História Celpe
História Celpe
História Celpe
DA CELPE
Energia em Pernambuco
No início do século XX, em Pernambuco, os serviços de distribuição de energia elétrica eram
explorados por empresas públicas e privadas. Em 1910, Delmiro Gouveia adquiriu as terras
às margens da Cachoeira de Paulo Afonso, no Rio São Francisco, para transformar seu em-
preendimento num império: de início, uma modesta usina hidrelétrica e uma fábrica de
linhas para costura. Logo depois, começou a fornecer energia para Alagoas, Pernambuco,
Bahia e Sergipe. Em janeiro de 1913, Delmiro Gouveia realizou o aproveitamento de 1.500
CV na cachoeira de Paulo Afonso, com três turbinas à altura de 42 metros. Estava inaugurada
a primeira usina hidrelétrica de Paulo Afonso.
No Recife, a partir de 1914, a empresa Pernambuco Tramways and Power Company Limited,
criada através de contrato assinado no dia 14 de outubro de 1913, com prazo de 50 anos,
entre o Governo do Estado de Pernambuco e a firma britânica Bruce Peebles C. Limited, de
Londres, começou a explorar os serviços de geração e distribuição de energia para residên-
cias, indústrias e iluminação pública. A eletricidade gerada pela Tramways vinha de uma
usina termelétrica, localizada às margens do Rio Capibaribe, próxima à Estação Central da
Great Western, onde também estavam os gasômetros, fornecedores do gás carbônico.
A usina da Tramways inicialmente gerava apenas 300 KW, passando para 3.000 em 1917, e
em 1955, já produzia 20.500 KW, época em que chegava ao Recife a energia de Paulo
Afonso. A Tramways operava também os serviços de bonde, de telefones, e a produção e
distribuição de gás de cozinha. No interior do Estado, as prefeituras, cooperativas e o Depar-
tamento de Águas e Energia (DAE) eram responsáveis pela distribuição de eletricidade. No
início da década de 60, a Lei Estadual nº 3.764, de 19 de novembro de 1960, transformou o
DAE em uma autarquia e atribuiu-lhe competência para organizar e participar de sociedades
dedicadas à produção, transmissão e distribuição de energia elétrica. O Conselho de Coor-
denação do DAE, através da resolução 54/64, de 12 de outubro de 1964, autorizou sua dire-
toria a tomar providências para a criação da Companhia de Eletricidade de Pernambuco
(CELPE).
Criação da Celpe
A Companhia de Eletricidade de Pernambuco (CELPE),jurídicamente constituída como
Sociedade de Economia Mista, foi criada no dia 10 de fevereiro de 1965. Naquele ano, a Em-
presa tinha 462 empregados e atendia a 156 localidades em Pernambuco, com 112.132
clientes e um consumo de 141.170 MWh. O sistema elétrico era composto de 14 linhas de
69 kV, com uma extensão de 344 km e 126 linhas em 13.8 kV, totalizando 1.150 km. A potên-
cia instalada das seis subestações de 69/13.8 kV era de 33 MVA, além de 156 redes de distri-
buição.
Década de 70
No início da década de 70, a Celpe tinha 300 mil consumidores e mais de um milhão de
MWh vendidos. A empresa recebeu da Chesf os sistemas de transmissão de 69 kV com 53
linhas e 33 subestações abaixadoras e, também, os serviços de distribuição de eletricidade
das cidades de Caruaru e Jaboatão. Em 1972, iniciou-se a construção do Edifício Sede, na
Avenida João de Barros, 111, no Bairro da Boa Vista.
A Celpe mudou sua sede para o novo edifício, em 1975, e ainda iniciou a construção do
Centro de Treinamento Delmiro Gouveia, no Bongi. A Fundação Celpe de Seguridade
Social, Celpos, entidade destinada à
suplementação de aposentadorias e pensões dos seus empregados, teve seu projeto apro-
vado pela Empresa.
Década de 80
Nessa década, a Celpe elaborou um Programa Geral de Investimentos, válido por 5 anos, e
com o apoio da Eletrobrás, implantou seu Plano Diretor de Informática. A Fundação Celpos
passou a existir oficialmente no dia 19 de janeiro de 1981, conforme Portaria do Ministério
da Previdência e Assistência Social. O Centro de Operações de Distribuição do Recife
também começou a funcionar nesse período. Começaram os estudos para exploração de
outras formas de energia, especialmente a solar. A Empresa fez um convênio com o Governo
francês para instalação de um coletor solar no Centro de Operações do Bongi. O equipa-
mento fornecia energia para o restaurante do Bongi, sendo esse projeto experimental, pio-
neiro no Brasil. No dia 17 de dezembro de 1986, a empresa mudou sua razão social para
Companhia Energética de Pernambuco - Celpe.
Década de 90
A partir de 1990, surgiram mudanças significativas no setor elétrico brasileiro. A busca da
qualidade e agilidade dos serviços, a modernização e informatização, o desenvolvimento
tecnológico, a implantação de sistemas alternativos de energias, a redução dos custos e a
melhoria da confiabilidade no fornecimento, tornaram-se fatos do cotidiano da Empresa. A
reestruturação do setor colocou como prioridade a privatização das empresas distribuidoras
de energia elétrica. Foram criados o Operador Nacional do Sistema (ONS), responsável pela
operação do sistema elétrico interligado, e o Mercado Atacadista de Energia (MAE), órgão
responsável pela venda de energia às empresas. Em 1999, a Celpe foi escolhida, pela Asso-
ciação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), como a melhor empresa
distribuidora da Região Nordeste, com base em pesquisa aplicada pelo Instituto Vox Populi,
no Brasil.
Ano 2000
No dia 17 de fevereiro de 2000, a Celpe foi comprada por R$1,7 bilhão pelo Consórcio Gua-
raniana, formado pela Iberdrola Energia, Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco
do Brasil (Previ) e BB Banco de Investimentos S.A. O grupo adquiriu 79,62% do capital social
da empresa e 89,60% do capital ordinário. A Celpe passou a ser administrada pela Iberdrola
e o novo presidente Fernando Arronte logo que tomou posse anunciou investimentos de R$
1,5 bilhão, nos próximos cinco anos, em expansão de rede de distribuição, modernização do
sistema e implantação de uma usina termelétrica. Em 2000, houve uma reestruturação na
Empresa, adaptando-se à nova realidade privada. Para isso, foram investidos R$ 105 milhões
nos segmentos de expansão, modernização e manutenção dos sistemas de geração, sub-
transmissão e distribuição de energia e de telecomunicações, automação das instalações
elétricas, além de modernização das instalações dos prédios, da frota de veículos e do siste-
ma de informática. A Iberdrola procurou melhorar a qualidade dos serviços, passando a per-
seguir normas internacionais de avaliação e desempenho já adotadas por outras compa-
nhias do grupo, que trabalham para atingir metas bem rígidas, entre elas: estabelecer objeti-
vos, melhoria do número de clientes por empregados e indicadores de qualidade total.
Ano 2001
O racionamento de energia marcou o ano de 2001 em todo o Brasil. A Celpe enfrentou o
maior desafio da sua história, apenas 15 meses após a privatização. A empresa se reestrutu-
rou rapidamente, remanejando empregados, contratando mais funcionários terceirizados,
alterando sistemas de informação, além de ampliar o atendimento e investir em comunica-
ção. Apesar das dificuldades enfrentadas, a Celpe investiu R$ 168 milhões em áreas conside-
radas estratégicas, dois milhões a mais do que o previsto para o ano de 2001.
Nesse período, a Celpe executou o maior Programa de Expansão do Sistema Elétrico. Mais
de 200 Km de linhas de transmissão de 69 kV foram inauguradas. Foram automatizadas 29
subestações, localizadas na Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata, Agreste e Sertão.
A empresa alcança o número de 115 subestações no Estado, 100 delas monitoradas através
do Centro de Operações Integradas (COI), no edifício sede, da Av. João de Barros, 111, Boa
Vista.
Ano 2002
Em 2002, a Celpe eletrificou 16.649 propriedades rurais com recursos parcialmente finan-
ciados pelo Programa Luz no Campo, do Governo Federal. Foram construídas mais quatro
subestações: Exu e Pontal Sul, no Sertão do Estado, Seccionadora Prazeres e Beberibe, na
Região Metropolitana do Recife. A empresa também implantou um cadastro técnico de
iluminação pública que atingiu 115 municípios neste ano. Com um investimento de R$ 850
mil, a Celpe aumentou sua rede de fibra óptica em mais 25 km, totalizando 125 km interli-
gando o Estado. Das 121 subestações, 110 estavam automatizadas.
A Celpe realizou mudanças em sua estrutura: reformou as agências de Caruaru, Belo Jardim
e Garanhuns, no Agreste do Estado, e a do bairro da Madalena, no Recife, dando continuida-
de ao objetivo de um padrão de atendimento personalizado. Nesse período, 167 Pontos
Celpe, estabeleciam parcerias com o comércio de pequenas cidades. A Celpe fechou o ano
com o índice de perdas de 19,42% mas intensificou o trabalho de combate às fraudes reali-
zando 219 mil inspeções e blitz integradas em 12 municípios do Estado, além da experiência
piloto - Operação Varredura, no bairro de Pau Amarelo, em Paulista.
Ano 2003
Foi finalizada a implantação do Sistema Comercial (SIC), com investimento de R$ 25 milhões,
permitindo o avanço em todas as funções de atendimento. Em paralelo, a Celpe lançou uma
nova conta de energia com um novo formato gráfico e informações mais completas sobre o
consumo.
Mais uma agência de atendimento foi reformada. Dessa vez, na cidade de Cabo de Santo
Agostinho, beneficiando diretamente 200 mil consumidores. De janeiro a dezembro de
2003, a Celpe conseguiu reduzir o índice de perdas de 19,49% para 17,98%. A diminuição
desse número foi decorrente das 180 mil inspeções feitas com o objetivo de inibir a realiza-
ção de ligações clandestinas. A empresa também investiu em uma campanha publicitária
para conscientizar a população sobre a ilegalidade do macaco.
Outro grande marco do ano 2003 foi a conquista do Certificado NBR ISO 14001, pelos inves-
timentos, tecnologia e gestão ambiental empregados na geração e distribuição de energia
da Usina Tubarão, responsável pelo fornecimento de energia para os três mil habitantes do
Arquipélago Fernando de Noronha, a 545 km do Recife. A Empresa ainda inaugurou, no
local, o Memorial da Energia, um museu que conta a história da energia na ilha, desde o
inicio do século passado com as primeiras iniciativas de eletrificação feitas por italianos da
Companhia Telegráfica Italcable até a presença da Celpe.
Na área social, a Celpe ampliou sua participação em ações e projetos que contribuem com
a melhoria da qualidade de vida não somente no ambiente corporativo, mas também possi-
bilitando sua extensão em benefício da sociedade. Expandiu as atividades da Escola dos
Voluntários, renovou convênio com o Movimento Pró-Criança, firmou parceria com o Institu-
to de Qualidade no Ensino (IQE), entidade sem fins lucrativos que visa contribuir na melhoria
do processo de ensino e aprendizagem nas escolas da rede pública do ensino fundamental
e passou a integrar o Conselho Fundador do Junior Achievement, uma iniciativa inovadora,
na qual crianças e jovens desenvolvem o espírito empreendedor, participando de progra-
mas que vivenciam a realidade do mercado.
O Programa Anual de Eficiência Energética ainda abriu espaço para ações de responsabili-
dade social. Estudantes de todas as regiões do Estado foram treinados para desempenhar a
função de Agente Comunitário, divulgar as ações da empresa na localidade onde residem e
acompanhar sistematicamente, durante um ano, mil unidades consumidoras.
Já o Projeto educacional, Parceiros da Energia, com o objetivo de conscientizar estudantes e
educadores sobre a importância do uso seguro e eficiente da energia, contemplou escolas
do interior do Estado, beneficiando 21 mil estudantes do ensino fundamental de 30 institui-
ções da rede particular e municipal.
Ano 2004
A nova identidade visual da Celpe foi destaque em 2004. A mudança faz parte da estratégia
empresarial da Guaraniana, que passou a se chamar Neoenergia (Previ, Iberdrola e Banco
do Brasil). A nova denominação do Grupo foi escolhida em uma enquete realizada com os
empregados da Celpe e demais empresas controladas pela holding: como as distribuidoras
Coelba (BA) e Cosern (RN), a Hidrelétrica Itapebi Geração de Energia (BA), a Termopernam-
buco (PE) e a comercializadora NC Energia. Na área tecnológica, as subestações de Camo-
cim de São Felix e de Paudalho foram automatizadas e digitalizadas quase que simultanea-
mente. Nesse mesmo período, a empresa reformou as instalações físicas de 11 subestações,
entre elas: Camaragibe, Gloria de Goitá, Paratibe II, Petrolina II, Piparapama, Prata, Quipapa,
Santa Cruz do Capibaribe e as seccionadoras Garanhuns, Petrolina e Tejucupapo. Foram rea-
lizadas obras de recuperação e conservação. O interior do Estado ainda foi beneficiado com
a reforma de duas linhas de transmissão de 69 kilovolts (kV) que passam pelo município de
Toritama, localizado na região do Agreste. O padrão rural das linhas, com 6,5 metros de
altura e poste duplo T, foi substituído pelo padrão urbano, que tem 8,4 metros, além de
postes do tipo circular que ocupam menos espaço e minimizam a poluição visual. Juntas, as
duas linhas somam 3 km de extensão.
Ciente de que o serviço de distribuição precisa de perfeita harmonia com o meio ambiente,
a diretoria da Celpe promoveu dois eventos para debater o tema: o Workshop sobre o
Manejo de Cargas em Fernando de Noronha e o Seminário Nacional sobre Rede de Distri-
buição de Arborização. Ainda no intuito de estabelecer a melhor forma de convívio harmôni-
co entre a rede elétrica e o meio ambiente, a empresa em parceria com a Prefeitura de
Olinda, reformulou o Sítio Histórico da Cidade Patrimônio da Humanidade. Foram instalados
78 lampiões em estilo antigo nas ruas de São Bento e XV de Novembro e no Largo do Vara-
douro. A parceria entre a Celpe e a Prefeitura do município também incluiu a instalação sub-
terrânea da fiação elétrica do Sítio Histórico. O custo dessas mudanças foi orçado em R$ 350
milhões.
Além das atividades culturais, a Celpe patrocinou várias atividades esportivas como o Tor-
neio de Tênis, a Regata Oceânica Internacional Recife/Fernando de Noronha e a feira náutica
Festival Recife-Noronha, no Marco Zero, bairro do Recife e, também, a tradicional Corrida de
Sinos.
Em novembro, a Companhia lançou em cinco instituições do Estado mini-bibliotecas do Pro-
jeto Salas de Leitura, uma iniciativa de caráter social, cultural e educativa, que visa democrati-
zar o acesso ao livro em áreas de baixa renda. As salas foram instaladas no Instituto de Assis-
tência Social (IASC), Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NAAC), Grupo de Ajuda à
Criança com Câncer (GAC), Real Hospital Português de Beneficência, no Recife, e o Hospital
Pedro Antônio Manuel, em Paulista.
Com recursos próprios, a Companhia incentivou duas ações brindando o público pernam-
bucano no final do ano. A peça infantil o Baile do Menino Deus apresentada ao ar livre no
Marco Zero, e o projeto editorial Guia do Recife que aborda a evolução da paisagem natural
e construída da cidade, do século 16 ao século 20.
Ano 2005
Em 2005, a Celpe se mostrou ainda mais eficiente na prestação dos seus serviços aos clien-
tes. O intenso trabalho garantiu à Companhia o Prêmio de Maior Evolução de Desempenho
entre as distribuidoras brasileiras com mais de 400 mil clientes de acordo com o resultado
da edição 2005 do Prêmio da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica
(Abradee). A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) foi a responsável pela apu-
ração dos dados que indicaram as vencedoras. O prêmio Abradee leva em consideração
três critérios: o resultado da pesquisa de satisfação do cliente realizada pelo Instituto Vox
Populi, os indicadores de gestão operacional (DEC/FEC, perdas e inadimplência) e os indi-
cadores de gestão econômico-financeira.
Na área social, a empresa foi Destaque da Região Nordeste do Guia Exame de Boa Cidada-
nia Corporativa 2005. A premiação ocorreu pelo segundo ano consecutivo. Além dessa con-
quista regional, a empresa tem a prática de gestão de Disseminação do Código de Ética Pro-
fissional como destaque do tema Valores e Transparência.
Na Zona da Mata, Agreste e Sertão, a Celpe também colocou em operação três novas
linhas de transmissão. O sistema de fornecimento de energia foi ampliado com a
construção de mais 77 km de linhas de 69 kV. A iniciativa faz parte do Programa de
Expansão com investimento de R$ 8 milhões. As obras beneficiam aproximadamente 300
mil clientes de municípios da Zona da Mata, Agreste e Sertão de Pernambuco e a cidade
de Princesa Isabel, no estado da Paraíba. São duas linhas de transmissão, com 20 km
cada, derivadas da nova subestação Chesf Apolônio Sales, instalada próxima a Estrada
de Aldeia. O objetivo é aumentar o suporte de energia das cidades de Carpina, São
Lourenço da Mata, Nazaré da Mata, Paudalho, Limoeiro, Surubim, Bom Jardim e Glória
de Goitá. Nesta obra, a empresa investiu R$ 4 milhões.
Já a linha Serra Talhada, Flores é a primeira, construída pela Celpe, com cabos páraraios, que
garantem uma maior proteção contra descargas atmosféricas. Ela terá 37 Km de extensão.
Será construída com isolamento para 138 kV, mas vai operar inicialmente com 69kV. O em-
preendimento vai reforçar o sistema elétrico dos municípios de Flores, Afogados da Ingazei-
ra, Tabira, São José do Egito, Custódia (PE), além de Princesa Isabel (PB).
Teleatendimento - A Celpe também fechou contrato de dois anos com a Contax, empresa de
Contact Center do Grupo Telemar, para realizar os serviços de teleatendimento aos clientes.
A nova parceria, formada no início de abril, tornou possível a concentração da localização do
teleatendimento da distribuidora no Estado. Por mês, o teleatendimento da Celpe recebe
cerca de 350 mil ligações.
Novo modelo de fatura - Um novo modelo de fatura que detalha os custos do serviço de
energia elétrica foi lançando pela Celpe em novembro. Agora, a conta apresenta uma
tabela que discrimina os valores relativos à geração, transmissão, distribuição
(remuneração pelo serviço prestado pela empresa), encargos setoriais e tributos
incidentes na tarifa. A impressão do gráfico atende às exigências da Resolução Nº 166 da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Os clientes da Celpe que possuem deficiência visual (cegos ou com baixa visão) passaram a
receber a conta de energia em Braille, sistema de leitura de pontos em relevo. A iniciativa é
fruto de uma parceria entre a Celpe, a Xerox do Brasil e o Centro de Estudos Inclusivos (CEI),
da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). As contas com vencimento em janeiro de
2005 já chegaram às casas dos clientes cadastrados com uma versão Braille anexa.
Combate ao furto de energia - No dia 23 de fevereiro, a Celpe em parceria com a ONG Per-
nambuco contra o Crime e a Secretaria de Defesa Social lançou campanha para identificar
Eletrotraficantes, pessoas especializadas em fazer ligações elétricas clandestinas. Na época
da campanha, Celpe acumulava um índice de perdas em torno de 19%, sendo 9% perdas
técnicas e 10% provenientes do roubo de energia. O prejuízo chegava a R$ 136 milhões, por
ano, repercutindo na revisão tarifária da empresa e no ICMS que deixa de ser arrecadado
pelo Estado. A Celpe e a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) também assina-
ram no dia 29 de dezembro, uma cooperação que visa combater as fraudes e desvios de
energia não só com apoio policial na confirmação das denúncias de furto de energia, mas
principalmente com ações de inteligência e investigação. Com a assinatura do convênio, a
Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (DRCASP),
que coordena todas as atividades de combate ao furto de energia, vai fazer mais investiga-
ções com o apoio do Instituto de Criminalística e das Policias Civil e Militar.
Rede Social - A Celpe atendeu 252 comunidades em 2005 na realização dos projetos Luz no
Empreendedorismo, Redes e Ação Integrada. Todas essas ações integram o Programa
Comunidade Parceira juntamente com os programas Conhecendo a Celpe e Energia sem
desperdício. No Luz no Empreendedorismo, a Companhia atendeu as comunidades de
Nova Liberdade, Buenos Aires, Conjunto Antônio Maria, Mirandiba, Ibimirim, Coelho, Caran-
guejo Tabaiares e Xexéu. O projeto visa estimular a formação de parcerias de pequenas coo-
perativas e associações, promovendo a exploração econômica de atividades comerciais,
culturais ou de pequenas manufaturas que possibilitem a geração de renda e o compromis-
so de adimplência das contas de energia por parte das comunidades.
Outro projeto desenvolvido pela Celpe, com o mesmo objetivo de estimular o progresso, é
a Rede de Energia para o Desenvolvimento Sustentável (Redes). Seu foco é a comunidade
rural de baixa renda. O projeto já foi iniciado na comunidade rural de Santa Isabel, no muni-
cípio pernambucano de Lagoa dos Patos. Em parceria com o Ministério de Minas e Energia,
o Banco do Brasil, a ONG Moradia e Cidadania, dentre outros, será estimulada a criação de
um Centro Comunitário de Produção (CCP) para cultivo, produção e processamento de
Urucum, consorciado com maracujá e hortaliças.
A Companhia tem como meta contribuir para redução da inadimplência e o número de liga-
ções clandestinas entre o segmento. Para alcançar um saldo positivo, a empresa realiza as
Ações Integradas. Ao longo de 2005, foram realizadas ações nos bairros de Rio Doce, Ma-
ranguape, Piedade e Estância. Em 2005, foram realizados 25 encontros no programa Conhe-
cendo a Celpe com representantes de Comunidades Especiais. Cerca de 500 líderes comu-
nitários participaram de palestras, apresentação de filmes, dinâmica de grupo, concurso de
trabalhos e sorteio de brindes. Já no programa Energia sem Desperdício, as atividades
desenvolvidas tratam do uso seguro e eficiente da energia. Nesse ano foram promovidos
555 encontros em comunidades especiais. A Celpe promoveu, em parceria com o Instituto
Ethos, reunião com dez empresas pernambucanas no Recife. O objetivo do encontro foi sen-
sibilizar as empresas para que a responsabilidade social seja inserida na gestão dos negó-
cios.
Ano 2006
Nesse ano, a Celpe continua empenhada em melhorar a qualidade da gestão social da em-
presa, que é um marco na história de Pernambuco. O comprometimento com a sustentabili-
dade motiva as ações da Companhia em direção aos resultados que a sociedade espera
obter da participação do segmento empresarial.
A distribuição de energia, promovida pela Celpe no ano de 2006, foi de 8.509 Gwh, o que
representa um crescimento de 3% em relação ao ano anterior. Já o mercado livre demandou
a entrega de 675 Gwh, representando um crescimento de 55,7% em relação ao mesmo ano.
No quesito venda de energia, a Companhia determinou neste ano o consumo de energia
faturada de 7.834 Gwh. Comparando com o ano anterior, houve uma redução de 0,3% prin-
cipalmente por conta da migração de clientes para o mercado livre. Um total de R$ 2,841
milhões foi o número da receita do fornecimento de energia da Celpe.
Prêmios – A Celpe obteve reconhecimento por sua gestão socialmente responsável e pela
contribuição ao crescimento econômico de Pernambuco. Dentre eles, o Selo Ibase Betinho,
reconhecimento do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) pela publi-
cação do Balanço Social de 2005; Empresa Amiga da Criança, concedida pela Fundação
Abrinq pelo estímulo aos direitos da criança e adolescente, que vão desde o combate ao
trabalho infantil até respeitar o jovem trabalhador, não empregando menores de 18 anos em
atividades noturnas, perigosas ou insalubres. A Companhia ganhou o título de Empresa--
modelo do Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa e o prêmio Abradee de Responsabili-
dade Social. O Governo do Estado em parceria com o Sistema Jornal do Commercio ainda
premiou a Celpe em 2006 por ser o maior contribuinte de ICMS de Pernambuco. A empresa
ainda obteve as certificações da ABNT NBR ISO 14001:2004 e NBR ISO 9001:2000.
Ano 2006
Em 2007, a empresa, preocupada como uso consciente da energia, o equilíbrio econômico--
financeiro da empresa e uma composição tarifária mais justa, atuou fortemente com um Pro-
grama de Redução de Perdas Comerciais. A meta era superar os grandes desafios globais,
consciente dos impactos de suas ações nos cenários locais.
Em 2007, a empresa, preocupada como uso consciente da energia, o equilíbrio econômico--
financeiro da empresa e uma composição tarifária mais justa, atuou fortemente com um Pro-
grama de Redução de Perdas Comerciais. A meta era superar os grandes desafios globais,
consciente dos impactos de suas ações nos cenários locais.
A Celpe encerrou o ano com lucro líquido de R$ 311,5 milhões, com 43% superior ao obtido
em 2006. O Ebtida (geração de caixa operacional) de R$ 584,1 milhões, representou um
avanço de 35,8% em relação ao ano anterior. A Receita Operacional Líquida evoluiu R$ 1,87
bilhão para R$ 1,99 bilhão, uma elevação de 6,5%. O mercado cativo de fornecimento regis-
trou uma elevação de 4,57% em relação a 2006, e houve um crescimento da energia circula-
da no Estado de 5,9%. A base de clientes se elevou para 2,8 milhões, um acréscimo de 3%.
Ano 2008
A Celpe alcança 100% dos clientes urbanos de sua área de concessão. É criado o Comitê de
Responsabilidade Social na Celpe e no Grupo Neoenergia. Reconstrução da Usina de Tuba-
rão, no distrito de Fernando de Noronha, que está apta a operar com biodiesel. A Empresa
coordenou a 18ª edição do Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (Sendi),
realizada em Pernambuco, o maior evento do setor de energia elétrica do País, com a partici-
pação de mais de 3,3 mil pessoas.
Ano 2009
A empresa se submete ao segundo ciclo de revisão tarifária periódica. Amplia, após a priva-
tização, o atendimento e o número de consumidores de 1,9 milhões para 3 milhões. No atual
cenário, a Celpe mantém a constante busca por eficiência e qualidade, com ética, compro-
misso socioambiental, contribuindo para o desenvolvimento de Pernambuco e do Brasil.
Ano 2010
A Celpe chega aos 45 anos de fundação, dez dos quais, sob o controle do Grupo Neoener-
gia. Em abril, após autorização da Aneel, a empresa aplica uma redução média de 8,7% na
tarifa de energia dos pernambucanos. No mesmo ano, a agência de classificação de risco
Standard & Poor's concede à Neoenergia o grau de investimento em escala global e eleva o
conceito da Celpe, que cresce duas posições. A evolução para BB+\Stable na Escala Global
e brAA+\Estável na Escala Nacional Brasil coloca a concessionária pernambucana a um
passo da avaliação máxima.
Ano 2011
A Celpe conquista grau de investimento da agência Standard & Poor´s e se torna a primeira
empresa de origem pernambucana a obter a classificação de risco em escala internacional.
A classificação da Celpe passou de ‘BB+’ para ‘BBB-‘ na Escala Global e ‘brAA+’ para ‘brAAA’
em Escala Nacional Brasil.
Ano 2012
A empresa anuncia a construção da primeira usina solar fotovoltaica do Estado. A Usina Solar
São Lourenço da Mata, instalada ao lado da Arena Pernambuco, entrou em operação em
novembro de 2013. A unidade com potência instalada de 1 megawatt pico (MW/p), capaci-
dade suficiente para gerar 1.500 MW/h por ano, equivale ao consumo de seis mil habitantes.
Ano 2013
A concessionária passa pelo terceiro ciclo de Revisão Tarifária, realizado periodicamente
pela Aneel com todas as distribuidoras de energia elétrica do país. Em Pernambuco, esse
processo ocorre a cada quatro anos. A empresa supera a marca de 3,2 milhões de clientes
em sua área de concessão, mantando o compromisso de com o desenvolvimento do Estado.
Ano 2014
Com foco na sustentabilidade e preservação ambiental da Ilha de Fernando de Noronha, a
Celpe inaugura a primeira usina solar fotovoltaica do arquipélago. Situada no Comando da
Aeronáutica, em um terreno de 5.000 m², a Usina Solar Noronha I tem potência instalada de
400 kWp (quilowatt-pico), o que resulta na geração estimada de 600 MWh/ano, cerca de 4%
do consumo da ilha.
Ano 2015
A Celpe completa 50 anos com os mais de 3,4 milhões de clientes atendidos pelo inovador
sistema de leitura e faturamento da conta de energia. O procedimento permite a e missão
imediata da fatura após a coleta do consumo. Ao longo das cinco décadas, a empresa vem
investindo em segurança, mordenização dos seus processos, ampliação da rede e na susten-
tabilidade.
Ano 2016
A empresa realiza o maior investimento financeiro, em mais de 50 anos de história da distri-
buidora. O montante – R$ 820 milhões – é destinado a obras de ampliação da rede, manu-
tenção, automação e modernização do sistema elétrico, além da construção de 10 subesta-
ções, distribuídas na capital e no interior do Estado.