Guia Do Diaconato 2023
Guia Do Diaconato 2023
Guia Do Diaconato 2023
4a edição
ISBN 978-85-345-3088-0
1. Adventistas do Sétimo Dia – Doutrinas
2. Diaconato – Adventistas do Sétimo Dia
3. Diáconos 4. Oficiais de Igreja 5. Divisão
Sul-Americana I. Sul-Americana, Divisão.
23-141865 CDD-262.146732
Índices para catálogo sistemático:
1. Diáconos : Igreja Adventista do Sétimo Dia :
Cristianismo : Guia 262.146732
Os textos bíblicos citados neste livro foram extraídos da versão Nova Almeida
Atualizada, salvo outra indicação.
Nos casos de novas edições dos livros de Ellen G. White com dupla paginação, as
notas bibliográficas indicam a paginação atual, seguida pela original entre colchetes.
PREFÁCIO ................................................................................................................................................................................................................................ 10
CAPÍTULO 1
A IGREJA À QUAL SERVIMOS .................................................................................................................................................12
A igreja do Deus vivo ................................................................................................................................................................................12
Nenhum muro de separação .............................................................................................................................................12
Objeto do supremo cuidado de Cristo .............................................................................................................12
Organização e autoridade ...............................................................................................................................................................13
Base bíblica para a organização .................................................................................................................................13
Importância da organização ............................................................................................................................................. 14
Propósitos da organização .....................................................................................................................................................15
Modelo do Novo Testamento ............................................................................................................................................15
A organização da igreja hoje .............................................................................................................................................15
Esboço da organização denominacional .................................................................................................... 16
CAPÍTULO 2
ORIGEM DO DIACONATO ........................................................................................................................................................... 17
Os sete diáconos ................................................................................................................................................................................................ 17
O desafio de uma igreja em crescimento...................................................................................................... 17
Organização de um serviço eficiente .................................................................................................................. 18
Resultado da liderança compartilhada ....................................................................................................... 19
Um modelo de organização eclesiástica .................................................................................................... 20
Divisão de responsabilidades nos tempos de Moisés ........................................................... 21
Conselhos aos líderes ........................................................................................................................................................................22
Princípios para uma liderança consagrada .........................................................................................22
III
IV Guia do Diaconato
CAPÍTULO 3
CARGO, ELEIÇÃO E ORDENAÇÃO .............................................................................................................................25
Significado do cargo ...................................................................................................................................................................................25
Diáconos ...................................................................................................................................................................................................................26
Diaconisas .............................................................................................................................................................................................................27
A eleição .............................................................................................................................................................................................................................27
Deve ser eleito(a) pela igreja ................................................................................................................................................28
Deve ser membro da igreja local ................................................................................................................................28
Período do mandato ..........................................................................................................................................................................28
A igreja deve incluir jovens no diaconato ..................................................................................................28
Ordenação pela imposição de mãos ...........................................................................................................................29
CAPÍTULO 4
QUALIFICAÇÕES PARA EXERCER O DIACONATO ............................................................30
Qualificações ........................................................................................................................................................................................................... 30
CAPÍTULO 5
PROMOVENDO A UNIDADE DA IGREJA ....................................................................................................34
Atitudes que promovem reconciliação e unidade ..........................................................................35
CAPÍTULO 6
ORGANIZANDO O TRABALHO .....................................................................................................................................37
A equipe: diáconos, diaconisas, anciãos e pastor .............................................................................37
Comissão de diáconos e comissão de diaconisas .............................................................................38
As reuniões ...........................................................................................................................................................................................................38
Itens para a reunião ...........................................................................................................................................................................39
Relatório das atividades ........................................................................................................................................................................39
CAPÍTULO 7
OS CULTOS E AS REUNIÕES DA IGREJA .......................................................................................................41
Preparativos .................................................................................................................................................................................................................41
Sumário V
CAPÍTULO 8
OS POBRES E NECESSITADOS ...............................................................................................................................................45
Um dever evangélico .................................................................................................................................................................................45
Plano de ação ........................................................................................................................................................................................................... 46
Equipes para atender a necessidades específicas ............................................................................. 46
Relatórios ..........................................................................................................................................................................................................................48
CAPÍTULO 9
VISITAÇÃO .........................................................................................................................................................................................................................49
Visita a membros da igreja .............................................................................................................................................................50
Propósitos ...............................................................................................................................................................................................................50
O que fazer durante a visita ................................................................................................................................................50
Conselhos úteis ............................................................................................................................................................................................. 51
Textos bíblicos apropriados ................................................................................................................................................. 51
Visita aos novos conversos ............................................................................................................................................................. 51
Propósitos ............................................................................................................................................................................................................... 51
O que fazer durante a visita ................................................................................................................................................ 51
Conselhos úteis ............................................................................................................................................................................................. 51
Textos bíblicos apropriados ................................................................................................................................................. 52
Visita aos fracos na fé ............................................................................................................................................................................... 52
Propósito ................................................................................................................................................................................................................... 52
O que fazer durante a visita ................................................................................................................................................ 52
Conselhos úteis ............................................................................................................................................................................................. 52
Textos bíblicos apropriados ................................................................................................................................................. 52
Visita aos idosos ..................................................................................................................................................................................................53
Propósitos ...............................................................................................................................................................................................................53
O que fazer durante a visita ................................................................................................................................................53
Conselhos úteis .............................................................................................................................................................................................53
Textos bíblicos apropriados .................................................................................................................................................53
VI Guia do Diaconato
CAPÍTULO 10
CERIMÔNIA BATISMAL .....................................................................................................................................................................57
Orientações gerais ..........................................................................................................................................................................................57
Tarefas dos diáconos ..................................................................................................................................................................................57
Tarefas das diaconisas .............................................................................................................................................................................58
Itens importantes .............................................................................................................................................................................................58
Cartão de orientação .......................................................................................................................................................................58
Transmitir confiança e tranquilidade ............................................................................................................. 59
A entrada no tanque ........................................................................................................................................................................ 59
Pessoas com dificuldades ......................................................................................................................................................... 59
O apelo ........................................................................................................................................................................................................................60
Roupões ......................................................................................................................................................................................................................60
Vestiários .................................................................................................................................................................................................................60
Em clima frio ...................................................................................................................................................................................................60
Prevenção de acidentes ................................................................................................................................................................ 61
CAPÍTULO 11
CERIMÔNIA DA COMUNHÃO .......................................................................................................................................... 62
Significado e realização do rito .............................................................................................................................................62
Santidade do rito .....................................................................................................................................................................................62
Sumário VII
CAPÍTULO 12
OUTRAS RESPONSABILIDADES ......................................................................................................................................73
Cuidar dos interesses financeiros e dos negócios da igreja ...........................................73
Cuidar da propriedade da igreja ..........................................................................................................................................73
Limitação ao ministério dos diáconos ................................................................................................................... 74
Não podem presidir ............................................................................................................................................................................ 74
VIII Guia do Diaconato
CAPÍTULO 13
APOIO AO MINISTÉRIO DA RECEPÇÃO....................................................................................................... 75
Ministério da Recepção ....................................................................................................................................................................... 75
Uma igreja mais receptiva ............................................................................................................................................................... 75
Equipe de recepção ...................................................................................................................................................................................... 76
Responsabilidades ...........................................................................................................................................................................................77
Recepcionista ...................................................................................................................................................................................................77
Recepcionista acompanhante ..........................................................................................................................................77
Secretária ................................................................................................................................................................................................................77
Recepcionista de contato ...........................................................................................................................................................77
Grupos de apoio .........................................................................................................................................................................................78
Ministério Pessoal ..................................................................................................................................................................................78
O grupo de trabalho ...................................................................................................................................................................................78
Perfil do grupo ...............................................................................................................................................................................................78
Preparo espiritual ...................................................................................................................................................................................79
Grupo de apoio ............................................................................................................................................................................................79
Escala .............................................................................................................................................................................................................................79
Reuniões ....................................................................................................................................................................................................................79
Responsabilidades e atividades .............................................................................................................................................79
Vestuário .................................................................................................................................................................................................................79
Chegar com antecedência .......................................................................................................................................................79
Verificar o material necessário .................................................................................................................................... 80
Conhecimento dos membros da igreja ........................................................................................................... 80
Conhecimento da programação ................................................................................................................................ 80
Conhecimento da área física da igreja .......................................................................................................... 80
Conhecimento dos líderes da igreja ..................................................................................................................... 80
Tratar bem e ser criativo ........................................................................................................................................................... 81
Atendimento adequado .............................................................................................................................................................. 81
Não fazer acepção de pessoas .......................................................................................................................................... 81
Liberdade de escolha ........................................................................................................................................................................ 81
Informações coletivas ....................................................................................................................................................................... 81
Empréstimo de Bíblia e hinário ................................................................................................................................... 81
Estar atento e disponível ............................................................................................................................................................ 81
Ser discreto ...........................................................................................................................................................................................................82
Ética cristã ............................................................................................................................................................................................................82
Despedir os visitantes .......................................................................................................................................................................82
Sumário IX
CAPÍTULO 14
O MAIOR PRIVILÉGIO .............................................................................................................................................................................85
Pregar e ensinar a verdade ..............................................................................................................................................................85
Instruir na verdade ..............................................................................................................................................................................85
Nutrição espiritual aos fracos na fé .....................................................................................................................85
Promover a fidelidade nos dízimos e nas ofertas .............................................................................. 86
CONCLUSÃO ...................................................................................................................................................................................................................87
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................................................................................ 88
Prefácio
A IGREJA E O
DIACONATO
v
Capítulo 1
ORGANIZAÇÃO E AUTORIDADE
Capítulo 3 do Manual da Igreja
A organização da igreja se baseia em princípios divinos. “Nunca permitam
que as ideias de alguém perturbem sua fé com relação à ordem e harmonia que
deve existir na igreja. […] O Deus do Céu é um Deus de ordem e exige que to-
dos os Seus seguidores tenham regras e regulamentos para preservá-la” (Teste-
munhos Para a Igreja, v. 5, p. 231 [274]).
cada um deles no corpo, como Ele quis” (1Co 12:18). “Porque assim como num só
corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma fun-
ção, assim também nós, embora sejamos muitos, somos um só corpo em Cristo
e membros uns dos outros” (Rm 12:4, 5).
“Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. […] Porque, assim como
o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo mui-
tos, constituem um só corpo, assim também é com respeito a Cristo. […] Ora,
vocês são o corpo de Cristo e, individualmente, membros desse corpo. A uns
Deus estabeleceu na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, pro-
fetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, os que
têm dons de curar, ou de ajudar, ou de administrar, ou de falar em variedade de
línguas” (1Co 12:4, 12, 27, 28).
Importância da Organização
Assim como não pode haver um corpo humano vivo e ativo a menos que
seus membros estejam organicamente unidos e funcionando juntos, igualmen-
te não haverá uma igreja viva, que cresça e prospere, a menos que seus membros
estejam unidos em um corpo espiritual coeso, todos desempenhando seus de-
veres e funções outorgados por Deus, sob a direção de uma autoridade divina-
mente constituída. Sem organização, nenhuma instituição ou movimento pode
prosperar. Uma nação sem um governo organizado seria um caos. Uma entida-
de empresarial sem organização fracassaria. Uma igreja sem organização se de-
sintegraria e pereceria.
Para um desenvolvimento saudável e para o cumprimento de sua tarefa de
levar o evangelho de salvação a todo o mundo, Cristo deu à igreja um sistema
de organização simples, mas eficaz. O êxito em seus esforços para a realização
dessa missão depende de leal adesão a este plano divino.
“Alguns têm apresentado o pensamento de que ao nos aproximarmos do fim
do tempo, todo filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização
religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há coisa que se as-
semelhe a cada homem ser independente” (Testemunhos Para Ministros, p. 489).
“Oh, como se regozijaria Satanás, se pudesse ter êxito em seus esforços de se
insinuar entre este povo e desorganizar o trabalho, num tempo em que é essen-
cial uma completa organização, e será este o maior poder para manter afastados
os movimentos falsos e para refutar declarações não endossadas pela Palavra de
Deus! Temos que conservar uniformemente as nossas fileiras, para que não haja
A Igreja à Qual Servimos 15
quebra no sistema de método e ordem que foi construído por um trabalho sá-
bio e cuidadoso. Não se deve dar permissão a indivíduos desordenados que de-
sejam dominar a obra neste tempo” (ibid., p. 489).
Propósitos da Organização
“Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que, sem alguma forma
de organização, haveria grande confusão, e a obra não seria levada avante com
êxito. A organização era indispensável para prover a manutenção dos pastores,
para levar a obra a novos campos, para proteger dos membros indignos tanto
as igrejas como os pastores, para a conservação das propriedades da igreja, para
a publicação da verdade pela imprensa e para muitos outros fins” (Testemunhos
Para Ministros, p. 26).
Origem do Diaconato
OS SETE DIÁCONOS
preconceitos, todos estavam em harmonia uns com os outros. Satanás sabia que,
enquanto essa união continuasse a existir, ele não teria poder para impedir o
progresso da verdade do evangelho; por isso, procurou tirar vantagem de anti-
gos hábitos e maneiras de pensar, na esperança de que, dessa forma, pudesse in-
troduzir na igreja elementos de desunião.
Foi assim que, quando o número dos discípulos aumentou, o inimigo conse
guiu despertar as suspeitas de alguns que, no passado, costumavam ter ciúme de
irmãos na fé e descobrir defeitos em seus guias espirituais; com isso, “os judeus
de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica” (At 6:1, NVI).
A causa da queixa foi a negligência que se alegava na distribuição diária de
auxílio às viúvas gregas. Qualquer desigualdade seria contrária ao espírito do
evangelho; contudo, Satanás conseguira despertar a suspeita. Medidas imediatas
deveriam ser tomadas para remover todo motivo de descontentamento e evitar
que o inimigo triunfasse em seus esforços de disseminar divisão entre os crentes.
à oração e ao ministério da palavra” (At 6:3, 4). Esse conselho foi seguido e, por
meio de oração e imposição de mãos, sete homens escolhidos foram solenemen-
te separados para seus deveres como diáconos.
vinho, não violento, nem ganancioso. Pelo contrário, o bispo deve ser hospitalei-
ro, amigo do bem, sensato, justo, piedoso, deve ter domínio de si, ser apegado à
palavra fiel, que está de acordo com a doutrina, para que possa exortar pelo reto
ensino e convencer os que contradizem este ensino” (Tt 1:7-9).
A ordem que foi mantida na igreja cristã primitiva possibilitou que avanças-
sem firmemente como um exército bem disciplinado, vestido com a armadu-
ra de Deus. Embora espalhados em um grande território, os grupos de cristãos
eram todos membros de um só corpo; todos se moviam com ordem e em har-
monia uns com os outros.
Quando surgia dissensão em uma igreja local, como mais tarde aconteceu
em Antioquia e outros lugares, e não conseguiam chegar a um acordo, não se
permitia que os assuntos discutidos criassem divisão na igreja. Eram encami-
nhados a um concílio geral de todos os crentes, constituído de representantes
designados pelas várias igrejas locais, com os apóstolos e anciãos nos cargos de
maior responsabilidade. Assim, os esforços e planos de Satanás para atacar, es-
facelar e destruir a igreja nos lugares mais distantes foram contidos pela atua-
ção adequada de todos.
“Deus não é Deus de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos
santos” (1Co 14:33). Ele requer que o método e a ordem sejam observados na
administração dos negócios da igreja hoje, como foram no passado. Deseja que
Sua obra seja levada avante com eficácia e precisão, de modo que possa colocar
sobre ela o selo de Sua aprovação. Cristão deve se unir com cristão, e igreja com
igreja, cooperando o instrumento humano com o divino, estando cada agente
subordinado ao Espírito Santo, e tudo harmonizado para dar ao mundo as boas-
novas da graça de Deus.
v
SEGUNDA SEÇÃO
O CARGO E
AS PESSOAS QUE
O OCUPAM
v
Capítulo 3
SIGNIFICADO DO CARGO
Outro fato importante é que o escritor bíblico não utiliza o título eclesiásti-
co de diácono (grego: diakonos) para designar os sete homens escolhidos para
servir aos necessitados. Contudo, temos razões para crer que eles foram, de fato,
aos primeiros “diáconos” da igreja cristã. Primeiro, porque a atividade para a qual
foram eleitos e separados é identificada com termos que provêm da mesma raiz:
Verso 1: “distribuição diária” (distribuição = diakonia).
Verso 2: “servir às mesas” (servir = diakoneo).
Em segundo lugar, cremos que eles foram “diáconos” porque o Espírito de
Profecia assim se refere a eles:
“Por meio de oração e imposição de mãos, sete homens escolhidos foram solene-
mente separados para seus deveres como diáconos” (Atos dos Apóstolos, p. 57 [89]).
“Esse crescimento notável era o resultado tanto da maior liberdade assegu-
rada aos apóstolos quanto do zelo e poder mostrados pelos sete diáconos” (ibid.,
p. 57 [90]).
“Estêvão, o principal dos sete diáconos, era um homem de profunda consa-
gração e grande fé” (ibid., p. 62 [97]).
À semelhança da igreja apostólica, o primeiro ofício a ser designado no mo-
vimento adventista sabatista foi o diaconato. Em 1851, uma “comissão de sete”
foi apontada na cidade de Washington, New Hampshire, para “atender às neces-
sidades dos pobres” (“Our tour east”, Review and Herald, 25/11/1851). A partir
dessa iniciativa, outros núcleos de adventistas observadores do sábado passaram
a ordenar diáconos, que deveriam ser os responsáveis por cuidar da obra de be-
neficência, dos recursos materiais e, também, por contribuir para que os mem-
bros locais fossem envolvidos na missão.
Diáconos
O trabalho dos diáconos na igreja apostólica é visto como uma das mais no-
bres e importantes tarefas que um membro da igreja pode desempenhar.
“Os homens que vieram a ser conhecidos como os sete diáconos da igreja
apostólica foram escolhidos e ordenados para atender aos negócios da igreja (ver
At 6:1-8). Suas qualificações, ligeiramente menos exigentes que as dos anciãos,
estão relacionadas em 1 Timóteo 3:8-13” (Manual da Igreja, p. 85).
“O fato de estes terem sido ordenados para a obra especial de cuidar das ne-
cessidades dos pobres não os excluía do dever de ensinar a fé. Ao contrário, fo-
ram amplamente qualificados para instruir outros na verdade e se empenharam
na obra com grande fervor e sucesso” (Atos dos Apóstolos, p. 57 [90]).
Cargo, Eleição e Ordenação 27
Diaconisas
As diaconisas eram incluídas no quadro de oficiais das primeiras igrejas. “Re-
comendo-lhes a nossa irmã Febe, que está servindo na igreja de Cencreia, para
que vocês a recebam no Senhor como convém aos santos e a ajudem em tudo
o que de vocês vier a precisar; porque ela tem sido protetora de muitos, inclusi-
ve de mim” (Rm 16:1, 2).
A presença de mulheres atuando na igreja no serviço às pessoas necessita-
das era uma realidade na igreja apostólica. Exemplos desse fato são Evódia e Sín-
tique (Fp 4:2, 3).
A ELEIÇÃO
Período do Mandato
“O mandato para os oficiais da igreja e suas organizações auxiliares será de
um ano, exceto onde a igreja, em reunião administrativa, votar ter eleições a cada
dois anos a fim de facilitar a continuação e o desenvolvimento dos dons espiritu-
ais e eliminar o trabalho envolvido nas eleições anuais” (Manual da Igreja, p. 79).
Diáconos e diaconisas recém-eleitos não podem cumprir seu ofício até que
tenham sido ordenados por um pastor ordenado com credencial vigente da
Associação.
O sagrado rito da ordenação deve ser caracterizado pela simplicidade e reali-
zado na presença da igreja. O pastor fará uma resumida exposição do ofício bíbli-
co dos diáconos e das diaconisas, das qualidades requeridas para o serviço e das
principais atribuições que eles estarão autorizados a desempenhar. Após uma
curta exortação à fidelidade no serviço, o pastor, auxiliado por um ancião (onde
for apropriado) ordenará os diáconos e as diaconisas pela oração e imposição
de mãos. Aconselha-se que a ordenação de ambos ocorra na mesma cerimônia.
Se diáconos e diaconisas se mantêm como membros da igreja, não devem
ser ordenados novamente se forem transferidos para outras igrejas. Quando ex-
pirar o período para o qual foram eleitos, devem ser reeleitos, se a igreja desejar
que continuem servindo nesse ofício.
“Anciãos posteriormente eleitos diáconos não necessitam ser ordenados,
porque a ordenação ao ancionato abrange esse ofício” (Manual da Igreja, p. 86).
Capítulo 4
QUALIFICAÇÕES
1. boa reputação;
2. cheios do Espírito Santo;
3. cheios de sabedoria.
Pessoa de boa reputação (At 6:3) – bom conceito entre os da igreja e os de fora.
Cheio do Espírito Santo (At 6:3) – grandeza de caráter, perspectiva espiritual
e dedicação pessoal.
Pleno de sabedoria (At 6:3) – capacidade de discernir o certo do errado e de
manter suas convicções.
Cheio de fé (At 6:5) – assim como Estêvão, a fé do diácono requer que ele ar-
risque a si mesmo bem como suas posses.
Digno (1Tm 3:8) – ter o propósito cristão, que demonstra grande reverência
pelas questões espirituais e cuja palavra é respeitada.
Pessoa de palavra (1Tm 3:8) – confiável e honesto no relacionamento com
todas as pessoas, quer pública ou particularmente.
Não dado a muito vinho (1Tm 3:8) – viver de maneira temperante, ser mor-
domo da boa influência, fazendo tudo para a glória de Deus. [Uma interpreta-
ção cuidadosa dessa passagem deixa claro que não se trata de uma autorização
para o consumo de bebidas alcoólicas.]
Não ganancioso pelo lucro desonesto (1Tm 3:8) – ter a atitude correta para
com as posses materiais, nunca explorando outra pessoa para obter lucro pessoal.
Ser guardião da fé (1Tm 3:9) – fortalecer o companheirismo na igreja e pos-
suir integridade espiritual acima de reprovação.
Experiente e provado (1Tm 3:10) – demonstrar seu compromisso para mi-
nistrar, ao ser eleito para servir no diaconato.
Irrepreensível (1Tm 3:10) – uma pessoa irrepreensível, contra quem não há
suspeitas, pode ter sucesso em sua responsabilidade.
Vida familiar cristã (1Tm 3:11, 12) – alguém cuja família é bem cuidada,
cujo relacionamento familiar é saudável e próspero. O cônjuge e os filhos con-
cordam com sua nomeação.
32 Guia do Diaconato
Espírito. Aqueles que agem em conformidade com seus fortes traços de caráter,
recusando aliar-se a outros com mais experiência na obra de Deus, ficam cegos
pela confiança própria, incapazes de discernir entre o falso e o verdadeiro. Não
é seguro escolher essas pessoas como líderes de igreja, pois seguirão seu discer-
nimento e seus próprios planos, sem considerar o discernimento de seus irmãos.
É fácil para o inimigo agir por intermédio dos que, necessitando eles próprios de
conselho a cada passo, encarregam-se por suas próprias forças do cuidado das al-
mas, sem ter aprendido a mansidão de Cristo” (Atos dos Apóstolos, p. 177 [279]).
Capítulo 5
tornando-se modelos para ele (1Pe 5:2, 3); e os diáconos precisavam ser ‘homens
de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria’ (At 6:3). Unidos, esses ho-
mens deveriam defender o que é certo com firmeza e determinação; assim te-
riam sobre os membros da igreja uma influência que promoveria a união” (Atos
dos Apóstolos, p. 58 [91]).
O DIACONATO
EM AÇÃO
v
Capítulo 6
Organizando o Trabalho
conhecimento abrangente. Não é plano de Deus que esses homens sejam cha-
mados para resolver questões de menor importância, que outros são bem qua-
lificados para administrar” (Atos dos Apóstolos, p. 59, 60 [93]).
Assim, pastor, anciãos, diáconos e diaconisas se completam mutuamente no
atendimento às necessidades da congregação. O pastor, como o líder principal, é
auxiliado pelos anciãos, pelos diáconos e pelas diaconisas. Juntos, eles poderão
desempenhar um ministério de sustento espiritual, evangelização e cuidado às
pessoas e famílias da igreja que nunca poderá ser realizado por outros meios.
É imprescindível, portanto, que trabalhem em estreita cooperação, definindo
funções, atribuições e responsabilidades. Quando essa cooperação é uma reali-
dade, a igreja é ricamente favorecida.
As Reuniões
As reuniões da Comissão de Diáconos e da Comissão de Diaconisas pode-
rão ser uma excelente oportunidade para avaliar e identificar as necessidades
dos membros e das famílias da igreja, a fim de que sejam atendidas. Poderá ser
também um momento adequado para a oração e o preparo para o trabalho.
Nas igrejas em que haja grande número de diáconos e diaconisas, pode ser
apropriado que as reuniões sejam mensais. Em igrejas menores, podem ocorrer
Organizando o Trabalho 39
a cada dois ou três meses, ou em outros períodos que possibilitem o bom anda-
mento das atividades.
Após cada reunião, é importante que uma ata com as informações solicita-
das pela secretaria da igreja seja entregue ao(à) secretário(a). Essas informações,
com as de outras áreas da congregação, são enviadas para as organizações su-
periores da Igreja.
40 Guia do Diaconato
1. __________________________________________________________________
2. __________________________________________________________________
3. __________________________________________________________________
4. __________________________________________________________________
Capítulo 7
PREPARATIVOS
REVERÊNCIA E ORDEM
após a oração, após os anúncios, etc., os diáconos permitem que as pessoas entrem
e se acomodem. Isso poderá ajudar a manter a ordem e a reverência no culto. É
claro que, se alguém chegar durante o sermão, não deverá ser impedido de entrar;
tampouco uma pessoa que desejar ou necessitar sair deve ser impedida de fazê-lo.
Em momentos oportunos, a igreja deverá ser orientada quanto aos procedi-
mentos que requeiram a colaboração de todos. Entretanto, nunca se esqueça: é
sempre mais prudente abrir exceção para alguém com dificuldade em colabo-
rar ou que não conheça os procedimentos costumeiros da igreja quanto à en-
trada e saída do que tentar obrigá-lo a agir de determinada maneira. Lembre-se
de que a paciência, a discrição, a cortesia e o tato devem caracterizar a postura
e o trabalho de cada diácono e diaconisa.
5. Há o perigo de que diáconos e diaconisas fiquem tão preocupados e em-
penhados em cuidar da reverência na igreja a ponto de eles mesmos incorrerem
em excessos de movimentação e conversas desnecessárias.
OFERTÓRIO
Em alguns lugares, após a coleta, as salvas são colocadas sobre uma mesa e
as diaconisas as cobrem com toalhas. Há igrejas em que não se usam toalhas
para cobrir as salvas; já em outras igrejas, as salvas com o dinheiro e os enve-
lopes são levados, de imediato, para uma sala onde é feita a contagem e emiti-
do um recibo. Algumas igrejas costumam envolver as diaconisas na coleta das
ofertas. Há situações em que as crianças, os juvenis e os desbravadores podem
ser incluídos nessa atividade. O importante é que “tudo […] seja feito com de-
cência e ordem” (1Co 14:40).
Seguindo a orientação do Manual da Igreja, após recolher os dízimos e as
ofertas, um diácono deve auxiliar o tesoureiro na contagem do dinheiro e soli-
citar um recibo com o valor exato da quantia recolhida.
“Todas as ofertas gerais que não foram entregues em envelopes devem ser
contadas pelo tesoureiro na presença de outro oficial, de preferência um diácono
ou uma diaconisa, a quem deve ser entregue um recibo” (Manual da Igreja, p. 93).
As igrejas devem ter rampas de acesso para cadeira de rodas, sala para as
mães com crianças de colo, berçário e fraldário. Entretanto, onde isso não for
possível, pelo menos os itens de segurança e acesso exigidos por lei devem exis-
tir. Contudo, isso não é suficiente. Diáconos e diaconisas devem estar atentos
para auxiliar pessoas com deficiências. É o caso de deficientes físicos, deficien-
tes visuais, idosos com dificuldade de locomoção, pessoas com crianças de colo,
mulheres grávidas, entre outras situações.
Especialmente as mães com bebês precisam de assistência. As diaconisas po-
derão fazer um excelente trabalho, auxiliando-as durante o culto. Essas mães ja-
mais devem ser repreendidas por causa do choro de seus bebês. Muito menos
devem ser obrigadas a entregar a criança para outra pessoa. Nesses momen-
tos, uma diaconisa pode auxiliar essa mãe com muita simpatia, carinho e tato.
As igrejas que possuem uma sala para as mães devem prover sonorização
para o melhor aproveitamento de toda a programação.
IMPREVISTOS
situação imprevista. Isso envolve auxiliar pessoas, ajudar o pregador com algum
equipamento e atender a emergências. O diácono e a diaconisa são “servidores”
e para isso precisam estar sempre atentos e dispostos a tomar iniciativas.
APÓS A SAÍDA
Os Pobres e Necessitados
UM DEVER EVANGÉLICO
PLANO DE AÇÃO
RELATÓRIOS
Situação de pessoas
Quem vai auxiliar Quando
a serem auxiliadas
1. Novos membros:
2. Beneficência (alimento,
crises, desemprego):
3. Interessados:
4. Faltosos / Inativos:
5. Grávidas:
6. Enfermos:
Capítulo 9
Visitação
Conselhos Úteis
• Combine a visita com antecedência.
• Não demore desnecessariamente. Em geral, uma visita espiritual não deve
ir além de 20 minutos.
• Antes de orar, pergunte se há algum pedido especial a ser feito.
• Evite que a conversa se dirija a assuntos periféricos ou improdutivos.
• Diante de alguma situação ou assunto complexo, aconselha-se que,
posteriormente, um ancião ou, se for o caso, o pastor faça uma visita a essa
família.
Conselhos Úteis
• Combine a visita com antecedência.
• Não demore demasiadamente. Uma visita espiritual deve ser breve. Sal-
vo exceções.
52 Guia do Diaconato
Conselhos Úteis
• Evite palavras de repreensão ou de condenação. “Ameaças religiosas” difi-
cilmente surtem efeitos positivos.
• Deixe com a pessoa alguma literatura apropriada.
• Não faça perguntas indiscretas. Por exemplo: “Você cometeu algum pe-
cado grave?”
• Se, voluntariamente, a pessoa expressar o motivo de sua apatia espiritual
(pecado, desânimo, decepção com Deus ou com a igreja, etc.), procure encon-
trar palavras e meios para ajudá-la de forma específica.
Conselhos Úteis
• Fale de forma clara e audível.
• Ressalte a importância da experiência e sabedoria dos idosos para a famí-
lia e para a sociedade.
• Se for cantar um hino, pergunte qual é o cântico preferido da pessoa.
• Pergunte se ela gostaria de receber outras visitas e, de acordo com o inte-
resse, envolva outras pessoas da igreja nesse tipo de visitação.
• Tente identificar alguma necessidade específica que deva ser suprida pela igreja.
• Além da recuperação da saúde, pergunte se há algum pedido especial de oração.
• Ore pela restauração da saúde do doente e por toda a sua família.
Conselhos Úteis
• Busque informação no hospital sobre os horários de visitação e assegure-
se de estar dentro do horário especificado.
• Verifique se o paciente tem alguma restrição quanto a receber visitas. Não
descumpra as orientações médicas nem as regras do hospital.
• Não permaneça mais do que alguns minutos. O paciente pode estar aguar-
dando ou desejando a visita de outras pessoas que poderão ser impedidas de en-
trar caso você permaneça no aposento.
• Você não é médico. Portanto, não receite nada ao paciente.
• Não faça perguntas detalhadas sobre a enfermidade nem sobre o tratamen-
to. Isso é assunto para os médicos. Permaneça no propósito espiritual da visita.
• Se houver outros pacientes no mesmo aposento, ofereça-se para orar com
eles também.
• Deixe alguma literatura religiosa e pergunte se eles têm interesse em rece-
ber visitas de outras pessoas da igreja.
Conselhos Úteis
• Volte a visitar o enlutado alguns dias após o sepultamento do ente que-
rido. Esse é o momento mais crítico, principalmente depois que cessou toda a
movimentação inicial.
• Ofereça-se para ajudar a família em algumas tarefas da casa.
• Deixe um telefone de contato e insista para que haja comunicação caso ne-
cessitem de apoio.
Propósitos
• Levar companheirismo cristão.
• Demonstrar atenção e interesse.
Conselhos Úteis
• Não dê a impressão de que viver sozinho seja algo anormal. Há pessoas que
estão sozinhas por causa de alguma circunstância especial e há aquelas que sim-
plesmente optaram por isso.
• Na visita, portanto, evite uma abordagem específica, mencionando o fato
de viver sozinho ou de não ter casado. Trate como trataria qualquer outro mem-
bro da igreja.
Programa Integrado
de Visitação Mensal No
Associação Ministerial
“Se […] andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” 1 João 1:7
Orientações para a visitação mensal: 1. O objetivo exclusivo desta visita é de crescimento espiritual.
2. Cante um ou mais hinos preferidos pela família. 3. Leia um lindo texto da Bíblia. 4. Ore pela família.
5. A visita deve durar no máximo 20 minutos. 6. Não trate de problemas administrativos, pessoais ou
espirituais da igreja; não é esse o propósito da visita.
Lembre-se: Leve uma palavra de conforto, fale do amor, da graça e do poder de Jesus.
Nome: _________________________________________________________________________
End.: _____________________________________________________ No ______
Apto: _______ Bairro:____________________ Cidade: _________________________
Fone: _____________________________ Familiares: ________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Esta
Estaficha
fichadeve
deveser
serdevolvida
devolvida ao
ao líder
líder – ancião(ã) ou
diretor(a)
diretor(a)do
dogrupo
grupo––nono máximo
máximoem em 30
30 dias.
dias. Esta
Esta ficha
ficha será
redistribuída
redistribuídapara
paravisitação
visitaçãopor
poroutra
outrapessoa
pessoano nomês
mêsseguinte.
seguinte.
Mês Pessoa visitada Data da visita
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio 55
Junho
Julho
Agosto
_GuiaDiaconos_2.indd Setembro
55 09/10/2018 16:12
Outubro
Novembro
Dezembro
Capítulo 10
Cerimônia Batismal
ORIENTAÇÕES GERAIS
ITENS IMPORTANTES
Cartão de Orientação
Preparar um cartão de orientação para o batismo com as seguintes instru-
ções para os candidatos:
• Artigos que o batizando deve levar: vestimenta extra (completa), sandálias,
toalha, pente, secador, etc.
• Data e hora da cerimônia e da entrevista com o pastor oficiante, a qual ocor-
re normalmente antes do início da programação.
sandálias, toalha, pente, secador, etc.
O Apelo
Um dos momentos mais importantes da cerimônia batismal é o apelo. É nes-
sa ocasião que muitas pessoas tomam a decisão de entregar o coração ao Senhor
Jesus. Após a oração do apelo, e nunca antes, é importante anotar o nome e o
endereço de cada uma dessas pessoas a fim de que sejam visitadas para confir-
mação da decisão tomada e oferecimento de estudos bíblicos.
Quando não houver uma equipe organizada especificamente para isso, al-
guns diáconos e diaconisas devem fazer esse trabalho. O material necessário
deve ser preparado com antecedência para não haver dificuldades de última hora.
Roupões
Cada igreja precisa ter seus próprios roupões de batismo em quantidade su-
ficiente. Devem ser de tecido grosso e cor escura para evitar transparência de-
pois de molhados. Nas bordas inferiores, devem ser costurados alguns pesos
para evitar a flutuação quando o candidato entrar na água.
Vestiários
Os vestiários, ou salas usadas para esse fim, devem ser devidamente prepa-
rados com os seguintes itens:
• Cabides ou artefatos adequados para que as roupas dos candidatos sejam
penduradas e ali permaneçam durante o batismo.
• Cadeiras ou bancos para sentar. Algumas pessoas podem não se sentir
confortáveis tendo que esperar em pé até chegar sua vez de entrar no tanque.
• Apoio para os pés, a fim de que haja facilidade para calçar os sapatos.
• Espelho.
• Sacos plásticos ou um cesto para colocar os roupões molhados.
Em Clima Frio
Em regiões de clima frio, é indispensável que seja providenciado o aquecimento
da água. Há pessoas que, por razões de saúde e outros motivos, não suportam baixas
temperaturas. Há recursos simples e baratos que podem suprir essa necessidade.
Cerimônia Batismal 61
Prevenção de Acidentes
As escadas do tanque devem ter corrimão e ser dotadas de piso antiderra-
pante. Tapetes de borracha devem ser postos nos vestiários e em todos os luga-
res por onde as pessoas vão passar após saírem do batistério.
Capítulo 11
Cerimônia da Comunhão
Santidade do Rito
Na Igreja Adventista do Sétimo Dia, a cerimônia da comunhão geralmente
é celebrada uma vez por trimestre. Ela abrange o rito do lava-pés e a Ceia do Se-
nhor. Deve ser uma ocasião muito solene e prazerosa para a congregação, bem
como para o pastor ou ancião. Dirigir a cerimônia da comunhão é certamente
um dos deveres mais sagrados que um pastor ou ancião é convidado a realizar.
Jesus, o grande Redentor do mundo, é santo. Os anjos declaram: “Santo, Santo,
Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, Aquele que era, que é e que há de vir.”
Portanto, visto que Jesus é santo, os símbolos que representam Seu corpo e Seu
sangue também são (ver Manual da Igreja, p. 134-138, 193, 194).
62
Cerimônia da Comunhão 63
O Anúncio da Cerimônia
“A cerimônia da comunhão pode ser apropriadamente incluída como par-
te de qualquer culto de adoração cristão. No entanto, para dar a devida ênfase
e tornar a comunhão disponível ao maior número possível de membros, nor-
malmente ela é parte do culto de adoração do penúltimo sábado do trimestre.
“O anúncio deve ser feito no culto do sábado anterior, chamando-se aten-
ção para a importância do culto seguinte, a fim de que todos os membros
possam preparar o coração e endireitar todas as diferenças não resolvidas
de uns para com os outros. Quando eles vêm à mesa do Senhor no sábado
seguinte, podem então receber a bênção desejada. Os que estiverem ausen-
tes por ocasião do anúncio devem ser convidados a participar ” (Manual da
Igreja, p. 136).
O LAVA-PÉS
O Significado
“Depois, havendo lavado os pés dos discípulos, [Jesus] disse: ‘Eu lhes dei o
exemplo, para que, como Eu fiz, vocês façam também’ (Jo 13:15). Nessas pala-
vras, Cristo não estava somente ordenando a prática da hospitalidade. Queria
significar mais do que a lavagem dos pés dos hóspedes para tirar-lhes a poei-
ra da estrada. Com isso, Jesus estava instituindo um ritual religioso. Pelo ato de
nosso Senhor, essa cerimônia humilhante se tornou uma ordenança consagra-
da. Devia ser observada pelos discípulos, a fim de poderem manter sempre em
mente Suas lições de humildade e serviço.
“Essa ordenança é o preparo designado por Cristo para o serviço sacramen-
tal. Enquanto o orgulho, a discórdia e a luta por superioridade forem nutridos,
o coração não conseguirá se relacionar com Cristo. Não estaremos preparados
para receber a comunhão de Seu corpo e de Seu sangue. Por isso, Jesus indicou
que se observasse primeiramente a cerimônia que lembra Sua humilhação”
(O Desejado de Todas as Nações, p. 522, 523 [650]).
No ato de lavar os pés aos discípulos, Cristo realizou uma purificação mais
profunda: a de lavar o coração das manchas do pecado. No lava-pés, o par-
ticipante é tomado por uma sensação de indignidade quanto ao recebimen-
to dos sagrados emblemas, antes de experimentar a limpeza de todo o seu ser
(Jo 13:10). Jesus desejava “lavar-lhes do coração a discórdia, o ciúme e o orgu-
lho. […] O orgulho e o interesse egoísta criaram dissensão e ódio, mas tudo
64 Guia do Diaconato
isso Cristo purificou ao lavar-lhes os pés. […] Olhando para eles, Jesus podia di-
zer: ‘Vocês estão limpos’ (v. 10)” (O Desejado de Todas as Nações, p. 521 [648]).
“A experiência espiritual que repousa no âmago do lava-pés eleva-o de um
costume comum a uma ordenança sagrada. O rito transmite uma mensagem
de perdão, aceitação, segurança e solidariedade, primeiramente de Cristo para
com o crente, mas também entre os próprios crentes. Essa mensagem é expres-
sa em uma atmosfera de humildade” (Manual da Igreja, p. 134).
Os Preparativos
Todos os preparativos devem ser feitos em comum acordo com os anciãos
ou o pastor.
“No rito do lava-pés, os diáconos ou as diaconisas proveem tudo o que for
necessário, como toalhas, bacias, água [a uma temperatura confortável, confor-
me a ocasião exigir] e baldes” (Manual da Igreja, p. 87).
As Dependências
As dependências em que será realizada a cerimônia do lava-pés precisam es-
tar organizadas de maneira condizente com o número previsto de participantes.
“Homens e mulheres devem ter locais separados para o lava-pés. Quando esca-
das ou distância são um problema, devem ser feitos arranjos especiais para as pes-
soas com deficiência. Onde for socialmente aceitável e onde o vestuário for tal que
não haja falta de modéstia, podem ser feitos arranjos separados para que marido e
mulher ou pais e filhos batizados possam participar juntos da cerimônia do lava-
pés. Para encorajar os tímidos e as pessoas sensíveis que acharem a escolha de um
parceiro uma experiência constrangedora, líderes da igreja devem ser designados
para ajudar essas pessoas a encontrar companheiros” (Manual da Igreja, p. 193).
Durante a Cerimônia
Alguns diáconos e diaconisas devem ser designados para auxiliar os parti-
cipantes durante todo o rito, inclusive, como já mencionado, ajudando-os a en-
contrar um(a) parceiro(a) para lavar os pés. Assim, pode-se manter a ordem, a
reverência e evitar a perda de tempo. Devem ser feitas provisões adequadas para
pessoas com deficiência.
As diaconisas ajudam na cerimônia do lava-pés, prestando especial auxílio
às visitantes ou às mulheres que se uniram à igreja recentemente (ver Manual
da Igreja, p. 89).
Cerimônia da Comunhão 65
Depois do Lava-pés
“Todos devem lavar as mãos cuidadosamente antes de retornar para parti-
cipar na Ceia do Senhor. Os que vão dirigir a cerimônia devem fazer isso publi-
camente para propósitos de higiene” (Manual da Igreja, p. 193).
Aconselha-se que diáconos e diaconisas realizem o lava-pés mais cedo, tal-
vez após a preparação dos utensílios.
A SANTA CEIA
Preparativos
É responsabilidade das diaconisas providenciar o vinho e o pão com ante-
cedência e em quantidade suficiente, a fim de evitar surpresas de última hora.
A cerimônia ficará extremamente prejudicada se os emblemas não forem sufi-
cientes para todos os participantes. Lembre-se: é melhor sobrar do que faltar.
“As diaconisas e os diáconos fazem todos os preparativos necessários para
esse serviço e verificam que tudo o que for usado será cuidado para uso poste-
rior. Antes de iniciar a cerimônia da comunhão, as diaconisas cuidam da mesa
da comunhão, incluindo a preparação do pão, enchem as taças de vinho, dis-
põem as bandejas com o pão sem fermento e cobrem a mesa com a toalha pre-
parada para esse propósito” (Manual da Igreja, p. 89).
Ao prepararem a mesa, as diaconisas devem deixar o pão já partido em sua
maior parte, reservando uma pequena quantidade para ser partida pelos ofician-
tes da cerimônia, cumprindo assim o simbolismo.
É importante que haja uma reunião prévia com os oficiantes da cerimô-
nia e os auxiliares (pastores, anciãos, diáconos e diaconisas) para combinar
todos os detalhes, incluindo a parte que cada um irá desempenhar e a sequ-
ência do programa. Uma cerimônia de Santa Ceia bem-ordenada, sem atro-
pelos e desencontros, deixará uma impressão positiva duradoura sobre toda
a congregação.
Os pastores ou anciãos oficiantes ocupam seu lugar junto à mesa, onde es-
tão o pão e o vinho (suco de uva não fermentado), e os diáconos e as diaconisas
tomam seus lugares. A toalha que cobre o pão é removida.
Uma passagem apropriada das Escrituras deve ser lida. Essa leitura se torna
eficaz, principalmente, se o sermão enfatizar o significado do pão e do vinho, de
modo que sua mensagem ainda esteja presente na mente dos participantes en-
quanto os emblemas são distribuídos.
Normalmente, os oficiantes se ajoelham enquanto se pede a bênção sobre o
pão. A congregação pode se ajoelhar ou permanecer sentada.
De forma geral, a maior parte do pão a ser servido é partida com antecedência,
deixando-se uma pequena porção em cada bandeja para que os oficiantes a par-
tam (todos os que manuseiam o pão devem lavar as mãos cuidadosamente antes
de voltar para a cerimônia da comunhão). Os pastores e anciãos entregam aos diá-
conos as bandejas contendo o pão, e eles, então, o servem à congregação. Em con-
gregações pequenas, o pastor ou os anciãos podem servir a todos os participantes.
Durante esse momento, pode haver uma música especial, testemunhos,
um resumo do sermão, leituras selecionadas, cântico congregacional ou músi-
ca meditativa.
Os participantes devem reter sua porção do pão até que os oficiantes tenham
sido servidos. Quando todos estiverem sentados, o líder os convida a juntos par-
ticipar do pão. Orações silenciosas são feitas enquanto se come o pão.
O pastor faz a leitura de um texto bíblico apropriado como 1 Coríntios 11:23,
24; Mateus 26:26; Marcos 14:22 ou Lucas 22:19. Os líderes se ajoelham para a
oração pelo vinho. Novamente, os diáconos servem à congregação. As ativida-
des que foram sugeridas para a distribuição do pão podem ser continuadas nes-
se momento. Depois que os pastores ou anciãos oficiantes tiverem sido servidos,
todos os adoradores participam juntos do vinho.
Um método opcional é que o pão seja abençoado e partido e, então, coloca-
do com o vinho na mesma bandeja. O adorador toma ambos da bandeja ao mes-
mo tempo. O pão é comido, depois é feita uma oração silenciosa. Então, após a
oração sobre o vinho, ele é tomado, seguindo-se uma oração silenciosa. Onde
os bancos ou assentos são equipados com suportes para os cálices, é desneces-
sário recolhê-los antes do fim da cerimônia.
O momento da distribuição dos emblemas abençoados (pão e suco de uva)
é muito solene para a igreja e deve ocorrer com ordem e reverência. Por outro
lado, deve-se também evitar uma atitude fúnebre e lentidão exagerada.
Cerimônia da Comunhão 67
Emblemas Alternativos
“Nem o vinho nem o pão contêm elementos de fermentação porque, na tar-
de do primeiro dia da Páscoa dos hebreus, tudo o que era levedado ou fermenta-
do tinha sido removido de suas habitações (Êx 12:15, 19; 13:7). Portanto, apenas
suco de uva não fermentado e pão não levedado são apropriados para o uso na
cerimônia da comunhão, e deve-se exercer muito cuidado na provisão desses
elementos. Em regiões isoladas em que suco de uva, ou de uva-passa ou seu con-
centrado, não está disponível, o escritório da Associação dará conselho e ajuda
para obtê-lo” (Manual da Igreja, p. 135).
Não se deve acrescentar ao pão da Santa Ceia nenhum ingrediente para
introduzir novidade, como nata, aromatizantes, chocolate, entre outras
substâncias.
68 Guia do Diaconato
DEPOIS DA CERIMÔNIA
Os Utensílios
“Após a cerimônia, os diáconos e diaconisas limpam a mesa, recolhem os
utensílios e eliminam reverentemente toda sobra dos emblemas. De forma al-
guma esses emblemas deveriam ser consumidos ou aproveitados para uso co-
mum” (Manual da Igreja, p. 137).
As Crianças
Quanto às crianças, a orientação do Manual da Igreja (p. 137) é clara: “A igre-
ja pratica a comunhão aberta. Todos os que entregaram a vida ao Salvador po-
dem participar. As crianças aprendem o significado da cerimônia observando
a participação dos outros. Após receberem instrução formal em uma classe ba-
tismal e fazerem seu compromisso com Jesus por meio do batismo, estarão elas
mesmas, dessa maneira, preparadas para participar da cerimônia.”
“O exemplo de Cristo proíbe exclusão da Ceia do Senhor. É verdade que
o pecado aberto exclui o culpado. Isso o Espírito Santo ensina claramente
(1Co 5:11). Mas, além disso, ninguém deve julgar. Deus não deixou aos seres hu-
manos a tarefa de decidir quem se apresentará nessas ocasiões. Quem pode ler
Cerimônia da Comunhão 69
Água
No planejamento para o lava-pés deve-se levar em conta a necessidade de re-
posição rápida de água nas bacias. É necessário providenciar recipientes grandes
para despejar a água utilizada e outros com água limpa para substituição. Em re-
giões frias, é bom que água morna seja providenciada.
Cálices
Por serem, quase sempre, de vidro, exige-se cuidado no manuseio dos cáli-
ces para evitar que se quebrem. A limpeza deve ser minuciosa; caso contrário,
poderá gerar sérios problemas e constrangimentos durante o serviço. Cuidados
semelhantes devem ser adotados no uso das bandejas.
Cerimônia da Comunhão 71
O Vinho e o Pão
“Em parte alguma a Bíblia sanciona o uso de vinho intoxicante. O vinho fei-
to por Cristo da água, nas bodas de Caná, foi o puro suco da uva. Esse é o vinho
novo que se acha ‘em um cacho de uvas’, de que a Escritura diz: ‘Não o destruam,
pois há bênção nele’” (Is 65:8; A Ciência do Bom Viver, p. 204 [333]).
“Portanto, apenas suco de uva não fermentado e pão não levedado são apro-
priados para o uso na cerimônia da comunhão, e deve-se exercer muito cuida-
do na provisão desses elementos” (Manual da Igreja, p. 135).
Receitas do Pão
Receita 1 (50 pessoas)
Ingredientes
• 1 xícara de farinha de trigo especial (de preferência integral)
• ¼ de colher (chá) de sal
• 2 colheres (chá) de água fria
• ¼ xícara de azeite ou óleo vegetal
Modo de Fazer
Peneire a farinha e o sal juntos. Derrame a água no óleo, sem agitar. Acres-
cente aos ingredientes secos e misture com um garfo, até que toda a farinha fi-
que úmida. Abra a massa entre duas folhas de papel alumínio até conseguir a
espessura de uma massa fina de torta. Estenda-a em uma assadeira (sem untar)
polvilhada com farinha, e com uma faca afiada faça quadradinhos, tomando o
cuidado de furar cada um deles, para evitar que se levantem bolhas na massa.
Deixe assar durante 10 a 15 minutos, a mais ou menos 220 ºC. Vigie, cuidado-
samente, durante os últimos cinco minutos, para evitar que o pão se queime.
Ingredientes
• 3 xícaras de farinha de trigo
• ½ xícara de azeite
• Água
• Sal
Modo de Fazer
Misture os ingredientes, acrescentando água, aos poucos, para dar a consis-
tência que permita abrir com o rolo. Amasse bem até que a massa fique homo-
gênea. Deixe descansar por 30 minutos. Abra com o rolo em pedaços pequenos
e coloque em assadeira untada, marcando os quadradinhos com uma carreti-
lha. Deixe assar por poucos minutos em forno moderado (não deixar dourar).
Depois de esfriar, guarde em recipiente bem fechado.
Nota
O rendimento depende da espessura da massa e do tamanho dos pãezinhos.
Capítulo 12
Outras Responsabilidades
Além de tudo o que foi apresentado nos capítulos anteriores sobre as atribui-
ções dos diáconos e das diaconisas, há outras responsabilidades que estão sob
os cuidados desses oficiais da igreja.
73
74 Guia do Diaconato
MINISTÉRIO DA RECEPÇÃO
Assim como a igreja não pode funcionar sem ter a Escola Sabatina, o Cul-
to Divino e outras reuniões oficiais, ela também não pode funcionar sem ter o
Ministério da Recepção organizado e atuante. Diáconos e diaconisas devem fa-
zer parte desse ministério.
• A igreja deve ser receptiva e estar preparada para receber novos amigos,
olhando para eles como futuros membros.
• A Rede Novo Tempo tem aproximado muitas pessoas da igreja. Portanto,
é fundamental que a congregação crie um ambiente agradável para recebê-las.
• O espaço físico da igreja deve estar limpo por dentro e por fora. O tem-
plo deve ser ventilado, ter temperatura agradável e decoração adequada (corti-
nas, flores, etc.).
• O pastor e os oficiais, incluindo diáconos e diaconisas, devem cumprimen-
tar os visitantes e as famílias da igreja antes do início das reuniões.
• A reverência na igreja tornará o ambiente mais receptivo.
• Os membros devem ser educados a evitar cochichos e, principalmente, o
costume de olhar para ver quem está entrando na igreja pela primeira vez.
• Eles também devem mostrar simpatia e interesse pessoal pelos novos ami-
gos que comparecem às reuniões. Cumprimentá-los e ajudá-los a manusear a
75
76 Guia do Diaconato
Bíblia e o hinário são gestos simples e imprescindíveis para que se sintam bem
em nosso meio.
• A linguagem deve ser clara e de fácil compreensão para que atinja o cora-
ção. É preciso evitar expressões desconhecidas aos amigos convidados.
• A igreja deve ser um lugar de restauração, um ambiente de repouso da luta
semanal. Um local em que o amor e a aceitação possam ser vistos e sentidos.
EQUIPE DE RECEPÇÃO
Cargo Atribuição
Coordenador
Organizar e acompanhar o trabalho da recepção
da recepção
Ancião conselheiro Apoiar o coordenador da recepção e trabalhar com ele
Pastor distrital Apoiar os esforços do Ministério da Recepção
Diretora do
Trabalhar junto ao coordenador
Ministério da Mulher
Diretor do Ministério Ajudar no treinamento e trabalhar com a equipe
Pessoal de recepção
Secretária(o) Responsável pelos materiais, anotações e informes
Recepcionista Atuar à porta ou nas dependências da igreja
Recepcionista
Atuar na nave da igreja
acompanhante
Recepcionista de
Atuar no contato com o visitante
contatos
Diáconos e diaconisas Atuar como recepcionistas.
Diretor da
Cumprimentar e receber visitantes na classe bíblica
classe bíblica
Duplas missionárias Visitar amigos e dar estudos bíblicos
Grupos de oração Orar pelos visitantes e seus pedidos de oração
Apoio ao Ministério da Recepção 77
RESPONSABILIDADES
Recepcionista
Atuar à porta da igreja ou em suas dependências.
Esse grupo de recepcionistas é constituído pelos que atuarão à entrada da
igreja dando as boas-vindas e acomodando as pessoas na nave da igreja.
Os recepcionistas que trabalham no estacionamento (onde houver) darão
as boas-vindas aos membros e visitantes, com um guarda-chuva ou guarda-sol,
quando for necessário. Essa equipe pode ser formada pelos diáconos e diaco-
nisas da igreja.
Recepcionista Acompanhante
Atua dentro do templo: nas unidades da Escola Sabatina e em lugares estra-
tégicos durante as demais reuniões da igreja.
Esse grupo estará espalhado no interior do templo para acompanhar o cul-
to ao lado do amigo convidado, ajudá-lo a preencher o cartão de informações e
dar-lhe esclarecimentos sobre a programação.
Se o convidado vier com um membro da igreja, este fará o acompanhamen-
to no lugar do recepcionista.
Algumas famílias podem se cadastrar como recepcionistas de apoio, estan-
do preparadas a cada sábado para levar convidados para almoçar em sua casa.
Elas podem autorizar a equipe de recepção a estender o convite aos visitantes.
Secretária
O número de secretárias depende do tamanho da igreja e do fluxo de visi-
tantes em cada reunião.
A secretária cuida dos materiais da recepção, passando as anotações do car-
tão de informações para o Caderno da Recepção. Deve colar o adesivo de pri-
meiro contato no cartão e encaminhá-lo à recepcionista de contato.
O cartão de informações deve ser arquivado na secretaria da recepção. Sen-
do solicitado estudo bíblico, o cartão de interessado deve ser preenchido e en-
caminhado ao coordenador de interessados da igreja.
Recepcionista de Contato
É responsável por enviar literatura pelo correio, telefonar, mandar e-mails e
fazer outros contatos necessários.
78 Guia do Diaconato
Grupos de Apoio
Esses grupos devem ser treinados e especializados em visitação e oração
intercessora em favor dos amigos visitantes.
Um grupo deverá estar disponível para atender aos convidados que soli-
citarem uma visita em seu lar.
Outro grupo desenvolverá um ministério de oração intercessora pelos
amigos visitantes e seus pedidos de oração.
Ministério Pessoal
O responsável por essa área atuará em conjunto com o coordenador da
recepção. Após o primeiro contato ter sido realizado pela equipe do Mi-
nistério de Recepção, o nome do interessado deve ser passado imediata-
mente para o diretor do Ministério Pessoal, que dará a atenção necessária
a cada pessoa indicada.
O GRUPO DE TRABALHO
Perfil do Grupo
Incluir na equipe jovens, adolescentes, mulheres, homens, crianças, além dos
diáconos e das diaconisas. Escolher pessoas dispostas a assumir compromisso
com esse ministério na igreja. Devem ser pessoas alegres, corteses, pontuais, co-
municativas, com bom gosto, boa postura e tato.
Apoio ao Ministério da Recepção 79
Preparo Espiritual
Essa equipe deve promover reuniões de oração a fim de que, com o auxílio
divino, esteja preparada espiritualmente para essa missão. Além do preparo espi-
ritual, dever haver encontros de treinamento e capacitação para melhor desem-
penho como recepcionistas. Os participantes devem estar bem familiarizados
com os materiais da recepção e a dinâmica do trabalho.
Grupo de Apoio
Solicitar ao líder do Ministério Pessoal e ao coordenador de interessados
que providenciem duplas missionárias e grupos de oração para atender às soli-
citações de visitas, orações e estudos bíblicos nos lares por parte dos amigos vi-
sitantes. Sempre que for possível, esses grupos de apoio devem participar das
reuniões de oração e dos seminários de capacitação do Ministério da Recepção.
Escala
Elaborar uma escala de atuação para todas as programações e definir as ta-
refas dos participantes das frentes de trabalho, encorajando-os na execução de
cada tarefa.
Reuniões
As reuniões de oração, avaliação e capacitação podem ocorrer trimestralmen-
te ou quando a coordenação da recepção julgar necessário. Contudo, é imprescin-
dível que haja um encontro de todos antes do início das programações da igreja.
RESPONSABILIDADES E ATIVIDADES
Vestuário
Sem dúvida, a aparência interior é mais importante. Entretanto, vestir-se ade-
quadamente, com bom gosto e sem exagero, é uma forma de se apresentar bem
diante de Deus e das pessoas. Alguns aspectos são importantes: hálito, limpeza
dos sapatos, colarinhos limpos e cabelos cheirosos. As mulheres devem cuidar
com o decote das blusas e com as saias rodadas expostas ao vento.
Conhecimento da Programação
Ter conhecimento da programação é essencial para os recepcionistas: saber
quem será o pregador, quais serão as programações especiais, o tema do servi-
ço de adoração, do culto jovem, dos congressos e de outras atividades que estão
ocorrendo. Os recepcionistas poderão utilizar essas informações para motivar
o convidado a permanecer e também a retornar à igreja.
Atendimento Adequado
A expressão de um sorriso natural, demonstrando interesse e atenção ao
dar uma informação solicitada, é uma forma de atender adequadamente aque-
les que chegam à igreja.
Liberdade de Escolha
Os recepcionistas devem considerar o fato de que o visitante pode esco-
lher onde deseja sentar-se, que programação assistir, se deseja ajoelhar-se ou
não. Entretanto, sugestões podem ser feitas, mas de tal forma que não pareçam
imposições.
Informações Coletivas
Com sensibilidade e tato, algumas informações devem ser dadas: uso do celu-
lar, espaço próprio para as crianças, ritual da Santa Ceia ou outras que se façam
necessárias de acordo com o tipo de programação. Tais informações ajudarão
os convidados a não se sentirem constrangidos.
Ser Discreto
Uma equipe de recepção demonstra alto nível de sabedoria, discrição e cris-
tianismo quando evita olhares suspeitos e comentários sobre a aparência de al-
gum convidado.
Ética Cristã
Há assuntos que jamais devem ser abordados na recepção: fofocas, críticas e
comentários envolvendo a vida alheia, decisões tomadas pela igreja ou assuntos
doutrinários. Tal atitude gera desconforto para membros e visitantes da igreja.
É preciso não dar espaço ao inimigo.
Despedir os Visitantes
Para que isso ocorra, o recepcionista deve estar no seu posto até o fim da pro-
gramação. Recomenda-se que a pessoa que fez o primeiro contato também faça
o último. O visitante, ao sair, deve ser convidado a retornar na próxima reunião.
Amigos Adventistas
Deve-se recebê-los de tal forma que sintam-se como se estivessem em sua
própria congregação.
Membros Regulares
Deve-se recebê-los fraternalmente, como irmãos, procurando conhecê-los
pelo nome.
Amigos da Igreja
Deve-se recebê-los como alguém precioso. Por eles, Cristo deu Sua vida.
A maneira pela qual forem recebidos poderá atraí-los ou afastá-los.
Apoio ao Ministério da Recepção 83
Recém-batizados
Deve-se recebê-los com muito amor. Eles deixaram seu ambiente de amiza-
de e, muitas vezes, o círculo familiar. Querem conhecer tudo e desejam ser bons
colaboradores. Precisam de atenção especial.
ALGUNS DETALHES
Equipes Especiais
É necessário formar equipes especiais de recepção para atuar em alguns
eventos da igreja. Por exemplo: No Dia dos Pais, ter pais na recepção. No Sába-
do da Educação, dar oportunidade aos alunos para que sejam recepcionistas, as-
sim como no Dia do Desbravador, Dia das Mães, Dia das Crianças, entre outros.
Boletim Informativo
Como ideia, as grandes igrejas podem elaborar um boletim especial que con-
tenha informações sobre a localização dos banheiros e salas específicas, dias
de culto, datas de programas especiais, quem são os adventistas e algumas di-
cas de saúde.
Placas
Deve-se colocar placas indicativas nas diversas salas, departamentos e
banheiros.
Emergências
Deve-se ter à disposição uma caixa de primeiros socorros (com absorventes,
antitérmicos, termômetros, etc.).
Gentileza
Sendo possível, deve-se ter à disposição guarda-chuva e guarda-sol para re-
ceber as pessoas no estacionamento em dias de chuva ou de sol forte.
Material de Apoio
O Ministério da Recepção deve ter alguns livros de histórias bíblicas ou ou-
tros materiais para emprestar aos visitantes que estiverem com crianças.
84 Guia do Diaconato
O MINISTÉRIO DA RECEPÇÃO
O Maior Privilégio
Instruir na Verdade
“O fato de estes [os diáconos] terem sido ordenados para a obra especial de
cuidar das necessidades dos pobres não os excluía do dever de ensinar a fé. Ao
contrário, foram amplamente qualificados para instruir outros na verdade e se
empenharam na obra com grande fervor e sucesso” (Atos dos Apóstolos, p. 57 [90]).
Diáconos e diaconisas devem ser pessoas de profunda experiência cristã e
com conhecimento sólido das Escrituras Sagradas. Devem interessar-se em dar
estudos bíblicos e trabalhar pessoalmente pela salvação das pessoas.
e não têm nenhuma luz, cujos testemunhos são pouco sinceros, frios e queixo-
sos? Por que existem pessoas cujos pés parecem prestes a desviar-se por veredas
proibidas e que sempre têm a contar uma triste história de tentação e derro-
ta? Sentiram os membros da igreja sua responsabilidade? Cuidaram os anciãos
e diáconos dos fracos e apostatados? Compreenderam eles que os inconstan-
tes estão em perigo de perder a vida eterna? Procuraram, por preceito e exem-
plo, firmar na Rocha eterna os pés dos extraviados?” (Conselhos Sobre a Escola
Sabatina, p. 96 [161]).
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