Guia Unesco - IV Alemun
Guia Unesco - IV Alemun
Guia Unesco - IV Alemun
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Guia de Estudos – UNESCO
SUMÁRIO
SUMÁRIO ................................................................................................................................ 2
SAMUEL SILVA................................................................................................................... 3
RODRIGO TOLOI................................................................................................................. 3
VINICIUS RIGO.................................................................................................................... 4
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 24
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SAMUEL SILVA
Olá, senhores delegados! É com grande prazer que eu lhes recebo para a 4.ª edição da
AleMUN.
Meu nome é Samuel, mas podem me chamar de Samis, e serei parte da mesa que há de
dirigir esse comitê cheiroso. Me apresentando rapidamente, eu tenho 19 anos, sou estudante de
Relações Internacionais na Universidade Estadual do Maranhão, sou muito fã da Taylor Swift
e Phoebe Bridgers e sou Secretario-Chefe do Acadêmico da AleMun.
Bom, não quero me estender aqui, até porque o importante é os senhores delegados se
aterem ao guia de estudos, então vejo vocês em breve!!
RODRIGO TOLOI
Olá senhoras e senhores delegados! Tudo bem com vocês? É uma honra estar aqui com
vocês, delegados que tenho certeza que conseguiram fazer o inusitado, o diferente, tornar o
crível no incrível! E é um prazer ainda maior, poder mesar o melhor comitê da 4 edição da
Alemun…
Bem, meu nome é Rodrigo Toloi, mas o pessoal costuma me chamar só pelo
sobrenome mesmo, Toloi, então fiquem a vontade! :D. Tenho 17 anos e ainda estou no terceiro
ano do ensino médio, pretendendo cursar direito aqui em São Paulo. Diferentemente do Samis,
curto músicas soviéticas hahahahaha um pouquinho diferente, mas juro para vocês, são muito
boas!
Enfim, bons estudos e uma excelente simulação! Qualquer coisa, estamos aqui para
vocês!
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VINICIUS RIGO
Meu nome é Vinicius e serei uma de suas beneméritas mesas neste comitê. Aos que não
me conhecem, saibam que eu detesto crises e faço de tudo para que elas fiquem bem fáceis
(01010011 01010001 01001110). A demais é isso, espero que vocês não destruam o mundo e
não entrem em guerra nas primeiras 2 sessões. Brincadeiras à parte, já fiz o meu trabalho de
pesquisador não diplomado com cada um de vocês e sei que vocês serão excelentes delegados
em um comitê nada simples como o nosso! Meu privado está aberto 25 horas por dia 8 dias por
semana para dúvidas, pataquadas, conversas, uma amizade sincera... até mais e beijinhos da
Anitta
Vinicius Rigo
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HISTÓRICO DO COMITÊ
A UNESCO, ou melhor, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura ( United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) é uma das 15
agências especializadas da Organização das Nações Unidas. Inicialmente seu papel é ligado
fundamentalmente à promoção da educação, sobretudo de grupos socialmente invisibilizados,
das diferentes e complementares ciências e preservação e mantenimento das culturas ao redor
do globo. Porém, seu papel se entrelaça entre todas essas características e as bordas das
mesmas, se tornando, assim, uma das mais importantes agências das Nações Unidas.
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às Nações Unidas focada nas estruturas da UNESCO é uma forma das potências ocidentais em
dominar o campo em questão, falsificando um falso ideal de cooperação internacional. Mas
mesmo diante desses dois posicionamentos, o fato é que a UNESCO surge como uma das
maiores e mais importantes Agências Especializadas da ONU, e que cada vez mais conversa
com comunidades marginalizadas da comunidade internacional, tal qual com um compromisso
com o desenvolvimento sustentável.
Por fim, cabe aqui ressaltar uma das séries de objetivos postos pela UNESCO no seu
documento de comemoração de 70º ANIVERSÁRIO DE CRIAÇÃO:
Sendo assim, esperamos que os senhores delegados encontrem na UNESCO uma forma
de discutir, não só, a Reapropriação e Contrabandos de Artefatos Históricos, mas também toda
a lógica de formação cultural, educacional e cientifica no Século XXI, mostrando as devidas
competências e habilidades de: Negociação, diplomacia e conhecimento do mundo.
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SAQUES E COLONIALISMO
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terras. Isso não impediu os processos de colonização entre os povos asiáticos, tal qual o Japão
infringiu sobre a península Coreana.
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Outro exemplo é o caso das "Moai" da Ilha de Páscoa, no Chile. Várias estátuas gigantes
de pedra (moai) foram retiradas da ilha e estão em exibição em museus ao redor do mundo. O
governo chileno tem feito esforços para negociar a devolução de algumas dessas estátuas,
argumentando que são parte fundamental da herança cultural da ilha.
Além disso, a Grécia tem buscado a restituição de várias peças arqueológicas, incluindo
o famoso caso das esculturas do Partenon, também conhecidas como "Mármores de Elgin".
Essas esculturas foram removidas do Partenon em Atenas no início do século XIX pelo
diplomata britânico Lord Elgin e agora estão em exibição no Museu Britânico. A Grécia tem
solicitado sua devolução por muitos anos.
Um outro exemplo que pode ser citado, é o das coleções adquiridas de maneira irregular
dentro do próprio território, por via da coleta irregular de sítios arqueológicos para a
Incrementação de coleções particulares como a coleção Balbino de Freitas, hoje sobre posse só
Museu Nacional da UFRJ, sendo uma das primeiras coleções tombadas pelo Instituto do
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“Pois isto pode ser dito dos homens em geral: que eles são ingratos, volúveis,
hipócritas” sintetizou Nicolau Maquiavel, o fundador da ciência política. “Todos os homens
seriam tiranos se pudessem” condenou John Adams, fundador da democracia Americana.
“Somos descendentes de uma interminável série de gerações de assassinos” diagnosticou
Sigmund Freud, fundador da psicologia moderna. A doutrina de que os humanos são egoístas
natos tem uma tradição consagrada no cânone ocidental. Grandes pensadores, como Tucídides,
Agostinho, Maquiavel, Hobbes, Lutero, Calvino, Burke, Bentham, Nietzsche, Freud e os
patriarcas fundadores dos Estados Unidos tinham a própria visão sobre o egoísmo do homem.
Em 410 a.c, a cidade inteira de Roma, foi saqueada pelos bárbaros e visigodos, liderados por
Alarico. Em 1204 e todo o século XV, XVI e XVII, a cidade de Constantinopla e as
civilizações pré-colombianas foram vítimas dessas mesmas barbáries, respectivamente.
Recentemente, Síria, Egito, Iraque e muitos outros países foram alvos de contrabando de
artefatos históricos. São efemérides históricas como essas que corroboram a manifestação do
instinto egoísta inerente à natureza humana, teorizada por pensadores a mais de 2 milênios.
É sobre este contexto que, a Organização das Nações (ONU), com seus objetivos
confinados pelos seus progenitores da década de 40 e motivada pelos fundamentos jurídicos e
pelo verdadeiro multilateralismo, adotou uma série de acordos internacionais para prevenir que
a expropriação de bens materiais ligados a artefatos históricos aumentassem e continuassem a
manchar a história. Dessa forma, acordos e tratados como a convenção de Haia de 1954;
convenção da Unesco de 1970; a convenção do Instituto Internacional para a Unificação do
Direito Privado de 1955 (UNIDROIT) e vários outros se tornaram realidade para tentar
prevenir que os atos do passado continuassem no futuro.
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proteger o património cultural (PC), como artefatos históricos, em tempos de guerra, como por
exemplo a guerra do Iraque de 2003 ou os atuais conflitos na síria. Com os seus dois Protocolos,
contém uma série de disposições que são geralmente orientadas em torno da proibição e
prevenção de roubo, pilhagem, apropriação indébita (incluindo exportação ilícita) ou
destruição de PC em territórios ocupados durante um conflito armado. O Primeiro Protocolo
tem atualmente 100 Estados membros; já o Segundo Protocolo apenas 55. A própria
Convenção tem 123 Estados partes, sendo a ratificação mais recente a dos Estados Unidos da
América em Março de 2009. Conclui-se assim que as disposições da Convenção e dos seus
dois Protocolos são notáveis por serem tão simples quando comparado com as disposições por
vezes complexas no que diz respeito à restituição e devolução contidas em outros instrumentos
internacionais. Para exemplificar pode-se ver abaixo uma das cláusulas da convenção
“se objetos são retirados do território a situação é bastante clara: devem ser
apreendidos”
Dessa forma, assim como os EUA, entre os principais importadores e os estados de trânsito
que agora fazem parte da Convenção são Canadá (1978), Australia (1989), França (1997),
Reino Unido e Japão (2002), Suécia, Dinamarca, Suíça e África do Sul (2003), Noruega e
Alemanha (2007), Bélgica e Holanda (2009). As principais características da Convenção é:
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5. para evitar que os museus adquiram PC exportado ilegalmente (artigo 7.º), no entanto,
não exige um certificado de exportação como condição para aquisição, e não oferece
grande benefício, a não ser se o Estado Parte importador não admitir pedidos de
devolução de bens roubados por Estados estrangeiros;
Dessa forma, vale notar que a convenção da UNESCO de 1970, não se aplica de forma
retroativa. Por exemplo, apesar do artigo 7 do documento oficial expressar, abertamente uma
referência a propriedade “ilegalmente removido do Estado após a entrada em vigor desta
convenção em ambos os Estados” no entanto, o artigo 3.º deixa a possibilidade de um Estado
membro declarar ilegais todas as importações futuras de PC que foram exportados ilegalmente
a qualquer momento. Alguns países, como a Austrália, no artigo 14 da sua Lei de Protecção do
Património Cultural Móvel de 1986, tomou esta linha e estão preparados para apreender objetos
importados que tenham sido ilegalmente exportados de qualquer país estrangeiro (não apenas
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dos Estados Partes) a qualquer momento, visto que há uma quantidade significativa de artefatos
histórico do povo Aborígenes, nativos australianos, apropriados por outros Estados.
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Iraque, Turquia e muitos outros países com uma quantidade significativas de heranças não
catalogadas em seu território, fazem parte do Instituto, mas estranho a ausência de nações como
Síria, Sudão, Sudão do Sul, Etiópia e outros com quantidades semelhantes.
Ademais, a convenção, em seus artigos, estabelece os alicerces para a devolução e
reapropriação de artefatos históricos, visando assim criar um equilíbrio entre os legítimos
interesses dos possuidores e a preservação do patrimônio cultural global. Consequentemente,
o artigo 3 da convenção, prevê que todo e qualquer indivíduo privado, com posse ilegal de um
artefato historico ou patrimonio cultural, deve devolve-lo. Subsequentemente, a Convenção
também aborda a devolução de objetos culturais ilegalmente exportados. Nesse contexto, um
Estado importador pode ordenar a devolução desses objetos, desde que a exportação ilegal
prejudique um interesse definido do Estado solicitante, conforme estipulado nos artigos 5-7.
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Feito pela Conferência Geral da UNESCO em sua trigésima segunda sessão em 2003,
este contém uma série de declarações de princípio e sugestões para proteção contra atos de
destruição intencional, como no caso dos Budas de Bamiyan, caso este, onde o grupo
extremista Talibã destruiu grandes estátuas de Budas, com a maior alcançando 53 metros de
altura. Metaforicamente, budistas locais dizem que “Buda desabou de vergonha”, com a
chegada do Talibã.
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O comércio de antiguidades ilícitas explodiu nos últimos 60 anos. Eles são arrancados
de monumentos existentes, escavados secretamente no solo ou roubados de museus. Sítios com
significado histórico, cultural ou religioso são, constantemente, vandalizados ou destruídos
para fornecer antiguidades que são comercializadas em todo o mundo antes de eventualmente
serem incluídas nas colecções públicas e privadas da Europa e da América do Norte e, cada
vez mais, do Extremo Oriente. Para agravar a problemática, nota-se que a extração e o
contrabando ilgeal de artefatos históricos, estão ligados com outras atividades ilegais, incluindo
o tráfico de drogas e a extração de madeira.
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Os estudos de caso são bons exemplos do contexto de cada país. O tipo de saqueador
depende em grande parte da situação econômica. Os saqueadores de subsistência, saqueadores
de “nível baixo”, são encontrados em países com elevado desemprego, enquanto os tombaroli
ou huaqueros, saqueadores mais “importantes” e mais “preparados” são encontrados em
economias com menos de 10% de desemprego. Os elementos violentos e tradicionais do crime
organizado também dependem das condições locais. Em casos de saque como no Afeganistão,
Iraque e Bulgária são mais violentos do que por exemplo a Itália e da Turquia, que têm
economias e governos mais estáveis. Os estudos atingiram um nível em que, se a taxa de
desemprego de um país for conhecida, então é indiscutivelmente possível estimar o tipo de
saqueadores presentes.
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REFERÊNCIAS
1. https://www.unesco.org/pt
2. https://d1p480y8ywg81t.cloudfront.net/media/signorelli/colegio/unesco/outros-
documentos2.pdf
3. https://pt.unesco.org/courier/2020-4/devemos-punir-os-saqueadores-mas-tambem-os-
compradores
4. https://pt.unesco.org/courier/2020-4/devemos-punir-os-saqueadores-mas-tambem-os-
compradores
5. https://chicagounbound.uchicago.edu/cjil/vol8/iss1/10/
6. https://www.unodc.org/documents/treaties/organized_crime/Background_note_UNO
DC_CCPCJ_EG1_2009_CRP1_E.pdf
7. https://www.ohchr.org/sites/default/files/Documents/Issues/CulturalRights/Destruction
Heritage/NGOS/A.P.Vrdoljak_text2.pdf
8. https://www.researchgate.net/publication/259433955_The_Illicit_Antiquities_Trade_
as_aTransnational_Criminal_Network_Characterizing_and_Anticipating_Trafficking
_of_Cultural_Heritage
9. https://crsreports.congress.gov/product/pdf/IF/IF11776
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