Volume Único - Projeto Exec. - Rio Tapirapé - Tomo 01.02
Volume Único - Projeto Exec. - Rio Tapirapé - Tomo 01.02
Volume Único - Projeto Exec. - Rio Tapirapé - Tomo 01.02
PONTE DE CONCRETO
PRÉ-MOLDADO PROTENDIDO
PROJETO EXECUTIVO
CUIABÁ/MT
Agosto 2020
ESTADO DE MATO GROSSO
PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE DO NORTE
PROJETO EXECUTIVO
CUIABÁ/MT
Agosto 2020
1
1.0 - ÍNDICE
2
INDICE
2.0 - APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 5
3.0 - MAPA DE SITUAÇÃO................................................................................................... 7
4.0 – ESTUDOS ....................................................................................................................... 9
4.1 – ESTUDOS TOPOGRÁFICOS ............................................................................................ 10
4.2 – ESTUDOS HIDROLÓGICOS ............................................................................................. 12
4.3 – ESTUDOS GEOTÉCNICOS ............................................................................................... 40
5.0 – INFORMAÇÕES DO PROJETO ............................................................................... 44
6.0 – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS ..................................................................... 46
7.0 – PROJETO DE EXECUÇÃO..................................................................................... 124
8.0 – MEMÓRIA DE CÁLCULO DE ESTRUTURAS .................................................... 136
9.0 – MEMÓRIA DE CÁLCULO DOS QUANTITATIVOS ............................................ 177
10.0 – DECLARAÇÃO DE ALÍQUOTA E DA BASE DE CÁLCULO DO ISS .......... 191
11.0 – B.D.I. .......................................................................................................................... 193
11.1 – B.D.I. SEM DESONERAÇÃO ........................................................................................ 194
11.2 – B.D.I. COM DESONERAÇÃO ....................................................................................... 196
12.0 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA GERAL............................................................... 198
13.0 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA SEM DESONERAÇÃO ................................... 203
14.0 – CRONOGRAMA FÍSICO - FINANCEIRO ........................................................... 208
15.0 – ADMINISTRAÇÃO LOCAL SEM DESONERAÇÃO ......................................... 210
15.1 – COMPOSIÇÃO DE CUSTO DA PARCELA FIXA COMPLEMENTAR DA
ADMINISTRAÇÃO LOCAL ........................................................................................................ 211
15.2 – COMPOSIÇÃO DE CUSTO DA PARCELA VINCULADA COMPLEMENTAR DA
ADMINISTRAÇÃO LOCAL ........................................................................................................ 213
15.3 – COMPOSIÇÃO DA PARCELA DE MANUTENÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS E
ACAMPAMENTOS ...................................................................................................................... 215
15.4 – RESUMO DAS PARCELAS DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL PARA OAE ............ 217
16.0 – CANTEIRO DE OBRAS SEM DESONERAÇÃO .............................................. 219
17.0 – CANTEIRO DE OBRAS - PROJETO PADRÃO DNIT ..................................... 225
18.0 – MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA S/DES............. 240
19.0 – MOBILIZAÇÃO E DESM. DE EQUIPAMENTOS RODANTES ...................... 242
20.0 – MOBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE GRANDE PORTE ....................... 244
21.0 – QUADRO RESUMO DAS DMT DE MATERIAIS (INSUMOS) ........................ 246
22.0 – COTAÇÕES DE MATERIAIS PÉTREOS E PASSAGEM ............................... 248
23.0 – CURVA ABC DE MATERIAIS .............................................................................. 252
3
24.0 – CURVA ABC DE SERVIÇOS ............................................................................... 255
25.0 – PLANILHA BINÔMIO ............................................................................................. 259
26.0 – DIAGRAMA LINEAR .............................................................................................. 261
27.0 – COMPOSIÇÕES SEM DESONERAÇÃO ........................................................... 263
28.0 – RELAÇÃO DE EQUIPE MÍNIMA ......................................................................... 314
29.0 – RELAÇÃO DE EQUIPAMENTO GERAL ........................................................... 316
30.0 – RELAÇÃO DE EQUIPAMENTO MÍNIMO........................................................... 319
31.0 – PLACA DE SINALIZAÇÃO ................................................................................... 321
31.1 – SINALIZAÇÃO CONSTRUÇÃO.................................................................................... 322
31.2 – SINALIZAÇÃO OBRA .................................................................................................... 324
32.0 – ART ............................................................................................................................ 326
33.0 – TERMO DE ENCERRAMENTO ........................................................................... 330
4
2.0 - APRESENTAÇÃO
5
2.0 – APRESENTAÇÃO
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3.0 - MAPA DE SITUAÇÃO
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8
4.0 – ESTUDOS
9
4.1 – ESTUDOS TOPOGRÁFICOS
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4.2 – ESTUDOS HIDROLÓGICOS
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4.3 – ESTUDOS GEOTÉCNICOS
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5.0 – INFORMAÇÕES DO PROJETO
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5.1 - IDENTIFICAÇÃO
Rodovia: MT 550
Trecho: Entr. BR 158 – Entr. MT 412
Local: Rio Tapirapé
Extensão: 60,55 m
Largura: 8,80 m
Área: 532,84 m²
5.3 - INFRAESTRUTURA
A fundação adotada em função dos resultados das sondagens, foi do tipo tubulões
com diâmetro de 140 cm, com alargamento de base em uma profundidade com boa
capacidade de suporte.
5.4 - MESOESTRUTURA
A mesoestrutura será composta por travessas de apoio em concreto armado, desti-
nadas a apoiar as vigas pré-moldadas com auxílio de aparelhos de apoio de neo-
prene fretado.
5.5 - SUPERESTRUTURA
A superestrutura é constituída por um sistema estrutural integral composto de dois
vãos de 29,50 m em vigas pré-moldadas protendidas, com a geometria de um I, ten-
do como trem tipo o de 45 t.
A seção transversal tem a dimensão de 8,80 m assim distribuídos: 8,00 m de pista
livre, 2 barreiras tipo “New Jersey” de 0,40 m.
45
6.0 – ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS
46
NORMA DNIT 116/2009 – ES
Pontes e viadutos rodoviários – Serviços preliminares - Especifica-
ção de serviço
Resumo
Este documento define a sistemática empregada na execução de serviços preliminares na construção
de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado. São também apresentados os requisitos con-
cernentes ao exame do projeto e especificações, à localização da obra e ao preparo do terreno, aos
levantamentos topográficos, à locação da obra, ao projeto e execução do canteiro de obras, aos ma-
teriais, equipamentos, inclusive plano de amostragem, condicionantes ambientais, controle de quali-
dade, condições de conformidade e não-conformidade e os critérios de medição dos serviços.
Sumário
Prefácio 6 Condicionantes ambientais
1 Objetivo 7 Inspeções
2 Referências normativas 8 Critério de medição
3 Definições Anexo A (Informativo) Bibliografia
4 Condições gerais Índice geral
5 Condições específicas
Prefácio
A presente Norma foi preparada pelo Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR/DIREX, para servir
como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os Serviços Preliminares
na construção de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado. Está formatada de acordo com a
Norma DNIT 001/2009 – PRO, cancela e substitui a Norma DNER-ES 329/97.
1 Objetivo
Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis para a viabilização do início da construção
de pontes e viadutos rodoviários.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edi-
ções mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6494 - Segurança nos andai-
mes. Rio de Janeiro.
b) ______. NBR 6497 - Levantamento geotécnico. Rio de Janeiro.
c) ______. NBR 7190 - Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro.
d) ______. NBR 12284 - Áreas de vivência em canteiros de obras. Rio de Janeiro.
e) BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 001/2009-PRO- Ela-
boração e apresentação de normas do DNIT - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.
f) ______. DNIT 011/2004 - PRO - Gestão da qualidade em obras rodoviárias - Procedimento.
Rio de Janeiro: IPR, 2004.
g) ____________. DNIT 070 - PRO – Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras -
Procedimento. Rio de Janeiro: IPR.
h) ____________. DNIT 104 - ES – Terraplenagem – Serviços preliminares - Especificação de
serviço. Rio de Janeiro: IPR.
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, são adotadas as definições seguintes:
47
3.1 Serviços preliminares
Atividades necessárias ao início da construção de uma obra.
4 Condições gerais
Antes do início das obras, há uma série de providências, mínimas, que devem ser tomadas:
• Visita ao local da obra para conhecimento e confirmação de dados importantes para o desen-
volvimento do empreendimento: clima, salubridade, disponibilidade de mão-de-obra, facilida-
des de acesso, enchentes de rios próximos e outros específicos da obra;
• Verificação da disponibilidade de área adequada para localização de um canteiro de obra,
como definido na subseção 3.2;
• Revisão do projeto e das especificações;
• Levantamento dos equipamentos necessários, dos disponíveis e dos que devem ser adquiri-
dos ou locados.
5 Condições específicas
5.1 Dados gerais
Para que a construção da obra seja conduzida no prazo previsto e dentro do orçamento é necessário
um planejamento com o conhecimento dos seguintes itens, mínimos:
• Identificação das atividades específicas e a ordem de precedência destas atividades;
• Adequado sequenciamento das atividades, propiciando a conclusão da obra no prazo previ-
amente fixado;
• Prazo para entrega dos materiais e instalação dos equipamentos;
• Classificação e número de operários e técnicos e períodos de tempo em que serão necessá-
rios;
• Definição das necessidades do canteiro de obras;
• Programação de desembolsos e eventuais financiamentos necessários.
5.2.2 Instalações
Definidas as necessidades do canteiro de obras, cabe ao executante providenciar instalações ade-
quadas para almoxarifado, alojamento e alimentação de funcionários, oficinas, depósito de materiais
e combustíveis, preparo de fôrmas e armações, produções de concreto e fabricação de pré-
moldados, se houver, e centro médico para atendimento de urgência.
As instalações devem ser executadas em compartimentos independentes e os alojamentos devem
dispor de energia elétrica, de água corrente e de esgotos sanitários.
Algumas disposições devem ser adotadas para o bom funcionamento do canteiro de obras:
• O arranjo das diversas áreas deve ser tal que o tempo necessário para deslocar materiais das
áreas de estocagem até o local da construção seja o menor possível;
• Materiais similares devem ser estocados em locais próximos.
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5.3 Remoção de obstáculos
Os obstáculos que impeçam a boa execução dos serviços devem ser removidos pelo executante e o
material resultante transportado para locais previamente determinados, a fim de minimizar os danos
inevitáveis e possibilitar a posterior recuperação ambiental.
6 Condicionantes ambientais
Os serviços preliminares, que incluem o canteiro de obras, com seus acessos e a inevitável remoção
de obstáculos, são os que mais podem prejudicar a preservação do meio ambiente.
O atendimento da Norma DNIT 070/2006 – PRO: Condicionantes ambientais das áreas de uso de
obras: procedimento, das recomendações pertinentes constantes da subseção 5.1.2 do Manual para
Atividades Ambientais Rodoviárias, do DNIT, (IPR Publ. 730) e das prescrições resumidas indicadas
a seguir, minimiza as agressões ao meio ambiente, concernentes aos Serviços Preliminares:
• Evitar a realização de serviços em Área de Preservação Permanente;
• Dependendo do vulto da construção, pode ser necessário mobilizar uma área considerável
para instalar o canteiro de obras; esta área deve ser preparada sem utilizar queimadas, como
forma de desmatamento, e sem obstruir eventuais cursos d’água existentes;
• Os esgotos, de utilização temporária, não devem ser lançados “in natura” nos cursos d’água;
dependendo do vulto e duração da obra, devem ser usadas fossas sépticas ou pequenas es-
tações de tratamento primário de esgoto;
• Após a conclusão da obra, a área utilizada deve ser limpa, removendo-se todos os vestígios
da utilização para a construção;
7 Inspeções
7.1 Controle dos insumos
Realizar o controle dos serviços preliminares executados com base, principalmente, em dados cons-
tantes do Manual de Projeto de Obras-de-Arte Especiais do DNER (IPR. Publ. 698), de 1996, estabe-
lecendo as tolerâncias admitidas.
8 Critério de medição
Os serviços preliminares devem ser medidos de acordo com as condições estabelecidas no contrato.
49
NORMA DNIT 121/2009 - ES
Pontes e viadutos rodoviários – Fundações Especificação de servi-
ço
Resumo
Este documento define a sistemática adotada na execução dos diversos tipos de fundações de pon-
tes e viadutos rodoviários de concreto armado.
São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, inclusi-
ve plano de amostragem e ensaios, condicionantes ambientais, controle de qualidade, condições de
conformidade e não conformidade e os critérios de medição dos serviços.
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Condições gerais
5 Condições específicas
6 Condicionantes ambientais
7 Inspeções
8 Critérios de medição
Anexo A (Normativo) – Relatório de cravação de estacas
Anexo B (Informativo) Bibliografia
Índice geral
Prefácio
A presente Norma foi preparada pelo Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR/DIREX, para servir
como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de execução e
controle da qualidade dos vários tipos de fundações em pontes e viadutos rodoviários de concreto
armado.
Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 – PRO, cancela e substitui a Norma DNER-
ES 334/97.
1 Objetivo
Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis para controle, execução e aceitação de fun-
dações de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edi-
ções mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122 - Projeto e execução de
fundações. Rio de Janeiro.
c) _____. NBR 6489 - Prova de carga direta sobre terreno de fundação. Rio de Janeiro.
50
f) _____. NBR 8681 - Ações e segurança nas estruturas - Procedimento. Rio de Janeiro.
g) _____. NBR 8800 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios. Rio de Janeiro.
k) _____. NBR 9604 - Abertura de poço e trincheira de inspeção em solo com retirada de amos-
tras deformadas e indeformadas. Rio de Janeiro.
l) _____. NBR 9820 - Coleta de amostras indeformadas de solos de baixa consistência em fu-
ros de sondagens - Procedimento. Rio de Janeiro.
s) _____. DNIT 070-PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimen-
to. Rio de Janeiro: IPR.
v) _____. DNIT 118 - ES - Pontes e viadutos rodoviários – Armaduras para concreto armado -
Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.
3 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes:
3.1 Fundações
Parte da ponte ou viaduto destinada a transmitir ao solo os esforços provenientes do peso próprio e
das cargas atuantes. São executadas em concreto, aço ou madeira e classificadas conforme a pro-
fundidade de assentamento em fundações superficiais ou profundas.
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3.2 Fundações superficiais
Também denominadas fundações diretas, assentes em profundidades inferiores a 1,50 m e maiores
duas vezes que a menor dimensão de sua base, exceto as fundações apoiadas diretamente na ro-
cha, que podem ter profundidade menor que 1,50 m. São os blocos, as sapatas e os “radies”.
3.4 Estacas
Elementos estruturais longos e esbeltos, executados mediante cravação sob a ação de repetidas
pancadas, produzidas através da queda de um peso ou por escavação, ou ainda, moldadas no local.
3.5 Tubulões
Peças cilíndricas, que podem ser executadas a céu aberto ou sob ar comprimido e ter ou não a base
alargada. Podem ser executadas sem ou com revestimento, de concreto ou aço, neste caso a camisa
pode ser perdida ou recuperada.
3.6 Caixão
Elemento de forma prismática, concretado na superfície e instalado por escavação interna. Usa-se ou
não ar comprimido, podendo ter ou não a base alargada.
4 Condições gerais
O termo fundação é usado para designar a parte da estrutura que transmite ao solo seu peso próprio,
o peso da estrutura e todas as forças que atuam sobre a mesma.
A função de uma fundação adequadamente projetada é suportar as cargas que atuam sobre ela e
distribuí-las de maneira satisfatória sobre a superfície do solo que a sustenta, o que implica na acer-
tada escolha do tipo de fundação e na profundidade de seu assentamento.
Os elementos coletados para a definição das fundações, por mais detalhados que possam ser não
merecem uma confiança total; a mecânica dos solos não é uma ciência exata ou, pelo menos, não
tão exata quanto à das estruturas, de concreto ou de aço. É indispensável que os engenheiros res-
ponsáveis pelo projeto e pela execução das fundações sejam experientes e tenham sólidos conheci-
mentos de mecânica dos solos.
5 Condições específicas
5.1 Material
5.1.1 Concreto
Deve satisfazer à Norma DNIT 117/2009 – ES – Pontes e viadutos rodoviários – Concretos, argamas-
sas e calda de cimento para injeção e apresentar qualidades outras, tais como: permeabilidade, es-
tanqueidade, compatibilidade com a agressividade do meio ambiente, exposição ou confinamento,
presença de água etc.
5.1.2 Aço
O aço empregado nas armaduras deve estar de acordo com a Norma DNIT 118/2009 – ES – Pontes
e viadutos rodoviários – Armaduras para concreto armado - Especificação de serviço. Também po-
dem ser empregados perfis e chapas de aço na confecção de estacas e tubulões. Qualquer material
escolhido deve sempre atender às indicações do projeto.
52
5.1.3 Madeira
A madeira, quando considerada material integrante das fundações, deve ser sempre a madeira de lei,
de primeira qualidade, e deve ser protegida contra o ataque de organismos. Usar outro tipo de madei-
ra somente em serviços provisórios, tais como escoramento de cava e estacas de escoramento.
5.1.5 Argamassa
A argamassa deve ser de cimento e areia e deve resistir às tensões indicadas no projeto. Para assen-
tamento das alvenarias de pedra indica-se o traço em volume de cimento e areia de 1:3. Em casos
especiais, tais como recebimento de armadura, a relação em peso água/cimento, em peso, não deve
exceder 0,50.
5.2 Equipamento
A natureza, capacidade e quantidade do equipamento utilizado dependem do tipo do serviço a execu-
tar. O executante deve apresentar a relação detalhada do equipamento a ser empregado em cada
obra. São de uso obrigatório, dependendo do serviço, os seguintes equipamentos: bate-estacas; mar-
telo de gravidade, automáticos ou vibradores; perfuratriz; gerador e equipamentos para escavação de
estacas e injeção de argamassa; campânulas; compressores; guinchos; e betoneira de, no mínimo,
320 litros ou central de concreto.
5.3 Execução
5.3.1 Locação
A escavação para fundação deve ser feita em conformidade com o alinhamento, cotas e profundida-
des indicadas no projeto. Sempre que necessário, devem ser feitas sondagens complementares de
reconhecimento do subsolo.
Não é permitido reaterro de qualquer natureza para compensar escavações feitas além do limite da
fundação. Caso ocorra, a regularização do excesso deve ser realizada com concreto, de resistência
compatível com a fundação, após verificação da estabilidade para novas condições. Nas escavações
a céu aberto é vedada a escavação além de um metro das faces externas da fundação, a menos que
expressa no projeto.
No nível definitivo de implantação da fundação, a rocha ou o material firme encontrado deve ficar
isento de todo material solto. Nas fundações em areia ou pedregulho, ou moledo (solo concreciona-
do), o terreno deve ser cortado segundo uma superfície horizontal, plana e firme. No caso de rocha,
esta deve ser cortada conforme indicação do projeto, devendo ser todas as fendas limpas e preen-
chidas com material apropriado.
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5.3.3 Blocos, sapatas e “radies”
Os blocos, sapatas e “radies” devem ser concretados, sempre que possível, a seco. Quando a con-
cretagem for sob água, devem ser seguidos os critérios estabelecidos na alínea “e” da subseção 5.3.1
da Norma DNIT117/2009 – ES - Pontes e viadutos rodoviários – Concretos, argamassas e calda de
cimento para injeção - Especificação de serviço. De modo geral, os blocos e sapatas devem ser exe-
cutados sobre um leito para regularização do terreno, de concreto simples (C 10), com pelo menos 5
cm de espessura.
Todos os espaços escavados e não ocupados pela estrutura devem ser preenchidos com solos isen-
tos de materiais orgânicos e o reaterro executado em camadas compactadas com equipamento de
pequeno porte ou manualmente, colocadas uniformemente em torno dos elementos estruturais.
5.3.4 Estacas
a) Estacas de madeira
É desaconselhável o emprego de estacas de madeira em fundações de pontes e viadutos rodoviá-
rios, ficando as mesmas limitadas às fundações de escoramentos e de pontes de serviços.
Podem ser empregadas nas fundações das pontes e viadutos rodoviários, somente quando indicado
no projeto e forem encontradas condições satisfatórias sobre a conveniência de tal medida. Neste
caso, em fundações definitivas, devem ter seus topos e cota de arrasamento abaixo do nível d’água
permanente, sendo a exigência dispensada em obras provisórias.
As emendas devem ser evitadas, bem como a sua cravação em terrenos com matacões.
b) Estacas de aço
Podem ser constituídas por perfis laminados ou soldados, simples ou múltiplos, tubos de chapas do-
bradas, tubos sem costura e trilhos. As emendas devem oferecer a maior resistência possível e, neste
caso, executadas de acordo com os detalhamentos do projeto executivo. Devem ser praticamente
etilíneas e resistir à corrosão, pela natureza do aço ou por tratamento adequado, relacionado com o
solo a atravessar. Havendo segmento exposto ou cravado em aterro com materiais capazes de atacar
o aço, proteger com um encamisamento de concreto, pintura, proteção catódica etc.
As estacas tubulares de aço, geralmente constituídas de chapas calandradas e soldadas, segundo a
geratriz do cilindro, devem apresentar, de preferência, extremidade inferior fechada. O concreto utili-
zado deve apresentar resistência característica mínima de 12 MPa (120 kgf/cm²), armado ou não,
conforme indicado no projeto.
As estacas metálicas constituídas por trilhos devem ter seu emprego evitado. No caso de se utilizar,
somente são recomendáveis as compostas por três trilhos soldados pelos patins. A carga admissível
deve ser considerada com uma redução de 25% em relação às estacas de seção equivalente, com-
postas de perfis metálicos.
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transporte, armazenamento e colocação na posição de cravação nas guias dos bate-estacas, deve
impedir qualquer fratura ou estilhaçamento do concreto.
A suspensão das estacas, o apoio quando colocadas horizontalmente e o transporte para o bate-
estacas merecem cuidados especiais do executante, como providenciar a substituição das estacas
eventualmente danificadas por outras em perfeitas condições de utilização, sem ônus adicional para o
contratante.
o ponta do tubo aberta, para retirada do material terroso do seu interior por meio de
equipamento especial e descida do tubo pelo próprio peso ou por ação de uma pe-
quena força externa.
Ao ser cravado o tubo, recuperável ou não, no caso de sair à rolha e o tubo ser invadido por água,
lodo ou outro material, devem os mesmos ser expulsos por meio de uma nova rolha mais compacta-
da, ou então o tubo deve ser arrancado e cravado novamente no mesmo local, enchendo-se o furo
com areia. Antes do lançamento do concreto, feito sem interrupção em toda a extensão da estaca, a
fiscalização deve comprovar se o interior do tubo está seco e limpo, examinando o martelo de crava-
ção do tubo.
No caso de estacas tubadas, o lançamento de concreto em qualquer delas somente pode ser feito
depois de cravados todos os tubos até a sua posição definitiva, num raio de 1,50 m a partir da estaca
considerada. Quando concretada uma estaca tubada, nenhuma outra pode ser cravada a menos de
4,50 m de distância, em qualquer direção, salvo se já tiver sido lançado o concreto há mais de 7 dias.
O lançamento do concreto dentro do tubo deve ser feito em camadas de, no máximo, 50 cm de es-
pessura, e somente após a colocação da armadura da estaca. Cada camada deve ser vibrada ou
fortemente compactada, antes da concretagem da camada seguinte, procedendo-se ao lançamento
ininterrupto, desde a ponta até a cabeça da estaca, sem segregação dos materiais.
O concreto empregado nas estacas moldadas no local deve ter resistência característica mínima de
16 MPa (160 kgf/cm²); Os tubos podem ser soldados, caso necessário executar acréscimos, preser-
vando a estanqueidade do tubo para não haver penetração de água ou outro material. Os tubos de-
vem ser soldados de topo, em toda seção transversal, com emprego de solda elétrica.
55
e) Estacas injetadas de pequeno diâmetro
As estacas injetadas de pequeno diâmetro, até 20 cm, conhecidas como “estacas-raiz”, “micro esta-
cas” e “presso estacas”, são escavadas e concretadas no local e utilizadas em pontes e viadutos
rodoviários, principalmente, para reforço de fundação.
A escavação deve ser feita através de perfuração com equipamento mecânico até a cota indicada no
projeto, com uso ou não de lama bentônica e revestimento total ou parcial.
Em seguida, deve ser feita a limpeza do furo e a injeção de produtos aglutinantes sob pressão, em
uma ou mais etapas, com introdução de armadura adicional. O consumo de cimento caldado ou ar-
gamassa deve ser, no mínimo, de 350 kg/m³ de material injetado.
f) Estacas mistas
São constituídas pela associação de dois tipos de estacas já considerados e não deve ser permitida a
associação de mais de dois tipos. Destinam-se a aterros particularmente difíceis ou fundações com
problemas especiais.
g) Disposições construtivas
A execução de estacas pode ser feita por cravação, percussão, prensagem ou perfuração. A escolha
do equipamento deve estar de acordo com o tipo e dimensão da estaca, características do solo, con-
dições de vizinhança e peculiaridades do local.
• Cravação
56
Para estaca pré-moldada de concreto ou estaca metálica com carga admissível superior a 1MN, a
escolha do equipamento de cravação deve ser analisada em cada caso e os resultados controlados
através de provas de carga.
O executante, ao submeter à fiscalização o tipo do equipamento de cravação que pretende adotar,
deve fornecer as seguintes informações: altura da queda do martelo, peso do martelo, trabalho a
simples ou duplo efeito, número de golpes por minuto, marca de fabricação e especificações do equi-
pamento.
Para que uma estaca possa ser considerada como de base alargada, tipo Franki, é necessário que os
últimos 150 litros de concreto dessa base sejam introduzidos com uma energia mínima de 2,5 MNm,
para estacas de diâmetro inferior ou igual a 45 cm, e de 5 MNm, para estacas de diâmetro superior a
45 cm. No caso de volume diferente, a energia deve ser proporcional ao volume.
As cabeças de todas as estacas devem ser protegidas com capacetes de tipo aprovado, de preferên-
cia provido de coxim, de corda ou outro material adequado que se adapte ao capacete e se apoie, por
sua vez, em um bloco de madeira.
Na cravação de todas as estacas, verticais ou inclinadas, devem ser sempre empregadas guias ou
uma estrutura adequada para suporte e colocação do martelo, salvo indicação no projeto, permitindo
o emprego de outro procedimento.
Todas as estacas que sofrerem deslocamentos devidos à cravação de estacas adjacentes, ou outras
causas, devem ser recravadas.
O executante deve tomar precauções no sentido de evitar ruptura da estaca ao atingir o horizonte
rochoso ou outro qualquer material ou obstáculo que torne difícil sua penetração. Os obstáculos que
impeçam a penetração das estacas até a profundidade requerida devem ser removidos.
Quando a cota de arrasamento estiver abaixo do plano de cravação da estaca e as características da
camada de apoio permitirem uma previsão, pode ser utilizado um elemento suplementar, desligado
da estaca propriamente dita, e arrancado/removido após a cravação. O emprego deste suplemento
deve ser levado em consideração no cálculo da capacidade de carga e análise dos resultados da
cravação, seu uso ser restrito a comprimentos máximos de 2,5 m, caso não previstos recursos espe-
ciais.
• Emenda e arrasamento
A emenda nas estacas pré-moldadas de concreto deve ser evitada, sempre que possível; no entanto,
pode ser executada, desde que respeitados os seguintes preceitos:
− o concreto da extremidade da estaca deve ser cortado no comprimento necessário
à emenda das barras longitudinais da armadura, por justaposição;
− as superfícies de contato do concreto e a emenda da armação devem ser tratadas
como uma emenda de concreto armado, com o emprego de adesivo e os demais cui-
dados necessários;
− deve ser assegurado o alinhamento entre as faces da estaca e da parte prolongada;
− a armadura da parte prolongada deve ser idêntica à da estaca, assim como o con-
creto a empregar;
− a concretagem, adensamento do concreto, remoção das fôrmas, cura e acabamen-
to devem ser como especificado na alínea “c” da subseção 5.3.4 desta Norma.
− as exigências relativas à cravação de estacas monolíticas aplicam-se também às
estacas emendadas.
As estacas de fundação, logo que concluídas suas cravações, devem ser arrasadas nas cotas indica-
das no projeto, de maneira que fiquem embutidas 20 cm, pelo menos, no bloco de coroamento e sua
armação seja mergulhada na massa do concreto num comprimento igual ou superior ao comprimento
da ancoragem dos vergalhões. O corte da estaca deve ser sempre normal ao seu eixo. O projeto
executivo deve ser rigorosamente observado.
57
Quando escavados manualmente, só podem ser executados acima do nível d’água natural ou rebai-
xado ou quando for possível bombear a água sem risco de desmoronamento ou perturbação no ter-
reno de fundação, abaixo deste nível. Podem ou não, ser dotados de base alargada tronco cônica.
Quando escavados mecanicamente, com equipamento adequado, a base alargada pode ser aberta,
quando em seco, manual ou mecanicamente.
Pode ser utilizado, total ou parcialmente, para evitar risco de desmoronamento, escoramento de ma-
deira, aço ou concreto.
A concretagem, quando a escavação for seca, é feita com concreto lançado da superfície, através de
tromba (funil), de comprimento igual ou superior a cinco vezes o seu diâmetro. Sob água, o concreto
deve ser lançado através de tremonha ou outro processo equivalente e/ou aprovado.
É desaconselhável o uso de vibrador quando o concreto apresentar plasticidade adequada.
58
6 Condicionantes ambientais
Para evitar a degradação do meio ambiente deve ser atendido o estabelecido nos Programas Ambi-
entais pertinentes do PBA, Projeto, recomendações/exigências dos órgãos ambientais e as normas
técnicas, em particular, a Norma DNIT 070/2006 – PRO – Condicionantes ambientais as áreas de uso
de obras – Procedimento, e das prescrições resumidas, indicadas a seguir.
As estradas de acesso para deslocamento dos equipamentos e execução dos blocos de fundação
devem seguir as recomendações da Norma DNIT 105/2009-ES – Terraplenagem – Caminhos de
serviço e as constantes da subseção 5.1.2 do Manual para Atividades Ambientais Rodoviárias, do
DNIT, (IPR Publ. 730).
É vedada a realização de barragens ou desvios de cursos d’água que alterem, em definitivo, o leito
dos rios.
As escavações para implantação dos blocos de fundação devem ser as menores possíveis, protegi-
das contra desmoronamentos e recompostas com o mesmo material escavado, após a execução dos
blocos.
As estacas, quando cravadas por bate-estacas, pouco agridem o meio ambiente, se a movimentação
do bate-estacas foi corretamente planejada.
As estacas moldadas no local, em geral, mobilizam considerável quantidade de água e provocam
grandes lamaçais, que devem ser drenados e removidos. Após a execução das fundações, devem
ser removidos todos os vestígios da construção e recompostos, tanto o terreno natural como a vege-
tação primitiva.
7 Inspeções
7.1 Controle dos insumos
Deve atender ao constante nas Normas DNER-EM 34/97 – Água para argamassa e concreto de ci-
mento portland – Especificação de material; DNER-EM 36/95 – Cimento portland – Recebimento e
aceitação – Especificação de material, DNER-EM 37/97 – Agregado graúdo para concreto de cimento
– Especificação de material e DNER-EM 38/97– Agregado miúdo para concreto de cimento – Especi-
ficação de material.
59
golpes necessários para a cravação por metro de estaca, número efetivo de golpes por minuto duran-
te a cravação, duração de qualquer interrupção na cravação e hora da ocorrência, cota final da ponta
da estaca cravada, cota da cabeça da estaca antes do arrasamento na estaca pré-moldada, data de
concretagem da estaca pré-moldada, data da cravação, negas no final de cravação e na recravação,
quando houver deslocamento de estacas por efeito de cravação de estacas vizinhas e negas no final
de cravação e na recravação, quando houver. Em caso de estacas escavadas, mencionar os horários
de início e fim da escavação e de cada etapa de concretagem, a comparação do consumo real de
materiais em relação ao teórico e o comportamento da armadura durante a concretagem.
Para a cravação de estacas metálicas ou pré-moldadas de concreto deve ser preenchido o Relatório
de
Cravação de Estacas, cujo modelo consta do Anexo A (Normativo).
Pode ser permitido entre eixos de estacas isoladas e o ponto de aplicação da resultante das solicita-
ções do pilar, um desvio de 10% do diâmetro da estaca. Desvios superiores, no caso de estacas não
travadas, deve obrigar verificação estrutural quanto à flambagem do pilar e da estaca. Para estacas
travadas, as vigas de travamento devem ser redimensionadas para a excentricidade real e verificada
a flambagem do pilar.
Para conjunto de estacas alinhadas, admite-se um acréscimo de, no máximo, 15% sobre a carga
admissível na estaca de excentricidade, na direção do plano das estacas. Acréscimos superiores
devem ser corrigidos com acréscimo de estacas ou recurso estrutural. Para excentricidade na direção
normal ao plano das estacas, vide parágrafo anterior.
Para o conjunto de estacas não alinhadas, devem ser verificadas as solicitações em todas as esta-
cas, admitindo-se o acréscimo de, no máximo, 15% sobre a carga admissível de projeto.
Quanto ao desvio de inclinação pode ser tolerado, sem correção, um desvio angular, em relação à
posição projetada, de 1:100.
7.3.2 Não-conformidade
Os serviços que não atenderem à subseção 7.3.1, devem ser corrigidos, complementados ou refeitos,
incluindo provas de carga.
8 Critérios de medição
Os serviços aceitos devem ser medidos de acordo com os critérios seguintes:
60
8.2 Escavação e aterros
A medição dos volumes deve ser feita em metros cúbicos, através das seções transversais determi-
nadas antes e depois da execução dos serviços.
8.4 Estacas
Devem ser medidas pelo comprimento entre as cotas da ponta e do arrasamento. Para as estacas
moldadas no local, o comprimento medido deve ser entre as cotas do topo do bulbo e do arrasamento
da estaca concluída. A base da estaca bulbo, se houver, deve ser considerada para efeito de medi-
ção como um metro de estaca cravada e concretada. Não devem ser incluídos na medição o corte
das estacas e a perda do seu excesso, inclusive do tubo metálico, se for o caso.
Anexo A (Normativo)
61
NORMA DNIT 120/2009- ES
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Condições gerais
5 Condições específicas
6 Condicionantes ambientais
7 Inspeções
8 Critério de medição
Anexo A (Informativo) Bibliografia
índice geral.
Prefácio
A presente Norma foi preparada pelo Instituto de Pesquisas Rodoviárias - IPR/DIREX, para servir
como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de execução e
controle da qualidade de fôrmas de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado
Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 - PRO, cancela e substitui a Norma DNER-
ES 333/97.
1 Objetivo
Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis para a execução e controle das fôrmas,
molde do concreto plástico, de acordo com os elementos constantes no projeto estrutural, em pontes
e viadutos rodoviários de concreto armado.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edi-
ções mais recentes do referido documento (inclusive emendas).
62
e) ____. NBR 7187 - Projeto de pontes de concreto armado e protendido - Procedimento. Rio de
Janeiro.
g) DNIT 070-PRO Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento. Rio de
Janeiro: IPR.
3 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes:
3.1 Fôrmas
Moldes provisórios destinados a receber e conter o concreto, enquanto endurece.
4 Condições gerais
A responsabilidade pelo projeto, execução e remoção das fôrmas é do construtor.
As fôrmas somente devem entrar em carga após a liberação da Fiscalização.
Em virtude da importância, responsabilidade, custo relativo e multiplicidade de soluções, as fôrmas
devem ser projetadas e dimensionadas com antecedência, antes do início da construção.
As fôrmas devem ser projetadas e detalhadas de maneira que as lajes, vigas, paredes e outros ele-
mentos estruturais acabados tenham as dimensões, formas, alinhamentos e posições dentro das
tolerâncias admissíveis.
Fôrmas e escoramentos devem formar um sistema interdependente, com previsão de desmoldagem
parcial ou total.
Fôrmas e escoramentos devem ser dimensionados com previsão de ação de ventos e sobrecargas
de equipamentos, pessoal e materiais.
5 Condições específicas
5.1 Projeto
A escolha dos materiais adequados para execução das fôrmas deve atender a requisitos de econo-
63
mia, segurança e acabamento desejado para a obra.
O projeto das fôrmas, bem como do escoramento, é de responsabilidade do construtor e deve ser
apresentado completo, para exame da Fiscalização; o projeto deve atender a todas as normas e es-
pecificações, inclusive as locais, estaduais e federais.
O projeto das fôrmas deve indicar, quando necessário, aberturas provisórias para limpeza e retirada
de detritos.
No projeto, devem ser previstos forma, prazo e condições para remoção das fôrmas.
5.2 Insumos
5.2.1 Madeira em tábuas
Praticamente, todos os tipos de fôrmas necessitam de algum componente de madeira; há uma gran-
de variedade de espécies de madeira e a escolha de algum tipo depende da disponibilidade e do
custo.
Quando permitidas as fôrmas de madeira, sob a forma de tábuas, devem ser escolhidas madeiras
não muito secas, que incham quando molhadas, e nem muito verdes, que empenam quando secam.
A qualidade do acabamento do concreto que se consegue com a madeira em forma de tábuas melho-
ra muito quando se utiliza a madeira aparelhada, isto é, a madeira submetida a plainas e lixadeiras.
5.3 Acessórios
5.3.1 Pregos
Os pregos são os dispositivos mecânicos mais comuns para a junção de painéis de fôrmas e seu uso
adequado contribui para a economia e a qualidade do trabalho.
A preferência dos profissionais recai nas seguintes bitolas: para tábuas, sarrafos e contraplacados de
1 polegada de espessura, pregos de 18 x 27 (3,4 x 61 mm) e para tábuas, ripas e contraplacados de
0,5 polegada de espessura, pregos de 15 x 15 (2,4 x 34 mm).
5.3.2 Tirantes
Os tirantes são dispositivos tensionados, adaptados para manter as fôrmas em seu lugar, impedindo-
as de abrir, quando solicitadas pela pressão lateral do concreto fresco; podem ser simples vergalhões
de aço ou sofisticados produtos industriais.
O tirante é isolado da massa de concreto por um tubo plástico que o envolve e permite sua retirada
após o endurecimento do concreto; os furos para passagem dos tirantes devem ser obturados com
espessura mínima igual ao cobrimento adotado.
64
5.4.2 Pressão lateral do concreto fresco
A pressão lateral do concreto fresco deve ser calculada em função das características do concreto,
peso específico e fluidez, velocidade de lançamento e altura da massa de concreto; cuidados especi-
ais devem ser tomados nas fôrmas dos pilares, onde o mais seguro é considerar toda a altura do
pilar.
5.4.4 Fatores que afetam a pressão lateral do concreto O peso do concreto, com influência direta na
pressão hidrostática, a vibração interna para adensamento do concreto, a temperatura do concreto
por ocasião do lançamento e outras variáveis de menor importância afetam a pressão lateral do con-
creto e devem ser levadas em conta no dimensionamento das fôrmas.
A revibração e a vibração externa, aceitas em certos tipos de construção, produzem solicitações su-
periores à vibração interna e tornam necessárias fôrmas especiais, reforçadas.
Fôrmas e escoramentos não devem ser removidos de vigas, lajes e paredes antes que estes elemen-
tos estruturais tenham adquirido resistência suficiente para suportar seu peso próprio e as sobrecar-
gas permitidas nesta fase; além da resistência, um módulo de elasticidade mínimo deve ser atingido,
para minimizar as deformações por fluência do concreto.
Os prazos mínimos para retirada de fôrmas podem ser obtidos no ACI 347 e devem ser confrontados
com a Norma ABNT NBR 6118:2007, adotando-se os prazos mais longos; os prazos sugeridos pelo
ACI 347 são os seguintes:
a) Paredes, colunas e faces de vigas: 12 horas; porém se estas fôrmas se referem a fôrmas
de lajes ou fôrmas de fundos de vigas, a remoção deve ser governada por estas últimas.
• Vão livre entre apoios menor que 3,0 m e carga móvel estrutural menor que a carga
permanente estrutural: 7 dias; se a carga móvel estrutural é maior que a carga perma-
nente estrutural: 4 dias.
• Vão livre entre apoios situados entre 3 m e 6 m e carga móvel estrutural menor que a
carga permanente estrutural: 14 dias; se a carga móvel estrutural é maior que a carga
permanente estrutural: 7dias.
• Vão livre entre apoios maior que 6,0 m e carga móvel estrutural menor que a carga per-
manente estrutural: 10 dias; se a carga móvel estrutural é maior que a carga permanente
estrutural: 7 dias.
65
5.6.1 Fôrmas deslizantes
Nas fôrmas deslizantes o concreto plástico é colocado nas fôrmas que, por dispositivos apropriados,
avançam, dando a conformação final à estrutura; as fôrmas deslizantes podem ser verticais, para
colunas de grande altura, principalmente, ou horizontais, para canais.
As fôrmas deslizantes por utilizar equipamentos específicos e por exigir o conhecimento de uma série
de detalhes executivos, devem ser operadas por empresas especializadas.
Constam, essencialmente, de camadas de tábuas com a altura da peça a construir, cortadas de ma-
neira a serem dispostas a 45º, superpostas, cruzadas e solidarizadas por pregos.
6 Condicionantes ambientais
Na hipótese, cada vez mais rara, de utilização de tábuas como fôrmas, somente devem ser utilizadas
madeiras com aprovação para exploração.
O material resultante da desforma deve ser removido do local e depositado em áreas previamente
aprovadas para tal fim.
66
subseção 5.1.2 do Manual para Atividades Ambientais Rodoviárias, do DNIT (IPR Publ. 730).
7 Inspeções
7.1 Controle dos insumos
As tábuas corridas não devem apresentar nós em tamanhos prejudiciais e a madeira compensada
deve ter comprovada resistência à água e à pressão do concreto.
7.3.2 Não-conformidade
Devem ser rejeitadas as fôrmas que apresentarem defeitos que coloquem em risco a obra e não
atendam às condições acima, as frágeis, as não estanques etc.
8 Critério de medição
As fôrmas devem ser medidas por metro quadrado de superfície colocada, não cabendo medição em
separado para escoras laterais, tirantes, travejamento e quaisquer outros serviços necessários, inclu-
sive ao seu posicionamento.
67
NORMA DNIT 117/2009 - ES
Pontes e viadutos rodoviários - Concretos, argamassas e calda
de cimento para injeção - Especificação de serviço
Resumo
Este documento define a sistemática empregada na execução e recebimento de concretos, argamas-
sas e caldas de cimento para injeção na construção de pontes e viadutos rodoviários de concreto
armado e de concreto protendido.
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Condições gerais
5 Condições específicas
6 Condicionantes ambientais
7 Inspeções
8 Critérios de medição
Anexo A (Informativo) Bibliografia
Prefácio
A presente Norma foi preparada pelo Instituto de Pesquisas Rodoviárias - IPR/DIREX, para servir
como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de execução
de concretos, argamassas e caldas de cimento para injeção, na construção de pontes e viadutos
rodoviários de concreto armado e de concreto protendido.
Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 - PRO, cancela e substitui a norma DNER-
ES 330/97.
1 Objetivo
Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis na execução e recebimento de concretos,
argamassas e caldas de cimento na construção de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado
e de concreto protendido.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edi-
ções mais recentes do referido documento (inclusive emendas).
b) ___. NBR 5733 - Cimento portland de alta resistência inicial - Especificação. Rio de Janeiro.
68
d) ___. NBR 5737 - Cimento portland resistente a sulfatos - Especificação. Rio de Janeiro.
e) ___. NBR 5738 - Concreto - Moldagem e cura de corpos-de-prova - Procedimento. Rio de Ja-
neiro.
i) ___. NBR 7212 - Execução de concreto dosado em central - Especificação. Rio de Janeiro.
k) ___. NBR 7680 - Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de concreto Procedi-
mento. Rio de Janeiro.
l) ___. NBR 7681 - Calda de cimento para injeção - Especificação. Rio de Janeiro.
m) ___. NBR 7682 - Calda de cimento para injeção - Determinação do índice de fluidez - Método
de ensaio. Rio de Janeiro.
n) ___.NBR 7683 - Calda de cimento para injeção Determinação dos índices de exsudação e
expansão - Método de ensaio. Rio de Janeiro.
p) ____. NBR 7685 - Calda de cimento para injeção - Determinação da vida útil - Método de en-
saio. Rio de Janeiro.
q) ___. NBR 8953 - Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de resistência -
Classificação. Rio de Janeiro.
w) ___. NBR 12655 - Concreto de cimento portland - Preparo, controle e recebimento - Procedi-
mento. Rio de Janeiro.
69
x) ___. NBR 12989 - Cimento portland branco - Especificação. Rio de Janeiro.
y) ___. NBR 13116 - Cimento portland de baixo calor de hidratação - Especificação. Rio de Ja-
neiro.
aa) ___. NBR NM 10 - Cimento portland - Análise química - Disposições gerais. Rio de Janeiro.
bb) ___. NBR NM 19 - Cimento portland - Análise química - Determinação de enxofre na forma de
sulfeto. Rio de Janeiro.
cc) ___. NBR NM 45 - Cimento portland - Determinação da pasta de consistência normal. Rio de
Janeiro.
dd) ___. NBR NM 65 - Cimento portland - Determinação do tempo de pega. Rio de Janeiro.
gg) ___. NBR NM 76 - Cimento portland - Determinação da finura pelo método de permeabilidade
ao ar (Método de Blaine). Rio de Janeiro.
hh) BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. DNER - EM 036 - Cimento por-
tland - Recebimento e aceitação. Rio de Janeiro.
ii) ___. DNER - EM 037 - Agregado graúdo para concreto de cimento. Rio de Janeiro.
jj) ___. DNER - EM 038 - Agregado miúdo para concreto de cimento. Rio de Janeiro.
ll) ____. DNIT 011/2004 - PRO - Gestão da qualidade em obras rodoviárias - Procedimento. Rio de
Janeiro: IPR, 2004.
mm) ___. DNIT 037 - ME - Pavimento rígido - Água para amassamento do concreto de cimento
Portland - Ensaios comparativos. Rio de Janeiro: IPR.
nn) ___. DNIT 070-PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento.
Rio de Janeiro: IPR.
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, são adotadas as definições seguintes:
3.1 Concreto
Material composto que consiste essencialmente de um meio contínuo aglomerante e partículas de
agregados; no concreto de cimento hidráulico, o meio aglomerante é formado por uma mistura de
cimento hidráulico e água.
70
3.2 Cimento
Material finamente pulverizado que, por si só, não é aglomerante, mas desenvolve propriedades li-
gantes como resultado da hidratação.
3.3 Agregado
Material granular inerte, tal como areia, pedra britada ou escória de alto forno, usado como um meio
cimentante, para formar o concreto ou argamassa de cimento hidráulico; o agregado graúdo tem par-
tículas maiores que 4,8 mm e fica retido na peneira n° 4, enquanto que o agregado miúdo tem partí-
culas menores que 4,8 mm e fica retido na peneira n° 200. A areia é o agregado miúdo resultante da
desintegração natural e da abrasão de rochas ou processamento de rochas arenosas friáveis.
3.4 Argamassa
Mistura de areia, cimento, água e eventuais aditivos.
3.5 Aditivos
Materiais, outros que não água, agregados ou cimento, usados como componentes do concreto para
modificar suas propriedades, tais como: aumentar sua resistência, retardar ou acelerar a pega, acele-
rar ou retardar a evolução da resistência, incorporar ar etc.
Nota: Para outras definições consultar seção 3 das Normas ABNT NBR 12655:2006 e ABNT NBR
14931 :2003.
4 Condições gerais
Além do atendimento às normas relacionadas nas Referências Normativas, concretos, argamassas e
caldas de cimento para injeção devem ser confeccionados para atender aos requisitos mínimos de
durabilidade, que incluem resistência à agressividade do meio ambiente, ataques de produtos quími-
cos, abrasão e demais processos de deterioração; o concreto dito durável deve manter suas condi-
ções originais, sua qualidade e estar em plena capacidade de utilização em toda sua longa vida útil.
5 Condições específicas
5.1 Material
5.1.1 Cimento
Os cimentos devem satisfazer às especificações brasileiras, podendo ser de qualquer tipo e classe,
desde que no projeto não se faça restrição a este ou aquele. Nos concretos, argamassas e caldas em
contato com armaduras de protensão, o cimento empregado não pode apresentar teor de enxofre sob
a forma de sulfeto superior a 0,2%.
Nos cimentos empregados deve-se exigir a apresentação do certificado de qualidade. Todo cimento
deve ser guardado em local seco e abrigado de agentes nocivos e não deve ser transportado em dias
úmidos.
O cimento pode ser armazenado em sacos de 50 kg ou em silos, quando entregue a granel e para
cimento de uma única procedência. O período de armazenamento não pode comprometer a sua qua-
lidade. Deve ser verificado, antes da utilização, se o cimento atende às especificações.
5.1.2 Agregados
Os agregados devem constituir-se de materiais granulosos e inertes, substâncias minerais naturais ou
artificiais, britados ou não, duráveis e resistentes, com dimensões máximas características e formas
adequadas ao concreto ou argamassa a produzir. Devem ser armazenados separadamente, isolados
do terreno natural em assoalho de madeira ou camada de concreto, de forma a permitir o escoamento
d'água. Não devem conter substâncias nocivas que prejudiquem a pega ou o endurecimento do con-
creto, ou minerais deletérios que provoquem expansões em contato com a umidade e com determi-
71
nados elementos químicos.
a) Agregados miúdos
São normalmente constituídos por areia natural quartzoza, de dimensão máxima característi-
ca igualou inferior a 4,8 mm. Devem ser bem graduados; são recomendadas as areias mé-
dias que não apresentem substâncias nocivas, como torrões de argila, materiais orgânicos,
cloretos etc.
Somente deve ser admitido, após estudos em laboratórios, o emprego de agregados miúdos
provenientes de rocha sadia.
b) Agregados graúdos
Devem dimensão máxima apresentar característica entre 4,8 mm e 50 mm e ser naturais
(cascalhos ou seixos rolados, britados ou não) ou artificiais (pedras britadas, argilas expandi-
das, etc). Não devem apresentar substâncias nocivas, como materiais pulverulentos, tor-
rões de argila, matéria orgânica, etc.
Deve ser limpa e isenta de incrustações nocivas e sua máxima dimensão, não inferior a 30 cm nem
superior a 1/4 da mínima dimensão do elemento a ser construído.
5.1.4 Água
A água para a preparação do concreto e da argamassa não deve conter ingredientes nocivos em
quantidades que afetem o concreto fresco ou endurecido, ou reduzir a proteção das armaduras contra
a corrosão. Deve ser razoavelmente clara e isenta de óleo, ácidos, álcalis, matéria orgânica etc. e
obedecer à exigência da subseção 7.1.3 desta Norma. Deve ser guardada em caixas estanques e
tampadas, de modo a evitar contaminação por substâncias estranhas.
5.1.5 Aditivos
A utilização de aditivos deve implicar no perfeito conhecimento de sua composição e propriedades,
efeitos no concreto e armaduras, sua dosagem típica, possíveis efeitos de dosagens diferentes, con-
teúdo de cloretos, prazo de validade e condições de armazenamento.
Somente devem ser usados aditivos expressamente previstos no projeto ou nos estudos de dosagem
de concretos empregados na obra, realizados em laboratório e aprovados pela Fiscalização e proje-
tista.
Para o concreto estrutural, os aditivos que contenham cloreto de cálcio ou quaisquer outros halogene-
tos são rigorosamente proibidos. Não devem conter, ainda, ingredientes que possam provocar a cor-
rosão do aço; as mesmas recomendações valem para a calda de injeção.
5.1.6 Adições
As adições não podem ser nocivas ao concreto e argamassa e devem ser compatíveis com os de-
mais componentes da mistura.
72
5.2 Equipamento
A natureza, capacidade e quantidade do equipamento a ser utilizado dependem do tipo e dimensões
do serviço a executar. Para os concretos preparados na obra, pode ser utilizada betoneira estacioná-
ria de, no mínimo, 320 litros com dosador de água, central de concreto ou caminhão betoneira. Para o
lançamento podem ser utilizados carrinhos-caçambas, caçambas, bombas etc.
Os equipamentos necessários para a execução dos serviços devem estar disponíveis na obra em
condições de trabalho e de acordo com as especificações do fabricante.
5.3 Execução
Todas as fases descritas nesta subseção devem obedecer aos requisitos da Norma NBR 14931
:2003 e complementarmente, aos requisitos das Normas NBR 10839: 1989 e NBR 9062:2006.
5.3.1 Concreto
a) Classificação
O concreto pode ser classificado quanto a sua densidade: como concreto normal, com massa especí-
fica entre 2000 e 2800 kg/m3; como concreto leve, cuja massa específica não ultrapasse 2000 kg/m3;
e como concreto pesado com massa específica maior que 2800 kg/m3. O concreto deve apresentar
uma consistência compatível com os equipamentos disponíveis na obra, para que, depois de endure-
cido, se torne um material homogêneo e compacto.
b) Dosagem
Os concretos para fins estruturais devem ser dosados, racional e experimentalmente, a partir da re-
sistência característica à compressão estabelecida no projeto, do tipo de controle do concreto, da
trabalhabilidade adequada ao processo de lançamento empregado e das características físicas e
químicas dos materiais componentes. O cálculo da dosagem deve ser refeito cada vez que prevista
uma mudança de marca, tipo ou classe de cimento, da procedência e qualidade dos agregados e
demais materiais e quando não obtida a resistência desejada.
Somente o traço do concreto da classe C10, com consumo mínimo de 300 kg de cimento por metro
cúbico, pode ser estabelecido empiricamente.
São consideradas, também, para a dosagem dos concretos, condições peculiares, como: permeabili-
dade, resistência ao desgaste, ação de águas agressivas, aspecto das superfícies, condições de
lançamento etc.
73
Tabela 1 - Classificação do concreto pela resistência característica
Notas:
(1) corrigida em função da umidade do agregado miúdo, determinada por ensaio.
(2) volume do agregado miúdo, corrigido através da curva de inchamento, e a umidade determinada,
pelo menos, três vezes no mesmo turno de serviço.
(3) umidade da areia medida no canteiro, em balanças aferidas, para permitir a rápida conversão de
massa para volume de agregados.
c) Preparo
Para os concretos executados no canteiro, antes do início da concretagem deve ser preparada uma
amassada de concreto, para comprovação e eventual ajuste do traço definido no estudo de dosagem.
O preparo do concreto destinado às estruturas deve ser mecânico, em pequenos volumes nas obras
de pequena importância, não podendo ser aumentada, em hipótese alguma, a quantidade de água
prevista para o traço.
Os sacos de cimento rasgados, parcialmente usados ou com cimento endurecido devem ser rejeita-
dos.
Os componentes do concreto, medidos de acordo com a alínea "b", devem ser misturados até formar
uma massa homogênea. O tempo mínimo de mistura em betoneira estacionária é de 60 segundos,
aumentado em 15 segundos para cada metro cúbico de capacidade nominal da betoneira, ou con-
forme especificação do fabricante. Para central de concreto e caminhão betoneira deve ser atendida
a ABNT NBR 7212:1984. Após a descarga, não podem ficar retidos nas paredes do misturador volu-
mes superiores a 5% do volume nominal.
Quando o concreto for preparado por empresa de serviços de concretagem, a central deve assumir a
responsabilidade por este serviço e cumprir as prescrições relativas às etapas de execução do con-
creto (ABNT NBR-12655:2006), bem como as disposições da ABNT NBR-7212:1984.
O concreto deve ser preparado somente nas quantidades destinadas ao uso imediato. Não deve ser
permitida a remistura do concreto parcialmente endurecido.
d) Transporte
Quando a mistura for preparada fora do local da obra, o concreto deve ser transportado em cami-
nhões betoneiras, não podendo haver segregação durante o transporte, nem apresentar temperatu-
ras fora da faixa de 5°C a 30°C. A velocidade do tambor giratório não deve ser menor que duas nem
74
maior que seis rotações por minuto. Qualquer motivo provável da aceleração da pega deve acelerar o
período completo de descarregamento, ou devem ser empregados aditivos retardadores da pega. O
intervalo entre as entregas deve ser tal que não permita o endurecimento parcial do concreto já colo-
cado, não excedendo há 30 minutos.
O intervalo entre a colocação de água no tambor e a descarga final do concreto da betoneira nas
fôrmas não deve exceder o tempo de início de pega do cimento, devendo a mistura ser revolvida, de
modo contínuo, para que o concreto não fique em repouso antes do seu lançamento, por tempo supe-
rior a 30 minutos. No transporte horizontal devem ser empregados carros especiais providos de rodas
de pneus e evitado o uso de carros com rodas maciças, de ferro ou carrinhos comuns.
e) Lançamento
O lançamento do concreto só pode ser iniciado após o conhecimento dos resultados dos ensaios da
dosagem, verificação da posição exata da armadura, limpeza das fôrmas, que, quando de madeira,
devem estar suficientemente molhadas, e do interior removidos os cavacos de madeira, serragem e
demais resíduos de operações de carpintaria. Devem ser tomadas precauções para não haver exces-
so de água no local de lançamento, o que pode ocasionar a possibilidade do concreto fresco vir a ser
lavado.
Não são permitidos lançamentos do concreto de uma altura superior a 2 m, ou acúmulo de grande
quantidade em um ponto qualquer e posterior deslocamento ao longo das fôrmas. Na concretagem
de colunas ou peças altas, o concreto deve ser introduzido por janelas abertas nas fôrmas, e fecha-
das à medida que a concretagem avançar.
Dispositivos, tais como calhas, tubos ou canaletas, podem ser usados como auxiliares no lançamento
do concreto, dispostos de modo a não provocar segregação, devendo ser mantidos limpos e isentos
de camada de concreto endurecido e, preferencialmente, executados ou revestidos com chapas me-
tálicas.
O concreto somente pode ser colocado sob água quando sua mistura possuir excesso de cimento de
20% em massa. Em hipótese alguma deve ser empregado concreto submerso com consumo de
cimento inferior a 350 kg/m", Para evitar segregação, o concreto deve ser cuidadosamente colo-
cado na posição final em uma massa compacta, por meio de funil ou de caçamba fechada, de
fundo móvel, e não perturbado depois de ser depositado. Cuidados especiais devem ser toma-
dos para manter a água parada no local de depósito. O concreto não deve ser colocado direta-
mente em contato com a água corrente.
Quando usado funil, este deve consistir de um tubo de mais de 25 cm de diâ metro, construído
em seções acopladas umas às outras, por flanges providas de gaxetas. O modo de operar deve
permitir movimento livre da extremidade de descarga e seu abaixamento rápido, quando neces-
sário, para estrangular ou retardar o fluxo. O enchimento deve processar-se por método que
evite a lavagem do concreto. O terminal deve estar sempre dentro da massa do concreto e o
tubo deve conter suficiente quantidade de concreto, para não haver penetração de água. O fluxo
do concreto deve ser contínuo e regulado, de modo a obter camadas aproximadamente horizon-
tais, até o término da concretagem.
Quando o concreto for colocado com caçamba de fundo móvel, esta deve ter capacidade superi-
or a meio metro cúbico (0,50 m³). Baixar a caçamba, gradual e cuidadosamente, até apoiá-Ia na
fundação preparada ou no concreto já colocado; elevá-Ia muito vagarosamente durante o per-
curso de descarga. Pretende-se, com isto, manter a água tão parada quanto possível no ponto
de descarga e evitar agitação da mistura.
75
f) Adensamento
O concreto deve ser bem adensado dentro das fôrmas, mecanicamente; usar vibradores, que
podem ser internos, externos ou superficiais, com frequência mínima de 3000 impulsos por minu-
to. O número de vibradores deve permitir adensar completamente, no tempo adequado, todo o
volume de concreto a ser colocado. Somente deve ser permitido o adensamento manual em
caso de interrupção no fornecimento de força motriz e pelo mínimo período indispensável ao
término da moldagem da peça em execução, com acréscimo de 10% de cimento, sem aumento
da água de amassamento.
Normalmente, devem ser utilizados vibradores de imersão internos; os externos, apenas quando
as dimensões das peças não permitirem inserção do vibrador, ou junto com os internos, quando
se desejar uma superfície de melhor aparência; e os vibradores superficiais, em lajes e pavimen-
tos.
O vibrador de imersão deve ser empregado na posição vertical, evitando-se o contato demorado
com as paredes das fôrmas ou com a armação, bem como a permanência demasiada em um
mesmo ponto. Não deve ser permitido o uso do vibrador para provocar o deslocamento horizon-
tal do concreto nas fôrmas. O afastamento de dois pontos contíguos de imersão do vibrador de-
ve ser de, no mínimo, 30 cm. Pode, ainda, ser utilizado o concreto auto adensável.
g) Cura do concreto
Para atingir sua resistência total, o concreto deve ser curado e protegido eficientemente da chu-
va e contra a evaporação da água de amassamento ocasionada pelo sol e vento. A cura deve
continuar durante um período mínimo de sete dias após o lançamento, caso não existam indica-
ções em contrário. Para o concreto protendido, a cura deve prosseguir até que todos os cabos
estejam protendidos. Sendo usado cimento de alta resistência inicial, esse período pode ser re-
duzido.
A água para a cura deve ser da mesma qualidade usada para a mistura do concreto. Podem ser
utilizados, principalmente, os métodos de manutenção das fôrmas, cobertura com filmes plásti-
cos, colocação de coberturas úmidas, aspersão de água ou aplicação de produtos especiais que
formem membranas protetoras.
h) Juntas de concretagem
As juntas de concretagem devem obedecer, rigorosamente, ao disposto no Plano de Concreta-
gem, integrante do projeto. O número de juntas de concretagem deve ser o menor possível.
Nenhum concreto a ser empregado em concreto ciclópico deve ter resistência característica à
compressão (fck) inferior a 12 MPa .
5.3.3 Argamassa
As argamassas devem ser preparadas em betoneiras. Sendo permitida a mistura manual, a areia e o
cimento devem ser misturados a seco até obter-se coloração uniforme, quando, então, deve ser adi-
cionada a água necessária para a obtenção da argamassa de boa consistência, para manuseio e
espalhamento fáceis com a colher de pedreiro. A argamassa não empregada em 45 minutos após a
preparação deve ser rejeitada e não deve ser permitido seu aproveitamento, mesmo com adição de
mais cimento.
76
As argamassas destinadas ao nivelamento das faces superiores dos pilares e preparo do berço dos
aparelhos de apoio devem ter resistência característica mínima à compressão de 25 MPa.
Recomenda-se a injeção até, no máximo, oito dias após a protensão dos cabos.
O cimento utilizado deve ser o cimento Portland comum, ou outro tipo de cimento que satisfaça às
seguintes exigências:
b) teor de enxofre proveniente de sulfetos (ABNT NBR NM 19:2004): máximo igual a 0,20%.
A água pode ser considerada satisfatória, se atender ao constante da subseção 7.1.3 desta Norma.
Não são permitidos aditivos que contenham halogenetos ou reatores ao material de calda e deterio-
rem ou ataquem o aço.
Para execução do serviço de injeção deve ser seguido o Anexo B - Execução da injeção de calda de
cimento Portland em concreto protendido com aderência posterior, da ABNT NBR 14931 :2003.
6 Condicionantes ambientais
Deve ser atendido o estabelecido na documentação técnica-ambiental do empreendimento, constituí-
da pelo Componente Ambiental do Projeto de Engenharia e os Programas Ambientais pertinentes do
Plano Básico Ambiental - PBA, em particular, o referente ao tratamento dos resíduos da construção
civil e, também, observadas as recomendações e exigências dos órgãos ambientais e as normas
técnicas, em particular, a Norma DNIT 070/2006-PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso
de obras - Procedimento.
7 Inspeções
7.1 Controle dos insumos
A ABNT NBR 12654:1992 fixa as condições exigíveis para realização do controle tecnológico dos
materiais componentes do concreto.
7.1.1 Cimentos
Os ensaios de cimento devem ser feitos em laboratório, de acordo com as normas ABNT NBR NM
10:2004 (quando necessário), ABNT NBR 7215:1996, ABNT NBR NM 76:1998, ABNT NBR NM
43:2003, ABNT NBR NM 65:2003 e ABNT NBR 11582:1991.
O peso do saco de cimento deve ser verificado para cada 50 sacos fornecidos, com tolerância de 2%.
7.1.3 Água
O controle da água deve ser feito, desde que apresente aspecto ou procedência duvidosa. Para utili-
zação em concreto armado ou protendido deve ser considerada satisfatória se apresentar pH entre
77
5,8 e 8,0 e respeitar os seguintes limites máximos:
O gelo a ser utilizado, quando necessário para resfriamento da mistura (concreto ou calda de cimen-
to), deve obedecer aos requisitos acima.
Nos ensaios comparativos de pega e resistência à compressão, executados de acordo com a Norma
DNIT 037/2004-ME, adotando-se como comparação uma água de boa qualidade ou, de preferência,
uma água destilada, os resultados obtidos com a pasta e argamassa executadas com água suspeita
devem apresentar:
a) O tempo de início de pega deve ser igual, no mínimo, ao tempo de início de pega da pasta con-
feccionada com água de boa qualidade, menos 30 minutos;
b) O tempo de fim de pega deve ser igual, no máximo, ao tempo de fim de pega da pasta confeccio-
nada com água de boa qualidade, mais 30 minutos;
a) ensaios de consistência, de acordo com a ABNT NBR NM 67:1998 e/ou ABNT NBR NM 68:
1998 (para concreto auto adensável), sempre que ocorrerem alterações na umidade dos
agregados, na primeira amassada do dia, após o reinício, seguido de interrupção igualou su-
perior a 2 horas, na troca de operadores e cada vez que forem moldados corpos de prova.
Para concreto fornecido por terceiros devem ser realizados ensaios a cada caminhão;
A consistência do concreto deve atender aos valores estipulados para cada situação. Caso não os
atenda na primeira amostra, repetir nova amostragem; se persistir, provavelmente não apresenta a
necessária plasticidade e coesão. Verificar a causa e corrigir antes da utilização, com exceção para
os concretos cuja plasticidade exceda os limites dos métodos de ensaio, como o concreto bombeado.
A amostragem mínima do concreto para ensaios de resistência à compressão deve ser feita dividin-
do-se a estrutura em lotes. Cada lote corresponderá a um elemento estrutural, limitado pelos critérios
78
da Tabela 2, adaptada da ABNT NBR 12655:2006 e apresentada a seguir:
De cada lote retirar uma amostra de, no mínimo, seis exemplares, para os concretos até a classe
C50, e doze exemplares para as classes superiores a C50.
Cada exemplar deve ser constituído por dois corpos de prova da mesma amassada, para cada idade
do rompimento, moldados no mesmo ato. A resistência do exemplar de cada idade deve ser conside-
rada a maior dos dois valores obtidos no ensaio. O volume de concreto, para a moldagem de cada
exemplar e determinação da consistência, deve ser de 1,5 vezes o volume necessário para estes
ensaios, e nunca menor que 30 litros.
A coleta deste concreto em betoneiras estacionárias deve ocorrer enquanto o concreto está sendo
descarregado, representando o terço médio da mistura. Caso contrário, deve ser tomada imediata-
mente após a descarga, retirada de três locais diferentes, evitando-se as bordas. Homogeneizar o
concreto sobre o recipiente com o auxílio de colher de pedreiro, concha metálica ou pá.
A coleta deste concreto em caminhão betoneira deve ocorrer enquanto o concreto está sendo descar-
regado e obtida em duas ou mais porções, do terço médio da mistura.
Para o concreto bombeado, a coleta deve ser feita em uma só porção, colocando-se o recipiente sob
o fluxo de concreto na saída da tubulação, evitando-se o início e o fim do bombeamento.
79
3 horas após a mistura, a água ex-
Exsudação NBR 7683:1983 sudada máxima de 2% do volume
inicial da calda.
Uma vez no início do primeiro
dia de trabalho, repetindo-se
no máximo, a cada 100 sacos
de cimento consumidos por
frente de trabalho e/ou a cada Quando empregados aditivos ex-
duas semanas; e a cada vez pansões, 3 horas após a mistura,
que mudar a composição expansão total livre máxima 7% do
Expansão NBR 7683:1983 e/ou condição de mistura e/ou volume inicial da calda. A calda de-
materiais. ve ser injetada em um tempo tal
As amostras devem ser cole- que, no mínimo, 70% da expansão
tadas no recipiente de esto- total livre ocorra dentro da bainha.
cagem da calda.
Resistência á
NBR 7684:1983 fck28;> 25 MPa
compressão
7.2.3 Argamassa
As argamassas devem ser controladas através dos ensaios de qualidade de água e de areia.
80
Sendo: n = número de exemplares
f1, f2, .... fn = valores das resistências dos exemplares, em ordem crescente
No início da obra ou quando não se conhecer o valor do desvio padrão Sd considerar os seguintes
valores para Sd, de acordo com a condição de preparo:
B 0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02
Em casos excepcionais, a estrutura pode ser dividida em lotes de, no máximo, 10m3, com um número
de exemplares entre 2 e 5.
Os lotes de concreto devem ser aceitos automaticamente, quando atingirem, na idade de controle:
fckest ≥ fck
81
forme a subseção 5.2 da Norma DNIT 011/2004-PRO.
Os resultados do controle estatístico (subseção 7.3.1) devem ser analisados e registrados em relató-
rios periódicos de acompanhamento, de acordo com a Norma DNIT 011/2004-PRO, que estabelece
os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.
Os serviços devem ser considerados conformes se atendidas todas as condições estabelecidas nesta
Norma.
8 Critérios de medição
Os materiais considerados conformes de acordo com esta Norma devem ser medidos pelos critérios
a seguir.
8.1 Concreto
O concreto simples, armado, protendido ou ciclópico, deve ser medido por metro cúbico de concreto
lançado no local, cujo volume deve ser calculado em função das dimensões indicadas no projeto ou,
quando não houver indicação no projeto, pelo volume medido no local de lançamento. Inclui o forne-
cimento dos materiais, preparo, mão-de-obra, utilização de equipamento, ferramentas, transportes,
lançamento, adensamento, cura, controle e qualquer outro serviço necessário à concretagem.
8.2 Argamassa
A argamassa deve ser medida por metro cúbico aplicado, em função das dimensões indicadas no
projeto. Não cabe medição em separado, quando se tratar de alvenaria de pedra argamassada.
82
NORMA DNIT 118/2009 - ES
Resumo
Este documento define a sistemática empregada para o recebimento, corte, dobramento e colocação
nas fôrmas, de barras e fios de aço, destinados a armaduras para estruturas de concreto armado em
pontes e viadutos rodoviários.
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Condições gerais
5 Condições específicas
6 Condicionantes ambientais
7 Inspeções
8 Critério de medição
Anexo A (Informativo) Bibliografia
Prefácio
A presente Norma foi preparada pelo Instituto de Pesquisas Rodoviárias - IPR/DIREX, para servir
como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de armaduras
de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado.
Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009- PRO, cancela e substitui a Norma DNER-ES
331/97.
1 Objetivo
Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis para o recebimento e manuseio de armadu-
ras em pontes e viadutos rodoviários de concreto armado.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edi-
ções mais recentes do referido documento (inclusive emendas).
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5916 - Junta de tela de aço sol-
dada para armadura de concreto - Ensaio de resistência ao cisalhamento. Rio de Janeiro.
c) ___. NBR 6153 - Produto metálico - Ensaio de dobramento semi-guiado. Rio de Janeiro.
83
d) ___. NBR ISO 6892 - Materiais metálicos - Ensaio de tração à temperatura ambiente. Rio de
Janeiro.
g) ___. NBR 7480 - Aço destinado a armadura para concreto armado - Especificação. Rio de
Janeiro.
h) ___. NBR 7481 - Tela de aço soldada - Armadura para concreto. Rio de Janeiro.
i) ___. NBR 8548 - Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com emenda
mecânica ou por solda - Determinação da resistência à tração. Rio de Janeiro.
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, são adotadas as definições seguintes:
3.1 Armadura
Conjunto de elementos de aço de uma estrutura de concreto armado ou protendido.
3.2 Barras
Produtos de aço obtidos por laminação a quente, de seção circular simples ou com deformações su-
perficiais.
3.3 Fios
Produtos de aço de diâmetro inferior ou igual a 10 mm, obtidos por trefilação, operação que consiste
em esticar o aço, várias vezes, reduzindo cada vez mais seu diâmetro.
84
3.6 Barras e fios de Classe B
Produtos encruados por deformação a frio, sem patamar de escoamento.
3.7 Aço CA 25
Barras laminadas, categoria A, com superfície lisa e limite de escoamento de 25 kN/cm 2.
3.9 Aço CA 60 B
Fios trefilados, d ≤ 10 mm, de superfície lisa ou deformada, com limite de escoamento de 60 kN/cm 2;
3.13 Partida
Conjunto de lotes apresentados para inspeção de uma só vez.
3.14 Fornecimento
Conjunto de partidas que perfaz a quantidade total da encomenda.
3.15 Lote
Grupo de barras ou fios de procedência identificada, de mesma categoria, classe, diâmetro nominal e
configuração geométrica superficial, apresentado à inspeção como um conjunto unitário, cuja massa
não supera 30 toneladas.
4 Condições gerais
Somente podem ser usados em pontes e viadutos rodoviários de concreto armado, as barras, fios e
telas de aço que atendam às condições estabelecidas nas Normas ABNT NBR- 7480:2007 e ABNT
NBR- 7481:1990. Outros aços somente podem ser utilizados após a elaboração de normas particula-
res do projeto em questão, e os ensaios de recebimento e aceitação devem ser feitos em laboratórios
nacionais de reconhecidas capacidade e idoneidade.
As barras laminadas devem ter comprimento de 12 metros, com tolerância de ± 1 ; podem ser lisas,
quando a seção transversal é um círculo razoavelmente definido, ou podem ter rugosidades, com
intuito de melhorar a aderência entre concreto e aço.
Os fios podem ser fornecidos em feixes ou rolos, podendo, também, ter perfil liso ou com rugosida-
des; as telas de aço podem ser fornecidas em rolos ou tabletes.
Dependendo da agressividade do meio ambiente, os aços oxidam-se com maior ou menor velocida-
de, motivo pelo qual, após uma observação visual para verificar os padrões de geometria e perfil, a
existência ou não de bolhas, fissuras, esfoliações, corrosão e outras irregularidades, os aços recebi-
dos devem ser imediatamente estocados em local abrigado e sobre estrados de madeira, afastados
do chão.
85
5 Condições específicas
5.1 Materiais
No concreto armado utilizam-se apenas as armaduras passivas, definidas como as armaduras que
não sejam usadas para produzir forças de protensão, isto é, que não sejam previamente alongadas.
Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela ABNT NBR
7480:2007 com o valor característico da resistência de escoamento
nas categorias CA-25, CA-50 e CA-60; as seções transversais nominais devem ser as estabelecidas
na
ABNT NBR 7480:2007. As letras CA significam concreto armado, seguindo-se os números que indi-
cam o limite de escoamento em kgf/mm2 = kN/cm2.
Conforme o processo de fabricação e diagrama tensão deformação, as barras e fios são divididos nas
Classes A e B; os aços Classe A são laminados a quente, em geral com escoamento definido, carac-
terizado por patamar no diagrama tensão-deformação, e os aços Classe B são encruados por defor-
mação a frio e sem patamar de escoamento. O limite de escoamento é definido como a tensão que
produz, no descarregamento, uma deformação unitária permanente de 0,2.
b) Características
• Tipo de superfície
As barras e fios podem ser lisos ou providos de saliências ou mossas; para cada categoria de aço, o
coeficiente de conformação superficial mínimo ηb, determinado através de ensaios de acordo com a
ABNT NBR 7477:1982, deve atender ao indicado na ABNT NBR 7480:2007. A configuração e a geo-
metria das saliências ou mossas devem atender, também, ao que é especificado nas seções 9 e 23
da ABNT NBR 6118:2007, desde que existam solicitações cíclicas importantes.
Para os efeitos desta Norma, a conformação superficial é medida pelo coeficiente η1, cujo valor está
relacionado ao coeficiente de conformação superficial conforme estabelecido na Tabela 8.2 da ABNT
NBR 6118:2007;
• Massa específica
Adota-se, para massa específica do aço de armadura passiva, o valor de 7850 kg/m 3;
Para que o aço seja considerado soldável, sua composição deve obedecer aos limites estabelecidos
na ABNT NBR 8965:1985.
A emenda de aço soldada deve ser ensaiada à tração segundo a ABNT NBR 8548:1984; a carga de
ruptura mínima, medida na barra soldada, deve satisfazer ao especificado na ABNT NBR 7480:2007
e o alongamento sob carga deve ser tal que não comprometa a ductilidade da armadura. O alonga-
mento total plástico medido na barra soldada deve atender a um mínimo de 2;
86
• Eletrodo para emenda
O eletrodo deve ser constituído de metal de características idênticas às do metal base e deve apre-
sentar revestimento básico que dificulte a fissuração a quente, pela absorção de hidrogênio, baixo
teor de hidrogênio para aço CA 50 e possuir tensões de escoamento iguais ou superiores ao material
das barras a serem soldadas. Devem ser mantidos em lugar seco, de preferência em estufas; é ve-
dado o uso de eletrodos úmidos no momento da soldagem.
Nota: Outras características particulares, para cada caso, devem ser especificadas no projeto.
5.2 Equipamentos
Os equipamentos necessários à execução dos serviços devem atender aos requisitos da subseção
6.4 da ABNT NBR 14931 :2003.
5.3 Execução
Devem ser atendidas as especificações da seção 8 da Norma ABNT NBR 14931:2003.
O armazenamento deve ser feito sem contato com o solo, sobre estrados, ao abrigo da chuva e em
ambiente ventilado.
As barras de aço Classe B devem ser sempre dobradas a frio; as barras não podem ser dobradas
junto às emendas soldadas.
Conforme subseção 9.5.1 da Norma ABNT NBR 6118:2007, os tipos de emendas das barras são:
• Por traspasse;
87
• Por solda;
b) Características
Para manter as barras na posição desejada e garantir o cobrimento mínimo permite-se o uso de ara-
mes e de tarugos de aço ou tacos de concreto ou argamassa; o tarugo de aço só deve ser aceito se o
cobrimento de concreto no local tiver a espessura mínima recomendada no projeto.
A Tabela 6.1 da ABNT NBR 6118:2007 considera quatro classes de agressividade ambiental:
• Agressividade fraca;
• Agressividade moderada;
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c) Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento mínimo para tsc = 10
mm
6 Condicionantes ambientais
Para evitar a degradação do meio ambiente deve ser atendido o estabelecido no Projeto de Engenha-
ria, nos Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental - PBA, as recomenda-
ções/exigências dos órgãos ambientais e as normas técnicas, em particular, a Norma DNIT 070/2006
- PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento.
7 Inspeções
7.1 Controle dos insumos
7.1.1 No recebimento
As barras recebidas não devem apresentar defeitos prejudiciais, tais como fissuras, bolhas e corrosão
excessiva.
Recomenda-se verificar as características geométricas das barras e fios. A massa real das barras de
diâmetro nominal igualou superior a 10 mm e dos fios deve ser igual à sua massa nominal, com tole-
rância de ± 6%, e a tolerância para as barras de diâmetro nominal inferior a 10 mm é de ± 10%. A
massa nominal é obtida pela multiplicação do comprimento pela área da seção nominal e por 7,85
kg/drn³. A tolerância de comprimento é de ± 1%, conforme seção 4 desta Norma.
a) se os eixos das nervuras transversais formam com o eixo da barra, ângulo igualou superior a
45°;
c) se a altura média das nervuras ou profundidade das mossas é igualou superior a 4% do diâ-
metro nominal;
d) se o espaçamento médio das nervuras transversais está entre 50% e 80% do diâmetro nomi-
nal;
Em cada partida, as barras ou fios devem ser repartidos em lotes, em função da categoria e do diâ-
metro nominal, cujas massas máximas estão indicadas na Tabela 1. Quando o fornecimento for em
rolo, considerar o dobro dos volumes indicados para a massa máxima. Quando houver mistura ou
não forem identificáveis, cabe ao inspetor orientar a formação de outros lotes para inspeção.
89
Tabela 1 - Massa máxima do lote (t)
Categoria do aço
Diâmetro
Nominal
CA-25 CA-50 CA-60
(mm)
3,2 - - 1,6
4 - - 2
5 6,3 3,2 2,5
6,3 8 4 3,2
8 10 5 4
10 12,5 6,3 5
12,5 16 8 6,3
16 20 10 -
20 25 12,5 -
25 30,0 16 -
32 30,0 20 -
40 30,0 25 -
A contraprova deve ser feita quando qualquer corpo de prova da amostra inicial do plano de amostra-
gem em questão não satisfizer às exigências da Norma ABNT NBR-7480:2007.
Para lotes de rolos, o número de exemplares da amostra deve ser o dobro do inicial da Tabela 2.
a) Fios - deve ser retirada, aleatoriamente, uma amostra antes da fabricação da tela, para os en-
saios de tração e dobramento de cada lote de fios; devem ser apresentados os resultados pelo
produtor, quando solicitados.
b) Telas - após a retirada aleatória de um painel ou rolo, extrair como amostra uma faixa transver-
sal, contendo todos os fios longitudinais e apresentando as dimensões adequadas para a execu-
ção dos ensaios previstos.
90
Para os cinco primeiros lotes de fornecimento deve ser adotado o Plano 2; se aprovados, deve ser
adotado o Plano 1 para os lotes seguintes. Se, entretanto, houver rejeição de um ou mais lotes, deve
ser adotado o Plano 3 para os cinco lotes seguintes. Para os demais lotes de fornecimento a amos-
tragem deve ser em função do plano adotado para os cinco lotes anteriores e os resultados dos en-
saios correspondentes, de acordo com a Tabela 3.
Inspeção dos lotes anteriores aos que devem ser Lotes da partida a ser ins-
inspecionados pecionada
Plano adotado Resultados obtidos Plano a ser adotado
1 1
2 Todos aprovados 1
3 2
1 2
2 Houve lote rejeitado 3
3 3
1 3
Houve mais de um lote
2 3
rejeitado
3 3
Obs.: Para um mesmo fornecimento, os resultados obtidos na inspeção dos cinco últimos lotes da
partida anterior definem o Plano de Amostragem da partida subsequente.
7.1.4 Ensaios
Cabe ao laboratório receber a amostra representativa do lote e verificar a sua autenticidade. Devem
ser realizados ensaios de tração e de dobramento, obedecendo, respectivamente, as Normas ABNT
NBR ISO 6892:2002 e ABNT NBR 6153:1988. Deve ser determinada a massa real nestes corpos de
prova, mesmo que já feita em canteiro. O laboratório deve fornecer ao comprador o resultado desses
ensaios. O ensaio de dobramento não se aplica a barras e fios emendados. As telas soldadas devem
ser ensaiadas conforme a ABNT NBR 6153:1988 para dobramento e ABNT NBR 5916:1990 para
cisalhamento.
A amostragem de barras emendadas deve ser feita por tipo de emenda. Para cada conjunto de 50 ou
menos emendas deve ser retirado um exemplar. Se qualquer corpo-de-prova não satisfizer às exi-
gências da ABNT NBR 7480:2007 devem ser retiradas duas contraprovas do conjunto corresponden-
te. O ensaio deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR 8548:1984. As emendas de barras me-
cânicas ou soldadas devem satisfazer ao limite de resistência convencional à ruptura das barras não
emendadas. No ensaio de qualificação o alongamento da barra emendada deve atender à seguinte
inequação:
Sendo:
Φ =diâmetro nominal em mm
91
A = alongamento de 10 diâmetros, em mm
= tensão calculada pela carga máxima atuante na barra emendada durante o ensaio, em MPa.
7.3.1 Conformidade
a) Material
O lote deve ser considerado conforme ao apresentar barras, fios e telas de aço sem defeitos prejudi-
ciais, se a massa real estiver dentro das tolerâncias constantes da subseção 7.1.1 desta Norma e se
satisfatórios os resultados dos ensaios de tração e dobramento de todos os exemplares retirados.
Caso um ou mais destes resultados não atendam ao especificado, deve ser realizada uma contrapro-
va única, sendo a amostra formada conforme a subseção 7.1.2 desta Norma. Caso todos os resulta-
dos da contraprova sejam satisfatórios, o lote deve ser aceito.
b) Emendas
Para barras emendadas, o conjunto especificado na subseção 7.2 deve ser aceito, caso os resultados
da prova ou das duas contraprovas forem satisfatórios.
c) Telas de aço
O lote de tela de aço deve ser aceito se os ensaios de tração e dobramento ou cisalhamento da prova
ou das duas contraprovas forem satisfatórios.
Admitem-se as quebras de juntas soldadas, desde que não excedam a 1% do número total por pai-
nel, ou de 1% do número total de 15 m2 de tela, caso de rolos, e que 50 ou mais do total de juntas
quebradas não se encontrem localizadas em um único fio.
7.3.2 Não-conformidade
O lote deve ser considerado não-conforme se não atender à subseção 7.3.1 ou se no ensaio de con-
traprova houver, pelo menos, um resultado que não satisfaça às exigências da Norma ABNT NBR
7480:2007, ou não atender à Norma ABNT NBR 7481/1990.
8 Critério de medição
As armaduras para concreto armado consideradas conformes com esta Norma, incluindo todos os
serviços necessários à execução, devem ser medidas por quilograma de aço colocado nas fôrmas, de
acordo com as listas do projeto.
92
NORMA DNIT 091/2006 - ES
Resumo
Este documento define a sistemática a ser adotada na avaliação e recuperação de aparelhos de
apoio de concreto, neoprene e metálicos nas obras-de-arte especiais. Descreve os procedimentos de
recuperação, mas não os de substituição e aborda o manejo ambiental, as condições de conformida-
de e não conformidade e os critérios de medição.
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas e bibliográficas
3 Definição
4 Condições gerais
5 Condições específicas
6 Manejo ambiental
7 Condições de conformidade e não conformidade
8 Critérios de medição
Prefácio
A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa para servir como docu-
mento base na definição da sistemática para ser empregada na execução dos serviços de recupera-
ção dos aparelhos de apoio nas obras-de-arte especiais. Esta Norma está formatada de acordo com
a Norma DNIT 001/2002 - PRO.
1 Objetivo
Esta Norma tem por objetivo estabelecer os procedimentos a serem seguidos nos serviços de recupe-
ração dos aparelhos de apoio, de concreto, elastoméricos e metálicos; que incluem avaliação do es-
tado do aparelho de apoio e serviços de recuperação, mas não os de substituição.
Os serviços de recuperação são necessários quando os aparelhos de apoio, fixos, móveis, deformá-
veis ou de escorregamento, deixam de atender, parcial ou integralmente, suas finalidades.
b) ___. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
c) ___. NBR 8800: projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (método dos estados limi-
tes). Rio de Janeiro, 1986.
d) ___. NBR 9783: aparelhos de apoio de elastômero fretado. Rio de Janeiro, 1987.
93
e) ___. NM IEC 60811-2-1: métodos de ensaio comuns para materiais de isolação e de cobertura
de cabos elétricos e ópticos - parte 2: métodos específicos para materiais elastoméricos - capítu-
lo 1: ensaio de resistência ao ozônio, de alongamento a quente e de imersão em óleo mineral.
Rio de Janeiro, 2003.
c) LANGENDONCK, Telemaco Hyppolito de Macedo Van. Cálculo de concreto armado. São Paulo:
ABCP, 1944-1950.
e) NEGRI, José. Las construcciones metálicas. Buenos Aires: La Línea Recta, 1980.
3 Definição
Aparelhos de apoio são dispositivos que fazem a transição entre a superestrutura e a mesoestrutura
ou a infraestrutura, nas pontes não aporticadas; as três principais funções dos aparelhos de apoio
são:
c) permitir as rotações da superestrutura, motivadas pelas deflexões provocadas pela carga per-
manente e pela carga móvel.
4 Condições gerais
Uma classificação não aparelhos de apoio em muito precisa, grupa os duas grandes classes: elasto-
méricos e mecânicos; os apoios elastoméricos têm comportamento vertical elástico e acomodam
movimentos horizontais e rotações comprimindo e deslocando as camadas de neoprene ou de mate-
riais similares; os apoios mecânicos têm comportamento vertical rígido e acomodam movimentos
horizontais e rotações por deslizamentos, rotações e movimentos pendulares.
Uma outra classificação simplesmente grupa os aparelhos de apoio em aparelhos de apoio fixos e
aparelhos de apoio móveis.
A recuperação de aparelhos de apoio, nos casos extremos, implica no perfeito conhecimento de seu
funcionamento e na avaliação das solicitações que sobre ele incidem.
A substituição de aparelhos de apoio, mesmo em pontes com vãos de modestas dimensões, é uma
operação cara e difícil, quando esta substituição não foi prevista em projeto, apesar de obrigatória a
partir da NBR 7187.
94
5 Condições específicas
5.1 Aparelhos de apoio elastoméricos
Os apoios elastoméricos têm uma grande capacidade para sobreviver à falta de manutenção e, salvo
se foram fabricados com materiais de baixa qualidade, é muito difícil que entrem em colapso total;
entretanto, os apoios elastoméricos podem tornar-se prematuramente inservíveis em virtude de uma
série de causas, incluindo:
Em virtude das dificuldades e dos custos da substituição dos aparelhos de apoio, o radicalismo ante-
rior tem sido abrandado para uma certa tolerância com as deficiências dos antigos aparelhos de apoio
elastoméricos: se há uma separação nítida entre superestrutura e a meso ou infraestrutura, se as
deficiências do aparelho de apoio não causam prejuízos ao comportamento da estrutura e se não há
trincas ou fissuras localizadas na região do apoio, em princípio, pode-se adiar a substituição do apa-
relho de apoio, dependendo, porém, dos resultados de verificações estruturais e de uma inspeção
minuciosa.
c) verificar se a face superior e a face inferior do aparelho estão totalmente em contato com a estru-
tura;
95
i) verificar se há juntas de dilatação defeituosas na superestrutura, muito próximas do aparelho de
apoio ou diretamente sobre o aparelho;
Com exceção das articulações de chumbo que, em relativamente pouco tempo, tornaram-se inserví-
veis, os aparelhos de apoio, as articulações de concreto principalmente, foram superdimensionadas e
suportam solicitações maiores que as do dimensionamento.
A articulação de chumbo não pode ser recuperada e nem deve ser substituída por outra do mesmo
material; a atitude a adotar dependerá exclusivamente de uma inspeção visual para decidir sobre sua
substituição. Veja-se o Item 6.1, dispensadas as verificações estruturais.
A articulação, que permite uma reduzida rotação da superestrutura, deve ser mantida limpa e desim-
pedida de detritos; a articulação, se convenientemente executada, não se degrada, mas pode provo-
car fissuras, trincas e quebras de cantos de suportes mal dimensionados e com fretagem deficiente.
Se a articulação ocupar, na sua maior dimensão, todo o apoio, é muito provável haver quebras de
cantos dos apoios; se a fretagem for insuficiente, é certo o aparecimento de fissuras e trincas nos
apoios.
A recuperação dos apoios deve ser feita com a retirada de detritos que possam impedir as rotações, o
tratamento das eventuais quebras de cantos e de trincas e fissuras e o reforço da fretagem com en-
camisamentos e cintamentos.
96
A recuperação de uma Articulação Mesnager passa por uma limpeza e retirada de detritos que pos-
sam impedir as rotações e, se necessário, com o tratamento de eventuais quebras se cantos e de
trincas e fissuras e o reforço da fretagem com encamisamentos e cintamentos.
O tratamento destas articulações passa pela remoção de detritos que possam impedir sua livre rota-
ção e tratamento de eventuais e pouco prováveis trincas e fissuras.
A recuperação das articulações metálicas, quando ainda possível, e se necessário, passa pelas se-
guintes etapas:
a) inspeção minuciosa;
b) verificações estruturais;
c) remoção dos detritos, liberando todos os elementos componentes da articulação metálica dos
obstáculos ao seu funcionamento;
A aplicação de lubrificantes para facilitar deslizamentos e rolamentos não é uma solução duradoura
visto que eles atraem poeiras, detritos e umidade, que aceleram a corrosão.
97
um deslizamento relativo entre placas.
No final da construção, as placas são centradas, para uma temperatura média; entretanto, em relati-
vamente pouco tempo, as placas deixam de estar centradas, a camada lubrificante contamina-se com
poeiras e umidade e as peças de aço são atacadas pela corrosão, tornando o apoio, primitivamente
deslizante, inservível.
As articulações são as já citadas nas articulações fixas: de contato: placas de chumbo, blindadas, tipo
Freyssinet e tipo Mesnager; os pêndulos de concreto têm certas limitações geométricas e também
físicas, no que se refere a deslocamentos admissíveis.
Além de ser necessário observar o que consta do Item 6.2.3.1, a recuperação dos apoios pendulares
de concreto exige uma verificação da vertical idade do pêndulo e das solicitações provocadas por
uma eventual inclinação exagerada; há uma tendência em bloquear a articulação pendular de concre-
to com seu encamisamento, a destruição de uma eventual ligação com a superestrutura e a introdu-
ção de uma articulação elastomérica.
A recuperação parcial destes aparelhos é possível e passa pelas seguintes etapas de inspeção:
a) inspecionar o aparelho minuciosamente para identificar seu tipo: há aparelhos que permitem
deslocamentos e outros não, há aparelhos que permitem rotação unidirecional e outros que per-
mitem rotações multi-direcionais;
c) verificar se o neoprene está perfeitamente contido entre a tampa e o vaso: qualquer falha na
estanqueidade, permite o escapamento do elastômero e inutiliza o aparelho;
Se não houver falha na estanqueidade, a recuperação do aparelho, embora difícil, pode e deve ser
efetuada.
98
6 Manejo ambiental
As reduzidas atividades diferenciadas necessárias para recuperação dos diversos tipos de aparelhos
de apoio muito pouco afetam o meio ambiente:
8 Critérios de medição
Os serviços, diferenciados para cada tipo de aparelho de apoio e nem sempre igualmente necessá-
rios para um mesmo tipo, devem ser medidos por etapas, conforme indicado a seguir:
99
NORMA DNIT 124/2009 - ES
Resumo
Este documento define a sistemática adotada na execução de escoramento de pontes e viadutos
rodoviários de concreto armado.
Sumário
Prefácio
1.Objetivo
2.Referências normativas
3.Definições
4.Condições gerais
5.Condições específicas
6.Condicionantes ambientais
7.Inspeções
8.Critérios de medição
Anexo A (Informativo) Bibliografia
Prefácio
A presente Norma foi preparada pelo Instituto de Pesquisas Rodoviárias - IPRlDIREX, para servir
como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para execução e controle da
qualidade dos escoramentos em pontes e viadutos rodoviários de concreto armado.
Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 - PRO, cancela e substitui a Norma DNER-
ES 337/97.
1 Objetivo
Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis para execução de escoramentos, com a
finalidade de suportar a estrutura na fase de construção.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referên-
cias datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
100
d) ___. NBR 7190 - Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro.
e) ___. NBR 8800 - Projeto e execução de estruturas de aço em edifícios. Rio de Janeiro.
g) ___. NBR 7187 - Projeto de pontes de concreto armado e protendido - Procedimento. Rio de
Janeiro.
k) ___. DNIT 070-PRO Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento.
Rio de Janeiro: IPR.
3 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes:
3.1 Escoramento
Conjunto temporário de escoras e contraventamentos, de madeira ou de aço, projetado para resistir
ao peso próprio da estrutura, eventuais sobrecargas, ação do vento e de enchentes durante a cons-
trução, evitando deformações prejudiciais à sua forma e esforços no concreto na fase de endureci-
mento. O termo cimbramento é mais geral, mas tem sido correntemente substituído por escoramento.
3.2 Escora
Peça comprimida, vertical ou inclinada; as peças verticais são denominadas de montantes e as hori-
zontais, de diagonais.
3.3 Contraventamento
Conjunto de peças, horizontais ou inclinadas, que enrijecem alguns tipos de escoramento.
3.4 Descimbramento
Afrouxamento, descolamento ou retirada total do escoramento, quando a estrutura de concreto já
adquiriu resistência suficiente para se suportar. Para facilitar o descimbramento, colocam-se certos
dispositivos que permitem rebaixar o cimbramento, retirando-os de carga; estes dispositivos podem
ser constituídos de cunhas, peças rosqueadas, caixas de areia, macacos hidráulicos etc.
4 Condições gerais
A responsabilidade pelo projeto, execução e remoção dos escoramentos é do construtor.
101
Os escoramentos somente devem entrar em carga após a liberação da Fiscalização.
Supervisão cuidadosa e inspeções frequentes devem ser efetuadas durante a execução do escora-
mento, a colocação do concreto e a retirada do escoramento; as causas principais dos colapsos dos
escoramentos são materiais e equipamentos de baixa qualidade, erros humanos e projetos inade-
quados.
O projeto do escoramento deve considerar os efeitos das sobrecargas de construção, dos pesos dos
equipamentos, da ação do vento, da velocidade da colocação do concreto e dos equipamentos utili-
zados para sua compactação.
5 Condições específicas
5.1 Projeto
A escolha dos materiais para execução dos escoramentos deve atender a requisitos de economia,
segurança e interdependência com as fôrmas.
No projeto devem ser previstos forma, prazo e condições para remoção do escoramento.
5.2 Materiais
Os materiais utilizados para escoramentos devem ser: madeira, aço e concreto.
5.2.1 Madeira
A madeira é o material mais antigo usado não só para escoramentos, de utilização temporária, como
também para muitos outros elementos estruturais, de longa ou até definitiva utilização.
As madeiras duras, ou madeiras de lei, tais como peroba, ipê e aroeira são madeiras nobres e supe-
riores, mas raramente utilizadas para escoramentos; dada a facilidade com que são encontrados, o
pinho do Paraná e os eucaliptos são mais utilizados, na sua forma roliça.
Na bibliografia citada no Anexo A e na NBR 7190:1997 podem ser encontradas as principais madei-
ras existentes no Brasil e suas propriedades físicas e mecânicas; estas propriedades referem-se a
resultados obtidos em amostras sem defeitos.
Além de defeitos naturais, como a existência de nós, fibras reversas e fendas, as propriedades mecâ-
nicas da madeira são influenciadas pela idade, pelo grau de umidade e pelo tempo de duração da
carga.
O projetista do escoramento de madeira deve examinar as peças a utilizar e ter experiência e sensibi-
lidade para avaliar sua capacidade resistente; peças de madeira, quando pintadas, devem ser rejeita-
das porque a pintura pode estar mascarando defeitos e sua avaliação fica prejudicada; a reutilização
de peças de madeira deve ser precedida de cuidadosa inspeção.
As ligações entre peças de madeira, principalmente quando roliças, deve ser cuidadosa e constante-
mente inspecionada; ligações com pregos não são confiáveis, devendo-se dar preferência a conecto-
res e parafusos.
102
5.2.2 Aço
As restrições à utilização da madeira, ambientais, de custo e de reaproveitamento tornaram competi-
tivos e até mais convenientes os escoramentos metálicos, principalmente em sistemas racionaliza-
dos, disponíveis para venda ou locação.
As características do aço a utilizar devem ser identificadas com segurança; havendo dúvidas, adotar
as características do Aço ASTM A7, com Limite de Escoamento fy= 240 MPa e Resistência à Ruptura
fu = 370 MPa
5.2.3 Concreto
Os escoramentos de concreto são utilizados em obras de maior importância e, geralmente, suportam
treliças metálicas; são de difícil e custosa demolição.
5.3 Execução
5.3.1 Fundações superficiais
Embora as fundações dos escoramentos sejam temporárias, sua importância não deve ser negligen-
ciada; devem ser levados em conta os seguintes fatores principais:
• Enchentes e erosões;
Quando o escoramento utilizar sistemas padronizados, devem ser seguidas as instruções do fabrican-
te.
103
5.3.4 Contraventamentos
Os sistemas padronizados fornecem indicações de espaçamentos de contraventamentos , bem como
peças adequadas para contraventamentos horizontais, verticais e inclinados; quando as peças de
ajustamento ou aperto, superiores, estiverem totalmente estendidas, a capacidade nominal das peças
verticais deve ser reduzida.
5.4 Inspeção
A inspeção dos escoramentos deve ser efetuada, no mínimo, em três ocasiões distintas:
5.4.1 Durante a montagem
a) Verificar se todos os desenhos e instruções escritas foram estritamente observados.
Após a desmontagem, os escoramentos devem ser removidos do local; nas fundações em estacas,
estas também devem ser removidas ou cortadas no nível do terreno ou do fundo dos rios.
6 Condicionantes ambientais
Os diversos tipos de escoramentos agridem, diferentemente, o meio ambiente; é necessário o aten-
dimento das Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento, Norma DNIT
104
070/2006 - PRO, e de algumas prescrições resumidas a seguir, para minimizar e corrigir estas agres-
sões:
b) Escoramentos contínuos
Em geral, de madeira roliça e em obras de menor vulto e vãos pequenos; a origem desta madei-
ra roliça é que provoca desmatamento não controlado.
Este tipo de escoramento não deve, salvo casos excepcionais, ser permitido; as peças de madei-
ra roliça quase sempre não são reaproveitadas, ficando abandonadas no local.
Deve ser exigida a retirada de toda a madeira utilizada e a recomposição do terreno e da vege-
tação.
As torres de concreto de certos escoramentos devem ser demolidas e removidas suas partes;
em seguida, o terreno e a vegetação devem ser recompostos.
7 Inspeções
7.1 Controle da execução
Os escoramentos devem permanecer íntegros e sem modificações até que o concreto adquira resis-
tência suficiente para suportar as tensões e deformações a que é sujeito, com aceitável margem de
segurança.
O controle das deformações verticais dos escoramentos, no decorrer da concretagem, deve ser feito
com a instalação de defletômetros ou com nível de precisão, para que se possa reforçá-lo em tempo
hábil, em caso imprevisto.
Os períodos mínimos para retirada de escoramentos dependem de fatores, tais como: a velocidade
do aumento da resistência do concreto, processos de cura adotados e comportamento das deforma-
ções. Assim, só deve ser efetuado quando o concreto se achar suficientemente endurecido para re-
sistir às ações que sobre ele atuem e não conduzir a deformações inaceitáveis.
Caso não demonstrado o atendimento às condições já mencionadas e não tendo sido utilizado cimen-
to de alta resistência inicial, ou qualquer processo que acelere o endurecimento, a retirada das fôrmas
e do escoramento não deve ser efetuada antes dos seguintes prazos:
105
c) faces inferiores, sem pontaletes: 21 dias.
A retirada do escoramento e da fôrma deve ser efetuada sem choques e obedecendo ao programa
elaborado de acordo com o tipo de estrutura.
Quando o escoramento não for mais necessário, deve ser inteiramente removido, incluindo os que
utilizam trechos de concreto ou mesmo apenas dentes engastados nas estruturas definidas. Estacas
utilizadas para apoio de escoramento devem ser extraídas ou cortadas até, pelo menos, 50 cm abaixo
do nível acabado do terreno. Todos os remanescentes dos trabalhos de escoramento devem ser re-
movidos, de maneira a deixar o local limpo e em condições apresentáveis.
Efetuar controle do nivelamento do concreto após a retirada do escoramento, com levantamento deta-
lhado, em seções transversais e longitudinais, nas bordas e no centro, para futuras conferências.
7.2.2 Não-conformidade
Os serviços que não atenderem à subseção 7.2.1, devem ser considerados não-conformes e devem
ser corrigidos, complementados ou refeitos.
8 Critérios de medição
Os escoramentos devem ser medidos pelo volume determinado pela projeção do tabuleiro e altura
compreendida entre o fundo da laje e o terreno, em metros cúbicos, ou em área de tabuleiro, nos
casos específicos de escoramentos superiores. Não deve ser medido em separado, o estaqueamento
provisório se houver, o descimbramento, o levantamento topográfico da estrutura ou quaisquer outros
serviços necessários à execução do escoramento.
106
NORMA DNIT 123/2009 - ES
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Condições gerais
5 Condições específicas
6 Condicionantes ambientais
7 Inspeções
8 Critérios de medição
Anexo A (Informativo) Bibliografia
Prefácio
A presente Norma foi preparada pelo Instituto de Pesquisas Rodoviárias - IPRlDIREX, para servir
como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de estruturas
de pontes e viadutos rodoviários de concreto protendido.
Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 - PRO, cancela e substitui a Norma DNER-
ES 336/97.
1 Objetivo
Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis na execução e controle das estruturas de
concreto protendido em pontes e viadutos rodoviários.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referên-
cias datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
107
f) ___. NBR 7681 - Calda de cimento para injeção - Procedimento. Rio de Janeiro.
g) ___. NBR 7187 - Projeto de pontes de concreto armado e protendido - Procedimento. Rio de
Janeiro.
h) BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 001/2009 - PRO -
Elaboração e apresentação de normas do DNIT Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.
i) ___. DNIT 011/2004 - PRO - Gestão da qualidade em obras rodoviárias - Procedimento. Rio de
Janeiro: IPR, 2004.
j) ___. DNIT 070 - PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento.
Rio de Janeiro: IPR.
k) ___. DNIT 117 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Concretos, argamassas e calda de cimento
- Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.
l) ___. DNIT 118 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Armaduras para concreto armado - Especi-
ficação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.
m) ___. DNIT 119 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Armaduras para concreto protendido - Es-
pecificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.
n) ___.. DNIT 120 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Fôrmas - Especificação de serviço. Rio de
Janeiro: IPR.
o) ___. DNIT 122 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Estruturas de concreto armado - Especifi-
cação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.
p) ___. DNIT 124 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Escoramentos - Especificação de serviço.
Rio de Janeiro: IPR.
3 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes:
108
3.6 Plano de protensão
Conjunto de instruções que devem constar do projeto, tais como tensão inicial de protensão, ordem
de protensão, alongamentos etc., para permitir a execução e o controle da protensão.
4 Condições gerais
As estruturas de concreto protendido devem atender a todas as normas e especificações pertinentes;
a diferença fundamental entre concreto armado convencional e concreto armado protendido é a exis-
tência, neste último, de uma armadura de protensão.
Basicamente, as estruturas de concreto protendido não devem fissurar ou, no máximo, apresentar
fissuras de pequena abertura, que desaparecem, para alguns casos extremos de carregamento; a
corrosão dos aços de protensão, quando em carga, é extremamente perigosa, podendo causar a
ruptura frágil da estrutura.
A identificação das patologias no concreto protendido somente deve ser efetuada por profissional
experiente; nenhuma obra de reparo ou de reforço deve ser iniciada sem a identificação das causas
das patologias e sem um projeto especialmente detalhado.
5 Condições específicas
5.1 Materiais
Faz parte das estruturas de concreto protendido com aderência posterior, a execução dos seguintes
serviços, já prescritos nas especificações seguintes:
• DNIT 118/2009 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Armaduras para concreto armado - Especi-
ficação de serviço
• DNIT 119/2009 - ES - Pontes e viadutos rodoviários Armaduras para concreto protendido - Es-
pecificação de serviço
5.2 Equipamentos
Além dos já considerados nas normas de especificações de serviço citadas na subseção 5.1, devem
ser relacionados os macacos hidráulicos de protensão pertinentes ao sistema de protensão adotado,
as bombas de alta pressão para injeção da calda de cimento ou as bombas a vácuo e misturadora de
alta pressão para calda de injeção.
109
5.3 Execução
5.3.1 Concreto
A Norma DNIT 117/2009 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Concretos, argamassas e calda de
cimento para injeção - Especificação de serviço estabelece as condições para o recebimento e exe-
cução de concretos, argamassas e calda de cimento para construção de pontes e viadutos rodoviá-
rios de concreto armado e de concreto protendido. São ressaltadas, a seguir, algumas condições
específicas relevantes.
Nas extremidades das vigas e nos locais de concentração de ancoragens e fretagens, o concreto,
além da resistência indicada no projeto, deve ter trabalhabilidade e diâmetro máximo de agregado
compatíveis com a densidade das armaduras e ancoragens.
5.3.2 Protensão
a) Plano de protensão
A protensão somente pode ser iniciada após aprovação do Plano de Protensão, integrante do
Projeto Executivo, e onde devem constar:
• Fases de protensão;
• Ordem de protensão dos cabos;
• Processo de protensão, se simultâneo nas duas extremidades ou separadamente, em cada
extremidade;
• Resistência mínima do concreto, necessária para atender aos esforços, em cada fase de pro-
tensão;
• Valor mínimo recomendável para o módulo de elasticidade do concreto, se a protensão for efe-
tuada em concreto de pouca idade;
• Características do cabo, a área da seção transversal e o módulo de elasticidade;
• Alongamentos previstos para as extremidades de cada cabo com as respectivas tolerâncias;
• Tensões e forças iniciais de protensão, para cada fase de protensão e para cada cabo;
• Condições especiais de descimbramento, correspondentes às fases de protensão;
• Condições especiais de movimentação, transporte e colocação de pré-moldados.
Deve ainda ser verificado, com a retirada das fôrmas laterais, o estado da estrutura, se o concreto
atingiu a resistência exigida pelo projeto, bem como as condições de acesso às extremidades dos
cabos, para colocação, apoio e movimentação dos macacos de protensão e, também, o estado e a
adequação do equipamento de protensão.
• armadura pré-tracionada:
110
Por ocasião da aplicação da força Pi, a tensão σpi da armadura de protensão na saída do apare-
lho de tração deve respeitar os limites 0,77 fptk e 0,90 fpyk, para aços da classe de relaxação
normal, e 0,77 fptk e 0,85 fpyk. para aços da classe de relaxação baixa;
• armadura pós-tracionada:
- Por ocasião da aplicação da força Pi, a tensão σpi da armadura de protensão na saída do
aparelho de tração deve respeitar os limites 0,74 fptk e 0,90 fpyk, para aços da classe de re-
laxação normal, e 0,74 fptk e 0,88 fpyk , para aços da classe de relaxação baixa;
- nos aços CP-85/105, fornecidos em barras, os limites passam a ser 0,72 fptk e 0,88 fpyk.
respectivamente.
c) Tolerância de execução
Por ocasião da aplicação da força P;, se constatadas irregularidades na protensão, decorrentes de
falhas executivas nos elementos estruturais com armaduras pós-tracionadas, a força de tração em
qualquer cabo pode ser elevada, limitando a tensão σpi aos valores já estabelecidos para as armadu-
ras pós-tracionadas, majorados em 10 , até o limite de 50 dos cabos, desde que seja garantida a
segurança da estrutura, principalmente, nas regiões das ancoragens.
d) Tabelas de protensão
Nestas tabelas devem ser anotados os alongamentos alcançados pelas extremidades dos cabos e
demais ocorrências ocorridas durante as operações de protensão.
A injeção deve ser realizada com bombas elétricas, do tipo pistão ou parafuso, não sendo permitido o
uso de ar comprimido; a pressão deve variar de 1,5 MPa a 2,0 MPa, podendo ser necessárias pres-
sões maiores em cabos verticais ou com grande desnível. A velocidade de injeção do cabo pode vari-
ar de 6,0 m/seg a 12,0 m/seg, controlada por um dispositivo de regulagem de vazão. As bombas de-
vem possuir manômetros aferidos recentemente, com precisão de 0,1 MPa, e permitir que as pres-
sões altas sejam obtidas progressivamente e mantidas no fim da injeção. Para evitar ou diminuir o
risco de contaminação das bainhas, a injeção deve seguir uma sequência pré-estabelecida.
Durante a injeção, todos os cuidados devem ser tomados para evitar a entrada de óleo, água, ar ou
quaisquer outras substâncias.
As extremidades dos fios ou cordoalhas somente podem ser cortadas após o enchimento das bainhas
com calda de cimento.
6 Condicionantes ambientais
Para evitar a degradação do meio ambiente é necessário o atendimento da Norma DNIT 070/2006 -
PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras Procedimento e o estabelecido vincula-
da na ao documentação técnica-ambiental empreendimento, constituída pelo Componente Ambiental
do Projeto de Engenharia e os Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental - PBA e,
também, as recomendações e exigências dos órgãos ambientais.
111
7 Inspeções
7.1 Controle dos insumos
Devem atender às especificações descritas ns normas pertinentes constantes da subseção 5.1.
7.2.2 Injeção
Para cada cabo, ou família de cabos injetados simultaneamente, devem ser efetuados os seguintes
registros, durante a injeção:
Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da execução e do produto devem ser reali-
zados de acordo com o Plano da Qualidade (PGQ), constante da proposta técnica aprovada e con-
forme Norma DNIT 011/2004-PRO, devendo atender às condições gerais e específicas das seções 4
e 5 desta Norma, respectivamente.
7.3.2 Não-conformidade
Os serviços não-conformes devem ser corrigidos, após consulta ao projetista, complementados ou
refeitos.
8 Critérios de medição
Os materiais e serviços considerados conformes com esta Norma devem ser medidos obedecendo
aos critérios já estabelecidos nas Normas específicas do DNIT, acrescentando-se a protensão com a
injeção de calda de cimento, medida por metro de cabo protendido e injetado.
112
NORMA DNIT 088/2006 - ES
Resumo
Este documento define a sistemática a ser observada na recuperação, demolição ou substituição dos
dispositivos de segurança lateral das obras-de-arte especiais. Descreve os procedimentos para a
recuperação de guarda-rodas, guarda-corpos metálicos e de concreto e barreiras do tipo New Jersey.
Aborda ainda, manejo ambiental, as condições de conformidade e não conformidade e os critérios de
medição.
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas e bibliográficas
3 Definição
4 Condições gerais
5 Condições específicas
6 Manejo ambiental
7 Condições de conformidade e não conformidade
8 Critério de medição
Prefácio
A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa para servir como docu-
mento base na definição da sistemática para ser empregada na execução e serviços de recuperação,
demolição e substituição dos sistemas de proteção lateral das obras-de-arte especiais e está baseada
na Norma DNIT 001/2002 - PRO.
1 Objetivo
Esta Norma tem como objetivo estabelecer os procedimentos a serem seguidos nos serviços de re-
cuperação ou demolição e substituição dos dispositivos de segurança lateral das obras-de-arte espe-
ciais: guarda-rodas, guarda-corpos e barreiras.
113
2.2 Referências bibliográficas
a) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de construção de
obras-de-arte especiais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
e) AMERICAN CONCRETE INSTITUTE. Concrete repair manual. 2nd. ed. Farmington Hills, MI,
2003.
f) HARTLE, R. A. et aI. Bridge inspector's training manual'90. Revised edition. Washington, D. C.:
FHWA,1995.
g) RAINA, V. K. Concrete bridges: inspection, repair, strenghthening, testing and load ca-
pacity evaluation. New York: McGraw-Hill, 1996.
h) DIAS, Luís Andrade de Mattos. Estrutura de aço: conceitos, técnicas e linguagens. ed. rev. ampl.
São Paulo: Zigurate, 1998.
3 Definição
Os dispositivos de segurança lateral, citados nesta Norma, e utilizados nas obras-de-arte especiais da
malha rodoviária federal, não modificam a resistência e nem a segurança das estruturas; eles devem
ter, mas nem todos têm, resistência suficiente para evitar, não só que um veículo desgovernado pos-
sa sair da ponte, mas também um perfil adequado para redirecionar, sem grandes danos, o veículo
para sua pista.
4 Condições gerais
Basicamente, as pontes da malha rodoviária federal têm quatro tipos de seção transversal e proteção
lateral:
114
Os guarda-rodas de 0,30m de altura são, na realidade, balizadores de tráfego que, pouca ou nenhu-
ma proteção lateral oferecem aos veículos; os guarda-rodas de 0,50m de largura, com 0,35m de lar-
gura livre, mal permitem a passagem de um pedestre, enquanto que os de 0,90m de largura, com
0,75m de largura livre, são impropriamente chamados de passeios. Em ambos os casos, o pedestre
tem a proteção externa proporcionada por guarda-corpos pré-moldados de concreto, de altura menor
que a recomendável, e nenhuma proteção interna. As barreiras New Jersey proporcionam uma prote-
ção lateral internacionalmente aceita e, caso existam passeios, estes deverão estar entre as barreiras
e os guarda-corpos, externos.
5 Condições específicas
5.1 Recuperação de guarda-rodas
5.1.1 Guarda-rodas de 0,50m de largura
Esses guarda-rodas são peças maciças de concreto, fracamente armadas, onde se engastam as
peças pré-moldadas, de concreto armado, dos guarda-corpos. A eventual recuperação das peças é
artesanal e deve incluir a colocação de pingadeiras, em placas pré-moldadas, objeto de outra especi-
ficação (DNIT 089/2006/ES).
As eventuais anomalias que podem ser encontradas nestes guarda-rodas são trincas, quebras resul-
tantes de choques de veículos e desgaste natural resultante do tempo e das intempéries; todas estas
anomalias podem ser corrigidas com argamassa de cimento e areia, traço 1:3, colocada com colher
de pedreiro e com acabamento.
Os guarda-rodas com peso aliviado são uma continuidade da laje estrutural em balanço e dependem
de sua própria armadura para garantir sua estabilidade e das cargas que sobre eles atuam, ou seja:
peso próprio, peso dos guarda-corpos, multidão no passeio de 300 kg/m2, e impacto de veículos na
peça vertical do guarda-rodas. A corrosão das armaduras destas peças verticais, ou mesmo uma
ancoragem deficiente, pode provocar o colapso de todo um trecho do guarda rodas. A recuperação
desses guarda-rodas, em linhas gerais, é idêntica a dos outros guarda-rodas, com especial atenção
para o estado do concreto e da armadura da face interna do guarda-rodas, junto à pista.
As peças dos guarda-corpos têm seção quadrada, cantos biselados, com lados de 10cm, 12cm e
15cm; as armaduras são fracas e com cobrimentos insuficientes.
115
As anomalias que ocorrem nesses guarda-corpos são a corrosão generalizada de armaduras e as
quebras de peças; entre recuperação e substituição a preferência é pela substituição quando há pe-
ças em estoque.
Dependendo da agressividade do meio ambiente, são citados, a seguir, alguns procedimentos se-
quenciais de pintura.
- duas demãos de primer alquídico, espessura do filme seco, por demão, de 30 µm:
- duas demãos de esmalte sintético, espessura do filme seco, por demão, de 30 µm,
b) Ambientes agressivos
- preparação de superfície: jato abrasivo quase branco Sa 2 ½ ;
- uma demão de primer epoxídico, espessura do filme seco, por demão, de 120 µm:
- duas demãos de esmalte epoxídico, espessura do filme seco, por demão, de 40 µm,
- uma demão de primer epoxídico, espessura do filme seco, por demão, de 120 µm:
- uma demão esmalte epoxídico espessura do filme seco, por demão, de 120 µm,
As anomalias mais frequentes são trincas e fissuras resultantes da não previsão de juntas adequa-
damente espaçadas na fase construtiva e corrosão de armaduras, por cobrimentos insuficientes ou
por desplacamentos de concreto, resultantes de choques de veículos, já na fase de utilização.
6 Manejo ambiental
As diferentes atividades envolvidas na Recuperação de Guarda-Rodas, Guarda-Corpos e Barreiras
ficam todas limitadas ao estrado da obra-de-arte e, portanto, facilmente controláveis.
Desde que, nas recuperações, os detritos sejam coletados e encaminhados para locais pré-
determinados, não haverá nenhum dano ao meio ambiente.
116
7 Condições de conformidade e não- conformidade
Os serviços devem ter acompanhamento contínuo e considerados conformes ou não-conformes em
cada etapa.
8 Critérios de medição
Os serviços, que podem ser bastante diferenciados, devem ser medidos por etapas, conforme indica-
do a seguir:
- sinalização horizontal e vertical: cada serviço com a sua unidade, de acordo com o SICRO 2;
117
NORMA DNIT 092/2006 - ES
Juntas de dilatação Especificação de serviço
Resumo
Este documento define a sistemática a ser adotada na avaliação e recuperação das juntas de dilata-
ção nas obras-de-arte especiais. Descreve os tipos, patologia e procedimentos de recuperação das
pontes e aborda o manejo ambiental, a inspeção dos serviços, as condições de conformidade e não
conformidade e os critérios de medição.
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas e bibliográficas
3 Definição
4 Condições gerais
5 Condições particulares
6 Manejo ambiental
7 Inspeção
8 Condições de conformidade e não conformidade
9 Critérios de medição
Prefácio
A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa para servir como docu-
mento base na definição da sistemática a ser empregada na execução dos serviços de recuperação
das juntas de dilatação existente nas obras-de-arte especiais. E está formatada de acordo com a
Norma DNIT 001/2002 - PRO.
1 Objetivo
Esta Norma tem por objetivo estabelecer os procedimentos a serem seguidos nos serviços de recupe-
ração de juntas de dilatação.
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f) RAINA, V. K. Concrete bridges: inspection, repair, strenghthening, testing and load capacity
evaluation. New York: McGrawHill, 1996.
3 Definição
A junta de dilatação é uma separação física entre duas partes de uma estrutura, para que estas par-
tes possam se movimentar sem transmissão de esforço entre elas.
A presença de material rígido ou de material de preenchimento que tenha perdido a sua elasticidade
produz tensões indesejáveis na estrutura, podendo ocasionar fissuras nas lajes adjacentes à junta,
com a possibilidade de se propagar às vigas e pilares próximos.
4 Condições gerais
a) as juntas de dilatação devem garantir a transição suave entre os acessos e a ponte e também
entre os trechos por ela divididos;
c) as juntas de dilatação não podem ser confundidas com as juntas de construção: as primeiras são
permanentes e devem ter sua livre movimentação garantida, enquanto que as segundas são
temporárias e marcam o fim ou o início de um trecho de concretagem;
d) as juntas de dilatação que têm vida útil muito menor que as pontes da qual fazem parte, devem
ser inspecionadas regularmente e mantidas livres de detritos;
e) havendo recapeamentos, de asfalto ou de concreto, eles não devem criar degraus nem obstruir
ou se sobrepor às juntas;
f) há duas categorias principais de juntas de dilatação: juntas fechadas, projetadas para serem
estanques, e juntas abertas, que permitem a livre passagem de água e detritos;
g) na Inspeção final deve ser verificado se a junta está acumulando pedras ou outros detritos, se há
vazamentos e se há ruídos na passagem dos veículos; embora o acesso seja difícil, a parte infe-
rior da junta também deve ser inspecionada;
h) a recuperação completa de uma junta deteriorada é impraticável; certos tipos de juntas, porém,
permitem a substituição de módulos e de alguns componentes mais vulneráveis.
A recuperação dos cantos da junta aberta, sem proteção, pode ser efetuada com argamassas
poliméricas de alta resistência; deve ser observado o tempo necessário de cura, com o tráfego
interrompido.
119
A recuperação da junta aberta protegida por cantoneiras de aço, quase sempre empenadas,
corroídas e com parafusos de fixação soltos, passa pela demolição e reconstrução de um trecho
da laje de concreto e a colocação de novas cantoneiras, fixadas por novos parafusos; para evitar
o empenamento das novas cantoneiras, não devem ser utilizados comprimentos maiores que
2,00 m. As cantoneiras devem ficar completamente assentadas no novo concreto, devendo,
também ser observado o tempo necessário de cura, com o tráfego interrompido.
Os tipos de juntas apresentados a seguir são tipos clássicos e bastante difundidos; após uma
descrição sucinta, serão citadas as principais patologias suscetíveis de ocorrer e os procedim en-
tos de recuperação, quando esta recuperação é viável e possível.
Constatado o mau funcionamento da junta de asfalto, ela deve ser substituída por uma das jun-
tas de neoprene citadas a seguir.
O perfil alveolar do bloco de neoprene, que trabalha sempre comprimido, permite que ele se
recupere completamente após as distorções provocadas pela movimentação da superestrutura.
Verificado o descolamento do bloco de neoprene ou a perda de sua elasticidade, ele deve ser
substituído; constatado o descalçamento ou o empenamento dos perfis de sustentação dos blo-
cos de neoprene, bem como a corrosão dos perfis ou dos parafusos de fixação, os procedimen-
tos a adotar são idênticos aos recomendados nas juntas abertas.
As fitas de neoprene, ainda que sejam colocadas em nível um pouco inferior ao do pavimento,
para não serem diretamente atingidas pelas rodas dos veículos, são de curta duração, se a manu-
tenção não for cuidadosa e constante; a manutenção deve evitar o acúmulo de detritos que acabarão
por colocar a fita de neoprene em contato direto com as rodas dos veículos.
120
Constatada a ruptura da fita de neoprene, ela deve ser substituída por outra igual; se a manutenção
continuar sendo precária deve der estudado outro tipo de junta, mais durável.
Os catálogos da junta JEENE, de fácil aquisição, são bastante claros e explicativos; as juntas já foram
testadas em inúmeras obras e, para aberturas da ordem de 6cm, têm comportamento e duração sa-
tisfatórios.
Se os lábios poliméricos, que fixam a câmara elástica, forem confeccionados com os materiais indi-
cados e se forem atendidas as especificações construtivas, na recuperação desta junta bastará subs-
tituir a câmara elástica.
Conhecidas, entre outras denominações, como Juntas Traflex ou Juntaflex, constam de um monoblo-
co de composto de elastômero estruturado internamente por chapas de aço fretantes; são juntas de
alto custo e somente utilizadas quando são necessárias grandes movimentações; as juntas podem
ser simples, com apenas, basicamente, dois blocos de elastômero, e múltiplas, com vários blocos de
elastômero.
As movimentações destas juntas são facilitadas por reentrâncias existentes nas faces superior e infe-
rior da junta; as reentrâncias superiores devem ser permanentemente mantidas livres de detritos,
para não prejudicar a movimentação da junta.
As juntas são fixadas por parafusos em berços de concreto; as dimensões dos berços e dos parafu-
sos constam de catálogos dos fabricantes; bem dimensionadas, bem assentadas e com manutenção
adequada, as juntas oferecem serviço de boa qualidade e duração. Estas juntas, pelo fato de serem
fabricadas em módulos de 1,00m de comprimento, permitem recuperações parciais.
As patologias mais comuns são: trincas e fraturas nos berços, parafusos defeituosos ou desaperta-
dos, desgaste excessivo, rasgos e vazamentos.
Os cuidados, as patologias e as recuperações destas juntas são semelhantes aos das juntas em fitas
121
de neoprene e aos das juntas de compressão, acrescidas das verificações das estruturas auxiliares,
de suporte dos apoios intermediários dos módulos das juntas.
Para funcionar como junta fechada, deve haver uma calha, que recolhe as águas pluviais e as esco-
am adequadamente.
Estas juntas devem estar perfeitamente construídas e assentadas, bem como sempre mantidas isen-
tas de detritos; de outra forma, elas não funcionam e acabam por ter os dentes empenados, podendo
provocar sérios acidentes de tráfego.
A Inspeção deve verificar se as chapas de aço estão firmemente fixadas, se há trincas ou fissuras nas
soldas, se os dentes estão bem encaixados, se há corrosão nas chapas e se a calha inferior está
coletando e direcionando convenientemente as águas pluviais.
A recuperação parcial destas juntas é possível porque elas são fornecidas em módulos; na recupera-
ção e substituição dos módulos, deverá ser selecionada uma empresa com tradição e experiência
neste tipo de serviço.
6 Manejo ambiental
As atividades de recuperação das juntas de dilatação podem variar, em número e qualidade, de acor-
do com o tipo de junta e a gravidade de suas patologias; em nenhuma destas atividades há qualquer
agressão de monta ou permanente ao meio ambiente.
122
Os materiais, provenientes de tratamentos, substituições ou excedentes de qualquer natureza, imedi-
atamente após a conclusão das obras, devem ser removidos para locais previamente determinados.
7 Inspeção
Os serviços de recuperação ou de substituição de juntas de dilatação são especializados, devendo
alguns deles ser executados pelo próprio fabricante da junta.
Entretanto, como todas as atividades, em maior ou menor escala, dependem de decisões e orienta-
ções de profissionais experientes, a presença e o acompanhamento constantes de um engenheiro
capacitado é indispensável.
9 Critérios de medição
Os serviços, diferenciados e, às vezes parciais, previamente avaliados por um projeto, resultante de
uma Inspeção, devem ser medidos por etapas, conforme indicado a seguir:
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7.0 – PROJETO DE EXECUÇÃO
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