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Trauma Crânioencefálico - TCE: Tce Leve: Ecgl 13 - 15 Tce Moderado: Ecgl 9 - 12

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16/11/2020

Trauma Crânioencefálico - TCE

TCE
Situação na qual uma forma mecânica externa acarreta em lesão
anatômica e/ou funcional com comprometimento cognitivo, físico,
psicossocial; temporário ou permanente, com diminuição ou alteração
da consciência.

Rennan Martins Ribeiro, RN, CNS, MSN(c) Trauma craniano refere-se a lesões externas sem déficits neurológicos
Esp. Enfermagem em Neurologia e Neurocirurgia (mod. Residência) pela UNIFESP
Título Esp. Enfermagem em Terapia Intensiva Adulto pela ABENTI Lesão com menor gravidade
Coordenador de Enfermagem da UTI Geral Adulto HSP/HU-UNIFESP
Preceptor no Programas de Residência em Enfermagem em Neurologia e Neurocirurgia /
Cuidados Intensivos na UNIFESP
Membro da American Association of Neuroscience Nursing | AANN
Member of Expert Clinical Advisory Panel NANDA-International

1 2

EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA

3 4

Trauma Crânioencefálico - TCE Trauma Crânioencefálico - TCE


GRAVIDADE DO TCE Mecanismos de lesão no TCE:

TCE LEVE : ECGl 13 - 15 O TCE ocorre como resultado de:

• Trauma contuso
TCE MODERADO: ECGl 9 - 12
• Trauma penetrante

TCE GRAVE: ECGl < 8

5 6

1
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Trauma Crânioencefálico - TCE TCE


Mecanismos de lesão no TCE: Trauma contuso

• Desaceleração: cabeça em movimento e golpeia-se a um objetivo fixo

• Aceleração: um objeto em movimento colide com a cabeça

• Aceleração-desaceleração: o cérebro move-se rapidamente dentro do cérebro

• Rotação: movimento de torção dentro do cérebro, ocorre geralmente em


impactos laterais

• Deformação/compressão: o impacto direto na cabeça causa deformação do


crânio e compressão e lesão do tecido cerebral

7 8

TCE TCE
Lesões primárias
Lesões primárias – ocorrem no momento do trauma
• Lesões extracranianas
• Laceração de couro cabeludo
• Impactos diretos
Lesão do • Fraturas de crânio
parênquima ou
• Mecanismo de golpe e contragolpe lesões difusas • Lesões intracranianas
• Focais
• Aceleração e desaceleração • Hematomas (extradural – subdural – intracerebral – HSA)
• Contusão cerebral
• Difusas
• Penetração do crânio com lesão parênquima • Concussão
• Lesão axonal difusa

9 10

TCE TCE
Lesões de couro cabeludo Fraturas de crânio
• O couro cabeludo tem cinco camadas para proporcionar proteção: • Podem ocorrer por dois mecanismos
• Pele > tecido conectivo > aponeurose > tecido areolar frouxo > • Impacto local > fratura local
periósteo
• Impacto causa redução do seu diâmetro e deformação com
• Altamente vascularizado, propenso a sangramento aumento do diâmetro perpendicular
• Hematoma subgaleal

• Tratamento:
• Compressão direta
• Sutura da lesão

11 12

2
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TCE TCE

13 14

TCE TCE

15 16

TCE TCE – Contusão cerebral


Fraturas de base do crânio • Lesões (contusões) corticais causadas pelo impacto cerebral
• Sinais de fístula liquórica dentro do crânio no momento do trauma
• Sinal de guaxinim – equimose retro orbitária
• Sinal de batalha – equimose retro auricular • Lobo frontal e temporal mais afetado
• Disfunção do VII e VII NC
• Os sintomas estão associado ao local afetado

• Edema cerebral >> efeito de massa >> DETERIORAÇÃO


NEUROLÓGICA

17 18

3
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TCE – Hematoma extradural TCE – Hematoma extradural


• Sangramento entre a tábua óssea e a
dura-máter

• Forma biconvexa

• Geralmente secundária a fratura e


lesão da artéria meníngea

• Perda consciência no local > seguido


período assintomático > redução
progressiva do NC até coma

19 20

TCE – Hematoma extradural TCE – Hematoma extradural


• Manifestações clínicas:

• Cefaléia, diminuição do nível de consciência, vômitos, dilatação


pupilar

• Tratamento:

• Cirúrgico emergencial para drenagem do hematoma

21 22

TCE - HSD TCE - HSD


• Hematoma se forma no espaço subdural
– entre a dura-máter e o espaço
aracnóide criando pressão direta sobre
o cérebro

• Pode ser agudo X crônico

• Maior frequência

• 30% TCEs graves

• Alteração NC, confusão, anisiocoria,


HIC

• Tratamento: drenagem cirúrgica

23 24

4
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TCE - HSD TCE - HSD

25 26

TCE - HSD TCE – Hematoma intracerebral


• Evolução dinâmica

• Tamanho máximo em 12 horas


• Sangramento no tecido cerebral

27 28

TCE – LAD
• Resultado da lesão de aceleração-desaceleração angular ou rotacional

• Lesão ocorre por forças de cisalhamento sobre os axônios


TCE – Lesões • Lesão Axonal difusa
• Secção da fibras nervosas primarias
• Principal fator responsável pelo comprometimento neurológico grave em difusas • Concussão
paciente sem grandes contusões ou hematomas

• Hemorragias puntiformes podem ser associadas

29 30

5
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TCE – LAD TCE – Concussão cerebral


• Perda transitória da consciência (< 6 horas) com seguintes sintomas:

• Cefaléia, desorientação, tontura, náuseas e vômitos, déficit de


memória, irritabilidade.

SIMPLES – perda breve da consciência 1’ – 2’ geralmente resolução dos


sintomas 7 – 10 dias, ECGl 13 - 15

COMPLEXA – perda da consciência mais longa deficiência cognitiva 7 – 10 dias,


ECGl 9 – 13 amnésia, déficits focais

31 32

TCE – Concussão cerebral TCE


• Perda de consciência > 5’ e associada com amnésia, cefaléia ou ECGl Lesões secundárias – ocorrem após o trauma, estende-se horas a dias
< 15 após o evento deve ser submetido a TC de crânio
• Hipotensão
Assintomático – observar, ir para casa com supervisão neurológica durante 24h
• Retorno a emergência se cefaléia ou alteração consciência • Hipovolemia e choque
• Admitir ausência de cuidador para observação neurológica
• Hipoxemia Edema cerebral
• Obstrução das VAS
ECG 9 – 13 : repetir a TC, internação UTI durante 12 a 24 horas Hipertensão intracraniana
• Hipoventilação

• Trauma torácico
• broncoaspiração

33 34

Princípios do tratamento do TCE Princípios do tratamento do TCE


• O manejo de pacientes com TCE estão de acordo com a gravidade

A
Manutenção da

D
via aérea com da lesão.
proteção da Disfunção
coluna cervical neurológica
TCE LEVE : ECGl 13 - 15

B E
Respiração com
ventilação e Exposição
Controle do
oxigenação
ambiente TCE MODERADO: ECGl 9 - 12

C
Circulação com
controle da
hemorragia e
reposição volêmica TCE GRAVE: ECGl < 8

35 36

6
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Princípios do tratamento do TCE Princípios do tratamento do TCE


• Na avaliação primária (ABCDE) é imperativo realizar um exame • Durante a avaliação secundária, é realizada a rápida avaliação a
neurológico rápido e objetivo procura alterações do nível de consciência usando a ECGl, exame
pupilar, além do exame físico
• Aplicar a ECG para identificação do gravidade do TCE
• Avalie a cabeça e couro cabeludo para:
• Quando resposta motora é desigual bilateral ?
• Abrasões, contusões, lacerações, edema
• Avaliar tamanho, simetria e reação pupilar
• Drenagem de LCR
• Quando PAS < 100 mmHg a prioridade é identificar a fonte de
• Otorréia, rinorréia
sangramento
• Hemotímpano

• Fraturas (instabilidade faciais)

37 38

Princípios do tratamento do TCE Princípios do tratamento do TCE


Intervenções essenciais >> evitar lesão secundária, manter e otimizar a VENTILAÇÃO
função cerebral: • Mantenha a PaCO2 = 35 mmHg
• Use a hiperventilação apenas por um período curto de tempo
OXIGENAÇÃO
• Administrar alto fluxo de 02 (100%) a TODOS os doentes com CIRCULAÇÃO
lesão cerebral, mesmo lesões pequenas
• Garanta oferta suficiente de O2 para o cérebro com reposição
• Manter SpO2 > 98% volêmica, controle hemorragia
• Esteja preparado para IOT para pacientes com ECG ≤ 8 • Evite episódios de HIPOTENSÃO
• Mantenha PAS > 90 mmHg

39 40

Princípios do tratamento do TCE Princípios do tratamento do TCE


TRATAMENTO DA PIC ELEVADA TCE MODERADO:
LEVE : ECGl 13ECGl
- 159 - 12
• Promova um ambiente calmo e silencioso • Admissão em unidade de terapia intensiva
• Controle agitação e crises convulsivas • Avaliação neurológica RIGOROSA
• Evite qualquer procedimento desnecessário • ECGl, avaliação pupilar, avaliação de força motora e sensibilidade
• Mantenha a cabeça e o pescoço alinhados para promover retorno
A CADA HORA
venoso
• Avalie e trate a dor

41 42

7
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Princípios do tratamento do TCE TCE NA UTI


TCE GRAVE:
LEVE : ECGl
MODERADO:
ECGl13
≤ECGl
8
- 159 - 12
• Admissão em unidade de terapia intensiva
• Paciente grave
• Avaliação neurológica RIGOROSA
• ECGl, avaliação pupilar, avaliação de força motora e sensibilidade

• Prevenção de lesão secundária

43 44

TCE NA UTI TCE NA UTI

45 46

Escalas de avaliação neurológica Escalas de avaliação neurológica

Recomendamos a avaliação rotineira com ECGl e avaliação pupilar ou FOUR Score


para pacientes em coma com lesão cerebral aguda. (Recomendação forte, baixa qualidade de
evidências)

Recomendamos a monitorização da sedação com escala validada e confiável como

a escala de RASS ou SAS. (Recomendação forte, baixa qualidade de evidências)

Sugerimos a avaliação de delírium em pacientes neurocríticos incluindo busca de

novos insultos cerebrais, e escalas de avaliação padrão. (Recomendação fraca, baixa qualidade
de evidências)

Recomendação atenção ao estado de vigília, tal como utilizado pelo ICDSC


(Recomendação forte, baixa qualidade de evidências)

47 48

8
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ECGl – escala de coma de Glasgow ECGl – escala de coma de Glasgow


o que há de novo ? o que há de novo ?

AVALIAÇÃO ESTRUTURADA

Ênfase nos 3 escore dos três componentes da escala

49 50

ECGl – escala de coma de Glasgow ECGl – escala de coma de Glasgow


o que há de novo ? o que há de novo ?

51 52

ECGl – escala de coma de Glasgow


o que há de novo ?

53 54

9
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ECGl – escala de coma de Glasgow


o que há de novo ?

55 56

ECGl – escala de coma de Glasgow ECGl – escala de coma de Glasgow


o que há de novo ? o que há de novo ?

Quando e com qual frequência Quando e com qual frequência a escala deve ser aplicada ?
a escala deve ser aplicada ? 30’ em 30’ até estabilização
neurológica (ECGl 15) Queda sustentada (duração 30’) de um ponto no escore total da ECGL
De acordo com o estágio de Se ECGl 15
30’ em 30’ nas primeiras 2 horas
perda da consciência A cada 1 hora nas próximas 4 horas, após 2h em Queda de 3 pontos ou mais nos scores ABERTURA OCULAR / RESPOSTA
2h VERBAL ou queda de 2 pontos ou mais no escore RESPOSTA MOTORA
Aplicada precocemente após o Se ECGl 15 evoluir com deteriorização aplicar a
insulto cerebral cada 30’ como anteriormente

AVALIAÇÃO URGENTE /INTERVENÇÃO IMEDIATA

N IC E : N ational Institute of C linical E xcellence C linical G uideline 176 H ead Injury :Triage, A ssessm ent, N IC E : N ational Institute of C linical E xcellence C linical G uideline 176 H ead Injury :Triage, A ssessm ent,
investigation and early m anagem ent of head injury in children, young people and adults. 2014 investigation and early m anagem ent of head injury in children, young people and adults. 2014

57 58

ECGl – escala de coma de Glasgow ECGl – escala de coma de Glasgow


o que há de novo ? o que há de novo ?

Quais fatores podem interferir a aplicação da escala?


Como lidar com a falta de informações ?
1. Fatores pré-existentes:
1. Não usar o escore “1” para componentes faltando, utilize “NT”
Déficit neurológico ou intelectual, perda auditiva, diferença de linguagem ou cultural
2. Não utilize o escore total quando algum componente for NT, isso implica em
2. Efeitos do tratamento atual:
confusão entre avaliadores.
IOT, TQT, efeitos de sedativos
3. A tendência dos componentes individualmente é útil na tomada de condutas,
3. Efeitos de outras injúrias ou lesões:
ao invés de utilizar escores totais subestimados
Afasias, hemiplegias, lesão medular, edema periórbita

N IC E : N ational Institute of C linical E xcellence C linical G uideline 176 H ead Injury :Triage, A ssessm ent, N IC E : N ational Institute of C linical E xcellence C linical G uideline 176 H ead Injury :Triage, A ssessm ent,
investigation and early m anagem ent of head injury in children, young people and adults. 2014 investigation and early m anagem ent of head injury in children, young people and adults. 2014

59 60

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ECGl – escala de coma de Glasgow FOUR SCORE:


o que há de novo ? FULL OUTLINE UNRESPONSIVENESS SCORE

61 62

PUPILA
M Ú S C U LO
C IRC U L A R

PUPILA
M Ú S C U LO P U P IL A
R A D IA L

M Ú S C U LO
CONTRAÇÃO DA PUPILA C IRC U L A R
CONTRAI

ü controle parassimpático

ü contração do m.circular
üorifício redondo da íris, por onde a luz
.
passa para o interior do olho MIOSE

63 64

M Ú S C U LO
C IRC U L A R

AVALIAÇÃO PUPILAR
M Ú S C U LO P U P IL A
R A D IA L

Diâmetro
ü variação de 1 a 9 mm (nl: 2 a 6mm)
DILATAÇÃO DA PUPILA M Ú S C U LO
R A D IA L
CONTRAI
ü simpático: midríase (dilatação 8 a 9 mm)
ü parassimpático: miose (constricção 1 a 2 mm))
ü estimulação simpática
ü contração do m. radial 1 2 3 4 5 6 7 8 9

MIDRÍASE

65 66

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AVALIAÇÃO PUPILAR AVALIAÇÃO PUPILAR


Diâmetro Forma
ü isocóricas ü arredondada
ü anisocóricas: 17% da população (1 a 2mm) ü regulares
ü pupila puntiforme: extrema miose (1mm) ü irregulares
buraco de fechadura
ü pupila médio fixa: 6 a 7mm
Pupilas isocóricas Pupilas anisocóricas
- pupilas simétricas - pupilas assimétricas
D > E ou E > D

ovóide prótese

67 68

AVALIAÇÃO
PUPILAR FOTORREAÇÃO
CONSENSUAL
Reação a luz
reflexo fotomotor: nervo óptico (+) ® fotorreagente
nervo oculomotor
(-) ® arreflexia ou
reatividade pupilar:velocidade da resposta
não fotorreagente
ü presente
ü lentificada
ü ausente
69 70

Lesão do Nervo Óptico

71 72

12
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AVALIAÇÃO PUPILAR AVALIAÇÃO PUPILAR


Avaliação da simetria, forma e tamanho pupilar Avaliação da fotorreação

1º passo
Fecha-se o olho

73 74

AVALIAÇÃO PUPILAR
ECG-P
Avaliação da fotorreação

2º passo
levanta-se a pálpebra ® Foco de luz sobre a pupila
® constricção pupilar

75 76

PRESSÃO INTRACRANIANA - PIC


ECG-P
•é determinada pelo equilíbrio
volumétrico dos três componentes
do conteúdo intracraniano

• por estarem localizados em uma


cavidade fechada e inextensível,
geram uma determinada pressão

77 78

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COMPOSIÇÃO DO VOLUME HIPERTENSÃO INTRACRANIANA (HIC)


INTRACRANIANO
v Parênquima cerebral :
• É o aumento de volume no
- 1000 a 1400 ml (80 a 85%)
compartimento intracraniano,
v Líquor :
com consequente aumento
- 100 a 150 ml (10%)
v Sangue : pressórico
- 100 ml (7%) Hipertensão Intracraniana
=
PIC normal = 0 A 15 mmHg PIC ³ 15 mmHg

79 80

Hidrocefalia HSA Tumor - GBM


CAUSAS DA HIC
ü traumatismo craniano AVCI
ü acidentes vasculares cerebrais
ü tumores encefálicos
ü cirurgias intracranianas TCE
ü hemorragia subaracnoídea
ü hidrocefalia
ü lesões inflamatórias

81 82

CURVA DE VOLUME-PRESSÃO MECANISMOS DE COMPENSAÇÃO DA PIC


complacência alta complacência baixa sem
complacência

83 84

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TC Normal TC HIC
MECANISMOS DE COMPENSAÇÃO DA PIC
• desvio do LCR para o espaço subaracnóidea espinhal • desvio da linha média
• aumento da absorção do LCR • compressão dos ventrículos
• apagamento das cisternas
• diminuição da produção do LCR
• desvio do sangue venoso para fora do crânio base
• perda da diferença entre
substância branca e cinzenta

85 86

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA CRÔNICA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
• cefaleia CRÔNICA
• náusea / vômito em jato
• papiledema ou edema de papila
PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS FOCAIS:
• paresias ou plegias
• convulsões focais
• ataxia
• distúrbios cognitivos
• comprometimentos dos nervos cranianos

87 88

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA AGUDA
TRÍADE DE CUSHING
QUADRO CLÍNICO

• alteração do nível de consciência


• tríade de Cushing :
- hipertensão arterial
- bradicardia
- alt. do padrão respiratório

RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES

89 90

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> PIC TRATAMENTO


compressão do
compressão
vascular
parênquima 1. Eliminar a causa primária

­ pressão
herniações 2. Reduzir o volume intracraniano
vascular
disfunção da
bomba de Na celular Líquor Sangue Parênquima cerebral
estase ¯ FSC

edema citotóxico
edema isquemia Derivação
Hiperventilação Drogas
vasogênico Ventricular
disfunção da
hipóxia membrana celular Descompressão
Derivação
Lombar Cirúrgica
­ FSC vasodilatação necrose celular

91 92

PROTEÇÃO CEREBRAL NA UTI


AVALIAÇÃO PUPILAR
HÉRNIAS CEREBRAIS Foice do
Cérebro
1

1. Hérnia sob a foice


2. Hérnia transtentorial lateral 2
3. Hérnia transtentorial central
3
4. Hérnias das tonsilas cerebelares 4 Pupilas Médio-Fixa

Tentório do Forame
Cerebelo Magno
Anisocoria D>E

93 94

PROTEÇÃO CEREBRAL – CONTROLE DA


TEMPERATURA

95 96

16
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SEDAÇÃO RICHMOND SEDATION AND AGITATION SCALE

+4 Combativo Excessivamente combativo, perigo imediato para equipe


Recomendamos o uso de escalas de sedação válidas (RASS ou SAS) e confiáveis +3 Muito Puxa/retira dispositivos, apresenta comportamento agressivo
para monitorização da profundidade de sedação em pacientes adultos internados agitado
+2 Agitado Movimentos não intencionais, dissincronia na VM
na UTI. (B)
+1 Inquieto Ansioso ou apreensivo, mas sem movimentos agressivos/vigorosos

0 Desperto e calmo
-1 Sonolento Não totalmente alerta, apresenta contato visual à voz > 10s
Não recomendamos que medidas objetivas da função cerebral (potenciais -2 Sedação leve Despertar breve, <10s, com contato visual à voz
evocados, BIS) sejam utilizados como método principal de avaliação da -3 Sedação Movimentos quaisquer, mas sem contato visual a voz
moderada
profundidade e qualidade da sedação; exceto em pacientes com BNM. (B)
-4 Sedação Sem resposta voz, mas realiza movimentos quaisquer aos estímulos físicos
profunda
-5 Não Sem resposta a voz e estímulos dolorosos
responsivo
97 98

MONITORIZAÇÃO MULTIMODAL - BIS MONITORIZAÇÃO MULTIMODAL - BIS


• Método não invasivo de monitorização da atividade elétrica cerebral.
Cuidados com eletrodos:
• Uso de eletrodos e um monitor
• Higienização da pele
• Eletrodos aderidos a região frontal do frontal do paciente realizado • Troca diária
leituras do EEG.
• Avaliar lesão de pele
• Cálculos realizados a partir do EEG indicam o nível de sedação. • Posicionamento adequado:
• INDICAÇÕES: • 1º eletrodo: linha do nariz
• 2º eletrodo: região interna sobrancelha
• M onitorização da sedação em pacientes em uso de bloqueio neurom uscular.
• 3º eletrodo: região temporal próximo ao
olho
NÃO DEVE SER USADO COM ÚNICA FORMA DE MONITORIZAÇÃO DO
• 4º eletrodo: região externa sobrancelha
NÍVEL DE SEDAÇÃO. NÃO DEVE SUBSTITUIR A AVALIAÇÃO CLÍNICA POR
MEIO DAS ESCALAS DE SEDAÇÃO

99 100

MONITORIZAÇÃO MULTIMODAL - BIS MONITORIZAÇÃO MULTIMODAL - BIS

BIS Características clínicas EEG


90 - 100 Paciente responde adequadam ente ao estím ulo verbal Norm al – EEG paciente
acordado
70 – 80 Responde ao estím ulo verbal alto, lim itado ao estím ulo tátil Atividade de alta frequência
60 -70 Responde ao estím ulo tátil intenso. Dim inuição da capacidade sincronizada (aum ento
atividade β)
de resposta dim inuída quando BIS < 60
60 -40 Sedação profunda. Paciente arresponsivo. Atividade de baixa frequência
< 40 Estado hipnótico profundo. Reflexos protetores intactos. Pode Aum ento da atividade
responder a estím ulos. suprim ida. EEG ativo
< 20 Surto supressão. Reflexos intactos, drive respiratório lim itado Possibilidade de aum ento do
surto supressão
0 Isoelétrico / traçado EEG suprim ido Isoelétrico / traçado EEG
suprim ido

101 102

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Derivação ventricular externa

Cateter intraventricular fino e flexível inserido nos ventrículos laterais com


finalidade de drenagem ou monitorização da pressão intracraniana.

Indicações:
• HCF obstrutiva
• HSA com HCF aguda
• HSA Hunt Hess ≥ 3
• Edema cerebral
• Lesões expansivas
• Arnold Chiari
• Relaxamento cerebral durante neurocirurgia

103 104

Derivação ventricular externa Derivação ventricular externa

105 106

Derivação ventricular externa Derivação ventricular externa

DEFINIR O NÍVEL DE PRESSÃO: ZERAR E CALIBRAR O SISTEMA:


• Deve-se calibrar o sistema a cada 12 horas ou quando houver interrupção do
• O nivelamento da câmera de gotejamento da DVE conexão transdutor-monitor;
é base para o controle da PIC. • Definir o padrão institucional para alinhamento do sistema ao nível do FORAME
DE MONRO ;
• Quando a PIC é maior que a pressão determinada,
ocorre a drenagem do LCR. (pressão hidrostática)
TRAGUS DA ORELHA
CANTO EXTERNO DO OLHO
mmHg ≠ cmH2 0
1 mmHg = 1,36
cmH2 0
• Utilizar uma ferramenta para fácil e acurado alinhamento do sistema:
• LASER / RÉGUA DE NIVEL

107 108

18
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PROTEÇÃO CEREBRAL – CONTROLE DA


Derivação ventricular externa TEMPERATURA

ZERAR O TRANSDUTOR A PRESSÃO ATMOSFÉRICA:

• Posicionar a dânula do transdutor na posição “OFF” para o


paciente;

• Retirar a tampa não ventilada e permitir abertura do sistema para


atmosfera
• Pressionar o botão zero no monitor e certificar-se da
calibragem do sistema

• Retornar as dânulas para posição inicial e recolocar


a tampa não ventilada do transdutor

109 110

PROTEÇÃO CEREBRAL – CONTROLE DA


TEMPERATURA Derivação ventricular externa
VERIFICAR A PRESSÃO
INTRACRANIANA:

• Posicionar a dânula na posição


OFF para drenagem

• Observar o traçado e valor


exibidos no monitor

• Realizar o registro

111 112

PROTEÇÃO CEREBRAL – VERIFICAÇÃO PIC PRESSÃO INTRACRANIANA


MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA
TÉCNICAS DE M NITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA
Classificação Posição M étodo Drenagem Precisão Recalibração Custo
1 Ventricular Transdutor + + + +
1 Ventricular Fibra óptica + + - ++++
2 Parênquim a Fibra óptica - - - +++
3 Subaracnóide Transdutor - - + +
4 Subdural Fibra óptica - - - +++
4 Subdural Transdutor - - + +
5 Epidural Transdutor - - + +
PPC normal > 70 mmHg
PPC = PAM - PIC
PIC normal < 20 mmHg

113 114

19
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PRESSÃO INTRACRANIANA

115 116

PROTEÇÃO CEREBRAL – TERAPIA HIPEROSMOLAR

117 118

PROTEÇÃO CEREBRAL – HIPERVENTILAÇÃ0 PROTEÇÃO CEREBRAL – HIPERVENTILAÇÃ0

119 120

20
16/11/2020

PROTEÇÃO CEREBRAL – MONITORIZAÇÃO PROTEÇÃO CEREBRAL – MONITORIZAÇÃO


HEMODINÃMICA HEMODINÃMICA

(Chenust et al, A cta N eurochir S uppl, 1993,59:121-125)

PAM = 90 a 110 mmHg POAP = 12 a 15 mmHg


PVC = 5 a 8 mmHg

121 122

PROTEÇÃO CEREBRAL – POSICIONAMENTO NO PROTEÇÃO CEREBRAL – POSICIONAMENTO NO


LEITO LEITO
• decúbito elevado: 15° a 30° Elevação do decúbito
mmHg • alinhamento mento-esternal ­ Retorno venoso
• evitar flexão quadril Instabilidade hemodinâmica
• manter alinhamento da
coluna vertebral ¯ PIC ¯ PPC
• evitar flexão da cabeça
• evitar rotação do pescoço
• conforto de membros e Vasodilatação
30° ­ PPC
articulações – evitar dor
por contratura muscular
( Feldm an Z . et al. Journal of N eurosurgery, 1992, 76(2):207-211)
­ PIC

123 124

PROTEÇÃO CEREBRAL – ELIMINAÇÃO INTESTINAL


• evitar constipação intestinal
Manobra de Valsalva

­ da pressão intra-abdominal

­ da pressão intra-torácica

¯ do retorno venoso pelas jugulares

­ da PIC

125 126

21
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PROTEÇÃO CEREBRAL – CONTROLE DA


PROTEÇÃO CEREBRAL - TEMPERATURA TEMPERATURA

• indução por resfriamento externo:


- colchão térmico
- manta térmica,
- compressas geladas
- lavagem gástrica com
soro gelado
• temperatura central ou cerebral

Para cada aumento 1ºC:


- ­ de 5% a 7% no consumo de O2 = isquemia

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PROTEÇÃO CEREBRAL – CONTROLE DA PROTEÇÃO CEREBRAL – CONTROLE DA


TEMPERATURA TEMPERATURA

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Definições
• Temperatura central
• Esofágica
• Artéria pulmonar
• Nasofaringe

• Intermediária
• Vesical
• Retal
• Oral

• Temperatura periférica
• Axilar
• Cutânea

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16/11/2020

Temperatura e Inflamação
1. Em pacientes com lesão neurológica aguda, recomendamos o monitoramento contínuo da
temperatura quando viável e, pelo menos, por hora, se não for viável.
(recom endação forte, baixa qualidade de evidência)
• Sugerimos usar termômetro esofágico durante todas as fases do
1. Recomendamos que o monitoramento de temperatura por si só não possa ser usado como controle guiado de temperatura . Se uma sonda esofágica não for
ferramenta para discriminar febre infecciosa de febre central ou neurogênica apropriada ou disponível, sugerimos usar uma sonda de
(recom endação forte, baixa qualidade de evidência) temperatura da bexiga
R ecom endação condicional, evidência de baixa qualidade
1. Recomendamos monitorar a temperatura corporal central como um substituto da temperatura do
cérebro, a menos que a temperatura do cérebro esteja disponível a partir de dispositivos colocados • Deve-se monitorar a temperatura continuamente durante o controle
por outros motivos guiado de temperatura D eclaração de boas práticas

(recom endação forte, baixa qualidade de evidência)

Neurocrit Care. 2014 Dec;21 Suppl N eurocrit C are. 2017 O ct 16.

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PROTEÇÃO CEREBRAL – CONTROLE DA


TEMPERATURA PROTEÇÃO CEREBRAL – ANTICONVULSIVANTES

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PROTEÇÃO CEREBRAL – ANTICONVULSIVANTES PROTEÇÃO CEREBRAL – ANTICONVULSIVANTES


EXTRAVASAMENTO
§ Via de administração: Endovenosa DE FENITOINA
§ Acesso venoso calibroso
§ Dose: 20 mg/kg
§ Diluição:
§ Solução fisiológica 0,9%
§ Soro Glicosado: NUNCA
§ Taxa de infusão: 50 mg/min
§ Cuidados:
§ Monitorar FC e PA

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