Instituto Federal de Educação - Artigo
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CAMPUS CAXIAS
VIANA-MA
2024
OS DESAFIOS DA INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR
Viana-MA
2024
RESUMO
Este trabalho trata sobre os desafios da inclusão no ambiente escolar viando várias
barreiras a serem vencidas, sobre inúmeros paradigmas vivenciados pelos profissionais da
área da educação. Este visa identificar também as principais dificuldades encontradas pelos
professores para lidar com a inclusão no ambiente escolar, entendo que este ainda, não se
encontra devidamente adequado para este processo. Foi realizado uma pesquisa sobre o
AEE, e algumas entrevistas com professores do regular que possui em suas salas, casos
de inclusão. Através da pesquisa temos inúmeros fatores que direcionam que a maioria das
instituições de ensino e profissionais de educação, não estão preparados para trabalhar
com alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem.
This work deals with the challenges of inclusion in the school environment, seeing several
barriers to be overcome, about numerous paradigms experienced by professionals in the
field of education. This also aims to identify the main difficulties encountered by teachers in
dealing with inclusion in the school environment, I understand that it is not yet properly suited
for this process. A survey was carried out on AEE, and some interviews with regular teachers
who have cases of inclusion in their classrooms. Through research, we have numerous
factors that indicate that most educational institutions and education professionals are not
prepared to work with students who have learning difficulties.
Nos últimos anos o Brasil tem avançado consideravelmente em sua legislação, tendo
como finalidade garantir a todos os seus alunos o acesso à educação. A partir de leis,
Decretos e resoluções, os sistemas de ensino vêm sendo orientados quanto a atuação
regular. Podemos destacar como os documentos mais recentes a Política Nacional de
Educação Inclusiva 9Brasil, 2008) e o Decreto de n° 7.611, de 17 de novembro de 2011,
entre outros.
Nesse sentido, a escola fundamentada nos princípios inclusivos precisa ser
organizada para todos os alunos e capaz de reconhecer e valorizar as diferenças. Faz-se
necessário reconhecer que todos são diferentes e que apresentam ritmos de aprendizagens
individuais e isso provoca rupturas no modelo tradicional de ensino. Portanto, essas
mudanças residem especialmente na necessária transformação do ensino para atender
qualquer aluno, independentemente de suas condições intelectuais, físicas e sensoriais.
O processo da inclusão escolar trata-se de uma integração da comunidade em meia
diversidade existente, tendo como suporte os profissionais da educação, os pais e
familiares de alunos com deficiência, tendo como pano de fundo o ser humano como
singular e o único deixando de lado um padrão que é preestabelecido por uma sociedade.
Ao reportarmos ao processo de inclusão entende-se que este é gradual e interativo,
pois se faz necessário a aceitação do tempo que o indivíduo demora a adquirir o
conhecimento. Este processo traz em sua essência o respeito, a singularidade de cada ser
humano, dando aos mesmos, suporte para responder os mesmos questionamentos
pertinentes ao processo.
A partir dessa compreensão da escola regular como ambiente de inclusão das
pessoas com deficiência, o tema desta investigação tem como foco analisar a prática
pedagógica do professor e os desafios encontrados em suas salas de aula com os alunos
com deficiência, no que se refere ao seu desenvolvimento cognitivo.
Ao longo do desenvolvimento deste trabalho, trará um panorama sobre a inclusão,
integração, mostrando as diferenças primordiais desses conceitos que vão a contramão da
inclusão.
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2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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sua essência uma normalidade, esse é um grande valor estabelecido por esta que em
muitos momentos permanece relutante.
Para Lima (2006), a normalidade mostra-se por sua sincronicidade histórica,
regional, social abrangendo esferas mundiais. Entende-se por atos excludentes. Esta tem
sua fundamentação na diversidade, pois essa vem tentando transmitir um pensamento de
respeito à diferença entre todos os indivíduos. Partindo dessa perspectiva temos um grande
paradigma quando nos reportamos a inclusão escolar, sobre este podemos tecer inúmeros
questionamentos, pois este ambiente que é tão heterogêneo tem em seu entendimento o
aluno ideal e não o real.
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Bruner (2001), afirma que é apenas uma pequena parte do modo de uma cultura. As
crianças em suas formas canônicas, isto é, nos comportamos que são socialmente
esperados por uma sociedade.
Compreende-se a escola como um ambiente que proporciona um desenvolvimento
ao sujeito que nela esteja inserido, criando no mesmo, uma autonomia, tornando o mesmo
participante de uma sociedade, como indivíduo ativo em suas ações que futuramente
tomará muitas decisões que definirá sua participação em um nincho como singular.
A sociedade em sua essência possui seus atributos, tendo estes incutidos em sua
maneira de pensar e agir, possuindo uma enorme força que contagia várias instituições, a
permanecerem firme, em suas crenças, culturas e convicções assim criando estigmas a
serem vencidos dificultando uma aceitação do diferente.
Nos últimos tempos muito tem se falado sobre inclusão, e vários métodos para se
trabalhar com ela, visando uma inserção de crianças com deficiência. Mas há uma
necessidade de refletir sobre o processo educacional, sendo que este, ainda atravanca
muito a aprendizagem dessas crianças. A este respeito, Bruner (2001, p.38) afirma que:
2.3 – CONCLUSÃO
Para que o processo de inclusão aconteça, são necessários vários fatores, estes que
são ligados diretamente à educação e fatores que estão indiretamente ligados e tem uma
grande influência no processo. Temos o professor como grande pilar sustentador da
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inclusão, pois este tem a sua funcionalidade e responsabilidade como facilitador e promotor
de ambientes significativos para todos os indivíduos da aprendizagem.
Mas é real o despreparo dos profissionais da educação quando se refere a criança
com deficiência, pois estes são apegados aos estigmas causando uma dificuldade em
muitos casos de aceitação, criando rótulos e suscitados preconceitos causando
instabilidade sobre o novo. Pensando na figura do professor este tem que garantir a
aprendizagem de todos os alunos com ou sem deficiência.
Segundo Mantoan (2003, p.97), “a educação inclusiva se tratando de um processo
que está a todo tempo em construção, deve ser entendida como uma tentativa a mais de
entender e compreender as dificuldades de aprendizagem de qualquer aluno no sistema
educacional e com um meio de garantir que os alunos”, que de alguma forma apresentem
alguma deficiência, tenham mesmos direitos que os outros, ou seja, os mesmos direitos
dos seus colegas que participam do ambiente escolar do ensino regular.
O educador é aquele, que diariamente em sua prática docente faz uma construção
de conhecimento, assim ampliando o conhecimento dos indivíduos da aprendizagem. É
necessário que o mesmo faça um diagnóstico de seu trabalho, para que este não se tome
alienante e prejudique a escola por suas práticas tradicionais.
Segundo Figueira (1995), entendo que o ser humano não faz parte de um sistema
fragmentado onde este, é parte do princípio de ser integral. Sendo que suas palavras tratam
de expressões verbais de imagens que são consideradas e construídas pelo ser humano
como ser global.
A qualificação de professores elas passam não apenas por uma mudança de
metodologia, ou didática dentro de sala, pois o educador faz parte de um ambiente onde
este tem a sua volta várias pessoas que têm papéis que necessitam de uma
conscientização para que os desafios da inclusão sejam apresentados com maior preparo
e competência em unidades escolares.
Para tanto, é importante eles compreendam e reflitam sobre o contexto sócio-
histórico da exclusão e o da proposta de inclusão. Além disto, que possuam no mínimo o
domínio básico de conhecimentos que auxiliem a se aproximarem das pessoas com
deficiência, no sentido de integrarem com elas possibilitando um primor na recepção,
obtendo assim subsídios para atuarem de uma forma pedagógica. (Lima,2002, p. 122)
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REFERÊNCIAS
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