Proteccao Ecologica-1

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Anselma João Mandipezar

Giraldinha Morgulhão Duarte


Paz Calisto

Aspectos Ecológicos da Protecção à Natureza

Licenciatura em Ensino de Geografia

4º Ano

Tete
Universidade Púnguè
2024

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Anselma João Mandipezar
Giraldinha Morgulhão Duarte
Paz Calisto

Aspectos Ecológicos da Protecção à Natureza

Trabalho de Carácter Avaliativo a


ser apresentado na cadeira de
Gestão Ambiental, recomendado
pelo docente da cadeira.

Dr.

Tete
Universidade Púnguè
2024

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Índice
1. Introdução.....................................................................................................................................3
1.1. Objectivos..................................................................................................................................3
1.1.1. Objectivo Geral......................................................................................................................3
1.1.2. Específicos..............................................................................................................................3
1.2. Metodologia...............................................................................................................................3
2. Aspectos Ecológicos da Protecção à Natureza.............................................................................4
2.1. Aspectos ecológicos..................................................................................................................4
2.1.1. Protecção do ar.......................................................................................................................5
2.1.2. Protecção do solo....................................................................................................................5
2.1.3. Protecção dos Recursos Hídricos...........................................................................................6
2.1.4. Protecção da Flora e Fauna.....................................................................................................8
Conclusão.......................................................................................................................................10
Referências Bibliográficas..............................................................................................................11

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1. Introdução
O estudo da ecologia tem como objectivo o entendimento das relações físico-químicas com
os sistemas biológicos. A parte que envolve a física no estudo ecológico busca compreender os
fenómenos energéticos e o fluxo da matéria, com base nas leis da termodinâmica e
transformações da energia.

As questões químicas, relacionadas à ecologia, tratam das reacções envolvendo a matéria,


os nutrientes e seus ciclos, a interferência dos elementos na transformação e obtenção de energia,
a produção de matéria e suas transformações. A parte biológica busca inserir os organismos neste
contexto energético e de produção da matéria, suas relações e as consequências destas interacções
com o meio, de acordo com o hábitat e do conjunto de adaptações dos organismos ao meio, este
conjunto conhecido como nicho ecológico.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Compreender os aspectos ecológicos.

1.1.2. Específicos
 Conceituar os aspectos ecológicos;
 Identificar as formas de protecção dos aspectos ecológicos.

1.2. Metodologia
A metodologia usada na elaboração do trabalho, é a revisão bibliográfica e uso de internet,
isto é, para a materialização do presente trabalho usou-se manuais já publicados fisicamente,
tanto como electrónicos disponíveis na internet.

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2. Aspectos Ecológicos da Protecção à Natureza
O aspecto ecológico começou a chamar atenção dos geógrafos no começo dos anos 1920.
Em seu discurso presidencial à Associação Americana de Geógrafos em 1922, intitulada
“Geografia como Ecologia Humana”, Harlan H. Barrows propôs uma tarefa bastante original no
conceito para sua época: estudar a interacção entre homem e território. No princípio, sua proposta
não recebeu a reacção que merecia.

Os geógrafos do seu tempo não tinham formação suficiente em Biologia para implementar
suas ideias. Esse problema foi ainda agravado pelos sociólogos burgueses com suas
interpretações inaceitáveis da Ecologia Humana e uma visão imprecisa da sua relação com as
ciências sociais.

2.1. Aspectos ecológicos


Antes de falamos sobre os aspectos ecológicos, é de suma importância primeiro termos
noção do que vem a ser ecologia.

Não obstante, de acordo com Odum (1988, p.1), a palavra ecologia deriva do grego oikos,
com o sentido de casa, e logos, que significa estudo. Assim, o estudo do ambiente da casa inclui
todos os organismos contidos nela e todos os processos funcionais que a tornam habitável.
Literalmente, então, a ecologia é o estudo do lugar onde se vive, com ênfase sobre á totalidade ou
padrão de relação entre os organismos e o seu ambiente.

Santos (1988), fala que o espaço deve ser considerado com um conjunto indissociável de
que participam de certo arranjo de objectos geográficos, objectos naturais e objectos sociais, e de
outro, a vida que os preenche e os animais, ou seja, a sociedade em movimento.

Nos dias actuais, quando se tem a abordagem ambiental compete a cada membro da
sociedade ter uma participação activa para tentar minimizar os constantes descasos que sofre o
património público natural e social, cujos efeitos afectam de forma directa e indirecta todos os
seres vivos.

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Nos aspectos ecológicos destaca-se a poluição que em um sentido amplo é qualquer
alteração produzida no meio ambiente e que nele causa o desequilíbrio, dentre os principais tipos
de poluição as que merecem destaque são a poluição atmosférica, e a poluição da água.

2.1.1. Protecção do ar
A protecção da qualidade do ar é uma das preocupações maiores das sociedades
contemporâneas. Nas metrópoles do mundo todo a cada dia deteriora-se a qualidade do ar e
consequentemente a qualidade de vida. É incontestável que nos anos sessenta falava-se apenas da
poluição local, a curta distância. Hoje, esta problemática é transfronteiriça com o problema das
chuvas ácidas, por exemplo e, alcança até mesmo uma dimensão planetária com a questão da
camada de ozónio e do reaquecimento da atmosfera.

No decorrer dos anos, as fontes de emissão de poluentes variaram em sua importância. Se


antes as fontes fixas, principalmente as indústrias, respondiam por grande parte da poluição,
actualmente as fontes móveis, representadas pelos automóveis correspondem a aproximadamente
90% das emissões das grandes metrópoles.

A fixação de padrões de qualidade do ar, bem como o controle das emissões de fontes fixas
e móveis é essencial para reduzir a poluição atmosférica. Cada entidade federativa deve
desempenhar suas actividades no limite das respectivas competências para garantirem o direito a
um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

2.1.2. Protecção do solo


Assiste-se no momento actual a um novo olhar sobre a necessidade de fomentar a produção
agrícola e florestal que é bem-vindo sob vários pontos de vista, nomeadamente sob o ponto de
vista da economia do país e da promoção do desenvolvimento das regiões do interior. Esta
tendência, sendo o resultado de uma maior necessidade de aproveitamento dos recursos
endógenos, tem como reverso o aumento da pressão sobre esses recursos, entre os quais o solo.

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A conservação da vegetação natural, ou a promoção de uma vegetação de protecção,
avançando ao longo da rede de drenagem p ara montante, permitira generalizar uma malha
dendrítica de vegetação diferenciada, capaz de proteger o solo, reter sedimentos e nutrientes e
melhorar a qualidade da água em áreas de montanha.

Além disso, contribuiria p ara introduzir maior diversidade arbórea e arbustiva nos
povoamentos florestais dessas áreas, conferindo características um pouco m ais próximas das
florestas naturais mesmo apovoamentos de produção. Este é um tipo de medida de protecção do
solo relativamente simples, potencialmente aplicável a todos os sistemas produtivos, incluindo
sistemas intensivos como os de regadio por aspersão em terrenos ondulados, e que se justificaria
sempre que os terrenos apresentem uma ondulação suficiente p ara definir uma rede de drenagem
bem marcada, seja ela natural ou artificializada (Nair, 2011).

A protecção do solo, a escala regional ou nacional, depende mais da disseminação e


implementação de algumas medidas eficazes por uma larga maioria de agricultores e produtores
florestais, do que da existência de muitos bons exemplos pontuais.

Uma estratégia de protecção do solo deve ter um horizonte de longo prazo e ajustar-se a
diferentes escalas de gestão territorial. Começa na promoção do conhecimento do recurso solo do
país, em que este conhecimento é mais deficiente (SPCS, 2004), passa pelos instrumentos de
ordenamento do território, pela regulamentação de práticas de gestão em diferentes usos e pela
monitorização e avaliação da qualidade do solo em situações representativas.

2.1.3. Protecção dos Recursos Hídricos


Recursos hídricos referem-se à quantidade total de água disponíveis para o uso humano em
um determinado local, seja ela superficial representadas por rios e lagos ou subterrânea
armazenadas em aquíferos.

Os recursos hídricos são fundamentais para a manutenção da vida. Todo ser humano
depende da água e mais de 70% do corpo humano é composto pelo líquido. Coincidentemente,
70% do planeta Terra é constituído de água: 97% de água salgada e 3% de água doce.

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Os recursos hídricos também estão directamente ligados a quase todas as actividades
humanas, como económicas, a exemplo da produção agrícola e em indústrias. Por isso, a gestão
do uso da água é importante para garantir o uso sustentável da água, garantindo abastecimento
para todos os sectores e para as futuras gerações.

A conservação e protecção dos recursos hídricos é essencial para garantir a disponibilidade


de água em nosso ambiente e preservar os ecossistemas aquáticos. Neste artigo, exploraremos os
principais passos que podemos tomar para ajudar a conservar e proteger a água em nosso dia a
dia. Desde práticas simples em casa até iniciativas em nível comunitário.

Na perspectiva de (Almeida & Freiesleben, 2014), a conservação e protecção dos recursos


hídricos são fundamentais devido à sua importância para a vida em nosso planeta. Aqui estão
algumas razões pelas quais é crucial preservar esses recursos:
 Sustentabilidade dos ecossistemas aquáticos - Corpos de água, como rios, lagos e
oceanos, abrigam uma grande variedade de espécies e ecossistemas. A falta de água ou a
poluição podem ter um impacto devastador na biodiversidade aquática. Ao conservar e
proteger os recursos hídricos, garantimos um habitat saudável para as plantas e animais
que deles dependem.
 Abastecimento de água potável - A água doce é um recurso limitado e essencial para o
consumo humano. A superexploração e a contaminação podem reduzir a disponibilidade
de água potável de qualidade. Ao proteger e conservar os recursos hídricos, garantimos o
fornecimento de água potável segura para as comunidades atuais e futuras.
 Agricultura e segurança alimentar - A agricultura é um dos principais usuários de água
no mundo. A conservação e o uso eficiente da água na agricultura são cruciais para
garantir a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável. Ao proteger os recursos
hídricos, podemos garantir um abastecimento adequado de água para irrigação e produção
de alimentos.
 Prevenção de desastres naturais - A falta de água ou o desequilíbrio dos ecossistemas
aquáticos podem causar desastres naturais como secas, inundações e desertificação. Ao
conservar e proteger os recursos hídricos, podemos reduzir o risco desses eventos
extremos e suas consequências devastadoras.

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 Desenvolvimento económico - Os recursos hídricos são vitais para muitos sectores
económicos, como indústria, turismo e geração de energia. A disponibilidade e qualidade
da água podem influenciar na atracção de investimentos, crescimento económico e
geração de empregos. Ao proteger os recursos hídricos, contribuímos para o
desenvolvimento sustentável e a estabilidade económica.
 Preservação da cultura e do património - A água desempenha um papel fundamental na
cultura, nas tradições e no património de muitas comunidades. Rios, lagos e fontes de
água são lugares sagrados e locais de importância histórica. Ao conservar e proteger os
recursos hídricos, salvaguardamos a identidade cultural e a ligação ao nosso passado.

2.1.4. Protecção da Flora e Fauna


Fauna é o termo em que os animais são denominados no ambiente enquanto a flora está
relacionada à vegetação. Ambos os termos são classificados de acordo com o ambiente em que se
encontram. Em outras palavras, plantas e animais são determinados pelas características de cada
ambiente. Um exemplo é dizer que a flora e a fauna de um lugar são ricas em biodiversidade
porque o lugar apresenta uma variedade de espécies animais e vegetais.

Na visão de (Sousa, 2009), a flora está directamente relacionada à fauna. Ambos os termos
estão relacionados à natureza e são importantes tanto para a ecologia quanto para a vida
biológica. Pelas razões acima, é impossível definir os elementos que compõem uma flora que
funcione para todos. As características mutáveis dos biomas tornam a flora e a fauna desses
locais bem divididas.

A comunidade pode e deve ser activa na preservação da biodiversidade. São inúmeras as


acções que todos podem fazer para contribuir, como fechar a torneira enquanto escovam os
dentes para economizar água.

A importância de proteger esse conjunto está directamente relacionada ao equilíbrio


ecológico. Indiscutivelmente, se a flora de um ambiente é devastada, a flora local é prejudicada.
Outro factor que pode ser destacado no que diz respeito à relevância do foco na flora é a fauna.

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No caso, a flora representa todos os tipos de vegetação. Como tal, inclui árvores e é o lar de
muitos animais. Então, ao prejudicar a flora, o dano também se reflecte na fauna. Este fato é
confirmado pelo número de animais que morreram devido à destruição de seu habitat natural. Por
isso, cada vez mais, a importância da consciência sobre conservação e reflorestamento.

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Conclusão
Conclui-se aqui que a ecologia trata das relações entre a biocenose que é a própria
comunidade biológica, e o biócoro, entendido como o ambiente. Ao conceituarmos ecologia
como ciência, nós devemos focar nossas atenções aos princípios físico-químicos e biológicos que
regem os sistemas ecológicos que compõem o meio ambiente. É bom separar a ECOLOGIA do
AMBIENTALISMO, porque embora ambos usem alguns vocábulos comuns, diferem
fundamentalmente quanto à gramática, estrutura da linguagem e quanto aos objectos e objectivos
de estudo, apesar de circularem juntos nos meios de comunicação nos dias atuais.

A conservação e protecção dos recursos hídricos é um esforço colectivo que requer a


participação de todos. Por meio da conscientização, educação e adopção de práticas sustentáveis
em nosso dia a dia, podemos fazer a diferença na preservação da água.

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Referências Bibliográficas
Almeida, R. & Freieslben, M. (2014). Recursos hídricos. Brasil: PALMAS.

Figueiredo, T; Fonseca, F; Nunes, L. (2015). Protecção do solo e combate a desertificação:


oportunidade para as regiões transfronteiriças. Portugal: Instituto Politécnico de Bragança.

Nair, P. (2011). Agroforestry Systems and Environmental Quality: Introduction. J. Environ. Qual.
40:784- 79.

Odum, (1988). The new ecology. Biosciense.

Sousa, L. (2009). A flora: uma abordagem da floresta. Brasil: Ecotec.

SPCS. 2004. Bases para a Revisão e Actualização da Classificação dos Solos em Portugal.
Relatório elaborado no âmbito do Protocolo entre o Instituto de Desenvolvimento Rural
Hidráulica (IDRHa) e a Sociedade Portuguesa da Ciência do Solo (SPCS).

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