A Familia Castro
A Familia Castro
A Familia Castro
~~~~~
(LIGEIROS APONTAMENTOS)
POR
C E.ARÁ
TYPOGRAPHIÂ EcoN,OMlCA
Rua Boa-Vista, 85
1883
.
,-
4
..
3.t;l Joã.o Facundo d} Castro 'e N[e•nézes.
4 . ', Mtnoel do Nasc1·nento· Octitro e Silva.
5. q Vicen t.e !ler.reirl1de Castr~o Sil "ª-
6. º 'ren.en'te-cot"OnelEAntonio da Silva Castro, fal-
lecido a g de Feveeeirá de 1862.
7 .º D . ,F\·ancLsC~ dE }~stro R!l,bello de Mora.es, q ne
.i
Dias.
J o s é d e· Ca s t r o
Silv;i 2. 0 •
Antonio José de
Castro Silva.
João ele Castro
Si lva.
Padre Vicente
~ Ferreira de °Cas-
tro Si lva.
FranciSi.:O Xavier
1\nanoe
,T lo·ias ta !
l J) on te Josl.!· .,ue ças t.I o s·1
.1 va l . 0 ,i\f ele Castro Silva.
I de Cas t.10
lJ.ª Maria Lopes D.ª Anna Clara da Silva s~7~a.
Padre Joa·q uim
José de Castro
Si lva.
D.ª Anna Clara da
Silva.
D.• Thcreza de
Jesus Maria.
D.•J\fa.riaC!ara da
Conceicào Sa-
\ boia. •
DO
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- 33
Castro Silva.
ô
43
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51
PAHEC Eil :
L
63
infan cia.
(h) D . Thereza da . Rocha Moreira, nas-
.66
• L
6i
de 1777 e fall écido fl. 1G· de Janei1•0 de 183G, teve a
seg:uin te desce nrl encia : _ _
(a) D. Maria Ros a _de Viterbo Castro
S a mpaio, nas cida ,1, 4 ele S eternbrn de 18[2 e
casa da com Lili;,: Fra nt: isco Sampaio, fallecido a 15
de O :1tnbrn _el e 18 Gl, filh o d o ca pi tão- mÇÍt' João Frnn-
cisco Sam paio e de s 11 n, mulh e r D. h alwl Sampaio.
(b) Luiz de Castro Carreira, fo.ll ecido na
infan cin,.
(c) Tiburcia de C as tro Carreira, falle-
cida nn, infancia.
(d) Senn.dor Dr. Liberato de Castro Car -
reira . N ,1sce u a 21 de Agosto de 1820 e caso u-se a
11 de S etembt·o ele 1841 com slla prim ,1 D. Brazilia
An gel ica d e Castro Cn.1-reirn.
Hav enrl. o se rl otlt-ornd D peln, E;col a d e Med ici na do
Ri o de Jan eirn e m 18-14, fu i por p or taria d e 3 de
Abril el e ·J8 15 nomeado in eeli co rla pobreza e de poi s
pr b verl or ela. saúde, pot· p ol't,tria cl8 :28 el e Dezembro
de 18 J57 medic o con s ultante do hosp ital milir.fit', por
p orta ria ele 10 cb Ag-o.:; t o de 1851 commissario vac-
cinadot·, e por p JrtM in. de 2Z> de Agos to ele 18·52
m embrn da junta de h yg- ien e pnblicR .
· P elo~ se rvi ços 11res tadu s em 1851 na epid emia ele
feb re atrntrella f.J i condecorndn com o habito de
Christ.o e em 1855 p or oc casiiio da ep id e mia de cho-
lern com o habito <h R J,:m , aqu ell e por Decret o de
11 el e Marco de 1855 e e:3te d e 2 ele Deze m b!'o ele
1858. .
Por portai·ia de 2 J 3 Ab t·il ele 1846 e 24 de Feve-
rei ro de 1850 foi: nomeado substituto do juií: muni-
cipal e elos orphiios e el e dirnito ela capital do Ceará.
Ret i rnndo-se para a Corte em 1852 o Dr. Castro
Caneira não esquec_e u a patria nem aos amigos,
mantendo todas as s nas relaçõ es e adqu ir indo n ovas,
graças a sua proverbial prestabilidade.
Al i em urna posiçii '> social invej avel não -deixou
em abandono os interesses do -torrã o n :1 tal, e d os co-
re l igionarios . · ·
68
Depois dos t--1 annos do dominio conservador ,
quando a 12 de Março de 1867 a provincia teve de
mandar uma lista a Corôa pal'a escolha dos dous
se nadores substitntos do Marquez de Abrantes e
Candido Baptista, s~ u nom e nella figurnu , mos-
trando assim o Ceará que nã.o esquecia o filho aL1-
sen te, que por elle ded icav a-s e.
Havendo lug:a r a mudan ça politica ele 1868, na
qu a l o ph rn nesi reactor tornou pt·oporçõe:3 das derru-
b a das, o Cea,r-á foi um a J a:3 p l'Ovi ncias, ond e se pra-
ticaram actos de verdadeira a!'bitrariedade.
E-,tes abu:30,; foram pwfligados por Castrn Car-
r eira, nã.J só em s ucce~sivos artigos com a s ua assi-
gnat ura, co m ::i em publi caçõ es sob sua r es ponsabili-
dade e e m um pamphleto, qu e teve por titulo -
cc A reaccão conservadora el o Ceará n.
A pae· com o senador Pompeo foi o cearense, que
appareceu acl vogando a causa elos seus co'-relig·io-
narios .
Durante os dez annos ele ost racismo liber-al, nã o
este ve- n a so mb nt a e.-,pe ra do bo·m tempo; ahi estão
os sens trabalho,i como co rresp ondente do cc Cea-
rense>> e urna. serie de cartas políti cas e noti ciosas,
que si nii, o ernm dá imp orta ncia das do amigo au-
sente ou do solitcwio, qu e deram nome a Paranh os e
Tava1·es Bastos, illustrnram por es paço de se is annos
as pag inas do ol'g-ií.o lib era l co m aprasimento dos
l eitores.
Na «Refo rma)) figuram muitos dos seus traba-
lhos, e entl'e elles uma serie, que teve pol' titulo -
« As economias no orçamento JJ - atlvogando idéas,
das q uaes algumas se acham adoptadas, e outras
apresentadas ao parlamento.
Quanto a serv iços prestados á provinc_ia, -ahi está
a estrada de Ferro de Bat urité, para cuja realisação
e progresso concorrnu co m a maior dedicação e des-
interesse por espaço de cinco annos. _
Nos embaraços, em que por mais de uma vez pe
viu essa estrada, como empreza particular, conse-
. 69
t. .,
'iO
DOS FILHOS no
"
-Get'vasio de Ca;;tro Valente, Aquilina de Castro
Valente, Leolina Leopoldina de Castro Valerite e
José Henrique de Castro Valente, cadete do exer-
cito, fallecido em conseq uencia dos ferimentos rece-
bidos na ca-mpanha contra o Paragnay. ·
(f) Major Coriolano de Castro e ·Silva,
nascido a .28 de Outnbro de 1829, e casado em Matto
Grosso a 21 de Janeiro de 1859 com D.5 Izido.ra
Francisca de C'astro, .da qnal teve os aeg11intes filhos:
Mal'ia, fallecida na infancia.
Francisca, nascida ·n a antiga capital de Matto
Grosso a 3 de Dezembro ele 1863, e fallecida em FoL·-
taleza a n de Janeiro de 1880.
Pt:Jdro Nolasco · de Ca;;tro Meneze;;, nascido em
Villa Maria a 31 de Jan eiro d'e 1866, e actualmente
estudante do Instituto de Hurirnnidades Cearense.
O Major Coriolano, estando em Pernambuco, as-
sentou praça no exe1·cito a 20 de Dezembro de 1844,
·tomou parte na revolta de 1848, assistiu ao com-
bate de 2 de Fevereiro de 1849, fez parte do exercito,
que do Rio Grande do Sul, onde estava destacad_o,
marchou contra o Dietaclor da RApublica Argentin'l;
foi promovido ao posto de alferes por Decreto ele 14
de Abril de 1855, ao de tenente. por Decreto de 28
<le Novembro de 1863, e ao de capitão por Decreto
de l de Julho de 1867, expeclicionou em Matto Grosso
no anno de 1857 e contra a praça de Curnmbá em l8ti7
pelo que foi condec\>rndo com a medalha de prata,
tendo o dístico-« Constancia e Valor)). ·
O major Coriolano fez a campanha do Paraguay,
sendo por isso conJecorado com a Cruz de bronze
e passador de prata n. 5 e é cavalleiro da ordem
militar de S. Bento de A viz.
Sua reforma, a pedido, no posto de major traz a
<lata de 5 de Julho d-e 1879.
(g) José · Augusto de Castre e Silva, es-
crivão do ci vel crime, ta-bellião no · Araca ty, nas-
cido em 1831. .
Casou com D.• Felismina Correia Lima, filha do
,. L
'i5
major Geraldo f.orreia Lima e de sna mulher D.•
Joanna Baptista Barbosa Lima, e teve a seguinte
descendericia: ·
José Augusto de Castro e Silva Junior, neg·ociante
na Provincia do Amazonas, casado com D.ª Maria
Augusta Barbosa de Castro, filha do Dr. Joa_quim
i Barbosa Lima, jn :z de direito ela Fortaleza e de sua
~ mulher D.• Rita Cintra Barbosa Lima, natural do
Recife;
Joa.o Augusto de Castrn, residente em Baturité.
Eduardo de Castrn e Silva Netto; Alfredo dti Cas-
tro Silva; Ulysses de Castrn Silva; Pedrn de Castro
·e Silva: Joanna de Castrn e Silva.
(h) Éduardo de Castro Silva 3. 0
•
L, (.
76
(1) - Theodolin a Ern estina de Castro~
nascida em 1830.
(ri1) Castriciano de C ast ro e Silva, nas-
cúdo em ·1840 e failecido na PrnYincia do Amazo-
nas a 27 de Fevereirn de 1883.
(n) Art;himedes de C a stro e $ilva .
2.º-0 tenente-c oron el José -de Castró Silva
4.º, casando-se com D..:' Berna1·din a f:andid a de Castro, ~
n ascirla em Setembrn de l 805, filha do JJort uguez
Ignacio .J o.::;é da Costa e de s ua mulher D. ª Maria da
Costa, . teve a seguinte descendencia.:
(a) D.° Joseph a L eo p o ldina d9 C as tro
Silva , naseilla a 14 de Mal'co de 1821.
(b) D.ª A_ms.li a d e Castro Silva, nascida a
25 d ~ _.Julho de ·1822, ca;;ada com se u primo A nt onio
da S il va Castro. Não teve filh os.
(c) Rvcl.º Tito José de Castro Silva Me-
ne zes. Foi um rlos chefes rl o partido lib eral do
Arn caty e como minis tro da Reli g· ião fez-se notavel
po1· actos de abnegação e cat·iclad e.
O «A ra cnty)) de 28 de Maio de 1862, tarjand') suas
p agi nas de luto. dedicou um numero especial. á .
m orte d' esse varão illnst. re, Yic t ima do cholera e
con cl ue RS.::;i m s ua necrol ogia : « N asce n o P ad re
Tito no l. º el e Agosto de 1823, ·tomou ordens sac ras
em 18-16, celeb.rou a l.• mi-,sa n o l. º de .Ja neil'o de
1847; e m 1848 qu ando a peste da varíola asso lava o
Araca ty , elle co nso lava, a uns, un gia a outros, soe-
corria a quant os podia e tornon-se notavel por sua .
carida<le . Em Mai o de 1851 foi nom eado coadjucto!'
d 'esta freg·uesia e n\~::;sa epocha pre.::;tou os mais rele-
vantes se rviços e m prol dos :flag-e llados pela febre
amarella : desde 1848, na qualidade de vereador
empenhou-se pelos interesses do mnnicipio : como
juiz municipal s upplente foi solicito em cumpri!'
seus deveres, finalm ente na terrível_ quadra, em
que n os achamos ( a do cho tera-morbus) tornou-se
notav el p ela sua abnegação, por seu amor ao prn-
ximo >).
77
<.,
82
esse lu g ar; foi nomeado fiel d'armazem, e·mprego
que nii.o ace e ito11 por doentes.e m esp e rança de r esta-
belecimento, e follec e u solteiro em 5 de Sete mbro
de 1872.
(.i) Theodomiro, nas citlo em 30 de Maio de
1849 no Arncaty , fall e cido em 14 d e Sete mbt·o do
mes mo a11110.
(k) D ." M a ri a J ozina de Castro , n asc ida a 28
de Julho d':l 1850 na cidad e de S. Be rual'clo , en son-se
nesta c idad e da· Fortal eza em 30 de N o ve mbro de
1872, trwe um filho d e norn e Joã o, nn s cido e m 21 ele
Deze mlJ ro de Hl7:3 , fall ec id o e m 22 d o m esm o m ez,
e nma filh,1 Cl eo bolinn, n asc ida em 8 de 1lat'cn ·d e
1873. .
(1) Raymundo Theodorico de Castro
Filho , n asc icl o em 1 l d e .Ja ne iro de 185'2 n o Ar a-
caty , cas on-se D." corn A11tuChernbina,Coelho Cast ro,
tev e 11rna m e n ina de nonn Ch e r11bin n, nas c id,1 em 5
de Ab1·il d e 1876, fn,ll ecid a no Rio de Jan eiro com
m'1i s d e anno de idade.
(m) Theodomiro Theodorico de Castro
1rnsc ido e m 23· d e Fev e l'_eiro de 1856 na Forta le za,
onde cnsou-se co m D." hab e l Ma ria el os S a nt os , t em.
don s filho s: Anrn11cl, na sc i,lo em 22 d e Junh o d e 1878
e L a h y res , nasc id,1 em 3 de J a·neirn de 1880. ·
R ay mund o Th eo d or ico casou-se em segundas nup-
c ias, n e.sta ca pital ,-co m D." J o.se pha L eonilla d os San-
tos Cast ro em o I .º d e Dezembro . de 1873, e des te
matrim onio t e m tido tr e:; filh o,s, a saber:
.José n asc ido en1 22, d e S etembrn d e ·1874 .
Idel vira, n asc id,1, e m 20 de Mttio de 1877, fo ll ec ida
em 12 ele Abl'il d e 1878.
Luiz nas cido em 4 de Abl'il ele 1879.
8. 0 - D." Ma rg-al'ida de Castro Silva nii.o casou.
9. - D. ª R ,Js a d e Vite rb o Castrn Chaves e seu pri-
0
DOS F I LHOS DO
e L
91
· DOS FILHOS DO
o
DESCENDENCIA
Q
DESCENDENCIA
DOS FILHOS DO
e L-
99
"
li
,DESCENDENCIA
DOS FILHOS DE
- u
101
t... •. V
103
e.,
101.
· cason·, como fic~o u dito á pag. 99, com sua prima D.•
Juliana AÍlgusta de Ca.;tro e não teYe filhos.
6. -D.' Maria do Ca1,mo rle Castro Porto e Felippe
0
L V
DESCENDENCIA
nos FILHOS DE
IJl "'
Auto de c oPpo ele cl elicto que n.1.andou p r o ce d eP o J uiz
de p az do prirneiro anno, Capitão - mói., J oaquin1 José
Barbosa,. no caclave1" elo lVI a jor JC?ão .Fnc unclo de
Castro e Menezes, assassinado no dia ant e c edente.
(BENTH .UI.)
**
Tratando de Manoel f eli zardo, a <1nem chama de
capitã.o grnduado •de eng·enheil'Os, quando o titulo
que lhe compete é o de honorario; e este pelo lug·ar
que occupava no corpo docente da escola militar,
o Dr. Paulino narra os dias da n ova adminístracão e
da nova política, ua µro vincia, (poi:c; os libêraes
h av iã.o cahido com o regente Feijó), corno si nada
h ouv era acontecido de notav el, de ànormal, durante
o;; 14 mezes, qn e tantos ella durou ;- explíca a luta
empenhada com os adversarias da nova phase de
cou:;as por estes havei·em qnebrado 9 com promísso
contrahiclo de apoiar o regente marq uez de Olinda
em opposigã.o a Hollanda Cavalcanti sem diz er toda-
via q ne a cansa da qnebra do compl'umisso de
Facnnd:o, .José Lourenço e se us parentes e correligio-
narios havia sido Alencar, o amig·o do cand id a to
Lima e Silva, n'aqu elle tempo lib eral; m otiva as 156
demissões e até as de empregados vitalicios, já mes-
mo qnando, havia di as, estava de;:;embarcado o
successor nom eado .João A. de Miranda, com a neces-
sidade ele chamar os amigos do g·overno as posições
de confiança ; falla no projecto sobre cornetas e in-
strnctor da gnarda nacional e passa a occupar-se dos
novos postos a que foi chamado por seu múacimento
o presidente, qu e, si como hom em privado deixou
uma memot·ia honrada e um nome digno do mais
sincero respeito, unicas riq nezas, que a 's eus filhos
legara qnem se asseutara nas cnmiadas do poder, na
cupola social , mostrnu-se em tudo no Cea rá dema-
siado partidario.
Esquece, porém, o julgamento dos Moirões, elle
cuja imprensa tantos artigos espalhou sobre o lu-
o
118
\.. L,
120
o o
diaca o capitão-mór Barbosa nos braços de sua
sobrinha e esposn, D.ª Vicencia Candida Barbusa,
deixando de Reu primeirn consorcio trez filho s · a
saber : D;ª Thereza Barbosa, que se casou com ::;en .
primo Joaquim da Fonseca Soare3 Silva, maj01· Joa-
quim José Baebo::m, qn e se casou com urna filh a de
Facunclo, e D." Rufina Barbosa, que casou com o
tenetite-c ornnel Thoma;1, Lonrenco da Silva Castro.
Seus re;;tos rnpousam no c01·/edor esquerdo da
Igreja do Rosario, ficando a seus lados os tnmulos
de .Toã.o Facundo e D." Lourenca de Moraes·.
0