Checklist Anamnese Autismo

Zeneide Rocha
CHECKLIST DA
ANAMNESE
Na Clínica e na Escola
#AUTISMO
A seguir, estou
disponibilizando um
checklist do que é
importante ter na
anamnese, conforme
foi dito na live do dia
28.06.21, lá no meu
canal do YouTube.
Com carinho,
Zeneide Rocha
O QUE É IMPORTANTE SABER?
É através da anamnese que conhecemos a
criança, no que diz respeito à sua história,
contexto familiar, social e escolar.
Não há um formulário padrão que seja perfeito,

cada profissional faz os ajustes necessários para
capturar as informações que julga necessárias.
Importante ressaltar também, que a anamnese é

um documento que deve fazer parte da pasta da
criança, seja na clínica ou na escola e, sim, pode
sofrer alterações ao longo do tempo, conforme
novas informações vão surgindo.
E, em hipótese alguma deve ser apreciado por

terceiros, pois ali consta dados muito particulares
da família.
Não há formulário padrão, que seja perfeito,
como dito anteriormente, mas alguns dados são
bem importantes e devem constar na entrevista,
conforme checklist abaixo:
1) Histórico pessoal: dados pessoais, por exemplo,
idade, escolaridade, nome e ocupação dos pais,
etc.
2) Composição familiar: descrever os membros
da família, se os pais são separados ou não, como
é o relacionamento no ambiente familiar etc.
3) Queixa dos pais e/ou responsáveis: descrever
aqui a queixa familiar. Se na clínica, perguntar o
motivo da consulta, o que levou a família a
procurar ajuda. Pergunte aos pais ou
responsáveis o que mais gosta na criança e qual
compartamento que não gosta tanto assim.
4) Concepção: saber se a criança foi planejada,
desejada, como foi a gestação (detalhes), o
parto, se foi cesárea, normal, qual foi a condição
ao nascer em relação ao peso, se chorou assim
que nasceu ou não, etc.
5) Comportamento e desenvolvimento: Como era
a criança nos primeiros anos de vida?
Muito quieto
Inquieto
Pouco alerta
Interessado
Sono excessivo
Pouco sono
Difícil para ser acalmado
Não gostava de ser abraçado
Número excessivo de acidentes, etc.
Tem algum interesse específico? Tem algum
ritual, como por exemplo, que as atividades
diárias sejam feitas sempre na mesma ordem e
horário? Tem alguma rigidez comportamental
e/ou cognitiva?
Como são as respostas aos estímulos sensoriais
(barulho, texturas, cheiro, dor, etc)?
5.1) Desenvolvimento psicomotor: aqui é
importante indicar a idade aproximada quando
ocorreu cada comportamento, por exemplo,
quando sorriu, sentou, engantinhou, andou,
correu, etc.
5.2) Desenvolvimento social: como era a criança
nos primeiros seis meses de vida - olhava e
interagia com a face da mãe? Sorria
responsivamente? Sorria espontaneamente?
Nos primeiros 24 meses apontava para pedir
alguma coisa? Aos três anos brincava com outras
crianças? Brincava de faz de conta? Etc.
5.3) Sono: Saber de detalhes do sono da criança,
pra começar, saber se é calmo ou agitado, qual o
horário de dormir e de acordar, se dorme
sozinho(a) e em cama separada, até que idade
dormiu com os pais, se precisa de algum objeto
específico para dormir, etc.
5.4) Quando parou de usar fraldas, durante o
dia e durante a noite (ou ainda faz uso).
5.5) Linguagem: idade das primeiras palavras,
frases e saber qual a dificuldade atualmente.
6) Histórico médico familiar: descrever as
doenças que a criança apresentou ou apresenta,
bem como doenças de cunho familiar.
7) Escolaridade: saber quando iniciou na escola,
como foi sua adaptação, motivo que começou a
frequentar a escola, relato de professores, suas
maiores dificuldades em relação à leitura, escrita,
coordenação motora, atenção, concentração,
memória, saber também se já conhece cores,
números, letras meses do ano, dias da semana, se
já sabe fazer uso da tesoura, etc.
Durante esse momento de conversa com os pais ou
responsáveis, é muito possível perceber se a família
tem consciência das dificuldades da criança, se
auxilia o desenvolvimento da mesma, se participa
das descobertas e também incentiva, se há
afetividade ou apenas cobranças, entre outras
situações, que dificultam a aprendizagem. Por isso a
anamnese é uma peça fundamental no que diz
respeito a levantar hipótese diagnóstica, bem como
planejar os próximos passos.
Caso não tenha assistido o vídeo sobre a
anamnese ou queira ver novamente, basta
clicar na imagem abaixo.

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