Apostila Romero
Apostila Romero
Apostila Romero
01. Medição
Existe uma enorme quantidade de grandezas físicas, mas apenas algumas são
consideradas fundamentais, sendo as demais derivadas delas. Tempo (segundo), espaço
(metro), massa(quilograma) e carga elétrica(Coulomb) são exemplos de unidades funda-
mentais. Velocidade (metro/segundo), aceleração (metro/segundo2) e força (quilogra-
ma.metro/segundo2) são exemplos de unidades derivadas.
Por razões históricas, o tempo foi a primeira quantidade a ser mensurada. Este
conceito surge a partir da duração do dia, da presença da luminosidade do Sol; e a sua
ausência: a noite.
O mundo da Física
Essas são perguntas que o homem vem se fazendo há muito tempo. Algumas sabe-
mos responder, outras não. Algumas têm mais de uma resposta, a diferença está no mé-
todo usado para respondê-las. Alguns métodos permitem conhecer o mundo que nos cer-
ca, outros nos levam a ilusões sobre este mundo. Observe estes casos:
Os trechos escritos nos quadros acima poderiam ser encontrados num jornal ou
falados pela televisão. Freqüentemente encontramos frases que propõem, sugerem, ou
mesmo ordenam que façamos, ou não façamos, certas coisas: “Não fume no elevador.
Lei Municipal número tal”. Essa afirmação tenta nos dizer que se fumarmos no elevador
estaremos sujeitos às penas da tal lei.
Voltemos aos quadros. O primeiro nos diz algumas coisas a respeito da situação
dos astros em que podemos, ou não, acreditar. Mais ainda, nos fala para “curtir” os nos-
sos amigos, o que é bom, e, indiretamente, propõe que joguemos no número 23. Dentro
do quadro encontramos palavras que parecem científicas: energizar, vibração. O texto
usa essa linguagem para tentar nos convencer de que tudo que foi escrito é verdade. Mas
os horóscopos são produtos da Astrologia que não é uma ciência. Suas definições não
são exatas e variam de astrólogo para astrólogo. Na verdade o que foi dito é a opinião de
quem fez o horóscopo e o astrólogo pode, ou não, acertar as suas previsões. No segundo
quadro estamos no campo da ciência. Ele procura nos descrever um. Se uma pessoa, em
qualquer lugar do mundo, seguir as instruções e se olhar num espelho que tenha, pelo
menos, metade da altura do seu rosto, conseguirá ver o rosto por inteiro. Não estamos
mais diante de uma opinião, mas sim de um fato, que pode ser verificado.
Devemos ouvir o que as pessoas têm a dizer, porém devemos ser capazes de jul-
gar o que foi dito. Não é porque “saiu no jornal” ou “deu na TV” que é verdade! Por outro
lado, devemos ter cuidado, pois julgar não é discordar de tudo, o importante é fazer per-
Cap 01 r omer o@f isica.uf pb.br 3
Prof . Romero Tavares da Silva
guntas, é ter curiosidade e ir em busca dos fatos e suas explicações. A ciência e seus
métodos podem nos ajudar a responder muitas perguntas, a tomar posições e a fazer jul-
gamentos.
As divisões da Física
A Física estuda vários tipos de fenômenos da Natureza. Para facilitar o seu estudo
costuma-se dividi-la. Até o início do século as principais partes da Física eram: a Mecâni-
ca, a Termodinâmica e o Eletromagnetismo.
No século XX, a partir de grandes descobertas, surgiram novos ramos, entre eles:
Física Atômica e Nuclear Física Atômica e Nuclear Física Atômica e Nuclear Física Atô-
mica e Nuclear Física Atômica e Nuclear, Mecânica Quântica Mecânica Quântica Mecâni-
ca Quântica Mecânica Quântica Mecânica Quântica, Relatividade. Os novos conceitos
introduzidos neste século provocaram uma verdadeira revolução na Física. Hoje é comum
também dividir a Física em Clássica (antes de 1900) e Moderna (após 1900).
O quadro a seguir mostra algumas perguntas que podem surgir no nosso dia-a-dia,
e identifica qual o ramo da Física que trata de respondê-las.
1ª ETAPA: LER O PROBLEMA: É preciso saber ler, quer dizer, ser capaz de imaginar a
cena que o enunciado descreve. Nem sempre entendemos tudo o que está escrito, mas
podemos estar atentos aos detalhes para "visualizar" corretamente o que se está dizendo.
Um pouco de trigonometria
sen 2 θ + cos 2 = 1
senθ c cos α
= tan θ = = cot α =
cos θ a sen α
Método geométrico
No método geométrico, a visualização dos vetores fica mais óbvia, mas não é ade-
quado para a operações com diversos vetores.
A força é uma grandeza vetorial. Método geométrico
Quando consideramos duas forças atuando
sobre um dado corpo, o efeito resultante será !
igual à atuação de uma única força que seja a
! !
a soma vetorial das duas forças menciona- b c
das.
A soma desses dois vetores pode ser ! !
a b
efetuada usando-se a regra do paralelogra-
mo. ! ! !
c =a+b
Método analítico
ay
tan θ =
ax
onde iˆ e ˆj são vetores unitários (ou versores) que apontam nas direções dos eixos x
e y respectivamente e têm módulos iguais a um.
ou seja:
c x = a x + b x
!
c = iˆc x + ˆjc y onde e
c = a + b
y y y
Multiplicação de vetores
As operações com vetores são utilizadas de maneira muito ampla na Física, para
expressar as relações que existem entre as diversas grandezas.
! !
Sejam dois vetores a e b e um escalar k. Defi-
nimos a multiplicação mencionada como:
! !
b = ka
! !
! ! a ka
O vetor k a tem a mesma direção do vetor a . Terá
mesmo sentido se k for positivo e sentido contrário se
k for negativo.
Produto escalar
!
Define-se o produto escalar de dois vetores a e
!
b como a operação: !
a
! ! ϕ
a ⋅ b = ab cos ϕ
!
onde ϕ é o ângulo formado pelos dois vetores. b
Podemos dizer que o produto escalar de dois vetores é igual ao módulo do primeiro
vezes a componente do segundo no eixo determinado pelo primeiro, ou vice-versa. Isso
pode-se resumir na propriedade :
! ! ! !
a ⋅b = b ⋅a
iˆ ⋅ iˆ = iˆ iˆ cos 0 0 = 1
z
jˆ ⋅ jˆ = 1
kˆ ⋅ kˆ = 1
e de modo equivalente: k̂
iˆ ⋅ ˆj = iˆ ˆj cos 90 0 = 0 iˆ ĵ y
iˆ ⋅ kˆ = 0 x
jˆ ⋅ kˆ = 0
Podemos utilizar a decomposição de um vetor segundo as suas componentes car-
tesianas e definir o produto escalar:
! !
( )(
a ⋅ b = iˆa x + ˆja y + kˆa z ⋅ iˆb x + ˆjb y + kˆbz )
e portanto:
! !
a ⋅ b = a x b x + a y by + a z bz
!!
! ! a.b
Como a ⋅ b = ab cos ϕ , temos que cos ϕ = , e assim poderemos calcular o
ab
ângulo entre os dois vetores, em função de suas componentes cartesianas:
a x b x + a y by + az bz
cos ϕ =
a x2 + a y2 + a z2 b x2 + b y2 + b z2
Produto vetorial
!
Define-se o produto vetorial de dois vetores a e
!
b como a operação:
!
! ! ! c
c = a×b !
b
e módulo c é definido como:
ϕ
c = ab sen ϕ !
a
!
onde c é um vetor
! ! perpendicular ao plano defino pe-
los vetores a e b e ϕ é o ângulo formado por esses
dois últimos dois vetores.
!
Uma aplicação do produto vetorial é a definição da força F que atua em uma car-
!
ga elétrica
! q que penetra com velocidade v numa região que existe um campo magnéti-
co B : ! ! !
F = qv ×B
ou ainda:
F = q v B senϕ
iˆ × iˆ = ˆj × ˆj = kˆ × kˆ = 0 x
c = iˆ(a y b z − a z b y ) + ˆj (a z b x − a x bz ) + kˆ (a x b y − a y b x )
!
iˆ jˆ kˆ
! ! !
c = a × b = ax ay az
bz
bx by
! !
Portanto a b
! ! ! !
b) a+b =a−b
! ! !
c) a+b =c e a2 + b2 = c 2
Como
c 2 = a 2 + b 2 + 2ab cos θ ,
para que !
2 2 2
c = a + b + 2ab = (a + b) 2 b
devemos ter θ
π ! ! !
θ = portanto a ⊥ b a
2
a) ! ! ! c x = a x + b x
c =a+b
c y = a y + b y
cx = 3 - 2,29 = 0,71
cy = 3,27
c = c x2 + c y2 = 3,34
b) ! ! ! d x = b x − a x
d = b −a
d y = b y − a y
dx = -2,29 - 3 = -5,29
dy = 3,27
d = d x2 + d y2 = 6,21
(a! + b! )⋅ (a! − b! ) = a 2
− b2 = 0 ⇒ a=b
iˆ ⋅ iˆ = ˆj ⋅ ˆj = kˆ ⋅ kˆ = 1
e
iˆ ⋅ ˆj = ˆj ⋅ kˆ = kˆ ⋅ iˆ = 0
! !
A definição de produto escalar é tal que: a ⋅ b = a b cos θ , onde θ é o ângulo formado
pelos vetores. Logo:
iˆ ⋅ iˆ = iˆ iˆ cos 0 0 = 1.1.1 = 1
e
iˆ ⋅ ˆj = iˆ ˆj cos 90 0 = 1.1.0 = 0
45
A soma de três vetores é igual a zero, como mostra a α !
figura. Calcule: !
c b
θ !
a
!
a) a! ⋅ b = ?
! ! π
a ⋅ b = a b cos = 0
! ! 2
b) a ⋅ c = - a c cosθ = -a c (a/c) = - a2
! !
c) b ⋅ c = - b c cosα = - b c (b/c) = - b2
! !
b) a × c = ? θ !
a
! ! !
a × c = a c senθ c
! !
a × c = (- ẑ ) a c senθ = - ẑ a c (b/c) = - ẑ a b
! !
c) b×c =?
! ! !
b × c = b c senα b
! !
b × c = ẑ b c senα = ẑ b c (a/c)
! !
b × c = ẑ a b !
c α
47 Produto escalar em função das coordenadas: Suponha que dois vetores sejam
representados em termos das coordenadas como:
! !
a = iˆa x + ˆja y + kˆa z e b = iˆb x + ˆjb y + kˆb z
mostre que:
! !
a ⋅ b = a x b x + a y by + a z bz
Por definição temos que:
! !
( )(
a ⋅ b = iˆa x + jˆa y + kˆa z ⋅ iˆb x + ˆjb y + kˆb z )
Usando os resultados do problema 39, resolvido anteriormente, temos a resposta
pedida.
! !
a ⋅ b = a x b x + a y by + a z bz
! !
a ⋅ b = 3.2 + 5.4 = 26
c) (a! + b! )⋅ b! =?
(a! + b )⋅ b = (5iˆ + 9 jˆ)⋅ (2iˆ + 4 ˆj )= 5.2 + 9.4 = 46
! !
Vivemos num mundo que tem com uma das principais característica o movimento.
Mesmo corpos que aparentemente estão em repouso, só estão neste estado em relação
a um certo referencial. Quando estamos deitados em nossa cama, tudo à nossa volta pa-
rece estar em repouso. E de fato, tudo está em repouso em relação ao nosso corpo. Mas
não está em repouso em relação à Lua, ou ao Sol. Se estivéssemos deitado em uma
cama de um vagão de um trem dormitório, todos os objetos do quarto ainda nos pareceri-
am parados, apesar desse conjunto se mover em relação aos trilhos. Daí concluirmos que
movimento (ou repouso) é uma característica de um corpo em relação a um certo referen-
cial específico
Quando um objeto real está em movimento, além de sua translação ele também
pode tanto girar quanto oscilar. Se fôssemos sempre considerar essas características, o
movimento de um corpo seria sempre um fenômeno bastante complicado de se estudar.
Acontece, que em diversas situações o fenômeno mais importante é a translação. Desse
modo, sem incorrer em grande erro, podemos isolar este tipo movimento e estudá-lo
como o único existente.
Num estágio inicial, o estudo ainda pode ser mais simplificado porque matemati-
camente, uma partícula é tratada como um ponto, um objeto sem dimensões, de tal ma-
neira que rotações e vibrações não estarão envolvidas em seu movimento.
Em resumo: vamos tratar como pontos materiais (ou partículas) os corpos que te-
nham apenas movimento de translação, e o caso mais simples será quando ele apresen-
tar um movimento retilíneo.
Posição e deslocamento
A velocidade de uma partícula é a razão segundo a qual a sua posição varia com o
tempo. Podemos analisar um movimento de diversas maneiras, dependendo da sofistica-
ção dos nossos instrumentos de medida.
distância percorrida
v =
∆t
Se uma viagem entre duas cidades distantes de 120km durou 1,5h nós dizemos
que o percurso foi vencido com uma velocidade escalar média de 80km/h . Na vida coti-
diana essa informação é suficiente para descrever uma viagem.
Como foi mencionado, a velocidade média representa o que aconteceu entre o iní-
cio e o fim de uma viagem. Já a velocidade instantânea em um dado momento representa
o que aconteceu naquele momento. Colecionando as velocidades instantâneas de cada
um dos momentos temos uma informação completa de como variou a velocidade ao longo
de toda viagem.
X=vt
Aceleração
vf − vi ∆v
a = =
tf − ti ∆t
∆v dv
a = Lim =
∆ →
t 0 ∆t dt
x − x0 v + v 0
v = =
t − t0 2
onde a última igualdade é válida apenas para movimentos com aceleração constante,
como esse caso específico.
v + v0
x = x 0 + v (t − t 0 ) = x 0 + (t − t 0 )
2
v − v0
a=a =
t − t0
ou seja:
v = v 0 + a(t − t 0 )
ou ainda
v −v0
(t − t ) =
0
a
t − t0 t − t0
x = x0 + v 0 + [v 0 + a(t − t 0 )]
2 2
x = x 0 + v 0 (t − t 0 ) + a(t − t 0 )
1 2
v + v 0 v − v 0
x = x0 +
2 a
ou seja:
v 2 − v 02
x − x 0 =
2a
e finalmente:
v 2 = v 02 + 2a(x − x 0 )
! ! ! 1! 2
r = r 0 + v 0 t + 2 at
! ! !
v = v 0 + at
v 2 = v 2 + 2a! ⋅ (r! − r! )
0 0
Exemplo:
Um motorista viaja ao longo de uma estrada reta desenvolvendo uma velocidade
de 15m/s quando resolve aumentá-la para 35m/s usando uma aceleração constante de
4m/s2 . Permanece 10s com essa velocidade, quando resolve diminui-la para 5m/s
usando uma aceleração constante de 10m/s2 .
Trace os gráficos de x versus t , v versus t e a versus t para o todo o movimento
mencionado.
700 40
600 35
500 30
25
400
x
20
v
300
15
200
10
100
5
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 0 5 10 15 20 25 30 35
t t
0
0 5 10 15 20 25 30 35
-2
a
-4
-6
-8
-10
-12
t
Para todos os efeitos práticos, um corpo que cai próximo à Terra, se comporta
como se a superfície fosse plana e a aceleração da gravidade g fosse constante. Iremos
usar valor de g =9,8m/s2 , e considerar o eixo z apontando para cima da superifície da
Terra.
1
( )
kˆz = kˆz 0 + kˆv 0 t + − kˆg t 2
2
gt 2
z = z0 + v 0 t −
2
(
kˆv = kˆv 0 + − kˆg t)
ou seja:
v = v0 - gt
e também:
( )(
v 2 = v 02 + 2 − kˆg ⋅ kˆz − kˆz 0 )
v 2 = v 02 − 2g (z − z 0 )
15 Dois trens trafegam, no mesmo trilho, um em direção ao outro, cada um com uma
velocidade escalar de 30km/h . Quando estão a 60km de distância um do outro, um
pássaro, que voa a 60km/h , parte da frente de um trem para o outro. Alcançando o
outro trem ele volta para o primeiro, e assim por diante. (Não temos idéia da razão do
comportamento deste pássaro.)
D1 d1
d
d = D1 + d1 = vpt1 + vt1 = ( vp + v )t1 ⇒ t1 =
v +vp
d2 D2
t 2 (v + v p ) = d − 2vt 1 = d − 2v
d 2v
= d 1 −
v +vp v +vp
d
t2 = 1 − 2v ∴ t 2 = t 1 1 −
2v
v +vp v +v v +v
p p
D3 d3
d = 2d1 + 2d2 + ( d3 + D3 )
d v v v v
t3 = − 2t 1 − 2t 2 = t 1 − 2t 1 − 2t 2
v +vp v +vp v +vp v +vp v +vp
ou ainda
2v v v
t 3 = t 1 1 −
v +v − 2 v +v = 2 − 2 v +v
2t t 2t
p p p
ou seja:
2v
t 3 = t 2 1 −
v +v
p
Por outro lado, já mostramos que:
2v
t 2 = t 1 1 −
v +v
p
d 60 2
t1 = = = h = 40 min
v + v p 30 + 60 3
Podemos inferir então que:
2v
t N = t N −1 1 −
v +v
p
ou seja:
N −1
2v
t N = t 1 1 −
v +v
p
As viagens do pássaro ficarão cada vez com um percurso menor até tornarem-se
infinitesimais, por isso serão necessárias um número infinito de viagens de um
trem para o outro.
a1 (1 − q N )
S=
1− q
e quando |q| < 1 e N tende a infinito:
a1 t1 v + vp d v + v p d
S= = = t 1 = =
1− q 2v
2v 2v v + vp 2v
v +vp
ou seja
d 60
t= = = 1h
2 v 2.30
Uma forma direta de resolver este problema, mas que no entanto perde-se todo o
detalhamento dos acontecimentos, é calcular o tempo necessário para a colisão
dos dois trens:
d 60
d = ( v + v ) t = 2vt ⇒ t = = = 1h
2 v 2.30
Esse tempo t é aquele que o pássaro tem para as suas viagens, logo a distância
percorrida será:
Dp = vp t = 60km
2
A distância percorrida por uma partí-
cula é a área abaixo da curva num 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
gráfico v versus t . Podemos de-
monstrar a afirmação anterior de t(s)
vários modos, por exemplo:
Método 1:
xf tf
Área = d = ∫ dx = ∫ v dt
xi ti
d = Área = A1 + A2 + A3 + A4
onde A1 é a área do triângulo que tem como base (0-2), A2 é a área do retângulo
que tem com base (2-10) , A3 é a área do paralelogramo que tem como base (10-
12) e A4 é a área do retângulo que tem como base (11-16).
d=
1
(2x 8) + (8 x8 ) + 1 (2 x 4) + (2x 4) + (4 x 4)
2 2
d = 100m
10 3 m
v = 100km/h = 10 2
≅ 27m/s
3600s
v 27 m / s
v = v0 + at ; t = =
a 50 m / s 2
t = 0,54s
38 Um jumbo precisa atingir uma velocidade de 360km/h para decolar. Supondo que a
aceleração da aeronave seja constante e que a pista seja de 1,8km , qual o valor
mínimo desta aceleração?
v = 360km/h
v = (v0) + 2ad ∴ a = v /2d
2 2 2
d = 1,8km
v0 = 0
2 2
a = 36000 km/h = 2,7 m/s
T = t + treação
T= 3,62s
43 Em uma estrada seca, um carro com pneus em bom estado é capaz de freiar com
uma desaceleração de 4,92m/s2 (suponha constante).
d = 61,5m
c) Faça os gráficos x versus t e v versus t para a desaceleração.
40 15
x(t)
30
10
20
5
10
0 0
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6
t t
t=3,2s
v(t)
20
15
é uma parábola com concavi- 10
dade para baixo para 5
54 Quando a luz verde de um sinal de trânsito acende, um carro parte com aceleração
constante a = 2,2m/s2 . No mesmo instante, um caminhão, com velocidade constante
de 9,5m/s , ultrapassa o automóvel.
0
at E2 2V 2.9,5
= Vt E ⇒ t E = = 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2 a 2,2 t
tE = 8,6s
Curva azul = X = Caminhão
XE = V tE = 9,5.8,6 = 81,7m.
Curva vermelha = x = Automóvel
Velocidade
vE = v0 + a tE = 2,2 + 8,6 25
20
vE = 18,9m/s
15
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
t
v 02 + V02
D= = 1000m
2a
61 Considere que a chuva cai de uma nuvem, 1700m acima da superfície da Terra. Se
desconsiderarmos a resistência do ar, com que velocidade as gotas de chuva atingi-
riam o solo? Seria seguro caminhar ao ar livre num temporal?
v = 657km/h
Decididamente não seria seguro caminhar ao ar livre num temporal com gotas alcan-
çando a superfície da terra com esta velocidade.
69 Um objeto é largado de uma ponte 45m acima da água. O objeto cai dentro de um
barco que se desloca com velocidade constante e estava a 12m do ponto de im-
pacto no instante em que o objeto foi solto.
Qual a velocidade do barco?
h = 45m
v0 = 0
d = 12m
h
d = vt
d gd 2
gt2 ⇒ t= ∴ h=
h= V 2V 2
2
g 9,8
V =d = 12 = 3,9m / s
2h 2.45
V = 14,1km/h
gt 32
h3 =
2 1
Como existe um intervalo ∆t entre cada gota, temos que t1 = 3∆t ; t2 = 2∆t e t3 = ∆t .
Logo
h2 t 22 (2∆t )
2
4 4 8
= 2 = = ∴ h2 = h1 = m
h1 t 1 (3∆t ) 9
2
9 9
h3 t 32
= 2 =
(∆t ) = 1 ∴ h = 1 h = 2 m
2
h1 t 1 (3∆t )2 9 3
9
1
9
h1 = 5,2m v0
h1
t = t1 + t2 = 4,8s
v1
2
gt 2h1
h1 = ∴ t1 =
1
h2
2 g
t1 = 1,03s e t2 = 3,77s v2
h2 = v1 t2 = 38,06m
c) Suponha que toda água do lago seja drenada. A bola é atirada do trampolim, e
novamente chega ao fundo do lago 4,8s depois. Qual a velocidade inicial da
bola?
Vamos considerar V0 a nova velocidade inicial:
gt 2 h gt
h = V0 t + ∴ V0 = − = 7,92 − 23,52 = −15,60m / s
2 t 2
y
y versus t será uma pará- 20
bola e a curva no gráfico v 15
versus t será uma reta in- 10
5
clinada em relação à hori- 0
zontal. 0 1 2 3 4 5
t
t > 1,03s
12
O movimento da bola de 10
chumbo é de retilíneo e 8
uniforme, portanto a curva
6
v
82 Uma pedra é largada de uma ponte a 43m acima da superfície da água. Outra pe-
dra é atirada para baixo 1s após a primeira pedra cair. Ambas chegam na água ao
mesmo tempo.
t2 = t1 - ∆t = 2s
Logo:
gt 22 h gt
h = v 0t2 + ∴ v0 = − 2
2 t2 2
v0 = 12,2m/s
Posição e deslocamento
e em coordenadas cartesianas:
! ∆x ˆ ∆y ˆ ∆z
v = iˆ Lim + j Lim + k Lim
∆t → 0 ∆t ∆t → 0 ∆t ∆t → 0 ∆t
! dx ˆ dy ˆ dz
v = iˆ +j +k
dt dt dt
ou seja:
!
v = iˆv x + jˆv y + kˆv z
e em coordenadas cartesianas:
! ∆v x ˆ ∆v y ∆v
a = iˆ Lim + j Lim + kˆ Lim z
∆t → 0 ∆t ∆t → 0 ∆t ∆t → 0 ∆t
! dv dv y dv
a = iˆ x + ˆj + kˆ z
dt dt dt
ou seja:
!
a = iˆa x + ˆja y + kˆa z
Vamos considerar que a partícula se mova no plano x-y com aceleração cons-
tante. Para um movimento nesse plano teremos:
!
r = iˆx + ˆjy
! ˆ
v = i v x + ˆjv
y
a! = iˆa + ˆja
x y
x = x 0 + v 0 x (t − t 0 ) + a x (t − t 0 )
1 2
2
v x = v 0x + a x (t − t 0 )
v x2 = v 02x + 2a x (x − x 0 )
y = y 0 + v 0 y (t − t 0 ) + a y (t − t 0 )
1 2
2
v y = v 0y + a y (t − t 0 )
v y2 = v 02y + 2a y (y − y 0 )
! ! ! 1!
r = r0 + v 0 t + at 2
! ! !2
v = v0 + at
v = v 02 + 2a ⋅ (r − r 0 )
2
! ! !
Movimento de projéteis
O movimento dos projéteis é uma situação onde uma partícula se move num plano,
com movimento de aceleração constante em uma direção e movimento de velocidade
constante em outra direção.
x − x0 = v 0 x t (1)
e para o eixo y:
1 2
y − y0 = v0yt − gt (2)
2
v y = v0y − g t (3)
v y2 = v 02y − 2g (y − y 0 )
2
(4)
x
t=
v0x
y = b x - c x2
Essa é a equação de uma parábola com a concavidade voltada para baixo, e tem
como coordenadas do ponto de altura máxima:
b
xM = 2 c
b2
y M =
4c
Considerando que:
v 0 x = v 0 cosθ 0
v = v senθ
0y 0 0
encontramos que:
v 02 sen 2θ 0
x
M =
2g
v 02 sen2 θ 0
yM =
2g
v 02 sen 2θ 0
R=
g
L a n ç a m e n t o e m v á r io s â n g u lo s
4
3 ,5
3
2 ,5
2
y
1 ,5
1
0 ,5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
x
ou seja, dois lançamentos cujos ângulo somam 900 têm o mesmo alcance, como mostra
a figura anterior para os ângulos 300 e 600 . Podemos mostrar, então, que o alcance
máximo é obtido quando o ângulo de lançamento vale 450 , como mostra a terceira curva
da figura anterior.
Uma análise mais realista do movimento dos projéteis deverá levar em conta o seu
atrito com o ar. Essa força de atrito é considerada como uma função da velocidade. Num
caso mais simples, se a força de atrito for considerada proporcional à velocidade de des-
locamento, nós podemos avaliar os seus efeitos no movimento dos projéteis no gráfico a
seguir.
4 L a n ç a m e n t o d e p r o j é te i s c o n si d e r a n d o o a t r i to
3 ,5
2 ,5
y
1 ,5
0 ,5
0
0 0 ,5 1 1 ,5 2 2 ,5 3 3 ,5 4 4 ,5 5
x
par a os mesmos ângulos e velocidades iniciais da f igur a ant er ior .
Cuando mayor sea la velocidad inicial de la bala (o del proyectil), tanto mayor será
la resistencia del aire. El aumento de esta resistencia no es proporcional al de la
velocidad, sino más rápido, es decir, proporcional al cuadrado, al cubo y a potencias aún
mayores del aumento de la velocidad, según el valor que ésta alcance.
v2
F = ma onde a=
R !
F
onde m é a massa do corpo, R é o raio da órbita e v é a
sua velocidade. A velocidade pode ser definida como: !
v
2πR
v= = 2π f R = w R
T
Por exemplo, qual deve ser a velocidade angular, em rotações por minuto, que um
corpo deve girar para que a sua aceleração seja 50 vezes a aceleração da gravidade?
v2 v2
F =m = 50 m g ∴ = 50 g
R R
50 g
w 2 R = 50 g ∴ w = rad / seg
R
e finalizando:
60 50 g
w= rot / min
2π R
P r
! ! !
v v´ θ v θ s
θ !
r
!
Q ∆v
v´
! ! !
A variação do vetor velocidade
! é dado
! por ∆v = v ´−v , e vamos considerar como θ
o ângulo formado pelos vetores v e v ´ . Esse triângulo formado pelos vetores mencio-
! !
nados é isósceles já que os vetores v e v ´ têm mesmo módulo. Podemos definir um
outro triângulo isósceles formado pela reta que une o centro do triângulo ao ponto P ,
pela reta que une o centro deste mesmo triângulo ao ponto Q e pela corda s que une
os pontos P e Q . Esses dois triângulos são equivalentes pois os lados iguais fazem en-
tre si o mesmo ângulo θ .
∆v s
=
v r
curva = v ∆t
logo
corda = s ≈ v ∆t
portanto
∆v v ∆t ∆v v 2
≈ ∴ ≈
v r ∆t r
Movimento relativo
No obstante, esta noticia sobre el piloto que cogió la bala, no tiene nada de
imposible. Las balas no se mueven durante todo el tiempo con la velocidad inicial de 800-
900 m por segundo, sino que, debido a la resistencia del aire, van cada vez más despacio
y al final de su trayectoria, pero antes de empezar a caer, recorren solamente 40 m por
Cap 04 romero@f isica. uf pb. br 10
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segundo. Esta era una velocidad factible para los aeroplanos de entonces. Por
consiguiente, la bala y el aeroplano podían volar a una misma velocidad, en un momento
dado, y, en estas condiciones, aquélla resultaría inmóvil o casi inmóvil con relación al
piloto. Es decir, éste podría cogerla fácilmente con la mano, sobre todo con guante
(porque las balas se calientan mucho al rozar con el aire).
"19" Um malabarista consegue manter simultaneamente cinco bolas no ar, todas atin-
gindo uma altura máxima de 3m .
Encontre o intervalo de tempo entre duas bolas que chegam às suas mãos. Consi-
dere que os intervalos são os mesmos para todas as bolas.
Vamos considerar t o tempo necessário para que uma bola atinja a altura máxima
de h = 3m . Logo T = 2t é o tempo que cada bola permanece no ar até cair de
volta nas mãos do malabarista.
Se tivéssemos apenas duas bolas, jogaríamos a primeira bola e após T/2 jogaría-
mos a segunda bola.
Como temos cinco bolas, jogaríamos a primeira, após T/5 jogaríamos a segunda,
após T/5 jogaríamos a terceira, após T/5 jogaríamos a quarta e finalmente após
T/5 jogaríamos a quinta bola. A seguir pegaríamos a primeira que permaneceu
5T/5 no ar. Vamos chamar de ∆t o intervalo entre a chegada de duas bolas, logo:
T 2t
∆t =
=
5 5
Considerando que o tempo de descida é o mesmo que o de subida, soltando uma
da bolas ela terá um movimento tal que:
gt 2 2h 2 2h
h= ∴ t= ⇒ ∆t = = 0,31s
2 g 5 g
22 Um projétil é atirado horizontalmente de uma arma que está 45m acima de um solo
plano. A velocidade na saída do cano é 250m/s .
h = 45m
v0x = 250m/s 50
v0y = 0 45
40
35
gt 2
y − y 0 = v 0y t − 30
2 25
y
20
15
ou seja: 10
gt 2 5
−h = − 0
2 0 100 200 300 400 500 600 700 800
x
2h
t= = 3,03s
g
b) A que distância da arma, na horizontal, ele cai ao solo?
2h
d = v 0x t = v 0x = 757,5m
g
v = v x2 + v y2 = 251,82m / s
30 Uma pedra é lançada para o alto de um penhasco de altura h , com uma velocidade
inicial de 42m/s e uma ângulo de 600 , acima da horizontal. A pedra cai 5,5s após
o lançamento. Calcule:
a) Calcule a altura h do penhasco.
80
v0 = 42m/s
θ0 = 600 70
t = 5,5s 60
50
v0y = v0 sen600 = 36,37m/s
v0x = v0 cos600 = 21m/s 40
y
30 H
gt 2
h
y − y 0 = v 0y t − 20
2 10
ou seja:
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
gt 2 x
h − 0 = v 0y t −
2
h = 51,81m
vy = v0y - gt ∴ vy = - 17,53m/s
vx = v0x = 21m/s
!
(
v = 21iˆ − 17,53 jˆ m / s )
c) A altura máxima H acima do nível do solo.
v 02y
2
v yH = v 02y − 2gH = 0 ⇒ H= = 67,48m
2g
Poderíamos ainda calcular quanto tempo T foi necessário para o projétil chegar
até a altura máxima e qual o valor da componente xH :
v 0y
v Hy = v 0 y − gT = 0 ⇒ T = = 3,71s
g
xH = v0x T = 77,91m
θ0 = 550 x − x0 = v 0x t
y0 = 7pés = 2,1m gt 2
y = 10pés = 3 m y − y 0 = v 0y t −
2
x0 = 0 v y = v 0 y − gt
x = 14pés = 4,26m v 2 = v 02y − 2g (y − y 0 )
y
v0 = 7,22m/s
47 Uma bola rola, horizontalmente, do alto de uma escadaria com velocidade inicial de
1,5m/s . Os degraus têm 20cm de altura por 20cm de largura. Em qual degrau a
bola bate primeiro?
h = d = 0,2m 0
0 0,2 0,4 0,6
v0x = 1,5m/s
θ0 = 00 -0,2
v0y = 0
-0,4
Y
yreta = - x
y bola = (tan θ 0 )x −
g -0,6
x2
2(v 0 cos θ 0 )
2
-0,8
g 2 x
y bola = − 2 x
2v 0
Nós iremos determinar o degrau onde a bola vai bater primeiro, encontrando
o ponto onde a reta cruza com a parábola, num ponto xE , onde:
g 2 2v 2
− x E = − 2 x E ou seja: x E = 0 = 0,45m
2v 0 g
2v 02 2v 2
= nh ∴ n = 0 = 2,29 ⇒ 30 degrau
g gh
49 Um avião mergulhando num ângulo de 530 com a vertical a uma altitude de 730m
lança um projétil, que bate no solo 5s depois de ser lançado.
gt 2
v 0y t = − h = (− v 0 cos θ 0 )t
2
h gt
− θ0
v0 = t 2 = 201,88m/s
cos θ 0
d = v 0 x t = v 0 t sen θ 0 = 806,14
v x = v 0 x = v 0 sen θ 0 = 161,22m/s
y0 = h = 1,5m 2
y=0
r = 1m
x0 = 0 1,5
x = d = 9m
1
y
x − x0 = v 0x t
gt 2 0,5
y − y 0 = v 0y t −
2
v y = v 0 y − gt
0
v 2 = v 02y − 2g (y − y 0 )
y 0 2 4 6 8 10
x
d = v 0 x t
2h d g
gt 2 ⇒ t= = ∴ v 0x = d = 16,26m/s
h = g v 0x 2h
2
Mas enquanto a pedra estava presa, ela descrevia um movimento circular e uniforme
com aceleração dada por:
v 02x gd 2
a= = = 264,38m/s2 = 26,97g
r 2rh
v ′ = v 2 + u 2 = 16,02m/s
u
tan θ = =1,73 ∴ θ = 600
v
83 Um trem viaja em direção ao sul a 30m/s (em relação ao solo), sob uma chuva que
está caindo, também em direção ao sul, sob a ação do vento. As trajetórias das gotas
de chuva formam um ângulo de 220 com a vertical, conforme registrado por um ob-
servador parado no solo. Entretanto, um observador no trem vê as gotas caírem
exatamente na vertical.
Determine a velocidade da chuva em relação ao solo.
θ = 220 ! ! !
u = 30m/s v v′ v
! ! ! θ !
v = v′+u u
!
logo u
u
u = v sen θ ∴ v = = 80,08m/s
sen θ
a) Se ela atravessar um rio com uma correnteza de 3,2km/h , em que direção deve
aprumar o bote, para alcançar o local diretamente oposto ao seu ponto de parti-
da?
vb´ = 6,4km/h
vr = 3,2km/h
vr 3,2
cos θ = = = 0,5 ∴ θ = 60 0 ! !′
′ 6,4 vb vb
vb
!
vr
b) Se o rio tiver 6,4km de largura, quanto tempo levará para atravessá-lo?
l = 6,4km
vb = vb´ senθ
l = vb t
l l 6,4
t= = ' = = 1,15h = 1h 09min
v b v b sen θ 6,4 . sen 60 0
c) Suponha que, em vez de atravessar o rio, ela reme 3,2km rio abaixo, e depois
volte ao ponto de partida. Qual o tempo gasto nesse percurso?
d = 3,2km
Vab = vb´- vr
Vba = vb´ + vr
d) Quanto tempo levaria se tivesse remado 3,2km rio acima e, depois, voltasse ao
ponto de partida?
l = 6,4km
vb´ = 6,4km/h d
vr = 3,2km/h l
d = vb t
l d
= =t
v sen β v b
'
b
dt l cos β π
=− ' =0 ⇒ βM =
dβ v b sen 2 β 2
No nosso dia a dia encontramos objetos que se movem e outros que permanecem
em repouso. À primeira vista, parece que um corpo está em repouso quando não existem
forças atuando nele, e inicia o movimento quando uma força começa a atuar sobre si.
No desenrolar deste capítulo vamos ver o quanto essas aparências se aproximam
ou se afastam da realidade.
Gravidade
As coisas caem porque são atraídas pela Terra. Há uma força que puxa cada ob-
jeto para baixo e que também é responsável por manter a atmosfera sobre a Terra e tam-
bém por deixar a Lua e os satélites artificiais em órbita. É a chamada força gravitacional.
Essa força representa uma interação existente entre a Terra e os objetos que estão sobre
ela.
Sustentação
Para que as coisas não caiam é preciso segurá-las. Para levar a prancha o garotão
faz força para cima. Da mesma forma, a cadeira sustenta a moça, enquanto ela toma sol.
Em cada um desses casos, há duas forças opostas: a força da gravidade, que puxa a
moça e a prancha para baixo, e uma força para cima, de sustentação, que a mão do sur-
fista faz na prancha e a cadeira faz na moça. Em geral, ela é conhecida como força nor-
mal.
Na água
A água também pode sustentar coisas, impedindo que elas afundem. Essa intera-
ção da água com os objetos se dá no sentido oposto ao da gravidade e é medida através
de uma força que chamamos de empuxo hidrostático. É por isso que nos sentimos mais
leves quando estamos dentro da água. O que sustenta balões no ar também é uma força
de empuxo, igual à que observamos na água.
No ar
Para se segurar no ar o pássaro bate asas e consegue com que o ar exerça uma
força para cima, suficientemente grande para vencer a força da gravidade. Da mesma
forma, o movimento dos aviões e o formato especial de suas asas acaba por criar uma
força de sustentação. Essas forças também podem ser chamadas de empuxo. Porém,
trata-se de um empuxo dinâmico, ou seja, que depende de um movimento para existir. As
forças de empuxo estático que observamos na água ou no caso de balões, não depen-
dem de um movimento para surgir.
As formas pelas quais os objetos interagem uns com os outros são muito variadas.
A interação das asas de um pássaro com o ar, que permite o vôo, por exemplo, é dife-
rente da interação entre uma raquete e uma bolinha de pingue-pongue, da interação entre
uma lixa e uma parede ou entre um ímã e um alfinete.
Isaac Newton, o famoso físico inglês do século XVIII, conseguiu elaborar leis que
permitem lidar com toda essa variedade, descrevendo essas interações como forças que
agem entre os objetos. Cada interação representa uma força diferente, que depende das
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diferentes condições em que os objetos interagem. Mas todas obedecem aos mesmos
princípios elaborados por Newton, e que ficaram conhecidos como Leis de Newton.
Antes da época de Galileu a maioria dos filósofos pensava que fosse necessária
alguma influência ou força para manter um corpo em movimento. Supunham que um cor-
po em repouso estivesse em seu estado natural. Acreditavam que para um corpo mover-
se em linha reta com velocidade constante fosse necessário algum agente externo empur-
rando-o continuamente, caso contrário ele iria parar.
Foi difícil provar o contrário dada a necessidade de livrar o corpo de certas influên-
cias, como o atrito. Estudando o movimento de corpos em superfícies cada vez mais pla-
nas e lisas, Galileu afirmou ser necessária uma força para modificar a velocidade de um
corpo mas nenhuma força é exigida para manter essa velocidade constante.
Newton enunciou que: "A resultante das forças que atuam sobre um corpo é igual
ao produto da sua massa pela aceleração com a qual ele irá se movimentar".
! ! !
Sejam F1 , F2 e F3 as forças que !
atuam sobre um corpo F3
! de massa m . A re-
sultante das forças F será a soma vetorial ! !
das forças que atuam nesse corpo, logo: F2 F1
! ! ! ! !
F1 + F2 + F3 = F = m a
Uma força é apenas um aspecto da interação mútua entre dois corpos. Verifica-se
experimentalmente que quando um corpo exerce uma força sobre outro, o segundo sem-
pre exerce uma força no primeiro.
Newton enunciou que: "Quando um corpo exerce uma força num segundo corpo,
este último reagirá sobre o primeiro com uma força de mesma intensidade e sentido con-
trário".
Como os dois blocos estão presos por uma corda suposta inextensível e de
massa desprezível, eles terão (em módulo) as mesmas velocidades e acelera-
ções.
A=a
T = T´
N-P=0
T = Ma
e para o segundo corpo:
p - T = ma
p = mg = (M + m) a
ou seja:
m
a= g = 3,81m/s
2
m +M
m
a= g = 3,81m/s
2
m + M
c) A tensão na corda
θ1 = 280
θ2 = 470
F1 senθ1 + F2 senθ2 - F3 = 0
- F1 cosθ1 + F2 cosθ2 = 0
Da última equação temos:
cos θ 1
F2 = F1
cos θ 2
e usando este resultado na primeira, temos:
ou seja:
cos θ 2
F1 = F3 = 103,79N
sen(θ 1 + θ 2 )
e
cos θ 1
F2 = F3 = 134,37N
sen(θ 1 + θ 2 )
N - P cosθ = 0 y !
T - P senθ = 0 N
!
A força exercida pelo plano sobre o bloco T
é a força normal N :
! ! !
N + P = ma
x
P senθ = ma
y
N - P cosθ =0 !
logo: N
a = g senθ
a = 9,8 . sen270
a = 4,45m/s2 θ !
P
a=A
!
A corda também é considerada de massa despre- F21
zível, logo:
F12 = F21 = F m !
F12
As equações terão a forma: !
p
F - p = ma M
P - F = Ma !
P
Somando as equações:
P - p = (M + m) a
Como p = mg e P = Mg
M −m
a= g = 3,41m/s
2
M + m
M −m (M + m ) + (M − m )
F = p + ma logo F = mg + m g = mg
M + m M +m
2mM
F = g = 16,59N
M + m
16 Um móbile grosseiro pende de um teto com duas peças metálicas presas por uma
corda de massa desprezível, conforme a figura. São dada as massas das peças.
m1 = 3,5kg !
m2 = 4,5kg T3
T1 = 34,3N
T3 = 78,4N
! ! ! !
As forças F21 e F12 são ação e reação, logo F21 = - F12 , ou ainda: F12 = F21 .
Temos então que:
F F
a= = 0,91m/s2 , logo F12 = m 2 = 1,09N
m1 + m 2 m1 + m 2
a) Qual a indicação na balança, quando o elevador estiver subindo com uma veloci-
dade constante de 7,6m/s ?
!
Vamos considerar T a indicação da balança, e T
esse é o valor da força vertical que suspende o
objeto. Temos então duas forças atuando no
objeto: o seu peso e a tensão T. Quando o ele-
vador estiver em repouso ou com velocidade !
P
constante, a resultante das forças será nula.
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a
T2 = P 1 − = 49N
g
! ! T3
T3 = (m1 + m 2 + m 3 )a ou seja a = = 0,97m/s2
m1 + m 2 + m 3
b) As tensões T2 e T3 .
m1
T1 = m1a = T3 = 11,64N
m1 + m 2 + m 3
Para o corpo de massa m2 temos:
! !′ !
T2 + T1 = m 2 a ⇒ T2 - T1 = m2 a ∴ T2 = T1 + m2 a
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m1 T3
T2 = T3 + m 2
m1 + m 2 + m 3 m1 + m 2 + m 3
m1 + m 2
T2 = T3 = 34,92N
m1 + m 2 + m 3
57 Uma corrente formada por cinco elos, com massa de 0,100kg cada um, é levantada
verticalmente com aceleração constante de 2,5m/s2 , conforme a figura.
Determine:
Elo 3:
F23 - F43 - p = ma , mas F43 = F34 , logo:
58 Um bloco de massa m1 = 3,70kg está sobre um plano com 300 de inclinação, sem
atrito, preso por uma corda que passa por uma polia, de massa e atrito desprezíveis,
e tem na outra extremidade um outro bloco de massa m2 = 2,30kg , pendurado verti-
calmente, como mostra a figura. Quais são:
θ
! ! !
T2 T1 N y X
! Y ! !
T2 T1 N
!
! ! P2 θ
P2 P1 θ !
P1
Como os dois blocos estão conectados por uma corda inextensível, quando um
deles se deslocar de uma distância ∆s num intervalo de tempo ∆t o outro se
deslocará da mesma distância no mesmo intervalo de tempo, logo as suas acele-
rações serão as mesmas, em módulo. Ou seja:
a1 = a2 = a
Como a corda tem massa desprezível, podemos mostrar que as tensões são
iguais, ou seja:
T1 = T2 = T
Vamos supor que o bloco de massa m2 irá descer. Caso essa suposição não
seja verdadeira a aceleração terá o sinal negativo. Para o primeiro bloco, temos
as seguintes equações:
N - P1 cosθ = 0
T - P1 senθ = m1 a
b) O sentido da aceleração de m2 ?
m − m1 sen θ
T = P2 − m 2 a = m 2 g − m 2 2 g
m 2 + m1
m m (1 + sen θ )
T = 1 2 g = 20,84N
m1 + m 2
63 Um macaco de 10kg sobe por uma corda de massa desprezível, que passa sobre o
galho de uma árvore, sem atrito, e tem presa na outra extremidade uma caixa de
15kg que está no solo.
!
a) Qual o módulo da acelera- T
ção mínima que o macaco
deve ter para levantar a cai-
xa do solo?
! ! !
! T′ p T ′′
T ′ é a força que o macaco
faz na corda.
! !
T e T ′ são ação e reação.
!
P
Aplicando a segunda Lei de Newton para o macaco:
! ! !
T + p = ma ∴ T - p = ma ∴ T = mg + ma
A aceleração mínima aM que o macaco deverá subir pela corda será aquela tal
que T´´ é apenas igual ao peso do corpo P que está no chão, deixando-o com
resultante nula. Desse modo:
T = P = mg + maM ∴ maM = Mg - mg
M −m
aM = g = 4,9m/s
2
m
b) Se, após levantar a caixa, o macaco parar de subir e ficar agarrado à corda, qual
será a sua aceleração?
Neste caso teremos uma máquina de Atwood, como já foi mostrado anterior-
mente, e o macaco subirá acelerado enquanto o corpo descerá. A aceleração de
cada um será:
M −m
a= g = 1,96m/s ; a < aM
2
M + m
c) Qual será a tensão na corda?
! ! !
T + p = ma ∴ T − mg = ma
M −m M −m
T = mg + m g = mg 1 +
M + m M + m
2mM
T = g = 117,6N
m +M
70 Um balão de massa M , com ar quente, está descendo verticalmente com uma ace-
leração a para baixo. Que quantidade de massa deve ser atirada para fora do balão,
para que ele suba com uma aceleração a (mesmo módulo e sentido oposto) ?
Suponha que a força de subida devido ao ar (empuxo) não varie em função da mas-
sa (carga de estabilização) que ele perdeu.
ou seja:
Mg-E=Ma ! !
a a
E=M(g-a)
ou seja:
E-(M-m)g=(M-m)a
E=(M-m)(g+a)
Temos então que:
E=M(g-a)=(M-m)(g+a)
De onde encontramos que:
2a
m = M
g +a
Sempre que a superfície de um corpo escorrega sobre outro, cada corpo exerce
sobre o outro uma força paralela às superfícies. Essa força é inerente ao contato entre as
superfícies e chamamos de força de atrito. A força de atrito sobre cada corpo tem sentido
oposto ao seu movimento em relação ao outro corpo.
As forças de atrito que atuam entre superfícies em repouso relativo são chamadas
de forças de atrito estático, em contraposição às forças de atrito cinético que acontece
entre superfícies que têm movimento relativo. Existe atrito entre superfícies em repouso
quando acontece uma tendência ao movimento. Para um tijolo em parado numa ladeira,
há uma tendência ao movimento, mas a força de atrito entre as superfícies em contato
mantém o tijolo em repouso.
A força de atrito estático máxima entre duas superfícies será igual à força mínima
necessária para iniciar o movimento relativo. Iniciado o movimento, as forças de atrito que
atuam entre as superfícies usualmente decrescem, passando a atuar a força de atrito ci-
nético, de modo que uma força menor será suficiente para manter o movimento.
Atrito
Algumas leis empíricas para o atrito estático máximo entre superfícies foram pro-
postas por Leonardo da Vinci (≈ 1500) tais como:
i. Sempre que a superfície de um corpo escorrega sobre outro, cada corpo exerce
sobre o outro uma força paralela às superfícies. Essa força é inerente ao contato
entre as superfícies e chamamos de força de atrito. A força de atrito sobre cada
corpo tem sentido oposto ao seu movimento em relação ao outro corpo.
ii. A força de atrito estático máxima entre duas superfícies será igual à força mínima
necessária para iniciar o movimento relativo.
iii. Iniciado o movimento, as forças de atrito que atuam entre as superfícies usual-
mente decrescem, pois entra em ação a força de atrito cinético, de modo que uma
força menor será suficiente para manter o movimento.
iv. A força de atrito independe da área de contato entre o corpo e a superfície que o
suporta. Quanto maior a área de contato menor a pressão que o corpo exerce so-
bre a superfície. Esse fato significa que a força necessária para arrastar um tijolo
metálico sobre uma mesa metálica é a mesma, não importando qual a face do tijolo
esteja em contato com a mesa. Podemos entender esse resultado considerando
que a área microscópica de contato será a mesma em ambas as situações.
v. A força de atrito é proporcional à força normal que a superfície exerce sobre o cor-
po considerado. A normal é proporcional a quantidade de microsoldas que existirão
entre as superfícies.
Na Física, a idéia de contato está relacionada à interação que surge quando obje-
tos se tocam. Podemos entender essa idéia se pensarmos em nosso próprio corpo. Ele
está equipado para sentir estas interações, que podem se manifestar sob as mais dife-
rentes formas, produzindo uma grande variedade de sensações em nossa pele.
Uma boa bofetada, por exemplo, corresponde a uma interação entre a mão de
quem bate e a face de quem recebe, assim como um carinho. Do ponto de vista da Física
essas duas interações são de mesma natureza. Uma diferença básica entre elas é a in-
tensidade da força aplicada: um tapa, em geral, significa uma força muito mais intensa do
que um carinho.
Como vimos, as forças normais de contato aparecem quando um corpo toca outro.
Um chute em uma bola, um cutucão, uma pedra atingindo uma vidraça são exemplos de
interações nas quais ocorre esse tipo de força. Em todos esses exemplos é fácil perceber
a presença da força, pelos efeitos evidentes que ela produz. Mas as forças normais de
contato também aparecem em situações onde sua presença não é tão visível. Quando
algum objeto ou pessoa, se apóia sobre uma superfície, ela força esta superfície para bai-
xo. Por outro lado, a superfície sustenta a pessoa aplicando em seus pés uma força para
cima: essa é a força normal.
Nem sempre é fácil dizer o que é ou não é elástico. Na realidade, não há um objeto
que seja totalmente elástico ou inelástico. Algumas bolas sofrem deformações perma-
nentes depois de muitas pisadas, perdendo sua forma. Por outro lado, mesmo um tomate
tem sua elasticidade: uma apertadinha bem leve lhe provoca uma pequena deformação,
que desaparece assim que o soltamos.
O atrito ao microscópio
O atrito está presente em diversas situações do nosso dia-a-dia. Ele surge sempre
que tentamos deslizar uma superfície sobre outra. Ao passar a mão na cabeça de um ca-
chorro, ao apagar uma bobagem escrita na prova ou ao lixar uma parede, a força de atrito
é a personagem principal. Quanto mais ásperas as superfícies, maior o atrito entre elas:
arrastar um móvel sobre um carpete é bem diferente do que sobre um piso de cerâmica.
Mas se em muitos casos o atrito atrapalha, em outras situações pode ser total-
mente indispensável. É ele que garante que ao empurrarmos o chão para trás seremos
impulsionados para frente. Sem atrito, ficaríamos deslizando sobre o mesmo lugar. A tiri-
nha abaixo ilustra bem uma situação onde o atrito faz falta.
Uma teoria que explica a existência do atrito afirma que nos pontos onde as saliên-
cias se justapõem, ocorrem fortes adesões superficiais, semelhante a uma espécie de
solda entre os dois materiais. Desse modo a força de atrito está associada à dificuldade
em romper essas soldas quando um corpo é arrastado sobre o outro. Durante o movi-
mento, as soldas se refazem continuamente, em novos pontos de contato, de forma que
durante o arrastamento existe sempre uma força de resistência ao movimento: é a força
de atrito. Para ter uma idéia de como essas soldas ocorrem imagine o que acontece
quando você senta no banco de um ônibus. O atrito entre sua calça e o banco, poderia
ser representado, a nível microscópico, da seguinte forma: Essa teoria das soldas nos
permite entender o efeito dos lubrificantes que têm a função de diminuir o atrito, ao preen-
cher as reentrâncias existentes entre as superfícies e dificultar a formação das soldas.
Vistas de perto, as superfícies mais lisas são cheias de imperfeições O atrito ao micros-
cópio
Na última festa junina ocorrida na sua escola, o professor de Física, meio alterado
após o árduo trabalho na barraquinha do quentão, decide comprovar algumas teorias físi-
cas para uma platéia estarrecida. Sua façanha: subir no pau-de-sebo. Para diminuir o ve-
xame, que sugestões você daria para aumentar a força de atrito e facilitar a escalada do
mestre?
Em primeiro lugar, provavelmente você irá sugerir ao professor que agarre bem
forte no pau de sebo. Com isso você estará garantindo que a força normal seja grande, o
que irá causar maior atrito. Mas também é possível tentar alterar um pouco os materiais
em interação, talvez passando areia na roupa e na mão. Ou seja, estamos sugerindo um
coeficiente de atrito maior.
Si no Existiera Rozamiento
Ya hemos visto lo diversas e inesperadas que son las formas en que se manifiesta
el rozamiento anuestro alrededor. El rozamiento toma parte muy importante incluso allí
donde nosotros ni lo sospechamos. Si el rozamiento desapareciera repentinamente,
muchos de los fenómenos ordinarios se desarrollarían de formas completamente distintas.
El papel del rozamiento fue descrito de una manera muy pintoresca por el físico
francés Guillaume: "Todos hemos tenido ocasión de salir a la calle cuando ha helado.
!Cuánto trabajo nos ha costado evitar las caídas! ¡Cuántos movimientos cómicos tuvimos
que hacer para poder seguir en pie! Esto nos obliga a reconocer que, de ordinario, la
tierra por que andamos posee una propiedad muy estimable, gracias a la cual podemos
conservar el equilibrio sin gran esfuerzo. Esta misma idea se nos ocurre cuando vamos en
bicicleta por un pavimento resbaladizo o cuando un caballo se escurre en el asfalto y se
cae. Estudiando estos fenómenos llegamos a descubrir las consecuencias a que nos
conduce el rozamiento. Los ingenieros procuran evitar el rozamiento en las máquinas, y
hacen bien.
tintero se caigan al suelo o de que la mesa resbale hasta toparse con algún rincón o la
pluma se nos escurra de entre los dedos. El rozamiento es un fenómeno tan difundido
que, salvo raras excepciones, no hay que pedirle ayuda; él mismo nos la ofrece. El
rozamiento da estabilidad. Los albañiles nivelan el suelo de manera que las mesas y las
sillas se quedan allí donde las ponemos. Si sobre una mesa colocamos platos, vasos,
etc., podemos estar tranquilos de que no se moverán de sus sitios, a no ser que esto
ocurra en un barco cuando hay oleaje.
Las heladas nos dan siempre buenas lecciones de la gran importancia que tiene el
rozamiento. En cuanto nos sorprenden en la calle nos sentimos incapaces de dar un paso
sin temor a caernos. Como muestra instructiva reproducimos las noticias que publicaba un
periódico en una ocasión (en diciembre de 1927): "Londres, 21. Debido a la fuerte helada,
el tráfico urbano y tranviario se ha hecho muy difícil en Londres. Cerca de 1 400 personas
han ingresado en los hospitales con fracturas de brazos y piernas". "Cerca del Hyde Park
chocaron tres automóviles y dos vagones del tranvía. Los automóviles resultaron
totalmente destruidos por la explosión de la gasolina ..." "París, 21. La helada ha
ocasionado en París y sus alrededores numerosos accidentes ..."
Y sin embargo, el hecho de que el hielo ofrezca poco rozamiento puede ser útil
para fines técnicos. Un ejemplo son los trineos ordinarios. Otra demostración aun más
convincente son los llamados caminos de hielo, que se hacían para transportar los leños
desde el lugar de la tala hasta el ferrocarril o hasta el punto de lanzamiento a un río para
su transporte por flotación. Por estos caminos (fig. 23), que tienen una especie de raíles
lisos helados, un par de caballos puede arrastrar un trineo cargado con 70 toneladas de
troncos.
Física Recreativa II
Yakov Perelman
Capitulo Segundo
v2
ac =
r
v2
FC = mac = m
r
A força centrípeta não tem origem física, mas é uma característica dos corpos que
se movimentam em trajetórias curvas.
Q AQB
FE = k
R2
e a força centrípeta
V2
Fc = m A
R
Mas como a força elétrica é quem mantém o movimento circular e uniforme, temos
que:
V2 Q Q
FE = Fc ⇒ mA =k A 2B
R R
11 Uma força horizontal F = 12N comprime um bloco pesando P = 5N contra uma pa-
rede vertical. O coeficiente de atrito estático entre a parede e o bloco é µe = 0,60 e
o coeficiente de atrito cinético é µc = 0,40 . Suponha que inicialmente o bloco esteja
em repouso.
y
a) O bloco se moverá? y !
Fa
O bloco está em repouso na ! ! !
direção horizontal, logo: F x N F x
N = F = 12Newtons
!
A força de atrito estático má- P
xima é dada por:
Fa = µe N = 0,60 . 12 ∴ Fa = 7,2N
b) Qual a força exercida pela parede sobre o bloco, em notação de vetores unitári-
os?
A força resultante exercida pela parede
! sobre o bloco será a soma
! da força nor-
mal com a força de atrito. Mas F = 12i , logo teremos que N = −12iˆ . Como o
ˆ
bloco não se move a força de atrito é igual, em módulo, ao peso do bloco, ou
seja: !
FR = −12iˆ + 5 ˆj
!
θ P ! θ
x P
Enquanto a caixa está em repouso temos em ação o atrito estático, e ele vai aumen-
tando à medida que o ângulo de inclinação da tábua aumenta. No limiar, quando ela
está prestes a começar o movimento, a força de atrito estático máxima que é igual a
µE N . Pela segunda Lei de Newton
! ! !
P + N + FaE = 0
P senθ - FaE = 0
N - P cosθ = 0
P sen θ FaE µ N
= = E ⇒ µ E = tan θ
P cos θ N N
Como θ = 300 :
1
µE =
3
Quando o movimento se inicia o coeficiente de atrito diminui e passa de estático para
cinético. A caixa passa a descer acelerada. Pela segunda Lei de Newton:
! ! ! !
P + N + FaC = m a
N - P cosθ = 0
P senθ - FaC = ma
FaC = µC N = = µC P cosθ
P senθ - µC P cosθ = ma
ou seja:
a = g ( senθ - µC cosθ )
Para esse problema:
v0 = 0
d = 2,5m
t = 4s
at 2
= g (sen θ − µ C cos θ )
2d
d= ∴ a=
2 t2
1 2d
µC = sen θ − 2 = 0,54
cos θ gt
21 Um bloco desliza para baixo com velocidade constante sobre um plano com inclina-
ção θ . Em seguida, é lançado para cima sobre o mesmo plano com uma velocidade
escalar inicial v0 .
y ! ! y !
N Fa N
!
Fa
x θ! x θ!
θ P θ P
Quando está descendo o bloco tem Quando está subindo o bloco tem velo-
velocidade constante, logo aceleração cidade variável, logo aceleração não
nula, portanto:! ! ! nula, portanto:
! ! ! !
N + P + Fa = 0 N + P + Fa = ma
Não! Como ele estava deslizando com velocidade constante na descida, a incli-
nação do plano era suficiente apenas para "compensar" o atrito cinético. Mas o
atrito estático máximo é maior que o atrito cinético, logo ao parar (na subida) ele
permanecerá parado.
Cap 06 romero@f isica. uf pb. br 10
Prof . Romero Tavares da Silva
22 Uma caixa de 68kg é puxada pelo chão por uma corda que faz um ângulo de 150
acima da horizontal.
!
F
a) Se o coeficiente de atrito estático for µe = 0,50 , θ
qual a tensão mínima necessária para iniciar o
movimento da caixa?
!
N
Vamos considerar que a força de atrito estático !
F
atingiu o seu máximo, a resultante das forças !
que atuam no corpo ainda é nula. Nesse caso: Fa θ
! ! ! !
F + N + Fa + P = 0 !
P
Considerando o eixo y:
N + F senθ - P = 0 y
ou seja: !
N = P - F senθ N
! !
Fa F
Considerando o eixo x:
θ x
F cosθ - Fa = 0
ou seja:
Fa = µe N = F cosθ !
logo: P
F cos θ
N= = P − F sen θ
µe
e finalmente
µeP
F= = 304,19N
cos θ + µ e sen θ
a) Determine o menor peso (bloco C) que deve ser colocado sobre o bloco A para
impedi-lo de deslizar, sabendo-se que µE entre o bloco A e a mesa é 0,20.
!
N
C
A ! !
Fa T
!
T′
! !
B PA + PC
!
PB
Para que não exista movimento, a resultante de forças que atuam nos blocos
devem ser nulas, e o atrito estático entre o bloco A e a mesa deve ser máximo:
N − PA − PC = 0
! ! ! ! !
N + T + PA + PC + Fa = 0 ∴
T − Fa = 0
! !
PB + T ′ = 0 ∴ [PB − T ′ = 0
Como a corda que liga os blocos A e B tem massa desprezível, temos que
T = T´ . Desse modo:
T = Fa = µE N = µE ( PA + PC )
T = T´ = PB ∴ T = PB = µE ( PA + PC )
ou seja:
PB
PC = − PA = 66N
µE
N − PA = 0
! ! ! ! !
N + T + PA + Fa = m A a ∴
T − Fa = m A a
! !
P + T ′ = m a! ′ ∴ [P − T ′ = m a ′
B B B B
Como a corda que liga os blocos A e B é inextensível, a = a´, e desse modo:
T − µ C PA = m A a
P −T = m a
B B
PB - µC PA = ( mA + mB ) a
P − µ C PA
a = B g = 2,28m/s2
PB + PA
y
θ !
θ N
! x
Fa
! !
P F
µC ( P + F cosθ ) = F senθ
logo:
µC
F = P
sen θ − µ C cos θ
!
b) Mostre que se θ é menor que um determinado valor θ0 então F (ainda aplica-
da ao longo do cabo) é incapaz de mover o esfregão. Determine θ0 .
N − P − F cos θ 0 = 0 N = P + F cos θ 0
! ! ! !
F + P + Fa + N = 0 ∴ ⇒
F sen θ − F = 0 F = µ N = F sen θ
0 a a E 0
µE
F = P
sen θ 0 − µ E cos θ 0
Esse ângulo θ0 será aquele tal que o denominador acima será nulo, de modo
que mesmo com uma força externa F muito grande o esfregão ainda permane-
cerá em repouso. Temos então que:
!
! ! PA θ
PA PB θ !
PB
Quando o sistema estiver parado, mas com tendência para que o bloco B se
mova para baixo.
TA = PA ∴ TB = TA = PA
N - PB cosθ = 0 ∴ N = PB cosθ
Mas
Fa = µE N = µE PB cosθ
Afora a força de atrito, existem outras forças que atuam paralelamente ao plano
inclinado. Vamos chamar a resultante dessas forças de F , portanto:
F = PB senθ - TB = PB senθ - PA
essa força puxará o bloco para baixo, e ele mover-se-á quando F for maior ou
igual a força de atrito estático máxima:
Se F ≥ µE N acontecerá movimento
F = 35,56N e µE N = 43,75N
! ! !
TA TB N y X
! Y ! !
TA TB N
!
Fa
! !
! ! PA θ Fa
PA PB θ !
PB
Aplicando a segunda Lei de Newton para os dois corpos, teremos:
! ! ! ! !
TB + PB + N + Fa = m B a B
! !
!
T A + PA = m A a A
Como os dois blocos estão conectados por uma corda inextensível, quando um
deles se deslocar de uma distância ∆s num intervalo de tempo ∆t o outro se
deslocará da mesma distância no mesmo intervalo de tempo, logo as suas acele-
rações serão as mesmas, em módulo. Ou seja:
aA = aB = a
Como a corda tem massa desprezível, podemos mostrar que as tensões são
iguais, ou seja:
TA = TB = T
Vamos supor que o primeiro bloco irá descer. Caso essa suposição não seja ver-
dadeira a aceleração terá o sinal negativo. Para o primeiro bloco, temos as se-
guintes equações:
N - PB cosθ = 0
T - PB senθ - Fa = mB a
PA - T = mA a
m A + mB
!
! ! PA θ
PA PB θ !
PB
Esse problema é basicamente igual ao do item anterior, com a diferença que a
força de atrito aponta no sentido contrário. As equações vetoriais são as mesmas
! ! ! ! !
TB + PB + N + Fa = m B a B
! !
!
T A + PA = m A a A
As componentes são:
N - PB cosθ = 0
PB senθ - Fa - T = mB a
T - PA = mA a
mB + m A
!
Fa 2
m2 ! !
θ T N2
! !
P1 T′
θ
!θ
P2
Corpo 1 Corpo 2
! ! ! ! ! ! ! ! ! !
T + P1 + Fa1 + N 1 = m1a1 T ′ + P2 + Fa 2 + N 2 = m 2 a 2
Como o bastão é inextensível as acelerações dos blocos são iguais, e como esse
bastão tem massa desprezível as forças T e T´ têm mesmo módulo. desse
modo:
T + P1 senθ - Fa1 = m1 a -T + P2 senθ - Fa2 = m2 a
N1 - P1 cosθ = 0 N2 - P2 cosθ = 0
T + P1 senθ - µ1 P1 cosθ = m1 a
-T + P2 senθ - µ2 P2 cosθ = m2 a
m1 + m 2
b) A tensão no bastão.
Temos que:
T = m1 a - P1 senθ + µ1 P1 cosθ
T = (µ 1 − µ 2 )
m1 m 2
g cos θ = 1,05N
m1 + m 2
! !
N2 N1
m2 !
Fa !′ !
!
m1 F Fá F
!
P2 ! !
P1 + P2
Como foi mencionado, quando mantemos o bloco de baixo fixo, uma força hori-
zontal de pelo menos T = 12N deve ser aplicada ao de cima, para que ele inicie
um movimento. Isso significa que a força de atrito estático máxima entre os dois
blocos tem esse valor.
Quando uma força F menor que a limite, atuar no bloco de baixo, o conjunto se
moverá com acelerado, logo:
F = ( m1 + m2 ) a
Os dois blocos interagem através da força de atrito, de modo que essa é a única
força horizontal que atua no bloco de cima, e portanto:
Fa
Fa = m2 a ∴ a =
m2
logo:
m + m2 m + m2
F = 1 Fa = 1 T = 27N
m2 m2
Fa
a= = 3m/s2
m2
37 Uma tábua de 40kg está em repouso sobre um assoalho sem atrito, e um bloco de
10kg está colocado em cima da tábua. O coeficiente de atrito estático µE entre o
bloco e a tábua é 0,60 , enquanto o de atrito cinético µC é 0,40 . O bloco de 10kg
é puxado por uma força horizontal de 100N .
Como a força externa F = 100N a força de atrito estático não será suficiente
para manter o bloco e a tábua sem movimento relativo. À medida que o bloco
começa a se mover, o atrito enter ele e a tábua passa a ser cinético:
FaC = µC N = µC Pb = 39,2
F − FaC = m b a b
! ! ! ! !
F + Pb + Fa + N b = m b a b ∴
N −P = 0
b b
F − µ C Pb
ab = = 6,08m/s2
mb
b) Qual a aceleração resultante da tábua?
A única força horizontal que atua na tábua é Fa´ que é a reação à força de atrito
que atua no bloco, logo:
′ µ P
Fa = m t a t ∴ a t = C b = 0,98m/s2
mt
39 Uma caixa desliza para baixo através de uma calha de perfil de 900 , que está incli-
nada de um ângulo θ em relação à horizontal, conforme mostra a figura. O coefici-
ente de atrito cinético entre elas é µC . Qual a aceleração da caixa em função de µC ,
θ e g?
!
! ! N ! !
Ne Nd N Fa
θ
! ! ! !
N = Ne + Nd θ P
! !
Como é de 900 o ângulo entre os vetores N e e N d , e como eles têm o mesmo
módulo:
N = N e2 + N d2 = N e 2
Por outro lado:
Fae = µ C N e
Fa = Fae + Fad = µ C (N e + N d ) = 2µ C N e = 2µ C
N
⇒
F = µ N 2
ad C d
Fa = 2µ C N
(
a = g sen θ − 2 µ C cos θ )
Cap 06 romero@f isica. uf pb. br 20
Prof . Romero Tavares da Silva
41 Uma caixa de areia inicialmente em repouso, é puxada pelo chão por uma corda
onde a tensão não pode ultrapassar 1100N . O coeficiente de atrito estático entre o
chão e a caixa é 0,35 .
T cos θ − Fa = 0
! ! ! !
T + P + N + Fa = 0 ⇒
T sen θ + N − P = 0
Fa µ N T cos θ
= E =
N N P − T sen θ
dP
=
T
(− senθ + µ E cos θ ) = 0 ⇒ tan θ 0 = µ E
dθ µE
47 Se o coeficiente de atrito estático dos pneus numa rodovia é 0,25 , com que veloci-
dade máxima um carro pode fazer uma curva plana de 47,5m de raio, sem derrapar?
!
A resultante das forças que atuam no corpo é: Fa
N − P = 0
! ! ! !
N + P + Fa = ma ∴
F = ma !
a !
N
Fa
A força resultante é a força de atrito, pois na direção
vertical existe um equilíbrio entre as forças que atuam !
P
no carro. E é essa força resultante que possibilita o corpo descrever uma trajetória
circular com velocidade constante. Desse modo a força de atrito será a força centrí-
peta.
mv 2
Fa = ma ⇒ µ E mg = ∴ v = µ E Rg = 10,78m/s = 38,80km/h
R
Vamos considerar uma situação que envolva os dois itens, a estrada é inclinada
e tem atrito. O desenho da direita mostra a força resultante, e como já foi dito é
conhecida como força centrípeta. Usando a segunda Lei de Newton:
N cos θ − Fa sen θ − P = 0
! ! ! !
N + P + Fa = ma ∴
N sen θ + F cos θ = ma
a
P P
sen θ + µ E cos θ = ma
cos θ − µ E sen θ cos θ − µ E sen θ
ou seja:
sen θ + µ E cos θ µ + tan θ
a = g = E g
cos θ − µ E sen θ 1 − µ E tan θ
ou ainda:
a − µE g
tan θ =
g + µE a
Quando µE = 0 , que é o caso do primeiro item, quando não existe atrito:
a v2
tan θ = = = 0,188 ∴ θ = 10,70 0
g Rg
b) Se a curva não fosse inclinada, qual deveria ser o coeficiente de atrito mínimo,
entre os pneus e a rodovia, para permitir o tráfego a essa velocidade, sem derra-
pagem?
a
µE = = 0,188
g
54 Um pêndulo cônico é formado por uma massa de 50g presa a uma cordão de 1,2m.
A massa gira formando um círculo horizontal de 25cm de raio.
m = 50g = 0,05kg
l = 1,2m
r = 25cm = 0,25m θ θ
!
T
! !
P FR
Usando a segunda Lei de Newton:
T cos θ − P = 0
! ! ! T sen θ ma
T + P = ma ∴ ⇒ =
T sen θ = ma T cos θ mg
ou seja:
r
a = g tan θ = g = 2,08m/s2
l −r
2 2
v2
a= ∴ v = ar = 0,72m/s
r
c) Qual a tensão no cordão?
ma l
T = = ma = 0,499N
sen θ r
57 Um dublê dirige um carro sobre o alto de uma montanha cuja seção reta é aproxima-
damente um círculo de 250m de raio, conforme a figura a seguir. Qual a maior velo-
cidade que pode dirigir o carro sem sair da estrada, no alto da montanha?
!
N
!
P
Quando uma carro perde o contato com o solo a única força que permanece atuando
nele é o seu peso. Mas quando ele está prestes a perder o contato a força normal já
é nula. Neste problema a trajetória é circular e nessa situação limite descrita pelo
enunciado a força centrípeta é o seu peso:
! ! v2
P = ma ∴ mg = P = m ⇒ v = rg = 49,49m/s = 178,19km/h
r
62 Um estudante de 68kg , numa roda gigante com velocidade constante, tem um peso
aparente de 56kg no ponto mais alto.
!
P
Nos pontos mais alto e mais baixo, a segunda Lei de Newton diz que:
! ! ! v2
P + N = ma onde a=
R
P - NA = ma NB - P = ma
Onde NA e NB são as normais nos pontos mais alto e mais baixo respectiva-
mente. A normal é uma reação do assento ao corpo do estudante que está sen-
tado nele. Se estivesse sentado em uma balança colocada nesse assento, ela
mostraria exatamente o valor de N , que é por isso chamado de peso aparente.
Igualando as duas últimas equações, encontramos:
P - NA = NB - P ∴ NB = 2P - NA = ( 2m - mA ) g = 80 . 9,8
NB = 784Newt e mB = 80kg
v2
P − N A = m
R
−
′
=
(2v )2 = 4m v 2
P N m
A
R R
′
v 2 P − NA ′
m = = P − NA ∴ N A = 4N A − 3P
R 4
63 Uma pedra presa à ponta de uma corda gira em um círculo vertical de raio R . De-
termine a velocidade crítica, abaixo da qual a corda pode afrouxar no ponto mais alto.
!
T
!
P
A velocidade mínima para a corda não afrouxar é àquela para a qual teremos T = 0 ,
logo:
! ! v2
P = ma ⇒ mg = m ∴ v = Rg
R
70 A figura a seguir mostra uma bola de 1,34kg presa a um eixo girante vertical por
duas cordas de massas desprezíveis. As cordas estão esticadas e formam os lados
de um triângulo equilátero vertical. A tensão na corda superior é de 35N .
!
TS
L = 1,70m
m = 1,34kg
TS = 35N L
!
TI
!
P
r
b) Qual a tensão na corda inferior?
ma = TS cos θ + TI cos θ
0 = T sen θ − T sen θ − P
S I
P
T I = TS −
sen θ
TI = 8,736N
P
ma = TS cos θ + TI cos θ = TS cos θ + TS − cos θ
sen θ
v2 v2 l cos θ F
F =m =m ∴ v= = 6,45m/s
r l cos θ m
Esse definição, algumas vezes parece não estar de acordo com o nosso entendi-
mento cotidiano de trabalho. No dia-a-dia consideramos trabalho tudo aquilo que nos pro-
voca cansaço. Na Física se usa um conceito mais específico.
!
! F
F θ
!
d d
! !
W=Fd W = Fd cos θ = F ⋅ d
O trabalho realizado por uma força constante é definido como o produto do deslo-
camento sofrido pelo corpo, vezes a componente da força na direção desse deslocamen-
to.
Se você carrega uma pilha de livros ao longo de uma caminho horizontal, a força
que você exerce sobre os livros é perpendicular ao deslocamento, de modo que nenhum
trabalho é realizado sobre os livros por essa força. Esse resultado é contraditório com as
nossas definições cotidianas sobre força, trabalho e cansaço!
Para uma análise inicial, vamos considerar o gráfico do trabalho versus desloca-
mento para uma força constante que atua na direção do deslocamento.
W=Fd
W = 40 . (3,8 - 2) = 72Joules
Análise unidimensional
W = Lim
∆x → 0
∑ F ( x i ) δx i
i i
f
W = ∫ F ( x ) dx
i
Análise tridimensional
! !
! !Vamos considerar uma força F (r )
F (r ) que atua em um corpo de mas-
sa m , ao longo de uma trajetória !
que vai do ponto inicial i até o ponto dr
final f , ao longo de uma curva C f
! ! !
W = ∫ F ( r ) ⋅ dr
C
Mola relaxada
x=0
Mola distendida
x=0
!
Se o bloco se deslocou na parte positiva do eixo x , temos que r = iˆ x e portanto
!
a força aponta para o sentido negativo do eixo: F = −k x iˆ
Mola comprimida
x=0
!
Se o bloco se deslocou na parte negativa do eixo x , temos que r = −iˆ x e por-
!
tanto a força aponta para o sentido positivo do eixo: F = k x iˆ .
O trabalho realizado pela mola para levar o corpo de uma posição inicial até uma
posição final será:
f !
W if = ∫ F ⋅ dr = ∫ (− kr ) ⋅ dr
! f ! !
i i
( )( )
f f
W if = ∫ − mg ˆj ⋅ ˆj dy = −mg ∫ dy !
i i
mg
Wif = - mg ( yf - yi ) início
Partícula descendo
Quando a partícula
! estiver descendo, o desloca-
mento elementar dr e a força peso têm mesmo sentido, y início
logo o trabalho executado pela força peso entre as posi-
ções inicial e final será: !
dr
( )( )
f f
W if = ∫ mg jˆ ⋅ jˆ dy = mg ∫ dy !
i i
mg
Wif = mg ( yf - yi )
final
Quando a partícula está subindo a força peso executa uma trabalho negativo, e
como conseqüência diminui a energia cinética da partícula. Por outro lado, quando a par-
tícula está descendo a força peso executa uma trabalho positivo, e como conseqüência
aumenta a energia cinética da partícula.
Energia cinética
Define-se a energia cinética de uma partícula de massa m que viaja com veloci-
dade v , como:
1
K = mv 2
2
Mostraremos adiante que o trabalho realizado pela resultante de forças que atua
em uma corpo é igual à variação da sua energia cinética, ou seja:
Wif = ∆K = Kf - Ki
Considere uma partícula de massa m que se move sob a ação de uma resultante
de forças F . O trabalho W realizado por esta força dobre a partícula será:
W = ∫ F ( x ) dx = ∫ (ma )dx
f f
i i
Potência
Potência média
Potência instantânea
∆W dW
P = Lim =
∆t → 0
∆t dt
! ! ! dr! ! !
dW = F ⋅ dr ⇒ P =F⋅ ∴ P = F ⋅v
dt
04 Um objeto de 102kg está inicialmente movendo-se em linha reta com uma velocida-
de de 53m/s . Se ele sofre uma desaceleração de 2m/s2 até ficar imóvel:
F = ma ! !
P d
N − P = 0
Logo:
F = ma = 204N
v 02
v 2 = v 02 − 2ad ∴ d= = 702,25m
2a
Ao
! puxar a corda exercendo a força
N , executaremos um certo trabalho W
. Ao elevar o peso P , o conjunto de
roldanas executará, também, um certo
trabalho. Esses dois trabalhos serão
iguais, pois a energia em questão é
aquela que
! fornecemos ao atuar com a H !
força F . A força mínima que o con-
junto de roldanas deve fazer atuar so- T
bre o corpo para elevá-lo com velocida-
de constante de uma altura H é igual !
ao peso do corpo, logo: ! F
P L
W=PH
W=FL
e como esses trabalhos são iguais:
H
W = PH = FL ∴ F = P
L
Para descobrir qual a relação entre H e L deste problema, vamos fazer uma
analogia com outros tipos de arranjos de roldanas.
H = L/4
F = P/4 = ( 840 + 20)/4= 215N
L = 4H = 48m
!
d) Qual o trabalho executado pela força F para realizar esta tarefa?
W = F L = 10.320Joules
11 Uma arca de 50kg é empurrada por uma distância de 6m , com velocidade cons-
tante, numa rampa com inclinação de 300 por uma força horizontal constante. O co-
eficiente de atrito cinético entre a arca e a rampa é 0,20 .
F = Fa - P senθ = µC N + P senθ
Mas Fa = µC N , logo
F = P ( senθ + µC cosθ )
! !
W F = F ⋅ d = F d = 1.979,22Joule
É fácil perceber que é nulo o trabalho executado pela resultante de forças. Po-
demos mostrar isso de diversas maneiras:
(
! ! ! ! !
)
W R = F + P + Fa + N ⋅ d = W F + W P + W a + W N = 0
O trabalho executado pela normal é nulo pois ela é perpendicular ao vetor deslo-
camento.
WR = ∆K = 0
ri = ( 2, 3 )
rf = ( -4 , -3 )
Neste problema:
! dy
F = 2 x iˆ + 3 jˆ e =1
dx
logo ! !
F ⋅ dr = 2 x dx + 3 dx = (2 x + 3 )dx
−4
W if = ∫ (2 x + 3 )dx = x 2 + 3 x + 2 = (16 − 4 ) + 3(− 4 − 2) = 12 − 18 = −6J
−4 −4
+2
+2
Neste problema:
! dy
F = 2 x iˆ + 3 ˆj e = −x
dx
! !
F ⋅ dr = 2 x dx + 3(− x )dx = − x dx
−4
−4
x2
= − (16 − 4 ) = −6J
1
W if = ∫ − x dx = −
+2 2 +2 2
Não foi por acaso que o resultado do trabalho executado entre dois pontos, por
essa força, não dependeu da trajetória. Existe uma categoria de forças - chama-
das forças conservativas - para as quais o trabalho ! ! entre dois pontos só depende
desses pontos. De modo geral, uma força F (r , t ) é conservativa quando o seu
rotacional é nulo, ou seja: ! !
∇ × F (r , t ) = 0
26 Uma força única age sobre um corpo que está se movendo em linha reta. A figura a
seguir mostra o gráfico da velocidade em função do tempo para esse corpo. Determi-
ne o sinal (positivo ou negativo) do trabalho realizado pela força sobre o corpo nos
intervalos AB , BC, CD e DE
v = v0 - a2 ( t - t2 )
M
λ= = 0,25kg/m
L
Quando a mangueira tiver um comprimento x desenrolado e em movimento, o peso
dessa parte será P(x) onde:
P(x) = λ g x
Então:
F(x) = µC λ g x
O trabalho será:
L L
L2
W = ∫ F ( x ) dx = µ C λ g ∫ x dx = µ C λ g
o o 2
Apesar do enunciado ter induzido uma solução nessa direção, não se pode resolver
desse modo pois não se conhece o coeficiente de atrito µC entre a mangueira e o
piso.
No entanto a solução é muito mais simples! E noutra direção, já que não se pediu o
trabalho para vencer o atrito enquanto se desenrola, mas para se vencer a inércia.
Mv 2 = (λ L )v 2 = 7,935Joules
1 1
W = ∆K =
2 2
32 Um homem que está apostando corrida com o filho, tem a metade da energia cinética
do garoto, que tem a metade da massa do pai. Esse homem aumenta a sua veloci-
dade em 1m/s e passa a ter a mesma energia cinética da criança.
Quais eram as velocidades originais do pai e do filho?
1 1 11
i. KH = KG ∴ M HVH2 = M GVG2
2 2 22
MH
ii. = M G ∴ M H = 2M G
2
M H (VH + 1) = M GVG2
1 2 1
iii.
2 2
VG2
1
(2M G )VH2 = 1 M GVG2 ⇒ VH2 = ∴ VG = 2VH
2 4 4
VG2
1
(2M G )(VH + 1)2 = 1 M GVG2 ⇒ (V H + 1) =
2
2 2 2
(2V ) 2
(V H + 1) =
2 H
= 2VH2 ∴ VH =
1
2 2 −1
e finalmente:
VH = 2,41m/s e VG = 4,82m/s
37 Um caixote com uma massa de 230kg está pendurado na extremidade de uma cor-
!
da de 12m de comprimento. Ele é empurrado com uma força horizontal variável F ,
até deslocá-lo de 4m horizontalmente.
!
a) Qual o módulo de F quando o caixote se encontra na posição final?
T sen θ F
= = tan θ ∴ F = P tan θ
T cos θ P
Mas
s s s
tan θ = = ⇒ F = P = 796,90N
r L2 − s 2 L −s
2 2
Como a resultante de forças é nula, o trabalho executado por essa força é nulo.
Cap 07 romero@f isica. uf pb. br 16
Prof . Romero Tavares da Silva
F = P tanα
dr = L dα
logo L α
dWF = ( P tanα) (L dα) cosα
dWF = L P senα dα !
dr α
f θ
!
F
W F = ∫ dW F = ∫ L P sen α dα
i 0
s
= L P (1 − cos θ )
θ
W F = − L P cos α 0
H = L - L cosθ = L ( 1 - cosθ )
e então
WF = P H = m g H
Mas como
L2 − s 2
H = L(1 − cos θ ) = L1 − = L − L2 − s 2 =0,686m
L
temos
WF = m g H = 1.546,90Joules
O trabalho
! elementar executado pela
força P é dado por:
! !
dW P = P ⋅ dr = F dr cos(α + 90 0 ) α
α
WP = - m g H = - 1.546,90Joules
!
P
38 Um bloco de 250g é deixado cair sobre uma mola vertical com uma constante de
mola k = 2,5N/cm . A compressão máxima da mola produzida pelo bloco é de 12cm.
a) Enquanto a mola está sendo comprimida, qual o trabalho executado pela mola?
!
FM
y=0 !
dr
y=L
m = 250g = 0,25kg
k = 2,5N/cm = 250N/m
L = 12cm = 0,12m
( )( ) 1
f L L
W M = ∫ dW = ∫ − k y ˆj ⋅ ˆj dy = −k ∫ y dy = − kL2 = - 1,8J
i 0 0 2
b) Enquanto a mola está sendo comprimida, qual o trabalho executado pelo peso do
bloco?
! !
P = m g = jˆ m g
( )( )
f L L
W P = ∫ dW = ∫ jˆ m g ⋅ ˆj dy = mg ∫ dy = mgL = + 0,294J
i 0 0
( )
f ! ! f ! ! ! f ! ! f ! !
W R = ∫ FR ⋅ dr = ∫ FM + P ⋅ dr = ∫ FM ⋅ dr + ∫ P ⋅ dr = W M + W P = ∆K
i i i i
1 − 2WR
∆K = K f − K i = −K i = − mv 2 = W R ∴ v= = 3,47m/s
2 m
′
W R = − kH 2 + mgH = ∆K ′ = − m(2v ) = −2mv 2
1 1 2
2 2
1 2mg 4mv 2
− kH 2 + mgH + 2mv 2 = 0 ⇒ H2 − H − = 0
2 k k
H = 0,23m
Quando exigimos das pessoas que moram em nossa casa que apaguem a luz ao
sair de um aposento, não deixem a televisão ligada à noite enquanto dormem, fechem
bem a torneira para que não fique pingando, ou, ainda, abaixem a chama do gás quando
a água ferveu, estamos demonstrando preocupação com o desperdício! Desperdício si-
gnifica que algo útil foi jogado fora sem ter sido aproveitado - foi desperdiçado.
A água da torneira que pinga vai embora pelo ralo e a gente nem percebe. E uma
água nova entra na caixa d’água, em substituição àquela que foi desperdiçada! Agora
pare e pense em quantas vezes você já ouviu alguém dizendo esta frase, bastante co-
nhecida: “Nada se perde, tudo se transforma.” Essa frase é de Lavoisier, um famoso cien-
tista francês do século 18. Podemos entender esta frase, por exemplo, quando colocamos
água numa panela e a aquecemos, podemos ver que a água vai evaporando e o seu nível
na panela vai diminuindo. Isso não significa que a água é perdida mas que está se trans-
formando em vapor d’água!
E a água que escorre pelo ralo, também se transforma? Podemos pensar em ter-
mos de utilidade, isto é, a água que estava na caixa-d’água era útil, mas, depois que se
foi pelo ralo, perdeu sua utilidade. Se quisermos utilizar novamente a água que se foi, te-
remos que pagar à companhia de água e esgoto, para que trate mais água e que esta
seja enviada pelo encanamento até a nossa caixa-d’água! Ou seja, haverá um custo na
reutilização da água que já foi utilizada.
Todas essas transformações, cuja energia não pode ser reaproveitada, são cha-
madas de transformações. Ou seja, é impossível pegar o frio que sai da geladeira en-
quanto a porta está aberta e colocá-lo de volta dentro da geladeira. É impossível pegar a
eletricidade que foi usada no chuveiro elétrico e colocá-la de volta no fio. É impossível
usar o gás que saiu do escapamento de um automóvel, para encher novamente o tanque
de gasolina!
A maioria das transformações de energia são do tipo irreversível. Isso significa que
a energia útil se transformou num outro tipo de energia e não pode ser reutilizada.
Uma pequena parte das transformações são do tipo reversível, ou seja, a energia
pode ser transformada em outra forma de energia e depois voltar a ser o que era. Um
sistema que tem essa propriedade é chamado de sistema conservativo .
No sistema massa - mola, quando a massa retorna a um dado ponto, ela tem a
mesma energia cinética da passagem anterior, com a mesma capacidade de produzir tra-
balho, portanto o trabalho realizado pela mola foi nulo, neste percurso fechado.
Não podemos associar energia potencial com uma força não-conservativa (tal
como a força de atrito) porque a energia cinética de um sistema em que tais forças atuam
não retorna ao seu valor inicial, quando o sistema recupera a sua configuração inicial.
WAB,1 + WBA,2 = 0 A
ou seja: 2
WAB,1 = - WBA,2
Mas como a força é conservativa, ir e voltar pelo mesmo caminho 2 será apenas
uma questão de sinal:
WBA,2 = - WAB,2
e finalmente:
WAB,1 = WAB,2
ou seja: !
! ! !
U (r ) = U (r ) − ∫ F ⋅ dr F (r ) = −∇U (r )
! ! r ! !
0 !
⇒
r0
Já foi estabelecido que o trabalho executado pela força resultante é igual a varia-
ção da energia cinética. Ou seja:
W if = ∆K = K f − K i
onde essa dedução é absolutamente geral, apesar de ter sido feita para apenas uma for-
ça atuando em apenas uma partícula. Ela é válida para um sistema composto de um nú-
mero qualquer de partículas, quando estão atuando nessas partículas quaisquer quanti-
dade de forças conservativas.
Algumas forças tem uma existência marcante, seja no meio acadêmico ou na vida
prática. Vamos calcular a energia potencial associada a algumas destas forças.
O sistema massa - mola encontra-se presente no dia a dia como exemplo de sis-
tema conservativo oscilante, onde a força que a mola exerce é variável. Esse é um tipo de
força elástica.
1
U(x ) = k x2
2
!
F = − jˆ mg
!
! R ! !
U ( R ) = U ( 0 ) − ∫ F ⋅ dr onde ! ˆ h
0
dr = j dy !
dr
( )
U (h ) = U (0 ) − ∫ − mg ˆj ⋅ ˆj dy = mg ∫ dy
h h
!
0 0 mg
U( h ) = m g h
U( y ) = m g y
m v 2 + U (x ) = cons tan te
1
E=
2
ou seja:
1
m v 2 = E − U (x ) ⇒ v=
dx
=
2
[E − U (x )] ∴ dt = dx
2 dt m 2
[E − U (x )]
m
t x
dx
∫ dt = t − t 0 = ∫
2
[E − U (x )]
t0 x0
m
ou seja:
x
dx
t = t0 + ∫
2
[E − U ( x )]
x0
m v 2 + U (x ) = cons tan te
1
E=
2
Como a energia mecânica E é igual à soma das energias potencial U(x) mais ci-
nética K , o maior valor da energia potencial será quando toda a energia mecânica for
potencial, ou seja:
E ≥ U(x)
-L +L
De modo geral o gráfico da energia potencial de uma partícula apresenta várias si-
tuações físicas. Mostra o problema para vários valores de energia mecânica. Para cada
valor de energia mecânica a partícula se comporta de um modo diferente.
U(x)
E4
E3
E2
E1
E0
x3 x1 x0 x2 x4 x5 x
a. E = E0
Para esse valor de energia mecânica, toda a energia é potencial e portanto a energia
cinética será sempre zero. A partícula vai estar permanentemente localizada na posição
x = x0 e com velocidade nula.
Como um exemplo dessa situação podemos lembrar uma mola que está em sua posi-
ção de equilíbrio com velocidade nula. Ele vai permanecer indefinidamente nessa situa-
ção.
Cap 08 r omer o@f isica.uf pb.br 7
Prof . Romero Tavares da Silva
b. E = E1
Como E ≥ U(x) para esse valor de energia mecânica x1 ≥ x ≥ x2 . A partícula está
confinada a se movimentar entre os pontos x1 e x2 , passando pelo ponto x0 , de mí-
nimo da energia potencial e consequentemente de máximo da energia cinética. Nos pon-
tos x1 e x2 temos E1 = U(x1) = U(x2) , e portanto toda a energia é potencial. Isso implica
que a energia cinética é nula nesses pontos. Esses pontos são chamados pontos de re-
torno (ou pontos de inversão) pois a partícula estava se movendo em um sentido, sua
velocidade se anulou e ela retornou usando o sentido contrário.
Como um exemplo dessa situação podemos considerar uma mola que está em sua
posição de equilíbrio com uma certa velocidade não nula. Ela vai ficar se movendo entre
duas posições e sempre passando pelo ponto de máxima energia cinética. Como exemplo
apenas de ponto de retorno podemos considerar uma pedra lançada verticalmente para
cima. Ao atingir o ponto de máxima altura ela irá parar e começará o retorno. nesse ponto
a energia cinética é nula.
c. E = E2
Existem quatro pontos de retorno
d. E = E3
Existe apenas um ponto de inversão. Se a partícula estiver se movendo em direção ao
ponto x = 0 , ao chegar em x = x3 ela pára, retornando no sentido contrário.
e. E = E4
Não existem pontos de retorno.
Da relação entre força e potencial podemos fazer várias inferências. Como já foi men-
cionado anteriormente
!
r ! ! !
U (r ) = U (r 0 ) − !∫ F ⋅ dr F (r ) = −∇U (r )
! ! ! !
⇒
r0
d U (x )
U (x ) = U (x 0 ) − ∫ F (x )dx F (x ) = −
x
⇒
x0 dx
Vamos considerar que estão atuando N forças sobre uma dada partícula, de
modo que a força resultante será dada por:
! ! ! ! N !
F = F1 + F2 + " + FN = ∑ Fi
i =1
Como já foi mencionado, o trabalho executado pela força resultante é igual à varia-
ção da energia cinética da partícula:
N
∆K = W F = W1 + W 2 + " + W N = ∑ W i
i =1
onde W i é o trabalho executado pela i-ésima força que está atuando na partícula.
∆K = Σ WC = -Σ ∆U ∴ ∆K + Σ ∆U = 0 ⇒ ∆(K + ΣU ) = ∆E = 0
Para cada força conservativa teremos a sua energia potencial associada a ela, daí
a soma das energias potenciais. A soma das energias potenciais com a energia cinética
nos dá a energia mecânica E . Quando existem apenas forças conservativas, a energia
mecânica não varia ∆E = 0 , sendo então uma constante de movimento.
Se, por outro lado, tivermos atuando também forças não - conservativas (em par-
ticular a força de atrito), teremos:
∆K = Σ WC + Σ WA = -Σ ∆U + Σ WA ∴
∆K + Σ ∆U = Σ WA ⇒
∆(K + ΣU ) = ∆E = Σ WA
∆E = Ef - Ei = Σ WA
como é negativo o trabalho executado pela força de atrito, acontecerá uma perda da
energia mecânica; a energia mecânica fina será menor que a energia mecânica inicial
∆E < 0
B
h H
h/2
C x
a) Qual a sua velocidade no ponto A ?
m v 02
E0 = + mgh
2
vA = v0
m v 02 m v B2 h
E0 = EB ∴ + mgh = + mg ⇒ v B = v 02 + gh
2 2 2
m v 02 m v C2
E 0 = EC ∴ + mgh = ⇒ v C = v 02 + 2gh
2 2
d) A que altura chegará à última rampa, que é alta demais para ser ultrapassada?
m v 02 v 02
E0 = ED ∴ + mgh = mgH ⇒ H =h+
2 2g
10 Um projétil de massa 2,40kg é disparado para cima, do alto de uma colina de 125m
de altura, com uma velocidade de 150m/s e numa direção que faz 410 com a hori-
zontal.
m = 2,40kg
h = 125m m v 02
v0 = 150m/s K0 = = 27.000J
2
θ0 = 410
U0 = m g h = 2.940J
m v F2 m v 02
EF = E0 ∴ = + mgh ⇒ v F = v 02 + 2gh
2 2
∆U = m g ∆y = m g L
Vamos considerar como origem da energia potencial o ponto mais baixo da tra-
jetória da bola.
Ei = Ef
mv i2 = mg (2L )
1 1 1
mgy i + mv i2 = mgy f + mv f2 ⇒ mgL +
2 2 2
v i = 2gL
17 Uma mola pode ser comprimida 2cm por uma força de 270N . Um bloco de 12kg
de massa é liberado a partir do repouso do alto de um plano inclinado sem atrito cuja
inclinação é de 300 . O bloco comprime a mola de 5,5cm antes de parar
L0 = 2cm = 0,020m
F0 = 270N D
θ = 300
m = 12kg
L = 5,5cm = 0,055m
h´
Inicialmente vamos calcular a constante h
elástica da mola:
θ
F0 = k L0 ∴ k = 13.500N/m
Seja D a distância que o bloco irá percorrer antes de parar. Parte dessa distân-
cia ( D - L ) o bloco percorre livre e a outra parte ( L ) ele percorre comprimindo a
mola. Inicialmente ele estava em repouso e tinha energia potencial gravitacional,
e após o movimento de descida ele volta ao repouso e agora a sua energia e
potencial elástica. Aconteceu uma transformação de energia: de potencial gravi-
tacional para potencial elástica. temos portanto que:
1 2
mgh = kL
2
Mas
h = D senθ
então
1 2 kL2
mgD sen θ = kL ∴ D = = 0,347m = 34,7cm
2 2mg sen θ
b) Qual a velocidade do bloco no instante em que se choca com a mola?
Quando o bloco percorreu livre a distância D - L , ele diminuiu a sua altura de h´,
1
mgh´= mv 2 ⇒ v = 2gh´ = 1,69m/s
2
1
mgL = mv 22 ∴ v 2 = 2gL = 4,84m/s 2 x
2
3
b) Qual a velocidade da bola quando chega ao ponto mais alto da trajetória, depois
que a corda toca no pino?
De maneira equivalente, temos a conservação da energia mecânica:
E1 = E3
mv 32 + mg [2(L − d )]
1
mgL =
2
de onde encontramos que:
v 3 = 2g (2d − L ) = 2,42m/s
32 Mostre que se a bola faz uma volta completa em torno do pino, então d > 3L/5 .
A bola irá fazer uma volta completa e passar pelo ponto 3 sem afrouxar a corda
quando a velocidade v3 tiver um valor mínimo tal que a força centrípeta seja
igual ao seu peso. Essa imposição implica que a tensão na corda será nula.
v 32
P = (FC )3 ⇒ mg = m ∴ v 32 = gr = g (L − d )
r
Usando o resultado do item anterior, temos:
v 32 = 2g (2d − L ) = g (L − d ) ⇒
3L
d=
5
25 Deixa-se cair um bloco de 2kg de uma altura de 40cm sobre uma mola cuja cons-
tante é k = 1960N/m . Determine a compressão máxima da mola
m = 2kg
h = 40cm = 0,40m
k = 1960N/m
h
A mola será largada com velocidade nula, cairá até
encontrar a mola, pressionará a mola até alcançar
novamente o repouso. Desse modo, ela terá ener-
gia potencial gravitacional na posição inicial e L
energia potencial elástica no final:
Ei = Ef
mg (h + L ) =
1 2
kL ⇒ L2 =
2mg
(h + L ) ∴ L2 − 2mg L − 2mg h = 0
2 k k k
2
2mg 2mg 2mg
± +4 h
k k k 0,02 ± 0,18 + 0,10
L= = =
2 2 − 0,08
L = 0,10m = 10cm
Como
! !
F (r ) = −iˆF ( x )
!
dr = ( −iˆ)( −dx ) = iˆdx
temos:
( )( )
x x x
1 1 1
dx
U ( x 1 ) = U ( x 0 ) − ∫ − iˆF ( x ) ⋅ iˆdx = U ( x 0 ) + ∫ F ( x )dx = U ( x 0 ) + Gm1m 2 ∫ 2
0 x x
0 0x x
1 1
U ( x 1 ) = U ( x 0 ) − Gm1m 2 −
x1 x 0
m1 m 2
U ( x 1 ) = −G
x1
b) Qual o trabalho necessário para aumentar a distância entre as partículas de
xa=x1 para xb=x1 + d ?
∆U = U ( x b ) − U ( x a ) = −W ab
m1 m 2 mm x − xa d
− W ab = −G + G 1 2 = Gm1m 2 b ∴ W ab = −Gm1m 2
xb xa xb xa x 1 (x 1 + d )
a) O bloco é liberado em repouso no ponto P . Qual a força resultante que age so-
bre ele no ponto Q ?
P
No ponto Q existem duas forças atu-
ando no bloco: o seu peso e a força que
a pista exerce nele (normal). A normal é
a força radial que está atuando, ou seja
é a força centrípeta. Para calcular a
força centrípeta vamos usar a conser- 5R
vação da energia mecânica, ou seja: a
energia mecânica no ponto P é igual a Q
energia mecânica no ponto Q .
R
EP = EQ
1
mghP = mghQ + mv Q2 !
2 N
!
v Q2 = 2g (hP − hQ ) = 2g (5R − R ) = 8gR P
v Q2 8gR
N = FC = m =m ∴ N = 8mg
R R
! ! !
A força resultante será R = P + N . Como esses vetores são perpendiculares, a
resultante é a hipotenusa de um triângulo retângulo, e portanto:
R = P2 + N2 = (mg ) 2
+ (8mg )
2
⇒ R = 65 mg
b) De que altura em relação ao ponto mais baixo da pista o bloco deve ser liberado
para que esteja na iminência de perder o contato com a pista no ponto mais alto
do semi-círculo?
Na posição inicial, quando o bloco é solto ele tem apenas energia potencial gra-
vitacional, logo:
1 1 5 5R
E I = E F ⇒ mgh = mv F2 + mg (2R ) = mgR + 2mgR = mgR ∴ h =
2 2 2 2
35 Uma corrente é mantida sobre uma mesa sem atrito com um quarto do seu compri-
mento pendurado para fora da mesa, como mostra a figura. Se a corrente tem com-
primento L e uma massa m , qual o trabalho necessário para puxá-la totalmente
para cima da mesa?
m( y ) → y m( y ) M M
⇒ = ∴ m( y ) = y
M →L y L L
f ! !
W if = ∫ F ⋅ dr
i
!
F = − ˆj F ( y ) ! !
⇒ W = ∫ [− F ( y )dy ]
0
! ∴ F ⋅ dr = −F ( y )dy
dr = − jˆdr = jˆdy L/4
Mg 1 L
2
Mg 0 MgL
W =− ∫ ydy = ∴ W =
L L/4 L 2 4 32
N = P cosθ - m aR ∴ N = m ( g cosθ - aR )
1
mgR = mgh + mv 02 ; h = R cos θ 0
2
v 02
v = 2gR (1 − cos θ 0 )
2
0 ∴ aR = = 2g (1 − cos θ 0 )
R
O centro de massa
Mesmo quando um corpo gira ou vibra, existe um ponto nesse corpo, chamado
centro de massa, que se desloca da mesma maneira que se deslocaria uma única partí-
cula, com a massa deste corpo e sujeita ao mesmo sistema de forças que ele.
Ainda que o sistema não seja um corpo rígido mas um conjunto de partículas, pode
ser definido para ele um centro de massa, como veremos adiante.
m1 x 1 + m 2 x 2 m1 m2
x CM =
m1 + m 2
x1
ou
x2
m1 m2
x CM = x 1 + x 2
m1 + m 2 m1 + m 2
Podemos olhar a última equação como uma média ponderada da posição de cada
partícula de massa mi onde o "peso" de cada termo é a fração da massa total contida na
posição xi .
Para um sistema de N corpos dispostos ao longo de uma linha reta, podemos fa-
zer uma extensão da definição anterior:
N
m1 x 1 + m 2 x 2 + ! + m N x N ∑ mi x1
x CM = = i =1
m1 + m 2 + ! + m N N
∑ mi
i =1
m1 x 1 + m 2 x 2 + ! + m N x N ∑ mi x1 1 N
x CM = = i =1
= ∑ mi x i
m1 + m 2 + ! + m N N
M i =1
∑ mi
i =1
m1 y 1 + m 2 y 2 + ! + m N y N ∑ mi y 1 1 N
y CM = = i =1
= ∑ mi y i
m1 + m 2 + ! + m N N
M i =1
∑ mi
i =1
1 N
x CM = ∑ mi x i
M i =1
1 N
y CM = ∑ mi y i
M i =1
1 N
zCM = ∑ mi zi
M i =1
Se considerarmos que:
"
r i = iˆx i + ˆjy i + kˆz i
e
"
r = iˆx + ˆjy + kˆz
CM CM CM CM
teremos:
" 1 N "
rCM = ∑ mi ri
M i =1
Corpos rígidos
N
∑ y i ∆m i
y CM = i =1
N
∑ ∆m i
i =1
N
∑ z i ∆m i
zCM = i =1
N
∑ ∆m i
i =1
i =1
N
∑ y i ∆m i ∫ y dm = 1 y dm
y CM = Lim i =1
= ∫
∫ dm M
∆m → 0 N
∑ ∆m i
i
i =1
N
∑ z i ∆m i ∫ z dm = 1 z dm
zCM = Lim i =1
= ∫
∫ dm M
∆ → N
∑ ∆m i
m 0 i
i =1
e concluindo:
" 1 "
rCM = ∫ r dm
M
Mas a força resultante que atua em uma partícula que faz parte desse sistema é
composta de duas partes: as forças externas a esse sistema que atuam em cada partícula
e as forças internas de interação mútua entre as partículas.
" "
( "
) (
" "
) "
( " N
)" "
( )
" "
MaCM = F1EXT + F1INT + F2 EXT + F2INT + ! FNEXT + FNINT = ∑ FiEXT + FiINT = FEXT + FINT
i =1
Mas quando considerarmos a soma das forças internas estaremos incluindo pares
de forças que se anulam, segundo a Terceira Lei de Newton por serem ação e reação.
Por exemplo: iremos incluir as forças que a partícula 2 exerce na partícula 3 como tam-
bém as forças que a partícula 3 exerce na partícula 2 . E essas forças de interação se
anulam. Isso acontece com todos os pares de partículas que considerarmos. Assim a
soma total das forças internas que atuam em um sistema de partículas é nula, e desse
modo: "
"
MaCM = FEXT
Define-se o momentum (ou momento) linear de uma partícula como sendo o pro-
duto de sua massa por sua velocidade:
" "
p = mv
Conta-se que Newton na realidade formulou a sua Segunda Lei em termos do mo-
mento, da seguinte maneira:
" "
(mv )
dp d "
FR = =
dt dt
ou ainda:
" " " N " "
P = m1v 1 + m 2 v 2 + ! + m N v N = ∑ m i v i = Mv CM
i =1
indicando que o momento total do sistema é uma constante. Por exemplo, numa colisão
entre duas bolas de bilhar, o momento total desse sistema isolado se conserva: o mo-
mento total antes da colisão é igual ao momento total depois da colisão.
MC d MC
x CM = ∴ d C = d
MO + MC MO + MC
considerando que:
MO = 15,994g/mol
MC = 12,011g/mol
dCM = 0,571 d = 0,645x10-10m
3 Quais são as coordenadas do centro de massa das três partículas que aparecem no
desenho a seguir? O que acontece com o centro de massa quando a massa da partí-
cula de cima aumenta gradualmente? As unidade das distâncias é o metro.
a) m1 x 1 + m 2 x 2 + m 3 x 3
x CM =
m1 + m 2 + m 3
8,0kg
3 x 0 + 8 x1 + 4 x 2 16
x CM = = = 1,07m
3+8+4 15
m1 y 1 + m 2 y 2 + m 3 y 3 4,0kg
y CM =
m1 + m 2 + m 3
3 x 0 + 8 x 2 + 4 x1 20 3,0kg
y CM = = = 1,34m
3+8+4 15
3A Calcule o centro de massa de uma haste com uma distribuição uniforme de massa,
de comprimento L e massa M .
L
1 1 L M 1 L 1 x2
x CM = ∫ x dm ⇒ x CM = ∫ x dx = ∫ x dx =
M M0 L L0 L 2 0
L
x CM =
2
L y
3M m2
L M M L m1 m3
Mx 0 + 3MxL / 2 + MxL L
m1 = M e (0 ; L / 2) x CM = M + 3M + M
=
2
m 2 = 3M e (L / 2 ; L ) ⇒
m =M e
3 (L ; L / 2)
y CM =
MxL / 2 + 3MxL + MxL / 2 4L
=
M + 3M + M 5
y = R senθ
Desse modo termos:
1θ M Rθ
1
( ) R θ0 R
0 0
x CM = ∫ x dm = ∫ R cos θ
d θ = ∫ cos θ dθ = sen θ = sen θ 0
θ 0 θ0 0 θ0 θ0
0
M M 0
e de modo equivalente:
1θ θ
1
(R senθ ) M dθ = R ∫ senθ dθ = − R cos θ θ0 R
(1 − cos θ 0 )
0 0
y CM = ∫ y dm = ∫ =
θ0 θ0 0 θ0 θ0
0
M M 0
x CM = π / 2 sen(π / 2) = π
R 2R
y CM = π / 2 (1 − cos(π / 2)) = π
R 2R
ii. Um semicírculo θ0 = π.
x CM = π sen(π ) = 0
R
y CM = π (1 − cos(π )) = π
R 2R
x CM = 2π sen(2π ) = 0
R
y CM = 2π (1 − cos(2π )) = 0
R
1 R
x CM = ∫ x dm
M
1 y dθ
y CM = ∫ y dm θ
M
x
x
dA → dm
M
∴ dm = dA = σ dA
A A
→ M
πR 2
A =
4
dA = (r dθ )(dr ) = r dr dθ
x = r cos θ
y = r sen θ
Temos então que:
σ Rπ /2
(r cos θ )(r dr dθ ) = σ ∫ r 2 dr ∫ cos θ dθ
π /2
1 1 R
x CM = ∫ x dm = ∫ ∫ x σ dA = ∫ ∫
M M Mo 0 M0 0
4M
r 3
{ }
R
σ π /2 σ R3 πR 2 R
3
x CM = sen θ = =
3 0
0
M M 3 M 3
4R
x CM =
3π
De maneira equivalente
σ Rπ /2
(r senθ )(r dr dθ ) = σ ∫ r 2 dr ∫ senθ dθ
π /2
1 1 R
y CM = ∫ y dm = ∫ ∫ y σ dA = ∫ ∫
M M Mo 0 M0 0
4M
r 3
{ }
R
σ π /2 σ R3 πR 2 R
3
y CM = − cos θ = =
3 0
0
M M 3 M 3
4R
y CM =
3π
a) Qual a maior distância que o vagão pode ter percorrido depois que todas as ba-
las forem disparadas?
"
[M + Nm ]v CM = [M T + (N − 1)m ]v T + m v B = 0
" " " " m
⇒ v T = − vB
M T + (N − 1)m
T
Pelo desenho podemos notar que após o tiro a bala se deslocou uma distância
L - x e como conseqüência do recuo o vagão se deslocou uma distância x . Ou
seja:
x = vT t
x L−x x
⇒ t= = ∴ vT = vB
L − x = v t vT vB L − x
B
m
x = L
M T + Nm
Depois de N disparos, o vagão terá se deslocado uma distância d = N x :
Nm
d = L
T
M + Nm
O maior deslocamento possível acontecerá quando a massa total da balas N m
for muito maior do que a massa do vagão. Nessa situação teremos que:
se N m >> MT ⇒ d=L
18 Deixa-se cair uma pedra em t = 0 . Uma segunda pedra com massa duas vezes
maior que a da primeira, é largada do mesmo ponto em t = 100ms .
a) Onde estará o centro de massa das duas pedras em t = 300ms ? Suponha que
nenhuma das pedras chegou ao chão.
y
m1 = m ∆t = 100ms = 0,1s t1 t2
m2 = 2m T = 300ms = 0,3s
g (t + ∆t )
2
g t 12
y 1 = − =−
2 2
g t 22 gt2
y2 = − =−
2 2
O centro de massa desse sistema terá a forma:
g (t + ∆t )2 gt2
m − + 2m −
2 g (t + ∆t )
2
2 gt 2
y CM (t ) = =− −
m + 2m 6 6
Para t = 0,3s
yCM ( 0,3s) = - 0, 40 m
d y CM
= − g (2t + ∆t )
1
v CM (t ) =
dt 3
21 Dois sacos de açúcar idênticos são ligados por uma corda de massa desprezível, que
passa por uma roldana sem atrito, de massa desprezível, com 50mm de diâmetro.
Os dois sacos estão no mesmo nível e cada um possui originalmente uma massa de
500g .
M 1y 1 + M 2 y 2
y CM = =0
M1 + M 2
e
M1 x1 + M 2 x 2 M1 . 0 + M 2 d M 2
x CM = = = d
M1 + M 2 M1 + M 2 M1 + M 2
m1 = 0,48kg d
m2 = 0,52kg
m1 x 1 + m 2 x 2 m 2 y
x CM = = d = 0,026m
m1 + m 2 m1 + m 2
" " 2 2
" " " a2 t 2 " a t " m − m1 gt 2
r 2 = r 02 + v 02 t + ⇒ r 2 = iˆd + 2 ∴ r 2 = iˆd + jˆ 2
2 2 m 2 + m 1 2
MC = 5kg d = 6m
MB = 20kg s = 2,4m D
dM C + (d − L / 2)M B
x CM =
MC + M B
Depois que ele se moveu, a posição de centro de massa, tem a seguinte forma:
x´ CM =
[(d − L ) + x 0 + (L − s )]M C + [(d − L ) + x 0 + L / 2]M B
MC + M B
Como a velocidade do centro de massa é nula, ele não se moveu e portanto as duas
equações anteriores são iguais. Fazendo essa igualdade encontramos que:
MC
(x − s )M C + x 0 M B = 0 ⇒ x 0 (M C + M B ) = sM C ∴ x 0 = s = 0,48m
MC + M B
0
D = (d − L ) + x 0 + (L − s ) = d + x 0 − s =4,08m
mv cos θ
(m + M )v CM = 0 = mv cos θ − MV ⇒ V =
M
t 2 v sen θ
v M = v sen θ − g ⇒ t=
2 g
x = ( v cosθ ) t
mv cos θ
L − x = Vt = t
M
ou seja:
L = (v cos θ )t +
m
(v cos θ )t = 1 + m (v cos θ )t = 1 + m (v cos θ ) 2v senθ
M M M g
v2 m
L= 1 + sen 2θ
g M
ou seja:
gL
v=
m
1 + sen 2θ
M
34 Dois blocos de massas 1kg e 3kg respectivamente, ligados por uma mola, estão
em repouso em uma superfície sem atrito. Em um certo instante são projetados um
na direção do outro de tal forma que o bloco de 1kg viaja inicialmente com uma
velocidade de 1,7m/s em direção ao centro de massa, que permanece em repouso.
Qual a velocidade inicial do outro bloco?
M1 = 1kg M1 M2
M2 = 3kg
v1 = 1,7m/s
x
De maneira geral temos que: "
"
MaCM = FEXT
A partir da equação anterior temos que quando a resultante das forças externas for
nula a velocidade do centro de massa será constante. Mas como os blocos estavam
inicialmente em repouso, a velocidade do centro de massa será nula:
" " "
Mv CM = M 1v 1 + M 2 v 2 = 0
ou seja:
" M "
v 2 = − 1 v1
M2
Cap 09 romero@f isica. uf pb. br 19
Prof . Romero Tavares da Silva
"
Mas v 1 = iˆ 1,7m / s , logo
" 3 "
v 2 = −iˆ 1,7 ∴ v 2 = −iˆ 5,1m / s
1
37 Uma vagão plataforma de peso P pode rolar sem atrito em um trecho reto e plano
da linha férrea. Inicialmente, um homem de peso p está de pé no carro, que se
move para a esquerda com velocidade v0 . Qual a variação da velocidade do vagão
quando o homem corre para a esquerda com uma velocidade vREL em relação ao
vagão?
M = P/g
m = p/g
Vamos considerar o homem passe a ter uma velocidade iˆv e que o vagão passe a
ter uma velocidade iˆV . O momento final do sistema será:
" " "
PF = MV + mv
(m + M )v
"
0
"
(
" "
) "
= MV + m V + v REL = (m + M )V + mv REL
"
# " m "
v0 = V + v REL
m+M
10. Colisões
Vamos considerar uma partícula isolada, que se move com momento !v!=!jˆv! . A partir
v v+v
H B
de
! um certo tempo t i até um instante posterior tf , passa a atuar sobre ela uma força
F 12 . O momento da partícula vai sofre alteração y =1ydm devido a existência da força atu-
M∫
CM
ante e essa variação é também chamada de impulso Mv!+Mv(!+!v)=0⇒v!=−MM+M!v=−ˆjMM+M . A segunda Lei de Newton, tem
B
BHB B
H H
HB HB
a forma:
!
dp ! ! !
= F (t ) ⇒ dp = F (t )dt
dt
ou seja:
!
! ! ! p f !
! ∆ p = p f − p i = ∫
!
d p
p
! t !
p
! !
( )
f f i
!∫
d p = ∫ F t dt ∴ ⇒ ∆p =J
t ! !
∫ F (t )dt = J
p i t i f
t i
tf
J = ∫ F (t )dt = F ∆t
ti
ou seja:
1 t
∫ F (t )dt
f
F = F
∆t t i
Vamos considerar duas bolas de bilhar com mesma forma e pesos diferentes.
!
Uma das bolas se movimenta em v 1I
direção à segunda que está em repouso.
Depois da colisão as duas bolas se movi- m1 m2
mentam em sentidos contrários.
∆ p 1 = ∫ F21 t dt = F21 ∆t
t
i
! t ! !
( )
f
∆p 2 = ∫ F12 t dt = F12 ∆t
t
i
Mas
! ! ! ! ! !
F12 = −F21 ⇒ F12 = −F21 ∴ ∆p 2 = −∆p1
ou seja: ! ! !
∆P = ∆p1 + ∆p 2 = 0
! ! !
Encontramos que o momento linear total P = p1 + p 2 de um sistema isolado com-
posto de duas bolas, se conserva durante uma colisão. Esse resultado é facilmente ex-
tensível para colisões múltiplas.
As colisões podem ser divididas em dois tipos, aquelas que conservam a energia
cinéticas - ditas elásticas, e aquelas que não conservam a energia cinética - ditas inelásti-
cas.
Depois da colisão
! !
Temos que v1F < v2F , pois em caso contrá- v 1F v 2F
rio existiriam outras colisões depois da pri-
meira. m1 m2
m1v 1I + m 2 v 2 I = m1v 1 F + m 2 v 2 F
ou seja:
m1 (v 1I − v 1F ) = m 2 (v 2 F − v 2 I ) (1)
Quando a colisão for elástica, existe a conservação da energia cinética total, logo:
1 1 1 1
m1v 12I + m 2 v 22I = m1v 12F + m 2 v 22 F
2 2 2 2
ou seja:
m1 (v 12I − v 12F ) = m 2 (v 22 F − v 22I )
ou ainda:
m1 (v 1I + v 1 F )(v 1I − v 1 F ) = m 2 (v 2 I + v 2 F )(v 2 I − v 2 F ) (2)
v 1I + v 1 F = v 2 I + v 2 F (3)
ou seja:
v 1I − v 1I = v 2 F − v 1 F ⇒ (V Re lativa )I
= (VRe lativa )F
v 2 F = v 1I + v 1 F − v 2 I (4)
m1 (v 1I − v 1F ) = m 2 (v 1I + v 1F − v 2 I ) − m 2 v 2 I
ou seja:
m − m2 2m 2
v 1F = 1 v 1I + v 2 I (5)
m1 + m 2 m1 + m 2
2m1 m − m1
v 2 F = v 1I + 2 v 2 I (6)
m1 + m 2 m1 + m 2
m1 − m 2
v 1F = v 1I
m1 + m 2
v = 2m1 v
2 F m1 + m 2 1I
m2 θ2 x
!
m1 , v 1I θ1
! !
Após a colisão as partículas se movem com velocidades v 1F e v 2 F que fazem
ângulos θ1 e θ2 com a direção original da partícula de massa m1 .
y
!
v 2F
θ2 x
θ1
!
v 1F
KI = KF
1 m v 2 = 1 m v 2 + 1 m v 2
2 1 1I 2 1 1 F 2 2 2 F
! !
PI = PF
em x : m1v 1I = m1v 1F cos θ 1 + m 2 v 2 F cos θ 2
em y : 0 = −m v senθ + m v senθ
1 1F 1 2 2F 2
! ∆p! !
∆v m ! !
F= =m = ∆v = µ ∆v
∆t ∆t ∆t !
vF
Mas
! ! !
( ) ( )
∆v = v F − v I = − iˆv − + iˆv = −2iˆ v x
( )
!
F = µ − 2iˆ v = −2iˆµ v
A força que a água exerce na pá tem mesmo módulo e sentido contrário. ou seja:
!
FPá = 2 iˆµ v
20 Uma corrente de água de uma mangueira espalha-se sobre uma parede. Se a velo-
cidade da água for de 5m/s e a mangueira espalhar 300cm3/s , qual será a força
média exercida sobre a parede pela corrente de água? Suponha que a água não se
espalhe de volta apreciavelmente. Cada centímetro cúbico de água tem massa de
1g .
v = 5m/s
ν = 300cm3/s = 4x10-4m3/s !
ρ = 1g/cm3 = 103Kg/m3 v
m V
µ= =ρ = ρν
∆t ∆t
A força que a água exerce na parede tem mesmo módulo e sentido contrário. ou
seja: !
F = iˆ ρ ν v = î (103Kg/m3)(3x10-4m3/s)(5m/s) = î 1,5N
23 Uma bola de 300g com uma velocidade v = 6m/s atinge uma parede a uma ângulo
θ = 300 e, então, ricocheteia com mesmo ângulo e velocidade de mesmo módulo.
Ela fica em contato com a parede por 10ms .
i =1
! p Fx = − p senθ
p F = iˆp Fx + ˆjp Fy
p Fy = p cos θ
v 32 = 2g (2d − L ) = g (L − d ) ⇒
3L
d =
5
! !
J = ∆p = −2 iˆ p sen θ = −iˆ 2 (0,3 x 6 )0,5 = −iˆ1,8 N.s
v32
P=(FC)3 ⇒ mg=m ∴ v32 =gr=g(L−d)
r
E como conseqüência, a força que a bola faz na parede é:
! !
FP = −F = +iˆ 180N
ou seja:
v 3 = 2 g (2 d − L )
b) A colisão é elástica?
1 1
KI = m1v 12I + m 2 v 22I = 31,7 J
2 2
+ mg [2 (L − d )]
1
mgL = mv 2
3
2
O movimento inicial considerado resulta num certo valor para o momento linear
total inicial. Quando consideramos as diversas possibilidades para o movimento
dos blocos, o momento linear total final tem valores correspondentes. O que se
observa é que não existe a possibilidade da conservação do momento linear total
caso usemos a hipótese indicada no enunciado desse item. Concluímos então
que a velocidade v2F não pode estar no sentido ilustrado, caso a velocidade
inicial do bloco m2 = 2,4kg seja oposta a exibida.
1 1 2 3
mgL = mv 22 ∴ v 2 = 2gL v0
2
2m1 m − m1 m m M
v 2 F = v 1I + 2 v 2 I
m1 + m 2 m1 + m 2
V3 I = 0 m−M
V = v = v V2 F = m + M v 0
2I
0
⇒
2F
m2 = m 2m
m 3 = M V3 F = v0
m +M
V2 F m −M 1 M
= = 1 −
v 3F 2m 2 m
ii. Quando m < M , as velocidades V2F e V3F têm a mesma direção e sentidos
contrários, ou seja a massa m2 retrocederá e irá se chocar novamente com a
massa 1 .
35 Uma bola de aço de 0,5kg de massa é presa a uma corda, de 70cm de compri-
mento e fixa na outra ponta, e é liberada quando a corda está na posição horizontal.
No ponto mais baixo de sua trajetória, a bola atinge um bloco de aço de 2,5kg inici-
almente em repouso sobre uma superfície sem atrito. A colisão é elástica.
m = 0,5kg L
M = 2,5kg 1
L = 70cm = 0,7m
m
A energia mecânica desse sistema
quando a bola está na posição 1 é
igual à energia mecânica quando a bola
está na posição 2 porque entre essas
duas situações só atuam forças conser- M
vativas. Logo:
1 2
mgL = mv I2 ⇒ v I = 2gL =
2
= 3,47m/s
1 1 1
KI = KF ⇒ mv I2 = mv F2 + MV 2 (2)
2 2 2
As equações (1) e (2) compões um sistema de duas equações com duas in-
cógnitas: vF e V , e iremos resolvê-lo da maneira padrão.
V =
m
(v I − v F )
M
m2
mv = mv +
I
2 2
F (v I − v F )2 ⇒ v I2 − v F2 = (v I − v F )(v I + v F ) =
m
(v I − v F )2
M M
Considerando que vI ≠ vF
m −M
vI + vF =
m
(v I − v F ) ⇒ vF = v I = −2,49m / s
M m +M
V =
m
(v I − v F ) = 2m v I = 1,24m / s
M m +M
m1 vP = (m1 + m2) v
ou seja:
m1
v = v P
m1 + m 2
O conjunto projétil - pêndulo vai subir uma altura h após a colisão. Considerando a
1
(m1 + m 2 )v 2 = (m1 + m 2 )gh ⇒ v = 2gh
2
m + m2 m + m2
v P = 1 v = 1 2gh = 308,25m/s
m1 m1
m
mv I = (m + M )v F ∴ vF = vI
m +M
onde vF é a velocidade final do con-
junto quando a bola se gruda ao cano.
Como não existem perdas por atrito, é sugerido que parte da energia cinética
inicial da bola se transformará em energia potencial U elástica da mola. Logo:
mv I2 = (m + M )v F2 + U mv I2 − (m + M )v F2
1 1 1 1
⇒ U=
2 2 2 2
ou seja:
2
m 1 m2
U = mv I2 − (m + M )
1 1 1
I
v = mv 2
− v I2
m + M 2 m+M
I
2 2 2
e finalmente
1 m
U = mv I2 1 −
2 m +M
66 Um corpo de 20kg está se deslocando no sentido positivo do eixo x com uma velo-
cidade de 200m/s quando devido a uma explosão interna, quebra-se em três partes.
Uma parte, cuja massa é de 10kg , distancia-se do ponto da explosão com uma ve-
locidade de 100m/s ao longo do sentido positivo do eixo y . Um segundo fragmento,
com massa de 4kg , desloca-se ao longo do sentido negativo do eixo x com uma
velocidade de 500m/s .
y y
!
m1, v 1
! !
θ x
!
M, V x m2, v 2 m3, v 3
m1 = 10kg
v 1 = 100m / s
M = 20kg m 2 = 4kg
m = 6kg v 2 = 500m / s
V = 200m / s 3
Eixo x: MV = - m2 v2 + m3 v3 cosθ
Eixo y: 0 = m1 v1 - m3 v3 senθ
m 3 v 3 sen θ = m1v 1
m1v 1 1
⇒ tanθ = = = 0,1667
m v cos θ = MV + m v MV + m 2 v 2 6
3 3 2 2
θ = 9,460
m1v 1
v3 = = 1014,04m/s
m 3 senθ
1 1
KI = MV 2 = 20.200 2 = 400.000Joules
2 2
1 1 1
KF = m1v 12 + m 2 v 22 + m 3 v 32 = 3.612.724,48J
2 2 2
∆K = KF - KI = 3.212.724,48J
69 Após uma colisão perfeitamente inelástica, descobre-se que dois objetos de mesma
massa e com velocidades iniciais de mesmo módulo deslocam-se juntos com veloci-
dade de módulo igual à metade do módulo de suas velocidades iniciais. Encontre o
ângulo entre as velocidades iniciais dos objetos.
m1 = m2 = m y
!
v1 = v2 = v v1
v3 = v/2
Em y: - m1 v1 senθ1 + m2 v2 senθ2 = 0
Ou seja
Em x: m v cosθ1 + m v cosθ2 = ( m + m ) v /2
Em y: - m v senθ1 + m v senθ2 = 0
Ou seja:
Em x: cosθ1 + cosθ2 = 1
Em y: - senθ1 + senθ2 = 0
1
m1gd = m1v 02 ⇒ v 0 = 2gd m1
2
m1 m1
m1v 0 = (m1 + m 2 )v ⇒ v = v 0 ∴ v = 2gd
m1 + m 2 m1 + m 2
Após a colisão, os dois pêndulos irão subir simultaneamente até uma altura h. Usan-
do, novamente, a conservação da energia mecânica, teremos:
1 m1
2
v2
1
(m1 + m 2 )v 2 = (m1 + m 2 )gh ⇒ h= = 2gd
2g 2g m1 + m 2
2
ou seja:
2
m1
h = d
m1 + m 2
11. Rotação
As variáveis da rotação
Posição angular
Deslocamento angular
∆θ = θ2 - θ1
Velocidade angular
A velocidade angular é a taxa com que a posição angular está variando; é a razão
entre o deslocamento angular e o tempo necessário para fazer esse deslocamento.
θ 2 − θ 1 ∆θ
w = =
t 2 − t1 ∆t
∆θ dθ
w = Lim =
∆t → 0
∆t dt
Aceleração angular
w 2 − w 1 ∆w
α = =
t 2 − t1 ∆t
∆w dw
α = Lim =
∆t → 0
∆t dt
dw
α= = cons tan te
dt
∫ dw = w 0 + α ∫ dt ⇒ w = w 0 + αt (1)
e também:
dθ
w=
dt
⇒ ∫ dθ = θ 0 + ∫ w dt = θ 0 + ∫ (w 0 + αt )dt
ou seja:
αt2
θ = θ 0 + w 0 ∫ dt + α ∫ dt ⇒ θ = θ 0 + w 0t + (2)
2
Cap 11 r omer o@f isica.uf pb.br 3
Prof . Romero Tavares da Silva
θ −θ0
w = ⇒ θ = θ0 + w t
t
mas quando estamos analisando o movimento com aceleração constante, também pode-
mos definir a velocidade angular média como:
w + w0
w =
2
w + w0 w + w0 w − w0
θ = θ0 + t = θ0 +
2 2 α
ou seja:
w 2 = w 02 + 2α (θ − θ 0 ) (3)
A posição
A velocidade escalar
ds dθ
v = =r ⇒ v =rw
dt dt
A aceleração
aT = α r
! ! !
a = aT + aR onde
v2
R
a = = w 2r
r
K = ∑ m i v i2 = ∑ m i (w r i ) = ∑ m i r i 2 w 2 = I w 2
N 1 N 1 1 N 1
2
i =1 2 i =1 2 2 i =1 2
Momento de inércia
Se dividirmos um corpo rígido em pequenas partes, cada parte com uma massa
∆mi , podemos em tese calcular o momento de inércia deste corpo usando a equação
anteriormente apresentada para um sistema de partículas:
N
I = ∑ r i 2 ∆m i
i =1
onde essa é uma integral simbólica que significa a integração sobre todo o volume do
corpo rígido considerado, seja ele de uma, duas ou três dimensões.
y'
y
! ! !
R = r +H
! !
R = iˆx + jˆy R !
! r x'
H = iˆa + jˆb
! x
r = iˆ(x − a ) + ˆj (y − b )
!
H
[ ]
I = ∫ r 2 dm = ∫ (x − a ) + (y − b ) dm = ∫ [(x 2 + y 2 ) + (a 2 + b 2 ) − 2(ax + by )]dm
2 2
Mas
∫ (x + y )dm = ∫ R dm = I CM
2 2 2
∫ (a + b )dm = ∫ H dm = MH
2 2 2 2
∫ 2ax dm = 2a ∫ x dm = 2a X CM M = 0
∫ 2by dm = 2b ∫ y dm = 2b YCM M = 0
onde nas duas últimas equações utilizamos a premissa inicial que o centro de massa se-
ria escolhido como origem do referencial, e desse modo XCM = YCM = 0 .
I = ICM + M H2
I = ∫ r 2 dm
I = ∫ r 2 dm
dm dθ M
= ⇒ dm = dθ
M 2π 2π
2π
M MR 2π
2
I = ∫ r dm
2
⇒ I = ∫R 2
dθ = ∫ dθ ∴ I = MR 2
0 2π 2π 0
I = ∫ r 2 dm
dm dθ M
= ⇒ dm = dθ Anel de raio R
M 2π 2π
2 M MR 2π
2π 2
I = ∫ r 2 dm ⇒ I = ∫ (R cos θ ) dθ = ∫ cos 2 θ dθ
0 2π 2π 0
Mas
1 + cos 2θ MR 2 1 2π 1 2π
cos 2 θ = ⇒ I= ∫ d θ + ∫ cos 2θ dθ
2 2π 2 0 20
ou seja
MR 2 1 1 sen 2θ
2π
MR 2 2
I= θ
2π
+ = {π } ∴ I = MR
2π 2 0
2 2 0 2π 2
I = ∫ r 2 dm
dV = (2π r L) dr
dm = ρ dV
logo
dm = 2π L ρ r dr
R 24 − R14
I = ∫ r 2 dm = ∫ r 2 [2πLρ rdr ] = 2πρL ∫ r 3 dr = 2πρL
R2 R2
R1 R1 4
Mas
V = π L(R 22 − R12 ) ⇒
M M
ρ= =
V π L(R 22 − R12 )
então
R 24 − R14
I =πL
M
⇒ I= (R 2 + R12 )
M 2
2 π L(R 22 − R12 ) 2
z z
r
dm
Eixo Eixo
I = ∫ R 2 dm
z
M M
dm = ρ dV = dV = dV r
V π a 2L
θ
O elemento de massa dm está limitado
pelo ângulo dθ e dista R do eixo , que z R
no desenho está na horizontal. Eixo
R 2 = r ' 2 +z 2
r'
r ' = r sen θ θ
z R
dV = (rdθ )(dr )(dz )
r r'
I = ∫ ∫ ∫ (r ' 2 + z 2 )[ρ (r dθ dr dz )]
+L / 2 a 2π
−L / 2 0 0
0 0 −L / 2 0 0 −L / 2 0 0 −L / 2
Mas
1 − cos 2θ
sen 2 θ =
2
logo
2π
1 2π 1 2π 1 1 2π
∫ sen θ dθ = 2 ∫ dθ + 2 ∫ cos 2θ dθ = 2 2π − 2 2 sen 2θ =π
2
0
0 0 0
ou seja:
a4 a2 1 L3 ρπLa 4 ρπa 2 L3
I = ρ (π ) (L ) + ρ (2π ) = +
4 2 3 4 4 12
a 2 L2 Ma 2 ML2
I = ρπa 2 L + ⇒ I= +
4 12 4 12
Torque
! !
Define-se o troque τ produzido pela força F quando ela atua sobre uma partícula
como sendo o produto vetorial dessa força
pelo vetor posição da partícula: !
! F
! !
τ = r ×F
M
Se no exemplo da figura ao lado de- !
finirmos o plano da folha de papel com sen- r
do x - y o torque estará ao longo do eixo z
e será um vetor saindo da folha o
onde !
τ = r F senθ = r⊥ F r
θ
r⊥ = braço de alavanca r||
r|| = linha de ação x
r⊥
A segunda Lei de Newton toma uma forma peculiar quando aplicada aos movi-
mentos que envolvem rotação. Se fizermos a decomposição da força aplicada a uma par-
tícula segundo as suas componentes perpendicular e paralela ao vetor posição dessa
partícula, teremos:
! !
F = ma
F|| = m a||
e
F⊥ = m a⊥
τ = r F⊥ = m r a⊥ = m r ( r α ) = ( m r2 ) α
τ=Iα
Se tivermos N partículas girando em torno de um eixo cada uma delas sob a ação
de uma força, teremos um torque associado à essa força, onde:
! N N ! !
τ = ∑ τ i = ∑ r i × Fi
i =1 i =1
Mas
τ = Σ ri Fi⊥ = Σ ri mi ai⊥ = Σ ri mi ( ri α ) = Σ ( mi ri2) α
τ=Iα
Cap 11 r omer o@f isica.uf pb.br 11
Prof . Romero Tavares da Silva
!
Para calcular a potência P associada à atuação da força F , devemos consi-
derar que:
dW = τ dθ
e também que:
dW dθ
P= =τ ⇒ P = τw
dt dt
dθ
w= = a + 3bt 2 − 4ct 3
dt
dw
α= = 6bt − 12ct 2
dt
10 Uma roda tem oito raios de 30cm . Está montada sobre um eixo fixo e gira a
2,5rev/s . Você pretende atirar uma flecha de 20cm de comprimento através da
roda, paralelamente ao eixo, sem que a flecha colida com qualquer raio. Suponha
que tanto a flecha quanto os raios são muito finos.
r = 30cm = 0,30m
w = 2,5rev/s = 2,5 . 2πrad/s
L = 20cm = 0,20m
θ0
θ 0 = wt 0 ∴ t0 =
w
b) A localização do ponto em que você mira, entre o eixo e a borda, tem importân-
cia? Em caso afirmativo, qual a melhor localização?
Não tem importância a distância do eixo onde se mira, pois sempre teremos dis-
ponível o mesmo ângulo. Se perto da borda dispomos de um espaço linear mai-
or, mas a velocidade linear da roda também é maior. Se mirarmos perto do eixo
teremos um espaço linear menor, mas a velocidade linear da roda também é me-
nor. Em suma, a velocidade angular é a mesma para todos os pontos.
w0 = 33,33rev/min
t = 30s = 0,5min
w=0
w −w0 w
w = w 0 + αt ⇒ α= = − 0 = -66,66rev/min2
t t
αt 2
θ = w 0t + =8,33rev
2
23 Um disco gira em torno de um eixo fixo, partindo do repouso, com aceleração angular
constante, até alcançar a rotação de 10rev/s . Depois de completar 60 revoluções ,
a sua velocidade angular é de 15rev/s .
w0 = 0 θ2 = 60rev
w1 = 10rev/s w2 = 15rev/s
w 22 − w 12
w = w + 2αθ
2 2
⇒ α= = 1,02rev/s2
2θ
2 1
w 2 − w1
w 2 = w 1 + αt 2 ⇒ t2 = = 4,80s
α
w1 − w 0
w 1 = w 0 + αt 1 ⇒ t1 = = 9,61s
α
w 12 − w 02
w 12 = w 02 + 2αθ 1 ⇒ θ1 = = 48,07rev
2α
P − N = 0
F = ma
a
Fa = µE N = µE m g ⇒ a = µE g
!
Mas ! N
v 2
(w R ) 2 Fa
ma = m =m 0 = m w 02 R
R R !
ou seja: P
a = w02 R = µE g
µE g
w0 =
R
40 Um carro parte do repouso e percorre uma trajetória circular de 30m de raio. Sua
velocidade aumenta na razão constante de 0,5m/s2 .
aT 1
aT = α r ⇒ α= = = 0,0166rad / s 2 aT = 0,5m/s2
r 60
w0 = 0
a R = w 2 r = (w 0 + αt ) r = 1,875m/s2
2 t = 15s
r = 30m
b) Que ângulo o vetor aceleração resultante faz com o vetor velocidade do carro
nesse instante?
!
a a
tan θ = R = 3,75
aT θ
θ = 75,060
42 Quatro polias estão conectadas por duas correias conforme mostrado na figura a se-
guir. A polia A ( rA = 15cm ) é a polia motriz e gira a 10rad/s . A polia B ( rB = 10cm )
está conectada à A pela correia 1 . A polia B' ( rB' = 5cm ) é concêntrica à B e está
rigidamente ligada à ela. A polia C ( rC = 25cm ) está conectada à polia B' pela correia
2.
wA = 10rad/s Correia 1
rA = 15cm = 0,15m rA
rB = 10cm = 0,10m Polia B
rB' = 5cm = 0,05m rB rB'
rC = 25cm = 0,25m
Polia A
vA = wA rA = 10 . 0,15 = 1,5 m/s
wB' = wB = 15rad/s
v B' w B rB'
v B ' = v C = w C rC ⇒ wC = = =3rad/s
rC rC
51 Duas partículas de massa m cada uma, estão ligadas entre si e a um eixo de rota-
ção em O , por dois bastões delgados de comprimento L e massa M cada um,
conforme mostrado na figura a seguir. O conjunto gira em torno do eixo de rotação
com velocidade angular w .
I1 = M ( 2L )2 = 4 m L2
I3 = M ( L )2 = m L2
8
I = 5mL2 + ML2
3
1 2 5 4
K = I w = m + M w 2 L2
2 2 3
73 Numa máquina de Atwood, um bloco tem massa 500g e o outro 460g . A polia, que
está montada sobre um suporte horizontal sem atrito, tem um raio de 5cm . Quando
ela é solta, o bloco mais pesado cai 75cm em 5s . A corda não desliza na polia.
m1 = 500g = 0,5kg v0 = 0
m2 = 460g = 0,46kg h = 75cm = 0,75m
R = 5cm = 0,05m t = 5s
! !
at 2 2h F1 F2
h = v 0t + ⇒ a = 2 = 0,06m/s2
2 t
!
b) Qual a tensão na corda que suporta o bloco T1
mais pesado? m1 !
! ! ! T2
p1 + T1 = m1a1 ⇒ p1 − T1 = m1a !
p1
T1 = p1 - m1 a = m1 (g - a) = 4,87N
m2
c) Qual a tensão na corda que suporta o bloco !
mais leve? p2
! ! !
p2 + T2 = m2 a2 ⇒ T2 − p 2 = m 2 a
T2 = p1 + m1 a = m2 (g + a) = 4,93N
a
a =αr ⇒ α= = 1,2rad/s2
r
τ=Iα ⇒ F1 r - F2 r = I α
I=
(T1 − T 2 )r
= 0,0141kg.m2
α
L1 = 20cm = 0,2m L1 L2
L2 = 80cm = 0,8m !
FC
τ=Iα
m g L2 - m g L1 = I α
! !
FE FD
Mas
I = mL21 + mL22
Logo
L − L1
mg (L2 − L1 ) = m (L21 + L22 )α ⇒ α = 22 g = 8,64rad/s2
2
L2 + L1
a1 = −α L1 = −1,72m / s 2
a 2 = +α L2 = +6,91m / s
2
75 Dois blocos idênticos, de massa M cada uma, estão ligados por uma corda de mas-
sa desprezível, que passa por uma polia de raio R e de momento de inércia I . A
corda não desliza sobre a polia; desconhece-se existir ou não atrito entre o bloco e a
mesa; não há atrito no eixo da polia.
Quando esse sistema é liberado, a polia gira de um ângulo θ num tempo t , e a
aceleração dos blocos é constante
α t2 2θ
θ = w 0t + ⇒ α= !
2 t2 N
! !
b) Qual a aceleração dos dois blocos? M T2 F2 R, I
2θ R
a =αR = !
t2 F1
!
P2
c) Quais as tensões na parte superior e !
inferior da corda? Todas essas res- T1
postas devem ser expressas em fun-
ção de M , I , R , θ , g e t .
M
! ! !
P1 + T1 = m a1 ⇒ P1 − F1 = ma !
P1
F1 = P1 − m a ⇒ F1 = m (g − a )
2θ R
F1 = m g − 2
t
α
τ = Iα ⇒ F1R − F2 R = Iα ∴ F2 = F1 − I
R
2θ I
F2 = mg − mR +
t
2
R
1 2 mw 2 L2
K = Iw =
2 6
Cap 11 r omer o@f isica.uf pb.br 20
Prof . Romero Tavares da Silva
b) A partir desse ponto, qual a altura alcançada pelo seu centro de massa? Despre-
ze o atrito e a resistência do ar.
1 Iw2 w 2 L2
KI = UF ⇒ I w 2 = mgh ∴ h = =
2 2mg 6g
Rolamento
s=Rθ
s
O centro de massa do aro também
deslocou-se da mesma distância. Portanto,
a velocidade de deslocamento do centro de
massa do aro tem a forma:
ds dθ
v CM = =R ⇒ v CM = R w
dt dt
dv CM dw
aCM = =R ⇒ aCM = R α
dt dt
! ! ! ! ! !
v = v CM v = v CM v = 2 v CM
! ! ! !
v = v CM v = v CM
! ! ! !
v = −v CM v = v CM
vCM = w R
A energia cinética
Um corpo que rola sem deslizar pode ser visto a cada instante como girando em
torno de um eixo instantâneo que passa pelo ponto de contato desse corpo com a super-
fície que o suporta, e esse eixo é perpendicular à direção do movimento. do corpo. Desse
modo, a sua energia cinética tem a forma:
1
K = Iw2
2
I = ICM + M R2
a energia terá a forma:
1 1
K = I CM w 2 + M v CM
2
2 2
Torque
!
A figura abaixo
! mostra uma partícula localizada pelo vetor posição r , sob a ação
de uma força F . O torque exercido por essa força sobre a partícula é definido como:
! ! !
τ = r ×F
y
! ! !
τ = r ×F
y
!
F θ
!
F⊥ r
F|| !
! F
r
θ
Momento angular
Mas
!
dr ! ! ! ! !
dt × p = v × p = mv × v = 0
!
dp !
= F = Força resul tan te
dt
logo:
" !
dL ! ! dL !
= r ×F ⇒ =τ
dt dt
Rotação Translação
! ! ! Equivalência !
L =r ×p → p
! ! ! →
!
τ = r ×F F
! ! dp!
! dL F=
τ = →
dt dt
logo
!
dL ! INT ! EXT
=τ +τ
dt
Vamos mostrar que o torque interno é nulo. As forças internas surgem aos pares
como interação entre os pares de partículas, ou seja:
! N !
Fi INT = ∑ f ij
j =1
Mas
! N ! !
τ INT = ∑ τ iINT = ∑ r i × Fi = ∑ r i × ∑ f ij = ∑ ∑ r i × f ij
! N ! N ! N ! N N !
i =1 i =1 i =1 j =1 i =1 j =1
ou seja:
! ! ! ! !
(
τ INT = ∑ r i × f ij + r j × f ji
i〈 j
)
! !
Mas usando-se a terceira Lei de Newton, temos que f ij = − f ji , logo
[ !
τ INT = ∑ (r i − r j )× f ij
! ! !
i〈 j
]
(r− r i ) é um vetor contido na reta que une as partículas i e j , e essa reta tam-
! !
onde i
!
bém contém a força f ij . Portanto o produto vetorial é nulo pois os dois vetores são para-
lelos, e finalmente podemos concluir que
!
τ INT = 0
Observe-se
! que
! o ângulo entre os ve-
tores r i e p i é 900 . Desse modo:
x
Li = ri pi = ri vi ∆mi
L z = ∑ Liz = w ∑ ∆m i r i⊥2
i i
Mas
I = Lim ∑ ∆m i r i⊥2 = ∫ r ⊥2 dm
∆m → 0 i
i
onde ri⊥ é a componente do vetor posição da massa ∆mi perpendicular ao eixo de rota-
ção, ou seja é a distância da massa ∆mi ao eixo de rotação, e portanto temos a nossa
definição original de momento de inércia. Desse modo:
L=Iw
onde omitimos o índice z do momento angular pois iremos tratar apenas de situações
onde o momento angular de um corpo rígido será paralelo ao eixo de rotação (analisare-
mos apenas situações onde o momento de inércia é uma grandeza escalar).
e ainda:
!
! dL ! !
τ = ⇒ τ = Iα
dt
Se esse sistema estiver isolado, ou seja se o torque externo for nulo, o momento
angular total será uma constante.
!
dL !
=0 ⇒ L = cons tan te
dt
01 Um tubo de paredes finas rola pelo chão. Qual é a razão entre as suas energias ci-
néticas translacional e rotacional, em torno de um eixo paralelo ao seu comprimento
e que passa pelo seu centro de massa?
dm = σ dS = σ [(Rdθ )L ] = σ LRdθ
y
2π 2π L
I = ∫ r 2 dm = ∫ R 2 (σ LRdθ ) = σ R 3 L ∫ dθ
0 0
x
M M
σ = =
A 2πRL
M 3
I = R L (2π ) ∴ I = MR
2
2πRL
1 2
M (wR )
Mv CM 2
KT 2
= = =1
KR 1
Iw 2 (MR 2 )w 2
2
02 Um aro com um raio de 3m e uma massa de 140kg rola sobre um piso horizontal
de modo que o seu centro de massa possui uma velocidade de 0,150m/s . Qual é o
trabalho que deve ser feito sobre o aro para fazê-lo parar?
ICM = M R2 R = 3m
M = 140kg
1 1 vCM = 0,15m/s
K = I CM w 2 + Mv CM
2
2 2
K =
1
(MR 2 )w 2 + 1 M (w R )2 = Mv CM2 = 3,15J
2 2
W = ∆K = KF - KI = - KI = - 3,15J
07 Uma esfera sólida de peso igual a P = 35,58N sobe rolando um plano inclinado, cujo
ângulo de inclinação é igual a θ = 300 . Na base do plano, o centro de massa da es-
fera tem uma velocidade linear de v0 = 4,88m/s .
1 1
K = I CM w 2 + Mv CM
2
2 2
d
Como vCM = w R
1 I h
K = 1 + CM 2 Mv CM
2
2 MR θ
2
Para a esfera temos que I CM = MR 2 , logo a energia cinética terá a forma:
5
7 7 P 2
K=2
Mv CM = v CM =60,52J
10 10 g
b) Qual é a distância que a esfera percorre ao subir o plano?
2
7 7v CM
EI = EF ⇒ Mv CM = Mgh ∴ h =
2
= 1,70m
10 10g
h 7v CM
h = d senθ ⇒ d= = =3,4m
sen θ 10g senθ
11 Uma esfera homogênea, inicialmente em repouso, rola sem deslizar, partindo da ex-
tremidade superior do trilho mostrado a seguir, saindo pela extremidade da direita. Se
H = 60m , h = 20m e o extremo direito do trilho é horizontal, determine a distância L
horizontal do ponto A até o ponto que a esfera toca o chão.
2
I CM = MR 2
5
1 1 H
K = I CM w 2 + Mv CM
2
2 2
h
1 I
K = 1 + CM 2 Mv CM2 A
2 MR L
Cap 12 r omer o@f isica.uf pb.br 9
Prof . Romero Tavares da Silva
7
K = 2
Mv CM
10
10g (H − h )
Mg (H − h ) =
7
EI = EF ⇒ 2
Mv CM ∴ v CM =
10 7
gt 2 2h
h= ⇒ t=
2 g
2h
L = v CM t ⇒ L = v CM
g
ou seja:
20h (H − h )
L= = 47,80m
7
13 Uma bolinha de gude sólida de massa m e raio r rola sem deslizar sobre um trilho
mostrado a seguir, tendo partido do repouso em algum ponto do trecho retilíneo do
trilho.
EI = EF ⇒ UI = UF + K F
ou seja
mgH = mg (2R ) + = mg (2R ) + m(Rg ) =
7 7 27
2
m v CM mgR ∴ H = 2,7R
10 10 10
b) Se a bolinha for solta de uma altura igual a 6R acima da base do trilho, qual
será a componente horizontal da força que atua sobre ela no ponto Q ?
v Q2 m 50 50
FR = m = Rg ∴ FR = mg
R R 7 7
27 Dois objetos estão se movendo como mostra a figura a seguir. Qual é o seu mo-
mento angular em torno do ponto O ?
m1 = 6,5kg m2 = 3,1kg 1
!
v1 = 2,2m/s v2 = 3,6m/s v1
r1 = 1,5m r2 = 2,8m
! ! ! ! !
p1 = m1v 1 = iˆm1v 1 p 2 = m 2 v 2 = ˆj m 2 v 2 r1 v2
! !
r1 = ˆj r1 r 2 = iˆ r 2
m2
(ˆj × iˆ)m r v
! ! ! O r2
L1 = r1 × p1 = = − kˆ m1 r1 v 1
1 1 1
!
L = r! × p! =
2 2 2 (iˆ × ˆj )m 2 r 2 v 2 = + kˆ m 2 r 2 v 2
! ! ! y
L = L1 + L2
m1
! !
L = kˆ (m 2 v 2 r 2 − m1v 1r1 ) v1
!
L = kˆ 9,798 kg. m 2 / s !
r1 v2
m2
O x
r2
32 Mostre que um cilindro deslizará sobre um plano inclinado, cujo ângulo de inclinação
é θ , quando o coeficiente de atrito estático entre o plano e o cilindro for menor que
(tanθ)/3 .
!
N − mg cos θ = 0 N
!
mg senθ − F = ma Fa
a !
P
Quando estamos interessado em calcular θ
o torque em relação a um eixo que coincide com a reta de contato entre o cilindro e o
plano, devamos notar que apenas a força de atrito produz um torque em relação a
esse eixo. À medida que aumenta a inclinação vai aumentando a força de atrito está-
tico necessária para evitar o deslizamento. Ni limite, antes do deslizamento, temos
que Fa = (Fa)M = µE N .A maior aceleração que o cilindro poderá ter sem deslizar é
definida pela condição:
ICM α < Fa R
A condição de deslizamento é:
Fa R < ICM α
m g senθ - µE m g cosθ = ma = m α R
α=
g
(senθ − µ E cos θ )
R
Logo:
g
(µ E mg cos θ )R < I CM (sen θ − µ E cos θ )
R
I CM
µ E < tanθ
mR + I CM
2
1
µ E < tanθ
3
44 Três partículas, cada uma de massa m , são presas umas às outras e a um eixo de
rotação por três cordões sem massa, cada um de comprimento L , como mostra a
figura a seguir. O conjunto gira em torno do eixo de rotação em O com velocidade
angular w , de tal forma que as partículas permanecem em linha reta.
Quais são, em termos de m , L e w e rela- m
tivamente ao ponto O w m
a) O momento de Inércia do conjunto?
m
I = m L2 + m (2L)2 + m (3L)2 = 14 m L2
O
L 2 = I 2 w = 4 m L2 w
L = I w = 14 m L2 w
F1 = F2 = F
Ia !
Mg − 2 2 = Ma F
2r
w
I
g = a 1 +
Mr 2 !
P
g
a=
I
1+
Mr 2
Mr 2
Considerando que o momento de inércia do cilindro tem a forma I = ,
2
encontramos que
2g
a=
3
46 As rodas A e B da figura a seguir estão conectadas por uma correia que não desli-
za. O raio da roda B é três vezes maior que o raio da correia A .
rB = 3 rA
B
Como as duas rodas estão conectadas,
as velocidades das suas bordas serão A
iguais, ou seja:
vA = vB
ou seja:
w A rB
w A r A = w B rB ⇒ = = 3 ∴ w A = 3wB
w B rA
LA = IA wA
LB = IB wB
Como LA = LB
IA wB IA 1
I Aw A = I B w B ⇒ = ∴ =
IB w A IB 3
Como KA = KB
2
1 1 IA wB IA 1
I A w A2 = I B w B2 ⇒ = ∴ =
2 2 I B w A IB 9
vS = vTRAN + vROT !
N
vI = vTRAN - vROT !
Fa
Quando a bola atinge a pista a veloci- !
dade de rotação é nula, e ela só tem P
velocidade de translação v0 . À medida !
que a bola começa deslizar, ela tam- d
bém inicia a rotação, adquirindo veloci-
dade angular até alcançar o valor w1
quando não mais desliza, tendo um movimento de rolamento sem deslizamento.
N −P = 0
! ! ! !
Fa + P + N = Ma ⇒
F = Ma
a TRAN
Mas
Fa = µC N = µC M g ∴ aTRAN = µC g
I CM I I
τ = Fa R = I CM α ⇒ Fa = µ C Mg = α = CM2 (αR ) = CM2 a ROT
R R R
R2
a ROT = µ C g
I CM
v 1 = Rαt = a ROT t
v1 v − v1 a ROT
⇒ t= = 0 ∴ v 1 = v 0
v =v −a t a ROT aTRAN aTRAN + a ROT
1 0 TRAN
ou seja:
v0 v0
t= =
aTRAN + a ROT MR 2
µ C g 1 +
I CM
2
Considerando que para a esfera I CM = MR 2 encontramos que:
5
2v 0
t= = 1,18s
7µ C g
MR 2 5
v 1 = Rα t = a ROT t = µ C g t = µ C g = 6,07m/s
I CM 2
v 02 − v 12 v 02 − v 12
v 12 = v 02 − 2aTRAN d
⇒ d= = = 8,60m
2aTRAN 2µ C g
d) Quantas revoluções fez antes de começar a rolar?
w 12 = w 02 + 2αθ ⇒ (w R )
1
2
= 2(αR )(Rθ ) ∴ v 12 = 2a ROT L
v 12 1 a ROT t 2 MR 2 2
= a ROT t 2 = N (2πR ) ⇒
1 1
L= N= = µ C g t
2a ROT 2 2πR 2 4πR I CM
5 µ C gt 2
N= = 5,18rev
8πR
13. Equilíbrio
Diz-se que um corpo está em equilíbrio quando o seu momento linear e o seu mo-
mento angular são constantes, ou seja:
!
P = cons tan te
!
L = cons tan te
Quando as constantes mencionadas acima são nulas, diz-se que o corpo está em
equilíbrio estático. Nessa situação ele não está em movimento de translação e também
não está em movimento de rotação.
ou seja, para que um corpo esteja em equilíbrio estático devemos ter as seguintes condi-
ções satisfeitas:
!
F EXT = 0
τ! EXT = 0
10 Uma esfera uniforme de peso P e raio r é mantida no lugar por uma corda presa a
uma parede, sem atrito, situada a uma distância L acima do centro da esfera, con-
forme a figura a seguir.
N T sen θ r
= ⇒ N = P tan θ ∴ N = P
P T cos θ L
onde
r
tan θ =
L
15 Uma viga é transportada por três homens, estando um homem em uma das extremi-
dades e os outros dois sustentando a viga por meio de uma trave transversal, colo-
cada de modo que a carga esteja igualmente dividida entre os três homens. Em que
posição está colocada a trave transversal? (Despreze a massa dessa trave.)
19 Duas esferas idênticas, uniformes e sem atrito, cada uma de peso P , estão em re-
pouso conforme mostra a figura à seguir.
θ = 450 !
F12 = F21 = F F12
P1 = P2 = P !
T2
!
Os dois corpos estão em repouso, logo N1
a resultante das forças que atuam em
!
cada um deles é nula. P2
! !
F21 T1
N 1 − P − F sen θ = 0
!
e
T − F cos θ = 0 P1
1
F sen θ − P = 0 !
N1
!
F cos θ − T = 0 F12
θ
2
! !
θ T1 T2
Das equações acima encontramos que: !
F21 !
!
T1 = T2 = F cosθ P1 P2
e
N1 - P - P = 0 ⇒ N1 = 2 P
P
F= =P 2
sen θ
P
F= =P 2
sen θ
25 Uma placa quadrada uniforme, pesando 50,0kg e tendo 2,0m de lado, está pendu-
rada em uma haste de 3,0m de comprimento e massa desprezível. Um cabo está
preso à extremidade da haste e a um ponto na parede situado 4,0m acima do ponto
onde a haste é fixada na parede, conforme mostra a figura a seguir.
M = 50kg L2 = 2,0m
L1 = 4,0m L3 = 3,0m
T sen θ L3 =
P
[L3 + (L3 − L2 )] ⇒ T = 2L3 − L2
P
2 2L3 sen θ
Mas
L1 (2L3 − L2 ) L21 + L23
sen θ = ⇒ T = P = 408,34N
L21 + L23 2L1L3
Vamos considerar o torque das forças que atuam na haste, em relação a um eixo
perpendicular ao papel e que passe no ponto onde o cabo suspende a haste.
P1 L2 - FV L3 = 0
P1L2 PL2
FV = = = 163,34N
L3 2L3
Como a placa está em repouso, a resultante das forças que atuam nela é zero,
Segundo um eixo horizontal, as forças que atuam são tais que:
L3
T cos θ − FH = 0 ⇒ FH = T cos θ = T
L2 + L2
1 3
2L − L2
FH = 3 P = 245N
2L1
P N sen θ P
= = tan θ ⇒ F=
F N cos θ tan θ
Mas
r −h r −h 2rh − h 2
tan θ = = ⇒ F= P
r 2 − (r − h ) 2rh − h 2 r − h
2
34 Uma barra não uniforme de peso P está suspensa em repouso, na horizontal, por
duas cordas sem massa, como mostra a figura a seguir. Uma corda faz um ângulo
θ = 36,90 com a vertical e a outra faz um ângulo ϕ = 53,10 , também com a vertical.
Se o comprimento L da barra é 6,1m , calcule a distância x entre a extremidade
esquerda da barra e o seu centro de gravidade.
θ = 36,90
ϕ = 53,10 ! !
L = 6,1m T1 x T2
L ϕ
Vamos calcular o torque das forças que
θ
atuam na barra em relação a um eixo
perpendicular ao papel, e que passe por
um ponto da extremidade esquerda da !
barra. P
τ = P x - T2 cosϕ L = 0
ou seja:
T cos ϕ
x= 2 L
P
Por outro lado, como a barra está em repouso a resultante das forças que nela atuam
é nula:
T1 cos θ + T2 cos ϕ − P = 0
! ! !
T1 + T2 + P = 0 ⇒
T sen θ − T sen ϕ = 0
1 2
sen ϕ
T2 cos θ + T2 cos ϕ = P
sen θ
ou seja:
T2 {sen ϕ cos θ + cos ϕ sen θ } = P sen θ
sen θ
T2 sen(ϕ + θ ) = P sen θ ⇒ T2 = P
sen(ϕ + θ )
Mas
T cos ϕ L cos ϕ sen θ
x= 2 L ⇒ x= P
P P sen(ϕ + θ )
logo
cos ϕ sen θ
x= L = 2,23m
sen(ϕ + θ )
T senθ L - P x = 0 L
x
T = P
L sen θ
b) Encontre a componente horizontal da força exercida sobre a barra pelo pino da
dobradiça em A .
Como a barra está em repouso a resultante das forças que nela atuam é nula. A
componente horizontal da resultante é:
x
T cos θ − FH = 0 ⇒ FH = T cos θ
∴ FH = P
L tan θ
c) Encontre a componente vertical da força exercida sobre a barra pelo pino da do-
bradiça em A .
Fa = µE N
! α
Pode-se perceber que os ângulos α e θ N h
são complementares, logo:
!
P
α = π/2 - θ !
θ Fa
A força da quina na tábua é perpendicular à
tábua pois não existe atrito entre as duas.
d
Como o corpo está em equilíbrio, a resultante de forças é nula e o torque resultante
também é nulo.
O torque em relação a um eixo que passe pelo ponto de apoio da escada no chão e
que seja perpendicular à folha de papel tem a forma:
PL sen α
T =
2h cos α
T sen α − P + N = 0
! ! ! !
T + P + N + FaE = 0 ∴
− T cos α + F = 0
aE
ou seja:
FaE T cos α µ N T cos α
= = E ∴ µE =
N P − T sen α N P − T sen α
PL sen α L
cos α sen α
2h cos α 2 h
µE = ∴ µE = = 0,3981
PL sen α L sen 2 α
P − sen α 1−
2h cos α 2h cos α