Geotecnia n6
Geotecnia n6
Geotecnia n6
GEOTECNIA No. 6
(1995)
J.H. Albiero
A.A. Bortolucci
T.B. Celestino
J.C.A. Cintra
~. Gandolfi
A.B. Paraguassu
J.E. Rodrigues
O.M. Vilar
L. V. Zuquette
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São Paulo, ABMS/ABGE/CBGB, 1995. v.2, p.535-548 ................................................................. 153
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41-58, 1995 ····································································································································· 187
DAVID DE CARVALHO
Professor - UNICAMP
1. rNTRODUCTION
2. EXPERIMENTAL FIELD
3. LOAD TESTS
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CUVET RED
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LOCAL UllaiAL FRieTION ( lPal
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bearing in the pile cap. The loads were applied to the pile cap
with hydraulic jacking and theirs values registered in load cells.
Figures 2, 3 and 4 present curves of load x pile penetration for
the performed tests.
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BOR!D
When analyzing the plot of the lateral load x pile penetration one
notes that the lateral resistance is fully mobilized wi th small
settlements from 5 to 9 mm. The point resistance is completely
mobilized with large settlements that, in this research, have
resulted around 40% to 50% of the pile diameter. These
observations agree with the experiments related by VESIC (1.975).
As the bored piles are being submi tted to successi ve loading the
ultimate load value increases as is shown in figures 2, 3, 4. In
these figures are also presented the values o f the ul timate load
predicted with the AOKI-VELLOSO formula, using SPT values, for
bored and for driven pile. These differences in the pile behavior
are not due to the different types of tests used. The pile
behavior, in the case, is the same for SML or QML test as can be
shown in the 3rd and 4th tests. In these tests the behaviors are
alike independent of th~test type for all 3 piles.
According to MASSAD (1992) there is, in the load x settlement
curve of the 1st loading, a point which corresponds to the full
mobilization of-the lateral resistance and to the beginning of
mobilization of the point of the pile. This same point, associated
to the second loading curve has an analogous meaning but is moved
to the right o f the point o f the 1st curve. These would explain
why the settlements X loads plots are more CUrved in the first
loading than in the subsequent ones.
In the second cycre-of loading the píle exh~bits a higher lateral
resistance as can be seen in figure 6. Indeed a true increase in
the lateral resistance does not occur but this is a result of the
presence o f residual stresses due to the former loading. When
unloading the pile residual stresses, in the soil-pile system,
keep acting in·such a way that when reloading the pile a portion
of the applied load is used to compensate the existing residual
stresses. Only after the compensation of the residual stresses the
load begins to be transferred to the soil resulting, in this way,
an apparent inc:rease in the lateral resistance. Residual lateral
stresses measured in test 1.3 are shown in Figure 7. According to
MASSAD (1992) this would not mean an increase·in the total lateral
resistance but that due to the restrained load a part of the point
reaction already acts when the second loading is applied.
As the pile is forced to penetrate in the soil its behavior
changes, and the ultimate load increase. After a certain
penetration the pile behavior tend to be the same occurring small
increments in the ultimate load value due to the increase in the
depth and in the densi ty of the soil around the pile point.
Cómparing the ultimate load predicted from empirical formulas with
the values defined by the VAN DER VEEN criterion one observes that
if the piles are considered to be bored the values predicted from
empirical expressions are close to those defined in the 1st and
2nd test, and if the piles are considered to be dri veO: the
ultimate load values predicted by empirical formulas are close to
those defined in the 3rd and 4th load tests. This means that the
piles, initial.ly bored., beqin to exhibit a behavior close to the
one of a driven pile, as can be shown by the data on table 5 and
by the fiqure 8.
--lOAOOIG
--UNLOADIMG
The empirical formulas may be used for driven and for bored pile.
Defining the relationship:
Qu driven
R = -----------
Qu bored
Qlu
Sp X 100%
Qu
This re.lationship Sp, for the pile load tests of this work,
decreases as the successive loading are performed and presents an
average value of 75% thus resulting:
7
Decourt-Quaresma R = 1.53
Meyerhoff R = 2.00 a 2.25
The ultimate load values defined in the first and last tests are
compared to those predicted for bored and dri ven piles
respectively ('l'able 6). One can notice that this relationship is
close to 2 and could be said that the bored piles, after forced to
penetrate in the soil, pass to exhibit a behavior similar to that
of a driven pile.
6. CONCWSIONS
The results obtained for the bored piles in the EESC-USP
Foundation Experimental Field, when submittéd to successive
loading allow, for this type of soil, to draw some tenta tive
conclusions:
a) lateral resistance are fully mobilized with small pile
settlements ( 5 to 9mm) whereas the point resistance needs great
displacements (35% to 40% of the diameter) to be completely
mobili~ed;
b) - there area no siqnificant differences in the results óf load
tests conducted in quick (QMI.) or slow (SML) loading;
7. ACKNOWLEDGMENTS
8. REFERENCES
N. S. CAMPELO
Professor, Federal University of Amazonas, Brazil.
J.C.A. CINTRA
Professor, University of São Paulo, Brazil.
B.J.I. CARNEIRO
Graduate Student, University of São Paulo, Brazil.
1• IN'l'RODUCTION
2. SOIL CHARACTERISTICS
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fc(kPa)
301 4M SM
Two hammed, two bored and one Strauss type piles, with 6 and 9 m
length and 0,20 and 0,32 m diameter were built in the experimental
site at São Carlos. The location of theses piles is shown in
Figure 2.
Firstly, each pile was loaded (quick ar slow test) to obtain the
uplift ultimate load under natural moisture content of the soil.
In quick tests, the load increments were applied in 15 minutes
intervals. In each stage, the load was maintained and the
displacement readings were made after 1, 2, 3, 6, 9, 12 and ·15
minutes.
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S - Stnauss Pile • - Reactíon Pile
Fig. 02 - Location o f the tested piles in experimental si te.
LOAD (kN)
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HZ:---Tast
113 : 8ond • Qollck Tast
Êu 1114:8ond.SiawTast
g $5; Slnooas .Quld[ Tast
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Fig. 03 - Uplift loading test on five piles under ground natural
moisture.
For three piles collapse have occurred under the working load
between 14 and 42 h after soaking, as shown in Table II. I f the
collapse load is considered the least load for whÚ:h the collapse
happens, thus for these piles the collapse load wasn't determined.
But it is verified that the collapse load is at most the working
load and therefore the reduction of the uplift ultimate load is at
least 50 %.
For the other two piles, the collapse didn' t take place under
working load, after 48 h of soaking. Then the loading was
continued with the soil still soaked until it reaches the collapse
load. For these two piles the reduction in uplift ultimate load
due to soaking of the ground was 22 and 40 %, as shown in Table
I I.
Table II - Uplift load tests with soaking under working load.
LOAD(kN)
o 20 40 10 10 100
Ê
...z.!
w
:e
w
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·-H2 .,....
11PiaH1
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LOAD(kN)
o 40 80 120 110
10 111'11e83
ePiaa.&
--Saoddng
----Saoddng
4. ANALYSIS OF RESOLTS
The two bored piles tested with 6 m length were entirely embedded
in a collapsible stratum. This explains the occurrence of collapse
under the working load for these piles. When this happens it would
be necessary to carry out another loading test, soaking the soil
when the pile is under a load stage lower than the working load to
determine the actual collapse load. Without this additional test
it is only possible to verify that the collapse load is at most
equal the working load or that the reduction of the uplift
ultimate load is at least 50 %.
LOAD(kN)
10
25
load and for the other it was necessary to continue the loading
test. Then the collapse occurred under the load stage
corresponding to 60 % to the uplift ultimate load obt-ained at
natural moisture. Thus the reduction of the uplift ultimate load
for this later pile was equal to 40 %. Therefore the collapse load
for the hammed piles tested is close to the working load, a little
lower or a little bigger. Probably the effect of soil
collapsibility on the hammed piles is a little less emphatic than
for bored piles because the soil is lightly improved by the hammed
piles.
Due to the dispersion of the results, it is not possible to
analyze the influence o f the test type, quick or slow. In other
research it was observed that it is necessary to carry out at
least three tests in each condition to compare the results.
Formerly it was also observed that in this sandy soil the ultimate
load is 15 % bigger for quick tests compared to slow tests.
For the Strauss pile did not occur collapse under the working load
and it was observed the smallest reduction in the uplift ultimate
load, only 22 %. The reason for this is that the Strauss pile is 9
m long and therefore it is embedded 3 m in residual soil under the
collapsible layer.
S. CONCLOSIONS
ABSTRACT: The paper describes the results of stable servo-controlled Brazilian compression tests on
granite. The tests have been successfully used for the determination of rock fracture toughness. In the tests
described here, after a fracture has been created through approxímately one fourth o f the diameter length, the
load has been reduced, and the specímens have been taken to failure under fatigue or creep. The relationship
between crack propagation rate and stress intensity factor during creep was obtained.
3 TESTS PERFORMED F
A number of schemes for rock fracture toughness
determination have been proposed based on
diametral compression tests. It is not the scope of
this paper to present a thorough review of those
t
I
schemes. Most of them require notched specimens
(e.g. Fowell and Xu, 1993; X~ and Fo'"':ell, 1994; 2R __..u
X
Zhao and Roegiers, 1991 ), whtch are ddftcult to
obtain, mostly in coarse-grained rock. Notching
operation may induce undesired micro-cracks along
the crack propagation path.
Guo et ai. (1993) presented a test scheme on
intact rock disks. Their interpretation was based on
the assumption that the stress distribution for a
cracked specimen is the same as that for an intact Fig. I - Test set-up.
specimen. The fracture toughness is determined at
the point where stress intensity factor is maximum after peak for crack length determination. Elastic
with respect to crack length. The same idea had been constants and rock fracture toughness were
previously adopted for _the interpretati~n of ~g tests determined in this first stage. In the second stage, the
(Thiercelin and Roeg~ers, 1986; Thierceltn, 1987). cracked specimens were subjected to fatigue or
According to this interpretation scheme, stress creep. The control variable was the force F in both
intensity fa.ctor can only be determined for a cases. For creep tests, the force was kept constant at
particular value of the crack length. Si~ce the 22.9 kN, corresponding to 90% of the value for the
determination of fatigue and creep tests reqwres the force at the end of stage one. This force was kept
determination of stress intensity factor at severa! constant until failure occurred. For the fatigue tests,
points, these procedures do not seem to be the procedure was similar, except that during stage 2,
appropriate for such tests. cyclic load was applied at a rate of 7.0 kN/min.
Celestino and Bortolucci (1992) proposed the use Minimum and maximum values for F corresponded
of intact Brazilian test specimens in servo-controlled to 50% and 90% of the value at the end of stage I
tests. The test is stable under the condition of a The complete F versus ux curve for a fatigue test is
constam displacement rate along the diameter shown in Figure 2. From the three load and reload
perpendicular to the loading direction. Displacel?ents cycles after peak indicated in Fig. 2, the values for
and stress intensity factors have been numencally the crack length a/R and rock fracture toughness Kc
analyzed as a function of material properties and obtained are shown in Table I.
crack length. The solutions have been put in terms of Figure 3 shows only the points corresponding to
relationships between dimensionless numbers. Test peak and trough of the second stage (fatigue)
result interpretation is straightforward. The test set- loading. It becomes evident that the average slope of
up is shown in Fig. l: Elastic constants are obtained the force-displacement curve decreases, and
based on ux and uy displacements prior to peak. therefore the crack length increases, even when
When the peak Ioad ts reached, a crack is created. In maximum stress concentration value was lower than
regular, quasi-static tests (or stage 1 of the present the fracture toughness Kc.
tests), rock fracture toughness is determined from
pairs o f values for load and crack length after peak.
The determination of the crack length is made by
a series of unload and reload cycles after peak. The
slope of the force-displacement curve during reload Table 1 - Crack length and rock fracture toughness
is directly connected to the crack length. Crack
length, and therefore fracture toughness, can be
determined at severa! points for the same specimen. cycle a!R
Figure 2 shows a typical result. Note the decreasing
slope of the force-displacement curve at subsequent 0.14 1.32
load-reload cycles in stage 1.
These tests have been successfully adopted for the 2 0.21 1.57
rock fracture toughness determination of marble
(Monteiro and Cohen, 1993) basalt., ' sandstone and 3 0.27 1.55
granite.
Tests presented herein were pcrformed on a
mediu_lll-:grained granite from the Socorro Granitic
17
Fig. 2 - Fatigue test results. Fig. 4 - Peak and trough displacements versus time
during fatigue stage.
Figure 4 shows the evolution of peak and trough
displacements ur with time, typical of fatigue failure.
Figure 5 shows peak K values for the last 6 cycles
before failure. Due to the scatter of the data there
1.7
was some difficulty in obtaining the slope of the F 1111
1.6 Klc
versus u" curves, but nevertheless the tendency for K
êu
to increase before failure, and the agreement between
the values obtained and Kc determined in stage I are
. 1.5-
consistent. ~ 1.4
111
111
0,018
25
Ê
.§. 0,017
X
20 ::l
0,016
15
z
c
0,015
t:..
10 0.014 +---+----4---+----+----<
14800 15000 15200 15400 15600 15800
5 t (S)
RESUMO
ABSTRACT
Engineering Geological mapping is an imponant tool for the planning and managing land
occupation. The susceptibility of the terrain to erosion process is evaluated in engineering geo-
logical mapping by means of a Soil Map. This map defines homogeneous land units based on
some related aspects (attributes f that mtluence soil erosion and on the qualitative or quantitall-
ve valuation of these attributes. This paper presents the methodology used and the Soil Erosion
Map obtamed for the Cosmópolis region. northeastem pan of the state of São Paulo.
Vl ?\
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i
(
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;.-_ _ _ _. . ::.C. . :. O.::._N_VE=N:.._Ç.!. _Õ.:. .:E=-S---.:.C. :. :A.::._R_TO_:_G.::._R_A_F_IC_A_S_ _ _ _ _~ I MAPA DE MATERIAIS::
TIPOS DE MATERIAIS
- RESIDUAIS - RETRABALHADOS INCONSOLIDADOS jl
:
1
~
f:::::::::l
- lnU:Usivas
Básicas
o·. - Diamictito ' •I Embasamento r--] - Arenoso
Cristalino L-'
r- ~- NO
I
~~
Arenito
~
Argilito === - Argiloso
i m- Siltito
r=l _ Intercalações de
Aluvionar'
ESCALA
r
G Arenito/Siltito/Argilito
j~us-
lV'\
Grupo Itararé
Emb. Intrusivas
UNIDADES Arenoso Argiloso Aluvionar
Crist. Arenitos Siltitos Diamictitos Argilitos lnterc. de Básicas
----------- ~ ~~------- ---------- -- --
Ar/Sii/Arg
------------
%de área ocupada _,
VALORES OBTIDOS MIN MAX MIN MAX MIN MAX MIN MAX MIN MAX MIN MAX MIN MAX MIN MAX MIN MAX MIN MAX
i--- -----1 - - - -1------ - - - -
~
o
~
Grossa 4 {) 3 o- li {) I o
]"' ~-------
Média
----
I
- --
21
--- -
I
-
16
------
o
- -- -
65
-----
8 37
t--
I
-
o -r-- -
55 70 20 30 49 64 25 40 38 70 o I
Fina 23 73 lO 37 o --
42 23 39
--- 1-----
Silte li 43 li 39 17 47 28 38 55 75 16 26
---
20 ---
4 li 18 72
Argila 13 43 39 66 21 73 7 24 lO 20 15 18 25 50
--- 1- ----- 1-------- ---- 1--- --
60 19 55 46 72
-1---- - - - - --- - ---
LL(%) NP 42 NP 73 NP 76 NP 32
---- - - - - - -- r- ---- --·- ----
--- ------- --------
19 31 44 58
LP(%) NP 29 NP SI NP 43 NP 24
----~-~---
------ - - -----·-· 12 23 22 43
IP(%) NP 19 NP 32 NP 33 NP 8
--·-· ------- ----- ------ - -- --------- -
R 9 12 22
M. Especílica
dos Só!ido~(~/cm') 2,59 2,82 2,43 3,00 2,63 2,73 2,60 2,7.3 2,71 2,72 2,62 2.69
I
2,71 2,72 2,80 3,07
lndice de Vazios(%) 0,58 1,42 0,76 1,88 0,83 1,59 0,50 1,1 7 0,84 1,84
-----~~-----
-- ------- - - - - - ·------- --- ------- 1------ f------ -- ----- ---
0,65 0,80 0,61 1,02 1,19 1,70
Grau de
Compactação(%) 64 91 62 89 70 98 74 94 77 85
----- -- ----- ----- --------- --------- - - - -
74 85 83 90 62 88
·------~------
--- -- ------- f----
Perda de Peso
por imersão(%)
L:_____ _ _ _ _ _ _ --
-- -------
() 154
--- - - -------
o ··---
114 64
-----------
238
-
94 138 97 266 o 144 176 230 o 50
-----
23
Declividade 1
0-5% 5-10% > 10%
o +++
+ + + +
1
II
atributo +: : 2 :+:+\ iatributo
I
1 \+ +~2 + + +
o \+t + + + 11
=:C]
+T++i
+ +
) + + + + + +
+
!'r+ + + T
/+ + + + (++++++
+ +
~ 2
o ~ ~I
Mapa de Cruzamento
dos
atributo
Mapas
LEGENDA
Valor das
I
Classes I
:om Valor 1 L_JValor 2
I
Valores dos atributos ~Valor 1
GJ IValor 2
das N
1
unidades
vt = N ·V cmóx
·I i-l
Vcí
Dados do exemplo
.~, Vcí I
Io 1 I2 I 3 I 4 I s I 6 I
Vt 1o.oo 1o. 17 1o.33l o.so 1o.67 o.a31, .oo 1
adequada
I
22"30'
I
i I
IN
I
l.ç
22"45'
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
UNIDADES
Cus -
NO
ESCALA
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
2. DESCRIÇÃO DA ÁREA
Cerca de 95% da área é ocupada por rochas ígneas básicas extrusivas e intrusivas da Formação
Serra Geral (J-K), o restante por arenitos da Formação Botucatu (J-K) e sedime?tos aluviais recentes.
Estes arenitos ou afloram na área de ocupacão urbana, ou se encontram em profundidade sotopostos
aos basaltos da Formação Serra Geral, e se constituem na principal fonte de ~oua da região. São bons
aqüíferos, sendo que na área urbana existem 400 poços produzindo um total 80.000 m3/h, alguns deles
podem fornecer até 300m3/h. Parte da área caracteriza-se como zona de recarga.
A área é drenada pelo Ribeirão Preto e pelo Ribeirão do Sertãozinho. A declividade
predominante está entre 2 e 20%, sendo que os valores abaixo de 2% ocorrem secundariamente, e
valores acima de 20% são pouco freqüentes.
A geomorfologia caracteriza-se por duas zonas distintas, separadas preliminarmente pelos níveis
de altitude e declividade: urna com cotas de 500 a 600 rn e declividades entre 1 e 1O %; a outra com
altitudes e declividades superiores a estes valores.
O clima predominante típico é Aw (classificação de Koppen), com verão chuvoso, mverno
seco, temperatura média anual é de 22°C e o índice pluviométrico anual é de 1400 mm.
A área foi mapeada por Zuquette (1991) e foram delimitadas 3 5 classes geotécnicas com base
nas suas características geológico-geotécnicas (Quadro 1). Apresentam geralmente alguns atributos
desfavoráveis quanto à disposição de resíduos (Quadro2), como: nível d'água muito raso, alta
permeabilidade, textura arenosa, substrato rochoso a pouca profundidade, pequena espessura dos
materiais argila-arenosos, baixa capacidade de troca catiônica, presença de material colapsível,
ocorrência de zonas de recarga, declividades menores que 2% e problemas relativos à escavabilidade e
àfun~ão.
3. METODOLOGIA
A carta foi elaborada em escala 1:50.000, aplicando-se a metodologia proposta por Leite
( 1995), com informações extraídas de Zuquette ( 1991) e Zuquette et ai. (1994 ), referentes a:
29
Perfis básic:os
predominantes de Argilo-
maJerial q Texturas Amlosa Areno- siltosa ou Argilosa Arcno-silto- Arenosa e Argilo-
incoasolidado siltosa siho-arenosa argilosa arenosa fina arenosa
Profimdidade do Litologia do
substrato rochosos substratoro- Basalto ou Arenito Basalto Basalto Arenito Arenito Basalto
chosoQ arenito
<2m 1 2 3 4 5 6 7
> 2 -< 5 8 9 10 11 12 13 14
> 5- < 10 15 16 17 18 19 20 21
>!O-' 15 22 23 24 25 26 27 28
'15-< 20 29 30 31 32 33 34 35
Atributos Restritivos
a- Coeficiente de permeabilidade da rocha > 1o·"' cm/s
b- Aqüífero livre
c- Aqüífero sotosposto à rocha
d- Não apresenta material inconsolidado sobreposto à rocha
e- Coeficiente de permeabilidade do material inconsolidado > 10-3 cmls
f- Capacidade de troca catiônica do material inconsolidado > 1O meq/1 OOg
g- Material inconsolidado colapsível
h- Material inconsolidado compressível
1- Material inconsolidado com predomínio de argilas do tipo 1: 1
j- Material inconsolidado com heterogeneidade estrutural
4. RESULTADOS
c - Dispor apenas por espalhamo:mto. se o teor de argilas 2: I for maior que 50%.
i - Dispor apenas se 7 nos dados básicos.
o - Dispor somo:mte se a espessura do material inconsolidado for maoir que 1O m.
.
I - Dispor com liner bem projetado.
j - Dispor se tratar o material inconsolidado colapsi vel.
4 a, c, f, g Área não propícia a disposição: apenas por espalhamento. caso se atinja o terminal 7 do fluxograma
dos dados básicos. Em última hipótese. não dispensar o uso de um liner rigoros:uno:mte bem
projetado.
31
que 1O m. Algumas porções dessa área podem exibir uma textura hidromórfica, que facilita a
colapsibilidade.
Após a análise e classificação das áreas e a elaboração final do carta, chegou-se às recomendações
relativas a cada uma delas (Quadro 3):
1- Área não indicada para qualquer tipo de disposição.
2- Área cuja disposição se processe apenas por espalhamento, somente se atingir 7 no
fluxograma dos dados básicos, e 4 ou 8 no fluxograma da pluviosidade. Não dispensar
o uso de liners bem projetados.
3- Para esta área são válidas as mesmas recomendações feitas para a área anterior
4- Area não propícia à disposição; apenas por espalhamento, caso se atinja o terminal 7 do
fluxograma dos dados básicos . Em última hipótese, não dispensar o uso de um /iner
rigorosamente bem projetado.
5. CONCLUSÕES
A aplicação da metodologia para a área de entorno de Ribeirão Preto mostrou-se válida. graças,
principalmente, à grandeza (quantitativa e qualitativa) de informações geológico-geotécnicas
disponíveis, o que é uma condição necessária para que ocorra maior chance de acerto na classificação
da área e nas recomendações relativas.
O resultado da cartografia mostra a existência de quatro áreas com as seguintes características
/
..
..
,,/~~ . ... ,
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.,.. ...,.,_r
;:-. _,·.' ;/'
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Figura I
6. AGRADECThiENTOS
Evt = cvapotrampiração
centros
Ulbanos> 2
I s
• RESUMO: Este artigo trata das formas de proteger um aqüífero diante da contaminação e de prevenir
perdas econômicas de líquidos armazenados, através do uso de liners sintéticos ou naturais. Todo o
conhecimento a este respeito ainda hoje é escasso, tomando-se, desta maneira, indispensável que
sejam desenvolvidos estudos de acordo com os tipos de materiais inconsolidados brasileiros e com a
nossa realidade econômica, com o intuito de tomar segura e viável a contenção de líquidos
potencialmente poluidores. O estudo dos liners requer um bom conhecimento tanto de transporte de
soluções em meios porosos, quanto de características geotécnicas e geoquímicas do ambiente
geológico.
Conceito e aplicação
Tempo
(a)
LAOOA DE OIS'OSIÇAo
{b)
FIGURA 1 -Mecanismos controladores da migração de contaminantes através da linha de impedimento: (a) diluição
no fluxo de água subterrânea é o principal mecanismo: (b) sistema de cobertura 1- tempo de permanência é o
principal mecanismo: sistema de cobertura 2 -o retardamento é devido à precipitação. adsorção. biodegradação
etc. (fonte: Folkesfi)
2 Tipos de liners
Depósitos argilosos naturais podem fornecer uma base protetora quase ideal em
muitas das situações. A área é selecionada ou projetada para assegurar baixos
gradientes hidráulicos. então o movimento de contaminantes será lento, e inicialmente
controlado pela difusão. A própria argila pode atuar como um importante meio para
a atenuação de muitos contaminantes. por processos de sorção. precipitação e
biodegradação. Entretanto, a migração ocorre. e é importante estimar a taxa de
movimento e o impacto potencial na superfície das águas, como mostrado na Figura
2(a), (graças à migração através do liner) ou em qualquer recurso de água subterrânea
subjacente, como mostrado na Figura 2(b) (graças à migração descendente através
da base protetora natural até o aqüífero subjacente).
Ambas as figuras caem na mesma situação: migração do contaminante através
da base protetora natural até atingir o nível d ·água.
O movimento difusivo de contaminantes através de depósitos argilosos satura-
dos está bem entendido e demonstrado em trabalhos de campo de Ouigley e seus
co-autores (Goodall & Quigley; 6 Crooks & Ouigley; 2 Ouigley et al.B).
alerado
.
•
.. . ..
restduo • c
(b)
(a)
FIGURA 2 _ Linels naturaiS argilosos: (a) depósito argiloso natuial profundo; (b) base argilosa natural (pouco espessa)
superposta a um aqillfero.
Lillers argilosos compaetados
Esses liners (Figura 3) têm sido assunto de debates. já há algum tempo. com
relação tanto à condutividade hidráulica, quanto ao impacto potencial da interação
na
solo-lixivia condutividade hidráulica (Green et al} Femandez & Quigley, 4 Bowders
& DanieP). Entretanto, de acordo com Rowe. 10 a experiência atual sugere que, com
boa prática em engenharia geotécnica e bom controle de qualidade. os revestimentos
argilosos de baixa condutividade hidráulica e de boa qualidade podem ser construídos
(ex.: Reades et al. 9). Além disso. embora pareça que alguns resíduos orgânicos
altamente concentrados possam aumentar a condutividade hidráulica das argilas, os
problemas devido a este aumento podem ser evitados. quando se considera a
compatibilidade argila-lixívia na seleção do material de cobertura (Quigley et al. 8 e
Fernandez & Quigley4).
A Figura 4 mostra um aterro sanitário, localizado sobre urna área de recarga de
aqüífero (estrato permeável), em cuja base foi instalada urna proteção argilosa
compactada com a finalidade de minimizar os efeitos gerados pela chegada do
contaminante ao nível d'água.
A permeabilidade de liners de argilas compactadas depende da estrutura do
material inconsolidado. incluindo distribuição granulométrica. tamanho dos poros.
orientação das partículas e dos agregados de partículas, forças de ligação e agentes
cirnentantes. Por sua vez. a estrutura das argilas compactadas é geralmente definida
pelo arranjo das partículas dos argilo-minerais em agrupamentos ou em agregados
simples, e também pelo arranjo destes agregados. Dessa estrutura resultam os vazios
que são chamados de microporos. quando entre partículas, e macroporos. quando
entre agregados (Barden & Sides apud Folkes5).
A distribuição dos tamanhos dos grãos e dos agregados de argila é função da
sua mineralogia, da composição química do fluido dos poros. do teor de umidade de
compactação e do método de compactação. A Figura 4 mostra a influência da
mineralogia da argila na permeabilidade ('f ong & Warkentin. apud Folkes5). No estado
disperso {saturado em Na) a ordem de aumento na permeabilidade é montrnorilonita
< ilita < caulinita, devido aos tamanhos relativos das partículas de argila. No estado
floculado ou agregado (saturado em Ca), a estrutura de macroporos é mais dominante
e nota-se menos variância na permeabilidade.
FIGURA 3 - Base protetora de argila compactada separando o residuo do sistema hidrogeológico geral.
Paredes de isolamento
Essas paredes são mais comumente usadas para limitar a migração de conta-
minantes a partir de áreas que não foram adequadamente projetadas. Entretanto.
__segundo Rowe, 10 elas também podem controlar a migração a partir de novas áreas.
39
onde se deseja isolar a água subterrânea num aqüífero relativamente delgado e raso
abaixo de um aterro. Por exemplo. no caso esquematicamente mostrado na Figura
5(a), a espessura da barreira natural de argila pode não ser suficiente para prever a
migração potencial da água que flui ao longo do menor aqüífero. Construindo-se
paredes de isolamento ao redor da área e, conseqüentemente, reduzindo-se o fluxo
no aqüífero, é possível mudar um sistema controlado pela difusão, reduzindo-se então,
substancialmente, o impacto da qualidade da água subterrânea para fora da área. Não
se deve desprezar, contudo, o transporte por difusão.
Na Figura 5(b), tem-se a representação de um envelopamento permeável. que
envolve redução do transporte advectivo através do pit de um aterro. circundando-o
com um invólucro permeável multiacamadado, feito de material menos permeável do
que o resíduo e mais permeável do que a rocha ou o material inconsolidado que o
circunda. Desta forma. o fluxo de água é dirigido para a parte externa ao pit, muito
mais do que por dentro. sendo a contaminação predominantemente por difusão a
partir do resíduo através do material menos permeável, além do transporte advecti-
vo-dispersivo dentro da zona externa mais permeável.
planta
) - . parede de isolamerto
/G---------- -i\'
1kDco ~ reúW ~ -+ -+
---+ - ~~
~---------~ (a)
mati'NI inconsolid.ulo
ou rocha perml!iwl
(b)
FIGURA 5 - Desenho esquemáUco mostrando (a) uma parede de bloqueio para isolar o fluxo de água subterrânea
abalxD de umabarretra mgilosa. natural e (b) envelopamento do resíduo com material permeável para fazer o fluxo
de água passar por fora e não atmvés do resíduo (fonte: RowelO).
Os aterros podem ser escavados na rocha intacta que tenha uma condutiVidade
hidráulica muito baixa e, de acordo com Rowe, 10 inicialmente a migração envolverá
'
o transPOrte advectivo-dispersivo ao longo das fraturas na rocha. Nestes casos, o
mecanismo primário que limita o moVimento do contaminante é o processo de difusão
na matriZ, enquanto o contaminante é remoVido das fraturas à medida que ele se
difunde através da matriZ da rocha. Há estudos que evidenciam a ocorrência de uma
substancial atenuação graças à difusão molecular (Gartner Lee & Associates Ltd.,
apud RowelO)_
Coberturas sintéticas
_:L_ RESÍDUO
15an SOLO FILTRANTE
-30an
15 an
COLETA DE UXÍVIA
LAGOA DE RETENÇÃO >-- Geomembronas
-r
GROSSEIROS
F1GURA 6- Sistema de cobertura sintética com uma argila compactada de fundo (fonte:RoweiO) .
. TPODE UNER
ARGILAS
COMPACTADAS
I LABORATÓRIO
0~!:!:!:!:!:1:.:\:!:!~:!:!HJ lCAMPO
ARE.IA -BENTONITA
SOLO -CIMENTO
CONCRETO-
ASFALTO
HIDRÁULICO
ASFALTO
ASPERGIDO
MEMBRANAS
CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA
FIGURA 7- Variações t!picas de condutividades hidráulicas de laboratório e de campo para vários materiais de bases
e coberturas protetoraS (fonte: Folkes5).
41
Ouímio-sorcivos Poliacrilamida
Polimero líquido de vinil Borrifado, pode resultar numa
cobertura não-uniforme
A função é absorver
contarninanteS, experimental
Tabela 2 - Erros na determinação da condutividade hidráulica de campo
4 Considerações
Para o estudo das bases, coberturas e barreiras protetoras faz-se necessária uma
criteriosa análise das rochas do local onde será instalado o sítio de disposição, bem
como dos diversos tipos de materiais inconsolidados ocorrentes nas áreas tanto de
recarga de aqüíferos, como nas que não possuem recarga, objetivando uma melhor
seleção do material a ser utilizado como liner.
Novas pesquisas, visando aos diferentes tipos de materiais inconsolidados
disponíveis no território brasileiro e a sua interação com os diferentes contaminantes,
devem ser desenvolvidas, de forma que se obtenha o máximo de segurança quando
do projeto de um sítio de disposição.
LEITE. J. C., ZUQUETTE, L. V. Aquifers contamination and polution prevention: the use of
Liners. Geoci.ências(SãoPaulo), v.14, n.l, p.167-178, 1995.
• ABSTRACT:Tbis paper deals witb tbe use of syntbetic, compacted or natural liners as tbe means for
protecting aquifers and tbus avoiding economic losses resulting from tbe loss of stored liquids. There
are few studies of this type in literature wich points to the necessity of such investigations taking in to
account the specffic characterist:ics ofB1l3Zilian soils and the vaziety of contam.inants involved. The study
ofliners requires fuJ1 knowledge ofboth the transport ofsolutes in porous media and of the geotechnicaJ
and geochemical aspects of the geological environment
Referências bibliográficas
• RESUMO: Este trabalho apresenta um mapa do substrato rochoso, elaborado para servir como base
orientativa de um mapeamento geotécnico da cidade e parte do municipio de Poços de Caldas (Escala
1: 25.000), visando ao planejamento do uso e ocupação do meio físico. Tece considerações sobre a
metodologia utilizada para elaborar este tipo de mapa em regiões de ocorrência de rochas ígneas e/ou
cristalinas e também discute a importância deste documento básico, fundamental para o desenvolvi-
mento dos trabalhos de mapeamento geotécnico, visando ao planejamento.
Introdução
Trabalhos anteriores
I
MOCOCA
t
-----+----------~--~~----------------r-----~5
Jf
t
O(
Legenda
--Rios o Cidades 40km
o lO
f.J L.imitu do Maciço Alcafrno
• a .....
FIGURA 2 - Mapa geológico do Maciço Alcalino de Poços de Caldas - Ulbrtch 21 (Fonte: Garda 1 ~.
47
t
0,5 1 2,5km
t
0,5 12.5km
---
_ FOLHAS 00 IBCE
j..li;lQ:L+Jil-~2t'w8
C oldu 11'
- - - .Aprozlmado
~ -~ Ril:lein5es
Rlol& • Represas c ~tWdna Slanb do lllterlor do Maciço
~ -=:.-:~ ~ ~IWalfnaSienlloatlplccsda Pedreira
- Vertftcado
c
~ ~Nefalina Siolnb esvenleedos
- - Rcdcvlas.....
• piMmentaçAQ
• • • • Ullllte d• Eatrutura
Cin;ulales
nas posições dos contatos, ou até mesmo definir novas unidades litológicas. Esta
decisão foi tomada tendo em vista que os diferentes tipos litológicos existentes na
área, de acordo com o seu modo de origem, apresentavam perfis de alteração e mesmo
a rocha sã e/ou parcialmente intempertzada, com características e comportamentos
geo~cos muito distintos.
Elaborou-se então um mapa do substrato rochoso (Figuras 3A e 3B). na escala
1: 25.000, com base nas classificações e nomenclatura de Ulbrich, 21 nas observações
de campo e com a ajuda da fotointerpretação. Este procedimento foi necessário para
que se pudesse compatibilizar o mapa do substrato rochoso com os demais mapas e
cartas geotécnicas a serem produzidas, tais corno: materiais inconsolidados. unidades
básicas do meio físico, carta de zoneamento geotécnico geral etc .. segundo Zu-
quette. zs. 26
Nefelina Sienitos com Eudialita do Serrote (R7): na região do Morro do Serrote, extremo
SW, ocorre um nefelina sienito maciço,leucocrático (R7), com textura foiaítica, média
a grossa. Exibe fenocristais de feldspato potássico, tabulares e placóides, que dão um
aspecto esbranquiçado à rocha; intercalados posicionam-se os feldspatos menores,
nefelinas e piroxênios.
Este tipo de rocha aparece nas fotografias aéreas com uma textura bastante
diferenciada, pelo fato de apresentar um perfil de alteração muito pouco desenvolvido,
podendo-se classificá-lo como uma transição solo/rocha, ou seja, pequenos e pouco
espessos (0,50 m até 2,00 m) bolsões de solo envolvendo os blocos e rnatacões métricos
de rocha sã e/ou parcialmente intemperizada, sempre com formato aproxirnadament€
arredondado.
Rochas Piroclásticas (R3): foram depositadas em ambiente subaéreo e em parte de
origem intrusiva. Na área. encontram-se distribuídas nas proximidades da Represa
Bortolan, e fazem parte da chamada "faixa piroclástica do Vale do Quartel". Um
afloramento desta rocha sã pode ser observado no trevo que dá acesso à Cachoeira
Véu da.S Noivas. Ela possuí uma matriz fina, afanítica, coloração cinza-esverdeado
claro, com xenólitos e/ou fragmentos de outras rochas (arenitos. rochas vulcânicas a
subvulcânicas de granulação fina, porfiritica ou não, raros sienitos porfiriticos etc).
Os afloramentos das rochas piroclásticas (R3) que ocorrem nas proximidades da
Represa Bortolan são muito insatisfatórios. Observa-se nesta região um perfil de
alteração muito distinto dos demais, representado por uma camada coluvionar pouco
espessa (0, 10m a 0,60 m) com raras concreções lateríticas milimétricas a centimétri-
cas; logo abaixo observa-se um solo residual argilo-siltoso bem desenvolvido. com
coloração marrom-avermelhada a arroxeada; de modo geral estes solos são férteis e
não sofrem lateritização. O que caracteriza esta área corno de rochas piroclásticas é
a presença de blocos e de rnatacões métricos parcialmente intemperizados. distribui-
dos na superfície do terreno natural, que são verdadeiros testemunhos de brechas e
aglomerados. Do ponto de vista geotécnico, são blocos que precisam ser removidos
para que se faça a ocupação do local.
e
Rochas Sedimentares (R8): nas proximidades da Cachoeira Véu das Noivas confluên-
cia do Ribeirão das Antas com Ribeirão dos Poços, bem corno no limite W da área,
ocorrem manchas de rochas sedimentares, arenitos finos a médios. às vezes grossos.
coloração amarelo-esbranquiçada a rósea; apresentam finas intercalações de siltitos
róseos a arroxeados. Estas rochas aparecem ora silicificadas sob a forma de rocha
compacta com estrutura maciça (provavelmente graças às altas temperaturas dos
magmas adjacentes) ou então com estruturação original de rochas sedimentares. Estas
rochas, quando não silicificadas, são utilizadas corno material de construção. pois 80%
de sua composição é constituída de grãos de quartzo; a matriz fina é desprezível.
que possam ser indUZidas pela intervenção humana, e ainda sugerir medidas seguras
de prevenção contra o desencadeamento de processos geológicos que possam causar
danos socioeconômicos.
Como exposto, a elaboração do mapa do substrato rochoso (escala 1:25.000) foi
requisito fUndamental para que o desenvolvimento dos trabalhos de mapeamento
geotécnico, visando ao planejamento do uso e ocupação do meio físico, tivessem
prosseguimento.
O mapa do substrato rochoso elaborado para a área serviu como um modelo
orientativo inicial, onde estão representados os elementos fundamentais de compor-
tamento e processos aos quais estão sujeitos cada tipo litológico. do ponto de vista
geológico, geomorfológico e geotécnico.
Este documento produzido refletiu uma primeira configuração ou esboço físio-
gráfico de separação dos terrenos, já com vistas ao uso e ocupação do meio físico.
Resultou em um primeiro ensaio de compartimentação da área diante das limitações
e aptidões geotécnicas esperadas.
Somente após a elaboração do mapa do substrato rochoso é que foi possível
elaborar o mapa de materiais inconsolidados. pois as camadas expressivas destes
materiais de alteração (residual, saprolítico e/ou transição/rocha) -estão in situ, sobre-
postos à respectiva rocha de origem.
As unidades de materiais inconsolidados referentes a cada tipo litológico foram
subdivididas em unidades menores segundo as diferenças quanto a textura, espessu-
ra, presença ou não de blocos e/ou rnatacões de rocha sã, ocorrência ou não de
lateritização superficial, enfim, levando-se em consideração todo e qualquer detalhe
importante do ponto de vista geotécnico e que possa influenciar no planejamento do
uso e ocupação destes terrenos (Liporaci 14 ).
O mapeamento geotécnico deve fornecer informações claras e precisas aos
usuários nos documentos produzidos, de forma tal que possibilite a avaliação do
potencial da área quanto aos seguintes aspectos do planejamento: recursos potenciais
dos minerais e águas; potencial dos terrenos para vários usos; perigos que possam
ser encontrados e riscos que possam ser incorridos; adequabilidade dos terrenos para
vários tipos de desenvolvimentos; custos relativos do desenvolvimento em terrenos
diferentes; a vulnerabilidade dos terrenos aos efeitos adversos (ex.: escorregamentos,
enchentes, inundações, erosão e assoreamento).
Fazendo-se uma análise do mapa do substrato rochoso elaborado para a área
em estudo. nota-se que a quase totalidade da cidade de Poços de Caldas está
implantada sobre terrenos onde aflorao fonolito e/ou que a rocha sã está a cerca de
2,0 ma 3,0 m de profundidade apenas, o que dificulta e encarece a construção das
edificações. Mesmo assim, o povoamento se implantou e se desenvolveu sobre estes
terrenos acidentados e rochosos, em virtude de este tipo litológico apresentar
estruturas fluidas e sistemas de juntas que permitem a sua fragmentação, o que toma
esta rocha facilmente escavável por processos manuais.
Pelas características descritas sobre as rochas plutônicas (nefelina sienitos e
chibinitos), nota-se que a implantação de obras civis sobre estes terrenos já não será
tão fácil. Nos locais onde estas rochas afloram. observam-se imensos blocos arredon-
dados que só podem ser removidos a fogo. Determinar com precisão a profundidade
do topo rochoso nestas regiões requer a execução de inúmeras sondagens a percussão
e até mesmo de sondagens mistas e/ou rotativas, para não cometer erros corno o de
apoiar estruturas de engenharia sobre blocos e/ou matacões de rocha envolvidos pelo
solo de alteração.
É visivelmente notável que os solos de alteração (residual e saprolítico) das
rochas plutônicas, principalmente dos nefelina sienitos, são muito mais susceptíveis
à erosão, por apresentarem uma textura argilo-siltosa com verdadeiros bolsões
cauliníticos e siltosos. Em Poços de Caldas (MG), notam-se os reflexos de uma
expansão urbana descontrolada, ou seja, da implantação de loteamentos e conjuntos
habitacionais sobre estes terrenos, geralmente com altas declividades (maiores do que
20% e/ou 30%) e não apropriados do ponto de vista geotécnico.
Por ser a região muito acidentada, é necessário promover uma terraplanagern
severa para_~p~tação dos loteamentos. Normalmente. os materiais cortados,
incluindo so1os e rochas, são jogados nas encostas (segmentos de declive entre uma
rua e outra); as precipitações plUViométricas torrenciais que atingem a região no
período de novembro a março ..promovem o carreamento dos materiais finos, que vão
assorear e conseqüentemente, provocar enchentes e inundações. Muitas vezes.
depeÍldelldo da intensidade da chuva que se precipita num curto intervalo de tempo,
podem ocorrer verdadeiros escorregamentos destes materiais, que vão entulhar as
partes baixas da cidade (Liporaci14).
Conclusões
Agradecimentos
A CAPES,
ao Geólogo Sérgio N. A. Brito, à Prefeitura Municipal de Poços de
Caldas (MG), à Autarquia Munieípal de Ensino de Poços de Caldas- Faculdade de
Engenharia Civil, à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN}, núcleo de Belo
Horizonte, à Urânio do BraSil e ao PADCTIFINEP.
LIPORACI; S. L., ZUQUETrE, L. V. A contnbution for the geology of the Poços de Caldas
alkaline massif- MG: the bedrock map. Geociências (São Paulo), v.14, n.1, p.179-197, 1995.
11 ABST.RACT: This paper presents a bedrock map developed as an ozientative basis for tbe engineering
geological mapping ot tbe c:ity of Poços de Caldas and its outskirts (scale 1: 25.000), witb tbe purpase
of tbe planning for tbe use and occupation of tbe pbysical environment Considelations about tbe used
metbodalogy to elabomte tbis kind of map were made so as to be applied to igneous and czystalline
roaks. A discussion regarding to tbe importance of tbis basic and fundamental mapfor tbe engineering
geological mappings, relatiVe to planning, is aJso included in tbis work.
11 KEYWORDS: Poços de Caldas alkBline massif; bedrock map; engineering geological mapping; physical
enllironment; Jandfonns.
Referêilcias bibliográficas
RESUMO
Este trabalho apresenta uma discussão sobre a utilização da carta de zoneamento geotécnico
geral para indicar áreas mais favoráveis à disposição de rejeitos. Esta carta faz parte de uma dissertação
de mestrado cujo objetivo foi de executar o mapeamento geotécnico da cidade e parte do município de
Poços de Caldas (MG)- escala 1 25.000- visando o planejamento do uso e ocupação do meio físico
Como resultado dos estudos elaborou-se 1O documentos gráficos (mapas e cartas) sobre a àrea (220
km2), a saber: carta de declividade, mapa de concessões de lavra, mapa de recursos hídricos, mapa de
documentação (dados existentes e produzidos), mapa do substrato rochoso, mapa de materiais
inconsolidados, mapa de divisões básicas do meio físico, carta de zoneamento geotécnico geral, carta
de potencial de riscos e carta de potencial ao escoamento superficial
Dentre as cartas interpretativas elaboradas. a carta de zoneamento geotécnico geral apresenta
uma análise e avaliação dos terrenos quanto à adequabilidade para disposição de rejeitos, tendo em
vista a atuação e produção de grande quantidade de rejeitos pelas empresas mineradoras, indústrias
químicas e metalúrgicas, existentes na região mapeada
1. INTRODUÇÃO
S. J. :MATA
o
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OURO FINO
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li
Legenda Convenções
,.....--.__Rios ci Cidades
o 10 20 40km
(~·~':: Limites do Maciço Alcalino - · - Divisa de Estados
........
mais acidentado, nos topos e em encostas de morros e das serras que constituem os diques anelares
etc, são as chamadas bauxitas de encostas. Tem importância econômica também as argilas aluminosas
refratárias. encontradas-nas planícies de inundação dos cursos d'á.::,oua existentes no interior do Planalto
de Poços de Caldas.
Este trabalho tem como função apresentar a utilização e funcionabilidade da carta de
zoneamento geotécnico geral, carta interpretativa elaborada após o mapeamento geotécnico de parte
do município de Poços de Caldas, para indicar áreas cujo conjunto de condições apresentadas pelo
meio fisico, são mais propícias para disposição de resíduos e rejeitos, minimizando-se assim os perigos
de poluição e contaminação dos recursos naturais da região, principalmente no que diz respeito ao seu
potencial hidromineral.
O processo de produção de alumínio é composto por uma série de reações químicas. Depois de
minerada a céu aberto, a bauxita é transportada para a fábrica, onde passa inicialmente por um
processo de purificação através da adição de produtos químicos, posteriormente inicia-se uma série de
reações para obtenção da alumina e do alumínio.
Nas etapas de extração e refino da bauxita, redução da alumina e transformação final em
alumínio, os processos utilizdos podem causar impactos ambientais, se não forem tomadas as devidas
medidas de estudos e planejamento do meio fisico, para instalação e implementação do
empreendimento, visando a proteção do meio ambiente. Primeiramente a bauxita é moída e misturada a
uma solução de soda cáustica que a transforma em uma pasta; aquecida sob pressão e recebendo nova
adição de soda cáustica, esta pasta se dissolve formando uma solução que passa por processos de
sedimentação e filtragem, os rejeitos produzidos serão lançados em lagos de disposição.
T odes os lagos e represamentos de rejeitos visitados durante os trabalhos de campo, estão
situados em áreas muito baixas e próximos às planícies de inundação dos principais cursos d'água da
região, onde a rede de drenagem natural facilitou a construção de barragens e minimizou os custos com
bombeamento. No entanto, do ponto de vista ambiental, tais áreas com pequenas espessuras de
materiais inconsolidados e com nivel d'água muito próximo à superficie são inadequados para a
disposição de rejeitas.
Segundo Zuquette e Gandolfi ( 1991) os rejeites constituem a fonte de poluição mais perigosa,
por contaminarem diretamente o meio fisico (materiais inconsolidados, águas sub e superficiais e
substrato rochoso), que é a base de sustentação da biosfera, hidrosfera e atmosfera. A contaminação.
resultante é cumulativa (após o inicio do processo, não há como cessar imediatamente) e varia não só
em função da quantidade do rejeito, mas principalmente quanto ao tipo.
3. CARTA DE ZONEAMENTO GEOTÉCNICO GERAL
Os atributos do meio fisico considerados nesta análise, conforme Zuquette et al.(l994) foram.
1- Substrato Rochoso: litologi~ profundidade; descontinuidades (falhas, fraturas, foliação
tectônica).
2- Materiais Inconsolidados: textura; perfis de alteração, mineralogi~ presença de blocos
de rocha; condições de compressibilidade; eolapsibilidade/expansibilidade; erodibilidade;
condições de compactação etc.
3- Água: profundidade do nível d'água; direção do fluxo d' ~ou~ coeficiênte de
permeabilidade; área de recarga; condições de drenabilidade etc.
4- Processos Geológicos: erosão; escorregamentos etc.
5- Relevo: declividade; zonas homogêneas; planícies de inundação dos cursos d'~oua,
Os asteriscos (Sim* ou S*) na Tabela 1 (A e B) foram colocados para chamar a atenção de que
a unidade geotécnica pode ser utilizada para disposição de rejeites, porém existe pelo menos um fator
desfavorável no meio fisico, devendo-se portanto considerar alguma medida pr.eventiva contra a
poluição e contaminação do meio ambiente.
Apresenta-se a seguir uma descrição suscinta das Unidades Básicas do Meio Físico
consideradas na Tabela 1 (A e B), conforme Liporaci (1994) :
1- Planícies Aluvionares e/ou Planícies de Inundação. Amplitude: menor que 20m.
2.1 - Pequenas Colinas arredondadas a alongadas. Amplitude: menor que 150 m.
2.2- Morros arredondados (meia laranja) a alongados (cristas). Amplitude: menor que 200m.
2.3- Morros arredondados (meia laranja) a alongados (raras cristas). Amplitude: menor que 240m.
2.4- Serras alinhadas na direção (E-W), altitude máxima 1.640 m. Amplitude: menor que 440 m.
3 .1 - Colinas amplas arredondadas a alongadas. Amplitude: menor que 150 m.
3.2- Morros arredondados a subarredondados ou alongados. Amplitude: menor que 170m.
63
LEGENDA
DAAGURA2
{2 A e 28)
GEOTÉCNICAS
t
ESCALA (km)
42
li
ESCALA(km)
~~~~~~--~~~_J7~2
346
Tabela 1 (A) - Avaliação das Unidades da Carta de Zoneamento Geotécnico Geral de Poços de Caldas
3.3 - Morros subarredondados a alongados (cristas maiores). Amplitude· menor que 200m
3 4- Serra alinhada na direção (E-W), altitude máxima 1 570 m Amplitude. menor que 330m
4.1 - Platôs ou levemente colinoso. Amplitude: menor que 90 m.
5.1 - Colinas e morros arredondados a alinhados. Amplitude menor que 140 m.
6 1- Colinas arredondadas. Amplitude· menor que 80 m.
7. 1 - Morros arredondados a chatos. Amplitude menor que 11 O m
8.1 - Baixa encosta e sopé da Serra de Poços. Amplitude: menor que 100 m.
Fazendo-se uma análise global das unidades geotécnicas, definidas através dos trabalhos de
mapeamento geotécnico desenvolvidos na região de Poços de Caldas, conclui-se que de modo geral a
área como um todo não apresenta condições geotécnicas muito favoráveis para a disposição de rejeitos
e/ou resíduos, pois as espessuras de materiais inconsolidados são pequenas (raramente em torno de
15,0 ma 20,0 m) e o nível d'á.:,oua é pouco profundo (menor do que 10,0 m), para completar o quadro
desfavorável os perfis de alteração dos materiais inconsolidados são muito heterogêneos e as rochas
que compõem o substrato rochoso são via de regra muito fraturadas, permitindo assim uma alta
permeabilidade.
A alta permeabilidade das fundações facilita a infiltração e percolação dos rejeites e resíduos,
que através de intercomunicações com as fraturas maiores e mais profundas, podem ocasionar a
poluição e contaminação das á.:,ouas subterrâneas, as quais no Planalto de Poços de Caldas são
consideradas minerais e economicamente explotáveis, bem como terapêuticas, censtituindo-se assim
em uma atração turística para a região; qualquer dano causado a este potencial aquífero do planalto
ocasionará perdas de divisas para o município.
Recomenda-se que a disposição dos rejeitos e resíduos produzidos devam ser feitos dentro dos
limites das unidades geotécnicas mostradas na Figura 2 (A e B) e avaliadas como áreas mais favoráveis
na Tabela 1 (A e B), pois estas unidades apresentam maiores espessuras de materiais inconsoÍidados, os
quais oferecerão melhores condições geotécnicas gerais para implantação e segurança dos tanques ou
lagoas de disposição de rejeites. Os projetos e métodos construtivos destes lagos devem prever e
asegurar a sua total impermeabilização, devendo ser tomadas medidas que promovam a reciclagem dos
efluentes líquidos para o processo, conforme o lago 5 de disposição de rejeitos, da ALCOA- Alumínio
S.A. Figura 3.
69
5. CONCLUSÕES
~ ~
~~------~~------~
SISTEMA DE DRENAGEM
{VOLTA AO PROCESSO) SELAGEM COM
ARGILA E MENBRANA
SINTÉTICA
Figura 3 -Esquema do Lago Selado -5, utilizado para disposição de rejeitas de bauxita pela ALCOA
Concluiu-se também que de modo geral as condições das unidades geotécnicas, definidas para a
região, não são muito adequadas para disposição de rejeites e resíduos, mesmo nas áreas mais
favoráveis deve-se tomar medidas preventivas de impermeabilização dos lagos e tanques, para evitar a
poluição e contaminação do meio ambiente
6. AGRADECIMENTOS
7. REFERÊNCIAS BffiLIOGRÁFICAS
Liporaci, S.R. e Zuquette, L. V. (1995). Uma Contribuição à Geologia do Maciço Alcalino de Poços de
Caldas- MG- Mapa do Substrato Rochoso. Revista Geociências. UNESP!Rio Claro, v 14, n I.
Zuquette, L.V. e Gandolfi, N. (1991). Análise da Relação entre Disposição de Rejeites de Baixa
Periculosidade e Meio Geológico Receptor. II Simpósio Sobre Barragens de Rejeites e Disposição de
Resíduos- REGE0'91, v 1, p. 221 - 232, Rio de Janeiro.
Zuquette, L. V.; Pejon, O.J.; Sinelli, O. e Gandolfi, N. (1994). Methodology of Specific Engineering
Geological Mapping for Selection of Sites for Wast Dispo sal. 7 th lntemational IAEG Congress, v iv,
p. 2481-2489, 1994 Balkema, Rotterdam, Portugal.
71
RESUMO
ABSTRACf
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GLOt.. JOSE AUGLt;TO 0E LOUD
OlilltHTAOOII•F'fle'- DA IIHLSON 6AHOOLJrl
DEPTO. DE 0EOTE:CHI4 .. EESC/ USP
H - .WPUnJDE
L - COMPRIMENTO HORIZONTAL
LR - COMPRIMENTO REllUNEO
a .L
LR = (L2 + H )2
LS - COMPRIMENTO DA SUPERFIOE
li - COMPRIMENTO DO INTERVALO
hl - AMPUTUDE DO INTERVALO
de reta que une os pontos de maior e menor Média ponderada dos ângulos dos intervalos
cota do perfil (Fig. 1). levantados na vertente (Fig. 4 ).
- Cumprimento da Superfície (LS): - Ângulo Máximo (Amax): Maior valor
Somatório dos comprimentos retilíneos de angular associado a um dos intervalos levanta-
todos os intervalos considerados no levanta- dos da vertente, normalmente situado na porção
mento da vertente (Fig. 3). retilínea do perfil (Fig. 5).
- Índice de Retilinidade (IR): Razão entre - Índice de Ruptura de Declive (10):
o comprimento da superfície e o comprimento Número de pontos de inflexão presentes no per-
retilíneo da vertente. fil multiplicado por 100 e dividido por seu
~ - Ângulo Médio da Vertente (Amed): comprimento retilíneo.
Angulo entre os segmentos que definem o com- -Coeficiente de Comprimento (CL): Razão
primento retilíneo e a extensão da vertente (Fig. entre os somatórios dos comprimentos dos
4). intervalos da vertente posicionados em sua parte
- Ângulo Médio Ponderado (APmed): convexa (Lx) e em sua parte côncava (Lv).
ARCTG ..!:L
L
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Ai - ÃNGULO DO INTERVALO
li - COMPRIMENTO DO INTERVALO
L - COMPRIMENTO HORIZONTAL
Amax - ÂNGULO MAXIMO
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Unidade L H CL CI a• ID IF l T
250 15 1,20 0,20 0,04 i 0,90 i
R. lntr.
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ú REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Giuliano DE MIO
Nilson GANDOLFI
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MAPA GEOLOGICO DE SUBSTRATO ROCHOSO
l=--~~-
JKSTUgl t- Intrusivos Básicos. com predominancio de dKlbásios
Arenitos. siftitos e domictitos. subord. orgilitos; horizontolizodos e em bolsoes 1rrequklres
E:SCALA GRN"lCA
... 'Substrato variável o N de ltopiro moíoru que formoGÕat do vtls em onquloa de Materiais de fócn
r--- ML.
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A-4(f), LA' e com topoqrofio
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Quando subatrolo JKS<)
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dominância de
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cl'loso e um
80-70 ' oscovoq~o.
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RTCe TU!/ do profundidacJo do ' Nos pOfycJe1 prÓ•lmo•
.o do
CL us· corÔmtca lr'fHmetho potencial 001 conto(os com
Perlís bem UCOir'O~.,O lntcrflulltO!II omplo8,
A· 6(5) Perfis fortemente (Pio 09. one.c.ol) (.!asse' 2 a 3 os unidades RETI e
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Nos substratos tUt. TU2
Densidade de dre- Em substrato RET2 oconem boco- !!!':118d~r:t:d:erot-
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A-7(7) rocha o/lerdo e qrodvol CTC • 7-15
nor como orcas FhHo de Õ9uo con-
NG' centrado resulto em rnoq/100.,.
GNa
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TABELA h.- Caracterfsticas de interesse para a Engenharia das Unidades de Materiais de Cobertura
A-4(2) M - Rocha•
lotC'nolos W~r- Uonto do oUeroeoo Rotho multo oUwodo., Rei""' ondulado. Rovinomonto• t ...- . .............
NS' tspttao, podondo ..,.
~~~.e;~olt
Cl methat • podro c:Ot'l'\ nl.,..ls t voJoo modonxfot o lrtteneot ~-ndtl.
vonnlco• c:om !leoa. ulllzodo como moterlof Clono I
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1.11.
A-4(8)
HG'
QfOUI vorlodoe do Sc>lot modtfodo de oterro ou recobrl-
(lt.lorhotOI do ptquono
ttpiUUt<t NOve em dlfeeoo - em ...tfodQ• mal
dronodoo. ~O«''ftclo do matr
•-S(5) eatocloH mento o bem mmto da ottrTot eonl- Wotttlol do foclat oo VI. rJQI pon1 r.oobrlmante
drenado• torloa. tJCQVOCQO. clol-
Cl HS' A - Rochas Podzollco• .,.,_ 0c0f"renclo de orc;~lo poro Rocllo mole com Rofovo ondulll<fo o Aqvlff'fo ltororo To4vd.. rodovfotio• Poulblldodo do
A-4(2) aosu 1/ forlemeoto roV'inodo.. contomlnoeoo de
ldt. sedimentares, mel'ho om01cf0t. c:CH"omlco e areia poro etcovobMidode media tuove ondulado. lnletcolooo•• ct.
RETI I A-4(4) NO' horlzontollzockl• construcoo cl1t'lt. OoiH 2 orenltot, tlltltoo em' eonlro•t• mor- oqull«o.
Ul-Ct Perfis modtfa- (ventuolt croata• tonto com o unidade 8ol.:o pormeobRJdo«fe.
RET2 com vorlotou lottfltlcos no contato corr Oecllvldodet medf.ga e or9Mitoa. podo
SC-MC domento R!Oo.
LG' 9rooulometrlcot R ICe. do S o 10 K cont« qqurt.r011
· - 4{7) drenado• CIC • 7-9 meq/100,
brusco e contidOfOVVIt..
A-4(8)
NS'
V4!rllcollzado e dlfe- monte o povco
renl., C)(ou• de drenados.
em melo oo tolo poct.
ltnplleot no u.o d9
maiores qoo t5Jl ~::1~
oU..-ocao o comlnul eKplostws.
CQO
- ----·- -- -·- - -- -
Plononolot e Potencial poro ••~orocoo Uotwlol do fod
M - Sedimento• Relevo plono noo
recente• em vorzeot
solo• qlel, 11\dlcon eM areia, com ultttnclo ncovacoo. Re~tou de voruo 1\qu•lerot J•vr•• ~~=~oteociQimMto
do nlvel d'o9u0 dt dlwrsos lowo1 em nas porcONI pwmllo o ocorrenckJ
com qronlllometrlo "rollllmo o topflf'- andamento. N!vtl d'o90o prow;lmo a
aos .. 1/ RC'IeYO ptono, eorn moil OfiiOOSOI.
ft oft4to• •oelYOe
vorlovel em funeoo flcle do teaeno. dWMdodoe < 2 'l tl9fllflcqlfYH.
JYpedic~ podo tornor pdnclpolmeol•
RTAI - do rocha fonte. ao,.• J Problema, do drenOf]l'l
~:~~~~~ o~" r~~Y!:.
0 necenorlo trabalhos do nq lxlH do
Terrocoe ofuviol• do flu•o• coo~trocfot • eru:hentn.
Profundidade do rebof•omenta. unldodfJ.
elevodow opre- ocorrenclo do• unkfodo1 do 09"0 podom
aubttroto roçhoso tttntom p..-n. coaeor motarkll
multo YOflo...ef. !UI • TU2. Profundidade do tobstroto Sodknentoe multo
lotouollcot rochoso multo W»rr4....t, pormeo••·
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O USO d• e!rpiOII'I'Qe.
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A - Bondomento litouolo• e Porcon quorh:oaot molw Banco• de quorh:lto• soo Relew 1-tovmom.,lo• mod..-o · Rtltii'O oci<kntodo.
e clstoalddde podr:ollcot com olterodat soo eKplor'odos frequtw"lleJ, neceuHtondo ocldentodo. doe o Jnt.,aoe
verticolir:odos. perfis moderado• como tolbro poro de equipamento petodo quando e.cposto o Problomot H
PteMt1co conston ·
REQz - - - o pouco re9ulorizocoo 4e oo e.-.ploll\1'0 poro IIUO ao,-. ::J te de çrisi.ot lk tqprollto escodtlidoft.
Nucleos quorho101 drenado.~ ••trodot e ruot. movimentocoo.
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~ R - de gronltcor das u n - GRP o GRE
~ Rnóduoõsdegn-deYftidodeGHo
~ -..,;sdegnolssesdc....-CNq
~ litaiduois ele granitos t:1ltoclosodos de unidade GRC
~ - . . , ; . de unidode do quartzitos QT1
~ - da - do roc:hcs cctadotltíccs .- Clt:t Autor:
~ - d e - de miqmatrtco - 1119 GiuliaDo De Wio
6 REFERÊNCIAS BffiUOGRÁRCAS
ARN.OT, F.; GRANT, K. 1974, Land FINLA YSON, A.A. 1982. Terrain Analysis,
Classification· for Urban Growth. DAG, Classification and Engineering
Research Paper n. 230, CSIRO, · Geologícal Assessment of the Sydnei
Austrália. 4(2), p. 28-32. area, New South Wales, DAGTP n. 32,
DE MIO, G. 1992. Mapeamento Geotécnico da CSIRO, Austrália, v. 1 e 2.
Quadrícula de Mogi-Guaçu/SP. ZUQUETIE, L.V. 1987. Análise Critica da
Qissertação dé Mestrado. Departamento Cartografia Geotécnica e Proposta
de Geotecnia-EESCIUSP. 102 p. Metodológica para as Condições
Brasileiras. Tese de Doutorado. São
Carlos/SP, EESCIUSP, 3 vols .• 673 p.
Discussion
Comments ou tbe paper ofG. U. K. H. R. MoeHe aud J. A. Lewis "Fatigue crack growth in brittle sandstones".
/111. J. Rock Mech. MiA. Sei. d: Geomedz. Abstr. 29, 469-477 (1992).
Wbi1e reeopi:ziDg the import.ana of origimd ideas presented dolomitic 1imesbmes from tbe Irati F~ São Paulo,
by tbe authoa.. lhe writers woold like to raise questions about Brazil. Those results preseoted a coeflicicnt of variati.on of 0.1 O,
two poims. while the authors' data present vaiues nmging from 0.22 to
(1) The paper discusses auempts to identify evidence of 0.52. Fatigue stn:ngth is a fraction of the UIICOiliiDed stn:ngth
fatigue damqe on tb:ree <iifi'erent types of sandstones. baseei on that can be withstood repcatedly for a given number of cycles.
an experimeatal i1m:stiprion esmbiishing tbe craà: propa- One problem with fatigue tests is tbat tbey usually exlúbit a
gation rate (dr.l/dN) as a fimction of tbe stress inteDsity factor 1arge scatter m the number of cycles to· failme at each stress
range. llK. The authors state that they wm: able to maintain levei. It has been shown by Holmen [2} and Van Leeuwen and
a constant 'Vlllut for tbe maxinmm stress intensity factor, [(.,. Siemcs [3). both testing coucrete, tbat the scatter in log N can
tbrooghout tbe test. while tbe values for M( wm: clwlged be explaincd mainly from the scatter in unc:onfiDed compres-
comecutivdy by varying tbe mmimum stress intensity factor sive strength.
K.... Tbe writers wou1d like to know bow tbe autbors managed
to keep x:_ c:oastam daring eacb step of crack propagation, C. A. NÓBREGA
if the stress inte:nsity factcr is a mown function of the total GeoiDgy Departmenl
length of the mduced cract (mitial c:rack length pJus &:1 for
UNESP
Rio Claro
each step). It seems tbat only if &z is small compareci to the Brazü
i.nitial value a.. can [(.,. be considen:d constant during cract
growth. For the authors' tests, tbe ratio allltJ varied between 1.2 T. 8. CELESTINO
and 2.4. Geotedmia /Npartmenl
(2) The adon' observation tbat fatigue c:rack growth in the SdiDDI of ~ UniDersity of São Ptmlo
1ested ~ is CODSidera.bly more sensitive to varia.tions São Carlos
of llK valua thu in ductile metais is., in tbe writers' opinion, Brazil
rdated to tbe fact that wbcn [(.,. is close to K.: a marked
increase in growth me is observed. In this respect. tbe simple .4ccepted for publicatiolr 12 Septem«r /994.
power relatioo found, da/dN oc (AK), originally proposed by
Paris a.nd Erdogan [1] for metais, is only valid when R is close
to o md [(.,. is signfficamiy lower tban K.:. As recognized by REFERENCES
the authon. the actual K.: vaiue for a pa.rticuJar test specimen
was unknown prior to any test. L Paris P. aDd ErdogaD F. A critica1 ualysis of CDdc. propagation
1ows.. J. Basic Enpg. T112JU. .4SME. Ser. D 85. 528-534 {1963).
Contrary to the autbors' opimon, their testing procedure led 2. HoimeD J. O. Fatigue oC coacrete by CODSt.aDt and variable
to variation of resWt:s even higher than the usual s-N ap- amplitude loading. Bulletin No. 79-L. Division of CoDcn:te Struc-
proach. as sliown m their Table 2. In this respect. the writers tures. NTH. Troadbeim. Norway (1979).
have a similar expaiem:e m perfonning fatigue tests in un- 3. Van I...eeuwen J. and Sic:mes A. J. M. Mille(s nde with n:spect to
confined wmpu:ssion using the so-ca1led s-N approach on plain c:onaetc. HERON 14, (1979).
85
, A
RESUMO
Uma investigação experimental foi realizada com calcário dolomítico da Formaç&o Irati e em uma
argamassa de cimento submetidos a carregamento cíclico em compressão uniaxial. Com os ensaios em
argamassa, pretendeu-se analisar tendências de resultados em um material mais uniforme, com menor
dispersão. O efeito da tensão máxima sobre o número de ciclos até a ruptura (vida na fadiga) foi investi-
gado. Verificou-se a existência de correlação entre a tensão máxima no ciclo e a variação da deforma-
ção axial entre os trechos ascendente e descendente da curva tensão-deformacão completa. A energia
dissipada no carregamento cíclico diminui bruscamente nos primeiros ciclos e rapidamente atinge um
valor mínimo constante, voltando a crescer novamente nos últimos ciclos que antecedem a ruptura. A
energia mínima dissipada correspondente a diferentes valores de tensão máxima no ciclo geralmente
decresce à medida que cresce o número de ciclos até a ruptura. Os efeitos da freqüência e amplitude
foram igualmente investigados. Os ensaios mostraram que o número de ciclos até a ruptura aumenta
proporcionalmente com o aumento da freqüência. Observou-se que quanto maior a amplitude, menor a
vida na fadiga. Contrariamente aos experimentos de Scholz e Koczynski ( 1979) e ao modelo proposto
por Costin e Holcomb (1981 ), verificou-se que os tempos até atingir-se a ruptura obtidos nos ensaios
cíclicos são em geral menores do que nos ensaios a carga constante.
ABSTRACT
An experimental investigation was undertaken on a dolomitic limestone from the f rati Formation
and 011 a cemellt mortar subjected to cyclic unconfined compression. Tests on cement mortar were
conducted in order to analyze trends of results for a more uniform material, decreasing test resuit
scatter. The effect of peak stress on fatigue life was investigated. A correlation was found between the
stress to which a specimen is subjected through failure during cyclic loading and the strain variation
between the ascending and descending branches ofthe complete stress-strain curve. Energy dissipation
during cyclic loading sharply decreases during the first few cycles and rapidly reaches a constant
minimum levei, which increases again in the last cycles prior to failure. Minimum dissipated energy
corresponding to specimens subjected to different values of peak stress generally decreases as the
number of cycles to failure increases. The effects of frequency and cycle amplitude were also
investigated. Tests have shown that the number of cycles to failure increases proportionally to the
increase in frequency. lt was found that the larger the cycle amplitude the shorter the life. Opposite to
experiments conducted by Scholz and Koczynski ( 1979) and to the model proposed by Costin and
Holcomb ( 1981 ), elapsed time to failure was found to be consistently shorter for cyclic tests than for
creep tests.
neo. Com vistas a analisar correl3mente os efeitos ainda valores de módulo de eblsticidade, coeficiente
da variabilidade da resistência nos ensaios de fadi- de Poisson e caracterizou-se o comportamento das
ga com calcário Irati e possibilitar comparação rochas no tocante à dilatância, entre outros aspec-
com resultados de ensaios em outras rochas, optou- tos. Na Tabela 2 encontram-se os valores médios re-
se pela utilização de um material artificial que pu- lativos aos parâmetros mecânicos principais.
'
desse representar adequadamente ..
as caractenstJcas Os ensaios mecânicos foram conduzidos em
de comportamento de uma rocha. fosse razoavel- flrensa rígida servo-controlada MTS-815 de 2700kN
mente homogêneo e apresentasse baixo custo de capacidade. Este equipamento dispõe de gerador
Para atender às especificações acima, uuli- de função que permite aplicar carregamento cíclico
zou-se uma argamassa de cimento e areia para a em amostras de rocha sob condições de controle de
moldagem de corpos de prova cilíndricos de 5,0 deslocamento, deformação ou força. Nos ensaios
em de diâmetro, adotando-se uma relação água- para a determinação da curva completa tensão-de-
cimento-areia constante (I :2:0,38). Os corpos de formação empregou-se controle de deformação ra-
prova de argamassa foram preparados em mol- dial a uma taxa de 0,6 J.1Z por segundo.
des cilíndricos de 5,0 em de diâmetro por I 0.0
em de altura, convencionalmente empregados
Tabela 1 - Propriedades-índice e velocidades
em ensaios de concreto. O critério que norteou
de propagação de ondas sônicas, Vp e Vs, em
a escolha do traço da argamassa utilizada foi,
amostras de calcário Irati ensaiadas.
principalmente, o de buscar uma adequada tra-
balhabilidade para a finalidade pretendida. Foi Unidade Média Desv
utilizado cimento CPE 32. A preparação consis- Padrão
tia na pesagem da água, cimento e areia, seguida !Massa específica
da mistura desses componentes em misturador ~eca (Pd) glcm' 2,15 0.06
mecânico. Em seguida, os moldes eram preen-
!Massa específica
chidos e colocados sobre mesa vibratória por glcm 3
~aturada (P.«•r) 2,35 0.04
tempo suficiente, cerca de 15 segundos, para que
se adensassem e se iniciasse o processo de rreor de umidade
exsudação da água. Não foram utilizados quais- de saturação (W.wr) % 9,06 !.53
quer aditivos à massa. !Massa específica
Após 24 horas, as amostras eram desforma- ~os grãos (Ps) g/cm-1 2,73 0.03
das e deixadas curar em câmara úmida por 28 !Porosidade (n} o/o 19,2 2.50
dias. Transcorrido o período de cura, as amostras !Velocidade sônica
eram submetidas, à semelhança dos corpos de ~e ondas de rnls 3.853 251
prova de calcário, a um acabamento que consistia ompressão (Vp)
no aplainamento de topo e base com o auxílio de
máquina retificadora com rebolo diamantizado, IVelocidade sônica
possibilitando desta forma atender às especifica- ~e ondas de m/s 2.315 131
~isalhamento (V,)
ções sugeridas pela ISRM (Brown, 1981) no que
se refere ao paralelismo, planaridade e ortogona-
lidade das faces dos corpos de prova em relação Tabela 2- Propriedades mecânicas das amos-
às geratrizes. tras de calcário Irati ensaiadas.
Média Desv. Padrão
4. PROGRAMAÇÃO DOS ENSAIOS
E EQUIPAMENTO UTILIZADO Resistência à compressão 75,44 7.35
uniaxial, aúu (MPa)
Em uma primeira etapa foram realizados en- Módulo de Elasticidade 27,12 4,68
saios visando à determinação de propriedades-índi- angente , E (GPa)
ce: massa específiCa, massa específica saturada, teor
de umidade de saturação, porosidade aparente e toeficiente de Poisson. v 0,21 0,04
também das velocidades de propagação de ondas de
ultra-som longitudinais (Vp) e de cisalhamento (Vs). Os ensaios cíclicos foram realizados com
Além de possibilitar a caracterização do material a controle de força adotando-se carregamento trian-
ser ensaiado, pretendia-se obter critérios que per- gular, freqüência de 0,25 Hz e amplitude constan-
mitissem selecionar lotes de amostras com carac- te. Estes ensaios visavam investigar a natureza do
terísticas homogêneas destinadas aos ensaios fenômeno da fadiga nos calcários lrati e consisti-
cíclicos. Este objetivo foi apenas parcialmente ram basicamente em submeter corpos de prova
atingido em virtude de acentuadas dispersões ob- representativos do material a tensões crescentes c
servadas nas tentativas de correlações entre pro- decrescentes alternadamente. O carregamento
priedades índice e valores de resistência à com- prosseguiu até atingir-se a ruptura do materi~l. re-
pressão. A seleção prévia das amostras possibili- gistrando-se o número de ciclos necessário (Nl
tou, no entanto, eliminar as que apresentaram va- para que esta ocorresse. As tensões durante um
lores de resistência muito afastados da média. A ciclo variaram do valor mínimo (a min) até o má-
Tabela I apresenta os valores determinados para ximo (a m:íx) voltando a decrescer em seguida a
as propriedades índice. uma velocidade de carregamento constante.
Ensaios de compressão uniaxial foram reali-
zados visando determinar valores médios de resis- 5. INFLUÊNCIA DA TENSÃO MÁXIMA
tência à compressão uniaxial, bem como obter cur- NO CICLO CARGA- DESCARGA
vas tensão-deformação completas (inclusive no tre-
c_!to pós-ruptura) típicas do calcário. Obtiveram-se Os resultados dos ensaios cíclicos são usu-
almeate apreseutados lançando em gráficos
sem.ilogaritmicos pontos correspondentes a cada .. l c...., de WlWrlor- calddoll:arl
corpo de prova ensaiado, tendo em abscissas o
.
...
#a4US'IIz
~~~---
logaritmo do número de ciclos até atingir a ruptu-
ra (N) e em ordenadas as tensões ( c:r mãx) corres- .
!. o
pondentes. A~ obtida é denominada curva de ..
E
>i
E
711- o
oo
Wõbler na literatura técnica especializada. O nú-
mero de ciclos que o material suporta até atingir :.
c
...
60-
50-
o o
.. G
70 ~
são nos valores de resistência à compressão
uniaxiaL Ensaios cíclicos de fadiga apresentados
.
...
60 ~
50 ~
adiante em corpos de prova de argamassa de ci-
:!. -
mento e areia sob condições experimentais idên- :.
c
40
30
-'
Tensão {MPa)
BD -
. 40
.
:
Q
2.GO -
I
• 2.00 ·1.00 o.00 1,00 2.110
0.00-"---------------- Deformação volumétrica (milistnlins)
80 120 160 200
Tempo (s)
Fig. 6 - Curvas tensão-deformação volumé-
trica em ensaio cíclico.
Fig. 4 - Evolução das deformações axiais em
ensaio cíclico.
carregamento cíclico diz respeito à variação da
Este processo, a nível de m1croestrutura da deformação necessária para atingir a ruptura.
rocha, resulta da coalescência e propagação ins- A exemplo de estudos anteriores observou-
tável de fissuras. se que a deformação axial total acumulada entre
Em alguns ensaios. no transcorrer da pre- o primeiro e o último ciclo antes da rupnrra em
sente investigação, foram instalados extensôme- geral aumenta, à medida que decresce crmáx e este
tros para medida de deformações diametrais, tor- se aproxima da tensão limite de 'fadiga. Abaixo
nando possível monitorar-se a evolução dessas desta,. as deformações logo se estabilizam após a
deformações durante o carregamento cíclico à se- pnme1ra fase em que de /dt é crescente e não se
melhança do que se faz com as deformações atingem valores de deformação críticos que resul-
axiais. Os resultados indicaram que o acompanha- tem na ruptura da rocha. Uma vez que a ruptura
mento das deformações diametrais possibilita por fadiga no carregamento cíclico ocorre tão
maior precisão na detecção de mudanças de com- logo seja atingido um determinado valor crítico
portamento no que se refere ao acúmulo de dano da deformação, Haimson e Kim ( 1971) sugeriram
na amostra. Isto ocorre porque as deformações considerar-se a curva tensão-deformação axial
diametrais refletem a propagação de fissuras pre- completa, a envoltória limite para as deformações
dominantemente axiais responsáveis pelo aumen- ax1rus observadas entre o primeiro e o último ci-
to de volume (fenômeno da dilatância) que prece- clo que antecede a ruptura. A forma da curva com-
de a ruptura. A Figura 5 mostra a variação da rela- pleta poderia indicar intervalos de crmáx para os quais
ção entre deformações diametrais e axiais (Ed /~) uma rocha fosse mais susceptível à fadiga por carre-
ao longo de um ensaio de carregamento cíclico gamento cíclico. A Figura 7 apresenta a curva
que culminou com a rupt"1ra. A partir de determi-
nado instante, as deformações diametrais passam
a acumular-se a uma taxa sensivelmente superior
às correspondentes deformações axiais. Uma for-
.. -
Calcário lrati
..
;;:
..
0.80 '
0.60 - i
Variação ela ruio de!. diametral/ del. axial
_ em ensaio de com prusão uniu:ial cíclico em
Calcário lrati.
1 2 3
Deformação uial ( milia1raín )
~
te susceptibilidade à fadiga a níveis de tensão aci- .:; :
ma de 50 MPa, de .vez que o trecho pós-ruptura 10~
apresenta inclinação positiva Abaixo deste nível,
a inclinação da curva tensão-deformação axial em s-1
seu t:recho pós- ruptura se torna negativa e as de-
formações axiais necessárias para atingir-se a rup-
I
tura aumentam consideravelmente. 10 15 20 2S
N
7. DISSIPAÇÃO DE ENERG!A
NO CARREGAMENTO CICLICO Fig. 8 • Variação da energia dissipada ( Ud) ao
longo de ensaio cíclico.
Foram analisados diversos diagramas força-
deslocamento axial que resultaram de ensaios
cíclicos em calcário, com o intuito de investigar as 32000 -
transferências de energia envolvidas no processo
31000-
que conduz à ruptura nesse tipo de carregamento.
Nos ensaios de carregamento cíclico, verifi-
ca-se que uma parcela significativa da energia
mecânica aplicada pela prensa é dissipada mesmo
! :::~ j28000-
quando a tensão máxima aplicada no ciclo não 27000 -L'.:..__ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
ultrapassa o limite elástico da rocha Estudos an-
10 15 20 25
teriores, Peng et al. (1974) entre outros, mostra- N
30
...
I •
8. EFEITO DA FREQÜÊNCIA
Burdine (I963) realizou ensaios de compres-
são uniaxial e triaxial com arenito e não identifi-
20 25 30 3S cou qualquer mudança significativa nos resultados
TIHIHO •Hia (UPa}
quando introduziu variações nas freqüências de
carregamento na faixa entre 15 a 50Hz. Hardy e
F~g. 10 - Energia dissipada mínima versus ten- Chugh (1970) e Haimson e .Kim (1971) submete-
são média para ensaios cíclicos com argamas- ram amostras de rocha a carregamentos cíclicos
sa a amplitude constante. em que a freqüência variou em até 4 vezes não
detectando também qualquer influência significa-
tiva da mesma. Brighenti ( 1979) igualmente não
-20 l
C.ldriotnltl identificou qualquer mudança de comportamento
ao ensaiar arenitos no intervalo de freqüências de
~
a.•J1.7Da
.:; 11
0,01 a 0,1 Hz.
~ 1
.
.!!12-
=:i.. l
'
.. Os resultados de Attewell e Farmer ( 1973)
mostraram, entretanto, um cresci~ento do núme-
'-i ro de ciclos até a ruptura, com o aumento da fre-
._, ~ qüência, segundo a expressão:
ii,J/iij i
I o
i i/i}/}1
....
! i Jljjil/ j
..
•
j lltilif
--.
i
J.
j )iililj
assim como a amplitude, (G m:íx- G mm)/2, foram
mantidas constantes em 65 MPa e 28,5 MPa res-
pectivamente. Na Figura 14 estão representados
os resultados dos ensaios com o calcário Irati . As
10 100 1000 10000 100000
Figuras 15 e 16 mostram os resultados obtidos por
N Attewell e Farmer (1973) e Scbolz e Koczynski
(1979),...respectivamente. Fica evidenciado nos
F"Ig. 12 - Energia específica dissipada mínima três exemplos que amostras submetidas a uma
versas número de ciclos até a ruptura em ensaios freqüência maior resistem a um _maior número de
cídicos aJJD argamassa a amplitude C'ODSfante. ciclos. Entretanto, se ao invés do número de ci-
clos {N) for analisada a variação do tempo até
atingir-se a ruptura (tr) em função da freqüência
Celdrio tnlti
lf> (Figs. 17 , 18 e 19), verifica-se que tr aparen-
a. •StJ . . . temente não depende da freqüência, tendendo a
permanecer constante, exceto nos resultados de
.. Scholz e Koczynski (op. ciL) que mostram sig-
nificativa redução do tempo de ruptura com o
aumeng> da freqüência.
Ensaios de fadiga com marenal cerânnco,
Krohn e Hasselman (1972), também mostraram
que o tempo de ruptura tende a permanecer cons-
tante ou a decrescer ligeiramente com o aumento
10 100 1000
11 da freqüência. Pesquisadores que têm investiga-
do materiais cerâmicos submetidos a carregamen-
to cíclico atribuem o fato de o tempo de ruptura
F~g. 13 - Energia· específica dissipada mínima não variar significativamente com a freqüência, a
versus .número de ciclos até a mptw:a em en- atuação exclusiva do mecanismo da corrosão sob
saios cíclicos com calcário Irati a ampütnde tensão ("stress corrosion"), Evans e Fuller
constante. (!974), Evans (1980), Atkins e Mai (1988). A
a-.-
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a., •a.sllh
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100.0
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0.1
l 0.0000 i i i illliil I illlllll i 11111111 I 11111111
Fig. 1S - Freqüência versus número de ciclos Fig. 19 ·Freqüência versus tran granito, seg.
até a ruptnra em dolomito, seg. Attewell e Scholz e Koczynski (1919).
Farmer (1973).
da ação química do ambiente e que produz uma re-
dução da energia de ligação na região da extremi-
0.111011 3 dade (ápice) de uma fratura solicitada à~ pos-
+ + +
sibilitando desse modo a ruptura das ligações atô-
3
0.0100 -d micas a níveis de tensão mais reduzidos. Há certa-
=- ~ mente uma forte relação entre o ambiente e a in-
l =l + ++
a.u.noua
a. • J72.Slllh
a•• ~~rs--.
fluência da freqüência de carregamento, pois mes-
mo em materiais como o aço, tem-se verificado
que a velocidade de propagação de fraturas aumen-
0.111100
l
10
I i I iitii
100
I I
1000
ta quando a freqüência diminui. A interação do
material com o ambiente possibilita a ação do me-
14 canismo da corrosão sob tensão de forma mais
acentuada nas baixas freqüências porque o tempo
de exposição é maior nesses casos, havendo con-
FIG. 16 - Freqüência versus número de cicloS
seqüentemente--mais tempo disponível para as rea-
em granito seg. Scholz e Koczynski (1979).
ções químicas ocorrerem. Nas freqüências mais
elevadas passa-se o oposto. Apesar de desempe-
nhar importante papel nos processos que resultam
na ruptura por carregamento cíclico em rochas e
,_~ . .... outros materiais que exibem comportamento frá-
'u ettJ gil, a corrosão sob tensão não age isoladamente.
=-
1.110
. .. A (UIIIZ)
- Evidências experimentais relacionadas principal-
mente ao efeito da amplitude do ciclo, que serão
l ~~i 0.10
'!l ....... (a;,altca)
. 6A{ . . . . U:}
abordadas a seguir. sugerem não ser este o único
mecanismo responsável pela ruptura por fadip
nesses materiais.
000 I
""'I
I I
I 11.1111.1 I lliiill)
e
do uabalho experimental no qual se baseou, as-
..
o
sume-se também que dois mecanismos, corrosão
sob tensão e fadiga. atuam de forma simultânea
...,.
c
0.6-
o• -
e independente. , ••
=
Singh ( 1989) realizou ensaios uniaxiais ~
<
0.2
.
i!
-;
u....;
~
feitas exclusivamente com base em resultados de
ensaios de fluência poderão estar superestimando
i.E o.z...,I
o tempo até a ruptura em situações que envolvam
<
•
tensões que
variam ciclicarnente.
u
111000 10011000
10. CONCLUSÕES
i !!)Verificou-se que os calcários da Formação Irati
F".g. 20 - Efeito da variação da amplitude so- são susceptíveis à fadiga por carregamento
bre o tempo até a ruptura (tr) em granito, seg. cíclico em compressão uniaxial. Apesar da dis-
resultados de Scholz e Koczynski (1979). persão observada nos resultados, os ensaios
possibilitaram a obtenção de curva de Wõhler
para os calcários. que mostra clara tendência de
Akai e Ohnishi (1983), entretanto, afirmam diminuição da tensão necessária para atingir-se
que amostras de tufo vulcânico submetidas a car- a ruptura com o aumento do número de ciclos. O
regamento cíclico levam mais tempo para romper limite de fadiga situa-se ao redor de 63% da
do que amostras semelhantes submetidas a carga tensão de ruptura média obtida em ensaios está-
constante ("fluência"). ticos (carregamento crescente monotônico).
Ensaios semelhantes aos de Scholz e 2l.!)A existência de um valor limiar mínimo (limite
Koczynski, realizados no âmbito da presente pes- de fadiga) abaixo do que não ocorre ruptura por
quisa com calcário Irati. apresentaram elevada carregamento cíclico está aparentemente associ-
dispersão no tocante aos tempos até se atingir a ado ao fenômeno dadilatância que se observa nos
ruptura, entretanto também indicaram uma ten- ensaios de compressão uniaxial convencionais
dência de acréscimo dos tem_pos de ru_Qtura com a em que as <!eformações l~terais são monitoradas.
~. o limite de fadiga observado mos- REFERÊNCIAS BffiUOGRÁFICAS
~ iDfet"ior aos -níveis de tensão em que se
obsemtliinYei'Sãode tendência da curva tensfur AKAI, K. ; OHNISHI, Y. E Y ASHIMA, H.
deformação volumétrica Este aspecto precisa Strain-softening behavíor of soft sedimenta-
ser analisado com muito cuidado, uma vez que ry rock under repeateded and creep loading.
tem sido prática ~nte,'considerar aquela ten- In: Int. Symp. Weak Rock, Tokyo, v. I, p.
sãocomoaresistênciaalongoprazo ("long term 81-86, 1981.
strength'J, Bieniawski, 1967. AK.AI, K. e OHNISHI, Y. Strength and
3Jl}éonfirmara:m-se as observações de outros auto- deformation characteristics of soft sedimen-
resdequeaevoiução das deformações axiais em tary rock under repeated and creep loading.
função do número de ciclos é análoga à que se In: Int. Symp. Rock Mech., 5, ISRM, p.
observa em ensaios realizados a carga constan- 121-124, 1983.
te ("fluência"). ~ ATKINS, A. G. E MAl, Y. W. Elastic and
plastic fracture: metais, polymers,
4-l!)Nos ensaios cíclicos, verificou-se um aumento
ceramics, composites, biological materi-
do módulo de elasticidade tangente após o pri-
ais. Ellis Horwood Ltd., 1988.
meiro ciclo, que passa a decrescer logo em
ATIEWELL, P. B. e FARMER, J. W. Fatigue
seguida, diminuindo mais acentuadamente quan-
behavior of rock. Int. J. Rock Mecb. Min.
do a ruptura é iminente.
Sei. v. 10, n2 I, p. 1-9, 1973.
~)De forma semelhante ao que ocorre com o
BAHAT, D. e ENGELDER, T. Surface
módulo de elasticidade tangente, a energia espe-
morphology ou cross-fold joints of the
cífica dissipada (U) proporcional à área dos
Appalachian Plateau. New York and
laços de histerese, diminui após os primeiros
Pennsylvannia. Tectonophysi<:S, v. 104, p.
ciclos, atingindo valores constantes para au-
299-313, 1984.
mentar somente quando a ruptura se avizinha.
BANKWITZ, P. Uber Klufte L Beobachtungen
&!)Ao analisar em conjunto ensaios cíclicos realiza-
inThuringischen Schiefergebirge. Geologie,
dos comamesmaamplitude, porém com diferen-
v. 14, p. 241-253, 1965.
tes tensões médias, verificou-se que a energia
BIENIA WSKI, Z. T. Mechanism of brittle
dissipada mínima (U-.) correspondente a cada
fracture of rock, Part I - Theory of the
ensaio individual, aumenta significativamente
fracture process, Part II - Experimental
com a tensão média, porém diminui com o au-
studies, Part III - Fracture in tension and
mento do número de ciclos até se atingir a ruptu-
under long-term loading. Int. J. Rock Mech.
ra. tendendo assintoticamente para valores cons-
Min. Sei. v. 4, p. 395-430, 1967.
tantes. Este comportamento indica que apenas
BRIGHENTI, G. Mechanical behavior of rocks
parte da energia dissipada é efetivamente
under fatigue. In: Int. Symp. Rock Mech.,
consumida na propagação de fraturas responsá-
4, ISRM,p.65-70, 1979.
veis pela produção de deformações permanentes.
BROWN, E. T. Rock Characterization, Testing
7ll)Há uma estreita relação entre a curva tensão-
and Monitoring. ISRM suggested
deformação completa e as deformações totais
methods. Pergamon Press, 21 I p., 1981.
acumuladas durante o carregamento cíclico. A
BURDINE, N. T. Rock failure under dynamic
curva tensão-deformação axial completa repre-
loading conditions. Soe. Pet. Eng., v. 3, p.
senta a envoltória limite que define a deforma-
1-24, 1963.
ção total máxima antes de se atingir a ruptura
COSTIN, L. S. e HOLCOMB, D. J. Time
num ensaio cíclico realizado a um determinado
dependent failure of rock under cyclic
nível de tensão. Esta observação tem particular
loading. Tectonophysics, v. 79, p. 279-296,
interesse em se tratando de rochas que exibem
1981.
comportamento do tipo classe II como é o caso
DA VIDSON, D. L. e LANKFORD, J. Fatigue
do calcário lrati.
crack growth in metais and alloys:
8ll)Os resultados indicaram haver uma proporção
mechanisms and micromechanics. Int. Mat.
direta entre a freqüência e número de ciclos (N)
Reviews, v. 37, n2 2. p. 45-76, 1992.
até se atingir a ruptura. Entretanto, ao analisar-se
DE GRAFF, J. M. e A YDIN, A Surface morphology
a variação do tempo de ruptura ( t ) em função da
freqüência, verifica-se que esd não aumenta of columnar joints and its significance to
com a freqüência, tendendo a permanecer cons- mechanics and direction of joint growth. Geol.
tante ou a decrescer ligeiramente. Soe. Am. Buli., v. 99, p. 605-617, 1987.
9l!)No que se refere ao efeito da amplitude, os EV ANS, A. G. Fatigue in cerarnics. Int. J. Frac ..
resultados apontaram diminuição do tempo ne- v. 16, n2 6, 485-498, 1980.
cessário para atingir a ruptura (vida) à medida EVANS, A. G. e FÜLLER, E. R. Crack
que se promove o aumento da amplitude. Con- propagation in ceramic materiais under
trariamente aos poucos resultados relatados na cyclic loading conditions. Metal!. Trans.,.v.
literntura, o tempo até se atingir a ruptura mos- 5, p. 27-38, 1974.
trou-se, na condição de fluência, superior ao que HACHIRO, J. Litotipos, Associações Facioló-
se observa sob carregamento cíclico. Extrapola- gicas e Sistemas deposicionais da Forma-
ções da resistência a longo prazo de maciços ção Irati no Estado de São Paulo. Disser-
rochosos feitas exclusivamente com base em tação de Mestrndo, Instituto de Geociências
resultados de ensaios de fluência poderão estar da USP, inédito, 175 p, 1991.
superestimandootempoaté a ruptura em situações HAIMSON, B. C. Mechanical behavior of rocks
que envolvam tensões que variam ciclicamente. under cyclic loading. In: Congress. ISRM,
_l,_Qs:nver, v. 2~ 373-378, 1974.
95
RESUMO
ABSTRACf
l INTRODUÇÃO
nejamento de áreas metropolitanas, enquanto a
metodologia da IAEG-UNESCO (1976) classi-
O mapeamento geotécnico em escala fica os documentos nesta escala como destina-
regional é um importante instrumento de dos ao planejamento regional. A metodologia
obtenção e apresentação das informações do australiana (GRANT, 1970) considera a escala
meio físico visando principalmente ao uso 1:100.000 como limite para utilização das clas-
ses de padrão de terreno. Na Espanha, os
racional do terreno e ao planejamento ambien-
mapas geotécnicos nesta escala são elaborados
tal. Desta forma, as questões metodológicas de
conjuntamente com os mapas geotécnicos
elaboração desses mapas revestem-se de gran-
gerais (escala l :200.000), para analisar e mos-
de importância trar alguns dos aspectos relevantes do meio ou
Neste trabalho discutem-se alguns aspec-
situações de risco a nível regional, como por
tos metodológicos dos mapeamentos geotécni-
exemplo a erosão ou a estabilidade de taludes
cos regionais e principalmente sobre aqueles (FARIAS et al., 1984).
realizados na escala l: 100.000. por cons~derar No Brasil, em proposta metodológica de
se que os mapas executados nesta escala são mapeamento geotécnico para as condições bra-
adequados aos estudos do meio físico visando sileiras, ZUQUETfE ( 1987) também coloca os
ao planejamento regional. Apresenta-se neste mapas em escala 1:100.000 como documentos
trabalho uma metodologia para defmição dos com finalidades regionais. representando a
atributos que devem ser utilizados no mapea- transição para os mapas gerais.
mento e também no modo de organizar as Outra constatação feita com a análise dos
informações em mapas e cartas, básicas e inter- diversos trabalhos consultados é que os mapas
e cartas produzidos na escala 1: 100.000 são
pretativas.
importantes. muito utilizados e confeccionados
na maioria dos países que usam os processos de
mapeamento geotécnico para a caracterização
2 IMPORTÂNCIA DO MAPEAMENTO
do meio físico. Mas, pelo fato de a escala em
GEOTÉCNICO REGIONAL NA
que são elaborados representar uma transição,
ESCALA 1:100.000
onde se tem a alteração do nível de informa-
Analisando-se algumas metodologias já ções, dos atributos a analisar e das finalidades a
consagradas e conhecidas mundialmente, nota- que se destinam os documentos, ocorre uma
se que os trabalhos de mapeamento geotécnico grande dificuldade na definição das informa-
ções que devem constar nessas cartas ou
na escala 1:100.000 representam quase sempre
mapas. como devem ser obtidas e apresentadas.
uma lnm:Sição entre escalas grandes e peque-
Considerando a metodologia de ZUQUET-
nas. Segundo a metodologia da escola francesa,
TE (1987). fica patente este tipo de situação,
sintetizada por SANEJOUAND 0972). ostra-
uma vez que o autor classifica como regionais
balhos na escala 1: 100.000 ~tinam-se ao pla-
os cl9cumentos ~cos ~uz!dos em escalas
97
entre 1:25.006 e 1:100.000. Logo, o nível de NES. 1974). uma classificação deve basear-se
informações, os atributos analisados e a forma tanto nas propriedades naturais dos materiais,
de apresentação, por exemplo, não devem ser quanto nos propósitos ou fmalidades a que se
iguais para as cartas e mapas em uma e noutra destina. Em mapeamentos geotécnicos na esca-
escala. Este fato. ocorre com a maioria das la 1: I 00.000. deve-se priorizar a obtenção de
metodologias.analisadas. Assim. busca-se neste informações sobre propriedades e atributos dos
trabalho definir os atributos fundamentais. materiais que reflitam sua natureza, permitindo
como obtê-los e como apresentar as informa- assim sua classificação.
ções em mapeamentos na escala I: l 00.000. Os atributos fundamentais. relacionados no
item anterior, devem ser considerados em todos
3 DEFINIÇÃO DOS ATRIBUTOS os trabalhos de mapeamento geotécnico, qual-
A detmição dos atributos a serem utiliza- quer que seja a escala. devido a sua importância
dos está relacionada à finalidade e à escala do na identificação das unidades naturais e por sua
trabalho. Da escolha dos atributos corretos relação com os demais atributos. Desta manei-
depende em grande parte a eficiência e a quali- ra. um mapa geotécnico com fmalidades regio-
dade do mapeamento. ZUQUETTE (1987) afir- nais teria uma divisão em unidades naturais,
ma que o problema crucial na realização dos baseadas nos atributos fundamentais. As cartas
trabalhos de mapeamento geotécnico consiste de finalidades específicas apresentariam tam-
em definir, isolar e identificar os atributos bém os atributos fundamentais, acrescidos
necessários para o correto estabelecimento das da análise de atributos específicos, podendo
unidades componentes dos documentos. resultar tanto na subdivisão quanto no agrupa-
ZUQUE1TE ( 1991) estabeleceu, dentro de mento das unidades em função do propósito da
alguns campos do conhecimento, os atributos carta e da complexidade da região. No caso de
associados ao planejamento (Tab. 1). Dentre mapeamentos geotécnicos na escala 1: 100.000,
estes, selecionaram-se aqueles considerados torna-se mais evidente a necessidade de carac-
importantes dentro dos estudos do meio físico terização das unidades por meio de atributos
realizados nos mapeamentos geotécnicos, como que reflitam a natureza dos materiais envolvi-
indicado na tabela 1 (números de 1 a 49). dos. tais como: gênese, textura, composição
Quando se trata de um trabalho em escala mineralógica, litologia, formas de terreno
regional, para uso geral, a definição dos atribu- (landforms ). etc. Na obtenção dessas informa-
tos a serem mapeados deve considerar o seu ções deve-se buscar a utilização de métodos
inter-relacionamento com os demais atributos. alternativos, sempre que os tradicionais resulta-
Para esta análise, o método das matrizes (V AR- rem em tempo muito longo e/ou custo elevado.
NES, 1974) pode ser muito útil. Assim. mon-
tou-se uma matriz atributo versus atributo (Fig. 5 APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
1), com os 49 atributos selecionados na tabela l. A apresentação das infoonações é um dos
Analisando-se esta matriz, verifica-se pontos do mapeamento geotécníco de maior
que, dentre os 49 atributos. tem-se 14 que importância. pois é por intermédio dos docu-
apresentam relação com mais de 50% dos mentos gráficos e memoriais descritivos que se
demais. Depreende-se desta análise a impor- faz a comunicação dos técnicos que elaboraram
tância da consideração desses atributos quan- o trabalho com os usuários finais. De uma ade-
do da realização do mapeamento geotécnico. quada aprc!)entação dos resultados podem
Assim sendo. percebe-se que os atributos tipo depender a aceitação e aproveitamento das
litológico e tipo rochoso são os que apresen- informações fornecidas.
tam maior relacionamento com os demais, A maneira de apresentação, embora con-
seguidos pela textura e origem dos materiais sideratl<• um estádio final do processo de
inconsolidados, todos pertencentes ao campo mapcam~..·nlo. está diretamente relacionada
{amt..)
Biológicos cadeia alimentar aquáticos - intealepeDdência entre
habitat
I vários organismos
- salinidade.. temperatura.
profundidade
- tipo, B:O.D.. C.O.D.
- Sedimentos
I
animais terrestres I -~ I
II I
-mventáno
-anomalias :
vegetaÇão úpo - distribuição e tendências
I - valor econômico ou pre-
servacionista
' !
Clima *46 - pluviosidade
i 47 - temperatura
- umidade relativa
II -ventos
I
I
I -insolação
1
I 48-~vapo~
49 - mtenstdades pluviométncas I
Culturais sociais - população. saúde
I educacionais -escolas
econômicos - uso do solo. indústrias
'
1.2.3-- - Atributos que devem ser objeto de estudo dos mapeamentos geotécnicos.
* Atributos que apresentam relação com mais que 50% dos demais.
J.DeDtos podem ser correlacionados às cartas de ção às condições naturais. sem se prender à
fatores da metodologia francesa (SANE- solução de um problema específico.
JOUAND, 1972), ou aos mapas analíticos da As cartas de zoneamento geotécnico especí-
classificação da IAEG-UNESCO (1976), ou fico são obtidas por meio da combinação de atri-
seja. documentos gráficos como: mapa do butos visando a um uso específico, como, por
substrato rochoso, de materiais inconsolidados, exemplo, a obtenção de material para constru-
de ltmdforms, de processos geodinâmicos e ção, produção de cartas de risco. de irrigação,
carta de declividade, representando, portanto, para disposição de rejeitos, entre outras.
componentes individuais do meio físico, sua Segundo o esquema proposto na figura 2. pode-
variação e distribuição. se ainda elaborar um último conjunto de cartas,
Na etapa seguinte, por meio da análise da chamadas de cartas de previsão ou prognósticos.
distribuição espacial e inter-relação entre os nas quais podem ser analisadas as respostas do
componentes, são obtidas as cartas de zonea- meio riSico frente às modificações processadas,
mento geotécnico geral e específico. Segundo tanto a nível dos componentes individuais do
MATULA (1979), uma unidade de zoneamento meio físico. quanto às unidades de zoneamento.
consiste em um modelo espacial tridimensio- Estas cartas podem ser muito úteis quando se
nal. baseado em uma certa homogeneidade das pretende usar o mapeamento geotécnico no pla-
condições geotécnicas. GWINNER, 1956 nejamento, pois permitem considerar as prová-
(apud PETER. 1966) já utilizava o conceito de veis mudanças provocadas pelos diversos tipos
zona como uma unidade geotécnica de compor- de ocupação. Para a sua elaboração deve-se con-
tamento homogêneo, independente da variação
tar com uma equipe multidisciplinar, de maneira
litológica. de solos ou estruturas. a permitir uma correta avaliação das possíveis
Desta maneira, o zoneamento geot~ico
formas de ocupação.
compreende a divisão de uma determinada área
em funÇão da avaliação de inter-relações e 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
covariações entre os componentes do meio físi-
co. Assim, quando se associa um mapa com Os trabalhos de mapeamento geotécnico
informações sobre o tipo de material inconsoli- regional devem estar baseados em atributos
dado, com a declividade e a profunQidade do fundamentais do meio físico, que por sua vez
substrato rochoso, está se procedendo à indivi- são selecionados devido à sua inter-relação
dualização da região em zonas com característi- com os demais atributos e em função da fma!i-
cas proprias, advindas dos componentes que
dade a que se destina o trabalho. Para identifi-
formn combinados.
A escolha dos atributos utilizados no cação destes atributos o método das matrizes é
zoneamento depende dos objetivos e fmalida- o mais adequado.
des desejadas ou previstas. As cartas de zonea- A determinação das características geotéc-
mento geotécnico podem ser divididas em dois nicas das unidades deve ·ser feita por meio de
grandes grupos: geral e específico (ZUQUET-
ensaios simples e de baixo custo. A forma de
TE. 1987). As primeiras caracterizam-se por
apresentarem wna combinação de atributos apresentação dos resultados é importante e sua
independentes da sua possível utilização. definição é necessária desde os estádios .ia.iciais
Devem distinguir zonas homogêneas em rela-
COMPONENTES E PROCESSOS
MEIO
FÍSICO [ r
SUBSTRATO
ROCHOSO
-- I
MATERIAIS
INCONSOLIDADOS
I
GEOMORFO-
LOGIA
I
AGUAS
I
GEODI-
NAMICA
j_ __
I
I
I
li
Representação
~
DOCU-
MENTOS MAPAS DAS CONDIÇÕES GEOLóGICO-GEOTÉCNICAS
BÁSICOS
I
I Distribuição espacial e interrelaçâo dos componentes
I
I
I
I
CARTAS :
Para uso geral
DERIVADAS l Para uso especifico
I
I
I
OU I
I
I
I
INTERPRB-1
I .-----'----,
TATIVAS I MATERIAIS DE
I CONSTRUÇl.O
CARTAS DE I
PREVISAO L - - , PROGNÓSTICOS r- - - - .J
do trabalho. Segundo os estudos realizados. as dfico são as formas mais eficientes de repre-
cartas de zoneamerlto geotécnico geral e espe- sentação das informações obtidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RESUMO
ABSTRACT
This work presents the general engineering geological zoning map of the Piracicaba
region at the I: I 00.000 scale and the rules adopted for the elaboration of this graphic docu-
ment in regional engineering geological mapping. Other aspects are discussed. such as the
importance of the general engineering geological zoning map in the elaboration of other
most specific maps and the fundamental attributes.
[ RES:mtrAL
SILTO
/·~·~
ARGILOSO
ARGILO
SILTOSO
ARENOSO
(< 30 % finos)
ARENOSO
(< 20 % de finos)
[
·~·~
Jls\~m~~:..._o,s
s
ESPES- [ a 3,0 m 3,0 a 5,0 m > 5,0 m
SVRA
N
I
I
DECLIVI- A l
DADE [
N
FORMAÇOES [ I IT '
\"\\~
IT 3 TAT. IRA. COR. BOT. PIR. SB. ITQ. ND
GEOIDGICAS
fiGURA I - Exemplo de definição das unidades da área mapeada utilizando-se o método da árvore lógica.
atributos. provenientes de cada mapa básico. sição de informações dos mapas do substrM<l
em geral têm pesos diferentes. que são função rochoso. dos materiais inconsolidados e da
de sua imponância na caracterização da nova carta de declividade generalizada (PEJON.
unidade. relacionada à finalidade da carta. 1992). A sobreposição destes documentos grá-
Assim. em uma carta deste tipo não constam da ficos permitiu a definição de zonas caracteriza-
legenda de cada unidade os atributos que lhe das por: textura, espessura e gênese dos mate-
deram origem. mas sim a interpretação que, no riais inconsolidados. declividade e tipo de subs-
exemplo citado, corresponderia a indicar as trato rochoso. A importância destes atributos
áreas mais ou menos susceptíveis à erosão. foi estudada em matrizes do tipo atributo x atri-
Uma grande vantagem do método da sobre- buto. onde se verificou que apresc:ntavam rela-
posição simples é também permitir com facilida- ção com mais de 50% dos demais atributos do
de o uso de métodos computacionais na elabora- meio físico. Portanto, pressupõe-se que uma
ção das cartas de zoneamento geotécnico. carta de zoneamento geotécnico geral, obtida
b) Método baseado em uma hierarquia de pela sobreposição simples desses atributos, per-
fatores e atributos mite o estabelecimento de unidades (zonas)
As unidades de zoneamento são defmidas com características bastante uniformes em ter-
em função de uma hierarquia de atributos rela- mos de uma série de propriedades geotécnicas.
cionados à escala e às características do meio 4.1 Definição das unidades de zoneamento
físico. constituindo assim unidades taxonômicas.
Essa maneira de elaboração das cartas de zonea- A combinação dos cinco atributos anterior-
mento é adotada pela proposta IAEG-UNESCO mente citados possibilita o estabelecimento de
( 1976), onde é definida uma seqüência de atribu- um número muito elevado de unidades. Quanto
tos a serem analisados em cada nível. à gênese, os materiais foram classificados em
duas classes, quanto à textura e espessura, em
4 ELABORAÇÃO DA quatro classes. O número de formações geoló-
CARTA DE ZONEAMENTO gicas que pode ter originado os materiais incon-
GEOTÉCNICO GERAL DA FOLHA solidados é igual a dez, havendo mais uma
DE PIRACICABA opção para o caso da não-identificação da for-
mação à qual estaria associado o material. O
__A <.:afta foi elaborada por meio da sobrepo- - .. - _I- -1- _J- _I- - ,. -- ~ _]- _, , •
l - REl:!llUAL 1 - ARENDSD I l-<a.s.. 1-Al 1 • ASSilCAÇÃO UTlLÓGII::A I - SUlllilllPil ITMAR!.
2-~ 2-MIDCISDO 2-Q.SA3,0f!l 2-.t2
l - ASSDCAÇÃQ um..áGn:A n - SUlllilllPil rrNlAIIf.
J-SIL.~
3 - ll 3 - ASSDCAÇÃQ LlTil1.Órlll:A !0-SIJIGIU'O ITAai>RÉ
4 - AIIGIUlSO
• - 112 4 - l"'lRRIIÇÁÁ TAtu!
• -c • - l"'lRRIIÇÁÁ -Tl
6 - C2 6 - l"'lRRIIÇÁÁ COIIJMATAÍ
1./2-4/Z-3-4-2
' - C3 7 - l"'lRRIIÇÁÁ F'IRAMJÓlA
\ D.mc. DmS TlPllS IE TEX'TI.RA NA MESMA UIIIDAllE
8 - C4 B - F'llRMAÇÁO IICTIJCATU
tCATDUAIS ~ E: ~ NA JIICSMA t..ea:DADE
9 - nlRMAÇÃQ $ERRA GERAL L INl'RlmVA$ 1&ASlCAS
Al-AI..l.NIÕI:s~ VER TEXTO • lD - F"DilMAÇÃD ITAiiii..I:Rl
M - MATE'RIAIS HIDRtDÓ!ncm: li - NÃO l3ETERMDWIIl
atributo gênese. com o material classificado As unidades obtidas diferem umas das
como residual. O atributo seguinte é a textura, outras pela variação de um ou até todos os atri-
que apresenta quatro opções. as quais são viá- butos. motivo pelo qual se optou pelo uso de
veis e ocorrem na área mapeada; portanto. uma legenda numérica para identificar cada
todas recebem~ ..sim". Logo. o processo unidade. onde se registra a variação referente a
deve continuar. a partir das quatro opções. Para cada atributo que lhe deu origem. Este tipo de
efeito de exemplo. analisa-se a partir da textura legenda elimina a necessidade da utilização de
silto-argilosa. que poderia teoricamente ocorrer contatos diferenciados. pois permite que se
em quatro diferentes espessuras. das quais tdentifique com facilidade qual o atributo e/ou
somente duas estão presentes na área e as nível que está variando de uma unidade a outra.
outras duas não. No caso das duas outras Mais uma vantagem deste tipo de legenda é
opções o processo de análise pára. pois não se permitir ao usuário que tenha um número maior
observou na área nenhuma zona com material de informações disponíveis sobre as caracterís-
residual. textura silto-argilosa e espessura ticas de cada unidade. uma vez que se trata de
maior que 5,0 metros. um zoneamento geral. sem finalidades específi-
Entre as duas opções que receberam um cas.
"sim", utiliza-se a classe de espessura inferior a O zoneamento geotécnico geral tem grande
O.S metro para continuar a análise com o atribu- importância em mapeamentos geotécnicos
to declividade. Das oito classes de declividade regionais. pois permite a associação de um
existentes (classe AI - < 5% em mais que 85%
número elevado de informações em uma única
de sua ~ classe A2 - < 5% em 70 a 85% de
sua área; classe BI - 5 a 10% em mais que 85% carta.
de sua área; elas~ Cl - > 10%. com valores 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS'
superiores a 20% em menos que 25% da área;
classe C2 - >lO% com valores superiores a Esta carta destina-se aos técnicos familiari-
20%, em 25 a 50% de sua área; classe C3 - zados com a área de geotecnia e a interpretação
>lO%, com declividades superiores a 20% em das unidades deve ser feita com objetivos defi-
50 a 75% de sua área e classe C4 - > 10%. com nidos, ou seja. para a elaboração de uma carta
valores superiores a 20% em mais que 75% da de zoneamento específico ou para a análise de
área), em cinco delas ocorrem materiais com um determinado tipo de ocupação do terreno.
menos que 0.5 metro de espessura e em três Assim, o zoneamento visando a uma utilização
não. A partir destas cinco, analisa-se a classe específica pode alterar a divisão atual. Por
A2. que apresenta onze opções quanto às for- exemplo. duas zonas distintas poderão ter igual
mações geológicas que poderiam ter originado
comportamento quanto ao escoamento superfi-
este material inconsolidado. Da análise da
cial de água e diferente quanto a fundações.
região verifica-se que somente duas se confir-
Isto se deve ao fato de o mesmo atributo poder
mam. que são os magmatitos básicos perten- apresentar maior ou menor importância. frente
centes à Formação Serra Geral ou Suítes
a diferentes tipos de uso do terreno.
Básicas e as litologias da Fonnação Irati.
Como a carta de zoneamento geotécnico
Portanto, no caso do exemplo. foram obti-
geral reúne um grupo de atributos de grande
das duas unidades de zoneamento. que apresen- importância na caracterização natural do meio
tam como única diferença as litologias que lhes
físico, quase sempre poderá ser utilizada como
deram origem. Este procedimento foi repetido base para a maioria das cartas de zoneamento
para cada classe dos atributos, resultando em geotécnico específico. A obtenção destas cartas
107 unidades diferentes, que estão representa-
depende da avaliação dos pesos dos atributos
das na carta de zoneamento geotécnico geral. A
considerados, ou da análise de novos atributos
figura 2 apresenta uma porção da área ~apea
diretamente relacionados à fmalidade conside-
da. correspondendo a uma área de aproximada-
rada.
mente 730 km' (Folha de Piracicaba - escala
1:50.000).
6 REFERÊNCIAS BffiUOGRÁFICAS
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BATSON. R.M. 1979. Experimental paper 837. 48 p.
107
RESUMO
O estudo das estruturas geológicas é fundamental para a compreensão das mstabilizações em talu-
des de corte em saprolitos, onde estas estruturas estão bem preservadas. apesar da ação intempénca
Neste artigo. é realizada uma abordagem regiOnal. baseada em dados obtidos através de produtos de
sensoriamento remoto. complementados por trabalhos de campo. na área que compreende a Folha
Atibaia (Estado de São Paulo), na escala I :50.000. O método utilizado permite o estabelecimento de
previsões de instabilidades em taludes existentes. nas principais estradas da área de estudo. bem como
em cortes futuros, auxiliando o planejamento rodoviáriO
ABSTRACT
The study of geological structures is fundamental for the comprehension of slope mstabilizatwlls
in saprolites, where these structures are well-preserved. despire of the weathering. In this issue. a regi-
onal approach is dane. in Atibaia region( São Paulo state), based on remate sensing andfield data. The
method applied allows to predict slides m the existing slopes. along the main roads within the studied
area. as well as in the future cuts. as suppon to highwav plannmg.
I !..EGENOA 2 • 6.,.
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~r-.~.-..COM~
5. SEP~ÇÃOEMS~TORES
E ANALISE GEOMETRICA Fig. 4 - Mapa de forma estrutural e de setores
DAS ESTRUTURAS de análise.
As estruturas geológicas, que provocam a
individualização dos blocos e erosões nos taludes homogênea do traçado da foliação, levou ao esta-
da área, são juntas e foliações. belecimento do subsetor Cb, diferenciando-o do
As foliações apresentam atitudes bastante restante, classificado como subsetor Ca.
variadas, o que consubstanciou a separação da As juntas apresentam-se como várias famí-
área em nove setores, conforme ilustrado na Fi- lias entrecruzadas, com espaçamento na ordem
gura 4_ O setor C foi subdividido em dois subseto- de decímetros, apenas localmente aumentando
res, baseado na maior ou menor homogeneidade da para metros.
_!oJiação_ Na sua porção SW, a co~flguração mais Para efeito deste trabalho, serão apenas ana-
os são atravessados pelas ro- Para a realização das previsões. fornm
dovias Fernão (BR-381), D.Pedro I (SP-065) projetadas nos estereograrnas as direções médias
e Edgard Máximo Zambotto (SP-354), a saber: atuais das estradas, considerando-se os taludes di-
setores A, Ca, F e H. reito e esquerdo. Foram analisadas as possibilida-
O setor carncteriza-se principalmente por des de ocorrência dos seguintes tipos de instabili-
foüação de alto de mergulho, entre 60° e dades, observados na área de estudo:
85", com predominante para NE e por- -Tombamento: na existência de descontinuidade
·ções ligcinlmente amendoadas. de alto ângulo com direção paralela ou aproxi-
As juntas cor.stituem cinco famílias prin- madamente paralela à do talude, mergulhando
cipais entrecruzadas, que provocam segmenta- para dentro do talude ou vertical (Figura 5).
ções de blocos com dimensões variadas e per- -Sulco ou ravinamento: na existência de descon-
associadas à foliação, a instabilização tinuidade de alto ângulo, aproximadamente per-
dos taludes: pendicular ao talude. Segundo as observações
Al) N45E ±5"175N'N de campo, constatou-se que os ravinamentos
A2) N50W ±5"/80SW mais profundos são aqueles instalados ao longo
A3) N25W :1-.5"/5S:NE do plano de foliação (Figura 6).
N80E ±5"/85SE -Ruptura planar: quando da existência de des-
AS) N80E ±5"/351W continuidade, principalmente foliação, mergu-
lhando em direção ao corpo estrada!, aliada às
O subsetor Ca ocupa grande parte da área descontinuidades que desempenham o papel de
de estudo e certa homogeneidade quan- superfícies de liberação da massa instável (Fi-
to às atitudes da foliação, que possui claro predo- gura 7). A possibilidade de ocorrência de ruptu-
mínio de para NW, com mergulhos mais ras planares foi considerada, levarido-se em
baixos do que o setor acima e atitude média conta duas situações:
N30W/45SW.
a) A ruptura planar se dá ao longo de plano com
As famílias de juntas para este setor são:
inclinação inferior à do talude em questão, em
Cal) N40E ±5"í85N\V concordância com as condições expostas em
Ca2) N75W ±5"/85NE
Ca3) N75E ±5"/70SE
Ca4) NIOW ±5"/80SW
localizado nas proximidades da
cidade de caracteriza-se por foliação de
baixo ângulo de mergulho, em tomo de 30°, e di-
reção NE. A atitude média da foliação é N40E/
30SE P.s constituem fam11ias, com as se-
,--··--·~ atitudes médias : HORIZONTE De:
SAPROUll>
Dl) N45E±5"/85NW
D2) N50W ±5"/80SW
D3) N80E ±5"/85~"N
D4) N20W ±5"/80SW
O setor F, localizado no extremo centro sul
da área, apresenta foliação bastante variável, Fig. 5- Esquema de tombamento
também com padrão levemente anastomosado,
com direção média par~. NE e mergulhos bastante
variáveis, de 30° a 80°. As famílias de juntas da
área são:
Fi) N40E ±5"175NW
F2) N30W ±5"/85SW
F3) N80E ±5"/85SE
F4) NS ±5"/80E
Por o setor H, que possui foliação
com direção :t'-IE e mergulhos na faixa de 50°, e
juntas com atitudes:
H 1) N35W ±5"/80SW Fig.6- Esquema de sulco ou ravinamento.
H2) N40E ±5"/80NW
H3) N70W ±5"!75NE
6. ANÁLISE E PP.JSVISÃO
DE INSTABILIDADES
Para efeito deste trabalho, optou-se por ava-
liar as de novas instabilizações nas
principais rodovias já existentes na área: Rodovia
Fernão Dias 1), Rodovia D. Pedro I (SP-
065)e Rodovia Edgard Máximo Zambotto (SP-
354), que a cidade de Campo Limpo à Rodo-
via D.Pedro I, pela cidade de Jarinu, na
regiã{)geste da Folha Atibaia (Figura 3). Fig. 7 - Esquema de niptura planar.
lll
instalados e previsões de futuras instabilidades. ral Aplicada. São Paulo: ABGE: Votoran-
Na proximidade das falhas transcorrentes, das tim, p. 363 - 382, l992b.
zonas de cisalhamento, há grande l>;(ariabilidade HASUI, Y., MAGALHÃES, F. S., RAMOS, J.
da foliação, que assume o padrão amendoado, M. S., SANTANA, F. C.; SANDRONI, S.
típico destas zonas, conforme Hasui et ai. S. A utilização do mapa de linha de forma
( 1992b). Nesta situação. torna-se difícil a adoção para elaboração do modelo estrutural - O
de um modelo geométrico que satisfaça a todas exemplo da Mina do Cauê, Itabira, MG. In:
as condições de foliação. Adotou-se um modelo Congresso Brasileiro de Geologia de En-
geométrico médio. que não consegue satisfazer genharia, 7. Poços de Caldas. Anais... Po-
plenamente as condições observadas em cam- ços de Caldas : ABGE, v. I, p. 321 - 333,
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Shear strength of an unsaturated sandy soil
Résistance au cisaillement d' un sollatéritique sableux non saturé
s.A..Rõhm
Fetieral University oJ São Carlos. S. P.. Braz)!
O.MVilar
University of São Paui.o.'S. P.. Brazil
ABSTRAcr
An undisturbed lateritized soil has been tested in triaxial compression under saturated and
non-saturated conditions. Non-saturated tests were performed acording to axis translating
technique where air and water pressures were controlled. The influence of confining pressures and
matric suction on shear strength is analyzed and a non-linear relationship is found to relate matric
suction and shear strenth
RESUMÉ
Un sollateritique a été etudié a partir des résultats des essais triaxiaux en considerant des
conditions saturé et non saturé. Les essais non saturés ont été realisés selon la tecnique de
translation des axes avec le contrôle des pressions d'air et de d'eau interstitielle. On analyse
l'influence de la contrainte de confinement et de la suction sur la resistance au cisaillement du soL
Une expression non linear est donc proposée pour décrire la relation entre suction et résistance.
.. •+-~~~~~--~~~~~~~
1..000IE-OI
1.00GE-04 ~ O.D'I 0.1
-'--d-(111111)
. (a)
. ~~~~~~~~--~~~~~~
:r-----·
--&- -·-·AOO
coe:fficients o f deterrnination (R2) as can be
seen in Table 2.
At low suction values, ab - angle
relating strength to suction (analogous to <j>b)
.~~~--~--~--~--~--~--~- was larger than a', which is in contrast to
0 2!180 400 100 800 1000 1200 1400
p-ua ou p-uw (lcPa) previous observations ~scario & Sáez., 1986;
Fredlund et ai., 1987), b~t is in agreernent with
Figure 5 : shear strength envelopes in a (p - ua) the findings of Abrarnento & Carvalho (1989)
versus q diagram . when testing some Brazi1ian residual soils.
The non-linearity between strength and
Data plotted in Figure 7 seern to be suction rnay be related to descontinous grain
well related by hiperbolic function, since they size distribution and pore characteristics
increase rapidly and then tend to reach a (Figures I and 2).
constant value when suction is beyond a About 30% of porous are between
cert:ail!_value. 0.0006 andO. I mrn in diarnenter. This arnount
t\S n was expected, ~ear strength represents alrnost 90% -of ali volume. In other
increased with suction, but what is interesting words, alrnost ali pore volume is composed of
is that angle of shearing strength (a') obtained larger pores. Water retention curve of Figure 3
in a p - q diagram also varied with suction. shows that a large volume of water can be
Figure 6 shows angle of shearing strength drained from the soi1 for suction values as low
related to suction. V alues depart frorn 23 I o as I O kPa. When rnatric suction increases
for saturated soil and reach 29.6° for 400 kPa water frorn larger voids are readily drained and
of matric suction. the cornbined effect o f matric suction ( capillary
25+' • •
I
><t
~1-----~----~------------~~
o 100 200 300
rnatr1c auctJon (kPa)
... 100 200 300 ...oo
matric suction (kPa)
600 600
and adsorptive) starts to develope inside inter- ESCARIO, V. & SÁEZ, 1. (1986). Shear
and intra-aggn:gate pores, wbere its influeuce strength of partly sáturated soils versus
is, possibly, small. Actually, as the soil dries, suction. Géotechnique, London,
capillary forces are less important than 36(3):453-456.
adsorptive f~. FREDLUND, D. G., MORGENSTERN, N.
In .additlon, as these micropores R. & WIDGER, R. A (I 978). The shear
represem about I 00/o of total volume of pores strength of unsaturated soils. Canadian
of this soil, it is fairly reasonable to expect a Geotechnical Joumal, 15(3):313-321,
1ittle contribution to shear strength increasing August 1978.
wben matric suction increases beyond some FREDLUND, D. G., RAHARDJO, H. &
determined value. GAN, 1. K M (1987). Non-linearity of
strength envelope for unsaturated soils.
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non-saturated conditions has shown strength water pressure in compacted cohesive
increasing with matric suction. In a (p - ua) - q soils. Denver, 1956. 109 p. (Faculty of
diagram, strength envelopes could be ajusted Graduate School of the University of
according to a linear relationship. Angles of Colorado).
shearing strength resulting from these HO, D. Y. F. & FREDLUND, D. G. (1982).
relationships have tended to increase with A multistage triaxial test for unsaturated
suction. Shear strength increased with matric soils. Geotechnical Testing Journal,
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Soils, Bouder. Procs. ASCE, 1960. p.
503-532.
Sballow foundations on collapsible soil improved by compaction
Fondations superficielles dans des sols effondrables améliorés par com.pactage
A. Souza
UNESP, JlJta Solteira, Brazil
J.C.A.Cintra & O. M. Vilar
University o[São Pauto/ São Carlos, S.P., Brazil
ABSTRACf: In this paper, the influence of soil compaction on collapse strains is studied using
laboratory plate tests on undisturbed and on compacted soil samples. Field plate load tests and the
behavior of two footing prototypes, one build on natural soil and other on re-compacted soil, are
also used in the analysis. Results of load tests performed on models and prototypes showed a
sensible influence of compaction in reducing collapse settlement and suggest that this method of
soil improvement can be useful to get a better performance of shallow foundations on collapsible
soils.
RESUMÉ: On étudie l'influence de la compactage d'un sol effondrable sur les tassements. Des
essais de chargement de plaques et de semelles ont été réalisés en sol naturel et en sol compacté.
Pendant les essais le sol était mouillé pour déterminer les tassements d'effondrement. Les résultats
montrent une três importante reduction des tassements d'effondrement à cause de la compactage
du soL Cette méthode est alors três utile pour améliorer le comportement de fondations
superficielles dans des sols effondmbles.
LOAO(kPa)
1. INTRODUCTION 200
..... 1- I I I I
''\ .... j_l I I
~ _I l J _l
Ê
Large areas of Southern Brazil are covered .§. L COMPACTED GROUND
__L
by a fine to medium clayey sand to a depth !z 10
_}. _]
w
varying between 4 to 12 m. Thís soil can be :!E
w ~ NATlJAAL GROUND '.J.
found with porosity of about 50% and degrees ~
~
of satunú:ion as low as 40%, although local 5
..,20
I
I
I I I
I I
variations can happen both in physical
characteristi.cs and in texture. Figure 1: Load plate tests performed on natural
Volume decreases (collapse) associated to and compacted soil argas, 1951 ). rv
wetting under constant total stress are common
in this soil. Severa! small buildings have been
damaged due to water infiltration bellow soil
foundation.
Improving soil foundation can reduce the
damages associated to soil collapse. A method
for that consists in removing foundation soil,
up to a specified depth, and then to re- SOil.
com.pacting it according to some specification
conccming degree of compaction and moisture
content.
S1 0,25 o 16
The altemative of compacting porous soils S2 0,36 0,15
to make possible the use of shallow S3 0,40 0,15
foundations has been used in Brazil, although C"' 0,5 X b
not in a generalized way. Thís method can d = 1,0 X b
increase allowable bearing capacity and reduce h=d +0,5 m
soil deformations.
Figure 2: Typical dimensions used in
Figure I shows the results of two plate load
improving some Brazilian porous soil by
tests performed on a porous clay (void ratio of
compaction (Silveira & Souto Silveira, 1963).
1,50), where a water reservoir for São Paulo
city was to be founded on. One plate load test
was over natural soil and the other over Another example is that of shallow
compacted soil. As it can be seen in Fig. 1, soil fotmdations used at Engineering School of São
compaction has greatly majored allowable Carlos - University of São Paulo. Soil was
~capacity. removed up to a determined depth and then
119
manually compacted in layers. In spite of low respectively. These values mean 65 and 86%
compaction energy used, ailowable bearing of reduction of collapse strains, showing the
capacity was almost doubled in some cases. efficiency of method of soil improvement.
Figure 2 shows typical dimensions of This conclusion based on models load tests
excavation used in this construction (Silveira was valuable, but it was important to analyze
& Souto Silveira, 1963). field load tests too, considering the difficulty
Good performance of constructions referred in extrapolating model data in geotechnical
problems (Cintra et ai., 1993).
LOAO(kPa) This paper will continue to discuss the effect
o n n 4 u ~ K rn rn w ~
of soil compaction in reducing collapse
I I i 1- i
settlement considering now data from field
I I
2
I I
i
load tests.
Ê i I !
I
I i
i
... 4 I I
I i
I
I "6.: i
I
zw i L._,
::!
!
I I i i 2. FIELD LOAD TESTS
w
..J
I
I ! I
I I ! I _L___ I
i
.,t:w i i
I
I L I
Field tests were performed at Ilha Solteira
I i I I I
I I
(São Paulo State - Brazil) in an area where
thick layers (beyond I Om in depth) of
Figure 3: Model plate load tests where soil was collapsible soils are found. This soil has low
flooded under 80 kPa of surcharge (Cintra et SPT vaiues (less than 3 blows for the fust
al., 1986). meters ), not exceeding 6 blows before 1Om in
depth. Cone penetration test shows point
resistance (Rp) lower than 2,5 MN/m 2 (Souza
to has indicate that compaction is an e:fficient & Cintra.. 1994).
tool to increase ailowable bearing capacity and Maximum dry unit weight and optimum
to avoid the use of more costly deep moisture content were 19.3 kN/m3 and 11.4%,
foundation. respectively, considering Standard Proctor
Both porous clay of São Paulo and clayey compaction test.
sand of São Carlos are collapsible soils. So, The soil is a clayey sand with about 12% of
good performance of cases reported suggests natural moisture content. void ratio of0.90 and
that compaction could be useful too in unit weight of 15 kN/m 3 . Liquid limit is 27%.
reducing problems associated to soil collapse. while plasticity index is 14%. Unit particle
3
The reduction in collapse strains due to weight is 27 kN/m . These must be considered
compaction of soil has been studied by Cintra as average vaiues.
et ai. (1986) through inodel plate load tests. Four plate load tests (plate with 80cm in
These tests were performed on undisturbed diameter) ata depth o f 70cm were performed
soil blocks (30 x 30 x 24 em) using rectangular considering the following soil conditions:
plates with dimensions 3 em x 6 em. First test natural soil: natural soil loaded to 60 kPa and
was initiated on soil at its natural conditions. then flooded: compacted soil (60 em below
When load reached 80 kPa soil was wetted and plate base); compacted soil loaded to 60 kPa
corresponding settlement was registered. After and then flooded.
equilibrium, soil was loaded by some
LOAD (kPa)
additional load stages until 160 kPa Load-
settlement curveis shown in Figure 3, where it 40 80 120 160 200
o
-=.._
I
20
~~~ I optimum water content (as the soil here
studied) and degrees of compaction larger than
30
I
i
'
1\ 1\I I
90% have shown negligible collapse strains
(Vilar & Gaioto, 1994). In such case although
Ê I collapse could be not important soil
S..co I i\
...z :
I deformability can increase and leads soil to
w I I
::560 I some appreciable deformation, specially for
...
w
larger loads.
~
)ll60 I I Obviously, a better improving can be
i I obtained considering technical and economical
70 factors. In this sense, the amount of energy
used in compacting soil, the resulting degree
Figure 6 : Plate load tests on compacted and
of compaction and the depth of soil to be
compacted-wetted. Ilha Solteira soiL
compacted as well as characteristics of
construction (loads, tolerable settlements, etc.)
3.RESULTS must be taken in account when searching for a
well proportioned fo~dation design.
Figures 5 and 6 show plate load-settlement Finally, it must be emphasized that wall
curves obtained for natural and compacted loads. including surcharge, was very low in
soil, respectively. As it can be seen, allowable field prototypes (about 20 kPa). When
bearing capacity doubled (53 to 115 kPa considering large loads, large collapse
considering 25 mm of settlement and a safety settlements must be expected. since collapse
121
The 600kN stage, corresponding to the ultimate load, when the soil
was soaked and under collapse, was used in the study. In the first
experiment the load was maintained constant for 30 minutes and in
the second no reposition of load was provided. The results have
shown: ll for no reposition case, the load decreases exponentially
with time; 2l the settlement x logt curve is modified during load
relaxation period; 3) the settlement x time relationship is linear
for sustained load and logarithmic for relaxed load; 4) the
veloci ty o f settlement is greater for sustained load than for no
reposition of load case (3,6 times).
1. INTRODUCTION
The data presented in this work have been produced in one SML load
test in compression, perforrned on bored, cast-in-place pile, with
10m length and 0,5m diameter.
The soil is a clayey sand, derived of a quarterly sediment,with 6m
thickness,and over one residual soil derived of Botucatu sanstone,
wi th identical physical properties. The plastici ty index varies
from 7 to 14% in the profile and the undrained shear parameters
can be described as follows: the cohesion varies approximately
linearly and increases with depth, in the 10-50 kPa range and the
friccion angle, decreases almost linearly, from 32° to 13°.
The experience was made in the 600kN stage, when the soil was in
collapse. Four extensometers with O, OOlmrn accuracy were used to
measure the settlements. The load, applyed by means a hydraulic
jack with 2.000kN capacity, was measured, by one load-cell with
O.lN accuracy. The pile displacements, along its lenght, were
obtained throught strain-gages installed in five different
positions, as described by Teixeira (1993).
o oCl) z E .,r-
2 c E
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2 Ê (\j N
c:.....§
CZ)
Q
FIG. 1 - Settlement x lo~ t curve .
GC -
aga~n, relaxation by 15 minutes, was permitted to reesta-
blish the forme r level (600kN) 1 and providing, condition,
for the sequence o f the load test.
Data of the experience two are sumarized ~n the Table I.
Table I. Observed an calcula teci da ta from the second experience
,lt= ,lQ= ,lp= Q- p=
t, Q, p, t\-t,-1 Q,-Q,-1 dQ/dt /1p//1t X
P1 -p, -1
min kN mm m~n kN kN/min mm
( 1) (2)
mm (7)
mm/min
(3) ( 4) ( 5) ( 6) (8) (9)
o 600.0 20.080
10 596.0 20.115 10 - 3. l 0.035 - 0.31 0.0035 0,043
20 594.3 20.128 lO - 2.6 0.013 - 0.26 o. 0013 0.023
30 593.' 20.123 lO - 0.6 0.004 - 0.06 0.0004 0.144
40 592.8 20.150 lO - 0.9 0.018 - 0.09 0.0018 0.206
50 591.9 20. 170 10 - 0.9 0.002 - 0.09 0.0020 0.102
75 591.4 20.188 25 - 0.5 0.018 - 0.02 0.0007 0.072
110 590.8 20.200 35 - 0.6 0.012 -o. on 0.0003 0.072
330 590.2 20.208 220 - 0.6 0.008 -0.003 0.0000 0.017
The figure (2bJ shows the variation, w~th time, of settlements and
loads (p=d; p/dt; Q=dQ/dt). The correlation is not good (r< 70),
and the linear function (as there is po~nted) fits it best.
f x 10·3 I mm/min)
560 590 600 605 OIKN)
0 ~o--------r-------;2~------T3______~•
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'
• ' ' ... ....
-10
' .... ••
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\ .... ....
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N
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llft}
•O .4() L---------------------------'
(a) ( b)
FIG. 2 - (o l in detail the load .a settlement curve durift9 relollation test ( b) correia.
tion between f
ond Ó
How the settlements changes with the variation of the load and
time is a complex problem, that this research intends to explain,
inconclusively. This variation, depends on the type of soil, the
loading level nd, mainly on time. Such requirements conduce to a
particular study in the same place and stage, but in other
interval o f time. On the figure 1 on suggest that the behavior
analysed could be some different, like as, for example, in 'the
interval of the dark band. Notwithstanding these considerations,
very good correlations were obtained involving the lost of load,
U, (simple and acumulated) and time:
and
and
U=0.697.t [51
-;
,.•
I ~
li
I.
I!
I I
I
,'-i-r
i
= = a'6 t.
+i
30 60 120 300
t (min)
FIG. 3 - Ac:cumutotecl settleJMnt wittl time relation-ship
127
AOHESION IN t/,2
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--- ---
r,;"\ ----
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--------------
2
(4}
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0,01 0,1
RG. 4 - AdMtlion " rote of defonnotian eune. 1 ti m2 " 10 kPo
Lt,Q
Q., =rt:- ( 6)
60ir--------------------------------------~
Q : 59Z,9 KN
___ !Ct_- ----------- --,
I
593 Az: AI ;
I
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5~~----~-----L----~------~----~----~
o 20 40 so ao 100 120
t(min)
ABSTRACI": Suction controlled tests are a useful tool to study wetting-induced strains in
compacted and natural soils. This paper presents some results of tests performed on a poorly
compacted clay of expansive nature. Partial strains due to gradual wetting of sample are showed
and the intluence of moisture content on strains is discussed. It is also discussed the intluence of
cycles of wetting and drying and the effect of imposing suction according to different paths on
measured strains.
RESUMÉ: Les essais avec succion controlée sont un outil avantageux pour étudier Ies
déformations induites par l'inondation de sois compactés et naturels. Cette comunication présente
quelques résultats des essais pratiqués sur une argile expansive pauvrement compactée. On montre
les déformations partielles provoquées par la saturation graduelle de l'échantillon et on analyse
l'influence de la teneur en eau sur les déformations. On aussi analyse fmfluence des cycles de
humectacion et séchage el l'effect de la succion imposée, selon des différents modes, sur les
déformations mesurées.
is the height1he sample reacbed after load and content ( those that have collapsed) have
initial suction. shrunk less than samples that were compacted
As it can be seen, samples with initial at higher moisture content. Probably due to
moisture content larger than 28% tended to variations during mold.ing, sample wíth 25 .I%
sweU, im:sJ?ective of suction decrease. The _()f moisture content have reached, after
other two samples also have showed a eq~ilibrium, a void ratio Iarger than the more
volume increase in the earlier stages of dry sampie. In this sense, it is interesting to
suction, but when suction approached zero observe that samples that have swelled at ali
collapse strains have took place. The more leveis of suction, had the lower void ratio or,
dry sample started to collapse when suction in other words, the larger dry density after
was reduced below 1MPa, and the sample equilibrium.
wíth inítíal moisture content of 25.1 %, when For ali leveis of suction ali samples tended
suction was below 0.5 MPa. It is interesting to swell until suction was not lowered below
to observe that final height for the two 0,5 MPa and swelling strains were larger for
samples that have swelled were almost the denser samples. On the other side, collapse
same and that this have also occurred for the strains were larger for samples with higher
two sarnples that have collapsed. void ratíos. Void ratío of about 1.15 seems to
Same data are plotted against e3 -void be associated with no volume variation.
ratío after equilibrium under load and inítial These results suggest that dry density
suction in Figure 5, and allows a better influences wetting-induced strains which has
understanding of the behavior observed. been recognized by many authors, like Chen
lt is important to point out that when ( 1975) when reporting soil swelling behavior.
imposing initíal suction (3. 5 MP a), wetter Molding water content seen1s to in~rfere in
volume shrinkage originated from moisture
equilibrium that sample wíll reach, for
instance, under ambient conditions..
Figure 6 shows wettíng induced strains in
three similar samples (same molding dry
density and moisture content). Each sample
had its as-compacted suction varied through
different way~ but all of them were taken
back to the same suction. One sample, after
molding, was allowed to take water and then
was dried until initial suction of test
(saturated -dried sample) and became wíth
void ratío of 1.058. Second sample was
ea firstly dried until 5 MPa and then it was
wetted until desired suction (dried-wetted
- 3MI'a -.. 1..5 Ml'a sample). Void ratio after equilibrium was
SuctioM -+- 2 MPa -+- OS Ml'a
1.146. In third sample, suction was set up
...,... 1 Ml'a -O
directly after molding, being 1.200 its
Figure 5: Height variation and void ratio after equilibrium void ratio.
equilibrium under load and inítíal suction for In general samples have showed the sarne
sarnples wíth different inítial moisture pattern of deformations. For higher suctions
there was a tendency for swelling and for
content.
lower suctions the tendency was for collapse.
Again, it -is interesting to observe that larger
102 Hi/Ha(')(.) strains took place when suction approached
zero, what agree wíth many other authors
such as Barden et ai. (1969), Escario & Saez
(1973) and Justo et ai. (1984). Wetting
induced strains varied with void ratio after
~~ equilibrium (ea). Lower void ratio was related
to larger expansion ;md smaller collapse
98~--------------------------~
strains and vice--versa. However the
difference between collapse strains was small,
suggesting that collapse is little affected by
the way suction is put on the sample.
~~~--o~.s~-1·~--~1s--~2~~~~2s~-l~~~~J~.s~4~ Figure 7 shows the result of a test where the
Suction ( MPa l specimen was subject to cycles o f wetting and .
....... 3.5 Ml'a - dried - wetted drying. Ho is the molding height of sample.
Sudions -+- 3.5 MPa - saturated - dried When the sample is wetted for the first time
...,... 3.5 Ml'a (suction decrease) the soil has shown
appreciable collapse strain. When· drying to 1
Figure 6: Changes in height and suction for
MPa of matric potential a considerable
samples where suction was varied according
volume reduction took place. This reduction
to different ways.
cannot be assigned only to shrinkage of soil,
since an undesirable compression have
occurred immediately after air pressure was
samples tended to shrink and became denser
raised in this test. But, what is of interest is
than as-compacted condition.
c"2,._..,JAC n.l'Íi-h lnUTpt" lnltl~l mni:dlJrP:
the void ratio at this stage, much lower than
reached after imposing initia1 suction, since, at
this phase of test, wetter sarnples tended to
e - 1.143
shrink more than drier ones.
Cycles of wetting (until zero suction) and
drying led soil to collapse (for high
OVERBURDEN STRESS overburden stress) on first cycle of wetting.
&40 kPa Due to dry density increase on first collapse
and on cycle of drying, soil will tend to swell
on other cycles of wetting.
ACKNOWLEDGMENTS
80
The author is indebted to Drs. Jesus Saez
o 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
Aufion Ventura Escario and Carlos Oteo
SUCTION ( MPa J
Mazo ' for their suggestions and for the
Figure 7: Effect of cycles of wetting ( suction facilities put at his disposal at the Laboratorio
decrease) and drying (suction increase) on de Geotecnia - CEDEX in Madrid, Spain,
strains. Overburden stress 640 kPa. where the tests were performed.
5. REFERENCES
initial void ratio. Now, when the sample is
wetted again, there is a tendency for swelling. Barden, L., Madedor, A.O.& Sides, G.R
The amount of swelling is not large. since the
(J 969) Volume change characteristics of
high overburden pressure prevent large
unsaturated clays. Journal of Soil Mech. and
volume increase. In the other cycles the
Found. Div., ASCE, Vol.95, SM1, pp.33-
behavior is similar, but shrinkage is lesser
51
In Figure 8 it is shown the effect of cycles
of wetting and drying , where the two first
Chen, F.H. (1975) Foundations on Expansive
cycles of wetting have stopped on 0.25 MPa
Soils. Arnsterdam: Elsevier.
of suction A little swelling took place and
then soil tended to collapse when suction was
Escario, V ( 1967) Measurement of the
lowered from 0.5 to 0.25 MPa. In the other
swelling characteristcs of a soil fed with
cycles. sample have shrunk and swelled and
water under tension. lnt. Coop. Research on
only when suction was reduced to zero, soil
the Prediction of Moisture Content under
have collapsed. As dry density in third cycle
Road Pavernents, Madrid.
of wetting has increased. some soil swell
probably has decreased collapse strain
Escario, V & Saez, J. (1973) Measurernent
of the Properties of Swelling and Collapsing
Soil under Controlled Suction, Proc. 3rd
Int. Conf Expansive Soils: 195-200. Haifa
~'~--------------------------_,
Hilf; J.W. (1956) An Investigation of Pore-
8;~--------------------------_, Water Pressure in Compacted Cohesive
1.189
e-1.180
Soils. U.S. Dept. of Interior - Bureau of
97 "' Reclamation - Tech-Merno, 654, Denver -
96
~
-::-... -1.161 CO.
~ -1.154
Poorly compacted soil of expansive nature Justo, J.L., Delgado A and Ruiz, J. (1984}
can both expand or swell depending on The lnfluence of Stress-Path m the
overburden pressures and on the levei of Collapse-Swelling of Soils at the
matric potential reduction. Laboratory. Proc. 5th Int. Conf, Exp. Soils:
For the same molding dry density, water 67-71. Adelaide.
content seerns to interfere on wetting-induced
strains. Wetter samples tended to swell while Kassif, G. & Ben Shalorn, A. (1971)
drier sarnples have showed collapse strains. Experimental relationship between swell
Actually this behavior seerns to be pressure and suction. Géotechnique, V oi.
cornmanded by dry density that sample have 21, N.3, pp. 245-255.
133
Presa, E.P. (1982) Deformabilidad de Arcillas Vilar, O.M. (1994) Rev:iew of Wetting-
Expansivas bajo Succión controlada. T esis lnduced Collapse in Compacted Soil.
de Doctorado. Univ. Politecnica de Madrid. Discussion. Joumal of Geotechnical
Engineering, V. 120, N. 7, July, p.l281-
1283.
SOME STRENG'l'H CHARACTERISTICS OF LATERITIC SOIL-AGGREGATE
MIXTURES
1. INTRODUCTION
Miller & Sowers (1957) tested rnixes of a coarse to rnedium sand and
a residual sandy clay in several proportions and observed that
cohesion and angle of shearing strength were greatly affected
when the proportion of sandy clay varied from 26 to 33%: angle of
shearing strength dropped from 36° to about 23°, while cohesion
almost doubled. These authors also proposed four hypothetical
grain structures for different proportions of soil in the mixture.
These structures cornprise compacted aggregate alone with grain to
grain contact and high internal friction; aggregate wi th small
amount of soil; aggregate with suffic1ent soil to fill voids
loosely and, finally. agarea2t2 immerse 1n a matrix of well
compacted Sê'' ·
135
the mixture.
Ritter & Costa Filho (1990) testing mixtures of lateritic gravel
and a clayey soil found an increase in <P 1 until 40% of gravel.
Beyond this value, <P remained almost unchanged, but effective
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o 10 20 30 40 so so ro ao 90 100
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Figure 5: Angle of internal friction related to percentage of soil
for samples tested at their molding water content.
Cohesion intercept (c I is plotted against soil content in Figure
7. This pararneter didn't increase with soil content as it was
expected. Actually, larger values were obtained for 20 to 40% of
so1.l in the mix, and these values tended to decrease, reaching
their m1.nimum at 50% of soil. After that, values increased a
little and reached 82 kPa for the soil alone.
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saturated samples.
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"Soil
4. CONCLUSION
4. REFERENCES
Fragaszyf R.J.; Su, J.; Siddiqi, F.H.; Ho, C.L. (1992), "Modeling
Strength of Sandy Gravel", Journal of Geotechnical
Engineering, ASCE, v. 118, 6, 920-935.
RESUMO
O meio físico de diversas regiões do Brasil, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato
Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio Grande do Sul são constituídos por
arenitos da Formação Botucatu e seus materiais inconsolidados residuais arenosos. Neste tipo de meio
físico estão assentados uma centena de centros urbanos que depositam os resíduos sólidos e líquidos
neste conjunto de materiais naturais. Os resíduos líquidos e os perco lados dos sólidos são ricos em
cations como o Na+. o K+ e o Cu++. Com o objetivo de avaliar o comportamento destes materiais
frente a soluções enriquecidas com estes cations foram desenvolvidos estudos para obtenção das
curvas de chegada (breakthrough curves), assim como para avaliar as variações que podem ocorrer em
termos do pH e do coeficiente de permeabilidade. Os resultados obtidos não apresentaram variações
consideraveis nos valores do pH e do coeficiente de permeabilidade. As curvas de chegada para a
condição saturada apresentaram para o Na+ comportamento similar ao do traçador e para o K + e o
Cu++ condições de abadsorção típicas.
L INTRODUÇÃO
avaliar o comportamento das soluções ricas em Na+ K+ e Cu++ que são os cations mais freqüentes
nos líquidos oriundos dos depósitos de resíduos comuns (urbanos e industriais) encontrados na região
nordeste do estado de São Paulo
1000 km
45° w
Figura 1 - Mapa de Localização de ocorrência da Formação Botucatu no Brasil
2. METODOLOGIA
Com os conhecimentos obtidos por Zuquette et alii ( 19923., 1992b) sobre os arenitos e os
materiais incorlsofidados residuais que constituem as áreas de recarga do aquífem Botucatu foram
seieciomdos locais· para obtenção das amostras, considerando .
143
• Áreas que não foram rrtilizadas para disposição de resíduos e/ou rejeitas de qualquer
tipo.
• Áreas que sofietam o mínino de influências antrópicas.
• O perfil de alteração homogêneo foram selecionadas partes que não possuem matéria
orgânica, ou seja as amostras foram retiradas em profundidades maiores que 1,50m.
• Amostras com 15 em de altura e 1Ocm de diâmetro foram mantidas em condições de
campo até a execução dos ensaios.
Desta forma não há outros materiais que possam interferir nos resultados; e antes de iniciar a
percolação das soluções as amostras foram saturadas com gradiente hidráulico da ordem de 2, que
busca representar os gradientes das situações de campo A percolação das soluções com as espécies
químicas somente teve início após 96 horas quando há condutividade hidraulica estava estabilizada.
com variações nos valores inferiores a 5 %
Os ensaios de percolação foram executados á temperatura de 240 C e com umidade relativa do
M.~_perior a 90%, sob as condições de contornos propostas por Fetter (1993), Shackelford (1994)
SOLUÇÕES QUÍMICAS
As soluções utilizadas foram eletrólitos fortes, ou seja NaCL KC1 e Cu Cl2.2H20 com as
seguintes concentrações :
3. MATERIAIS IN CONSOLIDADOS
4. RESULTADOS
Os diversos ensatos de coluna foram executados até o momento que as soluções que
percolavam as amostras apresentassem concentrações ( C (x. t)) iguais as inicais ( Co ( O, t )).
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RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO
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o 15 16 1~ ~ ~ 11
13
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/
o 3 6 7 6 o13
o 15 15 15
14 14
15 15
Figura 2 - Perfil típico de sondagem de simples reconhecimento. do tipo SPT. dos materiais
inconsolidados residuais arenosos da Formação Botucatu
Qz
Qz
35 30 25 20 15 10 5
~----~----~----~------~----~----~ 28
c., ••
0.50
V=3.24.Exp --4 m/s
n=37%
I~
pH=4.96
C.T.C=2239 meq/100g
K=6.Exp. -5 m/s
o
0.00
(X VV,'
1.00 --,
!
I
{> Na+
CJCo
I r
I
I
-'
'
' V=5.9Exp.- 4mJs
I n=37%
0.50 I i
i pH=6.94
I
f C.T.C=2.384 meq/100g
! '
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Firura
1::>
6- Curva de ch.e.2adaJl3L3o ..K.e o CJ ( Solução de KCI)
Onde:
DL = coeficiente de dispersão hidrodirnâmico longitudinal
X =distância considerada ou seja, comprimento da amostra (L).
V = velocidade linear média ( L/ T)
t O, 16 e t O, 84 = tempos necessários para as concentrações atingirem O, 16 Co e O, 84 Co
CICc '
C>(NaC!:KOl
0.80-
0.40 -
' ..
0.00 -.1---------,---------
TempO(Moras)
0.00 2.00 4.00 6.00
Segundo Fetter (1993), Hensley e Randolph (1994)os valores do número de Peclét obtidos
indicam que o transporte destas espécies químicas no material considerado ocorrem
predominantemente por advecção e dispersão.
O fator de retardamento para o ion CI- ( não reativo ) para as 3 soluções se aproxima de I,
quando considera-se a relacão C!Co = 0,5 conforme condição proposta por Ogatta (1970), ou com a
149
de Shackeford ( 1994) e de Fetter (1993 ), portanto dentro do esperado para uma espécie química
usada como traçador
O ion Na+ também apresenta fator de retardamento semelhante ao do CI- (Figura 4) e os íons
cu++ e K+ apresentam valores de 15.5 e 6.5 respectivamente (Figuras 5 e 6); segundo procedimento
de Shackelford ( 1994).
Os valores de pH da solução de CuCI2.2H20 diminui no decorrer do ensato ( Figura 8 )
enquanto para as soluções de NaCI e KCI apresentaram uma queda inicial e em seguida uma elevação.
porém as variações dos valores são pequenas em todos os casos ( Figura 9 e l 0).
7.00-
,.. .
6.00-
5.00-
4.00 - - - - - - - - - - - - - -
tX V\11
0.00 10.00 20.00 30.00
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0.00 40.00 80.00 (XYYlt20.00
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0.00 10.00 20.00 (XW) 30.00
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A percolação das soluções provocaram pequenas variações nos valores de pH das soluções de
NaCl e KCl e maiores na solução de CuCh.2H20, o que resultou em uma mudança de comportamento
da curva de chegada para o Cu++ a partir do volume de percolação equivalente a dez vezes o volume
151
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de vaz:íos.
Os valores de condutividade hidráulica sofreram variações muito pequenas, mas a3cima
daquelas obtidas durante o período (96 horas) que antecedeu a percolação das soluções.
Os valores de coeficiente de dispersão hidrodinâmico longitudinal obtidos considerando o
traçador crsão compatíveis com as características dos materiais.
Os valores de fator de retardamento para Na+ são compatíveis com o esperado para a
concentração estudada enquanto que para K + e o Cu ++ são superiores aos encontrados e~ pesquisas
referentes a materiais semelhantes.
6. BIBLIOGRAFIA
Mills, W. B.; Liu, S.; Fong, F. K. (1991) Literature review and model (CO.MET) for colloid/metals
transport in porous media. Ground Water, vol. 29, n. 2, pp. 199-208.
Ogata ( 1970) Theory of dispersion in a granular medium. U. S. Geol. Survey. Prof Paper, 441-1.
Mohamed, A. M. O. et alii (1994) Geo-environmental assessment ofa micaceous soil for its potencial
use as an engineered clay barrier. Geotechnical Testing Joumal, vol. 17, n. 3, pp. 291-304.
Shackelford, C. D. ( 1994) Criticai concepts for columin testing. 1oumal of Geotechnical Engineering,
vol. 120, n. 10, pp.l804-1828.
Shackelford, C. D. e Redmond, P. ( 1995) Solute breakthrough curves for processed kaolin at low
flow rates. Joumal ofGeottechnical Engineering, vol. 121, n. 1, pp. 17-32.
Yeung, A. T. e Jiang, S. (1995) Appraisal of Ogata solution for solute transport. Joumal of
Geotechnical Engineering, vol. 121, n. 2, pp.lll-118.
Zheng, C. (1993) Extension of the method of characteristicas for simulation of solute transport in
three dimensions. Ground Water, vol. 31, n. 3, pp.456-465.
Zuquette, L V. ; Pejon, O. J.;Sinelli, O.;Gandolfi , N. (1992) Contamination risk analysis for the
pheatic aquifer (Botucatu Formation) near Ribeirão Preto (Brazil). LA.E.G. International Association
Engineering Geology, vol. 1, pp. 483-484, Pereira- Colombia.
RESUMO
A região de Ribeirão Preto (SP) esta localizada na porção nordeste do estado de São Paulo
entre as longitudes 470 30' e 480 oeste e as latitudes 21 o e 21 o 30' sul, sendo constituída
geologicamente por arenitos das formações Botucatu e Pirambóia e basaltos da Formação Serra GeraL
assim como por um conjunto de materiais inconsolidados arenosos e argilosos, residuais e
retrabalhados. Nesta região foi desenvolvido um trabalho de mapeamento geotécnico geral segundo a
metodologia proposta por Zuquette (1987, 1993) no qual delimitou-se um conjunto de 24 unidades
geotécnicas. as quais permitiram a divisão da região em 200 subunidades. A partir destes resultados
foram desenvolvidos estudos no sentido de elaborar uma carta de zoneamento geotécnico específico
para disposição de resíduos. em escala l :50.000. com aplicação da proposta metodológica de Zuquette
et alii ( 1994) O documento obtido permite aos usuários. públicos e privados, análises quanto as
adequabilidades de cada subunidade da região. assim como uma previsão dos possíveis impactos
ambientais nas á::,ouas subsuperficiais
1. INTRODUÇÃO
A região de Ribeirão Preto (SP) situa-se na porção nordeste do estado de São Paulo, entre as
latitudes 21 o e 21 03 O' S e as longitudes 4 703 O' e 480 W totalizando aproximadamente 2440 Km2
(Figura O1).
Nesta região encontra-se uma população em tomo de 900.000 habitantes, distribuída em um
grande centro urbano ( Ribeirão Preto ) e sete pequenos ( Dumont, Sertãozinho, Serrana, Cravinhos,
Serra Azul, São Simão, Jardinópolis ) e diversas industrias, desde pequeno até grande porte A
quantidade de resíduos produzidos é da ordem de 600 ton/dia de urbanos, I O ton/dia oriundos dos
serviços da saúde, 150 m3 /dia de resíduos líquidos e 50 ton/dia de outros tipos, além de 100 ton/dia de
rejeitos da construção civil. Devido à estes valores, faz-se necessário o uso de muitos locais para a
disposição de resíduos e reJeitas . a localização destes pontos é de suma importância, devido a dois
~os~~~a~~:
Por este motivo a elaboração da carta específica de zoneamento para a disposição de resíduos
e rejeitas classificados como não perigosos é de grande importância para a seleção de locais adequados
à instalação de aterros sanitários Esta carta foi elaborada a partir das informações geológico-
geotécnicas obtidas através do processo de mapeamento geotécnico desenvolvido por Zuquette ( 1991)
e Zuquette et alii ( 1993, 1994). Assim. com a elaboração desta carta foi produzido um documento que
apresenta uma hierarquização das diferentes partes da região quanto ao seu potencial em serem
utilizadas para disposição de resíduos e rejeitos em escala 1:50.000
2. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA
3. 1\1ETODOLOGIA
Para elaboração da carta específica para disposição de resíduos e rejeitos foi utilizada a
metodologia proposta por Zuquette et alii ( 1994). que considera um grupo de características do meio
fisico que afetam a disposição em aterros sanitários.
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Figura OI - Localização da área estudada
A metodologia considera um conjunto de ate 32 atributos que são analisados com o objetivo de
classificar cada unidade da região como favoráveL moderada severa ou restrita.
Esta classificação não tem como objetivo eliminar os estudos específicos. mas sim orientar os
usuários no sentido de melhor selecionar os possíveis locais. assim como permitir o conhecimento das
zonas onde há possibilidade de maiores impactos ambientais. Portanto esta metodologia proporciona o
conhecunento das areas onde serão necessários maiores investimentos em estudos específicos e em
recursos tecnológicos.
Assim as classes são definidas segundo as seguintes condições:
• Classe Favorável - para as áreas que reunem somente atributos naturais com níveis
adequados e que exigirão investigações rotineiras, de baixo custo e que reunem
condições de baixa probabilidade de problemas ambientais.
• Classe Moderada - áreas onde alguns atributos não apresentam níveis adequados e a
investigações geológico-Geotécnicas devem ser cuidadosas. A correção. para instalação
de aterros sanitários, pode ser realizada com baixos custos e recursos tecnológicos
comuns.
Tabela 1 - Organização para obtenção dos atnoutos
de acordo com a escala mais adequada e importância
ATRIBUTOS
Básicos Gerais Básicos Específicos Complementares Escalas mais
adequadas
LANDFORM- Unidade básica do Meio Físico de controle dos trabalhos de Fotointerpretação e de
Campo
Zona de inundação Feições de erosão Matacões
Zona umida Textura dos materiais
inconsolidados
Feições de Variação do perfil de 1 : 100.000
escorregamentos alteração dos
mat.Inconsolidados
Profundidade do Substrato
Rochoso
Profundidade do Nível de
AQUa
Condições de
Drenabilidade
Declividade
Litoloma
Attibutos
Calcários Calcários
(Densidade) fraturada
de alteTação
(mhostcm)
compactação
17-Direção do fluxo da I 2 3 ·J
A Subterrânea
centrado
Permeabilidade( cm/s)
• Classe Severa- áreas em que 40 a 50% dos atributos não apresentam níveis adequados
e portanto para o uso da área para a disposição de resíduos há necessidade de
investimentos elevados e recursos tecnológicos especiais.
• Classe Restrita - áreas onde mais do que 50 % dos atributos não são adequados. A
adequação da área exige recursos tecnológicos muito especiais e os investimentos são
de alta monta.
Para a classificação das áreas foi elaborada a Tabela 01 que orienta a obtenção dos atributos
considerando as escalas mais adequadas e a importância desses atributos e a Tabela 02 com os
diferentes níveis de variação dos atributos considerados.
fontes(m)
lo de águas
27-Limites entre bacias de Distante >200 distante <100 Muito próximo Coincidente
drenagens(m)
Observações:
4. RES-ULTADOS
Devido a importância das aguas subsuperficiais para a região. foram elaboradas duas cartas
derivada especifica - zonas de recarga do aquífero Botucatu/Pirambóia (Figura 02) e a de zoneamento
geotécnico especifico para disposição de res1duos e rejeitos em aterros sanitários (Figura 03 A e B)
LEGENDA
LEGENDA
M- Classes Moderadas
R 1, R2, R3 - Classes Restritivas
FIM - Classes F avoráveL'Moderada
S 1, S2, S3 - Classes Severas
SIM ou M/S- Classes Severa/Moderada
BOTUCA TU/PIRAMBÓIA
textura dos materiais inconsolidados, variação no perfil de alteração, mineralogia, pHI.ó.pH, CT.C..
163
profundidade do nível de ~crua, área de recarga, distância de poços e fontes, drenabilidade, landfonn.
zona umida e de inundação esta unidade apresenta alto potencial de risco para o meio ambiente e a
ocupação com aterro sanitário é praticamente impossível.
R2 - unidade caracterizada pelos seguintes atributos com níveis restitivos litologia textura do
Esta unidade apresenta uma subunidade denominada de R2.1 que além dos atributos acima,
basalto sobreposta aos arenitos do aquífero. por outro lado apresenta declividade elevada e fluxos de
escoamento superficial concentrado.
O uso desta unidade para aterro sanitário exige alto volume de movimento de terra, liners e
obras de drenagens e estradas de acesso.
S3 - esta unidade apresenta os seguintes atributos com niveis classificados comó severos:
direção do nível de ~oua subterrâneo, área de recarga, drenabilidade e feições erosivas e com níveis
restritivos são: distância entre poços e fontes, landform e limites entre bacias de drenagens.
O uso desta unidade deve estar precedida de obras que redirecionem o sistema de escoamento
superficial.
Classe Severa/ Moderada- (SIM ou M/S)- esta unidade apresenta situações locais que a área
pode apresentar melhores ou piores condições. Os atributos com níveis severos são: profundidade do
substrato rochoso, variação no perfil de alteração, mineralogia, presença de matacões, pH/LlpH,
distância de poços e fontes, landform e limites entre bacias de drenagens. Os restritivos são:
escoamento superficial e declividade.
A implantação de aterros sanitários exige obras de terraplanagem, de estradas e de proteção
quanto ao escoamento superficial.
Classe Moderada (M)- a unidade é caracterizada por apresentar a grande maioria dos atributos
com níveis moderados e somente os seguintes com níveis severos: densidade de descontinuidades,
pH/###pH, C.T.C. e Colapsividade.
A ocupação com aterros sanitários pode ser executada em cavas para evitar os materiais
colapsíveis e a base e laterais das cavas devem ser executadas com a compactação do material
inconsolidado argiloso lateritico.
Classe Favorável/Moderada (FIM) - são constituídas por uma maioria de atributos com níveis
moderados e em alguns locais específicos os atributos podem apresentar níveis favoráveis. Os cuidados
para implantação de aterros sanitários devem ser basicamente os mesmos da unidade moderada, mas a
ocorrência dos atributos com níveis favoráveis pode alterar os procedimentos e diminuir a
possibilidade de impactos e dos custos.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. BIBUOGRAFIA
Zuquette.. L. V., Pejon, 0.1., Sinelli, O (1992) Contamination risk for the phreatic aquifer
(Botucatu Formation) near Ribeirão Preto (Bra.zil). 2Q.... Simpósio Latinoamericano sobre Risco
Geológico Urbano, vol. 1, pp 483-484, Pereira- Colombia.
7. AGRADECIMENTOS
• RESUMO: Este trabalho apresenta um levantamento básico sobre as metodologias para elaboração
das cartas de zoneamentos de eventos perigosos e de riscos, quanto aos conceitos e procedimentos,
no que se refere ao desenvolvimento e à aplicação, assim como sobre as diretrizes básicas para a
elaboração dos documentos gráficos.
Introdução
Conceitos básicos
RISCOS
I AMBIENTAIS
~
,(/
l
RISCOS
RISCOS SOCIAIS
TECNOLÓGICOS
I AMBIENTAIS
RISCOS 1
vazamentos de produtos
assaltos, guerras,
tóxicos, inflamáveis,
conflitos, seQüestros,
radioativos,
atentado6 etc.
colisão de veículos,
Queda de aviões
_._v l
RISCOS RISCOS
F(SICOS BIOLÓGICOS
I I
,j_, .J. -L- --v ,j_,
RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS
ATMOSFÉRICOS HIDROlÓGICOS ASSOCIADOS ASSOCIADOS
GEOlÓGICOS
À FAUNA À FLORA
Furacões, secas,
tempe&tade&,
enchentes e doenças provocadas doenças !)rovocadas
granisos, raios etc. inundações por vfrus e bactérias
por fungos, pragas
pragas (roedores, ervas daninhas)
gafanhotos ele), ervas tóxicàs e
' picadas de animais venenosas etc.
venenosos etc.
v 1/
"
ENDÓGENOS "
EXÓGENOS
escorregamento& e
terremotos. processos correlatos,
atividades: vulc.ãnicas erosão/assoreamento.
e "tsunamis" subsidências e colapsos.
solos expansivo&
QUADRO 1 - Proposta de classlficação de nscos. com destaque para os riscos de natureza geológica. Fonte: Cerri 23
a perda de vidas este]a no limite dos níveis considerados aceitáveis pelas autoridades
dentro das condições econômicas e sociais; sendo que o rúvel de risco aceitável
depende das condições de cada região ou país. Ragozin74 cita as legislações da
Holanda, da Grã-Bretanha e da Rússia que consideram perdas de vida aceitáveis um
valor de 10-s pessoas/ano. Existem situações especiais como a instalação de escolas
e hospitais (alta vulnerabilidade) que exigem para a sua instalação áreas com rúveis
de risco entre 10-s a 10·8 pessoas/ano.
Carta de zoneamento de eventos perigosos é um documento que registra as
diferentes probabilidades ou potencialidades existentes para que ocorra um ou mais
eventos perigosos em uma área num determinado período de tempo e com um rúvel
de intensidade.
Carta de zoneamento de riscos é um documento elaborado a partir da carta de
zoneamento de eventos perigosos e da vulnerabilidade dos elementos do sistema
(naturais ou antrópicos) que registra os diferentes rúveis de riscos a que a região está
sujeita.
Avaliação de riscos
Re = H(i) x V(i).
onde Re é o grau de perda devido a um evento (i). H é a probabilidade de ocorrer o
evento perigoso (i), e V. a vulnerabilidade dos elementos ao evento perigoso (i}.
Segundo Ragozin. 73. 74 a seguinte expressão pode ser utilizada para avaliar riscos
específicos decorrentes dos mais diferentes tipos de eventos perigosos:
onde V(i) é o grau de vulnerabilidade para um evento (i) de uma intensidade definida.
P(i) é a recorrência de um evento (i). (i) é o número de eventos em urna unidade de
tempo, e Dt(i) é o número de indivíduos e objetos expostos ao evento (custo total
dentro da zona afetada).
Cotecchia, 29 Ragozin. 74 Sheko. 78 Melchers & Stewart, 57 Unesco87 e Keaton &
Eckhoffi2 apresentaram trabalhos fundamentais para se desenvolverem estudos de
avaliação de riscos.
Apesar da simplicidade das equações, existe um elevado grau de dificuldade
para avaliar as características e as condições dos eventos. O grau de dificuldade para
avaliar o nível de risco varia em função do tipo da fonte, sendo elevado para o caso
dos eventos de origem natural da classificação apresentada no Quadro 1.
Aspectos fundamentais
FIGURA 1 - Principais fontes de riscos registrados nos diversos estados do Brasil. 1- Atividades slsmicas. 2- Ventos.
3- Marés. 4 -Seca. 5- Poluição do ar. 6- Salinização/solos salinos. 7- Inundação (natural/artificial). 8 -Erosão
(continental/costeira). 9 - Sedimentação/ Assoreamento. 10 - Subsidência {cárstica/minas/escavações). 11 -
Escorregamentos/Quedas!Creep!Rolamentos. 12 - Expansibilidade. 13 - Poluição de água subterrênea. 14 -
Recalque/Colapsividade. 15- Rompimentos (tubulações/reservatórios/barragens). 16- Combustão espontAnea de
turfas. 17- Desertificaçãoldesertizações. 18- Poluição de água superficial. 19- Poluição do solo. 20- Presença
de substâncias tóxicas no solo/água. 21 -Geada. 22- Uquefação de solos. 23 -Movimentos de dunas. 24-
Incêndios. 25- Infestações (gafanhotos/roedores). 26 -Infestações (ervas daninhas/ervas tóxicas). 7:7- Vazamento
radiativo 28 - Radiação natural. 29 - Depósito de reslduos e rejeites em encostas. 30 - Correntes de águas
superficiais (enchentes) 31- Depósitos de residuos sólidos.
Observa-se que muitos dos tipos de fontes de riscos constantes da Tabela 1 são
relegados por técnicos, por administradores e pela população, graças à falta de
conhecimento e de responsabilidade dos profissionais, assim corno em decorrência
das condições socioeconôrnicas de cada região.
1 AtiVidades sismicas X X
2 Ventos X
3 Marés X
4 Seca X X
5 Poluição do ar X X X
6 Salinizaçãolsolos salinos X X X
7 Inundação X X X
8 Erosão (continental
X X X
e costeira
9 Sedimentação/
X X X
assoreamento
10 Subsidência
X X
(cárstica e minas)
11 Escorregarnentos e outtos X X X
12 Expansibilidade X X
13 Poluição de água
X X X
subteriãnea
14 Recalque!colapsividade X X X X
15 Rompimento (Tubulações/
X X
reservatóriaslbanagens
16 Combustão espontânea de
X X
turfas e similares
17 Desertificações/
X X X
desertiZações
18 Poluição de
X X X X
água superficial
19 Poluição do solo X X X X X
20 Presença de substâncias
X X
tóxicas no solo/água
21 Geada X
22 Liquefação dos solos X X X
23 Movimento de dunas X X X
24 Incêndios X
25 Infestações de gafanhotos
X
e roedores
26 Infestações de ervas
X
daninhas e tóxicas
TI Va2lmlento Iadioativo
28 Radiação natural
X X
ou artificial
29 Depósrtos de resíduos
X X
nas encostas
30 Correntes de águas X
X X
supediciais (enchentes)
31 Depósitos de resíduos
X X
sólidos
173
Caracteristicas do evento
9 Sedimentação/
assoreámento
1·2 1·3 s T 1-2
1O Subsidência
(cárstica. minas)
1-2-3 1·3 s MD 2-3
16 Combustão espontânea
de turfas e similares 2 1-2-3 s N 1·2
17 Desertificação/desenização s s 1-2
18 Poluição de água 1-1 1-2-3 s s 1·2
19 Poluição do solo 1-2 1-2 s s 1-2
20 Presença de substâncias
tóxicas no solo/água
2 1-2 s N/MD 1-2
21 Geada 2 2 1·3 MD T s
22 Liquefação de solos 2 1·3 s MD 1·2
23 MoVimento de dunas 1-2 1-2·3 1-3 s MD 1·2
24 Incêndios 1-2 2-3 1-2-3 s MD 1-2-3
25 lnfestaçãoes de
1-2 2-3 1-3 N MD 2-3
gafanhotos e roedores
26 Infestações de ervas
daninhas e tóxicas 1-3 s s 1·2
29 Depósitos de residuos
nas encostas 1-2 1-2-3 s MD 1-2-3
30 Correntes de águas
superficiais (enchentes) 2-3 1-2-3 s MD 1-2
31 Depósitos de residuos
sólidos 1·2·3 s T 1-2
l i
P - pouco provável uao da terra
3 planos de
emergência
Litoria,27 Ambalagan,t 2 Ragozin, 73. 74 Cancelli & Crosta, 15 Chacon et al .. 24 Forster &
Culshaw. 34
Deste conjunto de títulos pode-se destacar um grupo de propostaS metodológi-
cas. a saber:
3 Carrara 17 - Itália.
4 GASP (Geothecnical Area Studies Programme- 1979) - Hong Kong.
5 Hinojosa & Leon 43 - Espanha.
6 Einstein 32. 33 - USA.
7 Nilgiri Plateau76 -índia.
8 Haruyama & Kitamura40 - Japão.
9 Brabb. 10
10 Barisone & Bottino6 -Itália.
11 Choubey & Litoria27 - índia.
12 Ambalagant 2-índia.
,l
/
'~
AVALIAÇÃO
l.
l
........
w w -JAlJ'
Identificação Mapa ~eológico Mapa Carta de eventos Cla
Fotointerpretação v sses]
de fatores que preliminar ~
litoestrutural I---? (hazards) "" de
"
I
afetam a visi- e campo escala - 1:25.000 potencial
bilidade 1:50.000 1:50.000 L-
l
Mapa morfométrico J Ficha - Detalhada
Mapa ~) relevo ~ Land Hazard Trabalhos de para avaliação
/
evaluation factor campo em de áreas com
(relativo
Mapa substrato rochoso
(Lhe f) áreas de maior
'>./
... , maior probabilidade
risco. de risco.
Mapa mat. incons.
Mapa hidrogeológico 1
f--
Mapa de uso e ocupação Total estlmated - l r-
hazard (Tehd)
[ Recursos e
cuidados
para ocupar.
I/
I' '
"
P.O.S - Plano de
ocupa~ão do IL
solo. scala: I'
1:50.000
~
/
Restrições para ]
ocupar período
de tempo-
(10 anos).
,[.,. ~
Preparação do
mapa de zonea-
manto dos
hazards (LHZ)
Base para P.R.E. - "Pians of
pagamento de ~ risk exposure"- ~ Fundamenta as ]
'"'
r-- / I' / Leis de
INDENIZAÇÕES - Escala: 1:5.000 Proteção.
1982. 1:2.000 L-
QUADRO 3 - Aspectos das principais metodologias. Proposta de Ambalagan 1 Lhef ~ Landslide hazard evalua!ion QUADRO 2 - Aspectos das pnnctpais metodologias Metodologia ZERMOS (Zonas exposed to rlsk of soU movements.
factor 1973) Mais detslhes em Zuquette 97. 9A
r-
Carta de
1- 6 classes - O a 55 graus
Declividade
s
uso a ocupação
u Mapa de Materiais
áreas de teições
Landtorm
1-
básico - espessuras
p
3 classes- > 35m
E
lnconsolidados
- 10 - 30m
Mapa Geológico
1:50.000
T
Mapa FislográfiCO
<10m e de uso/ocupação
R Mapa dos 1:50.000
densidade
p lipos de r-
Drenagens
o tipo Mapa Estrutural
1:50.000
s Mapa
das
Feições
ç Mapa dos
Terrenos
à Mapa
de I
Uso/Ocupação • Declividade - o a 60 graus
o • Feições antigas Mapa de 4 Zonas:
H rd ~ • alta probabilidade
Zoneamento de aza 1 , • moderadamente alta
escorregamento • moderadamente baixa
• nAo hâ
Mapa
Litoestrutu rai
0
Adaptação Varnel
~
QUADRO 5 - Aspectos das principais metodologias Proposta de Seshagir1 et a1} 6 Nilgtr1 Plateau (lndia). QUADRO 4 - Aspectos das principais metodologias Proposta de Choubey & Utor1a.Z1 lndia
Documentos
+ de 100 Atributos 1~1:-::n-:--:-ve-s:::t-;-:::ig:-:-a-ço-;-_e=-:s::--f-----~ Litologia
/
Básicos Básicos geol ógicas .J,
G eomecantca
· · t\
Carga pontual
geotécnicas Laboratório
1---~"
/
estrutural
Descontinuidades
ESTATÍSTICA /
t------ ~ fotointerpretação
(correlações) " Considerados no ·-
~ Sistema "INSTAS"
Pode oc orrer
caracterfsticas das descontinuidades
seleção Dip!Direção
Anál;]se
AMA
dos Dados AOD.
..... v '------ Prováveis superfícies de rupturas
Mapas de
Zoneamento
de Hazard
I
Mapa diiabilidada da taludes
uso/ocupação~
Carta de risco
Carta de ~~
Risco controle técnicas
(sistema Ldhazstr)
QUADRO 7 Aspectos das JHHH'lpi!IS rnetodolog~as Proposw <IH Carrara et dl 18 Caláhna. ltáli<l QUADRO 6 Aspectos clns pnncrpars rnt>lndologras Proposta de Bansone & Bottrno 6 Areas Alpes Octdentais
L - . - B*sico1
Eacala 1·50.000
• Topogratia
·GeoloQ141
• t.JtoloQIIII5 . Olv1G6ec panl. o
• Aelaçóol; planejamento
• AqulleroG • Ár&:u. est.áveic
• Fon!eoG · Áreas com Ins-
• Coi(Mo tabilidade pot~
• Geomorldaoia cLaJ
• Ooc:IMd;Jde
·Tipo do~
• Complexidade
• IDpogralla
·~11
·água
• aspedD$
~
I
Méolodo<õ &mp(ricos do
aval~ do risco& --~
~:
estabilidade
. proteção
e
. prev~
Aettoanállse
. lmllal;
ANÁUSE SÍNTESE
1 O levantamento básico normalmente é realizado para áreas extensas. com cerca de 600 km2.
2 Os detalhes específicos são obtidos em áreas com extensão inferior a 5 km2 . onde ocorrem
feições ativas e inativas. Este grupo reúne informações de superf1cie. de laboratório ou não.
3 Métodos de análise são associados a informações de âmbito regional e de detalhe para
definição das zonas.
81
QUADRO 8 - Aspectos das prinopa!S metodologJas. Proposta de Stevenson. 80· Tasmânia. Austrália
Foi desenvolvida a partir de 1979 pelo GCO (Geotechnical Control Office)- Hong
Kong, publicada e discutida em trabalhos de BrandY Brand et al.,l3 Styles et al .. 83
Burnett & Styles 14 e outros.
Ela pode ser aplicada em três fases. sendo:
1 Regional - em escala 1:20.000 e para áreas entre 50 e 100 krn 2• baseada em
fotointerpretação. trabalho de campo e dados preexistentes.
2 Estudos distritais:
A) Estágio 1 -Avaliação geotécnica concentrada em áreas de até 4 krn 2, em
escala 1:2.500, baseada em estudos de fotointerpretação. dados existentes e trabalhos
de campo.
179
Mapa
I F~~
~ Topografia
• Estrutura
I• Substrato rochoso
(sem síntese) I• Materiais inconsoídados
I •• Dados geotécnico6
Uso e ocupação
Mapas de Problemas 0 Delimita zonas cem cif8rantes possibiidades
2
ou Danger Maps de problemas (não faz previsão de riscos) I
QUADRO 9 - Aspectos das principaiS metodologlé!S. Proposta de Eínstein. 32 USA Baseada nos trabalhos de
Einstein. 32 Varnes. 89 Brabb et ai. 11 USGs 85 Per. 58 Radbruch-Hall et a1 72
J)ocmnentos
O documento fundamental para toda a proposta é a elaboração do Mapa de
Classíficação dos Terrenos (MCT), que é obtida pela combinação de atributos
• MCT- Escala 1:20.000 (Regional);
• Declividade (6 classes) 0-5°, 5-15°, 15-300,30-400. 40-600, >600
Neste nível. além dos três grupos de atributos do nível anterior. são considerados:
• morfologia do terreno (convexo. retilíneo, combinados com a forma dos terrenos):
terrenos in situ. colúvios. aluviões. outros;
• condições. estabilidade de taludes em cortes e aterros: corte. 0-5 rn ou 5-10 rn;
aterro: 10-20 rn;
• hidrologia (fluxos subterrâneos. fontes. outros);
• vegetação (gramas. cerrados. florestas não vegetadas. reflorestadas).
BASE FUNDAMENTAL R
...------.
Mapa de
D Fotointer- Dados
Anomalias
Mapa pretaçáo
Relevantes
de
Mapa
Geo- Geotécnico
técnico para e de
Uso (GLUM)
Avaliação
Vegetação R das
Mapa Limitações
R dos
Geotécni
(GLEAM)
Mapa Terrenos
de
Ficha de
Landform
dados
geotécnicos
R
Mapa de
Erosão e Estudos
Instabilidade de
Campo R- Estudos regionais
R
Mapa D- Estudos distritais
• Mapa geotécnico para uso (GLUM- Geotechnical Land Use Map)- caracteriza
geotecnícamente as anomalias dos mapas anteriores. definindo classes quanto às
possibilidades de uso. Este documento está diretamente relacionado com a proba-
bilidade de ocorrer eventos perigosos.
Ele normalmente classifica os terrenos em quatro classes, considerando as
limitações geotécnicas (baixas. moderadas, altas, extremas), custos com recursos
tecnológicos e problemas para investigação e intensidade necessárias.
Os mapas GLUM delimitam áreas considerando quatro classes: Classe I- baixas
limitações geotécnicas; Classe II - moderadas limitações geotécnicas; Classe ID -
altas limitações geotécnicas: Classe N- extremas limitações geotécnicas.
Este tipo de documento é de fundamental importância para a avaliação das
possibilidades de ocorrências de eventos perigosos (hazards).
Considerações finais
• ABS'ffiACI': '1bis papar pmsents basic informations about mecbanisms to produce bazard anel nsk
zoning cbalts as concepts. definitians and basic aspects ai tile main metilodologies.
Referências bibliográficas
19 . Land.slides morphometry and topalogy in two zones. Calabria. Italy. Buli. IAEG.
n.16. p.B-13. 1977.
20 CARRARA. A.. MERENDA. L. Metodologia per un censimetro degli eventi franosi in
Galabria !Methodology for an inventary of slope instability event in Calabria (Southem
Italy)]. Geologia Applicata e Idrogeologia, v.9, p.237-55. 1974.
11 RESUMO: A cidade de Franca (SP), Brasil. está localizada na porção nordeste do Estado de São Paulo.
entre as latitudes 20030' e 20035'5 e as longitudes 47"22' e 47"27'W, com uma superfície de 70 JanZ. A
geologia da área é constituída pelos basaltos da Formação Serra Geral e os arenitos, argilitos e siltitos
da Formação Itaquert. que são recobertos por sedimentos arenosos do Cenozóico. Na área há centenas
de feições erosivas que afetam o desenvolvimento da cidade e da região. As feições erosivas se
desenvolvem a partir da linha de inflexão entre o plató e as encmtas. Esta situação é caracterizada
geologicmnente pelo limite entre os sedimentos arenosos e as rochas sotopOStas. Algumas formas de ocúpação
da cidade estão sujeitas aos proo:soos de propagação das feiçiles erosivas em virtude das águas pluviais.
Introdução
A cidade de Franca, localizada no Estado de São Paulo, Brasil. ocupa urna área de
70 kffi2. com uma população superior a 200 mil habitantes. Em virtude dos problemas
erosivos na área, Franca precisaria investir 500 mil dólares em obras de recuperação
e de proteção, para reabilitar e controlar algumas áreas degradadas pela erosão.
Atualmente, a cidade apresenta um ritmo de crescimento acelerado graças às
necessidades crescentes de zonas residenciais e industriais.
A implantação destas formas de ocupação normalmente acelera a progressão
das feições erosivas existentes, aumentando as áreas degradadas, bem corno provoca
o aparecimento de novas feições.
Este trabalho tem corno objetivo apresentar urna análise dos problemas erosivos.
assim corno urna carta de riscos quanto à erosão.
Características da área
Características gerais
SUbstrato rochoso
~
~
1/l.
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30"
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o 60 IZO Z40KmL
I I l
F'IGURA I - Localização da área estudada No Estado de São Paulo acham-se indicadas as provinctas geomorfoló-
FIGURA 2 - Mapa do substrato rochoso. 1 - Formação Serra Geral (JK) - basaltos gtcas A - Planic1e Costmra. 8- Planalto Atlântico, C Depressão Periférica. D- Cuestas Basálticas. E- Planalto
2 - Formação ltaquen (K) -arenitos. siltitos. argtiJtos Octdental
189
podem ser explorados em alguns pontos como materiais para construção civil. Em
alguns taludes artificiais podem ocorrer escorregamentos em virtude do fraturamen-
to e da posição na encosta.
Materiais inconsolidados
Materiais retrabalhados
Arenosos
Ocorrem nas posições mais elevadas da área. recobrindo as rochas das duas
formações, e apresentam alta homogeneidade no perfil. As principais características
destes materiais são:
• espessuras desde métricas até superiores a 10m em alguns pontos:
• granulometria: areia 60%-70%; silte 15%-24% e argilas 15%-25%:
• índice de vazios: 0,8 a 1.2;
• coeficiente de permeabilidade da ordem de 10-6 rnls:
• massa especifica dos sólidos 2.64 a 2.74 g/cm3 ;
• superfície especifica: 14 a 18 m2/g;
• capacidade de troca catiôruca 1.8 a 3.5 meq/100 g de material;
• índice de erodibilidade elevado graças à textura arenosa e à fração silte e argilosa
serem constituídas por óxidos e argila-minerais como gibsitas e caulinitas que estão
agregados. formando partículas maiores.
Argilosos
Materiais residuais
Argilosos (basaltos)
Declividade
~~~~~~--~--~~~==~~~~-r~~2~~
lS.
""
:j
"'...
~----~~~------~--~~~--_.~~----~----~~
11( ...
FIGURA 4 - Carta de declividade. Classes· 1· 0%-2%. 2 2%-5%: 3: 5%-10%: 4 10%-20%: 5: > 20%.
Águas
FIGURA 5 - Mapa de localização das zonas de ocorrências de feições erosivas. As áreas delimitadas indicam locais
de ocorrência. As linhas 1-2. 3-4. 5-S e 7-8 situam os perfis qeológico-çeotécnicos.
tMJ
1020
1000
980
960
@ @
1
1020
1000
980
960
980
960
940
SfOO
1000 0 ®
1
980
960
. .. . .
940 '
F1GURA 6 - Perfis geológico-geotécnicos. Substrato rochoso: a- Formação Itaqueri (pontilhado); b- Fonnação Serra
Geral (em v). Materiais inconsolidados: 1 - Retrabalhados arenosos; 2- Retrabalhados argilosos: 3- Residuélls
de arenitos. siltitos. argilitos: 4- ResidUéiiS de basaltos.
Metodologia
A carta de tiscos (Figura 1) foi elaborada a partir da análise dos atributos do meio
FOTO 1 - reíçâo emsJVa em desenvolvimento paralelo aos canaiS de drenagem.
físico que podem favorecer a erosão (declividade; forma e comprimento das encostas;
textura. gênese e erodibilidade dos materiais inconsolidados; litologia; profundidade
do nível de água; pluviosidade; escoamento superficial; feições erosivas) e que foram
registrados em mapas e cartas e combinados com as formas de ocupação existentes
e as possibilidades de implantar novas ocupações nas diversas zonas. Desta combi-
nação resultou urna subdivisão da área em quatro tipos de unidades que apresentam
diferentes níveis de riscos.
FOTO 3 - Patamares consuuidos nas cabeceiras das feições erosivas com o objetivo de comgrr o problema
...
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~-7~~~~~
....
~==~;_~~~4--f~~~~~~~~~~~~~~77~~~~~~~
...
~~----~AL~~~hl~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
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N
•
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L-----~L-~~~----~L-~~~~~~~~~~-7,~--~3
I
Unidade I Subunidade Risco e grau I
I
A A1 j Poten. elevado +
I
I l A2. Poten. elevado
I I
81 I Alto !
B 82 Real I Médio
i B3 I Baixo
c r Potenc. médio
I D i Potenc. baixo I
a ser classificadas com diferentes graus de riscos reais. Assim. os graus de riscos
foram definidos a partir das características citadas de cada área e das condições de
progressão das feições erosivas:
• as feições, quando sujeitas a situações normais de evolução, podem apresentar urna
progressão de até 15 rnlano (sentido longitudinal) e 5 rnlano (lateralmente):
• no caso de estarem sujeitas a interferências antrópicas, como o caso de águas
pluviais e servidas canalizadas para o seu interior, a progressão pode duplicar os
valores apresentados anteriormente.
Foram distinguidas:
Conclusões
Nas zonas classificadas como de risco real alto e médio. obras de recuperação
e contenção devem ser executadas rapidamente, pois a progressão das feições
erosivas pode ser significativa em curto período de tempo.
As zonas classificadas como Unidade A {risco potencial elevado) devem ser
ocupadas de tal forma que as águas superficiais não sejam direcionadas para as
cabeceiras dos canais de drenagem. através de ruas e tubulações.
O sistema de patamares nas cabeceiras dos canais de drenagem. para minimizar
a velocidade das águas. não apresenta resultados adequados graças ao índice de
erodíbilidade elevado dos materiais arenosos.
Nas unidades A. B e C devem ser tomados todos os cuidados quando os
processos de ocupação exigirem grandes movimentos de terra que favoreçam o
desenvolvimento de feições erosivas.
199
Agradecimentos
Este trabalho foi realizado com auxílio da FAPESP. no decorrer dos anos de 1993
e 1994.
ZUOUE'ITE, L. V. et al. Engineering geological rnapping of the Franca city area (SP, Brazil) -
scale 1:25,000: erosion risk chart. Geociências (São Paulo). v.14. n.2. p.41-58. 1995.
• ABSTRAc:t: Tbe city ot Franca (SP). Brazil. is located in tbe nartheast region ot tbe São Paulo State.
between parallels 2Cf'30' and 2Cf' 35'S and mendians 4'? 22' and 4'J027W witb ama ot 70 Jan2. Tbe ama
is const:ituted by basalts of the Serra Geral Formation, sandstones, si1tstones and da}lstones of tbe
Itaquen Formation. Most part ot these rocks are covered by sandy unconsolidated materials oi Cenazoic
age. In the area there are severaJ erosion features (rill. gully) wbich are affecting tbe devellopment of
the industtial and Uiban occupations. These erosion features are located predominantly in tbe zone
between plateau (declivities < 296) and slopes (declivities > 596). Some sites oi the ama have stcucttual
elements and building around of the elmion features under r.isk condition.
• KEYWORDS: Geologic risks; engineering geological mapping; erosion; Franca.
Referências bibliográficas
• RESUMO: Este trabalho apresenta resultados obtidos em laboratório. através de ensaios de coluna em
condições saturadas. envolvendo amostras indeformadas dos materiais inconsolidados residuais
arenosos da Formação Botucatu e soluções contendo as espécies químicas Na·. K"'. Cu 2•. Zn2• e Cl·
• PALAVRAS-CHAVE: Material inconsolidado; Formação Botucaru. ensaio de coluna; curvas de
chegada.
Introdução
--2005'
FIGURA 1 - Mapa de localização da área de ocorrência dos materiais da Formação Botucatu no Brasil.
Metodologia
S P T.
PAIMEIROS 15c"'.
ÚLTIMOS 30 c....
-:·.-·.:-·-:····
2112
T.C
1 LJ o z z z I~ 41~
1 19 15 181 :1
2 o 1 1 1 ~21~j29::--t---t----1--l
o 20 16 13
3 O I 1+-1/~41::-17-t---t----1--1
AREIA fiNA, SILTOSA, 4 2 45
4
ARGILOSA, FOFA A PCQ o 2 2 3 9 5f'26
o 19 11 15
COMPACTA, MARROM. 5 o 2 4 4 ~tt
t~-==-t---t----1--1
o 15 1715 q '1
6 6 o. 3 4 5 t-9~1-:9:--t---t----1--1
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~ ~~-r-;--r-~
~
H-t-+-1
FIGURA 2 - Perfil típico de sondagem de simples reconhecimento. do tipo SPT. dos materiais inconsolidados residuais
arenosos da Formação Botucatu.
Co(x,O) = o X >o
C(O,t)=Co t>O
c (t) =o t >o
Qz
Qz
DI
z ~ ~ ~ ~ w 5
'~----~~----~L----~~------~~----~1 ____~1 ee
F1GURA 3 - Difratograrna de RX típico da fração fina dos materiais mconoolidados res~duaJS arenosos da Fonnação
Botucatu
Meq/100 g
Material Na· K. Ca2• Mg2• AJ3+ AJ3+ s CTC pH
inconsistente H"'
Residual arenoso Fm.
Zero 0.026 0.658 0.029 0,150 1.325 0.713 2.038 4,62
Botucatu
Extr. (Meq/100 g)
Cu Zn
Material inconsolidado HCl 0,05N H20 Destil. HClO.OSN HzO Destil.
Residual arenoso Fm.
0.016 Zero 0.017 Zero
Botucatu
Estes dados são típicos do meio estudado e podem ser considerados também
como do volume elementar representativo. segundo Bear & Nitao2 e Fetter. 3
As soluções percoladas apresentavam as seguintes características:
Meq/100 g Solo
Porção da Na· K• Ca2• Mg2• Al3+ Al3+ s CTC pH
amostra H•
Super. 0,043 0,128 0,35 0,034 0.077 0,115 0,555 0,670 5,25
Interm. 0,043 0.128 0,345 0.034 0,038 0.058 0,550 0,608 5,26
Inferior 0,043 0,141 0,30 0,030 0,038 0,058 0,514 0,572 5,76
Extração
Cu (Meq/100 g) Zn (Meq/100 g)
Porção da HCl HzO HCl H20
amostra 0,05N Destilada 0,05N Destilada
Superior 1.82 o 0.81 0.020
Interm. 1.20 o 1.08 0,018
Inferior 0,135 o 1.68 0.019
---Na+
1 " k+
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0,8 / - .. - cr
/
/ - - - zn++
/
/ ---cu••
/
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XV v
- 50
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40 ] Na+
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30 I
I
20 I
I
I
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o
o 2 4 6 8 10 12
V (I)
F1GURA 5 - Curvas de concentrações parciais x volume total percolado.
C 0 [ ( 1- Vv ]
Co= ·5 erfc 2(Vv.DVVx.L)0·5 •
onde:
C = Concentração da solução percolada a t > O
Co = Concentração da solução a t = O
Vv == Nll de volume de vazios correspondente ao volume percolado
Dl = Coeficiente de dispersão longitudinal
Vx =Velocidade linear média
L = Comprimento ensaiado
VV-1
v
~--------~~-----------------------------------
o O.Dl cu Q.3 0.5 O."T 0.9 0.99
.f_
Co
FIGURA 6 - Relações entre C/CtJ x Vv-tN.P· 5. para avaliar o coeficiente de dispersão hidrodinâmico.
Assim, foram obtidos resultados da ordem de 6.10- 2 crn 2/s, com o recurso da
relação gráfica. Para esta ordem de valor foi obtido um número de Peclet (Pe) da ordem
de 6, 75, o que significa predomínio de advecção e de dispersão.
2 Neste procedimento, o coeficiente de dispersão longitudinal foi obtido por
meio dos recursos propostos por Hensley & Randclph4 através da expressão:
onde:
Dl ,.. Coeficiente de dispersão longitudinal
x == distãncia percorrida
v == velocidade linear média
to.ts. to.84 = tempos relacionados a C/Co igual a O, 16 e 0,84
Esta expressão é válida quando se elabora um gráfico considerando a propor-
cionalidade da concentração inicial percolada e o tempo de percolação (Figura 7). Os
valores obtidos para o coeficiente de dispersão longitudinal são da ordem de 3,7.1Q-2
crn2/s e para esta ordem de valor o número de Peclet (Pe) é de 10,7, caracterizando o
predomínio dos processos advectivos e de dispersão mecânica.
A condutividade hidráulica sofreu algumas alterações, conforme pode ser
observado na Figura 8. No início do processo houve um pequeno aumento, variando
de 5.10-3 para 5,5.1Q-3 cm/s e em seguida urna diminuição até valores da ordem de
3,5.1Q-3 cm/s. O pH do material inconsolidado aumentou da ordem de 4,6 para 5,5
(parte central do corpo ensaiado).
Quanto à capacidade de troca catiônica, a percolação da solução provocou urna
diminuição da ordem de 2,04 para valores de 0,6 meq/100g. Comparando os resultados
apresentados nas Tabelas 1 e 3, observa-se que houve um arraste considerável de
Ca2• e AJJ+ pela solução e um aumento dos valores de Na• e K·.
207
o 1.00
Q
(.)
0.80
0.60
0.40
0.20
0.00
0.00 0.50 1.00 1.50 2.00
t (h)
FIGURA 7 - Curva de chegada em relação ao tempo para a espécie qulmica cr
--
cn
E
6
5
-
~
(.)
...: 4
:f 3
~
c:
o 2
o
.; 1
o
o 5 10 15 20 25 30
>Nv
FIGURA 8 - Variação da condutividade hidráulica no deamer dos ensaios de roluna.
• ABSTRACT: This paper presents the results obtained through column test in satured conditions for
sandy residual w1consolidated material ofthe Botucatu Fom1ation (undisturbed samples) and aqueous
solution with chemical species K', Na·. c!l·. Zti· and ct.
Referências bibliográficas