Abordagens em Nanociencia e Nanotecnologia para o
Abordagens em Nanociencia e Nanotecnologia para o
Abordagens em Nanociencia e Nanotecnologia para o
1
Área de Ciências Naturais e Tecnológicas, Centro Universitário Franciscano, 97010-032
Santa Maria, RS, Brasil. (ivanazanella@unifra.com.br) , (sfagan@unifra.br) ,(vanilde@unifra.com.br),
(eleni@unifra.com.br)
Resumo
A nanociência e nanotecnologia, ai quais baseiam-se na manipulação da matéria
em escala nanométrica, estão emergindo como áreas de grande destaque para o
desenvolvimento científico e tecnológico em um futuro próximo. Estas áreas são definidas
como multi ou transdisciplinares por natureza. Portanto, a nanociência pode ser um ótimo
exercício de inter- e multidisciplinaridade no ensino. Várias áreas seguem como básicas
para as nanociências, dentre elas podemos citar a física, principalmente a física quântica, a
química de estruturas moléculas, cristalinas ou amorfas. Várias áreas do conhecimento
convergem quando manipulamos a nanoescala, tendo como conseqüência novos produtos e
novas implicações na vida humana. Esta multidisciplinaridade enriquece o conhecimento
nas áreas, mas também coloca um grande paradigma para a área de educação: Como
trabalhar temas com esta complexidade em diferentes ramos da sociedade, desde o ensino
fundamental até a sociedade em geral? Desta forma, apresentamos neste artigo a relação
entre as escalas macroscópica, microscópica e nanometrica. Uma síntese das principais
potencialidades da escala nanometrica, assim como, duas atividades, as quais envolvem a
transição da escala macroscópica e microscópica para escala namometrica. Essas
atividades simples, que ilustram as potencialidades da escala nano, podem ser utilizadas
com alunos ensino fundamental, médio ou iniciantes nesta fascinante área. Uma das
principais vantagens do uso tecnológico de materiais na escala nano, deve se ao grande
aumento de área superficial quando convergimos de uma escala macro para a nano. Esta é
uma propriedade de grande interesse já que boa parte das aplicações depende do aumento
da área de contato das partículas consideradas. Este fato é demonstrado, neste trabalho, a
partir de uma abordagem simplificada de macroestruturas cúbicas e esféricas atingindo suas
respectivas nanoestruturas, com um aumento substancial na área superficial das estruturas.
Introdução
____________________________________________________________________________________________________
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xviii/ 26 a 30 de Janeiro de 2009
XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2009 – Vitória, ES 2
____________________________________________________________________________________________________
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xviii/ 26 a 30 de Janeiro de 2009
XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2009 – Vitória, ES 5
____________________________________________________________________________________________________
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xviii/ 26 a 30 de Janeiro de 2009
XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2009 – Vitória, ES 7
Tabela 1: Número, aresta, área superficial e escala dos cubos partindo da escala
macroscópica até a escala nanométrica.
Número cubos Aresta do cubo Área Escala
Superficial
1 1cm 6 cm2 macro
3 2
1.000 = 10 0,1cm 60 cm macro
1.000.000 = 10 6 0,01cm 600 cm2 macro
0,001cm = 10 µm
9 2
1.000.000.000 = 10 6.000 cm micro
1.000.000.000.000 = 1012 0,0001cm = 1 µm 60.000 cm 2 micro
15 2
1.000.000.000.000.000 = 10 0,00001cm = 100 nm 600.000 cm nano
18 2
1.000.000.000.000.000.000 = 10 0,000001 cm = 10 nm 6.000.000 cm nano
21 2
1.000.000.000.000.000.000.000 =10 0,0000001 cm = 1nm 60.000.000 cm nano
O volume (VC ) e a área superficial (SC) do cubo são dados por VC= L3 e SC =
2
6L , respectivamente (Figura 5). Portanto, a razão entre o volume e a área
superficial neste caso será dada por:
SC/VC = 6/L. (1)
____________________________________________________________________________________________________
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xviii/ 26 a 30 de Janeiro de 2009
XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2009 – Vitória, ES 8
Tabela 2 : Número, raio, área superficial e escala das esferas começando em uma da escala
macroscópica até a escala nanométrica.
Número de esferas Raio da esfera Área Superficial Escala
0 -3 2
1 = 10 2,31 cm 6,7012 x 10 m macro
10 = 10 1 0,00231m = 2,31 mm 6,7012 x 10 -2 m2 macro
100 = 10 2
0,000231 m = 231 µm -1
6,7012 x 10 m 2
micro
1.000 = 103 0,0000231 m = 23,1µm 6,7012 m2 micro
10.000 = 10 4
0,00000231 m = 2,31 µm 1
6,7012 x 10 m 2
micro
5 2 2
100.000 = 10 0,000000231 m = 231 nm 6,7012 x 10 m nano
6 3 2
1.000.000 = 10 0,0000000231 m = 23,1 nm 6,7012 x 10 m nano
7 4 2
10.000.000 = 10 0,00000000231 m = 2,31 nm 6,7012 x 10 m nano
8 5 2
100.000.000 = 10 0,000000000231 m = 0,231 nm 6,7012 x 10 m nano
Conclusões
Através de uma abordagem simples apresentamos algumas potencialidades
da nanociência e da nanotecnologia. Uma propriedade de grande interesse
tecnológico, oriunda da nanotecnologia, é o aumento de área superficial quando
convergimos de uma escala macroscópica ou microscópica para a escala
nanometrica. Nesta linha, sugerimos duas atividades, através das quais podemos
partir de uma escala macroscópica atingirmos o limite nanométrico, ou seja, de
macroestruturas cúbicas e esféricas para nanoestruturas cúbicas e esféricas com
um grande aumento na área superficial das estruturas. As duas atividades
apresentadas podem ser aplicadas tanto para alunos do ensino médio, assim como
____________________________________________________________________________________________________
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xviii/ 26 a 30 de Janeiro de 2009
XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2009 – Vitória, ES 9
para alunos do ensino básico, visto que não envolvem conceitos e nem álgebra
sofisticados.
Referências
____________________________________________________________________________________________________
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xviii/ 26 a 30 de Janeiro de 2009