Sistema+de+Arquivos+ +Silvio+Ferreira
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Estrutura de Diretórios
Por Silvio Ferreira
Introdução
Isso pode variar de acordo com o número de partições existente no Disco Rígido e de
acordo com o número de Discos Rígido instalados no PC. Na tela a seguir temos o
gerenciador de arquivos do Kurumim, onde as unidades estão nomeadas como hdb1,
hdb5, hdb6 e hdb7.
Além dessas diferenças até agora citadas, a forma que encontramos os diretórios no
Linux também são diferentes do Windows, bem diferentes para ser mais sensato.
Quando formatamos um Disco Rígido o que estamos fazendo é preparar o disco para o
padrão do sistema operacional, o que damos o nome de sistemas de arquivos. O sistema
de arquivos definirá como os arquivos serão estruturados, nomeados, acessados,
utilizados e implementados pelo sistema operacional.
Ocorre que o Linux suporta diversos sistemas de arquivos. E isso pode causar confusão
em iniciantes que desejam instalar o sistema Linux em algum HD. Muitas distribuições
nos permite escolher qual sistema de arquivos. Por isso veremos agora alguns sistemas
de arquivos que julgamos ser os “mais conhecidos”.
FAT-16
O sistema de arquivos FAT (File Allocation Table - tabela de alocação de arquivos) foi
desenvolvido para o DOS 1.0 em meados da década de 80, e foi utilizado também pelo
Windows 3X e Windows 95. O seu funcionamento baseia-se em uma espécie de
“mapa” para a utilização do disco, que consiste em uma tabela de alocação. Essa
tabela indica em qual cluster o arquivo se localiza no disco. O cluster é a menor
unidade de alocação de arquivos reconhecida pelo sistema operacional, é formado por
vários setores (lembre-se que o setor é a menor divisão física do disco e possui 512
bytes).
O nome FAT 16 é uma referência ao fato que este sistema utiliza 16 bits para o
endereçamento de dados, com a máxima de 216 (65.526) posições diferentes. Isso
implica no seguinte: os setores possuem 512 bytes e o número máximo de posições
permitido é 65.526, dessa forma temos a multiplicação 512 X 65.526 = 33.554.432
bytes (32 MB). Mas vamos raciocinar: o sistema FAT 16 permite trabalhar com no
máximo 32 MB? Na verdade não. Acontece que o sistema FAT trabalha com clusters,
como mencionamos anteriormente, e não com setores individuais, dessa forma, ele
agrupa setores vizinhos em uma unidade de alocação (os clusters propriamente ditos)
diminuindo assim o número de registros na FAT, tornando possível reconhecer discos
de até 2 GB. Para utilizar discos com mais de 2 GB, será necessário particioná-los, ou
seja, dividi-los logicamente em outros menores que 2 GB.
O tamanho de cada cluster varia de acordo com o tamanho do disco, veja:
4 KB 256 MB
8 KB 512 MB
16 KB 1GB
32 KB 2 GB
Um ponto fraco do sistema FAT 16 é o desperdício de espaço. Isso porque cada cluster
pode ser ocupado somente por um mesmo arquivo. Em outras palavras, se você
armazenar um arquivo de 2 KB em um disco que usa clusters de 32 KB, você estará
desperdiçando 30 KB. Esse espaço que sobra simplesmente não é utilizado. O
desperdício é proporcional ao tamanho do cluster: quanto maior o cluster, maior o
desperdício, que pode chegar até a 25% do tamanho total de um disco. Todo esse
desperdício é conhecido como Slack space (desperdício em disco).
VFAT
FAT-32
8 GB
4 KB
8 KB 16 GB
16 KB 32 GB
32 KB 2 TB
Sistema NTFS
NTFS5
HPFS
EXT /EXT2
EXT3
Posso te dizer que esse é a melhor escolha de sistema de arquivos ao instalar o Linux.
Inclusive ele já é o padrão de muitas distribuições atuais.
Obviamente ele é uma evolução do EXT3 e possui muitas novas funcionalidades, tais
como:
ReiserFS
Sistema desenvolvido por Hans Reiser especialmente para os sistemas Linux. Da mesma
forma que o sistema EXT3, o ReiserFS é um sistema de arquivos com suporte a
journaling. Se faz presente no Linux a partir da versão 2.4 do Kernel. Quanto a
utilização do espaço em disco, esse sistema tem se mostrado muito eficiente em
comparação aos outros. Ao invés dele usar clusters de tamanhos pre-definidos, ele
trabalha com um método de ajuste do tamanho do cluster de acordo com o arquivo
que será gravado, o que podemos chamar de “clusters dinâmicos”. Isso que dizer que
ele aloca o tamanho exato que o arquivo necessita. Sem dúvida alguma um sistema
muito mais eficiente em termos de utilização de espaço. Além disso, o ReiserFS
consegue ser de 10 a 15 vezes mais rápidos que ext2 e ext3 em processo de leitura de
arquivos pequenos. Isso porque quando não temos clusters de tamanhos definidos,
arquivos pequenos também terão clusters pequenos. Isso faz com que eles fique muito
próximos uns dos outros, o que torna a leitura mais rápida.
Dessa forma, as principais características desse sistemas são:
suporte a journaling;
Utilização de espaço muito eficiente;
Mais rápido nos processos de leitura de arquivos pequenos;
Esse sistema é o mais indicado para utilização em sistemas Linux atualmente. Com a
introdução do ReiserFS4, o ReiserFS recebe as vezes o nome de “ReiserFS3”.
MS-DOS e Windows 95: FAT 16. Portanto o FAT16 é para sistemas muito antigos,
aqueles “pré-históricos”;
Windows 95 OSR/2, Windows 98, Windows 2000, ME e XP: FAT 32;
Windows NT, Windows XP, Windows 2000, Windows 7, Windows 8 e Windows
10: NTFS;
Linux: ReiserFS, EXT, EXT2, EXT3 ou EXT4. Ao instalar Linux sugiro sempre ReiserFS
ou EXT4 (escolhe esse se tiver essa opção. É muito melhor).
Resumidamente é isso. Se você é um iniciante, use essa “receita de bolo”. Você vai
usar outros sistemas de arquivos somente se for um “expert” e em casos específicos.
Se você for um especialista na área, pode usar até FAT se desejar (ou precisar), tudo
vai depender do que pretende fazer, estudar ou testar.