1.PETIÇÃO INICIAL BPC - Deficiente
1.PETIÇÃO INICIAL BPC - Deficiente
1.PETIÇÃO INICIAL BPC - Deficiente
DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO
Inicialmente cumpre esclarecer que a ação envolve matéria regulada pela Lei
10.048/2000, razão pela qual tem direito à prioridade da tramitação da presente
demanda.
Jardim Hortênsio Gomes, Vila 02, casa 08, Bairro Sacramenta.
CEP: 66.083-330 - Belém/PA - (091) 98037-3760
rina.advogada@gmail.com
OAB/PA:32.809
“Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrares o
Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça.”
Eduardo Juan Couture
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
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Pois bem, a linha do tempo demonstra que autor entrou em contato pelos
canais de atendimento do órgão para cumprir as exigências e também fez a
atualização conforme orientação da autarquia. No entanto, o despacho do órgão
manteve a negativa em atender a reativação, afirmando não ser possível atender
o pedido visto que o benefício foi cessado pelo motivo 006 (não comparecimento à
convocação do posto) e também incluíram uma outra justificativa, alegando
inconsistência nas informações apresentadas após a atualização cadastral,
conforme Despacho (69704337). (imagem 05 – doc. anexo)
Analisando com mais detalhes ao referido despacho, percebe-se que o
motivo que implicou na presente verificação de irregularidade foi a falta de
atualização do CadÚnico do Autor. A falta de atualização só foi percebida pela
Autarquia aproximadamente 17 (dezessete) anos após a concessão do benefício. A
inercia da autarquia em notificar o autor para a necessidade de atualização e a falta
de conhecimento do autor para suprir essa necessidade contribuiu assim para
permanência dessa inconsistência cadastral, mas tal irregularidade já foram
corrigidas, conforme ficha cadastral do CRAS (doc. anexo), onde o mesmo figura
sozinho e responsável pela unidade familiar.
Jardim Hortênsio Gomes, Vila 02, casa 08, Bairro Sacramenta.
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“Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrares o
Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça.”
Eduardo Juan Couture
04 (quatro) anos), conforme laudo médico anexo, tais despesas eram mantidas pela
renda proveniente do AMP. SOCIAL PESSOA PORTADORA DEFICIENCIA (87).
Assim, evidente que o restabelecimento do benefício de prestação
continuada que constitui instrumento indispensável para que as pessoas com
deficiência que não podem manter-se por si mesma, tenha suas necessidades
básicas atendidas e viva com o mínimo de dignidade.
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADIN 1.232/DF, em
27.08.98 concluiu pela constitucionalidade do § 3.º do artigo 20, da Lei n° 8.742/93.
Todavia, o Ministro Néri da Silveira, no julgamento do recurso extraordinário
286.543-5 afirmou que o limite previsto no § 3.º, do art. 20, da LOAS "[...] não
encontra fundamento de validade jurídica na Lei Maior vigente". E o Tribunal
Regional da 3.ª Região pronunciou-se pela constitucionalidade do § 3.º, do art.
20, da Lei n.° 8.742/93, mas sem que o mesmo fosse aplicado com uma norma
restritiva à concessão do benefício.
Portanto, o benefício assistencial é destinado aos miseráveis, aos ca-
rentes, àqueles que se encontram em situação de desamparo, o que bem se en-
quadra no caso em tela. Consoante prescreve o artigo 1.° da Lei n.° 8.742/93, a as-
sistencia social “(...) é política de Seguridade Social não contributiva, que provê os
mínimos sociais”.
É preciso salientar, ainda, que a análise da situação de miserabilidade deve
ser feita em cada caso concreto. O parâmetro da Lei n° 8.742/93 (§ 3.º, art. 20),
trata de uma presunção absoluta de hipossuficiência econômica, ou seja, a pessoa
portadora de deficiência ou idoso que tenha renda per capita inferior a ¼ de do
salário mínimo, faz jus ao benefício.
Nesse sentido, vale lembrar que o limite mínimo previsto no art. 20, § 3º,
da Lei 8.742/93 gera presunção absoluta de miserabilidade, conforme tese jurídica
fixada no IRDR 12:
No caso sub judice, entretanto, verifica-se que a renda do autor é igual a ze-
ro, haja vista, a renda que o mantinha era oriunda do AMP. SOCIAL PESSOA
PORTADORA DEFICIENCIA (87), isso porque, em virtude de sua deficiência con-
gênita (laudo anexo), o mesmo foi beneficiado pela assistencial financeira do INSS
desde 2002, não restando outra fonte de renda ou outro meio de ter provido sua
subsistência.
O autor reside em um cômodo, cedido pela sua mãe de aproximadamente
13,5M². O Imóvel é muito simples, abrangendo apenas 01 cômodo em alvenaria, em
cimento cru, faltando acabamentos, sendo corroídos pela umidade e com a suspen-
são do seu benefício seus projetos de melhoria de uma vida mais digna foram sus-
pensos e adiados. Os móveis também são escassos e sem luxo algum.
Nesse sentido, resta evidenciada a situação de risco social vivido pelo autor,
preenchendo o segundo requisito à concessão do benefício assistencial de presta-
ção continuada, o que também será comprovado após visita do assistente social e
confecção do laudo socioeconômico, o que ora se requer.
V- DOS PEDIDOS
Nestes termos,
Pede deferimento.
ANEXOS:
01. Petição Inicial
02. Procuração
03. RG
04. CPF;
05. Declaração de hipossuficiência;
06. CTPS
07. Declaração de casa cedida;
08.Comprovante de residência;
09. Declaração de que não recebe outro benefício no âmbito da Seguridade Social;
10.Laudos médicos;
11.Ficha Cadastral CRAS atualizado;
12.Folha resumo CadÚnico;
13. Ciência do Cidadão Referente à Necessidade de Inscrição no CadÚnico;
14. Atualização de Dados Cadastrais;
15. Solicitação Pagamento de Benefício Não Recebido
16. Reativação de BPC Após Atualização do CadÚnico;
17. Imagem Espelho INSS.