Roteiro Da Sessão

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ROTEIRO DA SESSÃO

APRESENTAR ESCALA ANSIEDADE DE DEPRESSÃO


HAM-D E HAM- A
>25 PONTOS Gravemente Deprimido
18 - 24 pontos Moderadamente Deprimido
7 -17 pontos Depressão Leve
TEMPO DE TRATAMENTO- 6 e 16 sessões DE 3 a 8 meses dependendo do caso pode se esterder.
Alguns clientes precisam de consideravelmente mais tratamento por um período de tempo mais
longo. Algumas vezes esses clientes têm vidas caóticas ou enfrentam desafios severos
constantes como pobreza ou violência. Alguns têm transtornos crônicos ou resistentes ao
tratamento. Outros têm transtornos da personalidade, uso de substâncias arraigado, transtorno
bipolar, transtornos alimentares ou esquizofrenia. Um ano ou mesmo dois de terapia podem ser
insuficientes. Mesmo depois do término, eles podem precisar de sessões periódicas ou cursos de
tratamento
adicionais (em geral mais curtos).
Objetivos da TCC:
ajudar os clientes a se recuperarem
do(s) seu(s) transtorno(s); trabalharem na realização de suas
aspirações, valores e objetivos; resolverem suas questões mais
urgentes; promoverem satisfação e prazer na vida; e aprenderem
habilidades para promover resiliência e evitar recaída.
CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA- Foco na cognições atuais e comportamentos
problematicos.Monitorar experiencias positivas
Aliança Terapeutica- dar justificativas para
as intervenções, usar autoexposição, pedir feedback durante e no final das sessões e trabalhar duro
para atingir (e fazê-lo reconhecer) o progresso contribuiu para a nossa aliança.
Monitorar o Processo- listas dos sintomas semanalmente e pedir feedback verbal e escrito dos
clientes no final das sessões.
Enfatizar o Positivo- Você ajuda os clientes ativamente a trabalharem no cultivo de estados de
humor e pensamento positivos. Isso também é muito importante para inspirar esperança.
Colaboração conjunta- encorajaro o paciente a decidir quais passos dar em direção aos seus
objetivos,
resolver problemas para obstáculos potenciais, avaliar suas
cognições disfuncionais, resumir pontos importantes e elaborar
TCC baseada em valores- (o que é realmente importante para eles na vida), suas aspirações (como
eles querem ser, como eles querem que sua vida seja) e seus objetivos específicos para o tratamento
(o que eles desejam obter como resultado da terapia).
Enfatizar o presente- discutir sobre o que seus clientes entendem agora
sobre o passado e como podem fazer uso do seu novo
entendimento na semana seguinte.
Psicoeducação- sobre a natureza e o curso do seu transtorno, o processo da TCC, a estrutura das
sessões e o modelo cognitivo. Forneci psicoeducação adicional em sessões futuras, apresentando
minha conceitualização contínua e
refinada e lhe pedindo feedback. A cada sessão, encorajar o paciente registrar as ideias mais
importantes que aprendeu para que pudesse revisar
seus novos entendimentos todos os dias
Sessões estruturadas- Revisar Prontuario- Objetivos e plano de ação; coletar dados e definir a
pauta da sessão; dentre as discurssões i intervenções se cria o plano de ação; Resumo da sessão;
certifica de que o Plano de Ação é razoável e
então solicita e responde ao feedback do cliente.
Resposta a cognições disfuncionais- perguntando o que estava passando
pela sua mente), avaliarem a validade e utilidade dos seus pensamentos (usando inúmeras técnicas)
e formularem um plano de ação. Quando pensamentos automáticos fazem parte de um processo de
pensamento disfuncional como ruminação, obsessão ou autocrítica contínua, você pode ajudar os
clientes a aceitarem seus pensamentos sem críticas, permitindo que eles venham e vão sozinhos.
Para modificar as cognições no nível emocional ou mais profundo, você pode usar imagens, contar
uma história, oferecer analogias e metáforas, empregar técnicas experienciais, fazer dramatizações
ou sugerir experimentos comportamentais.
Plano de Ação- tarefa de casa- identificar e avaliar pensamentos automáticos que são obstáculos
aos objetivos dos clientes; implementar soluções para os problemas e obstáculos que podem surgir
na semana seguinte; e/ou
praticar habilidades comportamentais aprendidas na sessão.
Tudo o que queremos que o cliente recorde é registrado.

Tecnica Terapeuticas- técnicas da terapia de aceitação e compromisso, terapia


comportamental, psicoterapia focada na compaixão, psicoterapia
centrada na pessoa, psicoterapia psicodinâmica, terapia do
esquema ou outras.
Conceitualização cognitiva
 entender os clientes, seus pontos fortes e pontos fracos, suas aspirações e
desafios;
 reconhecer como os clientes desenvolveram um transtorno psicológico com
pensamento disfuncional e comportamento mal-adaptativo;
 fortalecer a relação terapêutica;
 planejar o tratamento dentro e entre as sessões;
 escolher intervenções apropriadas e adaptar o tratamento quando
necessário; e
 superar pontos de bloqueio.

Não é uma situação em si que determina o que as pessoas


sentem e fazem, mas como elas interpretam uma situação (Beck,
1964; Ellis, 1962).
AS REAÇÕES DAS PESSOAS SEMPRE FAZEM SENTIDO DEPOIS QUE
SABEMOS O QUE ELAS ESTÃO PENSANDO.
Pergunte-se: “O que estava
passando pela minha mente?” quando:
 você começa a se sentir disfórico;
 você se sente inclinado a se comportar de uma maneira disfuncional (ou a evitar se
comportar de uma maneira adaptativa); e/ou
 você observa mudanças angustiantes em seu corpo ou mente (p. ex., falta de ar ou
pensamentos acelerados).
1- Identificar Pensamentos Automaticos
2- avaliar a validade do seu pensamento. Ex: “Eu nunca vou
conseguir terminar tudo”. Mas faço uma checagem automática da realidade, relembrando
experiências passadas e lembrando a mim mesmo: “Está tudo bem. Você sabe que sempre consegue
fazer o que precisa”.

As Pas surgem atraves de nossas crenças!


CRENÇAS- são compreensões (ideias) profundas sobre a vida e sobre si mesmos. Esas ideias são
compreendidas como verdades absolutas.
Crenças adaptativas sobre si mesmo: crenças nucleares de eficiencia- amabilidade –valor
Crenças negativas disfuncionis: (crenças nucleares negativas):

 desamparo (ser ineficiente – ao fazer as coisas, na autoproteção e/ou ao se


equiparar a outras pessoas);
 desamor (ter qualidades pessoais que resultam em uma incapacidade de
receber e manter amor e intimidade dos outros); e
 desvalor (ser um pecador imoral ou perigoso para os outros).

os dados negativos são imediatamente


processados, fortalecendo a crença nuclear, enquanto os dados
positivos são desconsiderados (transformados em dados
negativos) ou passam despercebidos.
Crenças nucleares são o nível mais fundamental de crença;
quando os clientes estão deprimidos, essas crenças tendem a ser
negativas, extremas, globais, rígidas e generalizadas.
Pensamentos automáticos, as palavras ou imagens reais que
passam pela mente de uma pessoa, são específicos para a
situação e podem ser considerados como o nível mais superficial
de cognição.
As crenças intermediárias existem entre os dois. consiste em atitudes, regras e
pressupostos (frequentemente não expressos). Observe:
Atitude: “É terrível falhar.”
Regra: “Devo desistir se um desafio parecer muito grande.”
Pressupostos: “Se eu tentar fazer alguma coisa difícil, vou
fracassar. Se eu evitar fazê-la, vai ficar tudo bem.”
Essas crenças influenciam a sua visão de uma situação, a qual
por sua vez influencia como ele pensa, sente e age.

as crenças
disfuncionais podem ser desaprendidas, e novas crenças mais
funcionais e baseadas na realidade podem ser desenvolvidas e
fortalecidas durante o tratamento.
A forma mais rápida de ajudar os clientes a se sentirem melhor e
a agirem de maneira mais adaptativa é auxiliá-los a identificarem e
fortalecerem suas crenças adaptativas mais positivas e a
modificarem suas crenças imprecisas. Depois que se consegue
isso, os clientes tendem a interpretar situações ou problemas
atuais e futuros de forma mais construtiva.

DIAGRAMA -acontecimentos importantes na vida e crenças nucleares adaptativas; crenças


nucleares adaptativas e o significado dos pensamentos automáticos do cliente; crenças
nucleares adaptativas, crenças intermediárias relacionadas e estratégias de enfrentamento
adaptativas; e situações, pensamentos automáticos adaptativos e comportamentos
adaptativos.

Para resumir, os DCCs são baseados em dados que os clientes apresentam, em suas próprias
palavras. Você deve considerar suas hipóteses como provisórias até que sejam confirmadas
pelo cliente. Você irá reavaliar e refinar continuamente os diagramas à medida que coletar
dados adicionais, e sua conceitualização não estará completa até que o cliente termine o
tratamento. Embora você possa não mostrar o diagrama real aos clientes, verbalmente (e
com frequência no papel) irá conceitualizar sua experiência desde a primeira sessão para
ajudá-los a encontrarem um sentido em suas reações atuais às situações. Em algum ponto,
você apresentará o quadro mais amplo aos clientes para que eles
possam entender: como suas experiências anteriores contribuíram para o desenvolvimento
de suas crenças; como eles desenvolveram determinados pressupostos ou regras para viver;
e como esses pressupostos levaram ao desenvolvimento de determinadas estratégias de
enfrentamento ou padrões de comportamento. para se assegurar de que ela é acurada, para
demonstrar-lhes sua compreensão acurada e ajudálos a entenderem a si mesmos, suas
experiências e os significados
que eles atribuem às suas experiências. O processo contínuo de
conceitualização é enfatizado ao longo deste livro, assim como as
técnicas para apresentar a sua conceitualização aos clientes.

MONITORANDO O AFETO DOS


CLIENTES E OBTENDO FEEDBACK
O que você achou da sessão? Houve alguma coisa que o incomodou ou que achou que eu
entendi mal? Há alguma coisa que quer fazer diferente na próxima vez?”

Avalie e responda às suas cognições sobre o cliente; crie um cartão de


enfrentamento para ler.
Verifique suas expectativas em relação aos seus clientes. Trabalhe na
aceitação deles e de seus valores como eles são.
Verifique suas expectativas em relação a si mesmo. Certifique-se de que elas são realistas.
Especifique sua preocupação e conceitualize: O que o cliente faria ou diria (ou não faria ou
não diria) na sessão (ou entre as sessões) que poderia ser um problema? Que crenças
estariam subjacentes a esse comportamento?
Cultive uma posição não defensiva de curiosidade.
Resolva os problemas sozinho ou com um colega/supervisor.
Defina limites apropriados com os clientes.
Trabalhe na aceitação do seu próprio desconforto emocional.
Tenha bons autocuidados durante o dia (p. ex., respirar profundamente, dar uma
caminhada, ligar para um amigo, fazer uma prática curta de
mindfulness, comer de forma saudável).

A sessão de avaliação
A atenção aos problemas presentes do cliente, seu funcionamento atual, sintomas e história,
juntamente com seus valores, atributos positivos, pontos fortes e habilidades, o ajudam a
desenvolver uma conceitualização inicial e a formular um plano geral para a terapia.
Você realiza a sessão de avaliação antes da primeira sessão de tratamento. No entanto, a
avaliação não está limitada à sessão inicial de avaliação. Você continua coletando dados de
avaliação a cada sessão para confirmar, modificar ou acrescentar ao seu diagnóstico e
conceitualização e para assegurar que os clientes estejam fazendo progresso

OBJETIVOS DA SESSÃO DE AVALIAÇÃO


Seus objetivos para a sessão de avaliação são: coletar informações (positivas e negativas)
para fazer um diagnóstico acurado e criar uma conceitualização cognitiva inicial e um
plano de tratamento;
determinar se você será um terapeuta apropriado e poderá fornecer a “dose” adequada de
terapia (nível de assistência, frequência das sessões e duração do tratamento); descobrir se
serviços ou tratamento adjuvante (como medicação) podem ser indicados; dar início a uma
aliança terapêutica com o cliente (e com familiares, se for relevante); familiarizar o cliente
com a TCC; e estabelecer um Plano de Ação fácil.

Uma boa prática é informar o cliente durante o telefonema inicial de que geralmente é útil
que um familiar, parceiro ou amigo de confiança o acompanhe à sessão de avaliação para
fornecer informações adicionais e/ou saber como poderá lhe ser útil.
Certifique-se de que o cliente entenda que a avaliação o ajudará a determinar se ele é um
bom candidato à TCC e se você acha que poderá oferecer o tratamento necessário.

ESTRUTURA DA SESSÃO DE AVALIAÇÃO


Nessa sessão, você irá: cumprimentar o cliente; decidir colaborativamente se um familiar
ou amigo deve participar da sessão;
definir a pauta e transmitir expectativas apropriadas para a sessão; conduzir a avaliação
psicossocial; definir objetivos amplos; relatar seu diagnóstico provisório e seu plano de
tratamento amplo e familiarizar o cliente com a TCC; estabelecer colaborativamente um
Plano de Ação; definir as expectativas para o tratamento; e resumir a sessão e obter
feedback. formulário de consentimento do tratamento que inclua itens
como os riscos e benefícios do tratamento, os limites da confidencialidade, as notificações
obrigatórias e a privacidade dos registros. planejar o tratamento dentro das sessões,
desenvolver uma boa relação terapêutica e realizar um tratamento efetivo
DEFININDO A PAUTA:

JUDITH: Antes de começarmos, gostaria de lhe dizer o que


esperar. Isso é o que chamamos de “definição da pauta”, e é algo que fazemos a cada
sessão. Hoje preciso descobrir por que você está aqui, e vou lhe perguntar sobre os
sintomas que você vem apresentando, como tem funcionado ultimamente e sobre a sua
história. ( pausa ) Tudo bem?
ABE: Sim.
JUDITH: Em segundo lugar, vou lhe perguntar acerca do que está
indo bem na sua vida e quando foi o melhor período da sua
vida. Depois vou pedir que você me conte alguma outra coisa
que acha que eu deveria saber. Isso lhe parece bom?
ABE: ( Concorda com um aceno de cabeça. )
JUDITH: Terceiro, vou lhe dar minha opinião sobre o seu
diagnóstico, mas posso precisar examinar seus registros e
formulários e as minhas anotações e conversar mais com você
a esse respeito na próxima semana. Quarto, vou lhe dizer em
que acho que deveríamos focar no tratamento. ( pausa ) E,
durante o processo, vou lhe falar mais sobre a TCC e lhe
perguntar o que tudo isso lhe parece. ( pausa ) No final,
definiremos objetivos abrangentes sobre como você gostaria
que sua vida fosse diferente. Então vou lhe perguntar se você
tem alguma pergunta ou preocupação. OK?

JUDITH: Mais alguma coisa que deseja abordar hoje?

Realizando a avaliação:

 Obtendo uma Descrição de um Dia Típico


 variações em seu humor;
 o grau em que interagem com a família, os amigos e as pessoas no trabalho;
 seu nível geral de funcionamento em casa, no trabalho e em outros lugares;
 como eles passam seu tempo livre;
 atividades que lhes proporcionam uma sensação de prazer, realização e/ou conexão;
 atividades de autocuidado; e
 atividades que estão evitando.

A coleta de dados desta maneira orienta seu pensamento no


desenvolvimento de um plano inicial de tratamento. Você também
usará as informações na primeira sessão quando definir os
objetivos para o tratamento e organizar o planejamento das
atividades.
Dicas: definiam pautas;
descobriam com ele o que poderia fazer para ter uma semana melhor;
garantiam que os pontos mais importantes da sessão fossem registrados
para que ele revisasse diariamente em casa;
o ensinavam como avaliar e responder ao seu pensamento;
o motivavam com sucesso a mudar seu comportamento; e
solicitavam feedback para garantir que a terapia estivesse no rumo certo.

Buscando Informações Adicionais


Próximo ao final da avaliação, é útil fazer duas perguntas ao
cliente: “Há mais alguma coisa que seja importante que eu saiba?”
e “Há alguma coisa que você está relutante em me contar? Você
não tem que me contar o que é. Só preciso saber se há mais a ser
dito, talvez em algum momento no futuro”.
Envolvendo uma Pessoa de Confiança

Definindo os Objetivos e Relatando seu Plano


de Tratamento Geral
Então este será nosso plano de tratamento geral: definir
os objetivos, começar a trabalhar na direção deles, um por um,
e aprender habilidades. De fato, é assim que as pessoas
melhoram, fazendo pequenas mudanças em seu pensamento e
comportamento todos os dias. [solicitando feedback ] Agora me
diga, existe algo no que eu acabei de dizer que não lhe pareceu
correto?
PARTE 4: DEFININDO O PLANO DE
AÇÃO
JUDITH: Bom. Vou fazer algumas anotações sobre o que
acabamos de falar para que você possa examinar durante a
semana [Fig. 5.1]. Como devemos denominar as coisas que
você vai fazer entre as sessões? Seu Plano de Ação?
Atividades de autoajuda? Alguma outra coisa?
ABE: Plano de Ação é bom

PARTE 6: RESUMINDO E OBTENDO FEEDBACK


No final da avaliação, você resumirá a sessão para dar ao cliente
um quadro claro do que foi feito. Primeiro, relembre-o de que o
tratamento começará na semana seguinte. Depois investigue a
reação do cliente à sessão.

ATIVIDADES ENTRE A AVALIAÇÃO E A PRIMEIRA SESSÃO DE


TRATAMENTO

Antes da primeira sessão, você far á o registro do relatório da sua


avaliação e do plano de tratamento inicial

1ª Sessão de Terapia
Você pode escrever as palavras-chave da estrutura nas suas Notas da
Sessão (Fig. 10.1, pp. 172-173) antes da sessão, para que possa se lembrar
do que fazer.
Você fornecerá uma quantidade significativa de psicoeducação na primeira sessão. Uma
brochura como Coping with Depression (J. S. Beck, 2020) examina conceitos importantes e
pode ser sugerida como um item no Plano de Ação.

A primeira sessão de terapia


inspirar
esperança. Você faz isso fornecendo psicoeducação (p. ex.,
pesquisas mostram que a terapia cognitivo-comportamental [TCC]
é efetiva para o problema do cliente), reiterando o plano de
tratamento geral, expressando diretamente sua confiança de que
você pode ajudar o cliente a se sentir melhor e identificando os
valores, aspirações e objetivos dele
Você também irá estabelecer rapport e confiança com os clientes,
familiarizá-los com o tratamento, fazer uma verificação do humor
(para que possa monitorar o progresso e a adaptação ao
tratamento), coletar dados adicionais para a conceitualização,
informá-los sobre o modelo cognitivo, programar atividades ou
trabalho sobre uma questão, desenvolver um novo Plano de Ação
e obter feedback

 Antes da primeira sessão, revise a avaliação na admissão do


cliente e tenha em mente sua conceitualização inicial e plano de
tratamento enquanto conduz a sessão.
Tente identificar um ou mais dos pensamentos automáticos do
cliente em algum momento durante a sessão. Depois você pode
introduzir ou reintroduzir o modelo cognitivo. Ou pode apresentar
um exemplo. Além disso, procure oportunidades durante a sessão
para gerar emoções positivas, por exemplo, fazendo os clientes
criarem uma imagem visual nas suas mentes em que concretizam
suas aspirações, tendo uma breve conversa sobre seus interesses
e valores e/ou usando autoexposição

VERIFICAÇÃO DO HUMOR
No começo da sessão, cumprimente o cliente e faça uma verificação do humor “Eu gostaria
que você viesse para cada sessão uns minutos
antes para que possa preencher estes formulários. [fornecendo uma justificativa] Eles
ajudam a me dar uma ideia de como você passou a semana anterior, embora eu sempre vá
querer que você também descreva com suas próprias palavras como tem passado.”

Você pode usar escalas publicadas Ou pode usar:


PHQ
Generalized Anxiety Disorder Scale (GAD-7);

VERIFICAÇÃO DA
MEDICAÇÃO/OUTROS
TRATAMENTOS
DEFINIÇÃO DA PAUTA INICIAL- Apresentar informação ao paciente

Fazer anotações da terapia


Em seguida, você cita os itens da sua pauta.
JUDITH: A primeira coisa que quero fazer é ter uma atualização do
que aconteceu entre a última sessão e esta [fornecendo uma
justificativa] para que eu possa ver se há outras coisas
importantes para incluirmos hoje. Eu gostaria de ver o que você
conseguiu fazer no seu Plano de Ação e depois conversar um
pouco sobre seu diagnóstico.
Em seguida, definiremos alguns objetivos e, se tivermos
tempo, falaremos sobre algumas coisas que você pode fazer
esta semana como parte do seu novo Plano de Ação. Ou
começaremos a trabalhar em um dos seus objetivos. (pausa) E
então, no final da sessão, vou lhe pedir um feedback. (pausa)
Isso lhe parece bom?
ABE: Sim.
JUDITH: [obtendo os itens na pauta de Abe] Mais alguma coisa
que você gostaria de pautar e falar a respeito?
ABE: Não, já me parece bastante. Isso será suficiente.
ATUALIZAÇÃO E REVISÃO DO
PLANO DE AÇÃO
“O que aconteceu de positivo?”. Como você verá
a seguir, na terapia cognitiva orientada para a recuperação (CT-R)
(Beck et al., no prelo), tendemos a começar por experiências
positivas e ajudamos os clientes a tirarem conclusões adaptativas.
JUDITH: Sabe, Abe, quando as pessoas estão deprimidas, elas
costumam se preocupar com todos os seus problemas.
[fornecendo uma justificativa] Assim, é importante focar no que
realmente está indo bem. Você poderia pensar sobre a semana
passada e me dizer quando esteve no seu melhor momento?
Na sequência, faço Abe focar nessa experiência e tirar
conclusões positivas sobre ela e sobre si mesmo.
JUDITH: Então, o que teve de bom em levá-lo?
Reforçando o Modelo Cognitivo
JUDITH: Entendo. E aposto que você gostaria de ter feito isso há
muito tempo. [descobrindo se Abe atribuiu um significado
negativo à sua evitação] Por que você acha que ficou tanto
tempo sem fazer isso?
ABE: Não sei. Eu fico pensando: “Tudo é tão difícil”.
JUDITH: Quando você teve o pensamento “Tudo é tão difícil”, o
que esse pensamento o fez sentir emocionalmente: [fornecendo
uma múltipla escolha] Feliz, triste, ansioso?
ABE: Triste, muito triste.
JUDITH: E o que você geralmente acaba fazendo?
ABE: Fico apenas sentado no sofá.
JUDITH: Então, eu entendi bem? Parece que esse tipo de coisa
tem acontecido muito. [resumindo na forma do modelo cognitivo]
A situação é que você está decidindo se faz ou não alguma
coisa, como levar seu neto para sair, e então tem o
pensamento: “Tudo é tão difícil”. Esse pensamento o faz se
sentir mal e você geralmente acaba sentado no sofá.
ABE: Parece que você está certa.
Eu poderia então ter ajudado Abe a responder ao seu
pensamento automático. Em vez disso, para permanecer no
caminho, continuo com a atualização.
JUDITH: Bem, talvez retornemos a esse pensamento daqui a
pouco. Voltando à atualização, aconteceu mais alguma coisa
entre a última sessão e esta que eu deva saber?
ABE: Nada que eu consiga pensar. Não fiz muita coisa.

Revisando o Plano de Ação


Anotações da terapia- Começo revisando as anotações da terapia que
havíamos elaborado na semana anterior.
JUDITH: Podemos examinar seu Plano de Ação e ver o que mais
você conseguiu fazer? Ele está com você?
“OK, já verificamos seu humor, definimos a pauta, você me
deu uma atualização e revisamos o Plano de Ação. Agora eu
gostaria de falar sobre seu diagnóstico.”
DIAGNÓSTICO E PSICOEDUCAÇÃO
SOBRE DEPRESSÃO-
Realizar psicoeducação sobre o diagnostico do paciente, descrever sintomas
Dar esperanças
Psicoeducação sobre Depressão e Pensamento
Negativo- Culpa-
Psicoeducação Adicional sobre o Plano de
Tratamento e Pensamento Deprimido- Vou lhe ensinar
como avaliar seus
pensamentos para que você possa ver por si mesmo o quanto
eles são acurados ou úteis. OK?
JUDITH: OK. Talvez devêssemos começar assim: “Quando eu me
criticar, lembrar...”. E o que você acha que seria bom lembrar?
Pedir que Abe resuma em suas próprias palavras me permite
verificar o nível de compreensão dele, o deixa mais ativo na
sessão e reforça a resposta adaptativa na sua mente.
Psicoeducação sobre o Modelo Cognitivo
JUDITH: Você disse: “Tudo é tão difícil”.
ABE: Ah.
JUDITH: Certo? E então, quando você teve esse pensamento:
“Tudo é tão difícil”, como isso o fez se sentir?
ABE: Muito deprimido.
JUDITH: E o que você geralmente acaba fazendo?
ABE: Apenas fico sentado no sofá.
JUDITH: Deixe-me fazer um diagrama que mostre isso.

JUDITH: Exato. (Apontando para o diagrama do modelo cognitivo.)


Não é a situação diretamente que faz você se sentir cansado ou
mal ou deprimido. É o que você está pensando nessa situação.
Assim, se você teve o pensamento “Tudo é tão difícil”, é claro
que irá se sentir deprimido e ficar sentado no sofá. Se você tiver
um pensamento como “Bem, a terapia faz sentido. Judy diz que
ela pode me ajudar”, então poderá se sentir um pouco melhor e
será mais provável que faça alguma coisa.
Uma das coisas que será realmente importante neste
tratamento é que você aprenda a identificar seus pensamentos
automáticos. Isso é apenas uma habilidade, como aprender a
andar de bicicleta. Vou lhe ensinar a fazer isso. E depois vamos
descobrir se um pensamento é 100% verdadeiro ou 0%
verdadeiro ou algo em um ponto intermediário. (pausa) Então,
antes de levar Ethan para tomar sorvete, você estava pensando
que isso seria uma coisa muito difícil de fazer?
DICAS CLÍNICAS
Se tiver dificuldade para identificar os pensamentos automáticos de um dos seus
clientes, você pode dar um exemplo:
TERAPEUTA: Eu gostaria de conversar por alguns minutos sobre como seu
pensamento afeta a forma como você se sente e o que faz.
CLIENTE: OK.
TERAPEUTA: O que você pensaria se tivesse mandado uma mensagem para seu
melhor amigo 8 horas atrás e ele não lhe respondesse?
CLIENTE: Que talvez haja alguma coisa errada.
TERAPEUTA: Como esse pensamento faria você se sentir?
CLIENTE: Preocupado, eu acho.
TERAPEUTA: E o que você faria?
CLIENTE: Provavelmente mandaria outra mensagem e, se ainda não tivesse
resposta, é provável que eu telefonasse.
TERAPEUTA: OK, esse é um bom exemplo de como seu pensamento influencia
como você se sente e o que faz.
Então, se quiser reforçar o modelo cognitivo, você pode apresentar um
pensamento automático diferente, usando a mesma situação. Por exemplo,
pergunte o que o cliente sentiria e faria se tivesse o pensamento “Ele sempre faz
isso comigo. Ele é tão grosseiro”. Em seguida, peça-lhe que resuma o que acabou
de aprender.

Definindo um Item do Plano de Ação para


Reforçar o Modelo Cognitivo-
Ex: pedir paraciente para procurar pensamentos
ansiosos essa semana
JUDITH: Isto é o que eu gostaria que você fizesse esta semana.
Observe quando seu humor estiver piorando ou quando não
estiver sendo produtivo. Então se pergunte: “O que estava
passando pela minha mente?”.
JUDITH: E se você acreditar nesse pensamento, de que está muito
cansado para fazer qualquer coisa, o que acha que fará?
Então
gostaria que perguntasse a si mesmo: “O que estava passando
pela minha mente?”. (pausa) Depois gostaria que você anotasse
seus pensamentos. Mas então se lembre de que eles podem
não ser verdadeiros, ou pelo menos não completamente
verdadeiros. OK?
ABE: Vou tentar.
JUDITH: Você pode escrever seus pensamentos automáticos
nesta Folha de Exercícios Identificando Pensamentos
Automáticos (pega a folha de exercícios na Fig. 6.2) ou em um
papel, um caderno ou no seu telefone. O que seria melhor?

Tecnica do Elastico
IDENTIFICANDO VALORES E
ASPIRAÇÕES
Identificando Valores
“O que é realmente
importante para você na vida? Ou o que costumava ser realmente
importante para você?”.
DICAS CLÍNICAS
Se o cliente responde que nada parece importante ou se tem dificuldade para
formular uma resposta, você pode dar sugestões: “O quanto __________ é
importante para você?”.
Você pode lhe pedir que considere áreas como estas:
relacionamentos (família, amigos, parceiro íntimo);
produtividade (trabalho fora de casa, administração da casa);
saúde (pode também incluir forma física, alimentação, sono, uso de álcool ou
substâncias);
autoaperfeiçoamento (educação, habilidades, cultura, aparência,
autocontrole);
comunidade (em nível local ou mais amplamente);
espiritualidade;
recreação (entretenimento, hobbies, esportes);
criatividade;
natureza; e
relaxamento.
JUDITH: Abe, será que podemos nos voltar para outra coisa, falar
sobre o que é realmente importante para você na vida? Quais
são as coisas mais importantes para você na vida? Ou talvez
antes de você ter ficado deprimido, o que era muito, muito
importante para você?
Identificando Aspirações

Tirando Conclusões sobre as Aspirações


O importante não são as aspirações e experiências do cliente
isoladamente. É o significado que o cliente atribui a elas. Ajude-o a
tirar conclusões sobre ter atingido seus objetivos e aspirações,
especialmente em termos de melhora da sua vida, autoimagem,
senso de propósito e controle, e conectividade com as outras
pessoas. Faça perguntas como estas (Beck et al., no prelo):
Criando uma Imagem de Ter Atingido as
Aspirações
O uso da imaginação pode tornar as aspirações mais concretas e
levar os clientes a experimentarem emoção positiva na sessão.
JUDITH: Abe, será que você poderia imaginar um dia no futuro em
que tenha se recuperado completamente da depressão, quando
todas essas coisas boas se tornam realidade? Digamos que
daqui a um ano. Onde acha que irá se acordar?
ABE: Se eu estivesse trabalhando e tivesse mais dinheiro talvez
em um apartamento diferente.
DEFININDO OBJETIVOS (PARTE 1)
JUDITH: Abe, podemos falar sobre alguns objetivos específicos
que você poderia ter? Como gostaria que sua vida fosse
diferente?
DEFININDO OBJETIVOS (PARTE 2
Conceitualizo que é mais importante continuar definindo objetivos
do que responder ao seu pensamento automático.
JUDITH: Devemos marcar isso com um ponto de interrogação

Dificuldades na Definição dos Objetivos


“Se
acontecesse um milagre e você não estivesse deprimido quando
acordasse amanhã, o que seria diferente? Como alguém saberia
que você não está mais deprimido?”.
Algumas vezes, o cliente expressa objetivos que são muito
amplos (p. ex., “Não quero mais ficar deprimido” ou “Quero ser
mais feliz” ou “Só quero que tudo melhore”). Para ajudá-lo a ser
mais específico, você pode perguntar: “Se [você não estivesse
mais deprimido/se estivesse mais feliz/se tudo estivesse melhor], o
que estaria fazendo de diferente?”.
Ocasionalmente o cliente indica um objetivo sobre o qual não tem
controle direto: “Eu gostaria que meu parceiro fosse mais
agradável comigo”; “Quero que meu chefe pare de me pressionar
tanto”; “Quero que meus filhos me deem ouvidos”. Neste caso, é
importante ajudá-lo a expressar o objetivo de forma que seja algo
sobre o que ele tenha controle.
DICAS CLÍNICAS
Acrescente novos objetivos à medida que surgirem em sessões posteriores.
Observe que os objetivos são a outra face dos problemas. Por exemplo, se o
cliente diz: “Não sei o que fazer com meu filho adolescente”, você pode dizer:
“Você quer ter um objetivo de decidir o que fazer?”. Se ele disser: “É tão difícil
conseguir fazer as coisas”, você pode dizer: “Você quer ter um objetivo de
descobrir se consegue fazer alguma coisa para que se torne mais fácil?”.

PROGRAMANDO ATIVIDADES
RESUMO FINAL DA SESSÃO- Pode
ser feito pelo terapeuta ou pelo paciente
se ele se sentir capaz de apresentar.
“Eu
gostaria de resumir o que examinamos hoje, para que fique bem
claro para nós dois. Falamos sobre o diagnóstico e como seus
pensamentos influenciam como você se sente e o que faz.
Identificamos o que é realmente importante para você e o que quer
para a sua vida. Depois definimos objetivos e elaboramos algumas
atividades para você fazer esta semana”
FEEDBACK- idiossincrática (negativa) de alguma coisa que
você
disse ou fez. Perguntar se houve alguma coisa que os aborreceu
lhes dá a oportunidade de expressarem e então testarem suas
conclusões. Além do feedback verbal, uma boa ideia é pedir que o
cliente preencha um Formulário de Feedback
O que
achou da sessão? Houve alguma coisa que o aborreceu ou algo
que você achou que eu não entendi?
Há alguma coisa que você acha que deveríamos fazer de
forma diferente da próxima vez?
Se você realmente tivesse um feedback negativo, acha
que poderia me dizer?
EXERCÍCIO PRÁTICO
Usando um Quadro de Atividades, programe para a próxima
semana algumas atividades relevantes que estejam em
consonância com suas aspirações, e com as quais você pode ter
difi-culdade de se comprometer. Crie escalas para prever a
sensação de prazer, domínio e/ou conexão que você obterá ao
realizar cada atividade. Use as mesmas escalas para anotar suas
avaliações reais depois de se engajar nessas atividades.

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