O documento discute os conceitos de responsabilidade civil contratual, pré-contratual e pós-contratual no direito civil brasileiro. A responsabilidade civil contratual ocorre quando há inadimplemento de obrigação prevista em contrato. A responsabilidade pré-contratual pode ocorrer em caso de recusa injustificada de contratar ou quebra de negociações preliminares. A responsabilidade pós-contratual mantém os deveres de boa-fé mesmo após o término do contrato.
O documento discute os conceitos de responsabilidade civil contratual, pré-contratual e pós-contratual no direito civil brasileiro. A responsabilidade civil contratual ocorre quando há inadimplemento de obrigação prevista em contrato. A responsabilidade pré-contratual pode ocorrer em caso de recusa injustificada de contratar ou quebra de negociações preliminares. A responsabilidade pós-contratual mantém os deveres de boa-fé mesmo após o término do contrato.
O documento discute os conceitos de responsabilidade civil contratual, pré-contratual e pós-contratual no direito civil brasileiro. A responsabilidade civil contratual ocorre quando há inadimplemento de obrigação prevista em contrato. A responsabilidade pré-contratual pode ocorrer em caso de recusa injustificada de contratar ou quebra de negociações preliminares. A responsabilidade pós-contratual mantém os deveres de boa-fé mesmo após o término do contrato.
O documento discute os conceitos de responsabilidade civil contratual, pré-contratual e pós-contratual no direito civil brasileiro. A responsabilidade civil contratual ocorre quando há inadimplemento de obrigação prevista em contrato. A responsabilidade pré-contratual pode ocorrer em caso de recusa injustificada de contratar ou quebra de negociações preliminares. A responsabilidade pós-contratual mantém os deveres de boa-fé mesmo após o término do contrato.
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Disciplina: Direito Civil V (Responsabilidade Civil)
Professor: Victor Lucas Gama Correia
Responsabilidade Civil Contratual
Definição: Pode ser tratado como o descumprimento do contrato, resultando na manifestação de um ato ilícito, resultando ou não na extinção do vínculo obrigacional original, deve ser sancionado, na forma adequada, com a reparação dos danos daí decorrentes. (DEVER DE INDENIZAR). Trata de violação de uma norma jurídica preexistente desencadeando na necessidade de reparar os danos. Parte da ideia de não cumprimento de prestação pactuada, conforme estabelecido na relação jurídica obrigacional. OBS: Contratual: inadimplemento da obrigação prevista no contrato (violação de norma contratual anteriormente fixada pelas partes); Culpa presumida – cabe a vítima apenas provar que não houve o cumprimento; Extracontratual ou Aquiliana: violação direta de uma norma legal – não contratual. Culpa deve ser provada pela vítima.
OBS: Para configurar a responsabilidade civil contratual, deve-se observar se o não adimplemento ocorreu de forma voluntária ou não.
- involuntária: caso fortuito ou força maior. Cabe ao
devedor comprovar a ocorrência de tal fato. Art. 393 CC/2002 Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica- se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir. Ex: Obrigação contratual requerendo a presença de um artista famoso para apresentação. Não compareceu em razão da Pandemia de Covid-19, e exigências de não aglomeração. Configura-se caso fortuito não gerando responsabilidade civil.
- voluntária: aplica-se o artigo 389 do CC/02:
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Responsabilidade Civil Pré-contratual
Pode haver a comprovação da responsabilidade civil pré- contratual de duas formas: recusa de contratar; quebra de negociações preliminares; Recusa de contratar Pode alguém recusar-se a contratar? Havendo recusa a contratação ela deve ser fundamentada, para não caracterizar conduta discriminatória. Ex: Pedido de cartão de crédito negado, mas fundamentado com base da inserção do solicitante no cadastro de inadimplentes, pode ser negado sem gerar responsabilidade. OBS: Sílvio Venosa “Não se trata exatamente de uma responsabilidade pré-contratual, porque contrato ainda inexiste, mas de um aspecto da responsabilidade aquiliana que tem a ver com o universo contratual.” Carlyle Popp “responsabilidade pré-negocial, de qualquer espécie, tem natureza contratual e, portanto, submeter-se-á a idêntico disciplinamento jurídico.”
Quebra de negociações preliminares
Atos prévios ou preparatórios à celebração do contrato pode gerar quebra injustificada da expectativa de contratar, responsabilidade civil do infrator, por força da violação à boa-fé objetiva pré-contratual. Ex: Ante o fechamento de um contrato de compra e venda de um imóvel, o comprador contrai empréstimo e no momento de fechar o negócio, o vendedor desiste da venda; O rompimento dessa legítima expectativa de contratar, em prejuízo da parte que efetivou gastos na certeza da celebração do negócio, poderá ocasionar, a depender das circunstâncias do caso, responsabilidade civil, por aplicação da denominada teoria da culpa in contrahendo. Culpa in contrahendo criada por Jhering (jurista alemão): dever de confiança advindo do contato social. Ao ser frustrada esta confiança de forma injustificada, surge a responsabilidade pré-negocial ou pré-contratual. Caso verídico (Pré-contratual): Em 09 de novembro de 2017 foi publicada sentença condenando empresa de call center (telemarketing) do Município de Montes Claros (MG) a indenizar ex-empregado no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por responsabilidade civil pré-contratual. Em 2016, participou de novo processo seletivo no estabelecimento, dividido em quatro fases eliminatórias: 1) teste no computador, para avaliar a capacidade e o comportamento dos candidatos; 2) entrevista e simulação de vendas; 3) apresentação de documentação para contratação; e 4) treinamento. Após aprovação em todas as etapas, foi encaminhado para o exame admissional. Em seguida, no momento da assinatura do contrato, a empresa negou-se a efetivar a contratação por motivos não especificados. A frustração gerada pela expectativa de contratação não efetivada, ferindo os princípios contratuais da probidade e boa- fé, foi fixada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais). PROCESSO SELETIVO. APROVAÇÃO EM TODAS AS FASES. RECUSA INJUSTIFICADA DA CONTRATAÇÃO. FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA. DANO MORAL . A faculdade de sujeitar os candidatos a processo seletivo prévio, composto por entrevistas e dinâmicas de grupo, é uma faculdade do empregador que deve ser exercida com observância dos direitos subjetivos dos trabalhadores. Aceita a forma de seleção pelos postulantes, cabe ao empregador, após a aprovação dos candidatos em todas as fases, implementar a contratação. Salvo a limitação de vagas, que deve ser comunicada de início, a recusa em admitir o postulante ao emprego, sem motivo justificado, importa subjetivismos que infligem danos imateriais aos lesados. A reparação deve levar em consideração, menos os aspectos subjetivos, e mais a penalização da empresa que não cumpriu com sua função social.” (TRT, 2ª Região, Ac. N. 20060494187, Recurso Ordinário, Processo n. 00500200406402001, Relator Rovirso Aparecido Boldo, Recorrentes: Venicios Valverde Mortess e Lojas Colombo S.A.).
Responsabilidade Civil Pós-contratual
Compreende-se que pelos mesmos fundamentos que se reconhece a responsabilidade pré-negocial, há que se reconhecer uma responsabilidade civil pós-contratual. Manutenção da imposição do princípio da boa-fé objetiva. Ex: Fim do contrato de prestação de serviços advocatícios – segredos e confidências devem ser mantidas em sigilo. DANOS MORAIS. INFORMAÇÕES DESABONADORAS SOBRE EX-EMPREGADO. RESPONSABILIDADE PÓS- CONTRATUAL. INDENIZAÇÃO. Os deveres anexos de conduta, pautados na cláusula geral de boa-fé objetiva que normatiza e vincula todo o sistema jurídico, especialmente o obrigacional, persistem na fase pós-contratual e obrigam as partes envolvidas no contrato. A conduta das partes deve se fundar em valores como confiança, colaboração, honestidade, lealdade e legalidade. Se depois de encerrado o contrato de trabalho o ex-empregador presta informações desabonadoras sobre ex-empregado, ao ser questionado sobre a sua conduta por potencial empregador, atenta contra a honra, dignidade e boa fama do trabalhador, além de dificultar a sua reinserção no mercado de trabalho. A conduta tem o potencial de acarretar danos morais e materiais, o que autoriza a responsabilização civil do causador dos danos e a fixação de indenização capaz de compensar pela ofensa, além de imprimir caráter pedagógico á indenização. Recurso do autor a que se dá provimento parcial para majorar o valor da indenização por danos morais. “Aduz o autor ter mantido contrato com a ré de 09/07/2007 a 13/10/2009, quando foi dispensado sem justa causa. Argumenta que, em 27/11/2012, tomou conhecimento de que não conseguia ser contratado por outras empresas em razão de a ré, quando consultada pelos empregadores em potencial, repassar informações desabonadoras. Postula o pagamento de indenização por dano moral e material (lucros cessantes). O relato da testemunha Eduardo Luiz Tirolle comprova, integralmente, a narrativa da inicial.” Bibliografia: Gagliano, Pablo Stolze Novo curso de direito civil, v. 3 : responsabilidade civil / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. – 17. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019. 1. Direito civil - Brasil. 2. Responsabilidade Civil. I. Pamplona Filho, Rodolfo. II. Título. 18-1102