Generos Discursivos
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RESUMO
Elomena Barbosa de Almeida
Com base nos pressupostos da teoria enunciativa bakhtiniana, assume-se que a
Universidade Metodista de Piracicaba tradução-interpretação é uma prática de construção de sentidos e, portanto, um
Unimep trabalho de e sobre a linguagem. Por este motivo, torna-se necessário que o
elomena65@yahoo.com.br profissional conheça, além das formas prescritivas das línguas (seus componentes
e estruturas gramaticais), as formas estabilizadas dos enunciados (gêneros do
discurso), elementos indissociáveis. Ele deve, assim, conhecer o funcionamento
das línguas em jogo, dos diferentes usos da linguagem nas diferentes esferas de
atividade humana, na medida em que sua prática se revela na multiplicidade de
sentidos existentes. O fato de não atuar em uma esfera específica de atividade
implica desconhecimento de certos gêneros do discurso e, portanto, das
linguagens em circulação nos espaços sociais e do contexto de produção do texto,
fato que tem influência direta na prática de tradução-interpretação. A discussão
será desenvolvida tendo como objeto a tradução de um texto do gênero
discursivo da esfera acadêmica. Acredita-se que os aspectos aqui focalizados
sejam fundamentais para se pensar práticas formativas dos profissionais
tradutores-intérpretes de Libras-Língua Portuguesa, podendo ainda ser
determinantes para se pensar nos processos de ensino-aprendizagem da língua
portuguesa como segunda língua para surdos, tema de inúmeros estudos e de
importância ímpar quando se pensa em educação de surdos.
Palavras-Chave: tradução Língua Brasileira de Sinais–Língua Portuguesa;
gêneros do discurso; esfera acadêmica.
ABSTRACT
On the basis of Bakhtin’s enunciative theory assumptions, we take translation-
interpretation as a practice of sense construction and, therefore, a work of
language and on the language. For this reason, professionals must know, in
addition to prescriptive language forms (grammar components and structures),
also stabilized forms of statements (discourse genres), elements non dissociable
from language. Thus, they must know how involved languages function, the
different uses of these languages in the different human spheres of activity, for
their practice in inserted in the multiplicity of possible senses. The fact of not
acting in a specific sphere of activity implies unfamiliarity with certain discourse
genres and, therefore, with language modalities circulating in the social spaces
and the context of production of the text to be translated, something that directly
influence the practice of translation-interpretation. The discussion will be
Anhanguera Educacional S.A. developed having as object the translation of a text pertaining to an academic
Correspondência/Contato sphere genre. We assert that the aspects focused here are vital to think about
Alameda Maria Tereza, 2000 training practices for Brazilian Sign Language-Portuguese translators-
Valinhos, São Paulo
CEP 13.278-181 interpreters, and may be also vital as regards thinking about the teaching-
rc.ipade@unianhanguera.edu.br learning processes of Portuguese language as a second language for deaf people,
an object of a great many studies and extremely important for all matters
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e concerning deaf people education.
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Keywords: translation Brazilian Sign Language-Portuguese; discourse genres;
Artigo Original academic sphere.
Recebido em: 04/06/2010
Avaliado em: 23/08/2010
Publicação: 30 de setembro de 2010 89
90 Gêneros discursivos da esfera acadêmica e práticas de tradução-interpretação Libras-português: reflexões
1. INTRODUÇÃO
Data do início dos anos 2000 também, como consequência dos movimentos das
comunidades surdas brasileiras em busca do reconhecimento, valorização e uso da Libras
nos diferentes espaços sociais e nos processos constitutivos dos surdos como sujeitos
bilíngues-biculturais, a preocupação de alguns pesquisadores com a elaboração de livros e
CDs contendo a tradução de histórias da literatura em língua portuguesa para Libras.
Destacamos como exemplos, as traduções que tiveram como forma de registro da Libras
filmagens de surdos sinalizando as histórias traduzidas (ver coleção Clássicos da
Literatura em Libras da Editora Arara Azul2) ou a representação da língua em Sign
1 A primeira data refere-se ao ano em que a obra foi escrita; a segunda, ao da edição consultada.
2 Disponível em <http://www.editora-arara-azul.com.br>.
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Writing3 (KARNOPP, 2006). Destaca-se que nesses materiais os textos foram apresentados
também em língua portuguesa.
Importante dizer que nestas duas experiências que trazemos para dialogar com
nosso texto, houve a preocupação em se realizar uma “tradução cultural” do texto em
língua portuguesa para Libras, ou seja, em possibilitar o diálogo dos aspectos culturais
determinantes e determinados pela Libras com aqueles da língua portuguesa; para tal, em
ambos os estudos, a participação de pessoas surdas foi fundamental para a reflexão sobre
a história e proposição de adaptações para os materiais. Para melhor contextualizar o
processo realizado, trazemos a título de exemplificação, recortes dos textos acima
comentados. Na elaboração do livro Cinderela Surda (HESSEL; ROSA; KARNOPP, 2003),
os personagens eram surdos, Cinderela e o príncipe aprenderam a língua de sinais
francesa quando pequenos, nas ruas de Paris (em um resgate da história da educação dos
surdos4) e, no baile, ao olhar no relógio da parede e perceber ser meia noite, Cinderela
despede-se do príncipe, que a segura pela mão, ficando nas mãos do príncipe uma das
luvas brancas de Cinderela. Na tradução de “Alice no País das Maravilhas”5, Alice, ao
entrar no túnel, visualiza as sombras das orelhas do Coelho, que se aproxima
apressadamente (em vez de ouvir seus passos, como na história original) (RAMOS, [s/d]).
Outro aspecto que merece ser destacado nesta breve contextualização histórica é
a inquestionável importância da literatura como bem cultural e sua inserção crescente nos
espaços escolares como forma de possibilitar, entre diversos ganhos que essa prática
determina, os processos de letramento das crianças. Destaca-se que até esse período,
textos da literatura infantil que abordassem as questões relativas à língua de sinais e
3 Sign Writing é um sistema de registro das línguas de sinais por meio do qual é possível representar unidades gestuais
(STUMPF, 2002).
4 Conta a história que o abade Charles Michel de L’Epèe, fundador da primeira escola pública para surdos em Paris na
segunda metade do século XVIII, encontrou-se com duas irmãs surdas e, ao conhecê-las, passou a educá-las. Tempos depois,
passou a recolher surdos pobres das ruas de Paris para estudar em sua escola e, com eles, aprendeu a língua de sinais
francesa (SKLIAR, 1997).
5 A obra foi traduzida do inglês para o português por Clélia Regina Ramos e para a Libras por Marlene Pereira do Prado,
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cultura surda eram inexistentes, razão pela qual não podemos nos furtar de apontar a
relevância de tais trabalhos, que se tornaram textos de referência para o desenvolvimento
de outros na área educacional, que focalizam a temática do ser surdo em um mundo
ouvinte e que colocam em destaque os sentidos historicamente determinados sobre
identidade e diferença.
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A riqueza e a variedade dos gêneros do discurso são infinitas, assim como são
inesgotáveis as esferas de atividade humana. Essa diversidade levou Bakhtin (1952-
1953/2000) a distinguir os gêneros do discurso em primários e secundários. Os primários
são constituídos nas circunstâncias de comunicação verbal cotidiana, enquanto os
secundários aparecem nas circunstâncias de comunicação cultural mais complexas e –
principalmente, mas não apenas – escritas. Estes são constituídos pela incorporação e
transformação dos gêneros primários que, ao serem absorvidos, perdem sua relação
imediata com a realidade; essa integração com a realidade passa a ocorrer, então, por
meio do gênero que o incorporou.
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Para que os surdos se tornem interlocutores dos textos construídos pelos e com
os professores em língua portuguesa, faz-se necessária a presença de tradutores-
intérpretes de Libras-português, que têm a difícil tarefa de construir enunciados em Libras
que garantam a completude de sentidos e as forças ideológicas presentes nos enunciados
dos professores, respeitando o gênero em questão.
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a compreensão de que os gêneros em circulação nesse espaço ainda não podem estar
estabilizados em Libras, mas, sim, em processo de constituição, seguindo os processos
evolutivos vivos da língua.
Desta forma, por melhor que seja a interpretação realizada pelo profissional
intérprete de Libras, a prática possível é aquela que garante que os sentidos dos
enunciados sejam construídos sem que sejam respeitados, necessariamente, os aspectos
constitutivos dos gêneros discursivos desse contexto específico de produção. Esse
processo mediado e em construção inviabiliza, de certa forma, que os processos de
comunicação verbal específicos da esfera ocorram e, desse modo, o acesso das pessoas
surdas aos gêneros discursivos secundários em sua prática viva.
A segunda consideração diz respeito ao acesso das pessoas surdas aos gêneros
discursivos escritos em circulação nessa esfera, na medida em que todos os textos a serem
lidos, compreendidos e postos em discussão/diálogo em aula são produzidos em línguas
nas quais os surdos se vêem como estrangeiros (incluindo a língua portuguesa). Impõe-se
assim uma dificuldade a mais para esses sujeitos, na medida em que devem lidar com
linguagens (des ou pouco) conhecidas, na pluralidade de gêneros (e línguas) que circulam
no espaço da academia, e que estão em processo de constituição em sua primeira língua.
Dessa forma, à palavra estrangeira deve ser atribuído seu lugar de pertinência
como signo linguístico e, portanto, ideológico, e na relação entre as línguas torna-se
necessário buscar o estabelecimento de uma relação ideológica pela adoção de uma
postura compreensiva ativa. Somente a partir desses princípios é que se torna possível
uma reação de aceitação ou de oposição à palavra estrangeira, em um processo vivo e
dinâmico de intercâmbio de conhecimentos e de embates ideológicos. Isso porque,
conforme expôs Revuz (1998), ler uma segunda língua é defrontar-se com expressões, com
palavras que carecem de sedimentação, pois trazem em si valores socioculturais diversos
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Escrever em uma língua estrangeira não é, a princípio, fácil para ninguém. Diversos
estudos têm sido desenvolvidos com o objetivo de compreender os processos em jogo
nessa prática, a partir de diferentes olhares teóricos, a fim de ser possível a construção de
metodologias de ensino-aprendizagem de segunda língua. Destacamos duas abordagens
discutidas por Moraes (1996) por entender que ambas podem contribuir para a explicação
do processo vivenciado pelas autoras deste artigo.
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E nessa relação entre duas línguas que precisavam ser postas em diálogo, o
nervosismo do estrangeiro na língua, que tem muito a dizer, mas não tem o domínio
sobre como fazê-lo, tornava-se aparente. Optamos, então, por deixar em segundo plano as
tentativas de escrita, que passaram a conter enunciados curtos ou que, na tentativa de
desenvolvê-los, tornavam-se circulares. Começamos a vivenciar outro processo: a
tradução passou a ser realizada diretamente dos enunciados produzidos em Libras para a
língua portuguesa. Textos escritos eram, então, realizados pela autora como apoio para
ela, posteriormente, discorrer sobre o tema em Libras – e não mais como material a ser
traduzido –, e passaram a ser organizados a partir de uma lógica fundamentalmente
visual. O exemplo a seguir diz respeito a um dos textos produzidos pela autora da
dissertação, a partir do qual ela discute aspectos que devem ser contemplados quando se
pensa na formação de tradutores-intérpretes de Libras6.
Vocabulário
Gramática
Jeito dizer em libras
Lggs diferentes libras
SÓ ISSO NÃO DÁ
6 Por meio do quadro, há a construção de um raciocínio indicando que apenas o conhecimento linguístico da Libras,
considerando os diversos níveis de domínio/fluência da/na língua, segundo os quais a maioria dos cursos são organizados
(cursos em geral), não é suficiente para a formação do tradutor-intérprete; em seguida, ela traz, na forma de tópicos, os
aspectos que a seu ver precisam ser pensados e considerados nos processos de formação do profissional tradutor-intérprete,
tema de sua dissertação.
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Formação intérprete
• Cursos:
o carga horária apropriada;
o presenciais;
o importante parceria profs. surdos e ouvintes bilíngues;
• Desenvolver:
o técnicas específicas;
• Importante alunos:
a) analisar própria interpretação;
b) interpretar sentidos não palavras;
c) aprender analisar própria interpretação;
d) relação teoria e prática;
e) ter conhecimento de mundo amplos;
f) conhecer conteúdos e temas para interpretar;
g) conhecer linguagens especificas – campos de saber;
h) conhecer diferença socioculturais entre línguas.
Foi, então, a partir dos enunciados em Libras que teve início o processo de escrita
(em seu sentido gráfico) da dissertação (que estava sendo escrita em Libras). Os
enunciados fluíam, permitindo à autora “falar” sobre seu trabalho e refletir sobre ele, em
diálogo com suas leituras e com os pressupostos teóricos que embasavam suas reflexões.
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Nada podia ser perdido do enunciado em Libras, pois não haveria formas de
voltar ao discurso original sem modificá-lo. Cabe, aqui, uma explicação. Entendemos que
qualquer ato de interpretação e de tradução implica uma participação ativa no evento
discursivo pelo tradutor-intérprete, que, por esse motivo, não pode ser considerado
simples intermediário imparcial do processo interdiscursivo, permanecendo na fronteira
entre as duas línguas em diálogo. Quando nos referimos ao cuidado para que não
houvesse modificação do discurso original, fazemos referência ao dilema do tradutor, “de
evitar tanto impor o modo de ser de uma dada cultura, repetindo palavras e metáforas
que vem de outra cultura, como impor ao texto a ser traduzido o modo de ser de sua
própria cultura, matando o ‘estilo e as ênfases do conjunto’” (SOBRAL, 2003, p.203).
Portanto, decisões tiveram que ser tomadas para se garantir tanto a completude da
mensagem quanto a maneira pela qual a autora criava e construía a arquitetônica, o todo
do seu texto, criando outro que, sendo fiel ao original, produzisse os efeitos que o original
não poderia produzir ao público ao qual a pesquisa se endereçava (SOBRAL, 2003).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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