150 do CP).
GABARITO: Errado
É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se
existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível
como crime culposo.
COMENTÁRIO
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação
de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de
culpa e o fato é punível como crime culposo.
GABARITO: Certo
SEMANA 06/30
O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um
terço.
COMENTÁRIO
Erro sobre a ilicitude do fato
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de
pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude
do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
GABARITO: Certo
Sobre os principais sistemas que estruturam o Direito Penal e a visão deles acerca do substrato da
Culpabilidade, julgue o item abaixo:
O sistema clássico-causalista estrutura a Culpabilidade apenas sob a análise subjetiva do dolo e da culpa.
COMENTÁRIO
Trata-se do conceito correto de Culpabilidade nos termos do sistema clássico-causalista, segundo a teoria
psicológica.
GABARITO: Certo
Sobre os principais sistemas que estruturam o Direito Penal e a visão deles acerca do substrato da
Culpabilidade, julgue o item abaixo:
O sistema normativo-neoclássico estrutura a Culpabilidade sob a reunião dos seguintes elementos: i) dolo e
culpa; ii) imputabilidade; e iii) exigibilidade de conduta diversa.
COMENTÁRIO
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Certo
Sobre os principais sistemas que estruturam o Direito Penal e a visão deles acerca do substrato da
Culpabilidade, julgue o item abaixo:
O sistema finalista estrutura a Culpabilidade sob a reunião dos seguintes elementos: i) potencial consciência
acerca da ilicitude; ii) imputabilidade; iii) exigibilidade de conduta diversa.
COMENTÁRIO
Trata-se do conceito correto de Culpabilidade nos termos do sistema finalista, segundo a teoria normativa.
GABARITO: Certo
Sobre os principais sistemas que estruturam o Direito Penal e a visão deles acerca do substrato da
Culpabilidade, julgue o item abaixo:
O Funcionalismo Reducionista de Zaffaroni propõe que, na análise da Tipicidade, exista, além a aferição dos
elementos subjetivos, a necessária observação de elementos normativos (nexo normativo), por meio da
averiguação do risco proibido, do nexo de imputação e do resultado vincular-se no âmbito de proteção da
norma.
COMENTÁRIO
A definição apresentada na assertiva corresponde ao Funcionalismo Teleológico de Roxin. O
Funcionalismo Reducionista de Zaffaroni propõe a denominada Tipicidade Conglobante, já que, se existe
uma outra norma que autoriza ou fomenta a conduta sob análise, não haveria violação do fato típico, pois
o que está permitido por uma norma não pode estar proibido por outra. Trata-se de um modelo de
tipicidade que impõe a análise do ordenamento jurídico como um todo.
GABARITO: Errado
94
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Para a concepção clássica a culpabilidade consiste em um vínculo subjetivo que liga a ação ao resultado.
Dessa forma o dolo e a culpa integram a culpabilidade.
COMENTÁRIO
Trata-se do conceito correto de culpabilidade segundo a concepção clássica. O conceito de culpabilidade
é regido pela Teoria Psicológica.
GABARITO: Certo
Segundo a teoria causal-naturalista, a conduta é tida como um movimento corporal voluntário que produz
uma modificação no mundo exterior. Por outro lado, para os finalistas, a ação consiste na atividade humana
dirigida a um fim, não se exigindo a ocorrência de um resultado naturalístico.
COMENTÁRIO
Trata-se do conceito correto de conduta segundo a concepção causal-naturalista e finalista,
respectivamente.
GABARITO: Certo
Segundo a teoria causal-naturalista, o tipo penal é formado por elementos objetivos e subjetivos.
COMENTÁRIO
Para os causalistas o tipo penal é formado apenas pelo tipo objetivo, já que os elementos subjetivos do
delito se encontram na culpabilidade.
95
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Para a teoria causalista, a ação é o movimento corpóreo voluntário que causa modificação no mundo
exterior. Assim, a conduta é despida de finalidade, a qual é analisada no elemento culpabilidade
A culpabilidade era psicológica, formada pelos elementos subjetivos dolo e culpa, e constituía o vínculo
psíquico que ligava o agente ao fato por ele cometido.
GABARITO: Errado
Para o finalismo a culpabilidade baseia-se na teoria normativa pura, formada por imputabilidade, potencial
consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. O dolo e a culpa não fazem parte da culpabilidade.
COMENTÁRIO
Para o finalismo, a ação consiste na atividade humana dirigida a um fim. Não há, portanto, necessidade de
resultado naturalístico no conceito de ação, de modo que, conceito de ação finalista explica tanto os
crimes de resultado material (homicídio) quanto os crimes que se consumam sem resultado material
(porte ilegal de arma de fogo)
O finalismo adotou a teoria normativa pura da culpabilidade, formada por imputabilidade, potencial
consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. O dolo e a culpa não fazem mais parte da
culpabilidade, sendo transportados para o fato típico, mais precisamente dentro do substrato da conduta.
Tal teoria foi adotada pelo Código Penal Brasileiro.
GABARITO: Certo
Na concepção finalista o dolo é natural visto que apenas se constitui dos elementos consciência e vontade.
Em contrapartida, para os causalistas, o dolo é normativo, sendo composto por consciência, vontade e
consciência da ilicitude do fato.
COMENTÁRIO
96
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Para a concepção finalista, diz-se que o dolo é natural visto que é formado pelos elementos consciência e
vontade. O elemento normativo do dolo (consciência da ilicitude) passa a figurar como elemento da
culpabilidade.
Tal teoria foi adotada pelo Código Penal Brasileiro.
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
O crime previsto no art. 148 do CP é um exemplo de delito permanente, pois sua conduta se dilata no
tempo, enquanto não cessada a atividade criminosa.
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
Trata-se de crime instantâneo de efeitos permanentes, uma vez que o crime foi consumado em um único
momento, mas suas consequências se prolongam por um período indeterminado, não se referindo
necessariamente à eternidade.
GABARITO: Errado
97
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
Lei n. 11.343/2006, art. 33. O delito em tela possui 18 verbos, sendo que ter em depósito é uma
modalidade de crime que se prolonga no tempo.
GABARITO: Certo
A punibilidade, ou seja, a possibilidade jurídica que detém o Estado de punir o autor de um crime, constitui
um elemento do crime.
COMENTÁRIO
Conforme a teoria tripartite o crime compõe-se de fato típico, ilícito e culpável. A punibilidade não é
considerada um elemento do crime por se tratar de elemento exterior, sendo uma consequência praticar
não condição essencial para sua configuração.
GABARITO: Errado
Os crimes culposos não admitem tentativa, uma vez que o crime só deve ser considerado tentado quando,
apesar de iniciada a execução, o resultado não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente.
COMENTÁRIO
Os crimes culposos estão entre as infrações que não admitem tentativa, não há uma conduta direcionada
a um resultado, logo, não é possível tentar algo que não se quer. É possível, ainda, a tentativa na chamada
“CULPA IMPÓPRIA” prevista no art. 20, §1º do CP. “É isento de pena quem, por erro plenamente justificado
pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. NÃO HÁ ISENÇÃO
de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.”
GABARITO: Certo
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SEMANA 06/30
A hipnose é uma hipótese que justifica um excludente de conduta, inexistindo, assim, o fato típico.
COMENTÁRIO
Conduta é toda ação humana (comissiva ou omissiva), voluntária, dirigida a uma finalidade. Excludentes
da Conduta: nos casos em que a conduta não for orientada pela consciência e vontade do agente, ela
poderá ser excluída. Ex.: Caso fortuito, movimentos reflexos, sonambulismo e estados de inconsciência e
coação física irresistível.
GABARITO: Certo
A doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação para justificar a natureza jurídica
da relação entre o Estado e seus agentes.
COMENTÁRIO
A questão está errada, pois a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria do órgão ou da
imputação volitiva, e não a teoria da representação.
Os entes da federação possuem personalidade jurídica, sendo sujeitos de direitos e obrigações no nosso
ordenamento jurídico. Dessa forma, surge a necessidade de explicar como uma ficção jurídica pode
expressar sua vontade!
Existem diversas teorias que tentam explicar essa manifestação de vontade por parte do Estado. As
principais teorias apresentadas pela doutrina nacional são as seguintes:
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Críticas:
• Não explica como o Estado transferiu
poderes aos seus agentes.
• Retira do mandante a
responsabilidades pelos atos praticados
pelo mandatário.
O Estado seria representado por seus
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO agentes.
Críticas:
• É inconsistente nivelar o estado ao
incapaz, que necessita de representação.
• O representado não responde por atos
que extrapolem os poderes da
representação.
O Estado manifesta sua vontade por meio
TEORIA DO ÓRGÃO dos órgãos que integram sua estrutura, de
(OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA) tal forma que quando os agentes públicos
que estão lotados nos órgãos manifestam a
sua vontade, esta é atribuída ao Estado.
É a teoria mais aceita no nosso
ordenamento jurídico.
GABARITO: Errado
Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais e dotados
de personalidade jurídica.
COMENTÁRIO
Segundo Helly Lopes Meirelles, órgãos públicos são centros de competência instituídos para o
desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a
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que pertencem. Nenhum órgão possui personalidade jurídica própria. José dos Santos Carvalho Filho,
destaca que apesar dos órgãos serem entes despersonalizados, os órgãos públicos representativos de
poderes (ex: tribunais e casas legislativas) podem defender, em juízo, suas prerrogativas constitucionais.
Essa capacidade processual extraordinária é chamada de personalidade judiciária.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
A organização administrativa, tradicionalmente, se efetiva por meio de duas técnicas: a desconcentração
e a descentralização. Os órgãos públicos são decorrência da desconcentração, e não da descentralização.
Vejamos:
Fontes: Direito Administrativo. Vol.9. Fernando F. Baltar Neto e Ronny Charles L. Torres. 2018. Curso de
Direito Administrativo. Rafael Carvalho Oliveira Rezende. 2017.
GABARITO: Certo
101
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Conforme a teoria do mandato, o Estado outorga a seus agentes um mandato para agir em seu nome. Porém,
tal teoria recebe crítica doutrinaria por não explicar como o Estado transferiu poderes aos seus agentes.
COMENTÁRIO
Críticas:
• Não explica como o Estado transferiu
poderes aos seus agentes.
• Retira do mandante a
responsabilidades pelos atos praticados
pelo mandatário.
O Estado seria representado por seus
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO agentes.
Críticas:
• É inconsistente nivelar o estado ao
incapaz, que necessita de representação.
• O representado não responde por atos
que extrapolem os poderes da
representação.
O Estado manifesta sua vontade por meio
TEORIA DO ÓRGÃO dos órgãos que integram sua estrutura, de
(OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA) tal forma que quando os agentes públicos
que estão lotados nos órgãos manifestam a
sua vontade, esta é atribuída ao Estado.
É a teoria mais aceita no nosso
ordenamento jurídico.
GABARITO: Certo
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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Existem diversas teorias que tratam da natureza jurídica da relação entre o Estado e seus agentes, sendo que
a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação.
COMENTÁRIO
A questão está errada, pois a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria do órgão ou da
imputação volitiva, e não a teoria da representação.
Os entes da federação possuem personalidade jurídica, sendo sujeitos de direitos e obrigações no nosso
ordenamento jurídico. Dessa forma, surge a necessidade de explicar como uma ficção jurídica pode
expressar sua vontade!
Existem diversas teorias que tentam explicar essa manifestação de vontade por parte do Estado. As
principais teorias apresentadas pela doutrina nacional são as seguintes:
Críticas:
• Não explica como o Estado transferiu
poderes aos seus agentes.
• Retira do mandante a
responsabilidades pelos atos praticados
pelo mandatário.
O Estado seria representado por seus
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO agentes.
Críticas:
• É inconsistente nivelar o estado ao
incapaz, que necessita de representação.
• O representado não responde por atos
que extrapolem os poderes da
representação.
O Estado manifesta sua vontade por meio
TEORIA DO ÓRGÃO dos órgãos que integram sua estrutura, de
(OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA) tal forma que quando os agentes públicos
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GABARITO: Errado
Quando um ato administrativo é praticado por um servidor de fato, não há possibilidade de validação desse
ato com fundamento no princípio da aparência.
COMENTÁRIO
Segundo Celso A. B. de Mello, o servidor de fato é aquele cuja investidura foi irregular, mas cuja situação
tem aparência de legalidade. Em nome do princípio da aparência, da boa-fé dos administrados e da
presunção de validade dos atos administrativos, reputam-se válidos os atos praticados por eles, se por
outra razão não forem viciados.
GABARITO: Errado
Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais e dotados
de personalidade jurídica.
COMENTÁRIO
Segundo Hely Lopes Meirelles, órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho
de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.
Nenhum órgão possui personalidade jurídica própria. José dos Santos Carvalho Filho, destaca que apesar
dos órgãos serem entes despersonalizados, os órgãos públicos representativos de poderes (ex: tribunais e
casas legislativas) podem defender, em juízo, suas prerrogativas constitucionais. Essa capacidade
processual extraordinária é chamada de personalidade judiciária.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
A organização administrativa, tradicionalmente, se efetiva por meio de duas técnicas: a desconcentração
e a descentralização. Os órgãos públicos são decorrência da desconcentração, e não da descentralização.
Vejamos:
Fontes: Direito Administrativo. Vol.9. Fernando F. Baltar Neto e Ronny Charles L. Torres. 2018. Curso de
Direito Administrativo. Rafael Carvalho Oliveira Rezende. 2017.
GABARITO: Errado
A respeito dos órgãos Públicos e as matérias que envolvem sua constituição e extinção, julgue o item abaixo:
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
Segundo a doutrina, órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de
funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. Em
outras palavras, órgãos são centro de competência que, uma vez que são despidos de personalidade
jurídica, praticam atos em nome das entidades que integram. Sua criação (e por simetria a extinção) é de
competência privativa do Presidente, o qual a apresenta ao Congresso Nacional, projeto de lei que trate
da criação e extinção de Ministérios e órgãos da Administração Pública (CF, art. 61, § 1º, II, e, cc art. 48,
XI).
GABARITO: Errado
A respeito dos órgãos Públicos e as matérias que envolvem sua constituição e extinção, julgue o item abaixo:
Os órgãos públicos constituem partições internas da pessoa jurídica que integram e, pela Teoria do Órgão,
possuem o poder de manifestação da vontade do próprio Estado.
COMENTÁRIO
A teoria do órgão é a aceita entre nós e dispõe que, por serem desprovidos de personalidade jurídica,
devem imputar suas ações ao Estado (não cabe aqui se falar em mandato ou representação, mas, sim,
imputação). Por isso dizer que o poder de manifestação por parte dos órgãos públicos é aparente, pois
não possuem os órgãos personalidade.
GABARITO: Certo
A Ação Penal é o instrumento que deflagra a jurisdição e instaura o processo. Acerca das características,
princípios e outras peculiaridades da Ação Penal, julgue o item abaixo:
São Princípios comuns à ação penal de iniciativa pública e à de iniciativa privada o Princípio da Inércia
da Jurisdição (Ne Procedat Iudex Ex Officio), o Princípio do Ne Bis In Idem Processual e o Princí pio da
Pessoalidade da Pena ou da Intranscendência.
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COMENTÁRIO
Princípios Comuns da Ação Penal:
1) Princípio da Inércia da Jurisdição (Ne Procedat Iudex Ex Officio): ao juiz não é permitido dar início a Ação
Penal, sem a provocação da parte, com a exceção de ordem de Habeas Corpus e da expedição de Guia de
Execução Penal;
2) Ne Bis In Idem Processual: o réu não pode ser investigado, acusado, julgado e executado por mais de
uma vez pelos mesmos fatos tido como criminosos; e
3) Princípio da Pessoalidade da Pena ou da Intranscendência: a pena não pode passar da pessoa do
condenado.
GABARITO: Certo
A Ação Penal é o instrumento que deflagra a jurisdição e instaura o processo. Acerca das características,
princípios e outras peculiaridades da Ação Penal, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
A Condição de Prosseguibilidade (Condição Superveniente da Ação) ocorre quando o processo já está em
andamento e a condição deve ser implementada para que o processo possa seguir o seu curso normal; é
uma Condição de Procedibilidade aplicável ao processo em curso (ex.: a representação exigida nas Lesões
Corporais Leves e Culposa, nos termos dos artigos 88 e 91 da Lei nº 9.099/95):
Lei nº 9.099/95:
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação
penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas;
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representação para a propositura da ação penal pública,
o ofendido ou seu representante legal será intimado para oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de
decadência).
GABARITO: Certo
A Ação Penal é o instrumento que deflagra a jurisdição e instaura o processo. Acerca das características,
princípios e outras peculiaridades da Ação Penal, julgue o item abaixo:
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COMENTÁRIO
O Princípio da Obrigatoriedade (Legalidade Processual ou da Ação Penal) determina que, presentes os
requisitos legais, o Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia visando à deflagração da Ação Penal,
ou seja, não há juízo de conveniência e oportunidade para a acusação.
Uma das suas exceções ao princípio é a Transação Penal, prevista na Lei nº 9.099/95 (neste caso, sequer
foi oferecida a denúncia).
Já o Princípio da Indisponibilidade ou Indesistibilidade determina que, em decorrência da
obrigatoriedade, o Ministério Público não pode dispor da ação penal, uma vez proposta a denúncia, como
também não pode dispor do recurso interposto no curso do processo; afinal, a fase de recursos é um
desdobramento do direito de ação; o Ministério Público não é obrigado a recorrer, mas se o fizer não
poderá desistir.
Uma das suas exceções é o Sursis Processual, previsto na Lei nº 9.099/95 (neste caso, foi oferecida a
denúncia).
GABARITO: Errado
A Ação Penal é o instrumento que deflagra a jurisdição e instaura o processo. Acerca das características,
princípios e outras peculiaridades da Ação Penal, julgue o item abaixo:
A proposição na Queixa-Crime de composição civil apenas para parte dos acusados acarreta a extinção
da punibilidade por renúncia, já que representa ato de não intenção de acusar todos os envolvidos no
fato criminoso.
COMENTÁRIO
Com base no Princípio da Oportunidade e no Princípio da Indivisibilidade da Ação Penal de iniciativa
privada, o Superior Tribunal de Justiça entende que a proposição na queixa-crime de composição civil
apenas para parte dos acusados gera consequentemente a extinção da punibilidade por renúncia, já que
representa ato de não intenção de acusar todos os envolvidos no fato criminoso:
Superior Tribunal de Justiça: “O querelante proponha, na própria queixa-crime, composição civil de danos
para parte dos querelados, a peça acusatória deverá ser rejeitada em sua integralidade, isto é, em relação
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a todos os querelados. Isso porque a composição pelos danos, sendo aceita e homologada judicialmente,
implica a renúncia ao direito de queixa, nos termos do disposto no art. 74, parágrafo único, da Lei
9.099/1995, tratando-se a renúncia, expressa ou tácita (art. 104 do CP), de causa extintiva da punibilidade,
sendo irretratável (art. 107, V, CP). Por força do princípio da indivisibilidade, a todos se estende a
manifestação do intento de não processar parte dos envolvidos, de modo que a renúncia beneficia a todos
eles.” (HC29.861-SP, julgado em 20/8/2014).
GABARITO: Certo
De acordo com o CPP, o prazo para o aditamento da queixa será de 5 dias, contado da data em que o órgão
do Ministério Público receber os autos.
COMENTÁRIO
Art. 46, §2º O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o órgão do
Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não
tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo.
GABARITO: Errado
Ante a recusa de oferecimento por parte do membro do Ministério Público, o Poder Judiciário pode
determinar o seu oferecimento visto se tratar de direito subjetivo do réu.
COMENTÁRIO
É vedada a substituição da figura do Ministério Público pela do juiz na celebração do acordo de não
persecução penal, instrumento jurídico extrajudicial concretizador da política criminal exercida pelo titular
da ação penal pública cuja homologação judicial tem natureza meramente declaratória” (AgRg no HC
685.200/RJ, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUINTA TURMA, julgado em 24/08/2021, DJe
30/08/2021).
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O acordo de persecução penal não constitui direito subjetivo do investigado, podendo ser proposto pelo
MPF conforme as peculiaridades do caso concreto e quando considerado necessário e suficiente para a
reprovação e a prevenção da infração penal, não podendo prevalecer neste caso a interpretação dada a
outras benesses legais que, satisfeitas as exigências legais, constitui direito subjetivo do réu, tanto que a
redação do art. 28-A do CPP preceitua que o Ministério Público poderá e não deverá propor ou não o
referido acordo, na medida em que é o titular absoluto da ação penal pública, ex vi do art. 129, inc. I, da
Carta Magna (AgRg no RHC 152.756/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA,
julgado em 14/09/2021, DJe 20/09/2021).
“O Poder Judiciário não pode determinar ao Parquet a obrigação de ofertar acordo de não persecução
penal” (AgRg no HC 636.024/SC, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em
14/09/2021, DJe 21/09/2021).
“Consoante jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não cabe ao Poder Judiciário impor ao Ministério
Público obrigação de ofertar acordo em âmbito penal” (HC 194677, Relator(a): GILMAR MENDES, Segunda
Turma, julgado em 11/05/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-161 DIVULG 12-08-2021 PUBLIC 13-08-2021).
GABARITO: Errado
Prevalece no STJ e no STF que a representação, nos crimes de ação penal pública condicionada, não
exige maiores formalidades, sendo suficiente a demonstração inequívoca de que a vítima tem interesse
na persecução penal.
COMENTÁRIO
Prevalece no STJ e no STF que a representação, nos crimes de ação penal pública condicionada, não exige
maiores formalidades, sendo suficiente a demonstração inequívoca de que a vítima tem interesse na
persecução penal. Dessa forma, não há necessidade de que exista nos autos peça processual com esse
título, sendo suficiente que a vítima ou seu representante legal leve ao conhecimento das autoridades o
ocorrido.
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. LESÃO CORPORAL CULPOSA NA DIREÇÃO DE VEÍCULO
AUTOMOTOR. REPRESENTAÇÃO. DECADÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. MANIFESTAÇÃO INEQUÍVOCA DE
VONTADE DE VER O AUTOR DO DELITO PROCESSADO. DESNECESSIDADE DE FORMALISMO. 1. De acordo
com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a representação nos crimes de ação penal pública
condicionada à representação não exige maiores formalidades, bastando que haja a manifestação de
vontade da vítima ou de seu representante legal, demonstrando a intenção de ver o autor do fato delituoso
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GABARITO: Certo
Segundo o CPP, o prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado
da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 10 dias, se o
réu estiver solto ou afiançado.
COMENTÁRIO
Art.46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em
que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver
solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16),
contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
§1º Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia
contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação.
GABARITO: Errado
O instituto aplica-se às infrações penais sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a
4 (quatro) anos, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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COMENTÁRIO
O instituto é balizado pela PENA MÍNIMA.
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e
circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior
a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas
cumulativa e alternativamente.
GABARITO: Certo
Ainda quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão que provê o recurso contra a rejeição da
denúncia vale, desde logo, pelo recebimento dela.
COMENTÁRIO
Nos termos da súmula 709 do STF, se a decisão que rejeitou a denúncia for nula, não cabe ao Tribunal
receber a denúncia.
GABARITO: Certo
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina
constitucionalista, julgue o item abaixo:
Quanto ao modo de elaboração, as constituições populares são caracterizadas por ser uma afirmação
vitoriosa ao princípio democrático.
COMENTÁRIO
As constituições democráticas/populares/promulgadas pertencem a classificação relacionada à origem,
ou seja, as forças responsáveis pelo surgimento da constituição e não quanto ao modo de elaboração.
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GABARITO: Errado
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina
constitucionalista, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
A constituição-garantia é caracterizada como um simples instrumento de governo responsável pela
definição de competências e regulação de processos (Canotilho, 1994). A constituição programática se
caracteriza por conter definidoras de tarefas, programas de ação a serem concretizadas pelos poderes
públicos.
GABARITO: Errado
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina
constitucionalista, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
A plasticidade da constituição está relacionada à sua estabilidade, portanto é aferida com base na
complexidade dos processos de sua alteração em comparação ao processo legislativo ordinário. Ela pode
ser: imutável, fixa, rígida, super-rígida, semirrígida ou flexível. A classificação presente na alternativa se
refere ao conteúdo ideológico (quanto à dogmática).
GABARITO: Errado
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Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina
constitucionalista, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
A constituição em sentido material é identificada por consagrar um conjunto de normas estruturantes de
uma sociedade política, ou seja, disciplinam matérias típicas de Estado. Enquanto a constituição formal é
um conjunto de normas formalizado de modo diverso do processo legislativo ordinário.
GABARITO: Errado
Embora se reconheça que o Brasil é um Estado democrático de direito, tal afirmação é uma construção
doutrinária que não tem previsão constitucional expressa.
COMENTÁRIO
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos.
GABARITO: Errado
A forma federativa de Estado, cláusula pétrea implícita, caracterizada pela tripartição dos poderes da União.
COMENTÁRIO
Art. 60 § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
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GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos.
GABARITO: Errado
A República Federativa do Brasil é composta pela união entre os estados federados, municípios e o Distrito
Federal, não podendo ser nem mesmo objeto de deliberação uma proposta de emenda constitucional
tendente a abolir a forma federativa.
COMENTÁRIO
Art. 60 § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
GABARITO: Certo
A defesa da paz e a solução pacífica de conflitos são fundamentos da República Federativa do Brasil.
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COMENTÁRIO
Art. 4º. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
VII - solução pacífica dos conflitos;
VI - defesa da paz;
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Denominam-se mutações constitucionais, expressão que Anna Cândida da Cunha Ferraz utiliza para os
processos informais que, sem contrariar a Constituição, alterem ou modifiquem o sentido, o significado
ou o alcance das suas normas, rotulando como inconstitucionais os procedimentos que ultrapassem os
limites da interpretação e produzam resultados hermenêuticos incompatíveis com os princípios
estruturais da lei fundamental. (COELHO, Inocêncio Mártires. Interpretação Constitucional. 3. ed. rev. e
aumentada. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 22).
GABARITO: Errado
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META 4
REVISÃO DA SEMANA 04
Questões
Quanto ao tema Parte Geral do Código Penal, de acordo com a legislação processual penal vigente e o
entendimento dos Tribunais Superiores, julgue o item abaixo:
O cumprimento de pena imposta em outro processo, em regime aberto, impede o curso da prescrição
executória.
Quanto ao tema Parte Geral do Código Penal, de acordo com a legislação processual penal vigente e o
entendimento dos Tribunais Superiores, julgue o item abaixo:
De acordo com o STJ, a pena de inabilitação para exercício de cargo/função pública, prevista no art. 1.º, §
2.º, do Decreto-Lei 201/67, não será extinta, necessariamente, se houver prescrição da pena privativa de
liberdade.
A Punibilidade, objetivamente, é a consequência penal programada para incidir sobre aquele que pratica
uma ação formal e materialmente típica, antijurídica e culpável. Subjetivamente, é o direito que detém o
Estado de aplicar a sanção penal prevista na norma incriminadora, contra quem praticou a infração penal.
Sobre os estudos que giram em torno da Punibilidade, julgue o item abaixo:
Enquanto na causa de extinção da punibilidade o direito de punir nasce, porém desaparece em razão de
fato/evento superveniente (ex.: prescrição), na causa de exclusão de punibilidade o direito de punir sequer
nasce.
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As mesmas causas etárias que reduzem pela metade a prescrição também são consideradas atenuantes.
O Código Penal tipifica como crime a conivência. Assim, mesmo que não tenha o dever de evitar o resultado,
o agente que não intervém para fazer cessar o delito de que tem conhecimento pratica crime.
A elementar do crime de peculato se comunica aos coautores e partícipes estranhos ao serviço público.
Prevalece na doutrina que o Código Penal, no que se refere à participação, adotou a teoria da acessoriedade
máxima.
Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
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O concurso de pessoas tem como requisitos a pluralidade de condutas e agentes, a relevância causal das
condutas, o liame subjetivo entre os agentes e a identidade do fato.
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 matar alguém por milícia privada, sob o pretexto de
prestação de serviço de segurança.
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 causar epidemia, mediante a propagação de germes
patogênicos se do fato resulta lesão corporal gravíssima.
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado
a fins terapêuticos ou medicinais, inclusive quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para
vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado
ou alterado.
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de
exploração sexual alguém menor de 12 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone.
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É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 o crime de organização criminosa, quando direcionado à
prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte somente.
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 o roubo circunstanciado pelo emprego de arma.
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 a extorsão praticada em concurso de agentes e com emprego
de arma.
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 a satisfação da lascívia mediante a presença de criança.
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 a lesão corporal seguida de morte.
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 o furto qualificado pelo emprego de explosivo.
Os negócios jurídicos podem apresentar defeitos. Sobre o tema, julgue o item abaixo:
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São anuláveis os negócios jurídicos quando as declarações de vontade emanarem de erro acidental que
poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
Os prazos prescricionais são estabelecidos por lei ou por convenção das partes.
Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua execução.
Acerca da disciplina dos bens no CC/02 e considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o
item abaixo:
Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário
resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
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Acerca da disciplina dos bens no CC/02 e considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o
item abaixo:
Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.
Acerca da disciplina dos bens no CC/02 e considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o
item abaixo:
Constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.
São acessórios os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso,
ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
SEMANA 06/30
O prazo de decadência do direito de anular ato administrativo de que decorram efeitos patrimoniais será
contado a partir da percepção do primeiro pagamento.
No conceito de ato administrativo, arrolado pelos juristas pátrios, são assinaladas diversas características.
Sobre o tema, julgue o item abaixo:
Não se presume a competência administrativa para a prática de qualquer ato, necessária previsão normativa
expressa.
No conceito de ato administrativo, arrolado pelos juristas pátrios, são assinaladas diversas características.
Sobre o tema, julgue o item abaixo:
Com o ato de delegação, a competência para a prática do ato administrativo não deixa de pertencer à
autoridade delegante em favor da autoridade delegada.
SEMANA 06/30
Na aplicação do poder disciplinar, o direito administrativo utiliza, em regra, o sistema da rígida tipicidade,
onde cada conduta ilícita é minuciosamente descrita na lei.
O poder disciplinar é o instrumento disponibilizado à Administração Pública para apurar infrações e aplicar
penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa por um vínculo
especial.
A legislação de cada ente deverá prever o prazo prescricional da sanção de polícia. No âmbito federal o prazo
é de 5 anos, com fundamento na Lei n.º 9.873/99.
SEMANA 06/30
ósseos e das partes moles da face, principalmente na fronte, nas órbitas e supercílios, no nariz e no mento,
atentando o perito para as partes objetivando analisar o todo.
O aparecimento dos núcleos de ossificação no esqueleto é fundamental para avaliar a idade fetal em um
exame médico-legal. O início da ossificação da clavícula (ponto radiológico de ossificação) dá-se em meados
do 2º mês de gestação.
Sobre os temas das perícias criminais, perícias médico-legais, documentos médico-legais, e outros correlatos,
julgue o item abaixo:
O Código de Processo Penal dispõe que, nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a
causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância
relevante.
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Sobre os temas das perícias criminais, perícias médico-legais, documentos médico-legais, e outros correlatos,
julgue o item abaixo:
O médico que emite documentos, como atestados, receitas, laudos ou pareceres redigidos de forma não
perfeitamente legível, não é passível de penalização, uma vez que está praticando ato de ofício e de acordo
com a legalidade. Não há que se falar, portanto, em penalidade, sob pena de se violar o princípio da
proporcionalidade.
Sobre os temas das perícias criminais, perícias médico-legais, documentos médico-legais, e outros correlatos,
julgue o item abaixo:
O laudo médico-legal é espécie de relatório médico-legal, cuja característica principal é ser ditado pelo perito
a uma terceira pessoa (normalmente um escrivão), durante a realização do exame, na presença de
testemunhas.
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Comentários
Quanto ao tema Parte Geral do Código Penal, de acordo com a legislação processual penal vigente e o
entendimento dos Tribunais Superiores, julgue o item abaixo:
O cumprimento de pena imposta em outro processo, em regime aberto, impede o curso da prescrição
executória.
COMENTÁRIO
Para o STJ, de acordo com o parágrafo único do art. 116 do Código Penal, “depois de passada em julgado
a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por
outro motivo”. Ao interpretar o referido dispositivo legal, o STJ pacificou o entendimento de que o
cumprimento de pena imposta em outro processo, ainda que em regime aberto ou em prisão domiciliar,
impede o curso da prescrição executória. Assim, não há que se falar em fluência do prazo prescricional, o
que impede o reconhecimento da extinção de sua punibilidade.
O fato de o prazo prescricional não correr durante o tempo em que o condenado está preso por outro
motivo não depende da unificação das penas.
STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 123523-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 13/04/2020 (Info 670).
GABARITO: Certo
Quanto ao tema Parte Geral do Código Penal, de acordo com a legislação processual penal vigente e o
entendimento dos Tribunais Superiores, julgue o item abaixo:
De acordo com o STJ, a pena de inabilitação para exercício de cargo/função pública, prevista no art. 1.º, §
2.º, do Decreto-Lei 201/67, não será extinta, necessariamente, se houver prescrição da pena privativa de
liberdade.
COMENTÁRIO
Segundo o STJ, a pena de inabilitação para exercício de cargo/função pública, prevista no art. 1.º, § 2.º, do
Decreto-Lei 201/67, é extinta, necessariamente, se houver prescrição da pena privativa de liberdade.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Assim, conforme a jurisprudência do STF, do STJ e do TSE, extinta a pena privativa de liberdade pela
prescrição da pretensão punitiva, também terá o mesmo fim a pena dela decorrente de inabilitação para
o exercício de cargo ou função pública.
STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1381728-SC, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 17/12/2013 (Info
533).
GABARITO: Errado
A Punibilidade, objetivamente, é a consequência penal programada para incidir sobre aquele que pratica
uma ação formal e materialmente típica, antijurídica e culpável. Subjetivamente, é o direito que detém o
Estado de aplicar a sanção penal prevista na norma incriminadora, contra quem praticou a infração penal.
Sobre os estudos que giram em torno da Punibilidade, julgue o item abaixo:
Enquanto na causa de extinção da punibilidade o direito de punir nasce, porém desaparece em razão de
fato/evento superveniente (ex.: prescrição), na causa de exclusão de punibilidade o direito de punir sequer
nasce.
COMENTÁRIO
Nas Causas Extintivas de Punibilidade o direito de punir nasce, porém desaparece em razão de fato/evento
superveniente (ex.: prescrição): 1) Causas Ordinárias: ocorre com o cumprimento da pena e da medida de
segurança; e 2) Causas Extraordinárias: são previstas em rol exemplificativo do artigo 107 e outras
previsões.
Já nas Causas de Exclusão da Punibilidade o direito de punir sequer nasce (ex.: Escusas Absolutórias).
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
A Anistia é o perdão estatal concedido pelo Poder Legislativo Federal, por meio de lei, com a sanção do
Poder Executivo, fundamentada em razões de clemência, política social ou outros fatores, apagando a
existência do crime e excluindo os Efeitos Penais Principais e Secundários decorrentes da conduta (e não
os Extrapenais e Civis).
Não é pressuposto da Anistia a existência de condenação, inclusive há a seguinte classificação:
Anistia Própria: é aquela concedida antes da condenação; e
Anistia Imprópria: é aquela concedida depois da condenação.
GABARITO: Certo
As mesmas causas etárias que reduzem pela metade a prescrição também são consideradas atenuantes.
COMENTÁRIO
De fato, estamos tratando da prescrição e da segunda fase da dosimetria da pena que possuem, nesse
ponto, a mesma causa:
Circunstâncias atenuantes
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da
sentença; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Redução dos prazos de prescrição
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime,
menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
GABARITO: Certo
O Código Penal tipifica como crime a conivência. Assim, mesmo que não tenha o dever de evitar o resultado,
o agente que não intervém para fazer cessar o delito de que tem conhecimento pratica crime.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
A conivência corresponde à participação por omissão, quando o agente não tem o dever de evitar o
resultado, nem tampouco aderiu à vontade criminosa do autor. Não é punível pela lei brasileira. É o
chamado concurso absolutamente negativo.
GABARITO: Errado
A elementar do crime de peculato se comunica aos coautores e partícipes estranhos ao serviço público.
COMENTÁRIO
Circunstâncias incomunicáveis
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares
do crime.
GABARITO: Certo
Prevalece na doutrina que o Código Penal, no que se refere à participação, adotou a teoria da acessoriedade
máxima.
COMENTÁRIO
Na doutrina pátria predomina o entendimento de ter o CP adotado a teoria da acessoriedade limitada
que exige que o fato principal seja típico e ilícito para que o partícipe possa responder pelo crime.
Teoria da acessoriedade mínima: exige-se somente a prática, pelo autor, de fato típico, para que o
partícipe possa ser punido.
Teoria da acessoriedade limitada: para que o partícipe seja punido, é necessário que o autor tenha
praticado fato típico e ilícito.
Teoria da acessoriedade máxima: exige-se a prática de fato típico, ilícito e culpável pelo autor para que o
partícipe possa ser punido.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Teoria da hiperacessoriedade: só se pune a participação, se for praticado fato típico, ilícito, culpável e
punível.
GABARITO: Errado
Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
COMENTÁRIO
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida
de sua culpabilidade.
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste;
essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
GABARITO: Certo
O concurso de pessoas tem como requisitos a pluralidade de condutas e agentes, a relevância causal das
condutas, o liame subjetivo entre os agentes e a identidade do fato.
COMENTÁRIO
Para que se caracterize o concurso de pessoas é indispensável a presença de quatro requisitos:
(A) Pluralidade de agentes e de condutas: são necessárias duas ou mais pessoas realizando a conduta
típica.
(B) Relevância causal das condutas: Se algum dos agentes praticar um ato sem eficácia causal, não haverá
concurso de pessoas em relação a ele.
(C) Liame subjetivo entre os agentes: deve haver a vontade de colaborar para o mesmo crime
(homogeneidade de elemento subjetivo).
(D) Identidade de infração penal: todos os concorrentes devem contribuir para o mesmo evento.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Certo
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 matar alguém por milícia privada, sob o pretexto de
prestação de serviço de segurança.
COMENTÁRIO
O único homicídio simples considerado hediondo é o praticado por grupo de extermínio:
“Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930,
de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido
por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); (Redação
dada pela Lei nº 13.964, de 2019)”.
GABARITO: Errado
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 causar epidemia, mediante a propagação de germes
patogênicos se do fato resulta lesão corporal gravíssima.
COMENTÁRIO
“Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930,
de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
(...)
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)”
GABARITO: Errado
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado
a fins terapêuticos ou medicinais, inclusive quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para
vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado
ou alterado.
COMENTÁRIO
“Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930,
de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
(...)
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou
medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de
1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)”
GABARITO: Certo
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de
exploração sexual alguém menor de 12 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
A idade considerada é a da vítima menor de 18 anos.
“Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930,
de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
(...)
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou
de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014)”
GABARITO: Errado
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 o crime de organização criminosa, quando direcionado à
prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte somente.
COMENTÁRIO
Não é necessário que o crime seja com resultado morte.
“Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930,
de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
(...)
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)”
GABARITO: Errado
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 o roubo circunstanciado pelo emprego de arma.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
Apenas o roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo, seja de uso permitido, restrito ou
proibido, será considerado hediondo. Roubo com emprego de arma é muito genérico, possibilitando o
enquadramento de arma branca, o que afasta a hediondez do delito.
“Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930,
de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
(...)
II - roubo: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de
fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)”.
GABARITO: Errado
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 a extorsão praticada em concurso de agentes e com emprego
de arma.
COMENTÁRIO
O concurso de agentes e o emprego de arma constituem causa de aumento de pena do crime de extorsão:
Art. 158, §1º do CP. Somente a extorsão qualificada é modalidade de crime hediondo.
“Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930,
de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
(...)
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art.
158, § 3º); (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)”
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Errado
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 a satisfação da lascívia mediante a presença de criança.
COMENTÁRIO
Dentre os crimes contra a dignidade sexual, Lei 8.072/90 classificou como hediondo os delitos de estupro
(art. 213, caput e §§ 1o e 2o), estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o) e o
favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de
vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).
Assim, não fora atribuído o caráter hediondo ao crime de Satisfação de Lascívia mediante presença de
criança ou adolescente, previsto no art. 218-A do CP.
“Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930,
de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
(...)
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
(...)
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou
de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014)”
GABARITO: Errado
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 a lesão corporal seguida de morte.
COMENTÁRIO
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Apenas é considerado hediondo a lesão corporal seguida de morte quando praticada contra autoridade
ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da
Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição.
“Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930,
de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
(...)
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art.
129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função
ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)”
GABARITO: Errado
É considerado crime hediondo pela Lei 8072/90 o furto qualificado pelo emprego de explosivo.
COMENTÁRIO
É o que prevê o art. 1º, IX da Lei 8.072/90.
“Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930,
de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
(...)
IX - FURTO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE EXPLOSIVO ou de artefato análogo que cause perigo comum
(art. 155, § 4º-A). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
GABARITO: Certo
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Os negócios jurídicos podem apresentar defeitos. Sobre o tema, julgue o item abaixo:
São anuláveis os negócios jurídicos quando as declarações de vontade emanarem de erro acidental que
poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
COMENTÁRIO
138
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Os traslados e as certidões considerar-se-ão instrumentos públicos, se os originais se houverem produzido
em juízo como prova de algum ato (art.218, CC).
GABARITO: Errado
Os prazos prescricionais são estabelecidos por lei ou por convenção das partes.
COMENTÁRIO
Os prazos prescricionais somente podem ser estabelecidos pela lei.
139
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Errado
Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua execução.
COMENTÁRIO
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
GABARITO: Certo
Acerca da disciplina dos bens no CC/02 e considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o
item abaixo:
Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário
resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
COMENTÁRIO
140
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Certo
Acerca da disciplina dos bens no CC/02 e considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o
item abaixo:
Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.
COMENTÁRIO
É o que dispõe, literalmente, o art. 91 do CC/02.
GABARITO: Certo
Acerca da disciplina dos bens no CC/02 e considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o
item abaixo:
COMENTÁRIO
É o que dispõe, literalmente, o art. 81, II, do CC/02.
GABARITO: Certo
Constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.
141
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico (art. 91, CC).
GABARITO: Errado
São acessórios os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso,
ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
COMENTÁRIO
São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso,
ao serviço ou ao aformoseamento de outro (art.93, CC).
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Os "Atributos dos Atos Administrativos" é diferente de "Requisitos ou Elementos de validade dos atos
administrativos".
Os requisitos e elementos são: Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto.
Os atributos são: Presunção de Legitimidade, Autoexecutoriedade, Imperatividade, Exigibilidade e
Tipicidade.
GABARITO: Errado
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
O prazo de decadência do direito de anular ato administrativo de que decorram efeitos patrimoniais será
contado a partir da percepção do primeiro pagamento.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 54, §1º, da Lei 9.784/99.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis
para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé.
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do
primeiro pagamento.
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 12 da Lei 9.784/99.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte
da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,
jurídica ou territorial.
GABARITO: Errado
No conceito de ato administrativo, arrolado pelos juristas pátrios, são assinaladas diversas características.
Sobre o tema, julgue o item abaixo:
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Não se presume a competência administrativa para a prática de qualquer ato, necessária previsão normativa
expressa.
COMENTÁRIO
O princípio da legalidade ordena que o administrador público só pode fazer o que a lei prescreve, a
competência deve estar sempre prevista. Não pode, por exemplo, o Auditor Fiscal autuar um sujeito
passivo sem que haja norma que o fundamente.
GABARITO: Certo
No conceito de ato administrativo, arrolado pelos juristas pátrios, são assinaladas diversas características.
Sobre o tema, julgue o item abaixo:
Com o ato de delegação, a competência para a prática do ato administrativo não deixa de pertencer à
autoridade delegante em favor da autoridade delegada.
COMENTÁRIO
Uma das consequências inerentes à delegação é o fato de que a autoridade delegante não perde a parcela
de competência transferida.
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
Os atos administrativos regulamentares só podem ser expedidos secundum legem (de acordo com a lei),
não se admitindo exercício do poder regulamentar ultra legem (além do que a lei estabelece) ou contra
legem (contrária à lei). Disso deriva a impossibilidade de que os atos regulamentares inovem no
ordenamento jurídico.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
O poder hierárquico, ao contrário dos demais poderes, não depende de prévia existência legal, pois se
presume pela estrutura naturalmente verticalizada da Administração. Esse poder é exercido dentro do
âmbito interno de uma mesma entidade. Não há que se falar em hierarquia entre duas entidades distintas.
Nesse caso, haverá supervisão ou tutela, e não hierarquia. Do poder hierárquico decorrem algumas
faculdades implícitas, tais como: dar ordens, fiscalizar o seu cumprimento, delegar e avocar atribuições e
rever atos inferiores.
GABARITO: Certo
Na aplicação do poder disciplinar, o direito administrativo utiliza, em regra, o sistema da rígida tipicidade,
onde cada conduta ilícita é minuciosamente descrita na lei.
COMENTÁRIO
Enquanto no Direito Penal há um sistema de rígida tipicidade, onde cada conduta considerada ilícita é
cuidadosamente descrita, no Direito administrativo o legislador costuma fazer uso de normas gerais de
conduta, enumerando deveres e obrigações que, uma vez não observados pelos agentes públicos, implica
a ocorrência de ilícito funcional. No Direito Administrativo, a regra é o uso de tipos abertos.
GABARITO: Errado
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
O poder disciplinar é o instrumento disponibilizado à Administração Pública para apurar infrações e aplicar
penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa por um vínculo
especial.
COMENTÁRIO
O poder disciplinar é o instrumento disponibilizado à Administração Pública para apurar infrações e aplicar
penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa por um vínculo
especial. Exemplo: os servidores públicos e os particulares que possuem contrato com a Administração se
submetem ao poder disciplinar. Portanto, quem possui um vínculo geral com a Administração não está
sujeito ao poder disciplinar.
GABARITO: Certo
A legislação de cada ente deverá prever o prazo prescricional da sanção de polícia. No âmbito federal o prazo
é de 5 anos, com fundamento na Lei n.º 9.873/99.
COMENTÁRIO
Trata-se do entendimento do STJ, segundo o qual a legislação de cada ente deverá prever o prazo
prescricional da sanção de polícia. No âmbito federal o prazo é de 5 anos, com fundamento na Lei n.º
9.873/99.
Caso não haja lei estadual ou municipal sobre o assunto, deverá ser aplicado o prazo prescricional de 5
anos por força, não da Lei n. 9.873/99, mas sim do art. 1º do Decreto 20.910/32.
As disposições contidas na Lei n.º 9.873/99 não são aplicáveis às ações administrativas punitivas
desenvolvidas por Estados e Municípios, pois o seu art. 1º é expresso ao limitar sua incidência ao plano
federal. Assim, inexistindo legislação local específica, incide, no caso, o prazo prescricional previsto no art.
1º do Decreto 20.910/32.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
II. Nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, as disposições contidas na Lei 9.873/99
não são aplicáveis às ações administrativas punitivas desenvolvidas por Estados e Municípios, pois o seu
art. 1º é expresso ao limitar sua incidência ao plano federal. Assim, inexistindo legislação local específica,
incide, no caso, o prazo prescricional previsto no art. 1º do Decreto 20.910/32. Nesse sentido: STJ, AgRg
no AREsp 750.574/PR, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 13/11/2015; AgRg no REsp
1.513.771/PR, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 26/04/2016; AgRg no REsp
1.566.304/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 31/05/2016; AgRg no AREsp
509.704/PR, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, DJe de 01/07/2014.
III. Agravo interno improvido.
(AgInt no REsp 1409267/PR, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em
16/03/2017, DJe 27/03/2017).
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
Em primeiro lugar, é fundamental entender os conceitos/características apresentados pelo enunciado:
1) Unicidade/individualidade: o que torna uma pessoa diferente das demais;
2) Imutabilidade: não se altera por questões externas, ambientais ou por doenças;
3) Perenidade: elementos que resistem à ação do tempo, permanecendo por toda a vida e após a
morte (exemplo: esqueleto);
4) Praticabilidade: em regra, apresenta baixo custo, há facilidade de registro e obtenção, além de
aceitação e adequação a parâmetros socioculturais;
5) Classificabilidade: facilidade no arquivamento e recuperação dos dados obtidos;
GABARITO: Errado
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
O Exame Prosopográfico é a descrição da face humana de forma comparativa, evidenciando semelhanças
ou diferenças entre duas fotografias nos aspectos físicos gerais e específicos, como o formato da cabeça,
o tipo e o posicionamento das orelhas, a distância entre os olhos, o tipo de sobrancelhas, a testa, a raiz do
nariz, o tamanho da boca, entre outros. Os critérios científicos e objetivos do exame visam obter
informações a respeito de rostos humanos por meio de medições e comparações com padrões
morfológicos adotados pela doutrina. Com base nessas informações é possível apontar semelhanças ou
divergências entre faces que estão sendo comparadas, de forma a constituir uma conclusão útil ao
desenvolvimento da atividade policial.
148
NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Certo
O aparecimento dos núcleos de ossificação no esqueleto é fundamental para avaliar a idade fetal em um
exame médico-legal. O início da ossificação da clavícula (ponto radiológico de ossificação) dá-se em meados
do 2º mês de gestação.
COMENTÁRIO
A clavícula é um importante osso na avaliação antropológica, tanto da espécie como da idade fetal, por
ter características exclusivas da espécie humana e também por ser o primeiro osso a iniciar seu processo
149
NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
Abaixo do traço de fração estão os dedos da mão esquerda e a primeira representação é do dedo polegar.
Logo, o polegar da mão esquerda corresponde a um defeito ou cicatriz que torna impossível a
classificação.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Em primeiro lugar, é fundamental entender os conceitos/características apresentados pelo enunciado:
1) Unicidade/individualidade: o que torna uma pessoa diferente das demais;
2) Imutabilidade: não se altera por questões externas, ambientais ou por doenças;
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NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
3) Perenidade: elementos que resistem à ação do tempo, permanecendo por toda a vida e após a
morte (exemplo: esqueleto);
4) Praticabilidade: em regra, apresenta baixo custo, há facilidade de registro e obtenção, além de
aceitação e adequação a parâmetros socioculturais;
5) Classificabilidade: facilidade no arquivamento e recuperação dos dados obtidos;
GABARITO: Errado
Sobre os temas das perícias criminais, perícias médico-legais, documentos médico-legais, e outros correlatos,
julgue o item abaixo:
O Código de Processo Penal dispõe que, nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a
causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância
relevante.
COMENTÁRIO
É o que dispõe o art. 162, parágrafo único do Código de Processo Penal. Vale ressaltar que a doutrina
médico-legal critica este dispositivo. Para alguns médicos legistas, o perito deve sempre fazer o exame
interno do cadáver, independentemente da hipótese, em razão da possibilidade de dissimulação de causa
de morte. Para citar um exemplo, num caso de suicídio por envenenamento, a família do suicida, visando
obter a indenização da seguradora de vida deste (que não cobre mortes por suicídio), poderia transportar
o corpo do cadáver a uma linha férrea, simulando um acidente ferroviário. Nessa hipótese, somente o
exame interno do cadáver detectaria a real causa mortis (envenenamento).
GABARITO: Certo
Sobre os temas das perícias criminais, perícias médico-legais, documentos médico-legais, e outros correlatos,
julgue o item abaixo:
151
NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
O médico que emite documentos, como atestados, receitas, laudos ou pareceres redigidos de forma não
perfeitamente legível, não é passível de penalização, uma vez que está praticando ato de ofício e de acordo
com a legalidade. Não há que se falar, portanto, em penalidade, sob pena de se violar o princípio da
proporcionalidade.
COMENTÁRIO
O médico que emite documentos, como atestados, receitas, laudos ou pareceres redigidos de forma não
perfeitamente legível, é passível de penalização por infração ética, conforme previsto na regulamentação
do exercício profissional da Medicina. A legibilidade das receitas é obrigatória desde 1973, através da lei
Federal 5.991, que diz, no artigo 35, alínea “a”, que somente será aviada a receita que estiver escrita de
modo legível. Além de infringir uma lei federal, ao escrever de forma ilegível o médico também estará
ferindo o Código de Ética Médica, uma vez que seu art. 11 veda ao médico "receitar, atestar ou emitir
laudos de forma secreta ou ilegível".
GABARITO: Errado
Sobre os temas das perícias criminais, perícias médico-legais, documentos médico-legais, e outros correlatos,
julgue o item abaixo:
O laudo médico-legal é espécie de relatório médico-legal, cuja característica principal é ser ditado pelo perito
a uma terceira pessoa (normalmente um escrivão), durante a realização do exame, na presença de
testemunhas.
COMENTÁRIO
Em apertada síntese, os relatórios médico-legais são descrições minuciosas de uma perícia médica, a fim
de responder a autoridade policial ou judiciária. São espécies de relatórios o laudo e o auto. A diferença
básica entre as espécies de relatórios consta a seguir:
1) LAUDO: é redigido pelo próprio perito após a realização da perícia;
2) AUTO: é o exame é ditado pelo perito a uma terceira pessoa (normalmente um escrivão de polícia)
durante a realização do exame, na presença de testemunhas.
Dessa forma, a alternativa trouxe uma característica do auto, e não do laudo. Está incorreta, portanto.
GABARITO: Errado
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
As notificações são comunicações compulsórias às autoridades competentes de um fato médico sobre
moléstias infectocontagiosas e doenças do trabalho.
Embora se impute a todo ser humano, por dever de solidariedade, a notificação de doenças
infectocontagiosas de que tenha conhecimento, e assim impedir o evento, só o médico que se omite, não
havendo participação criminosa, comete o crime tipificado no art. 269 do Código Penal.
Não se fundamenta a omissão na regra do sigilo profissional tutelada pelo art. 154 do Código Penal, pois
o dever de o médico guardá-lo não é absoluto, se há justa causa. O que a lei proíbe é a quebra do segredo
profissional por maldade ou simples leviandade.
GABARITO: Errado
O atestado é um documento que tem por objetivo firmar a veracidade de um fato ou a existência de
determinado estado, ocorrência ou obrigação. É, portanto, uma declaração formal, com forma definida, por
escrito, de um fato médico e suas possíveis consequências.
COMENTÁRIO
Os atestados, denominados, também, certificados médicos, são a afirmação simples e redigida de um fato
médico e de suas possíveis consequências. Classificam-se os atestados em oficiosos, administrativos e
judiciários. Os primeiros são solicitados pelos pacientes para justificar ausência ao trabalho, às aulas etc.
Os atestados administrativos são os reclamados pelo serviço público para efeito de licenças, de
aposentadorias ou abono de faltas, vacinações etc. E, finalmente, judiciários são os atestados que
interessam à Justiça, requisitados sempre pelos juízes.
É singelo e desprovido de formalidades, podendo ser elaborado por qualquer médico inscrito
regularmente no CRM, independentemente da especialidade, desde que tenha capacidade para atestar.
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NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
SEMANA 06/30
GABARITO: Errado
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
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NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
META 5
REVISÃO DA SEMANA 05
Questões
De acordo com o STJ, em nome da proibição do caráter perpétuo da pena, o cumprimento de medida de
segurança se sujeita ao limite máximo de trinta anos.
No regime aberto, o condenado deverá, fora do estabelecimento e com vigilância, trabalhar, frequentar
curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias
de folga.
A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por oito horas
diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado.
A pena de multa consiste no pagamento ao ofendido ou seu representante legal da quantia fixada na
sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de dez e, no máximo, de trezentos e sessenta dias-
multa.
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NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
É circunstância que atenua a pena ter o agente procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência,
logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do trânsito em julgado, reparado
o dano.
São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: ter o agente
cometido o crime contra ascendente, descendente, irmão ou colateral.
No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte geral, pode o juiz limitar-se a um só
aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
São circunstâncias atenuantes ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70
(setenta) anos, na data da publicação da sentença.
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NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
A condenação à pena de multa gera reincidência, motivo pelo qual impede a concessão do sursis.
A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com crime eleitoral, ainda que
haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva do delito eleitoral.
A Competência é forma pela qual se especializa o exercício da Jurisdição e se reparte legalmente, entre os
diversos órgãos jurisdicionais, o seu exercício. No que tange à Competência pelo lugar da infração, julgue o
item abaixo:
A Teoria do Esboço do Resultado é uma exceção utilizada pela jurisprudência para afastar a aplicação da
Teoria da Atividade, regra estabelecida no artigo 70 do Código de Processo Penal.
A Competência é forma pela qual se especializa o exercício da Jurisdição e se reparte legalmente, entre os
diversos órgãos jurisdicionais, o seu exercício. No que tange à Competência pelo lugar da infração, julgue o
item abaixo:
A competência de crimes cibernéticos contra a honra é, em regra, do local em que o sistema eletrônico ligado
à rede mundial de computadores é alimentado.
Sobre o tema “competência criminal”, julgue o item abaixo, conforme o entendimento jurisprudencial e
expressa previsão legal:
Nos crimes de estelionato, quando praticados mediante depósito, por emissão de cheques sem suficiente
provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou por meio da transferência de
valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, em razão da superveniência de Lei nº
14.155/2021, ainda que os fatos tenham sido anteriores à nova lei. Sendo assim, o juízo que estava
processando o crime deverá remeter o feito para o juízo do domicílio da vítima.
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NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
A ofensa indireta, genérica ou reflexa praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, de
suas entidades autárquicas ou empresas públicas federais não atrai a competência da Justiça Federal.
Há conflito de competência, e não de atribuição, sempre que a autoridade judiciária se pronuncia a respeito
da controvérsia, acolhendo expressamente as manifestações do Ministério Público.
Sobre o tema “competência criminal”, julgue o item abaixo, conforme o entendimento jurisprudencial e
expressa previsão legal:
É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de função, no
Tribunal de Justiça, para o Delegado Geral da Polícia Civil.
Sobre o tema “competência criminal”, julgue o item abaixo, conforme o entendimento jurisprudencial e
expressa previsão legal:
Caso um crime ambiental seja apurado a partir de auto de infração lavrado pelo IBAMA, autarquia federal,
faz com que, obrigatoriamente, este crime seja julgado pela Justiça Federal, tendo em vista o interesse da
União.
158
NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
É uma hipótese de competência da Justiça Federal o crime praticado por Despachante Aduaneiro, no
exercício da função, pois o profissional exerce atividade sob delegação e fiscalização da Receita Federal do
Brasil.
A Conexão Intersubjetiva por Concurso ocorre quando duas ou mais infrações são praticadas, ao mesmo
tempo, por várias pessoas reunidas.
SEMANA 06/30
As regras básicas do processo legislativo federal são de absorção compulsória pelos Estados- membros em
tudo aquilo que diga respeito ao princípio fundamental de independência e harmonia dos poderes, como
delineado na Constituição da República.
No que diz respeito à organização político-administrativa, o princípio cuja finalidade é acentuar a igualdade
de todos os brasileiros, independentemente do Estado- membro de nascimento ou domicílio, é o
denominado princípio da dignidade da pessoa humana.
A intervenção federal para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública, dependerá de solicitação
do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal
Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário.
SEMANA 06/30
O federalismo cooperativo é caracterizado por uma divisão mais rígida de competências entre a entidade
central e os demais entes federados, havendo um maior distanciamento entre os entes federativos.
No caso de intervenção para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial, fica dispensada a
apreciação, pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, e o decreto limitar-se-á a suspender a
execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
Um dos crimes mais em voga no Brasil, hoje, é o de Associação à Organização Criminosa (Participação ou
Pertinência em ORCRIM), tipificado no artigo 2º da Lei nº 12.850/2013. Sobre tal delito e seus requisitos
fundamentais, julgue o item abaixo:
O crime de Associação à Organização Criminosa tem natureza jurídica de norma penal em branco de própria,
heterogênea, que depende de complementação externa, de outra instância federativa, para sua tipificação.
Um dos crimes mais em voga no Brasil, hoje, é o de Associação à Organização Criminosa (Participação ou
Pertinência em ORCRIM), tipificado no artigo 2º da Lei nº 12.850/2013. Sobre tal delito e seus requisitos
fundamentais, julgue o item abaixo:
As penas do crime de Associação à Organização Criminosa aumentam-se de 1/3 (um terço) se na atuação do
grupo houver emprego de arma de fogo.
161
NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Com base na Lei n.º 12.850/2013, que trata do crime organizado, julgue o item abaixo:
Com base na Lei n.º 12.850/2013, que trata do crime organizado, julgue o item abaixo:
Em observância ao princípio da legalidade, não configura crime na Lei n.º 12.850/2013 a conduta do agente
que embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa, não obstante configure
o crime de Fraude Processual expresso no Código Penal.
Com base na Lei n.º 12.850/2013, que trata do crime organizado, julgue o item abaixo:
A pena será aumentada de 1/6 a 2/3 quando houver participação de funcionário público,
independentemente de a organização criminosa se valer ou não dessa condição para a prática da infração
penal.
Com base na Lei n.º 12.850/2013, que trata do crime organizado, julgue o item abaixo:
O acordo de colaboração premiada deve ser precedido de instrução criminal, sob pena de invalidade.
SEMANA 06/30
O recebimento da proposta de acordo de colaboração premiada é um marco tanto do início das negociações
entre as partes, como marco de confidencialidade.
A partir da nova redação dada pelo Pacote Anticrime, a homologação do acordo de colaboração premiada
depende obrigatoriamente da prévia oitiva do colaborador pelo juiz.
Acerca da responsabilidade civil, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item
abaixo:
Conquanto não seja pacífico na doutrina, a jurisprudência do STF, ao interpretar o art. 37, §6º, da
Constituição, entende que as pessoas jurídicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito privado
prestadoras de serviço público respondem objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, tanto por atos omissivos quanto por atos comissivos.
163
NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do
fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
O dono, ou detentor, do animal não é responsável pelo dano por este causado.
Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Dessa forma, nos termos do
Código Civil, julgue o item abaixo:
Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou,
mesmo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Dessa forma, nos termos do
Código Civil, julgue o item abaixo:
O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, poderá
receber logo, porém com desconto dos juros correspondentes, embora estipulados, mas pagará as custas
em triplo.
Acerca da responsabilidade civil, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item
abaixo:
Via de regra, são quatro elementos necessários para a caracterização da responsabilidade civil do CC/2002:
a conduta, a culpa em sentido amplo, o nexo de causalidade e o dano. As chamadas excludentes do nexo de
causalidade (culpa ou fato exclusivo da vítima, culpa ou fato exclusivo de terceiro, caso fortuito e força maior)
impedem, quando presentes, a configuração somente da responsabilidade objetiva.
164
NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Acerca da responsabilidade civil, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item
abaixo:
Ofensas rogadas por deputado federal contra outro parlamentar, no Plenário da Câmara e posteriormente
veiculadas pela imprensa e na internet, que não guardam relação direta com o exercício do mandato, não
estão abarcadas pela imunidade material prevista no art. 53 da Constituição Federal e não ensejam a
reparação civil por danos morais.
Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral, quando
preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.
Acerca da responsabilidade civil, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item
abaixo:
Segundo a jurisprudência do STF, mesmo se o Estado comprovar que não lhe era possível agir para evitar a
morte do detento e que adotou todas as precauções exigíveis, ele responde civilmente pela morte do detento
sob sua custódia, por força do direito constitucional do preso a integridade física e moral.
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NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Comentários
O princípio da individualização da pena estabelece que nenhuma pena passará da pessoa do condenado.
Contudo, a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens pode ser, nos termos da lei,
estendida aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.
COMENTÁRIO
A questão versa sobre o princípio da responsabilidade pessoal, também conhecido como princípio da
pessoalidade ou da intranscendência da pena (previsto no art. 5º, XLV da CF).
O princípio da individualização da pena significa que a sanção deve corresponder às características do fato,
do agente, e da vítima, devendo haver a adequada sintonia entre a sanção aplicada e todas as
circunstâncias do delito.
Segundo o STF (HC 82.959/SP), o princípio da individualização da pena compreende:
a) proporcionalidade entre o crime praticado e a sanção abstratamente cominada no preceito secundário
da norma penal;
b) individualização da pena aplicada em conformidade com o ato singular praticado por agente em
concreto (dosimetria da pena);
c) individualização da sua execução, segundo a dignidade humana (artigo 1º, III), o comportamento do
condenado no cumprimento da pena (no cárcere ou fora dele, no caso das demais penas que não a
privativa de liberdade) e à vista do delito cometido (artigo 5º, XLVIII).
GABARITO: Errado
No regime aberto, o condenado deverá, fora do estabelecimento e com vigilância, trabalhar, frequentar
curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias
de folga.
COMENTÁRIO
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
A assertiva está em desacordo com o art. 36, § 1º, do Código Penal, que assevera: “o condenado deverá,
fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer outra atividade
autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga”.
GABARITO: Errado
A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por oito horas
diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 48 do Código Penal, a limitação de fim de semana consiste na obrigação de
permanecer, aos sábados e domingos, por cinco horas diárias, em casa de albergado ou outro
estabelecimento adequado.
GABARITO: Errado
A pena de multa consiste no pagamento ao ofendido ou seu representante legal da quantia fixada na
sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de dez e, no máximo, de trezentos e sessenta dias-
multa.
COMENTÁRIO
Conforme dispõe o art. 49, caput, do Código Penal, a pena de multa consiste no pagamento ao fundo
penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa.
GABARITO: Errado
167
NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
A atenuante de Confissão Espontânea não se aplica em sede de apuração de ato infracional, por não ser
a medida socioeducativa uma pena. Esse é o entendimento do STJ:
Superior Tribunal de Justiça: “O entendimento adotado pela Corte de origem está em consonância com a
jurisprudência deste Tribunal Superior, no sentido de que "[a] aplicação da circunstância atenuante de
confissão, prevista no art. 65, III, d, do Código Penal, é impossível em sede de procedimento relativo a ato
infracional submetido ao Estatuto da Criança e do Adolescente, uma vez que a medida socioeducativa não
tem natureza de pena.” (AgRg no AREsp 1654739/GO, DJe 17/02/2021).
GABARITO: Errado
É circunstância que atenua a pena ter o agente procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência,
logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do trânsito em julgado, reparado
o dano.
COMENTÁRIO
Para que incida a atenuante genérica em apreço, faz-se necessário que o agente repare o dano antes do
julgamento, ou seja, antes da prolação da sentença condenatória (art. 65, inc. III, alínea “b”, do Código
Penal).
GABARITO: Errado
São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: ter o agente
cometido o crime contra ascendente, descendente, irmão ou colateral.
168
NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORIA PEREIRA NUNES 14034767642 NATALIA VITORI
PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
Embora o fato de o agente cometer o crime contra ascendente, descendente ou irmão configurar
agravante genérica, ex vi do art. 61, inc. II, alínea “e”, do Código Penal, não há previsão para incidência da
referida agravante, na hipótese em que a infração penal é praticada em desfavor de colateral. Com efeito,
em respeito ao princípio da legalidade, não existe a possibilidade de aplicar tal circunstância como
agravante.
GABARITO: Errado
No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte geral, pode o juiz limitar-se a um só
aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
COMENTÁRIO
Consoante se depreende do art. 68, parágrafo único, do referido diploma legal, no concurso de causas de
aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma
só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
GABARITO: Errado
São circunstâncias atenuantes ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70
(setenta) anos, na data da publicação da sentença.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 65, inc. I, do aludido codex, são circunstâncias atenuantes ser o agente menor de 21
(vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença, isto é, no dia da prolação
da sentença, e não na data de sua publicação, como mencionado pela alternativa.
GABARITO: Errado
169
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
A condenação à pena de multa gera reincidência, motivo pelo qual impede a concessão do sursis.
COMENTÁRIO
Embora a multa, de fato, gere reincidência, não tem o condão de impedir a concessão do sursis.
Súmula 499-STF: Não obsta a concessão do "sursis" condenação anterior a pena de multa.
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por
2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que:
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício.
GABARITO: Errado
A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com crime eleitoral, ainda que
haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva do delito eleitoral.
COMENTÁRIO
A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com crime eleitoral, ainda
que haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva do delito eleitoral. Caso concreto: o ex-
Governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, com colaboração de outros agentes políticos, teria
desviado recursos públicos e utilizado esse dinheiro para financiar sua campanha de reeleição no ano de
1998. Vale ressaltar que esse dinheiro utilizado na campanha não teria sido contabilizado na prestação de
contas, caracterizando aquilo que se chama, na linguagem popular, de “caixa dois”.
Em tese, o agente teria praticado os seguintes crimes: a) corrupção passiva (art. 317 do CP); b) falsidade
ideológica (art. 350 do Código Eleitoral); c) lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei nº 9.613/98).
Dois crimes são de competência da Justiça estadual comum e um deles da Justiça Eleitoral. Como ficará a
competência para julgar estes delitos? Serão julgados separadamente ou juntos? Qual será a Justiça
competente? Justiça ELEITORAL. Competirá à Justiça Eleitoral julgar todos os delitos. Segundo entende o
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
STF: Compete à Justiça Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos (Inq 4435
AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019).
Ocorre que, no caso concreto, há uma peculiaridade: ainda durante o inquérito, ficou reconhecida a
prescrição da pretensão punitiva em relação ao crime eleitoral. Logo, houve arquivamento do inquérito
no que tange ao crime eleitoral. Diante disso, indaga-se: mesmo assim, a Justiça Eleitoral continuará sendo
competente para julgar os demais delitos? SIM. Mesmo operada a prescrição quanto ao crime eleitoral,
subsiste a competência da Justiça Eleitoral. Trata-se de aplicação lógica do disposto no art. 81 do CPP.
STF. 2ª Turma. RHC 177243/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 29/6/2021 (Info 1024).
GABARITO: Certo
A Competência é forma pela qual se especializa o exercício da Jurisdição e se reparte legalmente, entre os
diversos órgãos jurisdicionais, o seu exercício. No que tange à Competência pelo lugar da infração, julgue o
item abaixo:
A Teoria do Esboço do Resultado é uma exceção utilizada pela jurisprudência para afastar a aplicação da
Teoria da Atividade, regra estabelecida no artigo 70 do Código de Processo Penal.
COMENTÁRIO
De fato, a jurisprudência vem aplicando de forma eficaz a Teoria do Esboço do Resultado, principalmente
em crimes de homicídio, por uma questão de facilidade probatória, quando a conduta se desenvolve em
um lugar e o resultado do tipo penal ocorre em outo:
Supremo Tribunal Federal: “a jurisprudência tem admitido exceções a essa regra, nas hipóteses em
que o resultado morte ocorrer em lugar diverso daquele onde se iniciaram os atos executórios,
determinando-se que a competência poderá ser do local onde os atos foram inicialmente
praticados. Tendo em vista a necessidade de se facilitar a apuração dos fatos e a produção de
provas, bem como garantir que o processo possa atingir à sua finalidade primordial, qual seja, a
busca da verdade real, a competência pode ser fixada no local de início dos atos executórios.” (HC
95.853/RJ, julgado em 11/09/2012).
Não obstante, a aplicação afasta a Teoria do Resultado, utilizado como regra pelo CPP, e não a Teoria da
Atividade (utilizada excepcionalmente, em casos de tentativa).
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SEMANA 06/30
Obs: os procedimentos do JECRIM e do ECA (atos infracionais) adotam como padrão de competência o
local da infração, logo, seguem a Teoria da Atividade.
GABARITO: Errado
A Competência é forma pela qual se especializa o exercício da Jurisdição e se reparte legalmente, entre os
diversos órgãos jurisdicionais, o seu exercício. No que tange à Competência pelo lugar da infração, julgue o
item abaixo:
A competência de crimes cibernéticos contra a honra é, em regra, do local em que o sistema eletrônico ligado
à rede mundial de computadores é alimentado.
COMENTÁRIO
Segundo jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, os crimes praticados na internet, em
geral, especialmente aqueles contra honra e racismo, entre outros, é do local onde é alimentado o sistema
informatizado:
“Em recente decisão desta Terceira Seção ficou consolidado que é competente para julgamento de
crimes cometidos pela internet o juízo do local onde as informações são alimentadas, sendo
irrelevante o local do provedor. Esse local deve ser aquele de onde efetivamente partiu a publicação
do conteúdo, o que ocorre no próprio local do domínio em que se encontra a home Page, porquanto
é ali que o titular do domínio alimenta o seu conteúdo, independentemente do local onde se
hospeda o sítio eletrônico (provedor).” (CC 145.424/SP, 26/04/2016);
GABARITO: Certo
SEMANA 06/30
Sobre o tema “competência criminal”, julgue o item abaixo, conforme o entendimento jurisprudencial e
expressa previsão legal:
É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de função, no
Tribunal de Justiça, para o Delegado Geral da Polícia Civil.
COMENTÁRIO
Extrapola a autonomia do estado previsão, em constituição estadual, que confere foro privilegiado a
Delegado Geral da Polícia Civil.
A autonomia dos estados para dispor sobre autoridades submetidas a foro privilegiado não é ilimitada,
não pode ficar ao arbítrio político do constituinte estadual e deve seguir, por simetria, o modelo federal.
STF. Plenário. ADI 5591/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 20/3/2021 (Info 1010).
À luz do disposto no art. 125, § 1º, da Constituição Federal, o constituinte estadual possui legitimidade
para fixar a competência do Tribunal de Justiça e, por conseguinte, estabelecer a prerrogativa de foro às
autoridades que desempenham funções similares na esfera federal.
O poder dos Estados-membros de definirem, em suas constituições, a competência dos tribunais de justiça
está limitado pelos princípios da Constituição Federal (arts. 25, § 1º, e 125, § 1º).
Extrapola a autonomia do estado previsão, em constituição estadual, que confere foro privilegiado a
Delegado Geral da Polícia Civil.
A autonomia dos estados para dispor sobre autoridades submetidas a foro privilegiado não é ilimitada,
não pode ficar ao arbítrio político do constituinte estadual e deve seguir, por simetria, o modelo federal.
No caso concreto, a CF/88 não prevê foro por prerrogativa de função para o Delegado-Geral da Polícia
Federal, por exemplo. Logo, a instituição de foro por prerrogativa de função para o Delegado Geral da
Polícia Civil não encontra simetria no modelo federal.
GABARITO: Certo
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SEMANA 06/30
A ofensa indireta, genérica ou reflexa praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, de
suas entidades autárquicas ou empresas públicas federais não atrai a competência da Justiça Federal.
COMENTÁRIO
Essa é a tese de jurisprudência fixada pelo STJ (edição nº 72 – competência criminal):
“19) A ofensa indireta, genérica ou reflexa praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da
União, de suas entidades autárquicas ou empresas públicas federais não atrai a competência da Justiça
Federal (art. 109, IV, da CF/88).”
GABARITO: Certo
Há conflito de competência, e não de atribuição, sempre que a autoridade judiciária se pronuncia a respeito
da controvérsia, acolhendo expressamente as manifestações do Ministério Público.
COMENTÁRIO
Essa é a tese de jurisprudência fixada pelo STJ (edição nº 72 – competência criminal):
“16) Há conflito de competência, e não de atribuição, sempre que a autoridade judiciária se pronuncia a
respeito da controvérsia, acolhendo expressamente as manifestações do Ministério Público.”.
GABARITO: Certo
Sobre o tema “competência criminal”, julgue o item abaixo, conforme o entendimento jurisprudencial e
expressa previsão legal:
Caso um crime ambiental seja apurado a partir de auto de infração lavrado pelo IBAMA, autarquia federal,
faz com que, obrigatoriamente, este crime seja julgado pela Justiça Federal, tendo em vista o interesse da
União.
COMENTÁRIO
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Muitos crimes ambientais são descobertos e processados a partir de um auto de infração administrativa,
que é lavrado pelos órgãos de fiscalização ambiental. Ex: o IBAMA constata um ilícito ambiental, multa o
infrator e remete os autos do processo administrativo para o Ministério Público.
O simples fato de o auto de infração ter sido lavrado pelo IBAMA não faz com que, obrigatoriamente, este
crime seja julgado pela Justiça Federal. Isso porque a competência para proteger o meio ambiente é
comum, de forma que o IBAMA atua e pune mesmo se a infração ambiental for de âmbito local (e não
regional ou nacional). Assim, a atuação administrativa não vincula a competência jurisdicional para apurar
o crime.
3. Na hipótese, verifica-se que o Juízo Estadual declinou de sua competência tão somente pelo fato de o
auto de infração ter sido lavrado pelo IBAMA, circunstância que se justifica em razão da competência
comum da União para apurar possível crime ambiental, não sendo suficiente, todavia, por si só, para atrair
a competência da Justiça Federal. (...)
STJ. 3ª Seção. CC 113.345/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 22/8/2012.
A atribuição do IBAMA de fiscalizar a preservação do meio ambiente também não atrai a competência da
Justiça Federal para processamento e julgamento de ação penal referente a delitos ambientais.
STJ. 3ª Seção. CC 97.372/SP, Rel. Min. Celso Limongi (Des. Conv. do TJ/SP), julgado em 24/3/2010.
GABARITO: Errado
É uma hipótese de competência da Justiça Federal o crime praticado por Despachante Aduaneiro, no
exercício da função, pois o profissional exerce atividade sob delegação e fiscalização da Receita Federal do
Brasil.
COMENTÁRIO
O caso concreto é de competência da Justiça Federal, conforme decisão do STJ:
Superior Tribunal de Justiça: “O despachante aduaneiro é pessoa física que atua como representante do
importador e/ou do exportador nas atividades de comércio exterior, além daquelas previstas no art. 808
do Decreto n. 6.759/2009. Embora o § 8º do art. 810 do Decreto n. 6.759/2009 estabeleça a inexistência
de vínculo funcional entre tais agentes e a Administração Pública, não há dúvida de que a categoria se
enquadra como agente delegado, circunstância que firma sua equiparação ao funcionário público para fins
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
penais (art. 327 do CP). Considerando que o ato de delegação e a fiscalização subsequente da atividade
são de atribuição da Receita Federal do Brasil, sendo, inclusive, reguladas por ato normativo daquele
órgão federal (Instrução normativa n. 1.209, de 7/11/2011), não há dúvida que há interesse da União
nos crimes perpetrados por tais agentes no exercício da função, sendo, ainda, o caso de incidir o
enunciado da Súmula 147 desta Corte à espécie.” (CC 170.426/PR, DJe 19/02/2020).
GABARITO: Certo
Um dos critérios para fixação de competência é o lugar da infração, sobre ele julgue o item abaixo:
No crime de estelionato, quando praticado mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente
provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de
valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas,
a competência firmar-se-á pela prevenção.
COMENTÁRIO
Alteração recentíssima promovida em 2021
Art. 70, § 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de
fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a
competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a
competência firmar-se-á pela prevenção. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
GABARITO: Certo
A Conexão Intersubjetiva por Concurso ocorre quando duas ou mais infrações são praticadas, ao mesmo
tempo, por várias pessoas reunidas.
COMENTÁRIO
Há hipótese é de Conexão por Simultaneidade, e não por concurso.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
A Conexão Intersubjetiva ocorre quando DUAS OU MAIS infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo
tempo, por várias pessoas reunidas/, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o
lugar/, ou por várias pessoas, umas contra as outras;
Subespécies:
1ª por Simultaneidade (várias pessoas reunidas) – ex.: roubo e subsequente receptação praticados por
mais de uma pessoa;
2ª por Concurso (unidade de desígnios) – ex.: crimes de corrupção praticados pela mesma associação ou
organização criminosa; e
3ª por Reciprocidade (umas contra as outras) – ex.: rixa entre torcidas de futebol.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
As primeiras bases teóricas para a “tripartição dos poderes” foram lançadas na antiguidade grega por
Aristóteles, em sua obra Política, em que o pensador vislumbra a existência de três funções distintas
exercidas pelo soberano, quais sejam, a função de editar normas gerais a serem observadas por todos, a
de aplicar as referidas normas ao caso concreto (administração) e a função de julgamento, dirimindo os
conflitos oriundos da execução das normas gerais nos casos concretos. Entretanto, Aristóteles descrevia a
concentração do exercício de tais funções na figura de uma única pessoa, o soberano. Dessa forma,
Aristóteles contribuiu no sentido de identificar o exercício de três funções estatais distintas, apesar de
exercidas por um único órgão.
A teoria de Aristóteles foi “aprimorada” por Montesquieu, em seu O espírito das leis.
O grande avanço de Montesquieu não foi identificar o exercício de três funções estatais. Partindo do
pensamento aristotélico, o pensador Francês inovou dizendo que tais funções estariam intimamente
conectadas a três órgãos distintos, autônomos e independentes entre si.
GABARITO: Errado
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
Está correto dizer que ele é um ente dotado de personalidade jurídica de direito público, e que, segundo
a doutrina, trata-se de uma descentralização política, e não administrativa. Descentralização
administrativa é aquela que forma as entidades da administração pública indireta como as autarquias,
fundações públicas e etc.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Os “poderes” ou “órgãos” são independentes entre si, cada um atuando dentro da parcela de competência
constitucionalmente estabelecida. Assim, as atribuições asseguradas não poderão ser delegadas de um
poder a outro. Trata-se do princípio da indelegabilidade de atribuições. Um órgão só poderá exercer
atribuição de outro, ou de natureza típica de outro, quando houver expressa previsão ou quando houver
delegação pelo poder constituinte originário (ex: leis delegadas – art. 68 da CF). A regra da
indelegabilidade não consta expressamente na CF/88, entretanto não há dúvida que deve ser
reconhecida no ordenamento atual.
GABARITO: Errado
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
As regras básicas do processo legislativo federal são de absorção compulsória pelos Estados-membros em
tudo aquilo que diga respeito ao princípio fundamental de independência e harmonia dos poderes, como
delineado na Constituição da República.
COMENTÁRIO
Estes estão entre os chamados princípios constitucionais extensíveis que devem ser observados pelos
Estados-membros. Os Estados-membros, embora tenham auto-organização, esta sofre limites,
reconhecidos pela Jurisprudência e pela Doutrina, além de ter de observar certas diretrizes. Estes limites
e diretrizes se coligem na observância dos seguintes princípios:
1- Os princípios sensíveis - são aqueles presentes no art. 34, VII da Constituição Federal, que se não
respeitados poderão ensejar a intervenção federal.
2- Os princípios federais extensíveis - são aqueles princípios federais que são aplicáveis pela simetria
federativa aos demais entes políticos, como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos
orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos.
3- Os princípios estabelecidos - são aqueles que estão expressamente ou implicitamente no texto da
Constituição Federal limitando o poder constituinte do Estado-membro.
GABARITO: Certo
No que diz respeito à organização político-administrativa, o princípio cuja finalidade é acentuar a igualdade
de todos os brasileiros, independentemente do Estado-membro de nascimento ou domicílio, é o
denominado princípio da dignidade da pessoa humana.
COMENTÁRIO
Segundo a classificação doutrinária, é o princípio da isonomia federativa que se refere à igualdade. A
expressão "federativa" se refere aos "entes da federação". Desta forma a busca pela isonomia federativa
é um dos objetivos da República que institui a busca pela redução das desigualdades regionais.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
O correto seria mediante a aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do
Congresso Nacional, por lei complementar.
GABARITO: Errado
A intervenção federal para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública, dependerá de solicitação
do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal
Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário.
COMENTÁRIO
A hipótese que depende de solicitação do poder coagido é a do art. 34, IV, da CF - garantir o livre exercício
de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.
Art. 36, I, CF - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou
impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder
Judiciário.
GABARITO: Errado
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
O federalismo cooperativo é caracterizado por uma divisão mais rígida de competências entre a entidade
central e os demais entes federados, havendo um maior distanciamento entre os entes federativos.
COMENTÁRIO
O federalismo cooperativo é caracterizado por uma divisão não rígida de competências entre a entidade
central e os demais entes federados, havendo uma maior proximidade entre os entes federativos.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
[...]
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado,
na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
GABARITO: Errado
No caso de intervenção para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial, fica dispensada a
apreciação, pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, e o decreto limitar-se-á a suspender a
execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
COMENTÁRIO
Art. 34, VI, CF - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
Art. 36, § 3º, CF - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso
Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado,
se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
GABARITO: Certo
Um dos crimes mais em voga no Brasil, hoje, é o de Associação à Organização Criminosa (Participação ou
Pertinência em ORCRIM), tipificado no artigo 2º da Lei nº 12.850/2013. Sobre tal delito e seus requisitos
fundamentais, julgue o item abaixo:
O crime de Associação à Organização Criminosa tem natureza jurídica de norma penal em branco de própria,
heterogênea, que depende de complementação externa, de outra instância federativa, para sua tipificação.
COMENTÁRIO
Na verdade, o crime de Associação à Organização criminosa trata de uma Norma Penal em Branco
Imprópria, Homogênea, Homovitelina, pois há necessidade apenas de complementação quanto ao
conceito de ORCRIM, o qual está previsto na própria Lei nº 12.850/2013 (art. 1º, §1º).
Segundo Rogério Sanches, apoiado na doutrina majoritária, as Normas Penais em Branco se classificam
em:
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
GABARITO: Errado
Um dos crimes mais em voga no Brasil, hoje, é o de Associação à Organização Criminosa (Participação ou
Pertinência em ORCRIM), tipificado no artigo 2º da Lei nº 12.850/2013. Sobre tal delito e seus requisitos
fundamentais, julgue o item abaixo:
As penas do crime de Associação à Organização Criminosa aumentam-se de 1/3 (um terço) se na atuação do
grupo houver emprego de arma de fogo.
COMENTÁRIO
A causa de aumento, nesta hipótese, é de metade da pena:
Art. 2º
[...]
§ 2o As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de
arma de fogo.
GABARITO: Errado
Com base na Lei n.º 12.850/2013, que trata do crime organizado, julgue o item abaixo:
COMENTÁRIO
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
Art. 6º, § 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do colaborador serão mantidos em sigilo
até o recebimento da denúncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao magistrado decidir por sua
publicidade em qualquer hipótese. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).
GABARITO: Certo
Com base na Lei n.º 12.850/2013, que trata do crime organizado, julgue o item abaixo:
Em observância ao princípio da legalidade, não configura crime na Lei n.º 12.850/2013 a conduta do agente
que embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa, não obstante configure
o crime de Fraude Processual expresso no Código Penal.
COMENTÁRIO
Lei n.º 12.850/2013 - Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta
pessoa, organização criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
infrações penais praticadas.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração
penal que envolva organização criminosa.
GABARITO: Errado
Com base na Lei n.º 12.850/2013, que trata do crime organizado, julgue o item abaixo:
A pena será aumentada de 1/6 a 2/3 quando houver participação de funcionário público,
independentemente de a organização criminosa se valer ou não dessa condição para a prática da infração
penal.
COMENTÁRIO
Conforme dispõe o art. 2°, §4°, II, a circunstância de haver funcionário público na organização criminosa
deverá ser causa de aumento de pena quando a organização se valer da condição de funcionário público
184
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
para a prática da infração penal. Confira: “Art. 2º. Promover, constituir, financiar ou integrar,
pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa; (...) § 4º A pena é aumentada de 1/6 (um
sexto) a 2/3 (dois terços): (...) II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização
criminosa dessa condição para a prática de infração penal (...)”.
GABARITO: Errado
Com base na Lei n.º 12.850/2013, que trata do crime organizado, julgue o item abaixo:
O acordo de colaboração premiada deve ser precedido de instrução criminal, sob pena de invalidade.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 3º-B, §4º, da Lei nº 12.850/2013, com redação dada pela novel Lei nº 13.964/2019,
“(…) §4º. O acordo de colaboração premiada poderá ser precedido de instrução, quando houver
necessidade de identificação ou complementação de seu objeto, dos fatos narrados, sua definição jurídica,
relevância, utilidade e interesse público”.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
De acordo com o artigo 3º-A da Lei nº 12.850/13:
Art. 3º-A. O acordo de colaboração premiada é negócio jurídico processual e meio de obtenção de prova,
que pressupõe utilidade e interesse públicos.
GABARITO: Certo
185
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PREPARAÇÃO EXTENSIVA
SEMANA 06/30
O recebimento da proposta de acordo de colaboração premiada é um marco tanto do início das negociações
entre as partes, como marco de confidencialidade.
COMENTÁRIO
De acordo com o artigo 3º-B da Lei nº 12.850/13:
Art. 3º-B. O recebimento da proposta para formalização de acordo de colaboração demarca o início das
negociações e constitui também marco de confidencialidade, configurando violação de sigilo e quebra da
confiança e da boa-fé a divulgação de tais tratativas iniciais ou de documento que as formalize, até o
levantamento de sigilo por decisão judicial.
GABARITO: Certo
A partir da nova redação dada pelo Pacote Anticrime, a homologação do acordo de colaboração premiada
depende obrigatoriamente da prévia oitiva do colaborador pelo juiz.
COMENTÁRIO
Anteriormente à redação dada pelo Pacote Anticrime, a homologação do acordo de colaboração premiada
não dependida da prévia oitiva do agente colaborador pelo juiz. Era uma faculdade, um poder-dever do
magistrado, segundo o texto legal.
Atualmente, esse contato entre o juiz e o colaborador é obrigatório, segundo o texto legal:
Antiga redação:
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sua regularidade, legalidade e voluntariedade, podendo para este fim, sigilosamente, ouvir o colaborador,
na presença de seu defensor.
Nova redação:
§ 7º Realizado o acordo na forma do § 6º deste artigo, serão remetidos ao juiz, para análise, o respectivo
termo, as declarações do colaborador e cópia da investigação, devendo o juiz ouvir sigilosamente o
colaborador, acompanhado de seu defensor, oportunidade em que analisará os seguintes aspectos na
homologação: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).
GABARITO: Certo
COMENTÁRIO
A primariedade não é um dos requisitos para a negociação de acordo de colaboração premiada, tampouco
para a concessão dos prêmios previstos na Lei nº 12.850/13:
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois
terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado
efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração
advenha um ou mais dos seguintes resultados:
I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por
eles praticadas;
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa;
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GABARITO: Errado
Acerca da responsabilidade civil, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item
abaixo:
Conquanto não seja pacífico na doutrina, a jurisprudência do STF, ao interpretar o art. 37, §6º, da
Constituição, entende que as pessoas jurídicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito privado
prestadoras de serviço público respondem objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, tanto por atos omissivos quanto por atos comissivos.
COMENTÁRIO
Conquanto a doutrina majoritária defenda que a responsabilidade por atos omissivos seja subjetiva, e não
objetiva, o STF tem reiterado o entendimento de que a responsabilidade objetiva prevista no art. 37, §6º,
da CF, aplica-se tanto para condutas estatais comissivas quanto omissivas. Vejamos decisões das duas
Turmas do STF sobre a matéria:
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Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Acidente de trânsito. Rodovia
pedagiada. Concessionária de serviço público. Responsabilidade objetiva. Possibilidade. Elementos da
responsabilidade civil demonstrados na origem. Dever de indenizar. Legislação infraconstitucional. Ofensa
reflexa. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisprudência da Corte firmou-se no
sentido de que as pessoas jurídicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras
de serviço público respondem objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, com fundamento no
art. 37, § 6º, da Constituição Federal, tanto por atos comissivos quanto por atos omissivos, em situações
como a ora em exame, desde que demonstrado o nexo causal entre o dano e a omissão. 2. Inadmissível,
em recurso extraordinário, a análise de legislação infraconstitucional e o reexame do conjunto fático-
probatório da causa. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido. 4.
Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC, tendo em vista que, na origem, os honorários advocatícios já foram
fixados no limite máximo previsto no § 2º do mesmo artigo. (ARE 951552 AgR, Relator(a): Min. DIAS
TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 02/08/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-181 DIVULG 25-08-2016
PUBLIC 26-08-2016).
GABARITO: Certo
A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do
fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
COMENTÁRIO
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo
criminal.
GABARITO: Certo
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O dono, ou detentor, do animal não é responsável pelo dano por este causado.
COMENTÁRIO
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima
ou força maior.
GABARITO: Errado
Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Dessa forma, nos termos do
Código Civil, julgue o item abaixo:
Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou,
mesmo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
COMENTÁRIO
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por
quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
GABARITO: Errado
Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Dessa forma, nos termos do
Código Civil, julgue o item abaixo:
O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, poderá
receber logo, porém com desconto dos juros correspondentes, embora estipulados, mas pagará as custas
em triplo.
COMENTÁRIO
Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o
permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.
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GABARITO: Errado
Acerca da responsabilidade civil, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item
abaixo:
Via de regra, são quatro elementos necessários para a caracterização da responsabilidade civil do CC/2002:
a conduta, a culpa em sentido amplo, o nexo de causalidade e o dano. As chamadas excludentes do nexo de
causalidade (culpa ou fato exclusivo da vítima, culpa ou fato exclusivo de terceiro, caso fortuito e força maior)
impedem, quando presentes, a configuração somente da responsabilidade objetiva.
COMENTÁRIO
A presença das excludentes do nexo de causalidade obstam a configuração tanto da responsabilidade
objetiva quanto da subjetiva, já que o elemento imaterial (nexo de causalidade) está presente tanto na
responsabilidade objetiva quanto na subjetiva.
GABARITO: Errado
Acerca da responsabilidade civil, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item
abaixo:
Ofensas rogadas por deputado federal contra outro parlamentar, no Plenário da Câmara e posteriormente
veiculadas pela imprensa e na internet, que não guardam relação direta com o exercício do mandato, não
estão abarcadas pela imunidade material prevista no art. 53 da Constituição Federal e não ensejam a
reparação civil por danos morais.
COMENTÁRIO
Trata-se do REsp 1.642.310/DF, caso em que a deputada federal Maria do Rosário Nunes ajuizou ação
indenizatória contra o deputado federal Jair Messias Bolsonaro, porquanto o referido parlamentar
afirmara que não a estupraria porque ela não merecia. Após o ocorrido, o deputado publicou na internet
vídeo intitulado “Bolsonaro escova Maria do Rosário”, consistente em uma edição do discurso feito em
plenário com as ofensas à deputada. Ao apreciar o caso, o STJ decidiu:
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CONSTITUCIONAL E CIVIL. RECURSO ESPECIAL. REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. ATOS PRATICADOS POR
DEPUTADO FEDERAL. OFENSAS VEICULADAS PELA IMPRENSA E POR APLICAÇÕES DE INTERNET.
IMUNIDADE PARLAMENTAR. ALCANCE DE LIMITAÇÕES. ATOS PRATICADOS EM FUNÇÃO DO MANDATO
LEGISLATIVO. NÃO ABRANGÊNCIA DE OFENSAS PESSOAIS. VIOLÊNCIA À MULHER. INTIMIDAÇÃO E
REDUÇÃO DA DIGNIDADE SEXUAL FEMININA DA RECORRIDA.
1. Ação ajuizada em 16/12/2014. Recurso especial interposto em 25/04/2016 e atribuído a este gabinete
em 03/10/2016.
2. O propósito recursal consiste em determinar o alcance da imunidade parlamentar por ofensas
veiculadas tanto no Plenário da Câmara dos Deputados quanto em entrevista divulgada na imprensa e em
aplicações na internet.
3. A imunidade parlamentar é um instrumento decorrente da moderna organização do Estado, com a
repartição orgânica do poder, como forma de garantir a liberdade e direitos individuais.
4. Para o cumprimento de sua missão com autonomia e independência, a Constituição outorga imunidade,
de maneira irrenunciável, aos membros do Poder Legislativo, sendo verdadeira garantia institucional, e
não privilégio pessoal.
5. A imunidade parlamentar não é absoluta, pois, conforme jurisprudência do STF, "a inviolabilidade dos
Deputados Federais e Senadores, por opiniões palavras e votos, prevista no art. 53 da Constituição da
Republica, é inaplicável a crimes contra a honra cometidos em situação que não guarda liame com o
exercício do mandato".
6. Na hipótese dos autos, a ofensa perpetrada pelo recorrente, segundo a qual a recorrida não "mereceria"
ser vítima de estupro, em razão de seus dotes físicos e intelectual, não guarda nenhuma relação com o
mandato legislativo do recorrente.
7. Considerando que a ofensa foi veiculada em imprensa e na Internet, a localização do recorrente, no
recinto da Câmara dos Deputados, é elemento meramente acidental, que não atrai a aplicação da
imunidade.
8. Ocorrência de danos morais nas hipóteses em que há violação da cláusula geral de tutela da pessoa
humana, seja causando-lhe um prejuízo material, seja violando direito extrapatrimonial, seja praticando
em relação à sua dignidade qualquer "mal evidente" ou "perturbação".
9. Ao afirmar que a recorrida não "mereceria" ser estuprada, atribui-se ao crime a qualidade de prêmio,
de benefício à vítima, em total arrepio do que prevê o ordenamento jurídico em vigor. Ao mesmo tempo,
reduz a pessoa da recorrida à mera coisa, objeto, que se submete à avaliação do ofensor se presta ou não
à satisfação de sua lascívia violenta. O "não merece ser estuprada" constitui uma expressão vil que
menospreza de modo atroz a dignidade de qualquer mulher.
10. Na hipótese dos autos, a ofensa à dignidade da recorrida é patente, e traz embutida em si a clara
intenção de reduzir e prejudicar a concepção que qualquer mulher tem de si própria e perante a sociedade.
11. Recurso especial não provido.
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(REsp 1642310/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/08/2017, DJe
18/08/2017).
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO
Súmula 387 - É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.
GABARITO: Certo
Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral, quando
preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.
COMENTÁRIO
SÚMULA N. 385 Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano
moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.
GABARITO: Certo
Acerca da responsabilidade civil, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item
abaixo:
Segundo a jurisprudência do STF, mesmo se o Estado comprovar que não lhe era possível agir para evitar a
morte do detento e que adotou todas as precauções exigíveis, ele responde civilmente pela morte do detento
sob sua custódia, por força do direito constitucional do preso a integridade física e moral.
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COMENTÁRIO
Segundo a decisão do STF no RE 841.526/RS, em caso de inobservância do seu dever específico de proteção
previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte do detento.
Todavia, a responsabilidade civil estatal resta conjurada nas hipóteses em que o Poder Público comprova
causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade da sua omissão
com o resultado danoso. Vejamos a ementa da decisão do Plenário do STF:
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10. Recurso extraordinário DESPROVIDO. (RE 841526, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado
em 30/03/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-159 DIVULG 29-07-2016
PUBLIC 01-08-2016).
GABARITO: Errado
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