Você Seus Projetos
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VOCÊ = SEUS PROJETOS
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VOCÊ = SEUS PROJETOS
Os quatro passos
Primeiro passo
Faça o "teste da importância". Nenhum projeto digno de ser comentado
aconteceu sem uma boa dose de entusiasmo. Ponto final. Assim, quando
você começar a avaliar o valor de um projeto potencial, faça a si mesmo
uma série de perguntas que determinam o grau de entusiasmo envolvido:
Quais são meus interesses? O que é importante para mim? O que é
importante para a minha empresa? Se uma idéia para um projeto se mostra
pobre e fraca - apenas semelhante a uma continuação do que já existe -
não vale a pena perder tempo com ela? Um Grande Projeto tem que
atender ou criar uma necessidade urgente - ou ser capaz de redefini-la,
tornando-a urgente. Os maiores projetos, os mais audaciosos, estimulantes
e inovadores, geralmente surgem da necessidade premente de uma equipe
ou empresa tomar uma atitude para mudar o jogo. Seja o lançamento de
um produto novo e sensual, a criação de uma campanha publicitária
inovadora ou a mudança da logística e das regras de serviço em seu nicho.
Esses são exemplos de projetos que deixam um legado, projetos em que
todos brigam para participar - ou pelo menos estar próximos o bastante
para ganhar a camiseta comemorativa que comprova que fizeram parte
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Segundo Passo
Este passo é uma conseqüência do primeiro: nenhum projeto é tão banal
que não possa se tornar um Grande Projeto. Já vi uma pessoa, a quem foi
designada uma função que supostamente não traria possibilidade de
crescimento profissional (arrumar um depósito), transformar esse projeto
em uma oportunidade de redesenhar o sistema de distribuição da empresa.
Com isso, ela obteve o passaporte para assumir maiores responsabilidades
e projetos mais ousados. Foi preciso apenas seu envolvimento e
entusiasmo com o trabalho (veja o Primeiro Passo), e sua obstinação em
considerar esse projeto como uma excelente oportunidade.
Como isso aconteceu? Quando o projeto de arrumação do depósito foi
apresentado para nossa Entusiasmada Líder de Grandes Projetos (ELGP),
ela concluiu rapidamente que o problema não era a bagunça do depósito, e
sim a sua organização ineficiente. Era isso o que o tornava
necessariamente bagunçado. Uma simples arrumação não seria capaz de
resolver o problema principal: o depósito precisava de uma reorganização.
Essa conclusão levou a moça a buscar alguns modelos de excelência em
organização cuidadosamente selecionados para promover seu aprendizado
(assim como também o de um seleto grupo de pessoas repentinamente
interessadas na arte da organização de depósitos). Uma de suas principais
lições: a organização do depósito deveria levar em consideração tanto as
peças que eram recebidas dos fornecedores quanto as que eram
distribuídas para os clientes. Assim, pouco tempo depois de ter sido
designada para realizar a tarefa, a funcionária acabou criando a
necessidade urgente de um novo sistema de distribuição. Um sistema que
atendesse perfeitamente ao depósito reorganizado - um depósito que se
mantinha arrumado graças aos novos processos criados, que se
encaixavam perfeitamente ao novo sistema de distribuição. É assim que
transformamos uma tarefa menor em um Grande Projeto.
Terceiro Passo
Para uma pessoa realmente envolvida na realização de projetos, qualquer
coisa encerra uma valiosa oportunidade de aprendizado. Richard Branson,
o entusiasmado e ousado presidente do Virgin Group, sempre disposto a
tentar novas idéias e alternativas, acredita que o mundo está cheio de
projetos esperando para ser descobertos. Sua principal ferramenta de
prospecção de projetos: uma série aparentemente interminável de
cadernos de anotações onde escreve cuidadosamente suas observações
sobre tudo o que encontra pela frente. Nesses cadernos de anotações -
que já devem somar mais de uma centena - encontram-se todos os tipos
de observações sobre projetos que estão esperando para se tornar
realidade. Karl Weick, o brilhante professor de psicologia e comportamento
organizacional da Universidade de Michigan, criou seu próprio sistema de
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Quarto Passo
Faça mudanças super-rápidas para refinar o seu Grande Projeto. A 3M
construiu uma empresa baseada em uma simples abordagem: faça um
pouco, tente um pouco, venda um pouco - e depois repita os mesmos
passos. A forma mais rápida e inteligente de conseguir definir e aperfeiçoar
o seu projeto é praticar a arte de fazer protótipos rápidos. Não deixe seu
projeto escondido entre seus trabalhos pessoais, até poder aperfeiçoá-lo e,
só então, exibi-lo. Em vez disso, faça um protótipo simples e mostre-o a
alguns membros da equipe. Ouça a opinião deles; depois refaça o
protótipo. Mostre a eles novamente. Você estará fazendo duas coisas ao
mesmo tempo: aperfeiçoando seu projeto e demonstrando o seu valor
(afinal, você incorporou a opinião deles). Faça um pouco, tente um pouco,
venda um pouco - assim, desde o início você estará elaborando e
vendendo seu Grande Projeto simultaneamente.
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A armadilha
A armadilha
A armadilha que você deve evitar é ganhar muito dinheiro, muito depressa,
com o projeto. Isso é a pior coisa que pode acontecer a um projeto
(acredite). O dinheiro vai matá-lo rapidamente. Primeiro, ele alivia a
pressão. Nada substitui a mentalidade de pedir emprestado na fase inicial
de todo projeto. Se não tiver dinheiro suficiente, você tem que inovar as
formas de resolver os problemas que você resolveria, caso fosse possível,
simplesmente comprando uma saída. Você tem que trabalhar mais próximo
a seus clientes e a seus fornecedores - e, conseqüentemente, eles se
tornam parte do projeto desde o começo. Tem que adotar a atitude dos
piratas: nós contra eles! Vamos nos adiantar à ação, aos pensamentos e
aos sonhos de todos, porque não temos dinheiro para esbanjar. Segundo,
se desde o início você obtém dinheiro de patrocinadores internos ou
externos, terá que ouvi-los desde o começo. Eles simplesmente compraram
o direito de se sentar à sua mesa e interferir em sua vida. E a última coisa
que um Grande Projeto precisa é de uma pessoa com dinheiro dando
especificações, decidindo onde vale a pena investir mais tempo e dinheiro,
e exaurindo o entusiasmo pelo projeto. Para evitar o problema, viva
modestamente e pense grandiosamente.
Os cinco critérios
Você pode resumir um projeto a uma simples lista de cinco critérios:
Grande! Lindo! Revolucionário! Impressionante! Extraordinário! (O último
critério vem como cortesia do livro de Ken Blanchard e Sheldon Bowless,
Raving Fans: A Revolutionary Approach to Customer Service, William
Morrow, 1993.) Afinal de contas, isso engloba tudo. Todos sabemos o que
esses cinco termos significam, certo? Mas raramente - ou melhor, nunca -
usamos essa linguagem entre as 9 e as 17 horas. Já é tempo de
mudarmos isso. Escreva os cinco termos em um cartão e coloque-o em sua
carteira. Quando tiver que avaliar se um projeto proposto corresponde às
expectativas - ou pode ser aperfeiçoado a fim de vir a correspondê-las -
simplesmente tire o cartão da carteira. Você saberá se ele corresponde ou
não.
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questão crítica que a venda do projeto representa. São aqueles que
trabalham nas "verdadeiras" empresas de serviços profissionais: todo
consultor de gerenciamento, todo mago de agência de propaganda, todo
corretor da bolsa de valores é um vendedor. Eles estão vendendo sua
opinião especializada, sua reconhecida perícia e seus serviços brilhantes a
clientes externos. E estão vendendo sua confiabilidade, segurança e
talento para os colegas de trabalho. É apenas uma outra parte de nosso
velho amigo The Brand Called You, "A Marca Chamada Você". Seu projeto
e sua marca caminham juntos: ambos dependem da habilidade que você
tem para vender a si mesmo e seu projeto. Se quiser que seu Grande
Projeto se torne realidade, aprenda a vendê-lo - de forma inteligente,
persistente e desde o começo. Um ELGP (Entusiasmado Líder de Grandes
Projetos) tem que dominar duas habilidades essenciais de venda:
argumentação e organização da comunidade. A arte da argumentação
resume o que chamamos de "conversa de 2 minutos no elevador". Você
está no elevador a caminho da sua sala. A porta se abre e o presidente da
empresa entra. Enquanto a porta se fecha vagarosamente, ele olha para
você fixamente e pergunta: "Em qual projeto você está trabalhando que o
torna especial para esta empresa?" Você está sozinho no elevador com a
pessoa mais importante da empresa e tem 2 minutos para responder
exatamente por que seu projeto é importante. Qual é o seu argumento?
Claro que você fica com um frio na barriga e com o coração saindo pela
boca - mas a questão da argumentação no elevador não é como lidar com
a pressão. A questão é a comunicação. E a preocupação. Você conseguiria
reduzir o conjunto de problemas incrivelmente complicados com os quais
está lidando em seu projeto a três pontos principais, de forma que qualquer
um pudesse entendê-los imediatamente? Melhor ainda, você poderia
explicar seu projeto usando uma metáfora perfeita sem o uso de slides em
Power Point? Por exemplo: "Quando tivermos terminado esse projeto sobre
a satisfação do cliente, estaremos tão íntimos que nossos clientes serão
nossos companheiros de bungee-jumping." Você saberá que conseguiu
uma metáfora perfeita quando receber as camisetas, para você e sua
equipe, com os dizeres "A turma do bungee-jumping" - cortesia do próprio
CEO. A outra habilidade essencial do ELGP é a organização da
comunidade. É uma arte que floresceu na década de 60 sob a tutela de
ativistas legendários como Saul Alinsky, que escreveu Rules for Radicals
(Random House, 1971), e o sindicalista Cesar Chavez. As lições ensinadas
por eles também se aplicam a seu projeto. A organização da comunidade
tem origem no apoio das pessoas. Trata-se de como identificar, entre as
que estão a sua volta, aquelas com quem você possa criar uma causa
comum e apaixonante. Trata-se de como ignorar a sabedoria convencional
das diretrizes da empresa e, em vez disso, jogar o jogo com regras bem
diferentes. Por exemplo, a prática convencional instrui os futuros ELGPs a
conseguir que o alto gerenciamento "compre a idéia de seu projeto" desde
o início. A frase clássica diz: "Consiga o apoio de seu chefe e você
conseguirá o sinal verde de que precisa". Não! Não! E não! Nunca procure
seu chefe muito no início do projeto. E nunca vá até seu chefe antes de
conseguir organizar o apoio das pessoas que vão trabalhar com você,
apoio indispensável para fazer com que o projeto se torne realidade.
Organizar a comunidade não significa observar seu organograma para ver
o que o chefe pensa. Significa olhar a seu redor para verificar quem você
pode convencer a endossar o projeto; olhar para ver quem você pode
incluir na lista de sua causa; e olhar a sua volta para verificar quem está em
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uma área essencial e quem pode contribuir com talento. Não se preocupe
com a aprovação de seu chefe. Organize a comunidade e, quando for falar
com seu chefe, ele reconhecerá que você já conseguiu a aprovação das
pessoas talentosas da organização. O segundo engano estratégico que
você não pode se dar ao luxo de cometer é gastar precioso tempo, e uma
parca energia emocional, preocupando-se com seus inimigos. Se seu
projeto for genuinamente um Grande Projeto, você certamente terá
inimigos. (O axioma do projeto: qualquer coisa que valha a pena ser feita
enlouquece o sistema.) Esqueça seus inimigos! Concentre-se na obtenção
do apoio de seus amigos. Consiga a adesão de pessoas importantes que
emprestem seu nome e influência para o projeto. Lembre-se: você nunca
conseguirá mudar a opinião de seus inimigos. A melhor coisa a fazer é
cercá-los daqueles que o apóiam de forma entusiasmada e determinada.
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gênio em design e CEO da Ideo, expressou-se bem ao dizer: "Fracasse
sempre para ter sucesso mais rápido". Pode parecer estranho, mas o
trabalho da execução relaciona-se, na verdade, com o fracasso. Então,
comemore o fracasso! Toda semana dê um grande troféu como prêmio ao
membro da equipe de projetos que fizer a "besteira da semana". Por que
não? Pense, viva, durma, coma e respire pensando em seu cronograma. Já
está na hora de pensar seriamente em terminar seu projeto. Assim,
concretize essa coisa indefinida que você chama de "seu projeto"
elaborando uma lista de coisas a serem feitas. O que precisa ser feito hoje?
E amanhã? E na próxima semana? Desenvolva um método simples e fácil
para avaliar o progresso do projeto. Pode ser algo tão simples quanto o uso
de um fichário com um divisor para cada etapa do projeto. Se você quiser
um bom exemplo deste método, leia o livro de Guy Kawasaki, The
Macintosh Way (Addison-Wesley, 1989). O livro inclui o plano completo de
apresentação da Macintosh - um exemplo da lista de coisas a serem feitas.
Domine também a arte de fazer reuniões de 15 minutos - uma sessão
diária "dinâmica" em que cada membro do projeto faz um rápido relatório
do progresso, identifica a descoberta do dia ou grita desesperadamente por
socorro. Se a CNN consegue organizar a pauta de matérias de um dia
inteiro de transmissão em 30 minutos (como faziam em 1993, quando
visitei sua sede), então você certamente pode organizar seu projeto em 15
minutos. Faça com que seja realmente divertido. A lista de coisas a fazer
serve para que você tenha certeza de ter alcançado a fase final do projeto.
Mas isso não quer dizer que você deva tolher sua personalidade. Nunca
perca o senso de diversão que uniu a equipe no começo. Lembre-se
sempre de comemorar para manter a alegria ao desenvolver um Grande
Projeto. Nenhuma conquista é tão pequena ou insignificante que não
justifique uma pequena comemoração. À medida que você alcançar seus
objetivos e completar o fichário com as conquistas de sua equipe de
projeto, lembre-se da pausa que revigora. Não precisa ser algo
excepcional. Pode ser o suficiente para manter as tropas entusiasmadas.
Tão importante quanto essa lista com os três itens a serem observados é
aquela com os três itens a serem evitados: os maus hábitos nos quais as
equipes escorregam quando chega a hora de executar o projeto - o vilão
que pode pôr a perder até mesmo o mais promissor dos projetos. Não fale
demais. Você vai passar boa parte de seu projeto falando sobre ele. Mas a
realidade na maioria das empresas é que a execução do projeto
freqüentemente se transforma em conversar sobre a execução, ou seja,
falar em vez de fazer. A equipe pára de construir protótipos e de fazer
revisões e começa a falar sobre o que precisa acontecer em seguida. Ou
as equipes gastam muito tempo em reuniões, conversando uns com os
outros, e não passam tempo suficiente no mercado conversando com os
usuários finais. Pense sobre isso em termos matemáticos: se a proporção
conversar/fazer da maioria das equipes é de 70% para 30%, então você
deve reverter esses números para que sua equipe faça 70% e converse
30%. Não pare de vender. Aqui está um outro modo de encarar a
execução: trata-se "apenas" de um aumento de vendas (sem brincadeira).
Seu trabalho durante a fase de execução é desenvolver uma base de apoio
que possa ser expandida. A execução nada mais é do que reunir cinco
adeptos fervorosos que apoiaram você durante a fase de criação, junto
com 15 adeptos fervorosos que aderiram à causa durante a fase de venda.
E adicionar 45 novos adeptos fervorosos que podem ajudar a levar seu
projeto a campo - onde ele possa ser implementado. Nunca pare de
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vender! Nunca pare de recrutar! E, finalmente, não perca o entusiasmo:
não deixe o projeto ficar árido. Tão importante quanto manter o projeto em
andamento é torná-lo grandioso. Convenhamos: a execução de um projeto
é emocionalmente desgastante. A grandeza do projeto pode se esvair fácil
e imperceptivelmente. Depois de algum tempo, você e sua equipe ficam tão
cansados que se esquecem do que tornou o projeto grande, lindo,
revolucionário, impressionante e extraordinário. Você corre o risco de
executar o que pode vir a ser apenas um outro projeto - um "sucesso
medíocre", como colocou um participante de meu seminário. (Outra
equação: sucesso medíocre = morte.) Essa é a hora de dar uma parada.
Leve sua equipe para espairecer um pouco. Volte aos princípios iniciais e
verifique se vocês ainda estão envolvidos emocionalmente. Recrute um
novo membro, alguém com energia e entusiasmo. Mas não deixe que a
energia que deu início ao Grande Projeto se perca.
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tenha vergonha: lembre-se de que você ainda está vendendo o projeto e
construindo sua marca. Autorize a elaboração de um histórico do projeto
que registre a contribuição dos membros da equipe e que capte as lições
importantes que foram aprendidas durante o desenvolvimento do trabalho.
E envie notas de agradecimento a todos os que ajudaram, apoiaram e
acreditaram no projeto para torná-lo uma realidade. Você precisará deles
novamente - em seu próximo Grande Projeto. Deseje o melhor para seu
sucessor e certifique-se de que tudo que você fizer quando passar o projeto
a essa outra pessoa facilitará o trabalho dela. É fundamental ter certeza de
que o projeto seja um sucesso - e não mostrar que sem você o projeto
rapidamente acabaria. Se você for um grande ELGP, certamente já deve
estar buscando sua próxima oportunidade. Já deve ter identificado e
selecionado a maior parte de sua equipe (certifique-se de selecionar as
pessoas que você quer, não as que o departamento de recursos humanos
oferece). E, se você estiver seguindo o estilo de observação de Richard
Branson - Karl Weick, você já estará reunindo sua própria coleção de
recortes de jornais, experiências pessoais e pensamentos aleatórios. Tudo
isso é matéria-prima, e está esperando que você a vasculhe e escolha algo
que possa vir a ser seu próximo Grande Projeto. O mais importante é que o
fim de seu projeto marca sua maior oportunidade: a chance de você fazer
uma auto-avaliação. Chamar o projeto de "bem-sucedido" não é o
suficiente para captar o real valor da experiência. Se você estiver decidido
a fazer dele um sucesso pessoal intenso, precisa refletir sobre o que o
projeto significa para você. O que você aprendeu com ele? Em que pontos
você se saiu bem? Em que pontos você não se saiu tão bem? Que
habilidades acredita ter desenvolvido? Que habilidades ainda precisa
desenvolver? Ao fazer sua própria avaliação ao término do projeto, você
não estará apenas encerrando seu envolvimento emocional e profissional
com ele, mas também estará dando o primeiro passo para realizar seu
próximo projeto. A partir dessa avaliação, você terá as respostas que o
levarão adiante. Você decidirá se quer trabalhar em um projeto que ofereça
uma gama de novas experiências ou se prefere desenvolver suas
habilidades em uma área na qual já demonstrou sua destreza. Você deve
trabalhar suas fraquezas ou apostar em seus pontos fortes? Ao olhar para
seu portfolio, você pode decidir que seu próximo projeto deve conduzi-lo a
um novo campo - para que você possa aprender mais sobre finanças, por
exemplo. Ou a um novo papel - para que você possa atuar mais como
membro de uma equipe do que como um líder. Ou a uma nova região -
para que você possa desenvolver um projeto fora de seu país. Você faz a
sua avaliação, procura um projeto pequeno com grandes implicações, faz a
pergunta "isso é importante?" e dá início novamente ao ciclo de um Grande
Projeto. Você aprendeu a mover-se de projeto em projeto em um mundo
onde o trabalho é definido por projetos. Você aprendeu a nova equação do
mundo do trabalho:
VOCÊ = SEUS PROJETOS.
Bem-vindo à era dos grandes projetos.
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A armadilha
Autor
Tom Peters - Estudou Engenharia na Universidade de Cornell e tem o
MBA e o doutoramento pela Universidade de Stanford. Trabalhou na
McKinsey e deixou a empresa para ser consultor independente.
Tom Peters é considerado o primeiro guru da gestão. É extrovertido, sabe
aproveitar o bom relacionamento com a imprensa e é capaz de mudar a
sua linha de pensamento em frente a uma vasta audiência — gerando a
crítica de falta de consistência.
Os livros são o reflexo do trabalho da sua vida. Em Na Senda da
Excelência, selecionou 43 empresas de sucesso, tais como a IBM, a
General Electric e a Procter & Gamble, e apresentou o lado favorável da
crise norte-americana, face à concorrência japonesa. O sucesso deste livro
levou-o a escrever mais dois livros sob o mesmo tema.
Nos anos 90, Tom Peters defendeu a idéia de que o sucesso empresarial
reside nas pequenas empresas, com estruturas simples e em constante
comunicação. As marcas são a base do sucesso, sobretudo a marca Você,
porque detrás de qualquer estratégia de sucesso está sempre o indivíduo.
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