Leptospirose - TCC
Leptospirose - TCC
Leptospirose - TCC
TERESINA/PI
2023
MARIA CLARA BRITO ALMENDRA
Área de Concentração:
Higiene Veterinária e Saúde Pública
Orientador:
Prof. Dr. Bruno Leandro Maranhão Diniz
TERESINA/PI
2023
IDENTIFICAÇÃO
ii
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE LEPTOSPIROSE NOTIFICADOS NO
ESTADO DO PIAUÍ, BRASIL
Orientador: _______________________________________________________
Membro: _________________________________________________________
Membro: _________________________________________________________
TERESINA/PI
iii
2023
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por sempre iluminar meu caminho para as melhores decisões.
Aos meus pais, Nilma Sá Brito Almendra e Zildenio Lima Almendra, por sempre estarem ao
meu lado e por nunca desacreditarem de mim.
Aos meus amigos e futuros colegas de profissão pelo apoio e incentivo e por toda força e
palavras de conforto durante os momentos difíceis e pelos momentos felizes e tranquilos que
estivemos juntos na graduação.
Ao meu orientador Bruno Leandro Maranhão Diniz pela orientação e conhecimentos
transmitidos.
A Naely Nascimento Lima que fez meus momentos de tensão ficarem mais leves e esteve
sempre pronta para me oferecer um ombro amigo.
Agradeço a todos que, direta ou indiretamente, fizeram parte da minha formação e
contribuíram para a conclusão dessa etapa.
iv
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
v
LISTAS DE TABELAS
vi
RESUMO
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria do gênero Leptospira. Ela é
transmitida principalmente através do contato com água ou solo contaminado pela urina de
animais infectados, como roedores. A doença pode variar de uma infecção leve a grave e
potencialmente fatal. Os sintomas incluem febre, dores musculares, icterícia e problemas
renais. Essa enfermidade é mais comum em áreas de clima tropical e subtropical, onde as
condições favorecem a sobrevivência da bactéria. A prevenção envolve medidas de higiene,
saneamento, controle de roedores e conscientização pública. O combate eficaz à leptospirose
requer abordagens integradas que considerem a interação entre a saúde humana, animal e
ambiental. O objetivo desse trabalho foi relatar como ocorre a vigilância epidemiológica da
leptospirose na cidade de Teresina, Piauí e concluir que essa vigilância é de extrema
importância para garantir a detecção precoce da doença e a resposta adequada para surtos ou
casos de leptospirose. Com os resultados expostos foi possível concluir que os homens com
idade entre 20 e 39 anos moradores de regiões com infraestrutura precária, são os mais
acometidos pela leptospirose. O objetivo desse trabalho foi descrever o perfil epidemiológico
dos casos de leptospirose humana no estado do Piauí no período de 2019 a 2022.
vii
ABSTRACT
viii
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................10
2. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................
2.1. ETIOLOGIA E TRANSMISSÃO........................................................................
2.2. EPIDEMIOLOGIA...............................................................................................
2.3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS..........................................................................
2.4. DIAGNÓSTICO...................................................................................................
2.5. TRATAMENTO E PROFILAXIA.......................................................................
2.6. LEPTOSPIROSE EM ANIMAIS.........................................................................
2.7. CONTROLE AMBIENTAL DA LEPTOSPIROSE............................................
3. METODOLOGIA........................................................................................................
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................
5. CONCLUSÃO..............................................................................................................
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................
7. REFERÊNCIAS...........................................................................................................
ix
1. INTRODUÇÃO
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria do gênero Leptospira
sp. Essa doença é considerada uma antropozoonose, o que significa que ela pode ser
transmitida entre animais e humanos. A leptospirose é endêmica em várias regiões tropicais e
temperadas do mundo, sendo mais comum em países localizados entre os trópicos. De acordo
com as estatísticas, aproximadamente 73% dos casos de leptospirose ocorrem em países
tropicais. A mortalidade anual estimada da doença é de 0,84 mortes por cem mil habitantes
em todo o mundo. No entanto, esses números podem ser subestimados devido à falta de
diagnóstico adequado e à semelhança dos sintomas com outras doenças (COSTA, 2015).
10
No Brasil a vigilância epidemiológica da leptospirose é coordenada pelo Ministério
da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e das Secretarias Estudais e
Municipais de Saúde. Além disso, o Ministério da Saúde realiza a coleta de dados sobre a
leptospirose por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Esses
dados são utilizados para monitorar a tendência da doença, subsidiar políticas públicas e
direcionar ações de prevenção e controle.
Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi descrever o perfil epidemiológico dos
casos de leptospirose humana no estado do Piauí no período de 2019 a 2022.
11
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. ETIOLOGIA E TRANSMISSÃO
12
A população de risco é constituída por trabalhadores frequentemente expostos a
água ou fluidos biológicos potencialmente contaminados, como arrozeiros, veterinários,
piscicultores, profissionais de saneamento básico e limpeza coletiva, pecuaristas ou
suinocultores, garimpeiros, dentre outros, além de famílias de regiões carentes ou
moradores com condições de saúde instáveis, o que explica a origem de diversas
denominações da doença como febre dos arrozais ou febre do pântano. Geograficamente,
as áreas tropicais, com alta pluviosidade sazonal ou anual, e as áreas sujeitas a desastres
naturais, como inundações, são aquelas onde a cadeia de transmissão da leptospirose é
favorecida (COSTA, 2015).
2.2. EPIDEMIOLOGIA
É importante ressaltar que a leptospirose não afeta apenas áreas urbanas, mas
também áreas rurais onde a atividade agrícola e o contato com animais são mais comuns.
Trabalhadores rurais, agricultores, veterinários e pessoas que lidam diretamente com
animais têm um risco aumentado de exposição à bactéria. Deve-se destacar que a real
morbidade é apenas parcialmente conhecida devido às dificuldades para confirmação dos
casos, à possibilidade de confusão diagnóstica com outras doenças com sintomas comuns
13
e à baixa detecção das formas leves, sendo diagnosticados, em sua maioria, casos
moderados e graves (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).
Aproximadamente 85% dos casos representa a fase precoce da doença, com sintomas
inespecíficos como febre de início súbito, mialgia, cefaleia, náuseas, vômitos, diarreia,
hemorragia conjuntival e, mais raramente, exantema. Nesses casos, a leptospirose pode ser
confundida com outras doenças como gripe, dengue, malária, febre amarela, etc., o que
dificulta o diagnóstico e a notificação dos casos suspeitos. Portanto, é necessário investigar os
fatores epidemiológicos associados à história recente de exposição à água contaminada. A
condição geralmente é autolimitada e se resolve espontaneamente em uma semana, sem outras
complicações (BRASIL, 2014).
Em 15% dos casos, a condição evolui para uma complicação mais grave, a forma
clássica conhecida como síndrome de Weill, com icterícia, insuficiência renal e sangramento
(principalmente nos pulmões). Adolf Weil descreveu a tríade em 1886, mesmo ano em que
publicou sua descrição do quadro clínico. A icterícia é caracterizada por uma cor
laranjaavermelhada e geralmente se desenvolve entre os dias 3 e 7 dos sintomas. Durante esta
fase, até 40% dos pacientes podem desenvolver insuficiência renal aguda, e alguns pacientes
podem necessitar de diálise. Os fenômenos hemorrágicos afetam a pele, causando aumento de
petéquias, equimoses e sangramentos, além de conjuntivas, mucosas ou órgãos internos. A
14
hemorragia pulmonar, com lesão pulmonar aguda e hemorragia maciça, aumenta a
mortalidade para cerca de 50% quando presente (BRASIL, 2014).
O período de recuperação pode durar até 2 meses, eventualmente com sintomas como
febre, fadiga, mialgia ou deterioração geral. A eliminação da Leptospira pela urina
(leptospirúria) pode durar de semanas a meses (BRASIL, 2019).
2.4. DIAGNÓSTICO
Em casos de fase tardia, a cultura é o método de escolha, mas dada a latência de até 3
meses para resultados e a complexidade do processo, é preferível usar métodos sorológicos
para confirmação imediata e cultura para diagnóstico retrospectivo (BUDIHAL e PERWEZ,
2014). A confirmação do caso se dá através do teste ELISA, que irá apresentar IgM reagente,
15
associado a soroconversão no teste de microaglutinação, ou seja, uma primeira amostra não
reagente, seguida por uma segunda amostra coletada entre 14 e 60 dias do início dos sintomas,
com titulação igual ou maior a 200.
Budihal e Perwerz (2014) apontam que a principal limitação dos testes sorológicos
supracitados é o seu uso em locais onde a infecção por leptospirose é comum, pois a titulação
do MAT será elevada na população em geral.
16
A prevenção da leptospirose requer uma abordagem multidimensional, devido aos
muitos fatores de risco e modos de transmissão, bem como às fontes e oportunidades de
infecção. Devido a tais particularidades, a intervenção local para o controle em regiões
endêmicas se torna necessária, adequada às peculiaridades geográficas e populacionais. Como
linha geral de ação para diminuição da infecção tem-se: 1) realizar o controle das populações
de animais reservatórios para a bactéria espiroqueta, pela imposição de barreiras, ou cercados
entre populações humanas e populações de transmissores, pelo combate às espécies
reservatório com vistas à sua diminuição, como ratos; 2) o controle da infecção entre os
animais transmissores, por medidas de imunização de animais como cachorros, gado, porco;
3) controle da infecção em humanos através da educação e conscientização da população
humana que habita ou visitará locais de risco. As chances de contágio diminuem de maneira
considerável ao evitar-se o contato com urina ou água contaminada, portanto o uso de
barreiras físicas como vestimentas em situações potencialmente perigosas é recomendável
(GUIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, 2022).
17
por Leptospira spp. ocorre através das mucosas ou de lesões de pele, seguindo se da sua
multiplicação no sangue e praticamente em todos os órgãos e tecidos. Nos animais que
conseguem sobreviver à fase aguda da leptospirose, os microrganismos alcançam o sistema
renal e passam a ser excretados pela urina por períodos de tempo variados, caracterizando-o
como portador convalescente (VASCONCELLOS, 2002).
A leptospirose ocorre nos centros urbanos e no campo. Nas cidades, além do ser
humano, pode atingir também os animais domésticos, através do contato com roedores, como
ratazanas, ratos de telhado e camundongos, que são animais que buscam restos de alimento no
lixo e esgoto. Os roedores não apresentam sinais clínicos, mas são os principais transmissores
da leptospirose por excretarem a bactéria em grande quantidade pela urina praticamente por
toda vida. Muitas vezes, o cão é o primeiro a adoecer e transmitir a enfermidade aos tutores.
No período das chuvas, quando ocorrem enchentes, os surtos de leptospirose tornam-se
frequentes, principalmente nos locais de más condições de saneamento básico, com esgoto a
céu aberto e lixões. Ao entrar em contato com as águas contaminadas pela inundação das
tocas repletas de urina de roedores, o homem e os animais domésticos são acometidos pela
doença. Infelizmente, o risco não desaparece depois que a água baixa, pois a bactéria continua
ativa na lama e nos resíduos úmidos (CRMV-SP, 2016).
18
Os cães apresentam uma variedade de sinais clínicos, dependendo da espécie
sorológica. Na forma aguda, os cães podem apresentar febre, letargia, depressão, perda de
apetite, vômitos, diarreia, micção frequente, sede, mau hálito, feridas na boca, dor abdominal
ou lombar, dores musculares, icterícia (amarelecimento), sangramento leve e sangrando. A
consequência mais grave da doença é a morte por insuficiência renal e insuficiência hepática.
As bactérias se multiplicam ativamente em órgãos, sangue, linfa e líquido cefalorraquidiano,
atingem os vasos sanguíneos e causam vasculite sistêmica. As bactérias persistem nos rins,
multiplicam-se e são excretadas na urina. Entretanto, a bactéria não é eliminada de uma vez,
há jatos de urina com leptospira e outros sem. Isso começa a ocorrer 72 horas após a infecção
e pode continuar por meses (SCHMITT; JORGENS, 2011). Em animais de produção, a
leptospirose pode causar infertilidade e aborto, resultando em menor número de nascimentos
de animais, o que pode reduzir a produção de leite e carne, causando grandes prejuízos aos
rebanhos. Nos cavalos, além de afetar a reprodução, a doença pode causar problemas oculares
que podem levar à cegueira. As pessoas que entram em contato direto com essas criações são
infectadas pelo contato com animais doentes ou portadores assintomáticos que eliminam a
bactéria na urina (CRMV-SP, 2016).
Nos animais, o diagnóstico da doença não é algo fácil de ser realizado pois necessita
de informações claras de exposição e de avaliação minuciosa dos sinais clínicos realizada pelo
médico–veterinário, já que existem outras doenças com manifestações semelhantes. O teste
laboratorial mais utilizado, tanto em animais quanto em humanos, é a soroaglutinação
microscópica (SAM), que detecta a presença de leptospiras nos tecidos de fígado, pulmão,
cérebro, rim e de fluidos corporais, como sangue, leite, líquor, fluídos torácicos e peritoneais.
O tratamento se dá inicialmente através do uso de fluidoterapia, e após o controle da
desidratação (devido à intensa diurese) é realizada a administração de antibióticos
(SCHMITT; JORGENS, 2011).
19
2.7. CONTROLE AMBIENTAL DA LEPTOSPIROSE
20
3. METODOLOGIA
O estado do Piauí está localizado a noroeste da região Nordeste, ocupa uma área de
251.755,485 km², com população estimada de 3.281.480 habitantes, e tem como limites a
Bahia (ao Sul e Sudeste), os estados do Ceará e Pernambuco (ao Leste), o estado do Tocantins
(ao Sudoeste), o estado do Maranhão (ao Oeste) e o oceano Atlântico (ao Norte). O estado
possui
224 municípios, 04 mesorregiões, 15 microrregiões e 11 Unidades Regionais de Saúde (IBGE,
2010). A cidade de Teresina é a capital do estado.
O presente trabalho não foi submetido à avaliação por comitê de ética em pesquisa
por incluir apenas dados secundários e de domínio público, não abrangendo assim
informações que possam identificar os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
22
da enfermidade no estado demonstra possíveis índices elevados de subnotificação, trazendo
preocupações acerca da vigilância em Saúde no Piauí.
O Piauí possui o pior índice de saneamento básico da federação com apenas 10,5%
dos domicílios com esgotamento sanitário ligado a uma rede geral (IBGE, 2022). Esse trágico
dado ligado a péssima infraestrutura das cidades, proporciona ambiente mais que propício
para a ampla contaminação ambiental da leptospirose no estado.
Dos casos de leptospirose notificados no estado, nenhum deles evoluiu para a morte
e cerca de 77,41% (24/31) dos usuários do sistema de saúde tiveram a cura registrada no
Sistema de Notificação (Tabela 02). Na cidade de Teresina, 18 casos (81,81%) dos 22 no
quadriênio evoluíram para a cura e nenhuma morte foi notificada na capital.
23
Tabela 03 – Notificação de Leptospirose por Critério de Confirmação dos casos no estado
Teresina 19 00 03
24
Teresina 01 01 14 05 01
No Piauí, apesar de baixa letalidade, ainda se nota uma maior prevalência da doença
na faixa etária entre 20 a 39 anos, confirmando a hipótese do risco de evolução com efeitos
sistêmicos, em idade economicamente ativa. Logo, é preciso investir em saneamento básico, a
partir de uma adequada coleta seletiva do lixo e do tratamento correto do esgoto domiciliar
para controlar a propagação desse agravo.
25
Coivaras 01 00 01 (3,22)
Parnaíba 03 02 05 (16,12)
Picos 00 01 01 (3,22)
São Pedro do Piauí 00 01 01 (3,22)
Teresina 19 03 22 (70,96)
Total (%) 24 (77,41) 07 (22,58) 31(100)
A tabela 06 retrata uma possível relação da raça parda (61,30%) com a infecção por
Leptospira no estado do Piauí. O estado possui uma miscigenação entre diversas raças, a
exemplo do que acontece na nação brasileira. No Piauí, comunidades quilombolas são
reconhecidas pela sua preservação cultural, contudo apenas 3,22% dos casos notificados eram
de raça preta.
26
Total (%) 5(16,12) 1(3,22) 1(3,22) 19(61,3) 5(16,12) 31(100)
27
O nível de escolaridade é um fator importante para o acometimento da infecção, visto
que nem todos podem ter acesso igualitário às informações, o que diminui a disseminação do
conhecimento sobre prevenção e cuidados com a leptospirose.
Vale ressaltar que, segundo Rodrigues 2019, pessoas com maior nível de escolaridade
tendem a adotar atitudes para reduzir as chances de contrair leptospirose, como evitar o
acúmulo de entulho, beber água tratada, caminhar calçados e evitar tomar banho em
enchentes, rios e córregos poluídos por esgoto.
Picos 01 00 00 00 00 01(3,22)
estado do Piauí, Brasil.
01 00 00 00 00 01(3,22)
Teresina 06 02 00 11 03 22(70,96)
Total (%) 11(35,48) 03(9,67) 01(3,22) 13(41,9) 03(9,67) 31(100) S
ão Pedro do Piauí
Picos 01 00 00 00 01(3,22)
28
00 00 01(3,22)
Teresina 07 07 00 08 22(70,96)
Total (%) 12(38,70) 08(25,80) 01(3,32) 10(32,25) 31(100) São
Pedro do Piauí 01 00
5. CONCLUSÃO
29
vigilância em saúde mais eficiente, mesmo diante da precariedade sanitária do estado, que
possui o menor indicador de saneamento básico da federação.
Conclui-se que os homens com idade entre 20 e 39 anos moradores de regiões com
infraestrutura precária, são os mais acometidos pela leptospirose, sendo que a maioria dos
casos evolui para a cura, inexistindo óbitos por leptospirose no estado do Piauí entre os anos
de 2018 à 2022.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todos os animais são susceptíveis à doença e podem atuar como fonte de infecção.
Conhecer os sorovares prevalentes em uma população e os hospedeiros que permitem a
manutenção do ciclo da doença em cada região são estratégias importantes para o
entendimento epidemiológico da doença, pois as infecções humanas resultam da exposição à
urina dos animais portadores.
30
REFERÊNCIAS
COSTA, Federico; HAGAN, José E.; CALCAGNO, Juan; KANE, Michael; TORGERSON,
Paul; MARTINEZ-SILVEIRA, Martha S.; STEIN, Claudia; ABELA-RIDDER, Bernadette;
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Neglected Tropical Diseases, [S.L.], v. 9, n. 9, p. 1-19, 17 set. 2015. Public Library of Science
(PLoS).
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<https://dx.doi.org/10.1007/978-3-662-45059-8_6> <PMid:25388134>
GENOVEZ, M.E. Leptospirose: uma doença além da época das chuvas. 2007. Artigo em
Hypertexto. Disponível
32
em:<http://www.infobibos.com/Artigos/2007_1/leptospirose/index.htm>. Acesso em:
31/7/2023
33
NETO, Francisco. Spatial analysis and factors associated with leptospirosis in Santa
Catarina, Brazil, 2001-2015. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba, v. 53, e20200466, 2020 .
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?
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agosto de 2023
SOUZA, Verena Maria Mendes de et al. Anos potenciais de vida perdidos e custos
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1008, Dec. 2011. Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489102011000600001&lng=en
&nrm=iso>. access on 09 June 2023. Epub Sep 23, 2011.
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