Independência Do Brasil
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INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
como esta que ora se apresenta – limitada, preliminar e puramente indicativa – padecerá
sua serventia didática. Além disso, as quinze obras aqui apresentadas são
ao próprio processo de separação política entre Brasil e Portugal. Processo este que trará,
uma nação – brasileiros – até então inexistentes. As obras de José da Silva Lisboa
D. Pedro I. Rio de Janeiro: Typ. Imperial e Nacional, 1827-30) e John Armitage (The
History of Brazil from the Period of the Arrival of the Braganza Family in 1808, to
the Abdication of Dom Pedro the Firsth in 1831. London: Smith, Elder and Co., 1836)
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marcadas por posições políticas engajadas, derivadas desses envolvimentos, devendo,
portanto, ser lidas com especial cuidado (dizemos especial, pois toda e qualquer obra
historiográfica deve ser lida com cuidado, procurando-se envolvê-la em seu contexto
As obras de Silva Lisboa e Armitage oferecem, ainda, uma boa base para a
a dos sucessos ocorridos em algumas províncias até esta data. Rio de Janeiro:
Imprensa Nacional, 1917), o maior historiador brasileiro daquele século, e que, elaborada
a partir de vasto trabalho empírico, seria publicada somente após a sua morte.
obra de Manuel de Oliveira Lima deve ser mencionada pela influência doravante
exercida, bem como por sua capacidade de revelar – nem sempre com a desejada
(Evolução política do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1933) o que, de modo mais
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Holanda também deva ser inserido nesse contexto, é seu ensaio da década de 1960 o que
José Olympio, 1958), merece destaque por seu equilíbrio entre ampla oferta de
Brasil em perspectiva. São Paulo: Difel, 1969) e de Maria Odila da Silva Dias (“A
Fernando Novais & Carlos Guilherme Mota (A Independência política do Brasil. São
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nacional e questão colonial na crise do Antigo Regime português, 1993), de grande
amplitude temática e documental, mas nem sempre com viés interpretativo de qualidade
encontra seus mais perfeitos repositórios em duas coletâneas, organizadas por István
2006), na qual autores (alguns dos quais ainda muito ativos) como Alexandre Barata,
Ana Cristina Araújo, Ana Rosa da Silva, André Machado, Andréa Slemian, Cecília
Helena Oliveira, Denis Bernardes, Helga Piccolo, Hendrik Kraay, Iara Lis Schiavinatto,
Ilmar de Mattos, Kirsten Schultz, Lúcia Neves, Luiz Geraldo Silva, Márcia Berbel,
Marquese e Wilma Peres Costa mostram não apenas elaborações bastante atuais, mas
também filões que seguem sendo pouco explorados. Nesses dois livros encontram-se,
poderão ajudar o leitor a preencher as muitas (algumas das quais graves) lacunas dessas