A Pequena Sereia - Lily Murray
A Pequena Sereia - Lily Murray
A Pequena Sereia - Lily Murray
M962p
Murray, Lily
A pequena sereia / Lily Murray ; tradução de Rebecka Villarreal. ––
São
Paulo : Universo dos Livros, 2023.
80 p : il., color. (Clássicos da Disney ; vol. 5)
e-ISBN 978-65-5609-331-4
Título original: The Little Mermaid
Brittney Lee
Walt Disney Animation Studios
Um orgulhoso navio singrava as águas. Príncipe Eric reclinou-se para
sentir a brisa, observando as gaivotas que sobrevoavam a embarcação.
— Não é uma delícia? — disse ele. — É um dia perfeito no mar.
— Ah, é. Delicioso — falou seu mordomo Grimsby, com a mão no
estômago e verde de enjoo com o balanço do barco por conta das ondas.
— Vento bom e forte para navegar — disse um dos marinheiros. — O Rei
Tritão deve estar hoje de muito bom humor.
— Rei Tritão? — perguntou o Príncipe Eric.
— É, o rei de todos os seres do mar — respondeu outro marinheiro, tirando
os peixes da rede e jogando-os em um barril. — Eu creio que todo
marinheiro já ouviu falar nele. Grimsby não se impressionou.
— Seres do mar — debochou. — Eric, não dê atenção a essas bobagens
náuticas.
— Não é bobagem — disse o marinheiro, balançando um peixe na frente do
rosto de Grimsby. — Eu lhe garanto que eles vivem nas profundezas do
oceano!
Percebendo que era sua chance de escapar, o peixe começou a se debater.
Escorregou da mão do marinheiro, deslizou pela borda do navio e fez
splash! nas ondas do mar.
Aliviado, mergulhou e desceu, desceu e desceu, passando por emaranhados
de algas avermelhadas e corais exuberantes, nuvens de águas-vivas e baleias
deslizantes, nadando cada vez mais fundo no oceano azul.
E lá, bem nas profundezas das águas, ficava o palácio do rei do mar, com
suas torres altas e luzes cintilantes. Os seres do mar nadavam aos montes
pelas portas do palácio, pois um concerto em homenagem às filhas do Rei
Tritão estava prestes a começar.
Dentro do salão principal, o peixe-trombeta fez barulho.
— Sua Alteza Real, o Rei Tritão! — anunciou um cavalo-marinho, e o rei
chegou em sua carruagem de concha puxada por golfinhos.
Em seguida, veio um pequeno caranguejo vermelho conduzindo sua
pequenina carruagem de concha.
— E, com vocês, o consagrado compositor da corte — disse, novamente, o
cavalo-marinho —, Horácio Felício Inácio Crustáceo Sebastião!
— Eu estou ansioso para ouvir este número, Sebastião — falou o rei.
— Oh, Majestade — disse Sebastião, rindo —, suas filhas estarão
espetaculares!
— É. E, especialmente, a minha filha Ariel — falou o rei. As luzes
diminuíram. A banda de peixes começou a tocar e, por uma cortina de
bolhas, surgiram três conchas que foram se abrindo e revelando as filhas do
Rei Tritão.
O rei assistia orgulhoso enquanto elas cantavam seus nomes, uma a uma.
Aquata, Andrina, Arista, Attina, Adella e Alana se saíram muito bem, mas,
quando chegou o momento de apresentarem a irmã caçula…
— Ariel! — esbravejou o Rei Tritão.
Porque, quando a quarta concha se abriu, estava vazia.
Naquele momento, a filha mais nova do Rei Tritão observava avidamente os
destroços de um navio naufragado em um canto escuro e esquecido do
oceano.
— Ariel, me espere! — pediu seu amigo Linguado, esforçando-se para
alcançá-la.
— Não acha fantástico? — disse Ariel, com o olhar fixo nos destroços
fantasmagóricos.
— É, claro. É! É lindo — falou Linguado, olhando em volta, ansioso. —
Mas vamos embora daqui?
Ariel, porém, já tinha passado pela escotilha.
— Ah, meu Deus — ela exclamou, com os olhos faiscando ao ver um garfo
reluzindo na escuridão. — Linguado, você já viu alguma coisa tão bonita em
toda a sua vida?
— O que é isso? — perguntou Linguado.
— Ah, eu não sei — respondeu Ariel —, mas o Sabidão vai saber.
Ela disparou ao redor do navio recolhendo objeto atrás de objeto e então
subiu à superfície, com Linguado sempre em seu encalço.
Empoleirada em uma pedra, cantarolando canções de marinheiros e olhando
pelo lado errado de um telescópio, estava uma velha gaivota.
— Sabidão! — chamou Ariel, mostrando seus tesouros —, veja o que
achamos! — Coisas de humanos, não é? — falou Sabidão. — Ah, eu
também quero ver.
Ele revirou os achados de Ariel e pegou o garfo.
— Isto é especial, é uma coisa muito rara. É uma “brunguzumba”. Os
humanos usam esta maravilha para endireitar o cabelo.
— Uma “brunguzumba”! — disse Ariel, segurando o garfo, encantada.
— E esse outro aí? — perguntou Linguado, apontando para um cachimbo.
— Isso fazia anos que eu não via! É um belo e um raro “ximbaco”…
Inventaram este “ximbaco” para fazer belas músicas.
Ao ouvir a palavra músicas, a expressão de Ariel se transformou.
— Ai, o coral! — exclamou. — Ai, meu Deus! Meu pai vai ficar furioso!
— O coral era hoje? — perguntou Linguado.
— Eu tenho que ir! — gemeu Ariel, pegando seus tesouros. — Obrigada,
Sabidão!
— Disponha sempre! — respondeu Sabidão, mas Ariel e Linguado já tinham
desaparecido sob as ondas. O que não perceberam foi que Úrsula, a Bruxa
do Mar, os observava.
De volta ao palácio, o Rei Tritão encarou a filha, desapontado.
— Ah, eu já não sei o que fazer com você, garota.
— Papai, desculpe — falou Ariel. — Eu esqueci.
— Como resultado da sua… — continuou o pai.
— ... negligência e completo desinteresse! — completou Sebastião.
— Toda nossa linda festa foi…
— Foi arruinada! — interrompeu Sebastião.
— Mas não foi culpa dela! — protestou Linguado. — A gaivota apareceu, e
conversa vem, conversa vai…
— Gaivota? — falou o Rei Tritão, levantando a voz. — Vocês foram para a
superfície outra vez, não foram?
— Não houve nada — protestou Ariel, olhando feio para Linguado.
— Você poderia ser vista por um daqueles bárbaros! — disse seu pai. — Por
um daqueles… humanos. Enquanto viver nos meus mares, obedecerá minhas
ordens! E nunca mais eu quero saber que você foi à superfície! Está bem
claro? Os olhos de Ariel se encheram de lágrimas. Ela olhou para o pai uma
última vez… e saiu nadando.
O Rei Tritão a observou partir.
— Ariel tem que ser vigiada sempre — disse ele, suspirando. — E alguém
tem que cuidar disso para mantê-la longe de encrencas.
— Todo o tempo — concordou Sebastião.
— Você — disse o Rei Tritão — é o mais indicado para fazer isso.
— Eu devia escrever sinfonias — reclamou Sebastião para si mesmo
enquanto ia atrás de Ariel —, e não andar por aí escoltando uma garota
maluca.
Ele olhou para cima e viu Ariel e Linguado sumirem atrás de uma pedra.
Sebastião apressou-se atrás deles e se deparou em uma caverna repleta de
objetos do mundo da superfície.
— Ariel! — falou Sebastião. — O que é isso?
A sereia se virou e tomou um susto quando o viu.
— É a… é só a minha coleção.
— Se seu pai souber disto aqui! — gritou Sebastião.
— Você não vai contar a ele, vai? — perguntou Linguado.
— Por favor, Sebastião — implorou Ariel —, ele jamais compreenderia.
— Venha comigo — falou Sebastião. — Eu levo você para casa e lhe dou
algo quente para tomar.
Mas Ariel avistou um barco passando pela superfície e já nadava em direção
a ele.
Com a cabeça para fora da água, Ariel contemplou, encantada, os fogos de
artifício disparados do barco, iluminando o céu com um caleidoscópio de
cores.
Nadou para mais perto, por mais que Sebastião a chamasse de volta.
Agarrou-se ao navio e ergueu-se até o convés para dar uma espiada e viu
marinheiros dançando. Um cachorro bem peludo, latindo no ritmo da
música, veio em sua direção.
— Max, aqui, Max! — chamou um homem, e o Príncipe Eric desfilou pelo
convés. — Eu nunca vi um humano tão perto assim — Ariel disse para
Sabidão, que tinha acabado de chegar. Completamente fascinada,
acrescentou: — Ele é muito bonito, não é?
Mas, de repente, trovões começaram a iluminar o céu, e nuvens de
tempestade se formaram. As águas do mar ficaram agitadas e violentas.
— Um furacão se aproxima! — gritou um marinheiro do cesto da gávea. —
Firmes em frente!
As ondas estavam cada vez maiores, quebrando sobre o convés e
desequilibrando o capitão do timão. Um raio acertou o navio e chamas
começaram a consumir o mastro.
Um atrás do outro, os marinheiros foram pulando na água para escapar do
navio em chamas, mas o Príncipe Eric se lançou em meio ao fogo para
salvar seu cão, que estava preso no incêndio. Eric conseguiu resgatar Max,
mas uma tábua do convés quebrou sob seu pé, que afundou e ficou preso.
Enquanto o navio em chamas naufragava, engolido pelas ondas, Ariel
procurava desesperadamente por Eric. Por fim o encontrou debruçado em
um pedaço de madeira, de olhos fechados. Ela o envolveu com seu braço e
nadou até a costa.
O príncipe estava tão imóvel que Ariel achou que ele estivesse morto. Mas
então viu o peito se movendo.
— Está respirando! — exclamou. — Ele é tão bonito… À medida que o sol
começava a nascer, ela entoou uma canção que expressava seu desejo de ser
parte daquele mundo. Eric finalmente abriu os olhos e viu Ariel. O rosto dela
estava parcialmente iluminado pelo sol, mas ele podia ouvir a linda voz
preenchendo tudo ao seu redor.
Então ouviram o latido de Max e, em seguida, Grimsby, o mordomo,
chamando Eric. Ariel disparou de volta para a água.
— Uma garota… me salvou — Eric contou para Grimsby. — E... ela estava
cantando. E tinha uma belíssima voz.
— Ah, Eric, eu acho que você engoliu água salgada demais — disse
Grimsby, pegando-o pelo braço. — Vamos embora. Escondida atrás de uma
pedra, Ariel os observou indo embora. Sebastião e Linguado já estavam com
ela.
— É melhor esquecer que tudo isso aconteceu — falou Sebastião. — O Rei
dos Mares jamais saberá.
Mas Ariel, olhando para Eric, sonhava acordada. Tinha certeza de que um
dia seria parte do mundo dele. Úrsula, a Bruxa do Mar, que assistia a tudo,
deu-se conta de que tinha um plano... um plano assustador.
Durante dias, Ariel não conseguia parar de cantar. Cantarolava, sonhadora,
flutuando pelo palácio.
— É, ela vai mal — comentou uma de suas irmãs.
— Mal? — perguntou o pai. — E por quê?
— Não está na cara, papai? Ela está amando.
— Ariel? Está amando? — questionou o pai. Um pouco depois, teve outro
pensamento e deu risada. — Quem será o felizardo ser do mar?
Para descobrir, chamou Sebastião à sala do trono.
— Estou preocupado com Ariel — começou ele. — Você notou que ela anda
diferente ultimamente?
— Ah, é… Diferente? — gaguejou Sebastião.
O rei pediu que ele se aproximasse.
— Sebastião, eu sei que você esconde alguma coisa de mim.
— Eu tentei impedi-la, senhor! — choramingou ele, agarrando-se à barba do
rei. — Mas ela não me ouviu. Eu disse para ela se afastar dos humanos…
— Humanos? Que humanos? — vociferou o Rei Tritão.
Ele exigiu que Sebastião contasse a história toda, e depois chegou
esbravejando à caverna secreta de Ariel.
— É verdade que você salvou um humano de se afogar?
— perguntou o Rei Tritão.
— Papai, eu tinha que… — começou Ariel.
— O contato de seres humanos com seres do mar é estritamente proibido —
interrompeu seu pai. — Ariel, você sabe disso!
— Ele iria morrer! — ela protestou.
— Um humano a menos para nos preocupar — respondeu seu pai.
— Papai, eu o amo! — Ariel deixou escapar.
— Não! — falou o Rei Tritão, espantado. — Sinto muito, Ariel, mas vou
acabar com isso! E, se este for o único jeito, que assim seja. — O rei, então,
iluminou seu tridente com fogo e começou a destruir todos os objetos da
caverna.
— Papai, pare com isso! — implorou Ariel. Mas ele não a ouviu.
Ariel jogou-se sobre uma pedra e começou a chorar. O Rei Tritão olhou com
tristeza para a filha e depois foi embora.
Após a partida do rei, duas enguias com dentes afiados e sorrisos maldosos
chamadas Pedro e Juca apareceram das sombras.
— Pobrezinha. Coitadinha dela — falaram em coro.
Por um momento, Ariel parou de chorar.
— Quem são vocês? — perguntou a sereia.
Fim
A arte em A Pequena Sereia, da Disney
A produção de A Pequena Sereia começou logo após a primeira animação
da Walt Disney, Branca de Neve e os Sete Anões, no final dos anos 1930,
mas foi postergada por vários motivos. Somente cinquenta anos depois que
o interesse no projeto ressurgiu. Por acaso, a história e a arte visual
originais de 1939 e 1940, criadas pelo artista Kay Nielsen, foram
encontradas. Os evocativos tons pastel de Nielsen inspiraram vários
elementos de A Pequena Sereia, especialmente na sequência dramática da
tempestade no filme. Ao lado do trabalho de Nielsen, a arte de outros
artistas dos estúdios Disney também marca presença neste livro. Eis aqui
um pouco sobre cada um deles.
Glen Keane
Glen Keane, um dos principais animadores de protagonistas da Disney,
juntou-se ao Walt Disney Studios em 1974 e trabalhou para a empresa por
mais de 35 anos. Durante seu tempo no estúdio, Keane especializou-se em
animação de personagens principais e trabalhou na criação de vários heróis
amados pelo público, entre eles Elliott, de Meu Amigo, o Dragão; Fera, de
A Bela e a Fera; Aladdin, Pocahontas e Tarzan desses respectivos filmes.
Em A Pequena Sereia, Keane, dividindo as tarefas com o colega Mark
Henn, supervisionou a animação de Ariel, cujo visual foi, em parte, baseado
em sua esposa.
Arte conceitual nas páginas 5, 23, 34 e 44.
Andy Gaskill
Aos 21 anos, Andy Gaskill juntou-se ao Walt Disney Studios, recém-saído
da escola de arte, na qual tinha participado do primeiro programa de
treinamento de animação, supervisionado pelo veterano da Disney, Eric
Larson. Gaskill trabalhou primeiro como animador em Ursinho Pooh e o
Tigre Saltador, Bernardo e Bianca e O Cão e a Raposa, antes de trabalhar
como ilustrador de esboço de história em Tron, artista de desenvolvimento
visual em A Pequena Sereia e diretor de arte em O Rei Leão, Hércules e O
Planeta do Tesouro. Gaskill também trabalhou para a Walt Disney
Imagineering criando designs para atrações nos parques e resorts da Walt
Disney.
Esboço de história nas páginas 18 e 30.
Ed Gombert
Ed Gombert juntou-se ao Walt Disney Studios em 1975 e trabalhou como
animador em vários filmes, entre eles, O Cão e a Raposa e Um Conto de
Natal do Mickey. Depois de trabalhar com roteiro em Um Conto de Nataldo
Mickey, tanto o estúdio quanto Gombert perceberam que seu talento seria
mais bem aproveitado com storyboards, e ele trabalhou no desenvolvimento
de alguns dos maiores sucessos da Disney. Gombert trabalhou como artista
de storyboard ou supervisor de roteiro em filmes como A Pequena Sereia,
Aladdin, O Rei Leão, Pocahontas e Lilo & Stitch.
Arte conceitual na página 33.
Rowland Wilson
Rowland Wilson, nascido no Texas, passou a infância desenhando
personagens da Disney. Depois de se formar em Belas-Artes, criou
propagandas animadas e tirinhas para revistas. Wilson juntou-se ao Walt
Disney Studios em 1980, trabalhando na pré-produção do design de A
Pequena Sereia, O Corcunda de Notre Dame, Hércules, Tarzan, Atlantis —
O Reino Perdido e O Planeta do Tesouro, para os quais fez aquarelas épicas
usadas para conceber o visual dos filmes, muitas das quais foram utilizadas
como pintura de fundo em algumas das cenas mais icônicas.
Arte conceitual na página 69.
Doug Krohn
Doug Krohn trabalhou como animador no Walt Disney Studios de 1979 até
2002, participando de vários filmes, entre eles, Um Conto de Natal do
Mickey, A Pequena Sereia, A Bela e a Fera, Hércules, Tarzan e O Planeta
do Tesouro. Krohn se especializou em animação de personagens e, durante
sua carreira na Disney, ajudou a animar personagens marcantes como Bela
(A Bela e a Fera), Jasmine (Aladdin), Jane (Tarzan), Milo (Atlantis — O
Reino Perdido) e Jim Hawkins (O Planeta do Tesouro), bem como
Pocahontas e Hércules.
Desenho de animação na página 72.
Glossário de Termos
Arte conceitual: Desenhos, pinturas ou esboços preparados nas fases
iniciais do desenvolvimento de um filme. A arte conceitual costuma ser
usada para inspirar a encenação, o humor e a atmosfera das cenas.
Célula: Uma folha de celuloide transparente na qual desenhos de animação
são traçados com tinta e pintados com cores. Para criar um quadro
finalizado de uma cena, a célula é fotografada contra a pintura de fundo,
que aparece através das áreas não pintadas.
Desenho de animação: Ilustração criada para a animação final, pronta para
ser transferida para a célula.
Esboço de história: Mostra a ação que acontece em uma cena, além de
apresentar a emoção do momento da história. Os esboços de histórias
ajudam a visualizar o filme antes que recursos caros sejam comprometidos
com sua produção.
Pintura de fundo: Estabelece a cor, o estilo e o clima de uma cena. É
combinada em sobreposição à célula para se obter uma cena finalizada. Os
cenários também podem incluir as páginas utilizadas na animação do livro
que inicia e finaliza o filme.
Sobreposição de células: Combinação de uma ou mais células e uma
pintura de fundo, formando um quadro da cena finalizada.
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