2017ficha - Reforma Ortográfica - 9o Ano
2017ficha - Reforma Ortográfica - 9o Ano
2017ficha - Reforma Ortográfica - 9o Ano
Reforma Ortográfica
Mudanças no alfabeto
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V X W Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa
língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playground, windsurf, kung
fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser
pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era Como fica
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
eqüestre equestre
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio
sagüi sagui
seqüência sequência
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos:
Müller, mülleriano.
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm
acento tônico na penúltima sílaba).
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as
palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um
ditongo.
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento
permanece.
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s),
pólo(s)/polo(s)e pêra/ pera.
Exemplos: Ele para o carro. Ele foi ao polo Norte. Ele gosta de jogar polo. Esse gato tem pelos
brancos. Comi uma pera.
Atenção: Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder
(pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na
3a pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
Atenção: Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
Atenção: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim
como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de São Paulo. / Eles vêm de São Paulo.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
Atenção: É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns
casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.
Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo Ortográfico.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por
elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui,
auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro,
mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra,
tele, ultra, vice etc.
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o
segundo elemento.
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por
o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante
diferente de r ou s.
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s.
Nesse caso, duplicam-se essas letras.
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma
vogal.
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela
mesma consoante.
Atenção: Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal,
superinteressante, superproteção.
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-
navegação, pan-americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por
vogal.
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando
não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.
Atenção: Outros compostos com as formas verbais manda e para são separados por hífen, conforme
determina a regra. Exemplos: manda-tudo, para-lama.
Quando o primeiro elemento da palavra composta for bem ou mal e o segundo elemento começar por
vogal, h ou l, usa-se hífen.
12. Usa-se hífen nos compostos sem elemento de ligação e que estão representados por forma
substantiva, adjetiva, numeral ou verbal.
13. Não se usa hífen nas locuções dos vários tipos (substantivas, adjetivas, adverbiais etc).
Exemplos: à vontade, cão de guarda, café com leite, cor de vinho, fim de semana, fim de século, quem
quer que seja, um disse me disse, dia a dia.
Exemplos: bumba meu boi, tomara que caia, arco e flecha, tão somente, ponto e vírgula.
14. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras
coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
- alunos.
O Brasil, diz Bechara, está preparado para receber as novas regras em definitivo. "Para o grande
público, a ortografia está ligada à memória visual. Escrevemos as palavras como as vemos escritas.
Hoje, vamos ao aeroporto e já vemos a palavra voo sem aquele acento circunflexo que se usava."
Referências bibliográficas
AZEREDO, José Carlos de (coord.). Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do
Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Instituto Antônio Houaiss. 2. ed. São Paulo:
Publifolha, 2008.