Matematica e Raciocino Logico
Matematica e Raciocino Logico
Matematica e Raciocino Logico
Chama-se proposição toda oração declarativa que pode ser valorada em verdadeira ou
falsa, mas não as duas.
proposições.
Que belo dia! (exclamativa)
proposições
A lua é o único satélite do planeta terra (V)
Composição De Proposições
A = “Maria
tem 23
anos” B =
“Maria é
menor”
Pela legislação corrente de um país fictício, uma pessoa é considerada de menor idade
caso tenha menos que 18 anos, o que faz com que a proposição B seja F, na
interpretação da proposição A ser V.
simultaneamente, V e F.
Lei da Funcionalidade: O valor lógico (V ou F) de uma proposição composta é
unicamente determi- nada pelos valores lógicos de suas proposições constituintes.
Proposições Simples E
Compostas
Proposições
São variadas as formas de se expressar. Vejamos algumas delas:
• Chove.
Todos os exemplos acima têm um significado, entretanto, apenas o exemplo cinco não
apresenta sentido completo. O exemplo (5), por não ter um sentido completo é
denominado EXPRESSÃO. Aos demais exemplos chamamos de SENTENÇAS.
Define-se então:
Pare!
proposições
A lua é o único satélite do planeta terra (V)
Proposições
É possível construir proposições a partir de proposições já existentes. Este processo é
conhecido por Composição de Proposições. Suponha que tenhamos duas proposições,
B = “Maria é menor”
Pela legislação corrente de um país fictício, uma pessoa é considerada de menor idade
caso tenha menos que 18 anos, o que faz com que a proposição B seja F, na
interpretação da proposição A ser
V. Vamos a alguns exemplos:
anos” (nãoA)
“Maria não é
menor”(não(B))
ou “Maria é menor” (A ou B)
“Maria não tem 23 anos” e “Maria é menor”
menor” (não(A) e B)
“Maria tem 18 anos” é equivalente a “Maria não é menor” (C <=> não(B))
Note que, para compor proposições usou-se os símbolos não (negação), e (conjunção),
ou (disjun- ção), => (implicação) e, finalmente, <=> (equivalência). São os chamados
conectivos lógicos. Note, também, que usou-se um símbolo para representar uma
proposição: C representa a proposição Maria tem 18 anos. Assim, não(B) representa
Maria não é menor, uma vez que B representa Maria é menor.
simultaneamente, V e F.
Lei da Funcionalidade: O valor lógico (V ou F) de uma proposição composta é
unicamente determi- nada pelos valores lógicos de suas proposições constituintes.
Uma proposição pode ser simples (também denominada atômica) ou composta (também
denominada molecular).
Exemplos:
Se a proposição for verdadeira seu valor lógico é a verdade e se a proposição for falsa
seu valor ló- gico será a falsidade.
Perceba que em lógica matemática não se diz que a proposição é “mentirosa”. O correto
e o mais elegante é dizer que a proposição é falsa. É mais ou menos como nos debates
políticos, onde ne- nhum dos debatedores dizem que o outro está mentindo, mas sim
dizem que seu oponente “falta com a verdade” em seus argumentos. É claro que nos
debates os políticos fazem isso menos por elegân- cia e mais por medo de serem
punidos por chamar o oponente de mentiroso…
• – Não pode existir uma proposição falsa e verdadeira ao mesmo tempo (princípio da
não contradi- ção).
Nos exemplos acima, verificamos que as proposições 1,2 e 4 são verdadeiras (V) e
apenas a proposi- ção 3 é falsa (F).
Se você não gostou do exemplo dado, nós entendemos, afinal, esse valor para a
aceleração da gravi- dade é apenas aproximado…
Esse negócio de Falso e Verdadeiro pode parecer coisa boba, mas é muito importante
seguir num ritmo de passo-a-passo para que nada fique perdido no caminho. A
experiência nos mostra que uma das grandes desgraças no ensino de matemática são
as pequenas coisas que passam batidas pelo estudante e que no final acabam
impedindo que ele avance no aprendizado. Quem já estudou lógica de programação de
computadores, sabe muito bem como é importante saber operar com os valores
lógicos de uma proposição. Ainda não estamos operando com esses valores lógico, por
enquanto, apenas fixe a idéia de que há apenas dois valores lógicos: Verdade (V) e
Falsidade (F) e que em ló- gica matemática mentirinha com fundo de verdade não tem
vez!
• O número 17 é primo. ( )
d. (3 + 5)2 = 32 + 52. ( )
f. -1 < -7. ( )
t.
tg(p/4)
<
tg(p/6).
()
Respost
a:
a) V b) F c) F d) F e) V f) F g) V h) F i) V j) F k) F l) F
m) V n) F o) F p) F q) V r) V s) V t) F
Sentenças Abertas
Na matemática ,uma sentença aberta (ou equação aberta) é descrita assim porque seu
valor não pode ser determinado até que suas variáveis sejam substituídas por números
específicos, quando seu valor geralmente pode ser determinado (e, portanto, a
sentença deixa de ser considerada como “aberta”). Essas variáveis podem assumir
valores reais ou complexos, dependendo da igualdade ou desigualdade em questão. Os
valores que produzem uma igualdade ou desigualdade verdadeira são chamados
soluções, e “satisfazem” a igualdade/desigualdade.
a) x + 3 = 10
b) x > 5
c) (x+1)² – 5 = x²
• x – y = 20
Por exemplo: x + 4 = 12
Pode-se, também, ter uma sentença aberta como proposição, porém nesse caso não é
possível atri- buir um valor lógico.
Exemplos:
sentença abaixo. b: x é um y
brasileiro.
Nessa proposição b, o valor lógico só pode ser encontrado se soubermos quem é x e y
(variáveis li- vres).
Resposta:
• Se x = 3 então a condição se verifica (V, V);
• A condição (V, F) não se verifica;
• Se x = 4 então a condição é verdadeira (F, V);
• Se x diferente de 3 e x diferente de 4, então a condição (F, F) é verdadeira.
Tabela Verdade
p q p q r
V V V V V
V F V V F
F V V F V
F F
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Notação: O valor lógico de uma proposição simples indica-se por V(p) e composta por
V(P) (letra mai- úscula).
Exemplos de proposições simples: p : um triângulo
Operações Lógicas
Os valores lógicos das proposições são definidos pelas tabelas descritas em cada
p : Joana é bonita
Joana é bonita ou ~p : É
p ~p
V F
F V
Conjunção (^) “p ^
q” lê-se “p e q”.
Exemplo:
p : A neve
é branca
(V) q : 2
< 5 (V)
p ^ q : A neve é
branca e 2 < 5 (V)
Representação:
V(p ^ q) = V(p) ^
V(q) = V ^ V = V
Leitura:
Valor lógico de (p e q) é igual a ou, de outro modo, valor lógico de (p) e valor lógico
de(q) é igual a ou resulta em verdade e verdade que é igual a verdade.
p q p^q
V V V
V F F
F V F
F F F
Disjunção (v) “p v q”
lê-se “p ou q”.
Exemplo:
p : Blumenau é a
capital de SC (F) q :
própria (V)
p q pvq
V V V
V F V
F V V
F F F
Disjunção exclusiva (v) “p v q” lê-se “ou p ou q”, mas não ambos ou ainda “ou exclusivo”.
p q pvq
V V F
V F V
F V V
F F F
falsas. Exemplo:
P : Carlos é médico ou professor
símbolo de implicação).
p q p —> q
V V V
V F F
F V V
F F V
é falsa. Exemplo:
p : A terra é uma estrela (F)
=V
Bicondicional (<—>) “p <—> q” lê-se “p se e somente se q”.
p q p <–> q
V V V
V F F
F V F
F F V
F=V
Construção De Tabelas Verdade
p q ~q p ^ ~q ~(p ^ ~q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V
Procedimento:
p q r ~r p v ~r q ^ ~r p v ~r —> q ^ ~r
V V V V V F F
V V F V V V V
V F V F V F F
V F F V V F F
F V V F F F V
F V F V V V V
F F V F F F V
F F F V V F F
A tabela verdade desenvolvida acima precisou de oito linhas (23) para dispor todos seus
valores lógi- cos, uma vez que a proposição composta envolve três proposições simples:
p, q e r.
Irei ao cinema e ao clube. Vamos montar a tabela verdade para a proposição composta
destacando todas as valorações possíveis.
Conjunção: p^q(p e q)
P Q P^Q
V V V
V F F
F V F
F F F
P:
Irei
ao
cine
ma
Q:
Irei
ao
club
e
Observamos que a proposição resultante da conjunção só será verdadeira quando as
proposições simples individuais forem verdadeiras.
Disjunção Inclusiva: Vimos que a operação da disjunção inclusiva liga duas ou mais
proposições sim- ples pelo conectivo “ou”. Observemos o exemplo
Darei-te uma camisa ou um calção. Vamos montar a tabela verdade para a proposição
composta destacando todas as valorações possíveis.
Disjunção: p v q (p ou q)
P Q PvQ
V V V
V F V
F V V
F F F
• Q: Darei-te um calção
P Q PvQ
V V F
V F V
F V V
F F F
P: Irei
Jogar
Basquete
Q: Irei à
casa de
João
Observe a diferença entre a disjunção inclusiva e exclusiva! Como o próprio nome diz
“exclusiva” a proposição resultante da disjunção exclusiva só será “V” se uma das partes
for “F” e a outra “V” (inde- pendentemente da ordem) não podendo acontecer “V” nos
dois casos, caso aconteça a proposição resultante desta operação será falsa.
• Q: Sou Baiano
Regra: O que esta a esquerda da seta é sempre condição suficiente e o que está à
direita é sempre condição necessária. ( p → q).
P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
Observe que a condicional só será falsa se a antecedente (lado esquerdo da seta) for
verdadeiro e a consequente (lado direito) da seta for falso.
• P: 4 é maior que 2
• Q: 2 é menor que 4
P Q P↔Q
V V V
V F F
F V F
F F V
Negação: ¬p
P: O Brasil é um País pertencente a América do Sul.
¬P: O Brasil não é um País pertencente a
América do Sul Q: X é Par
¬Q: X não é par ( ou X é ímpar)
Vejamos um exemplo da
• Suponhamos que ela não vá a Argentina nem ao Chile (F e F =F) Promessa “F”urada
Negação De Proposições
O símbolo que representa a negação é uma pequena cantoneira (¬) ou um sinal de til
(~), antece- dendo a frase. (Adotaremos o til);
Reparemos que caso a sentença original já seja uma negativa (já traga a palavra não),
então para ne- gar a negativa, teremos que excluir a palavra não. Assim:
É falso que A.
2.Negaremos a segunda
parte (~q);
Solução:
~(p 𝖠q) = ~p V ~q
~(p 𝖠q) ~p V ~q
F F
V V
V V
V V
• Negaremos a
3.Trocaremos ou por
e.
Exemplo: a questão dirá: “Não é verdade que Pedro é dentista ou Paulo é engenheiro”, e
pedirá que encontremos, entre as opções de resposta, aquela frase que seja
logicamente equivalente a esta for- necida.
Solução:
~(p 𝖠 q)= ~p v ~q
~(p 𝖠 q) ~p v ~q
F F
F F
F F
V V
guarda-chuva”. Solução:
• Mantém-se a primeira parte (p) = Chove;
GUARDA-CHUVA.
Negação de uma Proposição Condicional
~(p→ q) = p 𝖠~q
Na sequência, apresento duas tabelas que trazem um resumo das relações vistas até o momento.
Vejamos:
~p p é falso p é verdade
Negativa de (p e q) ~p ou ~q
Negativa de (p ou q) ~p e ~q
Negativa de (p → q) p e ~q
Lógica Proposicional:
A lógica proposicional estuda como raciocinar com afirmações que podem ser
verdadeiras ou falsas, ou ainda como construir a partir de um certo conjunto de
hipóteses (proposições verdadeiras num de- terminado contexto) uma demonstração de
que uma determinada conclusão é verdadeira no mesmo contexto. Assim, são
fundamentais as noções de proposição, verdade, dedução e demonstração. A lógica
proposicional clássica é um dos exemplos mais simples de lógica formal. Esta lógica leva
em conta, somente, os valores de verdade verdadeiro e falso e a forma das proposições.
O estudo deta- lhado dessa lógica é importante porque ela contém quase todos os
conceitos importantes necessá- rios para o estudo de lógicas mais complexas.
Proposição
verdadeiro ou falso.
cinema ou ao teatro.
Não são proposições:
Princípio da Identidade: Uma proposição Verdadeira é Verdadeira, e uma proposição Falsa é Falsa
Princípio da Não-Contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa simultaneamente.
Lógica De Argumentação
Analogias
Analogia (ou raciocínio por semelhança) é uma indução parcial ou imperfeita, na qual
passamos de um ou de alguns fatos singulares não a uma conclusão universal, mas a
uma outra enunciação singu- lar ou particular, inferida em virtude da comparação entre
objetos que, embora diferentes, apresentam pontos de semelhança:
Logo, João há de sarar de suas dores de cabeça com este mesmo remédio.
É claro que o raciocínio por semelhança fornece apenas uma probabilidade, não uma
certeza. Mas desempenha papel importante na descoberta ou na invenção.
Também a ciência se vale das analogias. O médico britânico Alexander Fleming estava
cultivando colônias de bactérias e observou que elas morriam em torno de uma mancha
de bolor que tinha sido formada casualmente. Investigando o novo fato, reconheceu os
fungos do gênero Penicillium. Por analogia, supôs que, se o bolor destruia as bactérias
na cultura in vitro, poderia ser usado como me- dicamento para curar doenças em
organismos ou seres mais complexos.
Inferência:
Inferência é a ação e o efeito de inferir (deduzir algo, tirar uma conclusão de outra
coisa, conduzir a um resultado). A inferência surge a partir de uma avaliação mental
entre distintas expressões que, ao serem relacionadas como abstrações, permitem traçar
uma implicação lógica.
Deduções E Conclusões
O Raciocínio chega de uma premissa a uma conclusão, passando por várias outras
premissas inter- mediárias. Nesse sentido, podemos dizer que o raciocínio é um
conhecimento mediato ou indireto, isto é, intermediado por vários outros. Assim, é o
contrário da intuição, que é o conhecimento imedia- to.
DEDUÇÃO: raciocínio que parte do geral para o particular (vai do todo a uma parte).
Imagine que, visitando um país estrangeiro, você conhece uma loja de “frifas” (sem
saber o que isso significa), e percebe que ela vende bonecas. No dia seguinte, ao ver
uma outra loja de “frifas”, você poderá INDUZIR que ela também vende bonecas.
Se você fizer uma pesquisa em TODAS as lojas de “frifas” existentes e descobrir que
TODAS vendem bonecas, sempre que encontrar qualquer uma dessas lojas, você poderá
DEDUZIR que ela também vende bonecas.
eletricidade.
A DEDUÇÃO é uma forma mais segura de raciocínio, porque é baseada em dados mais
abrangentes e já aceitos.
americano. (Conclusão)
Lógica Proposicional
Álgebra das proposições, também conhecida por lógica proposicional é um tema muito
cobrado especialmente em concursos públicos e também em algum curso de
graduação, mais precisamente de engenharia e computação. Mas afinal, o que nos
remete o estudo da Álgebra das proposições?
Assim como na matemática básica estudamos operações algébricas com números reais
e complexos, na álgebra das proposições estudaremos operações envolvendo
proposições.
x -2=5 – Não é uma proposição, pois não sabemos o valor da variável “x”, ou melhor,
não podemos atribuir um valor lógico “V” ou “F”. Porém para “torná-la” proposição
bastaremos usar os
chamados quantificadores.
Vejamos;
Para todo x, x pertencente aos Z (números inteiros) , x-2=5. É uma proposição pois
agora podemos atribuir-lhe um valor lógico, porém sabemos ser falsa uma vez que
apenas o número “7” torna a sentença verdadeira.
Agora que sabemos o que são proposições, automaticamente as sentenças que não
são proposições são;
• Poemas
Vejamos: “Brasília é a capital do Brasil”, pode ser representada por “q”, e seu valor lógico
por; Val(q)= V
O conjunto de axiomas pode ser vazio, um conjunto finito não vazio, um conjunto finito
enumerável, ou pode ser dado por axiomas esquemáticos. Uma gramática formal define
recursivamente as expressões e fórmulas bem formadas (fbfs) da linguagem. Além
disso, pode se apresentar uma semântica para definir verdade e valorações (ou
interpretações).
Uma fórmula bem formada (fbf) é qualquer fórmula atômica ou qualquer fórmula que
pode ser construída a partir de fórmulas atômicas, usando conectivos de acordo com
as regras da gramática.
Confira abaixo as características de cada um deles tais como conceito, símbolo e subconjuntos.
• Np = {0, 2, 4, 6, 8..., 2n, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais pares.
• Ni = {1, 3, 5, 7, 9..., 2n+1, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais ímpares.
Os números inteiros são representados por Z. Reúnem todos os elementos dos números
naturais (N) e seus opostos. Assim, conclui-se que N é um subconjunto de Z (N ⊂ Z):
• Z* = {..., –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4, ...} ou Z* = Z – {0}: conjuntos dos números
naturais não-nulos, ou seja, sem o zero.
• Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros positivos e sem o zero.
•Z – = {..., –5, –4, –3, –2, –1, 0}: conjunto dos números inteiros não-positivos.
• Z*– = {..., –5, –4, –3, –2, –1}: conjunto dos números inteiros negativos e sem o zero.
Q = {0, ±1, ±1/2, ±1/3, ..., ±2, ±2/3, ±2/5, ..., ±3, ±3/2, ±3/4, ...}
Note que todo número inteiro é também número racional. Assim, Z é um subconjunto
de Q. Subconjuntos dos Números Racionais
• Q* = subconjunto dos números racionais não-nulos, formado pelos números racionais sem o zero.
• Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado pelos números racionais
positivos, sem o zero.
Importante ressaltar que as dízimas periódicas são números racionais e não irracionais.
Elas são números decimais e que se repetem após a vírgula, por exemplo: 1,3333333.
Os números reais são representados por R. Esse conjunto é formado pelos números
racionais (R) e irracionais (I). Assim, temos que R = Q 𝖴 I. Além disso, N, Z, Q e I são
subconjuntos de R.
Mas, observe que se um número real é racional, ele não pode ser também irracional. Da
mesma maneira, se ele é irracional, não é racional.
Intervalos Numéricos
Intervalo aberto à direta (ou fechado à esquerda) de extremos: [a,b[ = {x ∈ R│a ≤ x < b}
Intervalo aberto à esquerda (ou fechado à direita) de extremos: ]a,b] = {x ∈ R│a < x ≤ b}
Para facilitar os estudos sobre os conjuntos numéricos, segue abaixo algumas de suas propriedades:
• O conjunto dos números naturais (N) é um subconjunto dos números inteiros: Z (N ⊂ Z).
• O conjunto dos números inteiros (Z) é um subconjunto dos números racionais: (Z ⊂ Q).
• O conjunto dos números racionais (Q) é um subconjunto dos números reais (R).
• Os conjuntos dos números naturais (N), inteiros (Z), racionais (Q) e irracionais (I) são
subconjuntos dos números reais (R).
Relaç
ão E
Funçã
o Par
orden
ado
É um par de elementos (x ; y) onde a ordem é importante, de modo que o par
ordenado (x ; y) é considerado diferente do par ordenado (y ; x).
Plano Cartesiano
Sobre um plano, podemos adotar dois eixos perpendiculares OX e OY, de origem comum
O, de modo que a cada ponto do plano podemos associar um par ordenado de números
reais. Por exemplo, na figura abaixo, o ponto P pode ser representado pelo par ordenado
(3; 15) onde 3 é a abscissa e 15 é a ordenada do ponto:
Relação
Exemplo
Uma relação pode ser representada por um diagrama de flechas. Para as relações de
exemplo acima podemos fazer os seguintes diagramas:
Função
imagem. Exemplos
Consideremos as relações f, g e h representadas pelos diagramas de flechas:
duas imagens: 4 e 8.
A relação h é uma função de A em B pois cada elemento de A possui uma única
imagem. Observe que no conjunto B pode haver elementos que não são imagens (17 e
20). Observe também que podemos ter dois elementos com a mesma imagem (9 e 11).
Função Polinomial
f(x) = an . xn + an – 1 . xn – 1 + ...+a2 .
x2 + a1 . x + a0 onde,
n: número inteiro
positivo ou nulo x:
variável
Exemplo
temos:
2 . 33 + 32 - 5 . 3 - 4 = 54 + 9 - 15 - 4 = 44
Obs: o polinômio nulo é aquele que possui todos os coeficientes iguais a zero. Quando
isso ocorre, o grau do polinômio não é definido.
expressão p(x). Desta forma, encontraremos os pares ordenados (x,y), que serão
função polinomial.
Veja alguns exemplos de gráficos:
Igualdade de Polinômios
Dois polinômios são iguais se os coeficientes dos termos de mesmo grau são todos iguais.
Exemplo
Determine o valor de a, b, c e d para que os polinômios p(x) = ax 4 + 7x3 + (b + 10)x2 -
c e h(x) = (d + 4)x3 + 3bx2 + 8.
Adição
(- 7x3 + 5x2 - x + 4) + (- 2x2 + 8x -7)
- 7x3 + 5x2 - 2x2 - x + 8x + 4 - 7
- 7x3 + 3x2 + 7x -3
Subtração
(4x2 - 5x +
6) - (3x -
8) 4x2 - 5x
+ 6 - 3x +
8
4x2 - 8x + 14
Multiplicação
(3x2 - 5x + 8) . (- 2x + 1)
- 6x3 + 3x2 + 10x2 - 5x - 16x + 8
- 6x3 + 13x2 - 21x + 8
Divisão
dividendo.
Função Exponencial
Função Exponencial é aquela que a variável está no expoente e cuja base é sempre
maior do que zero e diferente de um. Ou seja, a base nunca terá valor negativo, nem
iguais a zero ou um.
Exemplos:
f
(
x
)
4
x
f
(
x
)
(
0
,
1
)
x
f(x) = (⅔)x
Gráfico
x y = 2x Gráfico
2 y = 22 = 4 1
Por sua vez, as bases cujos valores são menores do que 1 assumem o sentido decrescente.
Gráfico representativo da função exponencial em sentido decrescente
Função Logarítmica
As funções na forma f(x) = logax são consideradas logarítmicas, com a > 0 e a ≠ 1, sendo f : R*+ →
R. Exemplos:
f(x) = log2x
f(x) = log5(x – 2)
f(x)
=
log(
a–
2)4
f(x)
=
log0,
5x
Função crescente
Função decrescente
Uma das ciências mais complexas para se estudar é a questão da lógica matemática. E
os principais motivos disso pouco têm a ver com as questões práticas do raciocínio lógico
estimulado pela mate- mática, mas sim pela ampla extensão que o campo das
probabilidades pode oferecer a alguém. Na prática, a lógica matemática tenta utilizar
vários pontos simples para chegar a raciocínios mais com- plexos e subjetivos. Não por
menos, alguns dos grandes filósofos da história eram, na verdade, mate- máticos, e
aplicavam os conceitos da lógica matemática para chegar a teoremas refinados a
respeito da vida, dos humanos e de seu papel frente ao universo.
Mas é claro que o caminho da lógica matemática não é algo que podemos tentar pular
degraus. A verdade é que ela é uma ciência que podemos entender de maneira mais
clara, se começarmos por seus princípios básicos.
Proposições Simples
músico Wagner
nasceu na
alemanha
Wagner não conheceu beethoven
Como é possível perceber, estas são afirmações simples servem basicamente para
exprimir um fato. Na maioria das vezes, podemos responder tais afirmações com sim
ou não, pois na maioria das ve- zes elas podem ser ou não verdadeiras.
Assim, as proposições simples são o início de qualquer raciocínio mais complexo que vá
surgir. No campo matemático, por exemplo, encaramos proposições simples as contas
básicas e que podemos responder de cabeça:
1+1=2
5-4=1
10+10=20
E a partir destas ideias, fica muito mais fácil identificar situações mais complexas, como
as proposi- ções compostas, que será nosso próximo tópico.
sibilidades em seu quadro. O tempo verbal continua sendo simples, mas as ações podem
ser diferen- tes, com cunho comparativo, de definição ou de explicação. Alguns exemplos
de proposições comple- xas são:
Ou seja, estamos identificando as proposições complexas como sendo uma do tipo que
tem duas ou mais opções de respostas. Quanto maior o número de possibilidades,
menor a probabilidade de uma delas estar correta. Na matemática, exemplos de
proposição correta são:
25+24 é igual a 50 ou 49
45 + 55 ou 45 + 50 é igual a 100?
copas
Depois disso, entendendo que a proposição simples que demos anteriormente estava
incorreta. Com isso, entendemos que, para chegar a alguns resultados, é preciso negar
outros resultados possíveis. Com essa lógica, em alguns casos negamos um resultado
para chegar a outro, como acontece com certa frequência, por exemplo, em provas de
múltipla escolha, quando identificamos as questões fal- sas antes de identificar a
verdadeira.
Obs: a notação q(r, s, t), por exemplo, está indicando que a proposição composta q é
formada pelas proposições simples r, s e t.
Exempl
o:
Proposi
ções
simples:
P: o número 24 é
múltiplo de 3. Q:
brasília é a capital
do brasil.
R: 8 + 1 = 3. 3
s: o
número 7
é ímpar t:
o número
17 é
primo
Proposições Compostas
Podemos ver que atribuir um valor lógico para uma proposição simples é fácil, mas e
para uma propo- sição composta como faremos isso?
As tabelas verdade são usadas para representar todos os valores lógicos possíveis de
uma proposi- ção. Voltemos ao exemplo anterior.
Brasília é a capital do brasil”, pode ser representada por “p”. Representando –a na tabela
verdade, temos:
Neste artigo, falaremos sobre as proposições simples, que são a base do raciocínio lógico.
“chama-se proposição toda oração declarativa que pode ser valorada em verdadeira ou
falsa, mas não as duas”.
Veja que na definição acima não fizemos distinção entre proposição simples e proposição composta.
As proposições simples são aquelas que declaram algo sem o uso de conectivos, que
são: “e” (con- junção), “ou” (disjunção inclusiva), “ou…, ou…” (disjunção exclusiva),
“se…, então…” (condicional) e “… se e somente se…” (bicondicional).
Quando conectamos duas ou mais proposições simples, formamos uma proposição composta.
É por essa razão que as proposições simples também são chamadas de proposições
atômicas e as proposições compostas são chamadas de proposições moleculares.
Na lógica proposicional, a oração “antônio fuma 10 cigarros por dia, logo a probabilidade
de ele sofrer um infarto é três vezes maior que a de pedro, que é não fumante”
representa uma proposição com- posta.
Resolução
Observe que há dois verbos principais: “fuma” e “é”. Assim, há duas proposições
simples envolvidas, a saber:
Q: a probabilidade de ele sofrer um infarto é três vezes maior que a de pedro, que não é fumante.
Observe ainda que a expressão “que não é fumante” é apenas uma oração
subordinada explicativa, ou seja, é uma oração que qualifica pedro.
Gabarito: certo.
De uma maneira geral, a oração principal é aquela que traz a informação principal que
está sendo afirmada.
Aqui há apenas uma informação principal: a de que paulo comprou uma máquina.
O trecho “que não funciona”, apesar de conter um verbo, é apenas uma qualificação do
objeto direto “máquina”.
O trecho “que não funciona” não tem existência própria, pois é uma oração subordinada à principal.
Assim, nesse exemplo, temos uma proposição simples, apesar de a frase conter dois
verbos (apenas um deles é principal).
É sempre importante ver o contexto, porque muitas vezes há dois verbos principais,
mas um deles pode estar implícito.
Nesse exemplo há, portanto, duas proposições simples e a proposição como um todo
a do exemplo acima.
Proposições simples
Podemos dizer que são aquelas que sempre vêm sozinhas e que normalmente são
representadas por algumas das letras latinas minúsculas, como por exemplo a letra p,
q, r...
Maria é casada.
2+ 1= 3 5-5=0 2x2= 4
Proposições compostas:
Assim sendo temos as proposições compostas e podemos também dizer que elas não
poderiam ser respondidas com apenas um sim ou não pois começam a surgir novas
probabilidades, novas opções em torno da frase afirmativa., as proposições compostas
normalmente podem ser representadas por letras maiúsculas como p, q, r...
O tempo verbal ainda é simples e normalmente único mas as ações não, sempre na
proposição com- posta as ações podem ser diferentes, as vezes com tipo comparativo
de explicação ou então defini- ção, temos abaixo alguns exemplos de proposições
compostas:
Então entendemos que as proposições compostas são aquelas que podemos dizer
teriam duas ou mais probabilidades ou opções de respostas e matematicamente
falando quanto maiores forem as quantidades de possibilidades menor será a chance
de alguma delas estar correta.
Proposições Lógicas
Negação (não) – quando usamos essa proposição estamos dando o sentido contrario
da afirmação: ex. Juca não é bonito.
Disjunção inclusiva (ou) – usamos quando queremos combinar duas proposições sendo
que pelo me- nos uma seja verdadeira, assim a proposição torna-se verdadeira: ex: hoje
estou bem ou hoje estou mal.
Ex:
compostas:
Condicional: p → q
P Q P→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Condicional: ¬q → ¬p
¬q ¬p ¬q → ¬p
F F V
V F F
F V V
V V V
P → q <=> ¬q → ¬p (representação da
da operação da conjunção. “p e q”
¬(p ^ q ) <=> ¬p v ¬q
Para negarmos uma proposição composta ligada pelo conectivo operacional “e”, basta
negarmos am- bas as proposições individuais(simples) e trocarmos o conectivo “e” pelo
conectivo”ou”. Ou seja, transformaremos uma conjunção em uma disjunção. Vejamos;
P=
pedro
é
mineir
o Q=
joão é
capixa
ba
Negan
do-a,
temos
;
Pedro não é mineiro ou joão não é capixaba.
P Q P^q ¬(p ^ q) ¬p ¬q ¬p v ¬q
V V V F F F F
V F F V F V V
F V F V V F V
F F F V V V V
inclusiva. “p ou q” P v q <=> ¬p ^ ¬q
(lei de morgan)
Para negarmos uma proposição composta ligada pelo conectivo operacional “ou”, basta
negarmos ambas as proposições individuais(simples) e trocarmos o conectivo “ou” pelo
conectivo”e”. Ou seja, “transformaremos” uma disjunção inclusiva em uma conjunção.
Vejamos;
“augusto é feio ou
maria é bonita”. P=
augusto é feio
Q=
maria
bonita
Nega
ndo-
a,
temos
;
“augusto não é feio e maria não é bonita”.
P Q Pvq ¬(p v q) ¬p ¬q ¬p ^ ¬q
V V V F F F F
V F V F F V F
F V V F V F F
F F F V V V V
¬(p v q) <=> p ↔ q
pedro é bonito”. P=
joão é rico
Q=
pedr
oé
bonit
Nega
ndo-
temo
s;
“joão é rico se e somente se pedro é bonito”
¬ (p → q) <=> p^ ¬q
inteligente
Q=
passar
ei de
ano
Negan
do-a,
temos
;
“sou inteligente e não passarei de ano”
P Q P→q ¬(p → q) ¬q P ^ ¬q
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F F
F F V F V F
conectivos lógicos
Equivalência e
Implicação Lógica
Implicação Lógica
Relembrando a operação lógica da condicional p→q (lê-se: se p então q)
Suponha que um determinado pai faz a seguinte promessa para seu filho: “Se fizer sol
amanhã, então viajaremos para a praia”.
Há 4 possibilidades:
• Fez sol e viajaram para a praia.
Não é difícil concluir que na possibilidade 2, a situação foi descumprida. Você deve estar
se pergun- tando sobre a possibilidade 3. Afinal, se não fez sol, como viajaram para a
praia? Parece estranho, não? Na verdade, temos que tomar um certo cuidado, o pai só
disse o que fariam se fizesse sol, mas não disse o que fariam se não fizesse sol. Esta é
razão da condicional na linha 3 ser logicamente ver- dadeira. Temos que ter muita
atenção, especialmente nesta parte. Esta é a parte que as pessoas, em geral,
apresentam mais dificuldades de compreensão. Por este motivo vamos discutir um pouco
mais sobre o assunto.
Utilizamos com frequência sentenças condicionais, como: “Se hoje chover, então vou
ficar em casa”. Vamos ver as quatro possibilidades para esta situação:
Caro aluno, é importantíssimo que você aprenda que na lógica matemática não nos
preocupamos com qualquer relação de causa e efeito entre o antecedente e o
consequente de uma implicação. O que há é uma relação entre os valores lógicos.
Neste exemplo, ficou claro para você que na possibili- dade 2, a situação foi
descumprida; isto é, “choveu e não fiquei em casa” ? É provável que você te- nha
dúvidas com relação à possibilidade 3. Afinal, se não choveu, como fiquei em casa?
Voltamos a dizer, sendo o antecedente (p) logicamente falso, não importa o valor lógico
do consequente (q), pois o valor lógico da condicional será sempre verdadeiro!
Você já deve ter se familiarizado com o primeiro (símbolo →), pois fizemos uso dele em
vários exem- plos envolvendo a operação lógica da condicional em que podíamos fazer
um julgamento (verdadeiro ou falso), já o segundo (símbolo ⇒) passaremos a ver agora
com mais detalhes. Tenha sempre em mente que o símbolo ⇒ representa uma
implicação, cuja condicional será sempre tautológica, isto é,
será sempre logicamente verdadeira. Vamos agora ver alguns exemplos e verificar a
implicação ló- gica indicada em cada caso.
Exemplos:
Vamos agora verificar como ficam os possíveis valores lógicos das proposições:
Atenção: A intenção aqui, caro aluno, é que você perceba que o ponto fundamental da
implicação ló- gica ( P implica uma proposição Q, indica-se por P ⇒ Q), é que sempre
que temos um antecedente verdadeiro, teremos um consequente verdadeiro também.
Atenção: A proposição condicional q→p (lê-se: “se q então p”) é uma proposição
composta que só admite valor lógico falso no caso em que a proposição q é verdadeira e
a proposição p é falsa, sendo verdade nas demais situações. (veja a 3ª coluna da tabela
seguinte)
Perceba que quando p é verdadeira (1ª e 2ª colunas), q→p é verdadeira também, logo
dizemos que p implica a proposição composta q → p. (p ⇒ q → p)
4º exemplos. 3º exemplo: p Λ q ⇒ p v q
Caro aluno, não se assuste com o tamanho das tabelas-verdade. Você deve organizar
as colunas, e para iniciar, atribua todos os valores lógicos possíveis para as proposições
simples p e q. (são quatro situações; isto é, são quatro linhas).
Observe que na 3ª coluna (p Λ q), temos uma conjunção, e que ela é logicamente
verdadeira apenas quando as proposições simples p e q são ambas verdadeiras, e
logicamente falsas nas demais situa- ções.
Observe que na 4ª coluna (p v q), temos uma disjunção, e que ela é logicamente falsa
apenas quando as proposições simples p e q são ambas falsas, e logicamente
verdadeiras nas demais situa- ções. Até aqui, tudo bem? Se ficou claro, então vamos
entender melhor a 5ª coluna.
4º exemplo: p ⇒ p v q
Observação O fato de dizer que uma proposição P implica uma proposição Q, não
garante dizer o ca- minho inverso, isto é, que Q também implica P.
Equivalência Lógica
Caro aluno, estudamos as implicações lógicas e foi enfatizado que o ponto fundamental
da implica- ção lógica (P implica uma proposição Q, indica-se por P ⇒ Q), é que sempre
que temos um antece- dente verdadeiro, teremos um consequente verdadeiro também.
Está lembrado? Vimos também que se uma proposição P implica uma proposição Q, não
garante dizer o caminho inverso, isto é, que Q também implica P. Neste capítulo
trataremos de ver as situações que envolvem o caminho de ida e de volta quando
consideramos as implicações. Estas implicações são denominadas de equivalências
lógicas.
Conceito:
E para iniciar este estudo das equivalências lógicas, considere as seguintes proposições:
• Não vi ninguém.
• Vi alguém.
Na primeira proposição temos uma dupla negação, logo se “não vi ninguém” (dupla
negação), então “vi alguém”.(afirmação) Podemos concluir que estas proposições são
equivalentes. Desta forma, te- nha cuidado ao usar “não vi ninguém” com o sentido de
pessoa alguma foi vista. Isto é lógico para você?
Os valores lógicos de p e ~(~p) são idênticos. Desta forma, podemos concluir que estas
proposições são logicamente equivalentes. E também são equivalentes as proposições
compostas p→~(~p) e
~(~p) → p, e esta equivalência expressa a lei da
da seguinte forma:
p: Hoje é sábado.
Vamos verificar como ficam os possíveis valores lógicos na tabela-verdade para cada
sentença dada inicialmente:
Você lembra que a condicional p→q será logicamente falsa apenas quando o
antecedente (p) é ver- dadeiro e o consequente (q) é falso? Veja a possibilidade 2. (2ª
linha da tabela)
Vamos agora para a segunda sentença. E para isto, considere as proposições p e q e suas negações
~p e ~q
da seguinte maneira:
É importante que você valorize aquilo que temos estudado dentro da Lógica Matemática,
pois certa- mente a fundamentação teórica é importante para o entendimento de
situações, inclusive as do nosso cotidiano.
Vamos ver mais alguns exemplos de equivalência entre proposições (P ⇔ Q). Nosso
objetivo é que você entenda a construção das tabelas-verdade como um instrumento
importante de verificação das equivalências lógicas, pois sempre que os valores lógicos
das proposições P e Q forem idênticos, elas serão equivalentes.
2º Exemplo: Vamos para o seguinte enunciado:
er
o:
p 𝖠 q corresponde a proposição
composta P. q 𝖠 p corresponde
a proposição composta Q.
Vamos recorrer à tabela-verdade e colocar os valores lógicos de cada proposição.
Perceba que neste caso, as colunas das proposições “p 𝖠 q” e “q 𝖠 p” são idênticas, logo
são equiva- lentes, e sendo equivalentes, a coluna da bicondicional tem sempre valores
lógicos verdadeiros, e portanto a bicondicional é considerada tautológica.
p: estudo
q: passo no teste
Observe que os valores lógicos das proposições “p→q” e “~p v q” são idênticos.
• Reflexiva:
P(p,q,r,...) ⇔ P(p,q,r,...)
P⇔P
• Simétrica:
• Transitiva:
Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) e
⇔ R(p,q,r,...) Se P ⇔ Q e Q ⇔ R, então P
⇔R
Proposições associadas a uma condicional
• Proposição contrária de p → q: ~p → ~q
• Proposição contrapositiva de p → q: ~q → ~p
Princípio da Substituição
• Agora, escolha uma sentença lógica que qualquer. Essa sentença pode ser uma
Tautologia ou não, não faz diferença. – Por exemplo: Q = r 𝖠 s
da Implicação Lógica
Propriedades
A implicação lógica possui duas importantes propriedades:
• Reflexiva (R)
• Transitiva (T)
o Se P(p, q, r,...) ⇒ Q(p, q, r,...) e Q(p, q, r,...) ⇒ R(p, q, r,...) então P(p, q, r,...) ⇒ R(p, q, r,...).
_
Propriedade Comutativa
Por exemplo, tanto faz vestir o casaco, e pôr o chapéu, como pôr o chapéu e vestir o
casaco, que o resultado é o mesmo.
2 x 5 = 5 x 2 = 10
2 - 5 = -3 # (diferente) 5 - 2 = 3
2 ÷ 5 = 0,4 # 5 ÷ 2 = 2,5
Comutatividade
Por mais que a noção comum de aritmética possam sugerir que esta propriedade seja
óbvia, ela é importante para organizar os tipos de operações de grupos de acordo a
propriedade de comutativida- de ou não. E mesmo na aritmética existem exemplos de
operações que não são comutativas, como a subtração e divisão.
Definição
Exemplos
Propriedade Distributiva
A propriedade distributiva determina como resolver equações na forma a(b + c). Essa
propriedade é chamada também de lei distributiva da multiplicação e divisão.
Normalmente, quando vemos uma equação como essa 4(8+3) calculamos primeiro
apenas o que está entre parênteses, depois a resolvemos:
Este método segue a regra oficial da “ordem das operações” que aprendemos
Por que fizemos isso de outro jeito, se poderíamos ter facilmente resolvido o que estava
entre parên- teses primeiro?
Essa é uma preparação para os casos em que teremos variáveis em vez de números
dentro dos parênteses.
a) 1 (x − y)04
2
1
x−
2
1
y−4
2
b) 6 + (x − 5) + 7
6+x−5+7 =8+x
Dicas
Leis De Morgan
Quando trabalhamos com expressões lógicas muito grandes, pode ser necessário
substituir uma expressão por uma logicamente equivalente (isto é, cujos elementos
possam ser reordenados de tal forma que possam produzir o mesmo resultado lógico-
VERDADEIRO ou FALSO). As Leis de De Morgan permitem fazer esta substituição de
forma simples através dos seguintes pressupostos:
De maneira informal:
“negar duas frases ligadas com e é igual a negar duas frases e ligá-las com ou“
Ou logicamente:
(¬A
)∨(
¬B)
Exe
mpl
os:
• Como negar a frase “Antônio não é baiano e Antônio não é cearense .” :
Não (Antônio não é baiano) OU Não (Antônio não é cearense). Neste caso, os nãos se
anulam e a frase pode ser transformada para
Negar duas frases ligadas por ou é igual a negar duas frases e ligá-las por e
É o mesmo que:
(¬A
)𝖠(
¬B)
Exe
mpl
os:
o shopping).
• Como negar a frase “Antônio é baiano ou Antônio é cearense .” :
Não (Antônio é baiano) E Não (Antônio é cearense) que pode ser
Não (vou ao baile) E me chamo Joana), onde os dois “não” se anulam ,de
Por exemplo:
é dada por:
A→B
¬(A
→B)
=A𝖠
¬B
Por
exe
mpl
o:
voa, ou ainda
Não gosto de praia nem de cinema. É igual a : Não gosto de praia e não gosto de cinema.
Questões De Exemplos
(TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV/2015) Considere a
Comentário: “Mato a cobra e mostro o pau” é uma conjunção. Sua negação, de acordo
com a primei- ra lei de Morgan é: Não(Mato a cobra e Mostro o Pau), que equivale a Não
(Mato a Cobra) ou Não (Mostro o Pau). Logo a resposta correta é a letra A.
desatento.” A negação
é:
• Pedro está descansado ou desatento.
• Pedro está descansado ou atento.
• Pedro está cansado e desatento.
• Pedro está descansado e atento.
• Se Pedro está descansado então está desatento.
Comentário: “Pedro está cansado ou desatento.” é uma disjunção. Sua negação é dada
por Não (Pedro está cansado ou Pedro está desatento) ou conforme as regras de
Morgan Não (Pedro está cansado) e Não (Pedro está desatento) = Pedro não está
cansado e não é desatento = Pedro está descansado e é atento. Logo a letra correta e
´D.
Diagramas Lógicos
Conjunto infinito: como o próprio nome diz nesse caso temos um número infinito de elementos;
seguinte forma:
Extensão: Os elementos são separados por chaves; {1,2,3,4...}
Inclusão
Todo, toda, todos, todas.
Interseção
Disjunção
Nenhum A é B.
Pergunta: Neste grupo de pessoas, usar só chapéu ou só relógio, nem pensar. Tampouco
usar ócu- los, chapéu e relógio ao mesmo tempo. Quinze pessoas usam óculos e chapéu
ao mesmo tempo. Usam chapéu e relógio, simultaneamente, o mesmo número de
pessoas que usam apenas os óculos. Uma pessoa usa óculos e relógio ao mesmo
tempo. Esse grupo é formado por 40 pessoas e essas informações são suficientes para
afirmar que nesse grupo o número de pessoas que usam óculos é
• 20
• 22
• 24
• 26
• 28
Pergunta: Todo PLATZ que não é PLUTZ é também PLETZ. Alguns PLATZ que são
PLETZ também são PLITZ. A partir dessas afirmações, pode-se concluir que
• 21
• 14
• 16
• 19
• 12
Pergunta: Todos os jogadores são rápidos. Jorge é rápido. Jorge é estudante. Nenhum
jogador é estudante. Supondo as frases verdadeiras pode-se afirmar que
• a intersecção entre o conjunto dos estudantes e o conjunto dos jogadores não é vazia.
• Jorge não pertence à intersecção entre os conjuntos dos estudantes e o conjunto dos rápidos.
• Jorge não pertence à intersecção entre os conjuntos dos jogadores e o conjunto dos rápidos.
Pergunta: Uma pesquisa de rua feita no centro de Vitória constatou que, das pessoas
entrevistadas, 60 não sabiam que a polícia civil do Espírito Santo possui delegacia com
sistema online para registro ou denúncia de certos tipos de ocorrência e 85 não sabiam
que uma denúncia caluniosa pode levar o denunciante à prisão por 2 a 8 anos, além do
pagamento de multa. A partir dessas informações, jul- gue o item seguinte.
Considerando-se que também foi constatado que 10 dos entrevistados não sabi- am do
canal de comunicação online nem das penalidades cabíveis a denúncias caluniosas, é
correto concluir que 135 pessoas não tinham conhecimento de pelo menos uma dessas
questões.
o
Resposta dos Exercícios
Questão 1
Resumindo:
• Óculos e Chapéu= 15
• Chapéu e Relógio=12
• Só óculos=12
• Óculos
Relógio
=1
Total=
40
-Quantos usam óculos: 15+12+1=28
Questão 2
-Como pode ser visto no diagrama, parte dos felizes não são músicos nem cantores.
:
• Todo Platz que não é Plutz é também Pletz. Ou seja, Platz e Pletz são duas coisas ao
mesmo tem- po.
• Alguns Platz também são Plitz. Ou seja, o Plitz pode ser Platz, mas isso não é uma regra geral.
• A letra E é falsa porque não existe delimitação para o conjunto Plitz e ele não fica sozinho;
• A letra B também está errada porque afima que existe Platz que não é Plutz nem é
Pletz. Mas a afirmação do enunciado garante que "Todo Platz que não é Plutz é
também Pletz."
• A letra C está incorreta porque essa afirmação não é dita em nenhum momento do enunciado.
• A letra D está incorreta porque não há uma regra em relação a isso também.
Questão 4
Dados do enunciado:
o Como ele disse que 19 empresas não se encaixam nesses grupos, pode-se concluir
que pelo me- nos 101 empresas se encaixam em algum desses itens;
(18+x+19-x+x+20-x)
+8+x+21-x+3+x=101
57+8+x+21-x+3+x=101
x+89=101 x=12
Questão 5
Ao analisar as informações dadas pode-se concluir que Jorge não pertence ao grupo de
jogadores e sim ao conjunto compreendido entre os rápidos e estudantes.
Questão 6
• Retire essas 10 pessoas do número fornecido pelo enunciado para aquelas que
não sabiam do sistema=60
Questão 1 Letra E
Questão 2 Letra D
Questão 3 Letra A
Questão 4 Letra E
Questão 5 Letra E
Questão 6 Certa
A lógica de primeira ordem tem poder expressivo suficiente para formalizar praticamente
toda a mate- mática. Uma teoria de primeira ordem consiste em um conjunto de
axiomas(geralmente finito ou re- cursivamente enumerável) e de sentenças dedutíveis a
partir deles. A teoria dos conjuntos de Zer- melo-Fraenkel é um exemplo de uma teoria
de primeira ordem, e aceita-se geralmente que toda
a matemática clássica possa ser formalizada nela. Há outras teorias que são
normalmente formaliza- das na lógica de primeira ordem de maneira
independente(embora elas admitam a implementação na teoria dos conjuntos) tais como
a aritmética de Peano.
A lógica formal não se ocupa com os conteúdos pensados ou com os objetos referidos
pelo pensa- mento, mas apenas com a forma pura e geral dos pensamentos, expressa
pela linguagem.
Sentenças
• um pensamento completo;
• Composta por um sujeito (algo que se declara) e por um predicado (aquilo que se
declara sobre o sujeito).
Tipos de
Sentenças
Afirmativas
João foi
comprar
pão.
Negativa
s
Maria não
gosta de
queijo.
Imperativas
E
s
t
u
d
e
m
u
i
t
o
.
E
x
c
l
a
m
a
t
i
v
a
s
Como
você
está
linda!
Interroga
tivas
Sentenças Abertas
São sentenças nas quais não podemos determinar o sujeito. Uma forma simples de
identificá-las é o fato de que não podem ser nem Verdadeiras ou Falsas.
Conectivos Lógicos
Conectivos lógicos são palavras usadas para conectar as proposições formando novas
Conectivos Lógicos
• O princípio da Não Contradição – Afirma que nenhum enunciado pode ser verdadeiro e falso.
Tabelas-Verdade
Tabelas-Verdade
Operações Com Conjuntos
As operações com conjuntos são as operações feitas com os elementos que formam
uma coleção. São elas: união, intersecção e diferença.
União de Conjuntos
A união de conjuntos corresponde a junção dos elementos dos conjuntos dados, ou seja,
é o conjunto formado pelos elementos de um conjunto mais os elementos dos outros
conjuntos.
Se existirem elementos que se repetem nos conjuntos, ele aparecerá uma única vez no
conjunto uni- ão.
Exemplo:
Para encontrar o conjunto união basta juntar os elementos dos dois conjuntos dados.
Temos de ter o cuidado de incluir os elementos que se repetem nos dois conjuntos uma
única vez.
A U B = {c, a, r, e, t, i, o, u}
Intersecção De Conjuntos
Devemos identificar os elementos comuns nos conjuntos dados que, neste caso, são
os elemen- tos a e e, assim o conjunto intersecção ficará:
= {a, e}
Obs: quando dois conjuntos não apresentam elementos em comum, dizemos que a
intersecção entre eles é um conjunto vazio.
Diferença De Conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, o conjunto diferença é indicado por A - B (lê-se A menos B).
Conjunto Complementar
Quando temos um conjunto B, tal que B está contido em A (), a diferença A - B é igual
ao comple- mento de B.
Exemplo:
Dados os conjuntos A= {a, b, c, d, e, f} e B = {d, e, f, g, h}, indique o conjunto diferença entre eles.
A – B = {a, b, c}
Propriedade
associativa
Propriedade
distributiva
Se A está
contido em B
():
Leis De Morgan
Os elementos que fazem parte do conjunto interseção são os elementos comuns aos
conjuntos rela- cionados.
Exemplo 1:
Dados dois conjuntos A = {5,6,9,8} e B = {0,1,2,3,4,5}, se pedimos a interseção
deles teremos: A ∩ B = {5}, dizemos que A “inter” B é igual a 5.
Exemplo 2:
Exemplo 3:
• União
Exemplo 2:
Dados os conjuntos A = {1,2,3} e B = {1,2,3,4,5} a união desses
conjuntos é: A U B = {1,2,3,4,5}, nesse caso podemos dizer que
A U B = B.
O conjunto diferença é
1:
A = {1,2,3,4,5} e B = {3,4,5,6,7} a diferença dos
conjuntos é: A – B = {1,2}
Exemplo 2:
A = {1,2,3,4,5} e B = {8,9,10} a diferença dos
conjuntos é: A – B = {1,2,3,4,5}
Exemplo 3:
A = {1,2,3} e B = a diferença
dos conjuntos é:
Exemplo 4:
em forma de complementar:
A–B= A B = {1,2,3,4}.
O conceito de União entre Conjuntos talvez seja o mais simples entre as três
operações. Basta pen- sarmos em termos de soma entre conjuntos.
A = {1, 2, 3, 4, 5}
B = {6, 7, 8, 9}
A𝖴B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
A = {1, 2, 3, 4, 5}
B = {3, 4, 5, 6, 7, 8}
A𝖴B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
Agora que já aprendemos o que é a união entre conjuntos, passemos para o conceito de interseção.
Interseção nada mais é que os elementos comuns entre dois ou mais conjuntos. Os
elementos que estão presentes em mais de um conjunto.
Caso não haja, entre dois ou mais conjuntos, nenhum elemento comum, é dito que a
interseção é vazia, ou forma um conjunto vazio.
de interseção. A = {3, 4, 5, 6}
B = {1, 2, 3, 4}
A ∩ B = {3, 4}
Deu pra perceber que os elementos “3” e “4” estão em ambos os conjuntos numéricos?
Por isso eles formam o conjunto de interseção.
Agora vamos ao conceito de diferença entre conjuntos, que pode ser entendido como
uma subtração de um conjunto pelo outro.
A – B = {1, 2}
Deu pra compreender? Caso surja alguma dúvida, deixe um comentário para que eu
possa ajudar a esclarecer.
Conjunto Complementar
O conhecimento prévio de tal teoria serve como base para o desenvolvimento de outros
temas na matemática, como relações, funções, análise combinatória, probabilidade, etc.
Como definição intuitiva de conjuntos, dadas por Cantor, surgiam em sua teoria exemplos como:
• Os conjuntos podem ser finitos ou infinitos. Um conjunto finito pode ser definido
reunindo todos os seus elementos separados por vírgulas. Já um conjunto infinito pode
ser definido por uma proprie- dade que deve ser satisfeita por todos os seus membros.
Z = {1,3,5,7,9,11, ... }
teríamos, concluindo:
• dado um número x, caso ele pertença ao conjunto, escrevemos x ∈ A, ou "x" pertence ao conjunto A
• caso "x" não pertença ao conjunto, registra-se x ∉ A
• um conjunto sem elementos é um conjunto vazio, representado pela letra
Trata-se de qualquer conjunto cujos elementos são números, entre eles, o conjunto de
números natu- rais N = {0,1,2,3,4,5,6...}; o conjunto de números inteiros Z = {..., -4,-
3,-2,-1,0,1,2,3,... } (sendo que N
⊂ Z); conjunto de números racionais Q = { 2/3, -3/7, 0,001, 0,75, 3, etc.) (sendo que N ⊂ Z
⊂ Q); conjunto de números irracionais, etc.
• - União
Ocorre união quando o conjunto união contempla todos os elementos de dado conjunto
A ou de dado conjunto B.
Conjuntos: Teoria e
Exemplos Conjuntos
• Introdução
• Notação e Representação
A notação dos conjuntos é feita mediante a utilização de uma letra maiúscula do nosso
alfabeto e a representação de um conjunto pode ser feita de diversas maneiras, como
veremos a seguir.
B = {a, e, i, o, u}
Exemplos
numeração}
• Diagrama de Euler-Ven
Exemplo
• Relação de Pertinência
em que o símbolo é uma versão da letra grega epsílon e está consagrado em toda
matemática como símbolo indicativo de pertinência. Para indicarmos que um
elemento x não pertence ao con- junto A, indicamos:
Exemplo
Consideremos o conjunto: A =
{0, 2, 4, 6, 8} O algarismo 2
pertence ao conjunto A:
Dizemos que o conjunto A está contido no conjunto B se todo elemento que pertencer
a A, perten- cer também a B. Indicamos que o conjunto A está contido em B por meio
da seguinte símbologia:
Obs. – Podemos encontrar em algumas publicações uma outra notação para a relação de inclusão:
O conjunto A não está contido em B quando existe pelo menos um elemento de A que
não pertence a B. Indicamos que o conjunto A não está contido em B desta maneira:
Podemos notar que existe uma diferença entre 2 e {2}. O primeiro é o elemento 2, e
o segundo é o conjunto formado pelo elemento 2. Um par de sapatos e uma caixa
com um par de sapatos são coisas diferentes e como tal devem ser tratadas.
Podemos notar, também, que, dentro de um conjunto, um outro conjunto pode ser
tratado como um de seus elementos. Vejamos o exemplo a seguir:
Exemplos
Exemplos
2º) Conjunto:
Demonstração
Vamos admitir que o conjunto vazio não esteja contido num dado conjunto A. Neste
caso, existe um elemento x que pertence ao conjunto vazio e que não pertence ao
conjunto A, o que é um absurdo, pois o conjunto vazio não tem elemento algum.
Conclusão: o conjunto vazio está contido no con- junto A, qualquer que seja A.
• Conjunto Universo
Uma determinada equação pode ter diversos conjuntos solução de acordo com o
conjunto universo que for estabelecido.
Exemplos
1º) A equação 2x3 – 5x2 – 4x + 3 = 0 apresenta:
• Conjunto de Partes
Dado um conjunto A, dizemos que o seu conjunto de partes, representado por P (A), é o
conjunto for- mado por todos os subconjuntos do conjunto A.
Vamos observar, com o exemplo a seguir, o procedimento que se deve adotar para a
determinação do conjunto de partes de um dado conjunto A. Seja o conjunto A = {2,
3, 5}. Para obtermos o con- junto de partes do conjunto A, basta escrevermos todos os
seus subconjuntos:
3º) Subconjuntos com dois elementos: {2, 3}, {2, 5} e {3, 5}.
4º) Subconjuntos com três elementos: A = {2, 3, 5}, pois todo conjunto é subconjunto dele mesmo.
Assim, o conjunto das partes do conjunto A pode ser apresentado da seguinte forma: P(A) = { ,
{2}, {3}, {5}, {2, 3}, {2, 5}, {3, 5}, {2, 3, 5}}
• Igualdade de Conjuntos
Dois conjuntos são iguais se, e somente se, eles possuírem os mesmos elementos, em
qualquer or- dem e independentemente do número de vezes que cada elemento se
apresenta. Vejamos os exem- plos:
Observação
O conjunto dos números naturais é formado pelo zero e por todos os números
inteiros positivos. Sendo assim, podemos escrever os elementos do conjunto dos
números naturais da seguinte ma- neira:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, …}
O conjunto dos números naturais ímpares não negativos também é subconjunto dos
números na- turais, pois todos os seus elementos pertencem a ele.
Definição de subconjuntos
A primeira parte também pode ser lida como B está contido em A. Note que a
relaçãoentre esses dois conjuntos é de inclusão, portanto, um conjunto Z pode conter
ou não conter um conjunto Z’ ou o conjunto Z’ pode estar contido ou não estar contido
no conjunto Z.
Quando a relação é definida para elementos, deveremos usar outra relação, chamada
de relação de pertinência: o elemento x pertence ou não pertence ao conjunto Z.
Relação de inclusão
Observe os símbolos abaixo e, logo em seguida, seus significados:
O símbolo 2 é o sinal de inclusão cortado. Ele é usado quando um conjunto não está
contido em ou- tro.
O símbolo 4 é sinal de inclusão invertido e cortado. O conjunto à sua direita não contém
o conjunto à sua esquerda.
Todo conjunto tem dois subconjuntos triviais: o próprio conjunto e o conjunto vazio.
Subconjunto
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4–
Sub
conj
unt
Defi
niçã
o
Considere B e C como dois conjuntos.
Se os elementos de B também pertencerem a C, significa que:
• B é um subconjunto de C, ou
• B é a parte de C, ou
• B está contido
em C Podemos
representar isto
por:
se
Significa que:
B não é um
subconjunto de C
ou B não é parte de
C ou
B não está contido em C.
Por exemplo:
Pertinência
Simbolicamente:
As operações com conjuntos são as operações feitas com os elementos que formam
uma coleção. São elas: união, intersecção e diferença.
União de Conjuntos
A união de conjuntos corresponde a junção dos elementos dos conjuntos dados, ou seja,
é o conjunto formado pelos elementos de um conjunto mais os elementos dos outros
conjuntos.
Se existirem elementos que se repetem nos conjuntos, ele aparecerá uma única vez no
conjunto união.
Exemplo:
Para encontrar o conjunto união basta juntar os elementos dos dois conjuntos dados.
Temos de ter o cuidado de incluir os elementos que se repetem nos dois conjuntos uma
única vez.
A U B = {c, a, r, e, t, i, o, u}
Intersecção de Conjuntos
Exemplo:
Devemos identificar os elementos comuns nos conjuntos dados que, neste caso, são
os elemen- tos a e e, assim o conjunto intersecção ficará:
= {a, e}
Obs: quando dois conjuntos não apresentam elementos em comum, dizemos que a
intersecção entre eles é um conjunto vazio.
Diferença de Conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, o conjunto diferença é indicado por A - B (lê-se A menos B).
Conjunto Complementar
Exemplo:
Dados os conjuntos A= {a, b, c, d, e, f} e B = {d, e, f, g, h}, indique o conjunto diferença entre eles.
A – B = {a, b, c}
Propriedade distributiva
Se A está contido em B ( ):
Leis de Morgan
complementares:
• União de conjuntos
Dados dois conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {6, 7}, a união deles seria pegar todos os
elementos de A e de B e unir em apenas um conjunto (sem repetir os elementos
comuns). O conjunto que irá repre- sentar essa união ficará assim: {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}.
• Intersecção de conjuntos
Quando queremos a intersecção de dois conjuntos é o mesmo que dizer que queremos
os elementos que eles têm em comum.
Dados dois conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e B = {5, 6, 7}, a intersecção é representada pelo símbolo
∩, então A ∩ B = {5, 6}, pois 5 e 6 são os elementos que pertencem aos dois conjuntos.
Se dois conjuntos não têm nenhum elemento comum, a intersecção deles será um
• Conjunto complementar
Conjunto complementar está relacionado com a diferença de conjunto.
Achamos um conjunto complementar quando, por exemplo, dado um conjunto A e B e o
conjunto B e A, então B é complementar em relação a A.
A = {2, 3, 5, 6, 8}
B = {6,8}
B A, então o conjunto complementar será CAB = A – B = {2, 3, 5}.
Raciocínio Lógico-Matemático
Contudo, assim como estudar matemática, estudar raciocínio lógico exige um cuidado
especial, e a utilização de ferramentas mentais diferentes daquelas que você utiliza nas
demais disciplinas (Direito, Português, História e outras). Ao entender que raciocínio
lógico é uma disciplina diferenciada, e por isso exige um método diferenciado de
preparação, você alcançará o desenvolvimento necessário para acertar o máximo de
questões na sua prova.
Com certeza, após ler detalhadamente esta publicação, você entrará para o rol de uma
minoria de concurseiros que possuem alto desempenho em raciocínio lógico.
O professor Irving Copi, uma das principais referências no mundo quando o assunto é
raciocínio ló- gico, define da seguinte forma “lógica” (leia com atenção):
O estudo da lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do
incorreto. […] O estudo da lógica proporcionará ao estudante certas técnicas e certos métodos de fá- cil
aplicação para determinar a correção ou a incorreção de todos os raciocínios, inclusive os pró- prios. –
Irving Copi
Quando você estuda raciocínio lógico, na verdade está estudando a possibilidade de um pensamento
ou um discurso ser correto ou incorreto.
Para facilitar essa análise, existe um método famoso (cobrado em concursos), que
substitui expres- sões verbais por símbolos. É como se você estivesse fazendo contas
com a linguagem. Em vez de perguntar “quanto é 1 + 1?”, como uma prova de
matemática, a prova de raciocínio lógico pergunta: “Todo cachorro é azul. Totó é um
cachorro. Posso dizer que Totó é azul?”.
No nosso dia-a-dia falamos muitas vezes que algo “não tem lógica”. Quando dizemos
isso queremos nos referir a pensamentos incorretos. Estudar lógica é justamente
aprender os métodos necessários para detectar esses pensamentos incorretos
(chamados de “falácias”).
Agora que você já sabe qual é o objeto de estudo da disciplina raciocínio lógico, preciso
lhe dizer qual é a grande prioridade para se dar bem em qualquer prova. Estou me
referindo à rainha da preparação quando o assunto é raciocínio lógico: a prática.
Você prefere ter à sua disposição, no dia da prova do seu concurso, uma mochila com
alguns livros ou uma biblioteca inteira? A resposta é: depende!
Embora possa ser sedutor ter toda uma biblioteca, com dezenas de milhares de títulos,
lembre-se que na prova de um concurso público você precisa ter a resposta certa no
mínimo de tempo possível. Por isso, uma mochila com alguns livros bem selecionados
pode ser bem mais útil do que uma biblio- teca inteira que lhe tomaria muito tempo
para encontrar o que precisa.
A prática é o que faz você selecionar os livros corretos para colocar em sua mochila. Ou
melhor, ela lhe ajuda a absorver e usar com facilidade todos os conhecimentos de
raciocínio lógico que você pre- cisa para utilizar rapidamente no momento da prova.
O legal é que, quanto mais você pratica raciocínio lógico, mais sua capacidade de
aprendizado irá melhorar, inclusive nas demais disciplinas. O bom candidato em
raciocínio lógico tende a se dar bem nas demais disciplinas, por isso, inclua o estudo da
lógica no seu dia-a-dia. Pratique o máximo possí- vel!
Sudoku
Sudoku é um jogo (puzzle) em que se têm de preencher as casa vazias com algarismos
de 1 a 9, de modo que o mesmo algarismo não se repita em cada linha, coluna e
quadrado. Para jogar Sudoku no computador ou no smartphone basta digitar “sudoku”
em qualquer buscador, e encontrar centenas de aplicativos e games para treinar lógica.
Desafios de lógica
Gosto muito das revistas que trazem desafios de lógica para os leitores, mas hoje há
muitas possibili- dades de encontrar esse tipo de passatempo, principalmente na
internet. São simplesmente proble- mas onde você deve usar raciocínio lógico para
encontrar a solução. Possuem o mesmo fundamento que as questões de concurso.
O cubo mágico também é chamado de cubo de Rubik, por ter sido inventado no ano de
1974 pelo húngaro Ernõ Rubik. Trata-se de um cubo, geralmente de plástico, que forma
um quebra-cabeça co- lorido, onde você tem como objetivo deixar as faces do cubo com
uma só cor. Uma brincadeira desa- fiadora e divertida.
Xadrez
Para ser um bom estudante de lógica você precisará sempre ter em mente 3 conceitos
bem fáceis de entender. Em qualquer problema de raciocínio lógico esses três
elementos estarão em jogo. São eles:
Proposições não são frases. Usamos frases para exprimir proposições, mas nem toda
frase é uma proposição: ordens e perguntas, por exemplo, geralmente não contêm
proposições. A frase “compre o café!”, é uma frase, mas não é uma proposição, porque
não afirma que algo é verdadeiro.
Uma proposição é uma frase como “você comprou o café”. Por quê? Porque ela pode ser
definida como verdadeira ou falsa.
Argumento: é um conjunto de proposições que utilizamos para provar algo. Por exemplo:
A conclusão é:
Logo, Sócrates é
mortal. Simples
assim!
Uma Ferramenta Importantíssima
Ao estudar para uma prova de Lógica, será indispensável aprender a utilizar tabelas de verdade.
As tabelas de verdade são ferramentas muito eficientes para responder a prova do seu
concurso. Elas possibilitam identificar se um grupo de proposições é verdadeiro ou
falso.
Isso porque a segunda proposição “o mar é vermelho”, trás uma falsidade à proposição composta.
A tabela de verdade vai permitir que você faça essa análise sem precisar pensar nem
Não confunda verdade com validade. Apenas proposições podem ser verdadeiras.
Apenas argumen- tos podem ser válidos.
“O céu é laranja” é uma proposição falsa. Mas o argumento a seguir
é válido: Tudo o que é azul é laranja
O céu é azul
Logo, o céu é laranja
Ser verdadeiro tem a ver com ter correspondência com a realidade. Ser válido tem a ver
com fazer o cálculo corretamente.
Estruturas lógicas
• Estruturas Lógicas:
Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos atribuir um dos valores
lógicos: ver- dadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença
fechada.
Exemplos:
p: 2 é um
nº primo.
(V) q: 2²
+ 3² >(
2+3 )² .
(F).
r: Foi publicado o Edital do
TRE/MG 2008. (V) s: (∀x)(x ∈ R)
(x + 3 = 9) (F)
t: (∃x)(x ∈ R)(x + 3 = 9) (V)
Atenção: Sentenças exclamativas, interrogativas e imperativas não podem ser
classificadas como proposições. Cuidado com as sentenças afirmativas, pois elas podem
ou não serem proposições, ve- jamos:
Você só aprova este candidato, caso ele atenda os dois quesitos. Caso ele cumpra
apenas um ou ne- nhum deles, você o reprova. Você é exigente.
Associe o conectivo “e” a exigente e, se possível, lembre-se do fato descrito acima.
É por isso que a tabela-verdade, representativa da conjunção “e”, apresenta-se da forma abaixo:
Dica: Não é proibido decorar, mas o melhor é entender! Para cada conectivo lógico darei
um fato ilus- trativo, com o objetivo de facilitar o aprendizado.
Em relação à disjunção, faz-se necessária uma subdivisão em nosso estudo, dado que
existe a dis- junção inclusiva e a disjunção exclusiva. A primeira simbolizada por v e a
segunda por v. A proposi- ção composta p ou q é chamada disjunção inclusiva de P com
Q e simbolizada por P v Q. A proposi- ção composta ou P ou Q é chamada disjunção
exclusiva de P com Q e é representada por P v Q.
Eu nasci em Guarapari ou Juiz de Fora. Esta é uma sentença que caracteriza muito bem
a exclusão. Apesar da não repetição do conectivo ou no início das orações, como no
exemplo anterior, esta é uma exclusão contextual, dado a impossibilidade de ocorrência
dos dois fatos. Caso eu tenha nascido em Guarapari (V), não poderei ter nascido em Juiz
de Fora (F) e vice-versa, por isso na tabela, VF e FV dão V. Na tabela, FF dá F pelo fato
de um dos fatos ter que ocorrer, obrigatoriamente, quando uti- lizo o conectivo ou e VV
também dá F, uma vez que na exclusão, não há a possibilidade dos dois eventos se
confirmarem ao mesmo tempo.
Esta seria a mulher exclusiva, aquela que gosta de exclusividade, isto é, o igual não
interessa, só o diferente, por isso que elementos iguais VV e FF dão F e elementos
distintos VF e FV dão V.
Passemos agora para o conectivo mais cobrado nos concursos públicos, sobretudo,
pela ESAF e pelo CESPE. É o conectivo se então, cujo símbolo é → e cujo nome técnico
é condicional.
Examinemos a sentença: Se nasci em Juiz de Fora, então sou mineira.
Vou explicar por que a condicional só dá F na sequência VF e nos demais casos V.
Para finalizarmos o nosso estudo a respeito das estruturas lógicas, falaremos sobre o
conectivo bi- condicional, simbolizado por «. Mais uma vez faremos a brincadeira dos
tipos de mulheres para aju- dar na memorização.
Esta seria a mulher básica, oposta da mulher que gosta de exclusividade, o que é
diferente não inte- ressa, só gosta do igual, por isso VF e FV dão F e VV e FF dão V.
A tabela-verdade da bicondicional: ↔
Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios
Bom antes de colocar a matéria algumas explicações devem ser colocadas, para que
você entenda o que estão pedindo. No Brasil há uma mania de mudarem as coisas só
para complicar, não sei se é a elite intelectual que quer aparecer ou se é mania de
grandeza. fizeram a mesma coisa com o Enem e agora vira e mexe fazem em concursos.
Mudam os termos e o aluno que se vire; colocam termos ge- néricos que força o
concurseiro ter que estudar um monte de matérias desnecessárias e como são genéricos
os examinadores fazem do jeito que quiserem.
Pesquisei este assunto : Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares,
objetos ou eventos fictícios e deduzir novas informações das relações fornecidas e
avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações que estão
intimamente ligadas.
Dentre tudo que pesquisei o conteúdo que teve mais consenso entre os professores é
que estas ma- térias são a mesma coisa de Conceitos Básicos de raciocínio lógico(
como é pedido em outros con- cursos) só que de uma maneira mais bonita,
contemporânea e “chique”. Então relacionei as matérias abaixo de que você deve
estudar
Compreensão e elaboração da lógica das situações por meio de: raciocínio verbal,
raciocínio mate- mático, raciocínio sequencial, orientação espacial e temporal,
formação de conceitos, discriminação de elementos.
Duas ou mais proposições podem ser combinadas para originar uma nova proposição.
Isso é feito com os conectivos lógicos, os quais atuam de modo semelhante aos
operadores matemáticos (de
soma, subtração, etc). A ação desses conectivos lógicos podem ser visualizados usando
tabelas ver- dade. Elas mostram se a proposição resultante será verdadeira ou falsa de
acordo com as caracterís- ticas das proposições que a irão compor.
...............................................................................................................................
“São Paulo é a capital do estado de São Paulo e Brasília é a capital do Brasil” é uma
proposição construída com o operador de conjunção. Como as duas proposições que a
compõe são verdadeiras.
P Q P^Q
V V V
V F F
F V F
F F F
é uma proposição verdadeira pois, embora “São Paulo é a menor cidade do pais” seja
falso a proposi- ção “Brasília é a capital do Brasil” é verdadeiro).
P Q PvQ
V V V
V F V
F V V
F F F
Condicional (símbolo ->, “se...então”): Esse conectivo dá uma relação de condição entre
duas propo- sições. A proposição resultante afirma que se a primeira proposição for
verdadeira, necessariamente a segunda também será. Mas a segunda pode ser
verdadeira sem que a primeira o seja. Se as duas proposições originais forem tais que
essa relação é satisfeita a proposição composta será verdadeira.
Por exemplo:
A primeira proposição, “choveu”, pode ser verdadeira ou não. Se ela for verdadeira (se
tiver chovido) então necessariamente o gramado estará molhado. Se ela for falsa, você
não pode afirmar nada so- bre o gramado.
P Q P -> Q Q -> P
V V V V
V F F V
F V V F
F F F F
• Se P, Q.
• Q, se P.
• Quando P, Q.
• P implica Q.
• Todo P é Q.
• P é condição suficiente para Q.
• P somente se Q
Bicondicional (símbolo <->, “se e somente se”): A proposição resultante afirma que a
veracidade da primeira proposição é uma condição necessária e suficiente para que a
segunda proposição seja ver- dadeira. Se as duas proposições originais forem tais que a
primeira proposição é verdadeira (falsa) apenas se a segunda for verdadeira (falsa) e
vice-versa, a proposição composta será verdadeira.
Por exemplo:
P Q P <-> Q
V V V
V F F
F V F
F F V
Negação (símbolo ¬, “não”): se uma proposição for verdadeira (falsa) o uso da negação
a torna falsa (verdadeira). Por exemplo:
V F
F V
...............................................................................................................................
Os conectivos lógicos acima podem ser combinados para originar uma nova proposição.
De acordo com a tabela verdade da proposição resultante elas podem ser classificadas
como: tautologias, con- tadições, ou contingências.
• Contingência: São todas as proposições compostas que não são nem tautologias
nem contradi- ções.
(premissa 1) e
A solução destes tipos de questões envolve pouca teoria, por isso, para adquirir
conhecimento é ne- cessário fazer o máximo de questões possíveis.
• Qual das Figuras (a, b, c, d) pode ser montada ao dobrar o seguinte modelo:
Rafaela empilhou 125 peças brancas, todas com a forma de cubo de aresta 1 cm, de
modo a formar um único cubo maior, de aresta 5 cm. Então, ela pintou todas as faces do
cubo maior com tinta verde e, após a tinta secar, separou novamente as 125 peças. Ao
examiná-las com cuidado, Rafaela perce- beu que o número de peças que estavam com
uma única face pintada de verde era igual a
A 48
B 54
C 72
D 90
E 98
O ano de 2012 é bissexto, e o dia 1.º de janeiro foi um domingo. O dia 1.º de janeiro
de 2013 será uma terça-feira.
O dia 1.º de janeiro de 2017 será:
A um domingo
uma
terça-
feira
uma
quart
a-
feira
uma
quint
a-
feira
uma
sexta
-feira
Resp
osta
s:
• Como o modelo do exemplo é completamente escuro, você só pode construir uma
“figura comple- tamente escura”. Portanto, a resposta será a marcada com a letra “b”,
porque as outras figuras têm setores brancos.
• Como o modelo tem um quadrado preto em cada um de seus lados, você só pode
construir uma figura com “quadrados-pretos em cada um de seus lados.” Somente a
forma “d” é uma figura com es- tas características.
• empilhando…
temos um “cubão” de 5×5 cubinhos…cada face terá 25 cubos que terão faces e aresta
pintadas mas somente os centrais de cada face deste cubão, receberão tinta só em
uma face… assim em cada face teremos 9 cubos pintados só de um lado…os do “miolo
não receberão tinta e os que formarão os vértices receberão tinta em 2 faces. assim 9
cubos em cada face vezes 6 faces dá 54!!!!!. Alternativa B
• Os dias da semana, de um ano comum para outro, mudam para o dia seguinte
(ex: de domingo passa para segunda).
Quando se passa de um ano comum para um bissexto, a mudança será de apenas 1 dia
se a data for em janeiro ou fevereiro, e de 2 dias se for de março em diante.
O motivo disso tudo é que nos anos bissextos temos a inclusão do dia 29 no final
E você, qual o concurso você vai fazer? Deixe um comentário para mim, pois posso fazer
postagens direcionadas para ele e te ajudar mais. Aproveita também para inscrever seu
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Conceitos
básicos de
lógica
Introdução
O objetivo da lógica consiste no estudo das formas de argumentação válidas. Esta é uma
primeira ca- racterização abrangente da disciplina e, por essa razão, encontramo-la com
frequência em textos in- trodutórios. Outra maneira de indicar o mesmo objetivo
consistiria em dizer que a lógica se interessa pelo estudo de uma classe especial de
inferências e que esta classe detém a particularidade de a va- lidade dos espécimes nela
representados ficar a dever-se exclusivamente à sua forma.
Portugal | Brasil
• O que é um argumento?
Mas o que é uma asserção? Uma asserção é uma frase declarativa empregue para
afirmar ou negar algo. Quando, por exemplo, queremos expressar a ideia de que a raiz
de 2 não pertence ao conjunto dos números racionais, a frase “A raiz de 2 não é um
número racional” representa uma asserção. A distinção entre frases assertivas e frases
não assertivas pode ser compreendida facilmente. Para isso, basta confrontar o
exemplo anterior com a frase “Ao saíres, fecha a porta cuidadosamente”. No primeiro
caso atribuímos a um objeto (um número) uma certa propriedade e no segundo
formulamos um pedido. A primeira frase é verdadeira, enquanto a segunda não tem
valor de verdade. Sempre que uma frase não é verdadeira nem falsa diz-se que não
possui valor de verdade.
Mas será que necessitamos de conhecer o valor de verdade de uma frase declarativa
para a conside- rarmos apta a exprimir uma asserção? A célebre conjectura de
Goldbach, pela qual qualquer número par é representável como a soma de dois primos,
não foi ainda hoje confirmada nem refutada. Não sabemos, portanto, se é verdadeira ou
falsa. Admite-se, como pressuposto, que uma destas possibili- dades é o caso e
esperamos que um bom argumento estabeleça em definitivo o seu valor de ver- dade.
Apesar da simplicidade do seu enunciado, demonstrar que Goldbach tinha razão (ou que
es- tava enganado) não é fácil. Mas, se no futuro essa prova vier a existir, podemos estar
confiantes de que se tratará de um exemplo de um argumento matemático
particularmente bem-sucedido.
Este sucesso é geralmente obtido pela listagem do conjunto de razões em que se apoia
a pretensão de que uma determinada asserção é verdadeira ou falsa. Os gregos antigos
conheciam já um argu- mento a favor da ideia de que a raíz de 2 é um número
irracional, e esse argumento ainda hoje é tido como um modelo de elegância e rigor.
Pelo mesmo motivo, espera-se que uma vez apresentado um certo conjunto de razões, a
asserção que se tinha em mente defender seja considerada verdadeira no caso das
razões propostas o serem igualmente. A sua verdade é assumida como dependendo, no
seu conjunto, de as razões apresentadas serem verdadeiras, associado ao facto de a
verdade dessas razões implicar a verdade da tese proposta. Queremos, então, assinalar
que a verdade de uma as- serção é aceite como consequência da verdade das razões
que lhe servem de apoio. Ora, sempre que isto acontece, não é racionalmente
admissível aceitar como verdadeiras as razões apresentadas e, em simultâneo,
considerar falsa a asserção que essas razões têm em vista suportar.
Por isso, a análise que nos interessa efectuar incide em exclusivo naqueles aspectos da
argumenta- ção que nos permitem decidir de forma inequívoca se determinada asserção
se segue realmente das razões propostas em sua defesa. Como nem sempre isto
acontece, interessa-nos dispor de um crité- rio que nos permita saber que características
possuem aqueles argumentos que estamos em condi- ções de considerar logicamente
bem construídos. Uma vez que o objetivo da argumentação é o de fornecer razões para
aceitarmos uma asserção como verdadeira (ou falsa), um argumento logica- mente bem
construído é aquele que torna racionalmente impossível rejeitar a asserção que
queremos defender se, em simultâneo, aceitarmos todas as razões propostas em sua
defesa. Sempre que este objetivo é alcançado dispomos de bons motivos para discutir
com seriedade o seu conteúdo, e a pri- meira condição para que possamos considerá-lo
um argumento bem-sucedido foi plenamente alcan- çado. Entre outros aspectos, é isto
que se tem em mente ao ser-nos proposta uma prova racional de que existe um único
número par primo, entre diversos outros exemplos.
O que acabo de afirmar permite ilustrar algumas das preocupações que justificam a
análise de argu- mentos.
Este é um exemplo de argumento que não obtém uma aceitação generalizada. Mas isto
não significa que esteja mal construído. O simples facto de possuirmos diferentes hábitos
alimentares não é por si só um argumento, tal como não o é o facto de não resistirmos a
um prato de carne bem confeccio- nado. Na melhor das hipóteses, estas preferências
dispõem-nos a procurar nas razões do nosso amigo vegetariano um ponto fraco que nos
permita, de maneira racionalmente defensável, rejeitar a ideia de que deseja persuadir-
nos. Ora, esta não é uma tarefa tão simples como parece. Pode até su- ceder que não
consigamos encontrar nelas qualquer ponto fraco e, ainda assim, recusarmos modifi- car
a nossa ementa por motivos de outra ordem, por exemplo, as dificuldades decorrentes
da radical alteração dos nossos hábitos alimentares associada à ideia de que se
pensarmos seriamente no as- sunto conseguiremos descobrir um bom contra-argumento
que nos permita usufruir de um excelente bife do lombo com a maior tranquilidade de
espírito. No entanto, se aceitarmos as razões propostas, parece evidente que esse
objetivo não é facilmente alcançável. E rejeitar sem qualquer argumento um
determinado ponto de vista não é uma decisão racionalmente meritória.
Ora, é esta característica que nos permite compreender que o facto de um argumento
ser logica- mente bem construído não depende de a lista de razões apresentadas em
benefício de uma dada as- serção incluir apenas asserções verdadeiras. Pretende-se
sublinhar a ideia de que, caso a asserção que desejamos justificar seja falsa, então,
pelo menos uma das razões apresentadas também o é.
Nestas circunstâncias, ou as razões apresentadas são insuficientes ou simplesmente
não merecem crédito.
Todavia, se perguntarmos convictamente a nós próprios por que motivo isto é assim, se
quisermos de facto compreender a razão pela qual num argumento logicamente bem
construído a verdade das suas razões implica a verdade da asserção a justificar,
começaremos a compreender a preocupação típica da lógica. Compreenderemos, ainda,
que os lógicos se encontram acerca de argumentos numa posição análoga à dos
cientistas ao interrogarem-se a respeito da composição química da água. Ape- sar de a
água ser a mais vulgar das substâncias, demorou algum tempo até que soubéssemos
real- mente de que substância se trata. Ora, a pergunta que os lógicos fizeram a si
próprios foi: em virtude de que factores somos racionalmente compelidos a aceitar uma
dada asserção e em que circunstân- cias podemos estar seguros de que essa asserção é
realmente uma consequência de um conjunto de outras asserções? Se a resposta
correcta for obtida, ficamos a saber algo mais a respeito de nós pró- prios e do que
significa analisar racionalmente os problemas que colocamos.
É verdade que nem sempre somos tão exigentes a respeito de argumentos, pelo menos
se pensar- mos na atitude que por vezes assumimos perante perspectivas discordantes.
De facto, não procede- mos à análise cuidadosa das razões propostas e, a maior parte
do tempo, limitamo-nos a confiar na
intuição. Acontece que a confiança que muitas vezes depositamos na intuição pode ser
enganadora e quando se trata de estabelecer um teorema matemático toda a atenção é
pouca. A avaliar pelos exemplos disponíveis, são muitas as razões para afirmar que esse
cuidado tem sido recompensado.
Tente agora imaginar o que seria a nossa civilização se o comportamento usual acerca
de argumen- tos fosse a sua aceitação ou rejeição apenas em função de critérios não
racionalmente motivados. É claro que não existiria ciência nem qualquer dos benefícios
dela decorrentes para a vida comum; não existiria física, nem matemática, nem
computadores, rádios, meios de transporte sofisticados e outros artefactos de que
estamos em condições de usufruir. Não existiriam regras de conduta nem princípios de
decisão que não fossem arbitrários e, em geral, a nossa vida seria bastante confusa e
decepcio- nante, sujeita a todo o tipo de caprichos imprevisíveis. Contudo, seria injusto
acusar os lógicos dos males da civilização ou de nos sentirmos culpados quando
comemos carne de vaca.
Um dos méritos de uma análise cuidada reside em mostrar-nos como proceder perante
um argu- mento, e esse mérito é tanto mais admirável quanto maior o grau de
complexidade envolvido no argu- mento. No caso que estamos a analisar, o argumento
do nosso amigo vegetariano, parece necessá- rio mostrar que pelo menos uma das
razões propostas, se não comprovadamente falsa, é no mí- nimo discutível. Para isso, é
útil dispor o argumento na forma mais clara de modo a facilitar a identifi- cação das
razões e a separá-las da asserção a defender. Uma vez concluído este estádio inicial
esta- mos em condições de prosseguir. O argumento do nosso amigo vegetariano
apresenta o seguinte as- pecto:
A dor é um mal.
Provocar a morte de seres sencientes é
causa de dor. Logo, não devo alimentar-me
de seres sencientes.
O leitor atento terá notado que este argumento apela a uma razão não explícita que a
lista acima não inclui.
Agora que uma situação não tão invulgar como possa parecer foi evitada, podemos
colocar as per- guntas que realmente importam. Se o leitor for um oponente feroz do
ponto de vista que está a ser defendido, basta-lhe, a título de exercício, seleccionar pelo
menos uma das premissas e argumentar solidamente a favor da sua presumível
falsidade. Se for bem-sucedido, não se iluda: há melhores ar- gumentos do que este em
defesa do regime vegetariano, e bastante mais difíceis de combater.
• Inferência
Acontece que ao ouvirmos as razões apresentadas por alguém com quem conversamos
é possível antecipar o ponto onde o nosso interlocutor pretende chegar antes mesmo de
este ter sido indicado.
Ora, aquilo que conseguimos antecipar nas suas palavras consiste na conclusão que
delas se segue. Foi precisamente para nos fazer chegar a essa conclusão que durante
alguns minutos se esforçou por argumentar em seu benefício. Assim, quando
antecipamos a conclusão desejada limitamo-nos a reconstituir por nós próprios o
raciocínio que havia conduzido o nosso interlocutor à sua tese inicial. De facto, ao
conversar connosco ele estava apenas a esforçar-se por transmitir em voz alta o que an-
tes tinha aceite como verdadeiro (ou falso) em consequência de um conjunto de
reflexões por vezes demoradas. As razões por si apresentadas devem ser entendidas
como as premissas do raciocínio que efectuou e a ideia que pretendia defender como a
sua conclusão. As premissas de um raciocínio são a informação à partida disponível com
base no qual se extrai uma conclusão.
Como é óbvio, o facto de termos conseguido antecipar a conclusão desejada não se deve
a uma es- pecial capacidade de adivinhação da nossa parte. Casos deste género
mostram que, dado um certo conjunto de razões (premissas), o auditor atento está em
condições de determinar, em parte pelo me- nos, que consequências resultam das
premissas. Sempre que algo de semelhante acontece, pode- mos estar seguros de que
estamos perante um processo de inferência, isto é, aquilo que é habitual designar por
raciocínio. Um argumento não é mais que a expressão linguística de uma inferência.
Para compreender isto, basta verificar que não é possível justificar racionalmente
asserção alguma se as razões que desejamos ver reconhecidas não sejam comunicadas
oralmente ou por escrito. Assim, um argumento pode ser entendido como um conjunto
de asserções com algumas características par- ticulares. Formalmente, podemos dizer o
seguinte. Dado um certo conjunto de asserções P1, P 2,..., Pn , tal que uma outra
asserção Q, não necessariamente diferente de Pn, se segue das primeiras, ob- tém-se
um conjunto K = {P 1, P2,..., Pn } 𝖴 {Q} pelo qual o argumento é exaustivamente
represen- tado. Pretendemos com isto sublinhar que uma inferência é um conjunto
formado pela união entre dois conjuntos cujos elementos são, respectivamente, as
premissas e a conclusão.
Por outro lado, se sucede que as consequências lógicas decorrentes das nossas
inferências nos são imediatamente acessíveis, é bastante mais vasto o número de casos
em que não temos uma consci- ência imediata, nem sequer precisa, de qual a conclusão
a extrair de um certo conjunto de informa- ções que julgamos — ou sabemos — correto.
Um exemplo trivial do primeiro género é o seguinte. Se
possuo a informação de que todos os homens são mortais e que Sócrates é homem,
estou autori- zado a concluir que Sócrates é mortal. Na verdade, as coisas seriam
bastante simples e a lógica um instrumento não excessivamente importante, se a
totalidade dos nossos raciocínios fossem deste tipo. Sabemos, no entanto, por
experiência própria, ao estudarmos matemática ou física, por exem- plo, que os
processos que nos conduzem a descobertas importantes são algo mais complexos.
Mas, ainda que todas as nossas inferências fossem tão transparentes que fosse
impossível cometer erros lógicos, é um interessante desafio intelectual determinar em
virtude de que factores podemos considerá-las logicamente bem construídas, tal como
foi um desafio estimulante para os químicos descobrir que a água é H2O. Apesar da sua
utilidade para a vida ser independente de o sabermos ou não, poder satisfazer a nossa
curiosidade natural acerca do mundo é por si só um empreendimento gratificante.
Qualquer instrumento capaz de fazer progredir esta curiosidade é não apenas desejável
como contribui à sua maneira para que façamos também justiça às nossas capacidades
racionais.
De facto, ficamos a saber bastante mais acerca de um assunto de que estejamos a tratar
se formos capazes de reflectir sobre ele corretamente do que ficaríamos se esta tarefa
se revelasse impossível. Como é óbvio, a forma de progredir racionalmente numa
investigação não consiste em adivinhar a resposta correcta para os problemas que nos
interessam ver esclarecidos mas antes descobri-la. Exi- gimos, portanto, não uma
qualquer resposta mas uma resposta cuja verdade seja racionalmente sa- tisfatória —
que possa ser testada, entre outras coisas, pelo conjunto das suas consequências. O tipo
de teste que os lógicos têm em vista baseia-se no seguinte princípio. Se, ao assumirmos
uma deter- minada hipótese formos conduzidos a uma conclusão que sabemos ser falsa,
e se a inferência que efetuámos for válida, então a hipótese donde partimos não pode
ser verdadeira. Este é um princípio unanimemente utilizado na análise de teorias
científicas e também quotidianamente.
No entanto, nem todas as inferências que estamos em condições de realizar, e das quais
o nosso co- nhecimento depende, recaem sob o âmbito da lógica. A jurisdição da
disciplina obedece a um limite preciso, pelo menos na opinião da maioria das pessoas
que estudam o assunto. Não há, por exem- plo, razões de ordem estritamente lógica que
permitam garantir que inferências cujas premissas re- sultem de dados recolhidos
experimentalmente e a conclusão seja uma generalização desses dados (por exemplo,
quando concluímos que todas as esmeraldas são verdes com base no facto de os
exemplares que observámos até hoje o serem), tenham a característica de, caso as
premissas sejam todas verdadeiras, seja impossível a falsidade da conclusão. Este é um
exemplo de inferência induti- vae a análise deste tipo de inferências é efectuada fora do
âmbito da lógica, em geral, no quadro do cálculo de probabilidades e em epistemologia.
As inferências de que se ocupa a lógica, cujo tipo parti- cular inclui todos os exemplos
fornecidos até ao momento excepto o último, são designadas deduti- vas. (As
importantes diferenças entre indução e dedução serão mais tarde consideradas.)
De momento, convém assinalar que o interesse da lógica por este género de inferências
decorre de, ao invés dos restantes tipos de inferência, possuirem a propriedade de
serem válidas em virtude da sua forma.
• Validade
Todos os seres humanos têm algo a dizer sobre a realidade que os rodeia e um
conjunto de crenças (nem sempre verdadeiras) acerca do mundo que pretendem
transmitir e partilhar com os seus próxi- mos. É vulgar que dessas crenças se sigam
certas conclusões cuja justificação para serem aceites como verdadeiras (ou falsas)
envolve determinar com clareza em que medida são uma consequência de que
premissas. Ainda que não caiba à lógica estabelecer critérios para aceitar uma
proposição como verdadeira, compete-lhe esclarecer em que medida uma proposição é
uma consequência de um certo conjunto de outras proposições. Caso o veredicto seja
negativo algo exige revisão.
certas circunstâncias, podemos confiar nas conclusões a que chegamos ao efectuar uma
inferência. Dado que o conceito de validade tal como emprege pelos lógicos foi
amplamente utilizado nos capítu- los anteriores em associação com o conceito de
argumentação, resta-nos dar a sua definição.
O primeiro aspecto a sublinhar é o seguinte. Não podemos estar certos de que, partindo
de premis- sas verdadeiras, alcançamos uma conclusão verdadeira a menos que a
inferência efectuada seja vá- lida. Vejamos um pouco melhor este aspecto decisivo. Se
pensarmos que numa inferência se pre- tende que a conclusão seja uma consequênca
das premissas, torna-se evidente que a única forma de o garantir consiste em raciocinar
validamente. Garantimos também que se as premissas forem verda- deiras, a verdade da
conclusão é uma consequência da verdade das premissas. Este é um aspecto
importante porque implica que ao raciocinarmos validamente, a validade preserva a
verdade das pre- missas — digamos, transferindo-a sem danos colaterais para a
conclusão. Não corremos, portanto, o risco de chegar a conclusões falsas a partir de
premissas verdadeiras. Esta característica permite afir- mar que o argumento que
estabelece a propriedade de o conjunto vazio estar incluído em qualquer conjunto é
convincente. Ele prova-nos que é realmente assim que as coisas se passam.
Mas, se quisermos avançar com segurança, é necessário possuir uma ideia precisa
acerca dos con- ceitos principais envolvidos na definição de validade. Como vimos, a
validade foi definida à custa do conceito de possibilidade. Dissemos que, se as
premissas são todas verdadeiras, então, é impossível que a conclusão seja falsa. O
nosso problema consiste em determinar exatamente o que entendemos por
possibilidade. Na verdade, nem sempre se tem consciência de que existem vários tipos
de possi- bilidade. Uma vez discriminados os diferentes sentidos em que este termo é
utilizado, estaremos fi- nalmente em condições de apreciar o que se pretende dizer
quando falamos em validade.
Ora, não existe contradição em viajar mais depressa que a velocidade da luz. Apesar de
ser fisica- mente impossível, (ii) não é logicamente impossível. Mas se o leitor admitiu
que as leis da natureza poderiam ser diferentes do que realmente são, isso deve-se ao
facto de admitir que um mundo dife- rente do mundo atual não é logicamente
impossível. No entanto, isto não significa que tudo aquilo que conhecermos apenas em
virtude da observação seja contingente. Mas se algo é logicamente im- possível é
também empiricamente impossível. É fácil imaginar um mundo no qual Wellington
tivesse
sido derrotado em Waterloo mas não conseguimos imaginar alguém solteiro e casado. A
menos que o significado de “solteiro” mude radicalmente, é inútil investigar se alguém
está nessas condições. Em contrapartida, a competência linguística não é suficiente para
provar que E = mc 2.
Sucede (não é uma surpresa) que o sentido de possibilidade que interessa aos lógicos
não é o de possibilidade física. Na verdade, a lógica não tem interesses diretos a
respeito do mundo mas apenas acerca da maneira como fazemos inferências. Logo, dado
um argumento, a pergunta é: será logica- mente possível que as circunstâncias que
tornam as premissas todas verdadeiras tornem falsa a con- clusão? Que esta
possibilidade seja o caso é suficiente para declarar inválido o argumento.
Isto mostra que ainda que a conclusão de um argumento seja uma consequência das
suas premissas daí não se segue que essas premissas são verdadeiras. Acontece apenas
que no caso de o serem, uma conclusão falsa não pode ser a sua consequência lógica.
Como vimos, premissas verdadeiras não implicam uma conclusão falsa.
Imagine o leitor que tem conhecimento de um familiar ou amigo que deseja comprar
uma casa e que essa pessoa (digamos, o António), a última vez que se encontraram, lhe
disse “Se as taxas de juro baixarem compro uma casa no litoral”. Imagine também que,
algum tempo depois, o António comprou uma casa. Se concluir que a taxa de juro
baixou, a sua inferência não é válida. Este pode ser um re- sultado surpreendente.
Muitas pessoas aceitariam o argumento sem hesitar, ainda que, ao fazê-lo, cometam um
erro lógico bastante elementar. Tudo quanto necessitamos é verificar por que motivo é
assim.
Basta pensar na hipótese de António ter recebido uma herança, ter sido recompensado
por um bom negócio ou ter ganho o primeiro prémio do Totoloto, para se compreender
o que está em causa.
Como estas possibilidades são compatíveis com o facto de as taxas de juro permanecerem estáveis
ou até terem subido (casos que tornariam falsa a conclusão), a inferência é inválida.
De facto, a pri- meira premissa afirma que a baixa das taxas de juro é uma condição
para que António compre uma nova casa, não afirma que a satisfação do desejo de
António condiciona a descida dos juros. Este exemplo mostra-nos em que medida
raciocinar invalidamente tem consequências desagradáveis.
Imagine, por exemplo, que não se lembra onde guardou um par de sapatos que lhe
apetece calçar num dado momento. A sua atitude será a de tentar recordar-se e, se não
o conseguir, de o procurar onde habitualmente os sapatos são guardados. Imagine agora
que a sua investigação foi tão meticu- losa que os procurou em todos os lugares da casa
onde verossimilmente poderiam ter sido guarda- dos, sem o conseguir. Ao fim de algum
tempo acabou por desistir. Imagine ainda que foi tomar o pe- queno-almoço
particularmente irritado com a sua memória mas decidido a esquecer o assunto. E ima-
gine, por exemplo, que durante o pequeno-almoço os seus pés chocam debaixo da mesa
com um ob- jeto indeterminado. Ao curvar-se na cadeira encontra os sapatos que tinha
desistido de procurar.
Que conclusão extrai desta história? Que encontrou os sapatos por acaso. Não, é claro,
em conse- quência de uma investigação deliberada. Retomemos o nosso argumento. Tal
como obteve o que pretendia em função do acaso e não em consequência de uma
procura intencional, também na infe- rência acima a verdade da conclusão, caso o seja,
não é uma consequência da verdade das premis- sas. A descida da taxa de juro não é,
de todo, uma consequência da informação que possui acerca do António. Donde, a
conclusão — ainda que eventualmente verdadeira — não se segue do conjunto de
premissas
Se um argumento é válido, isso quer dizer que não há qualquer circunstância em que
as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Logo, não faz sentido dizer que um
argumento é inválido nu- mas circunstâncias e válido noutras.
Ora, apesar de existirem argumentos válidos com premissas e conclusão falsas, o facto
de sabermos que a conclusão de um argumento válido é verdadeira não permite concluir
que todas as suas pre- missas sejam igualmente verdadeiras. De facto, pode suceder
qualquer das seguintes duas possibili- dades: (i) todas as premissas do argumento são
falsas; (ii) pelo menos uma das premissas é falsa.
Esta é uma exigência sensata. Porquê perder tempo a discutir razões quando se dá o
caso de não implicarem a conclusão? Quanto muito, podemos chamar a atenção do
nosso interlocutor para este facto e esperar que o ponto seja aceite. Se isto acontecer,
há ainda a possibilidade de o argumento ser reformulado do modo conveniente após
alguma reflexão suplementar. Ao proceder assim ganhou- se em clareza e rigor o que,
momentaneamente, pôde parecer uma simples perca de tempo. Noutros casos, ganhou-
se o facto de deixar cair um ponto de vista para o qual não se possui razão alguma.
Isto não significa, todavia, que todos os argumentos válidos com premissas verdadeiras
são bons ar- gumentos. Existem argumentos válidos cujas premissas e conclusão são
verdadeiras sem que esta característica seja suficiente para os tornar realmente
convincentes. Um exemplo típico seria o se- guinte.
Parece claro que se Pitágoras tivesse proposto este argumento como prova do seu
célebre teorema, dificilmente alguém o aceitaria. Trata-se, no entanto, de um argumento
válido. Para isso basta com- preender que se a premissa for verdadeira é impossível que
a conclusão seja falsa (na verdade, am- bas possuem o mesmo conteúdo). Tem-se,
assim, que a validade de um argumento não é uma con- dição necessária nem suficiente
de verdade. Não é uma condição suficiente porque não basta um ar- gumento ser válido
para que a sua conclusão seja verdadeira. E não é igualmente uma condição ne-
cessária de verdade uma vez que existem argumentos inválidos com conclusões
verdadeiras.
• Forma lógica
Os factos que acabamos de relatar acerca de validade permitem afirmar que a validade
de uma infe- rência é independente do valor de verdade das asserções que a
constituem. Em função do que foi dito acima, este não pode ser considerado um
resultado demasiado surpreendente. De que depende, então, a validade de um
argumento? A nossa tarefa reside em fornecer a resposta a este problema.
Consideremos as seguintes duas sequências de símbolos: (i) “Gramut begnet yassur” (ii)
“A neve é branca”. Uma vez que acabo de inventar a primeira, a distinção básica a
estabelecer entre ambas as sequências é que apenas a segunda tem conteúdo. Com
isto, pretende-se afirmar que o conteúdo de uma sequência de símbolos (neste caso
uma frase do português) consiste no seu significado. Na rea- lidade, se pretendo afirmar
ou negar algo, é necessário que a minha asserção tenha significado.
Ora, um facto notável a respeito do significado de uma asserção é que a sua verdade ou
falsidade lhe está intimamente associada. Sucede que uma sequência de símbolos
desprovida de significado é inutilizável como asserção e também para outros efeitos.
Vejamos agora o caso de (iii): “La neige est blanche”. É claro que (ii) e (iii) têm o mesmo
significado, respectivamente, em português e francês.
Este facto permite-nos pensar que ao afirmarmos serem ambas as frases verdadeiras
pretendemos dizer que uma frase é verdadeira ou falsa em função do seu conteúdo e
não da sequência particular de símbolos que a constitui. Mas, se uma frase é
verdadeira ou falsa em virtude do seu conteúdo, é ao conteúdo que a propriedade de
ser verdadeiro se aplica, não à frase enquanto tal.
Detenhamo-nos um pouco aqui. É fácil verificar que o significado de (ii) não coincide
com o signifi- cado das suas partes componentes isoladamente consideradas. Há um
número ilimitado de frases com diferentes significados onde as expressões “neve” e
“brancura” podem ocorrer. Uma e outra re- presentam propriedades, isto é,
características que certos objetos exemplificam num ou noutro mo- mento — digamos, a
característica de um certo agregado de H2O ser neve e de esta folha de papel onde se
sucedem as palavras que escrevo ser branca. Mas (ii) e (iii) retiram o seu significado do
facto de os predicados que representam estas propriedades se encontrarem associados
de certa maneira. Estes predicados estão associados de maneira a representarem um
pensamento particular, isto é, o pensamento que a neve é branca. Torna-se, portanto,
evidente que representar uma propriedade é diferente de exprimir um pensamento, algo
que apenas uma frase completa pode fazer.
Ora, o significado de uma frase declarativa consiste na proposição expressa pela frase.
Esta distinção pode ser captada considerando: (a) “António acredita que a neve é
branca”; (b) “Richard crois que la neige est blanche”. A nossa intuição é que António e
Richard acreditam na mesma coisa. Mas que coisa? Ambos acreditam que “A neve é
branca” e “La neige est blanche” são frases verdadeiras.
Que importância pode ser atribuída a estes factos? À primeira vista, a distinção resulta
um pouco académica e rebuscada na terminologia sem que o resultado iluda alguma
trivialidade. No entanto, ao falarmos em proposições para nos referirmos ao conteúdo de
asserções permite-nos retomar um as- pecto já referido acerca de argumentos. Quando
declaramos válido um argumento queremos dizer que as proposições expressas pelas
premissas implicam a proposição expressa pela conclusão. As- sim, o conceito de
validade aplica-se a uma certa relação que se verifica entre o conjunto de proposi- ções
que constituem o argumento, não às asserções que as exprimem. Ora, a análise que
efetuámos de (ii) e (iii) aplica-se também a diferentes representações linguísticas do
mesmo argumento (verifi- camo-lo traduzindo qualquer dos argumentos já apresentados
para outra língua). Daí que seja mais correto tratar os argumentos como conjuntos de
proposições, não de frases ou asserções.
Vejamos agora outro aspecto decisivo. Considerem-se as seguintes duas frases: (c) Platão é grego;
• Descartes é francês. Alguma atenção permite-nos verificar que apesar de
diferentes significados (exprimem diferentes proposições) estas frases possuem a
mesma forma. Trata-se de frases da
forma sujeito-predicado, pela qual uma certa propriedade (expressa pelo predicado) é
atribuída a um sujeito, respectivamente, Platão e Descartes. É evidente que nem todas
as frases têm esta forma mas o exemplo é suficiente para ilustrar o que se pretende.
Ora, de que maneira poderemos repre- sentar este facto? Bem, dado que é a forma
que desejamos trazer à superfície, a melhor maneira de proceder consiste em abstrair
do conteúdo, facto que se obtém substituindo nome e predicado por símbolos
convencionalmente adoptados para o efeito. Fica-se, então, com o esquema: x é P. Na
lin- guagem específica da lógica este facto é representado do seguinte modo canónico.
P (x)
P⊂Q
De facto, é bastante vasto o número de frases cuja forma pode ser representada como
se indica acima.
Quando, por exemplo, dizemos que os números naturais são um sub-conjunto dos
racionais formula- mos uma asserção cuja forma se deixa também representar pelo
mesmo padrão (basta para isso substituir P e Q pelos símbolos matemáticos
adequados). Este resultado pode ainda ser generali- zado: consoante a sua estrutura,
determina-se um padrão do qual a frase é uma instância particular. Esta estrutura exibe
a conexão lógica que mantém ligados os elementos que compõem o seu signifi- cado.
Indo um pouco mais longe, podemos agora substituir a linguagem da teoria dos
conjuntos pela lingua- gem típica da lógica — na qual, de resto, o conceito de inclusão é
representável. Para o conseguir- mos basta-nos considerar a definição de inclusão já
referida e verificar ser esta a ideia expressa por
• e (f). Iremos proceder para esse efeito à substituição de P pelo conjunto dos
portugueses e Q pelo conjunto dos europeus; em seguida, façamos o mesmo com o
conjunto dos chineses e dos asiáticos. A que conclusão chegamos? Bem, à conclusão de
que um conjunto está incluído no outro, isto é,
que todos os elementos do primeiro conjunto são também elementos do segundo.
Todavia, (e) e (f) contêm um elemento com o qual não fomos ainda confrontados:
trata-se da expres- são “todos”. Esta expressão não é claramente um predicado. A sua
função é a de indicar universali- dade.
“xé europeu”. Visto que já sabemos como representar frases com esta forma, tem-se o
seguinte resul- tado: (∀x)[se P(x) então, Q(x)]. Para obtermos uma formalização
completa de (e) e (f) resta estipular um símbolo para representar a expressão
portuguesa “se..., então..”.. Os lógicos designam frases com esta forma por condicionais
e adoptaram uma seta para exprimir a relação.
Exemplo 1
competente. Exemplo 2
Todos os ziglibdin são estrelas cadentes de alta
intensidade. MX 14 é um ziglibdin.
Logo, MX 14 é uma estrela cadente de alta intensidade.
Vimos acima de que modo é possível determinar a forma lógica de uma proposição. Para
isso, recor- remos a um simbolismo específico, isto é, uma linguagem artificial que foi
construída para esse efeito. No entanto, dada o grau de complexidade da linguagem
utilizada, é aconselhável para o que temos em mente ilustrar recorrer agora a uma
formalização mitigada sem alterar com esta decisão o obje- tivo.
Uma análise atenta destes exemplos permite compreender em que medida a forma
lógica é determi- nante para a sua validade. Em ambos os casos, a conclusão proposta
é uma consequência das pre- missas. Apesar de ninguém saber o que é um ziglibdin
nem que objeto “MX 14” designa, sendo as premissas o que são, é logicamente
impossível que a conclusão seja falsa. Como nada sabemos a respeito do seu conteúdo,
a única explicação para aceitarmos E2 é a que resulta de se considerar a sua forma.
T
o
d
o
o
A
é
B
.
x
é
A
.
Logo, x é B.
Vejamos
ainda outro
caso.
Exemplo 3
Conversamente, para provar que uma forma é inválida é suficiente mostrar que existe
uma interpreta- ção, isto é, uma instância particular dessa forma, pela qual as premissas
são verdadeiras e a conclu- são falsa. Se nos dermos ao trabalho de voltar à página 8
verificamos ser este o caso do exemplo aí proposto. Usando o expediente da
formalização, concluiu-se que toda a inferência com esse padrão lógico é inválida.
Assim, se representarmos pelos símbolos “A” e “B”, respectivamente, as frases “As taxas
de juro bai- xam” e “António compra uma casa no litoral”, estamos em condições de
determinar a forma lógica do argumento:
B
Logo, A
Recorde-se que um argumento pode ser representado como a união de dois conjuntos
de proposi- ções, digamos, {P 1, P 2,..., P n} 𝖴 {Q }. Em complemento, caso o
argumento seja válido, denotamos este facto colocando um símbolo apropriado a ligar
um conjunto ao outro. Podemos agora dizer que, se o argumento é válido, então, o
conjunto união pelo qual se deixa representar é consistente.
Vejamos então o que se entende por consistência. Uma definição de consistência pode
ser formulada do seguinte modo: dado um conjunto K de proposições, tal que K = {P 1,
P 2,..., P n}, K é consis- tente se e somente se existe uma interpretação de todas as P i
que pertencem a K pela qual resultem verdadeiras. Quando isto acontece diz-se que K
tem um modelo. Conversamente, K é inconsistente se não existe uma interpretação pela
qual as P i pertencentes a K resultam todas verdadeiras.
Considere-se outro caso. Faça-se B1 representar a frase “Manuel acredita que Júlio
César foi um gé- nio militar”. Admita-se ainda que B2 representa “António não acredita
que Júlio César fosse um génio militar” e faça-se K = {B 1, B2}. Será K consistente? A
resposta é afirmativa. Vejamos por que motivo.
Para que K seja um conjunto inconsistente é necessário que B1 e B2 não possam ser
ambas verda- deiras. Note-se que B1 e B2 são ambas frases da forma x acredita que P
(onde P representa uma proposição). Sucede que B1 e B2 são verdadeiras em virtude
de Manuel e António possuirem as crenças que lhes são atribuídas e não em virtude do
conteúdo dessas crenças. Logo, existe pelo me- nos um modelo M para K sob o qual B1
e B2 resultam ambas verdadeiras. O facto de B1 e B2 serem ambas falsas noutra
interpretação (isto é, na hipótese de Manuel e António não terem de facto as crenças
que lhes são atribuídas) significa que B1 e B2 não são verdadeiras em todos os
modelos.
Outro exemplo de inconsistência é dado pelo seguinte par de frases: “João é solteiro” e
“João é ca- sado”. Note-se que estas frases podem ser ambas falsas, ainda que não
possam ser ambas verda- deiras. Deixo ao leitor, a título de exercício, a tarefa de indicar
a cricunstância em que ambas são fal- sas.
facto, qualquer modelo para C1 torna C2 falsa; por outro lado, uma interpretação pela
qual C1 resulte falsa é um modelo para C2. Quando duas frases se encontram nesta
relação dizem-se contraditórias.
Tem-se, assim, que um conjunto de frases ser inconsistente não depende de ser
também contraditó- rio.
A razão destes factos é a seguinte. Se for verdade que todos os estudantes de lógica
são interessa- dos, então, é falso que alguns o não sejam. Donde, se C1 é verdadeira,
C2 é falsa. Por outro lado, se é verdade que alguns estudantes de lógica não são
interessados, é necessariamente falso que todos o sejam. Logo, se C2 é verdadeira, C1
é falsa. Assim, não existe um modelo para K sob o qual os seus elementos resultem
todos verdadeiros, tal como não existe uma interpretação dos elementos de K pela qual
ambos sejam falsos. Em geral, se se quer obter a contraditória de uma proposição P, a
melhor forma de o fazer consiste em prefixar a P o símbolo para a negação.
Inconsis-
NÃO SIM SIM
tência
Contradi-
NÃO SIM NÃO
ção
Faça-se K = {P1, P 2,..., Pn} 𝖴 {B} tal que P1, P 2,..., Pn 𝖼 B. Nestas circunstâncias, é
fácil verificar que K é um conjunto consistente. Na realidade, podemos demonstrar que
se se dá o caso de K ser válido, então, K é necessariamente consistente. Podemos
igualmente demonstrar que o conjunto L =
{P 1, P 2,..., P n} 𝖴 {A}, se difere de K pelo facto de A e B serem proposições
contraditórias (e por ne- nhuma outra razão) é inconsistente na hipótese de K ser
consistente. Por fim, demonstramos também que nenhuma forma de argumento válida
implica uma proposição P e a sua negação.
Caso 1
Caso 2
2, 6, Def. de consistên-
(7) L é inconsistente.
cia.
(8) Se K é válido, então, L é inconsistente. 1 𝖴 7.
Vimos que dada uma proposição P qualquer, ou é o caso que P não possui um modelo
ou possui pelo menos um modelo. Resta-nos verificar se existem proposições para as
quais qualquer interpreta- ção constitui um modelo. Ora, acontece que há proposições
que resultam verdadeiras em todas as interpretações. Vamos designá-las por
proposições necessariamente verdadeiras e distingui-las da- quelas proposições que,
apesar de verdadeiras em alguns modelos, não o são em todos os modelos. Ver-se-á
também por que razão nem todas as proposições deste tipo possuem um interesse
exclusi- vamente lógico, pelo menos no sentido em que termo “lógica” foi empregue até
ao momento.
De facto, usámos este termo com o propósito de designar a disciplina que se ocupa
com o estudo das condições formais do pensamento e do discurso, e não há motivos
que nos obriguem a modificar esta prática. Iremos somente considerar aquelas
proposições cuja verdade necessária decorre ou da sua estrutura lógica apenas ou da
sua estrutura lógica associada à definição dos termos não lógicos que nela ocorrem.
Designaremos ainda por tautologias todas as proposições que satisfaçam uma ou outra
das condições precedentes. Vejamos agora em pormenor algumas definições e
exemplos.
Uma vez que estas proposições exibem a mesma forma mas diferem em valor de
verdade, conclui-se que (2) não é verdadeira em virtude do padrão lógico que ambas as
proposições têm em comum.
A necessidade de recorrer a um critério semântico, para explicar que frases deste género
exprimam tautologias justificável. Ao analisarmos cuidadosamente a proposição (2)
verificamos que a sua ver- dade é uma consequência do significado das partes não
lógicas que a compõem (as expressões “castanho” e “colorido”), em conjunção com uma
lei lógica que seguidamente iremos explicitar. Note- se, em primeiro lugar, que o
castanho é uma cor e que todo o objeto que possua a cor castanha é — por definição —
colorido. Esta é a parte semântica do problema. A regra lógica afirma o seguinte: aquilo
que se aplica a todos os objetos de um conjunto de objetos aplica-se a cada um deles
em par- ticular. Ora, os cadernos a que a proposição (2) faz referência incluem-se no
conjunto de objetos que possuem a propriedade de serem castanhos. Por esta razão,
dado o significado das expressões rele- vantes e o princípio lógico indicado, conclui-se
que a proposição é necessariamente verdadeira. Com- plementarmente, como a verdade
de (2) decorre de princípios lógicos associados a definições que tipificam as nossas
práticas linguísticas, a proposição é uma tautologia.
Mas existem ainda razões para considerar incorrecta a tese de que não existem
verdades necessá- rias substantivas. Quando dizemos que as tautologias são
proposições necessariamente verdadeiras, isto não significa que — sem excepção — as
proposições necessariamente verdadeiras são tautolo- gias. Frases como “Se Sócrates é
mortal, então Sócrates é mortal” não iludem alguma trivialidade.
Mas o mesmo não sucede com um teorema matemático, digamos, “x2 + y2 = z2”. Tal
como o célebre teorema de Pitágoras, existem excelentes razões para defender que as
restantes proposições mate- máticas, se verdadeiras, são necessariamente verdadeiras.
Por outro lado, Saul Kripke, um impor- tante filósofo americano da segunda metade do
século XX, argumentou de forma plausível a favor da existência de verdades necessárias
a posteriori, isto é, de proposições que dependem da experiência para serem
conhecidas como verdadeiras, ainda que sejam verdadeiras em todos os mundos possí-
veis. “A água é H2O”constitui o exemplo típico de proposição empírica necessariamente
verdadeira.
Silogismo
argumentação)
Raciocínio lógico é uma disciplina decisiva na prova, mas muitos alunos têm
dificuldades. Para en- carar o desafio, treinar por meio exercício é fundamental, para
consolidar a base teórica. Você sabe estudar o conteúdo da maneira correta? Que tal
ficar por dentro de dicas e técnicas de estudos, com a professora Cássia Coutinho?
A disciplina de RLM, devido ser uma das matérias de maior dificuldade dos alunos,
torna-se extrema- mente celetista e decisiva e nos concursos.
Muitos candidatos perdem tempo resolvendo as questões da prova. Como evitar isso?
Como interpretar a questão de forma correta? Você acha que o português esta
associado a disci- plina?
Com certeza o Português está associado com RLM. Normalmente os alunos possuem
muita dificul- dade em interpretar as questões. As “boas” questões da disciplina incluem
três etapas principais – interpretação do enunciado, codificação (transcrição para a
linguagem matemática) e realização dos cálculos.
Como deve ser o preparo do estudante, para fazer uma prova eficiente?
O aluno deve começar pelas questões no qual consegue visualizar a resolução de forma
imediata, as que ele consegue identificar o conteúdo abordado rapidamente. Em
seguida, dedicar às questões de nível médio, que ele teve uma noção da resolução e do
conteúdo, mas que exigem mais concentra- ção da parte do candidato. As questões
complexas devem ser deixadas por último. Vale a pena deixa-las para o final da prova. O
que acontece é que os alunos “empolgam” nas questões principal- mente de Matemática
e não percebem o tempo passar! Devem sempre ficar atentos a isso.
Você acha importante resolver contas mentalmente, ou seja, sem usar a calculadora?
Então, aproveite para dominar o conteúdo com o curso on-line Preparação Permanente
de matemá- tica + raciocínio lógico, com a professora Cássia Coutinho, que inclui
apostila com exercícios dividi- dos por assunto, para facilitar o aprendizado. Além disso,
contempla o seguinte conteúdo programá- tico:
Numéricas
Breve
relato
histórico
Muitos são os nomes de pessoas que dedicaram suas vidas à descoberta e ao
aperfeiçoamento da matemática. Elas são dos mais variados ramos do conhecimento
humano, mas que compartilham en- tre si um desejo comum: o manuseio dos números
e das formas. A matemática recebe, em sua plata- forma de estudo, advogados,
filósofos, físicos, químicos, engenheiros, matemáticos e muitos outros profissionais ou
amantes desta ciência milenar, que é marcada pela importância no desenvolvimento
planetário ou, ainda além, universal.
Definindo sequência/sucessão
Observe a informação que darei a seguir e compreenda a ideia prática de sucessão ou sequência.
A Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul, teve como campeã, ou seja, em
primeiro lugar, a Espanha; no segundo lugar, a Holanda; no terceiro lugar a Alemanha e
no quarto, Uruguai. Estes dados podem ser mais bem visualizados se utilizarmos
representações de ordem. Vejam:
1°
lugar –
Espanh
a 2°
lugar –
Holand
a 3°
lugar –
Aleman
ha 4°
lugar –
Uruguai
Sabendo destas informações, poderíamos escrever a ordem de classificação desta Copa
da seguinte maneira: Espanha, Holanda, Alemanha, Uruguai. Ainda segundo essa ideia,
temos, por exemplo, que os dias segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira,
sexta-feira, sábado, domingo, represen- tam a sequência ou sucessão de dias de uma
semana.
DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
a2 → a índice 2
(segundo termo)
a3 → a índice 3
(terceiro termo) an
→ a índice n
(enésimo termo)
Veja exemplos de sequências finitas e infinitas:
a 3 – a1
Lembre-se de que o domínio desta sequência é N* (naturais não nulos), sendo assim, o
primeiro termo (a1) é 1.
Para n = 1, temos: a1
= 4x1 – 1 = 3 Para n =
3, temos: a3 = 4x3 – 1
= 11 a3 – a1 = 11 – 3 =
8
(a5)2 + (a6)2
Para n = 5, temos: a5
= 4x5 – 1 = 19 Para n
= 6, temos: a6 = 4x6 –
1 = 23 192 + 232 =
890
Escreva os quatro primeiros termos das sequências dadas pelos termos gerais,
sendo n Є N*. an = 3n – 1
Para n = 1, temos: a1
= 3x1 – 1 = 2 Para n =
2, temos: a2 = 3x2 – 1
= 5 Para n = 3, temos:
a3 = 3x3 – 1 = 8 Para
n = 4, temos: a4 = 3x4
– 1 = 11 Conclusão:
(2, 5, 8, 11)
an = 2n - 1
Para n = 1, temos: a1 = 21 – 1 = 1
Para n = 2, temos: a2 = 22 – 1 = 2
Para n = 3, temos: a3 = 23 – 1 = 4
Para n = 4, temos: a4 = 24 – 1 = 8
Conclusão: (1, 2, 4, 8)
Considerações finais
Aos caros leitores, deixo claro que este trabalho é apenas uma introdução ao conceito de
sequência que, um pouco mais adiante, contemplará as ideias e operações das
Progressões Aritméticas e/ou Geométricas, as famosas P.A e P.G. Ciente da importância
dessas duas temáticas, escreverei sobre elas em meus próximos trabalhos. Porém, esta
introdução deverá ser lida e estudada como pré-requi- sito a um estudo mais detalhado
do tema em discussão.
(2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, …): sequência dos números primos positivos;
Sequência Infinita: uma sequência infinita é representada da seguinte forma: (a1, a2, a3, a4, … , an,
:
(2, 4, 6, 8, 10, …): sequência dos números pares positivos;
(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, …): sequência dos números naturais;
Sequência Finita: uma sequência finita é representada da seguinte forma: (a1, a2,
Então:
a1 = 0;
a2 = 1;
a3 = 2;
a4 = 3;
a5 = 4;
a6 = 5;
a7 = 6;
a8 = 7;
a9 = 8;
a10 = 9;
Duas sequências são consideradas iguais se apresentarem os mesmos termos e na mesma ordem.
Exemplo:
(a, b, c, d, e)
As duas sequências acima poderão ser consideras iguais se, e somente se, a = 2, b = 7, c = 9, d = 10
e e = 20.
(1, 2, 3, 4, 5)
(5, 4, 3, 2, 1)
As sequências acima não são iguais, mesmo apresentando os mesmos números, elas
possuem or- dens diferentes.
Cada sequência numérica possui sua lei de formação. A sequência (1, 7, 17, 31, …)
possui a se- guinte lei de formação:
an = 2n2 – 1, n ∈ N*
Essa fórmula é usada para encontrar qualquer termo da sequência. Por exemplo, o termo
a4 = 2 . 42 – 1 = 31
Exemplo:
a1 = 2 . 12 – 1 = 1;
a2 = 2 . 22 – 1 = 7;
a3 = 2 . 32 – 1 = 17;
a4 = 2 . 42 – 1 = 31;
Lei de Recorrência
Exemplo:
a2 = 10 – 1 = 9;
a3 = 9 – 1 = 8;
a4 = 8 – 1 = 7
a5 = 7 – 1 = 6
an + 1 =
an + r
Exempl
o:
(0, 2, 4, 6, 8, 10, …): PA com primeiro termo a1 = 0 e razão r = 2.
an = a1 . q(n – 1)
Exemplo:
Classificação
SF = (2, 4, 6, ..., 8)
SI = (2,4,6,8...)
Note que quando as sequências são infinitas, elas são indicadas pelas reticências no
final. Além disso, vale lembrar que os elementos da sequência são indicados pela letra
a. Por exemplo:
1° elemento: a1 = 2
4° elemento: a4 = 8
O último termo da sequência é chamado de enésimo, sendo representado por an. Nesse
caso, o an da sequência finita acima seria o elemento 8.
A Lei de Formação ou Termo Geral é utilizada para calcular qualquer termo de uma
sequência, ex- pressa pela expressão:
an = 2n2 - 1
Lei de Recorrência
an = an-1, an-2,...a1
A progressão aritmética (PA) é uma sequência de números reais determinada por uma
constante r (razão), a qual é encontrada pela soma entre um número e outro.
A progressão geométrica (PG) é uma sequência numérica cuja razão (r) constante é
determinada pela multiplicação de um elemento com o quociente (q) ou razão da PG.
os exemplos: PA = (4,7,10,13,16...an...)
Análise Combinatória
A análise combinatória é um dos tópicos que a matemática é dividida, responsável pelo
estudo de critérios para a representação da quantidade de possibilidades de acontecer
um agrupamento sem que seja preciso desenvolvê-los.
Veja como resolveríamos esse problema sem a utilização de critérios ou fórmulas que o
estudo da análise combinatória pode nos fornecer.
Para descobrir essa quantidade de agrupamentos possíveis não é necessário montar todo
esse esquema, basta utilizar do estudo da análise combinatória que divide os
agrupamentos em Arranjos simples, Combinações simples, Permutações simples e
Permutações com elementos repetidos. Cada uma dessas divisões possui uma fórmula e
uma maneira diferente de identificação, que iremos
Princípio fundamental
da contagem Fatorial
Arranjos
Simples
Permutaçã
o Simples
Combinaçã
o Simples
Permutação com elementos repetidos.
Análise Combinatória
Probabilidade
Donde
P: probabilidade
na: número de casos (eventos) favoráveis
n: número de casos (eventos) possíveis
Como exemplo, podemos pensar na combinação de roupas de uma garota, sendo que
ela possui 3 tipos de calças, 4 tipos de blusas, 2 tipos de sapatos e 3 tipos de bolsas.
Logo, para saber quais as diferentes possibilidades que a garota possui basta multiplicar
o número de peças: 3 x 4 x 2 x 3 = 72.
Tipos de Combinatória
Arranjos
Como exemplo de arranjo, podemos pensar nas eleições, de modo que 20 deputados
concorrem a 2 vagas no estado de São Paulo.
Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá ser feita? Observe que
nesse caso, a ordem é importante, visto que altera o resultado final.
Combinações
As combinações são subconjuntos em que a ordem dos elementos não é importante, entretanto, são
caracterizadas pela natureza dos mesmos.
Para tanto, Maria, João e José são os escolhidos. De quantas maneiras distintas esse
grupo pode se combinar?
Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem dos elementos não é
relevante. Isso quer dizer que a combinação Maria, João e José é equivalente à João,
José e Maria.
Permutações
Sendo assim, os números que compõem o resultado final é uma sequência de 6 números, logo:
Experimento aleatório
É qualquer experiência cujo resultado não seja conhecido. Por exemplo: ao jogar uma
moeda e observar a face superior, é impossível saber qual das faces da moeda ficará
voltada para cima, exceto no caso em que a moeda seja viciada (modificada para ter
um resultado mais frequentemente).
Ponto amostral
Espaço amostral
Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Esse conjunto também pode ser representado pelo diagrama de Venn ou, dependendo
do experimento, por alguma lei de formação.
B = {2, 3, 5} e n(B) = 3
C = {5, 6} e n(C)= 2
D = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(D) = 6
Espaços equiprováveis
Cálculo de probabilidades
P = n(E)
n(Ω)
P = n(E)
n(Ω)
P=1
6
3.
P = n(E)
n(Ω)
P=3
6
P = 0,5
P = 50%
Observe que as probabilidades sempre resultarão em um número dentro do intervalo 0
≤ x ≤ 1. Isso acontece porque E é um subconjunto de Ω. Dessa maneira, E pode conter
desde zero até, no máximo, o mesmo número de elementos que Ω.
Teorema de Bayes
O teorema de Bayes recebe este nome devido ao pastor e matemático inglês Thomas
Bayes (1701 – 1761), que foi o primeiro a fornecer uma equação que permitiria que
novas evidências atualizassem a probabilidade de um evento a partir do conhecimento a
priori (ou a crença inicial na ocorrência de um evento). O teorema de Bayes foi mais
tarde desenvolvido por Pierre-Simon Laplace, que foi o
primeiro a publicar uma formulação moderna em 1812 em seu livro Teoria Analítica de
Probabilidade, na tradução do francês. Harold Jeffreys colocou o algoritmo de Bayes e a
formulação de Laplace em uma base axiomática. Jeffreys escreveu que "o teorema de
Bayes é para a teoria da probabilidade o que o teorema de Pitágoras é para a
geometria".
Probabilidade Condicional
2
9
P(A|B) = P(A∩B)
P(B)
Caso seja necessário calcular a probabilidade da intersecção entre dois eventos, pode-
se utilizar a seguinte expressão:
P(A∩B) = P(A|B)·P(B)
Exemplos
Solução:
{3,5} e {5,3}
Portanto,
P(A∩B) = 2
36
g
o
9
36
P(A|B) = P(A∩B)
P(B)
2
P(A|B) = 36
9
3
6
P(
A|
B)
=
2
·
36
36 9
P(A|B) = 2
9
Solução:
A = Obter um Ás
no baralho, P(A∩B) = 1
52
1
P(A|B) = 52
13
52
P(A|
B) =
1 · 52
52
13
P(A|B) = 1
13
Conceitos e Fundamentos
Frequência absoluta: valor exato, número de vezes que o valor da variável é citado.
Desvio Padrão: raiz quadrada da variância. Indica a distância média entre a variável e
a média aritmética da amostra.
População e amostras
Toda pesquisa estatística precisa atender a um público alvo, pois é com base nesse
conjunto de pessoas que os dados são coletados e analisados de acordo com o princípio
da pesquisa. Esse público alvo recebe o nome de população e constitui um conjunto de
pessoas que apresentam características próprias, por exemplo: os usuários de um plano
de saúde, os membros de uma equipe de futebol, os funcionários de uma empresa, os
eleitores de um município, estado ou país, os alunos de uma escola, os associados de
um sindicato, os integrantes de uma casa e várias situações que envolvem um grupo
geral de elementos. A população também pode ser relacionada a um conjunto de
objetos ou informações. Na estatística, a população é classificada como finita e infinita.
Imagine agora que meu armário possui 5 gavetas. Se eu tenho 7 meias, certamente
alguma gaveta conterá mais de uma meia, porque eu possuo mais meias do que
gavetas. Foi pensando em exem- plos como este que o princípio também é chamado
de Princípio das Gavetas.
Imagine que eu tenho meias pretas, marrons, brancas e cinzas. Determinado dia faltou
luz em minha casa e eu preciso retirar a quantidade mínima de meias para garantir que
haverá PELO MENOS duas meias da mesma cor. Ora, vamos pensar na pior das
hipóteses, ou seja, pense que você é a pessoa mais azarada do mundo.
Há 4 cores possíveis. Portanto, 4 meias não são suficientes, pois eu poderia retirar uma
meia preta, uma marrom, uma branca e uma cinza. Mas, na quinta meia não tem como
fugir: ela obrigatoriamente deverá repetir alguma das cores citadas. Assim, com 5 meias
eu tenho certeza que terei PELO ME- NOS um par de meias da mesma cor. Pode até ser
que eu tenha (por sorte) mais de duas meias da mesma cor, mas PELO MENOS duas eu
garanto. Foi pensando na solução deste problema que eu comecei a chamar o princípio
de PRINCÍPIO DO AZARADO (e é por isso que o princípio é chamado de Princípio da
Garantia Mínima).
Na grande maioria dos problemas, você tem que imaginar que você é a pessoa mais
azarada do mundo, tem que pensar na pior das hipóteses.
Vamos pensar na pior das hipóteses? Ora, se eu estou querendo retirar duas meias de
cores diferen- tes, o azar é pegar várias meias da mesma cor. Como eu sou MUITO
AZARADO, eu começo a pegar meias cinzas (porque é a que tem maior quantidade).
Sou tão azarado que pego 8 meias cinzas con- secutivamente.
Depois que pego 8 meias cinzas, não tem como escapar. A próxima meia tem que ser de
outra cor. Portanto, 9 meias é a quantidade mínima de meias para garantir que teremos
pelo menos duas meias de cores distintas. Pode até ser que das 9 meias eu tenha mais
de duas meias com cores diferentes, mas isso é sorte e não certeza.
Vamos agora analisar exemplos mais interessantes. Deixemos pombos e meias pra lá.
Quantas pessoas precisa haver em um auditório para ter certeza (eu disse CERTEZA!!!)
de que pelo menos duas delas fazem aniversário no MESMO dia?
Não quero dizer que tenham nascido no mesmo ano, apenas que façam aniversário no mesmo dia.
Antes de escrever a resposta, quero pensar um momento junto com vocês (se é que já
não responde- ram sozinhos). Vejamos: se houver duas pessoas, obviamente não há
garantias de que as duas fa- çam aniversário no mesmo dia. O mais provável é que não
seja assim. Mas, além de provável (ou não provável), o fato é que estamos procurando
CERTEZAS. E havendo duas pessoas no auditório nunca poderíamos ter certeza de que
ambas nasceram no mesmo dia.
É claro que não sabemos quais são essas pessoas, nem se há mais de duas que
atendem à proprie- dade pedida. Pode ser que haja mais... muito mais, mas isso
não nos interessa. A garantia é que, com 367 pessoas, resolvemos o problema.
Agora, tendo em conta essa ideia que acabamos de discutir, vejamos outro problema:
que argumento podemos encontrar para demonstrar a alguém que na cidade do Recife
há pelo menos duas pessoas com o mesmo número de fios de cabelo na cabeça?
Antes que eu escreva a resposta, uma possibilidade é imaginar que, se estou propondo
esse pro- blema nesse artigo, imediatamente após ter discutido o problema dos
aniversários, é porque deve ha- ver alguma relação entre os dois. Não é certo, mas é
muito provável. E aí? Alguma ideia?
Uma pergunta, então: você tem ideia de quantos fios de cabelo uma pessoa pode ter na
cabeça? Não que isso seja necessário para viver, mas dando uma pesquisada no Google,
o resultado é que não há maneira de alguém ter mais de 200 mil fios de cabelo. Isso já
seria o caso do King Kong ou algo as- sim. É impossível imaginar alguém com 200.000
fios de cabelo.
Com esse dado novo, de que serve saber que há no máximo 200 mil fios de cabelo na
cabeça de uma pessoa? O que fazer com isso?
Quantas pessoas vivem no Recife? Entrei no site da Prefeitura e verifiquei que em 2000
a população recifense era de 1.422.905 habitantes. Para a solução do problema não é
preciso ter o dado com tanta precisão. Basta dizer que há mais de 1 milhão de pessoas.
Por que esses dados são suficien- tes?
Acho que a resposta está clara. Juntando os dois dados que temos (o da cota máxima
de fios de ca- belo que uma pessoa pode ter na cabeça e do número de habitantes da
cidade), deduzimos que ine- xoravelmente o número de fios de cabelos entre as
pessoas tem que se repetir. E não uma vez, mas muitas e muitas vezes.
Moral da história: usamos um mesmo princípio para tirar duas conclusões. Tanto no
problema do ani- versário como no dos fios de cabelo, há alguma coisa em comum: é
como se tivéssemos um número de gavetas e um número de bolinhas. Se tivermos 366
gavetas e 367 bolinhas, e tivermos que distri- buir todas, inexoravelmente deve haver
pelo menos uma gaveta com duas bolinhas.
Resolução
Novamente não podemos garantir. Basta raciocinar da mesma maneira que a letra A. Se
os cinco pri- meiros funcionários trabalharem com apenas um processo cada e o sexto
funcionário com 45 proces- sos, não podemos garantir que cada um dos estagiários
reviu pelo menos 5 processos.
da questão.
Pelo menos um dos estagiários reviu 9 processos ou mais.
Vamos pensar na pior das hipóteses. Lembre-se que somos MUITO AZARADOS.
A alternativa E diz que temos certeza que PELO MENOS UM DOS ESTAGIÁRIOS REVIU 9
PRO- CESSOS OU MAIS.
Neste caso a pior das hipóteses é colocar cada estagiário para trabalhar com no máximo
8 proces- sos. Ora, como são 6 estagiários, 6x8=48. Ainda sobram 2 processos. Assim,
alguém terá que traba- lhar com mais de 8 processos para completar o trabalho todos.
Podemos, portanto, garantir que pelo menos um dos estagiários reviu mais de 8
processos (9 processos ou mais).
Idéia principal: Se existirem pelo menos K+1 pombos, e somente K casas, pelo menos
uma casa vai ter mais do que um pombo.
matemática. Exemplos:
Quantas rolagens de dado (um dado de 6 faces) são necessárias para se ter certeza
que um mesmo número vai cair duas vezes?
Resposta: Bem, vamos ver pela "pior" das hipóteses: na "pior" das hipóteses, se
jogarmos o dado 6 vezes, teremos os números (não necessariamente nesta ordem): 3,
5, 6, 1, 2 e 4.
Existem N pessoas em uma sala. Quantas pessoas são necessárias para se ter certeza
de que 3 nasceram no mesmo mês?
Seja dada uma casa de pombos com n buracos e suponha que haja m pombos
querendo ocupa-los. Se m > n, então algum buraco deverá ser ocupado por mais de um
pombo.
Este princípio também leva o nome de Princípio das Gavetas, pois pode ser renunciado,
de modo equivalente:
Queremos guardar m objetos em n gavetas. Se m > então alguma gaveta deverá conter
mais de um objeto.
Mesmo sendo bastante intuitivo e simples, com este teorema podemos resolver alguns
problemas cu- riosos.
Somente a título de curiosidade, vamos provar este resultado por Indução Matemática.
• Existem n pessoas em uma festa. Algumas se conhecem, outras não. Mostre que na
festa existem duas pessoas que têm mesmo número de conhecidos, supondo que a
relação de conhecido é simé- trica: se x é conhecido de y, então y é conhecido de x; e
não reflexiva: ninguém é conhecido de si mesmo.
E se você acha que isso será inútil para sua vida de vestibulando ou de concurseiro,
veja essa ques- tão do processo seletivo da UFOP:
• Considere a afirmação: “Em um grupo de n pessoas pode-se garantir que três delas
aniversariam no mesmo mês”. O menor valor de n que torna verdadeira essa afirmação
é:
• 3
• 24
• 25
• 26
De fato, cada pessoa tem um número de conhecidos que varia de 0 a n - 1 (uma pessoa
não é co- nhecida de si mesma!), as duas situações não podendo ocorrer ao mesmo
tempo, pois, se uma pes- soa conhece todo mundo, pela simetria, não pode haver uma
pessoa que não conheça ninguém. Por- tanto, ao associarmos os n indivíduos às n - 1
possibilidades de número de conhecidos, pelo princípio de Dirichlet, duas pessoas
deverão ter o mesmo número de conhecidos.
• Existem 2007 possíveis restos pela divisão por 2007. Considere a sequência das
potências de 3: 1, 3¹, 3², 3³, ...,32007. Esta sequência é composta de 2008 números.
Portanto, pelo Princípio das Gave- tas, dois desses, digamos 3n e 3m, com n > m, têm
mesmo resto quando divididos por 2007. Logo, a sua diferença 3n-3m é divisível por
2007.
Probabilidade
Um experimento aleatório pode ser repetido inúmeras vezes e nas mesmas condições
e, mesmo assim, apresenta resultados diferentes. Cada um desses resultados possíveis
é chamado de ponto amostral. São exemplos de experimentos aleatórios:
• Cara Ou Coroa
Lançar uma moeda e observar se a face voltada para cima é cara ou coroa é um
exemplo de experi- mento aleatório. Se a moeda não for viciada e for lançada sempre
nas mesmas condições, podere- mos ter como resultado tanto cara quanto coroa.
• Lançamento De Um Dado
Observe que, no lançamento da moeda, as chances de repetir o resultado anterior são muito maiores.
Cada carta tem a mesma chance de ocorrência cada vez que o experimento é realizado,
por isso, esse é também um experimento aleatório.
Espaço Amostral
Evento
número par:
E = {2, 4, 6}
Cálculo da Probabilidade
P(
E)
n(
E)
n(
)
Observações:
P(A-1) = 1 – P(A)
Exemplos:
→ Qual é a probabilidade de, no lançamento de uma moeda, o resultado
P(
E)
n(
E)
n(
)
P(E) = 1
P(
E)
n(
E)
n(
)
P(E) = 2
P(
E)
n(
E)
n(
)
P(E) = 2
de um dado? Solução:
Temos duas maneiras de resolver esse problema. Note que não sair o número 1 é o
mesmo que sair qualquer outro número. Faremos o mesmo cálculo de probabilidade
considerando que o evento pos- sui cinco elementos.
=1–
n(E)
n(Ω)
P(A-1) = 1 – 1
P(A-1) = 1 – 0,166..
A ideia é a seguinte: Imagine que você tenha 3 calças, 5 camisas e 2 sapatos e queira
saber quantas são as combinações possíveis utilizando essas peças. Para isso basta
efetuar a multiplicação, assim: 5 . 3 . 2 = 30 possibilidades de combinações. Esse é
chamado de princípio multiplicativo.
336 senhas.
Problema: Jeniffer irá participar da promoção de uma loja de roupas que está dando um
vale compras no valor de R$ 1000,00 reais. Ganhará o desafio o primeiro participante
que conseguir fazer o maior número de combinações com o kit de roupa cedido pela
loja. No kit temos: seis camisetas, quatro saias e dois pares de sapato do tipo salto alto.
De quantas maneiras distintas Jeniffer poderá combi- nar todo o vestuário que esta no
quite de roupa?
Camisetas
Saias
Sapatos
A outra forma que temos para resolver este problema é utilizando o Princípio
Fundamental da Con- tagem.
combinações possíveis 6 x 4 x 2 = 48
Observe que ao utilizarmos o Princípio Fundamental da Contagem, também foi possível
determinar o número de combinações do Kit roupa, este número corresponde ao que foi
encontrado quando utili- zamos o Diagrama da árvore.
Exemplos
Portanto:
Para a última letra, segundo o enunciado temos apenas uma possibilidade que é a letra R.
Note que este exemplo é semelhante ao caso dos livros, explicado no início da página,
só que neste caso teríamos mais um livro, digamos de ciências, que sempre seria
colocado na pilha por último.
Quantos números naturais com 3 algarismos podemos formar que não comecem
com 16, nem com 17?
Neste exemplo iremos fazer o cálculo em duas partes. Primeiro iremos calcular quantos
são os núme- ros com três algarismos.
Como neste caso na primeira posição não podemos ter o dígito zero, o número de
possibilidades para cada posição é respectivamente: 9, 10 e 10.
Para a primeira posição temos apenas uma possibilidade, o dígito 1. Para a segunda
temos 2, pois servem tanto o dígito 6, quanto o 7.
São quantos os números ímpares com três algarismos, que não possuem dígitos
repetidos e que de trás para frente também são ímpares?
Os números devem ser ímpares, temos então 5 possibilidades para o último algarismo.
A história do "de trás para frente", em outras palavras quer dizer que o primeiro
algarismo também é ímpar. Como um dígito ímpar já foi utilizado na última posição,
temos então apenas 4 disponíveis para a primeira posição.
Para o dígito central temos apenas 8 possibilidades, pois dois dígitos ímpares já foram
Função de Probabilidade
Para ser f.d.p. a função não deve ter valores negativos e deve integrar 1 em seu
domínio. Vamos co- meçar definindo esta função como uma função no R para qual
daremos o nome de f1. A seguir faze- mos o gráfico da função. Como a função tem
valores positivos para x no intervalo de zero a infinito temos, na prática, para fazer o
gráfico, que definir um limite em x até onde vai o gráfico da função.
Vamos achar este limite tentando vários valores, conforme mostram os comandos
abaixo. O gráfico escolhido e mostrado na Figura 16 foi o produzido pelo comando
plot(f1,0,5).
• f1 <- function(x) {
+ fx <- ifelse(x < 0, 0, 2 * exp(-2 * x))
+ return(fx)
+}
• plot(f1)
> plot(f1, 0, 10)
> plot(f1, 0, 5)
Para verificar que a a integral da função é igual a 1 podemos usar a função integrate()
que efetua in- tegração numérica. A função recebe como argumentos o objeto com a
função a ser integrada e os limites de integração. Neste exemplo o objeto é f1 definido
acima e o domínio da função é [0,∞]. A sa- ída da função mostra o valor da integral (1)
e o erro máximo da aproximação numérica.
• integrate(f1, 0, Inf)
Para fazer cálculos pedidos nos itens (b) e (c) lembramos que a probabilidade é dada
pela área sob a curva da função no intervalo pedido. Desta forma as soluções seriam
dadas pelas expressões
• plot(f1, 0, 5)
• polygon(x = c(1, seq(1, 5, l = 20)), y = c(0, f1(seq(1, 5, l = 20))),
+ density = 10)
• polygon(x = c(0.2, seq(0.2, 0.8, l = 20), 0.8), y = c(0, f1(seq(0.2,
+ 0.8, l = 20)), 0), col = "gray")
• text(c(1.2, 0.5), c(0.1, 0.2), c(expression(p[b], p[c])))
Figura 17: Probabilidades pedidas nos itens (b) e (c)
usamos integrate().
• integrate(f1, 1, Inf)
• Qual a quantidade que deve ser deixada à disposição para que não falte o produto
em 95% dos dias?
• f2 <- function(x) {
+ fx <- numeric(length(x))
+ fx[x < 0] <- 0
+ fx[x >= 0 & x < 1] <- 2 * x[x >= 0 & x < 1]/3
+ fx[x >= 1 & x <= 3] <- (-x[x >= 1 & x <= 3]/3) + 1
+ fx[x > 3] <- 0
+ return(fx)
+}
A seguir verificamos que a integral da função é 1 e fazemos o seu gráfico mostrado na Figura 18.
• integrate(f2, 0, 3)
• plot(f2, -1, 4)
A venda esperada em trinta dias é 30 vezes o valor esperado de venda em um dia. Para
calcular a esperança E[X] = ∫ xf(x)dx definimos uma nova função e resolvemos a
integral. A função integrate re- torna uma lista onde um dos elementos ($value) é o
valor da integral.
• 30 * integrate(ef2, 0, 3)$value
[1] 40
Para encontrar este valor vamos definir uma função que calcula a diferença (em valor absoluto) entre
0.95 e a probabilidade associada a um valor qualquer de x. O quantil será o valor que
minimiza esta probabilidade. Este é portanto um problema de otimização numérica e
para resolvê-lo vamos usar a função optimize() do R, que recebe como argumentos a
função a ser otimizada e o intervalo no qual deve procurar a solução. A resposta
mostra o valor do quantil x = 2.452278 e a função objetivo com valor muito próximo
de 0, que era o que desejávamos.
$
m
i
n
i
m
u
m
[
1
]
2
.
4
5
2
2
7
8
$objective
[1] 7.573257e-08
A Figura 19 ilustra as soluções dos itens (a) e (c) e os comandos abaixo foram utilizados
para obten- ção destes gráficos.
Figura 19: Gráficos indicando as soluções dos itens (a) e (c) do Exemplo 2.
Finalmente lembramos que os exemplos discutidos aqui são simples e não requerem
soluções numé- ricas, devendo ser resolvidos analiticamente. Utilizamos estes exemplos
somente para ilustrar a ob- tenção de soluções numéricas com o uso do R, que na
prática deve ser utilizado em problemas mais complexos onde soluções analíticas não
são triviais ou mesmo impossíveis.
Para uma variável discreta, a FDP fornece os valores de probabilidade para determinados valores de
x. Por exemplo, um fabricante de doces produz um único tipo de doce em várias cores.
30% das ba- las são produzidas em amarelo, 10% são laranja, 10% são vermelhas,
20% são verdes e 30% são azuis.
FDP discreta
Este gráfico de barras exibe a FDP para a cor doces. Cada barra representa a
probabilidade dos do- ces daquela cor expressos como uma porcentagem.
FDP contínua
A curva é a FDP para o diâmetro da rolha. Use a FDP para identificar as áreas de
probabilidades su- periores e inferiores para os valores de uma variável aleatória. Por
exemplo, apenas uma pequena porcentagem das rolhas (1%) tem um diâmetro inferior
a 2,8 cm.
FDP lognormal
Como uma garrafa de vinho ocasionalmente requer uma quantidade incomum de força
para a retirada da rolha, as medidas desta força muitas vezes seguem uma distribuição
com uma longa cauda direita como a distribuição lognormal.
Definição 2.1.1:
Exemplo 2.1.1:
Portanto,
Exemplo 2.1.2:
propriedades básicas: 1. , e ;
2. é não decrescente.
Exemplo 2.1.3:
seguinte
Teorema 2.1.1:
Exemplo 2.1.4:
no qual .
Exemplo 2.1.5:
Exemplo 2.1.6:
Qual é a densidade de X?
Exemplo 2.1.7:
• ,
toda função que satisfaz (i), (ii) e (iii) é a distribuição de alguma variável aleatória.
Exemplo 2.1.8:
Assim,
tal que
então
então .
Exemplo 2.1.9:
, qual
(a1) e
(a2) temos que
(a3)
b)
Decomposi
ção de
. Então,
Então,
Exemplo 2.1.10:
Agora , então
e então
Exemplo 2.1.11:
Exemplo 2.1.12:
Exemplo 2.1.13:
Determine a distribuição do tempo de espera até o segundo sucesso em uma
sequência de ensaios de Bernoulli com probabilidade de sucesso.
Exemplo 2.1.14:
Uma massa radioativa emite partículas segundo um processo de Poisson a uma taxa
média de 10
Suponha que
o contador registra todas as partículas que o atingem, e que não há iteração entre as
partículas(elas se movimentam independentemente).
de partículas
Agora
Agora,
Então
Então,
Esta é uma distribuição que se caracteriza por ter uma função de taxa de falha
constante. A distribui- ção exponencial é a única com esta propriedade. Ela é
considerada uma das mais simples em termos matemáticos. Esta distribuição tem sido
usada extensivamente como um modelo para o tempo de vida de certos produtos e
materiais. Ela descreve adequadamente o tempo de vida de óleos isolantes e dielétricos,
entre outros.
Definição 6.12.1:
Utilizamos a notação
Observação 6.12.1:
A distribuição Exponencial pode ser parametrizada de uma forma alternativa segundo a
função densi- dade de probabilidade dada por
que éo
parâmetro taxa.
Observação 6.12.2:
Notem que
Gama, pois
Exemplo 6.12.2:
Agora falta encontramos qual a probabilidade de que o inseto reprodutor dure mais de
24 dias. Usando a densidade acima temos que
Exemplo 6.12.3:
Uma fábrica utiliza dois métodos para a produção de lâmpadas. 70% das lâmpadas são
produzidas pelo método e as demais pelo método . A duração da lâmpada depende
do método pelo qual ela
e, portanto,
Portanto a probabilidade de que uma lâmpada escolhida ao acaso dure mais de 100
é dada por
Assim
Esperado e Variância
Seja uma variável aleatória com distribuição exponencial com parâmetro . Então
sua função ge- radora de momentos é dada por:
Temos que o valor esperado e a variância de uma variável aleatória X com distribuição
exponencial com parâmetro λ são dados, respectivamente, por
, vamos
Podemos calcular também o valor esperado e a variância utilizando a função geradora de momentos
Observação 6.12.3:
De uma forma bastante resumida imagine uma variável aleatória Poisson, onde temos a
contagem do número de ocorrências em um intervalo. Suponha agora que
estejamos interessados em verifi- car a probabilidade do tempo transcorrido entre
duas ocorrências consecutivas. Essa última é considerada uma variável aleatória
exponencial.
Essa distribuição contínua que pode ser utilizada para descrever as probabilidades
envolvidas no tempo que decorre para que um determinado evento aconteça. Existe
uma conexão muito próxima entre a distribuição exponencial e a de Poisson. Ou seja, é
Utilizada para descrever o tempo entre as ocorrências de sucessivos eventos de uma
distribuição de Poisson.As relações entre as distribuições podem ser associadas a um
processo estocástico, chamado de processo de poisson.
Função Densidade de
Probabilidade
fX(x)=λe−λx0≤x<∞fX(
x)=λe−λx0≤x<∞
Sendo λ>0λ>0
FX(x)=P(X≤x)=1−e−λxx≥0FX(x)=P(X
Valor Esperado e
Variância
E[X]=1λV(X)=1λ2E[X]=
1λV(X)=1λ2
Seja XX uma variável aleatória exponencial X∼Exp(λ)X∼Exp(λ), a forma da distribuição
e determi- nada pelo valor de λλ.
Code
Exemplo - Exponencial 1
a. P(X≤0)P(X≤0)
b. P(X≤1)P(X≤1)
c. P(x≥2)P(x≥2)
d. P(1<X<2)P(1<X<2)
Solução
Code
a. P(X≤0)P(X≤0)
P(X≤0)=∫00λe−λxdx=0P(X≤0)
=∫00λe−λxdx=0
b. P(X≤1)P(X≤1)
P(X≤1)=∫102e−2xdx=−e−2x|
10=1−e−2=0.8647
Estatística
Etimologia
De acordo com a Revista do Instituto Internacional de Estatística, Cinco homens, Hermann Con-
ring, Gottfried Achenwall, Johann Peter Süssmilch, John Graunt e William Petty já
receberam a honra de serem chamados de fundadores da estatística por diferentes
autores.[4]
Alguns autores dizem que é comum encontrar como marco inicial da estatística a publicação
do "Observations on the Bills of Mortality" (Observações sobre os Censos de Mortalidade,
1662) de John Graunt. As primeiras aplicações do pensamento estatístico estavam
voltadas para as necessida- des de Estado, na formulação de políticas públicas,
fornecendo dados demográficos e econômicos. A abrangência da estatística aumentou
no começo do século XIX para incluir a acumulação e análise de dados de maneira geral.
Hoje, a estatística é largamente aplicada nas ciências naturais, e sociais, in- clusive na
administração pública e privada.
Fundamentos
Ligações para estatística observacional fenômeno são coletados pelos fenômenos estatísticos.
A estatística não é uma ferramenta matemática que nos informa sobre o quanto de erro
nossas obser- vações apresentam sobre a realidade pesquisada. A estatística baseia-se na
medição do erro que exis- te entre a estimativa de quanto uma amostra representa
adequadamente a população da qual foi extra- ída. Assim o conhecimento de teoria de
conjuntos, análise combinatória e cálculo são indispensáveis para compreender como o
erro se comporta e a magnitude do mesmo. É o erro (erro amostral) que define a
qualidade da observação e do delineamento experimental.
A faceta dessa ferramenta mais palpável é a estatística descritiva. A descrição dos dados
coletados é comumente apresentado em gráficos ou relatórios e serve tanto a prospecção
de uma ou mais variá- veis para posterior aplicação ou não de testes estatísticos bem
como a apresentação de resultados de delineamentos experimentais.
• Inferência estatística - obter um consenso sobre o que as observações nos dizem sobre
o mundo que observamos.
Estatística Computacional
Se uma variável aleatória tem densidade dada por f(x), então o intervalo infinitesimal [x, x+dx]
tem probabilidade f(x) dx. Formalmente, a função densidade de probabilidade (ou
fdp), denotada por fx(x), de uma variável aleatóriacontínua X é a função que satisfaz
Exemplo
Suponhamos que uma espécie de bactérias normalmente vive por 4 a 6 horas. Qual é a
probabilidade de que uma bactéria viva exatamente 5 horas? A resposta é de 0%. Muitas
bactérias vivem
por aproximadamente 5 horas, mas não há nenhuma chance de que qualquer
bactéria morra em exatamente 5.000000000 horas.
Em vez disso, poderíamos perguntar: qual é a probabilidade de que a bactéria morra entre
5 horas e 5,01 horas? Vamos dizer que a resposta é de 0,02 (ou seja, 2%). A seguir: qual
é a probabilidade de que a bactéria morra entre 5 horas e 5.001 horas? A resposta é
provavelmente em torno de 0,002, uma vez que este é um décimo do intervalo anterior. A
probabilidade de que a bactéria morre entre 5 horas e 5.0001 horas é provavelmente
cerca de 0,0002, e assim por diante.
Por exemplo, a probabilidade de que ela viva por mais do que 5 horas, mas menos do que
(5 horas + 1 nanossegundo), é (2 horas-1) x (1 nanosegundo) ≃ 6 × 10-13 (usando a
conversão de unidade 3,6 × 1012 nanossegundos = 1 hora).
Uma variável aleatória discreta tem um número definido de possíveis ocorrências. Por exemplo,
a variável aleatória "resultado de um dado" tem apenas 6 possíveis ocorrências: 1,2,3,4,5
e 6. Por isso, a função de probabilidade a ela associada também só pode assumir 6
valores (1/6 cada uma, se o dado não for viciado), que necessariamente somarão 1.
Note-se que não é possível definir uma densidade referindo a uma medida arbitrária (por
exemplo, não se pode escolher a medida contável como uma referência para uma variável
aleatória contínua). Além disso, quando ela existe, a densidade é em quase todos os
lugares únicas.
No campo da física estatística, uma reformulação não formal da relação acima entre a
derivada da função distribuição acumulada e a função densidade de probabilidade é
geralmente utilizada como a definição da função densidade de probabilidade.
É possível representar certas variáveis aleatórias discretas, bem como variáveis aleatórias
que envol- vem tanto uma parte contínua e uma parte discreta com uma função
densidade de probabilidade gene- ralizada, usando a função delta de Dirac. Por exemplo,
considere uma variável aleatória discreta biná- ria tendo uma distribuição de Rademacher
– isto é, assumindo valores −1 ou 1, com probabilidade ½ cada.
Famílias De Densidades
Uma vez que os parâmetros são constantes, re parametrizar uma densidade em termos
de diferentes parâmetros, para se obter uma caracterização de uma variável aleatória
diferente na família, significa simplesmente substituir os novos valores de parâmetros
para a fórmula em lugar dos antigos. Alterar o domínio de uma densidade de
probabilidade, no entanto, é mais complicado e exige mais trabalho: consulte a seção
abaixo sobre a mudança de variáveis.
Uma estatística é uma função (qualquer) das variáveis observáveis que não contém
qualquer parâme- tro desconhecido.
Mais formalmente, a Teoria Estatística define uma estatística como uma função de uma
amostra em que a função por si mesma é independente da distribuição que gerou a
amostra.
Este termo é utilizado usualmente tanto para a função quanto para o particular valor
numérico da fun- ção aplicada a uma dada amostra observada.
Uma estatística não representa o mesmo conceito que um parâmetro estatístico, que não
é calculável da amostra. Por exemplo, a média amostral é uma estatística, enquanto que
a média de uma popula- ção é um parâmetro. Em geral utiliza-se um estimador (caso
particular de estatística) para chegar num valor numérico que estima um parâmetro. No
exemplo anterior, o estimador para a média da população é a média amostral.
A palavra estatística é do latim e significa “estado”. Este termo provém do primeiro uso
da estatística eu tinha como função o registro de dados (nº de habitantes da população,
nº de casamentos...) e a elaboração de tabelas e gráficos para descrever
resumidamente um determinado país em números.
Passado muito tempo a estatística evoluiu, tornando-se uma ampla e complexa ciência,
tirando conclu- sões sobre o conjunto todo a partir de amostras representativas.
-Estatística descritiva: é a parte que procura os melhores métodos para coletar, ordenar e
sumarizar os dados dos experimentos.
Uma razão principal para a pouca utilização dessa distribuição em trabalhos acadêmicos
aplicados é devido ao fato de que, em geral, não há expressão de "forma fechada" para
a a função de densidade de probabilidade, e que as aproximações numéricas
computacionais são não-triviais e computacional- mente extensivas.
Nesse post vou mostrar como é possível calcular a função densidade de probabilidade via
Fast-Fourier Transform (FFT).
O trabalho original sobre esse assunto foi produzido por Mittnik, Doganoglu e Chenyao (1999).
A Distribuição Alfa-Estável.
onde
parâmetro de
pela notação é
A função densidade de probabilidade pode ser aproximada utilizando o método FFT (Fast
Fourier Transform) o qual é computacionalmente eficiente e permite um processo de
aproximação mais rápido do que expansão por séries (Bergström, 1952) ou integração
direta (Nolan, J. P., 2001. Maximum likeli- hood estimation of stable parameters.
Manuscrito não publicado.).
Segundo Durrett (2010) página 106 uma função densidade de probabilidade pode
ser escrita pe- la Transformada de Fourier da função característica, em outras
palavras:
A integral acima pode ser calculada para pontos igualmente espaçados com distância
Além disso diversos estudos práticos tem como resultado uma distribuição normal.
Podemos citar co- mo exemplo a altura de uma determinada população em geral segue
uma distribuição normal. Entre outras características físicas e sociais tem um
comportamento gaussiano, ou seja, segue uma distribui- ção normal.
A probabilidade é um número que varia de 0 (zero) a 1 (um) e que mede a chance de ocorrência de
um determinado resultado.
Quanto mais próxima de zero for a probabilidade, menores são as chances de ocorrer
o resultado e quanto mais próxima de um for a probabilidade, maiores são as chances.
Experimento Aleatório
Em uma tentativa com um número limitado de resultados, todos com chances iguais,
devemos conside- rar:
Espaço amostral é o conjunto E cujos elementos são todos os possíveis resultados que
podem ser obtidos na realização de um experimento.
Evento (A)
Cálculo De Probabilidades
Onde:
Estatística
Definição
Noções
De
Estatístic
a
Amostra
São elementos coletados dentro do vasto universo.
ROL
Exemplo:
Classes
Medidas De Posição
São as estatísticas que representam uma série de dados orientando-nos quanto à posição
da distribui- ção em relação ao eixo horizontal do gráfico da curva de frequência.
As medidas de posições mais importantes são as medidas de tendência central ou pro mé-
dias (verifica-se uma tendência dos dados observados a se agruparem em torno dos
valores centrais). As medidas de tendência central mais utilizadas são: média aritmética,
moda e mediana.
Média Aritmética
É igual ao quociente entre a soma dos valores do conjunto e o número total dos valores.
Consideremos uma coleção formada por n números, de forma que cada um esteja
sujeito a um peso (valor que indica a quantidade de vezes em que cada número se
repete).
Quando dois valores ocorrem com a mesma frequência, cada um deles é chamado de
uma moda, e o conjunto se diz BIMODAL.
Se mais de dois valores ocorrem com a mesma frequência máxima, cada um deles é
uma moda e o conjunto é MULTIMODAL.
Mediana (MD)
Para calcular:
Medidas De Dispersão
Existem algumas medidas chamadas medidas de dispersão, que procuram mostrar como
os elementos do conjunto se comportam em torno da região central, ou seja, medidas que
mostram se eles estão mais ou menos dispersos.
Por exemplo, num jogo de duplas de tênis, são conhecidas as idades dos jogadores:
Equipe A Equipe B
Veja que, nos dois casos, a média das idades é a mesma, ou seja, 25 anos.
No entanto, as idades da equipe B estão bem mais dispersas em torno da média do que
as idades da equipe A.
Padrão. Variância
Veja, por exemplo, o conjunto de dados:
2, 5, 6, 8, 14,
Desvio-Padrão
Estatística Descritiva
A estatística descritiva é um ramo da estatística que aplica várias técnicas para descrever
e sumarizar um conjunto de dados. Diferencia-se da estatística inferencial, ou estatística
indutiva, pelo objetivo: organizar, sumarizar dados ao invés de usar os dados em
aprendizado sobre a população. Esse prin- cípio faz da estatística descritiva
independente.
Algumas medidas que são normalmente usadas para descrever um conjunto de dados
são medidas de tendência central e medidas de variabilidade ou dispersão. Medidas de
tendência central incluem média, mediana e moda. Medidas de variabilidade incluem
desvio padrão, variância, o valor máximo e mínimo, obliquidade e curtose.
No mundo dos negócios, estatística descritiva fornece um resumo útil de muitos tipos de dados.
Análise Univariada
Análise Bivariada
Quando uma amostra consiste de mais de uma variável, a estatística descritiva pode
ser usada para descrever o relacionamento entre os pares de variáveis. Nesse caso,
estatística descritiva inclui:
contingência Representação
medidas quantitativas de
dependência.
As descrições de distribuição condicionais.
A razão principal para diferenciar analise univariada e bivariada é que a bivariada não é
só análise descritiva simples, mas também o relacionamento entre duas variáveis
diferentes. de Pearson quan- do ambas variáveis são continuas, ou Coeficiente de
correlação de postos de Spearman quando am- bas variáveis não são continua) e
covariância.
Técnicas
Gráficos descritivos: São usados vários tipos de gráficos para sumarizar os dados. Por
exemplo: His- togramas.
Descrição Tabular: Na qual se usam tabelas para sumarizar os dados. Por exemplo
tabelas de Fre- quências.
Podemos querer escolher parâmetros que nos mostrem como aquelas observações
diferem. Costu- ma chamar-se a este tipo de parâmetros de "medidas de dispersão“.
Probabilidade E Estatística
Experimento Aleatório
Em uma tentativa com um número limitado de resultados, todos com chances iguais,
devemos consi- derar:
Espaço Amostral (E)
Espaço amostral é o conjunto E cujos elementos são todos os possíveis resultados que
podem ser obtidos na realização de um experimento.
Evento (A)
PROBABILIDADES
é dada por:
Onde:
Estatística
Definição
Noções De
Estatística
AMOSTRA
numéricos. Exemplo:
Os cincos alunos de uma amostra apresentaram as seguintes notas na prova bimestral
de matemáti- ca 6; 4; 8; 7; 8. Apresentando esses dados em rol, temos: (4; 6; 7; 8; 8)
ou (8; 8; 7; 6; 4).
Classes
As medidas de posições mais importantes são as medidas de tendência central ou pro mé-
dias (verifica-se uma tendência dos dados observados a se agruparem em torno dos
valores cen- trais).
Consideremos uma coleção formada por n números, de forma que cada um esteja
sujeito a um peso (valor que indica a quantidade de vezes em que cada número se
repete).
Quando dois valores ocorrem com a mesma frequência, cada um deles é chamado de
uma moda, e o conjunto se diz BIMODAL.
Se mais de dois valores ocorrem com a mesma frequência máxima, cada um deles é
uma moda e o conjunto é MULTIMODAL.
Para calcular:
Por exemplo, num jogo de duplas de tênis, são conhecidas as idades dos jogadores:
Equipe A Equipe B
Veja que, nos dois casos, a média das idades é a mesma, ou seja, 25 anos.
No entanto, as idades da equipe B estão bem mais dispersas em torno da média do que
as idades da equipe A.
Padrão. Variância
Veja, por exemplo, o conjunto de dados:
2, 5, 6, 8, 14,
Desvio-Padrão
Variáveis aleatórias
discretas Definição
2.2.1:
Exemplo 2.2.1:
Suponha que, após um exame médico, pessoas sejam diagnosticadas como tendo
diabetes (D) e não tendo diabetes (N). Admita que três pessoas sejam escolhidas ao
acaso e classificadas de acordo com esse esquema.
Nosso interesse é saber quantas pessoas com diabetes foram encontradas, não
interessando a or- dem em que tenham sido selecionadas. Isto é, desejamos estudar a
variável aleatória , a qual atri- bui a cada resultado o número de pessoas com
diabetes. Consequentemente, o conjunto dos possíveis valores de é ,
ou seja, é uma variável aleatória discreta.
Definição 2.2.2:
Seja uma variável aleatória discreta. A cada possível resultado associaremos um núme-
, denominado probabilidade de . Os números ,
devem satisfazer as seguintes condições:
para todo ;
Exemplo 2.2.2:
0 KK 1/4
1 KC, CK 1/2
2 CC 1/4
Definição 2.2.4:
Exemplo 2.2.3:
Considere dois lançamentos independentes de uma moeda equilibrada. Com o espaço
Variáveis aleatórias
contínuas Definição
2.3.1:
Exemplo 2.3.2:
Neste caso, temos que a variável é uma variável continua a qual também assume
valores em no subconjunto dos números reais .
Definição 2.3.2:
Dizemos que é uma variável aleatória absolutamente contínua se existe uma fun-
ção denominada função densidade de probabilidade e abreviada
por f.d.p, que satisfaz às seguintes propriedades:
, para todo
Observação:
Exemplo 2.3.3:
É zero justamente pelo que foi dito acima, todo ponto isolado em uma variável continua
tem probabili- dade zero.
Exemplo 2.3.4:
Seja e seja uma variável aleatória tal que sua função densidade de pro-
seja definida abaixo, com sendo uma constante. Qual deve ser o valor
da constan- te ?
Como é uma função densidade de probabilidade ela deve satisfazer a condição que
Exemplo 2.3.5:
Determine o valor de c.
Para isto basta integrarmos a função f(x) em todo o seu domínio, lembrando que esta
integral deve ter valor 1. Assim
Exemplo 2.3.6:
Exemplo 2.3.7:
Suponha que o Lucro Líquido ( ) de uma empresa para o ano futuro esteja en-
tre e . Além disso, temos informações suficientes para supor que o esteja
concentrado em torno do valor médio do intervalo, isto é, em torno de Com isso, podemos modela
distribuição de via uma forma triangular, como na Figura a seguir.
Exemplo 2.3.8:
Resolução:
Então, tomamos
Teoremas Limites
A Lei dos Grandes Números informa que a sequência das médias Sn/nSn/n converge
para μμ, quan- do n→∞n→∞.
Grandes Números
A Lei Fraca dos Grandes Números é um resultado em Teoria da Probabilidade
também conhecido como Teorema de Bernoulli’s. De acordo com a lei, a média dos
resultados obtidos por um grande número de tentativas é próximo a média da
população.
E[X¯¯¯¯]=E(X1+…+Xnn)E[X¯¯¯¯]=1n(E(X1)+…
+E(Xn))E[X¯¯¯¯]=nμn=μE[X¯]=E(X1+…+Xnn)E[X¯]= 1n(E(X1)+…
+E(Xn))E[X¯]=nμn=μ
E a variância é, V(X¯¯¯¯)=V(X1+…+Xnn)V(X¯¯¯¯)=V(1n)(V(X1)+…
X ¯ ¯ ¯ ¯ =Snn=X1+…
+XnnX¯=Snn=X1+…+Xnn o
E[X¯¯ ¯ ¯ ]=μV(X¯¯ ¯ ¯
)=σ2nE[X¯]=μV(X¯)=σ2n Pela
desigualdade de Chebyshev
temos que,
limn→∞P(|X1+…+Xnn−μ|≥ϵ)≤σ2nϵ2limn→∞P(|X1+…+Xnn−μ|≥ϵ)≤σ2nϵ2
limn→∞P(|Snn−μ|
<ϵ)=1limn→∞P(|Snn−μ|<ϵ)=1
Enquanto a lei fraca assegura que para um valor grande de nn, a média Sn/nSn/n ou
X ¯ ¯ ¯ ¯ X¯ é pró- xima de μμ com alta probabilidade, a lei não informa que, uma vez
estando próxima de μμ, a sequên- cia de médias permanecerá próxima de μμ.
Grandes Números
P(limn→∞Snn=μ|)=1P(limn→
Números
Números Snn−μ→0,n→∞Snn−μ→0,n→∞
A seguir é apresentado dois exemplos dessa convergência, a partir da simulação de
valores de uma população Binomial e uma Normal.
=σ2n
Esse é um dos motivos porque a distribuição normal é utilizada em tantos testes estatísticos.
Seja,
Sn=X1+...Xn,n∈NSn=
X1+...Xn,n∈N
Por convenção temos que S0=0S0=0, uma vez que a soma é sobre um conjunto vazio.
E pela Lei dos Grandes Números, Sn→μSn→μ quando n→∞n→∞ com probabilidade 1.
Note que, se n∈Nn∈N, então pela propriedade da linearidade do valor esperado, para
v.a. indepen- dentes:
E[Sn]=nμV(Sn)=nσ2E[Sn]=nμV(Sn)=nσ2
Como pode-se notar acima não podemos esperar que SnSn tenha uma distribuição
limitante quan- do n→∞n→∞, pois a V(Sn)→∞V(Sn)→∞ bem como o E[X]→∞E[X]→∞.
Começarem
+XnS2=X1+X2
Nota-se que a forma da distribuição SnSn converge em uma
distribuição normal com E[Sn]=nμE[Sn]=nμ e V(Sn)=nσ2V(Sn)=nσ2.
V(Sn)→∞V(Sn)→∞.
De forma similar pa-
ra Sn/n=X¯¯ ¯ ¯ Sn/n=X¯ , E[X¯¯¯¯]→μE[X¯]→μ e V(X¯¯¯¯)→σ2/n→0V(X¯)→σ2/n→0.
Então para se obter uma distribuição limitante de SnSn ou Sn/n=X¯¯ ¯ ¯ Sn/n=X¯ que
não se degene- re, precisaremos considerar, não as variáveis aleatórias por si, mas as
variáveis normalizadas,
Zn=Sn−nμn−
−√σ=X¯¯¯¯−μσ/n−−√
Teorema Central do
Limite
−√∼N(0,1)Zn=X¯−μσ/n∼N(0,1) o
Note que o teorema não restringe a sua dedução à algum tipo específico de distribuição
de XX. Des- sa forma o teorema é válido para qualquer tipo de distribuição.
Abaixo segue o código que demonstra os resultados do teorema do limite central para a
distribuição da média amostral e variância amostral de amostras obtidas de diferentes
v.a.s, para as distribuições, Exponencial, Normal, Uniforme, Poisson, etc… O código foi
disponibilizado por Nicole Radziwill
Code
Gráficos e Tabelas
Os gráficos são recursos utilizados para representar um fenômeno que possa ser
mensurado, quanti- ficado ou ilustrado de forma mais ou menos lógica. Assim como os
mapas indicam uma representa- ção espacial de um determinado acontecimento ou
lugar, os gráficos apontam uma dimensão estatís- tica sobre um determinado fato.
Existe uma grande variedade de tipos de gráficos, dentre os quais podemos destacar os
de coluna, em barras, pizza, área, linha e rede.
Gráficos De Coluna
Gráficos Em Pizza
É um tipo de gráfico, também muito utilizado, indicado para expressar uma relação de
proporcionali- dade, em que todos os dados somados compõem o todo de um dado
aspecto da realidade.
Gráficos Em Linhas
Gráfico De Áreas
Gráfico Em Rede
Esse tipo de gráfico não é tão comum na disciplina geográfica, sendo mais
frequentemente utilizado para medição de termos especificamente estatísticos e até em
jogos de videogames, on-line ou do tipo RPG. Sua utilidade é comparar valores distintos
de uma mesma variável.
Gráfico em rede sobre a distribuição das atividades no meio rural em um país fictício
Além desses tipos acima apresentados, existem outras várias formas de representar
dados e infor- mações sobre a realidade. O mais importante, além de conhecer cada
tipo de gráfico, é procurar ob- servar com calma todos os dados fornecidos para uma
correta leitura das informações disponíveis.
Esse exemplo revela claramente que para cada informação que se quer comunicar há
uma lingua- gem mais adequada- aí se incluem textos, gráficos e tabelas. "Eles são
usados para facilitar a leitura do conteúdo, já que apresentam as informações de
maneira mais visual", explica Cleusa Capelossi Reis, formadora de Matemática da
Secretaria Municipal de Educação de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
De Informação Barras
Usado para comparar dados quantitativos e formado por barras de mesma largura e
comprimento variável, pois dependem do montante que representam. A barra mais longa
indica a maior quantidade e, com base nela, é possível analisar como certo dado está em
relação aos demais.
Setor
Linhas
De que assunto trata o gráfico? Quantos dados são apresentados? Como eles
aparecem? Esses são questionamentos pertinentes para fazer aos alunos. Essas
intervenções, apoiadas em exemplos, são uma forma de encaminhar a turma a notar
que há certas regularidades que permitem a interpretação independentemente do
conteúdo.
Por exemplo: num gráfico de barras verticais, é a altura que mostra a variação de
quantidade e não a largura das barras. No caso dos eixos, presentes no gráfico de
barras e no de linhas, os intervalos entre as marcações são sempre do mesmo
tamanho. Isso serve para garantir a proporcionalidade das informações apresentadas.
Simples
Usada para apresentar a relação entre uma informação e outra (como produto e
preço). É formada por duas colunas e deve ser lida horizontalmente.
De Dupla Entrada
Útil para mostrar dois ou mais tipos de dado (como altura e peso) sobre um item
(nome). Deve ser lida na vertical e na horizontal simultaneamente para que as linhas e
as colunas sejam relacionadas.
De Dupla Entrada
Pode-se mostrar que, quando a distribuição dos dados é "normal", então a melhor
medida de localiza- ção do centro é a média.
A distribuição normal é uma das mais importantes e que surge com mais frequência nas
aplicações (esse fato justifica a grande utilização da média).
A média tem uma outra característica, que torna a sua utilização vantajosa em certas
aplicações: quando o que se pretende representar é a quantidade total expressa pelos
dados, utiliza-se a média.
Hoje vamos aprender um pouco mais sobre uma parte da Estatística Descritiva, as
Medidas de Ten- dência Central ou, também conhecidas como, Medidas de Localização
ou Medidas de Posição.
Vale lembrar que este é um assunto muito cobrado no Enem e nos vestibulares, então
tenha foco e muita dedicação aí! E se você quiser se aprofundar mais, na plataforma
Professor Ferretto você en- contrará o conteúdo completo sobre as estatísticas
descritivas, com videoaulas, exercícios e ques- tões, material didático e muito mais!
Vou começar falando um pouquinho sobre o porquê essas medidas são importantes na
análise de um conjunto de valores. Vou exemplificar da seguinte forma para vocês
entenderem melhor: imaginem a turma de alunos da sua escola ou cursinho. Poderemos
ter um valor que represente a idade de todos os alunos dessa turma. Esse valor que
caracteriza as idades de todos esses alunos é uma medida de tendência central desse
conjunto. Tudo bem?!
Vou colocar mais um exemplo para deixar vocês mais seguros quanto a essa ideia.
Vamos imaginar um aluno que realiza várias provas no decorrer do bimestre. Podemos
encontrar um valor para carac- terizar a nota do aluno durante este bimestre, usando as
medidas de tendência central.
Certo pessoal?!
Então, como podemos ver, as medidas de tendência central nada mais são do que um
número cen- tral que representa o conjunto de valores. Logo abaixo, iremos ver a Média,
a Moda e a Mediana, que são as principais medidas de tendência central utilizadas.
Vamos ver qual a diferença entre elas e como calcular!
Então pessoal, a média aritmética é a medida de tendência central mais utilizada para
representar um conjunto de valores. Ela pode ser dividida em dois tipos: a média
aritmética simples e a média aritmé- tica ponderada. Vamos ver cada uma delas e
quando podemos usá-las.
Vou exemplificar melhor para vocês entenderem. Vamos analisar as idades dos alunos
de uma sala de aula. Vamos supor que os 8 meninos dessa sala possuam as seguintes
idades: 13, 16, 15, 17, 13, 16, 15 e 15 anos. Então, para calcularmos a média aritmética
desta sequência, basta somarmos as idades e dividirmos pelo total de alunos:
Agora, vamos pensar em um aluno que realiza 5 provas durante um bimestre, e obtêm
as notas 9,0; 7,0; 5,0; 8,0; e 7,0. Imaginem que, para ser aprovado, esse aluno precisa
atingir nota final maior ou igual a 7,0. Então, nós podemos determinar qual a média das
notas do aluno no final do bimestre e ver se ele foi aprovado ou não:
Vejam que a nota média do aluno, no final do bimestre, foi de 7,2, ou seja, o aluno foi aprovado.
A partir desses exemplos a gente pode perceber que a média aritmética simples pode
ser determi- nada da seguinte forma:
Até aí tudo certo né?! Mas, e se o professor resolvesse atribuir pesos diferentes para
cada prova do bimestre, ou seja, se ele decidir que cada prova realizada terá um valor
específico. Bom pessoal, é aí que devemos usar a média aritmética ponderada e não a
média aritmética simples, vamos ver o por- quê disto!
Então, a média aritmética ponderada é quando cada valor do nosso conjunto de valores
possuir um peso diferente, ou seja, um peso atribuído a esse valor. E se a gente pegar e
multiplicar cada valor pelo seu peso, somar todos os resultados dessa multiplicação e
dividir pela soma dos pesos, a gente terá, então, a média aritmética ponderada. Por
isso, se o professor atribuir um valor para cada prova, a média do aluno deve ser
calculada através da média ponderada e não da média aritmética simples. Vamos ver se
o aluno foi aprovado?
Imaginem que o professor decidiu atribuir peso 2 para as duas primeiras provas, peso
1,5 para a ter- ceira e para a quarta prova e peso 3 para a última prova do bimestre.
Vamos calcular:
Vejam que a média do aluno com os pesos ficou em 7,85, o que garante a aprovação do
aluno nesse bimestre. Agora, notem que cada valor de x é multiplicado pelo seu
respectivo peso, então, podemos dizer que a média aritmética ponderada pode ser
calculada por:
Eu acredito que a moda seja a medida de tendência central mais fácil de ser calculada.
Ela pode ser definida como o valor que ocorre com mais frequência em um conjunto de
dados. Podemos descobrir a moda apenas analisando a sequência de valores e verificar
qual é o número que mais aparece nela.
Vou usar agora o exemplo das notas do aluno para mostrar para vocês como é simples
encontrar a moda de uma sequência de números. As notas do aluno são:
9, 7, 5, 8, 7
Vejam que a nota mais frequente obtida pelo aluno é 7. Nota de aprovação!
Mas, e se um conjunto de valores apresentar mais de uma moda? Neste caso teremos
uma sequên- cia conhecida como multimodal, ela pode ser bimodal, trimodal e assim por
diante. Além disso, caso a gente tenha um conjunto de valores que não apresente moda,
podemos dizer que nós temos uma se- quência amodal.
Tu certo até aí?! Então vamos ver do que se trata a última medida de tendência central,
a mediana. Vem comigo aqui!
MEDIANA (Me)
Então, a Mediana é uma medida de tendência central que está no centro do conjunto
de valores, ou seja, metade dos elementos deste conjunto está acima do centro desse
conjunto e a outra metade está abaixo.
Primeiro, a gente deve pegar essa sequência de valores e colocar ela em ordem
crescente ou de- crescente, tanto faz.
-se a sequência apresentar número de elementos ímpar, então, a mediana será o número
que ocupar a posição central do nosso conjunto;
-se a sequência apresentar número de elementos par, então, a mediana será a média
aritmética dos dois números que estiverem no centro.
Vamos ver com um exemplo que ficará bem mais fácil de entender. Lembram do exemplo
das idades, então, vamos colocar a sequência de idades em ordem crescente:
Vejam, como temos uma sequência de números par, ou seja, de 8 elementos, os dois
termos que es- tão no centro são o 4° e o 5° elemento, que nesta sequência podemos
ver que são o 15 e 15 anos.
Então, quando nós temos uma sequência de valores par, a gente deve fazer a média
aritmética des- ses valores para encontrar a mediana:
Então, a mediana das idades dos alunos dessa classe é 15 anos. Agora, vejam como é
fácil interpre- tar a mediana. Podemos dizer que metade dos alunos possuem idade
menor ou igual a 15 anos, e na outra metade eles possuem idade maior ou igual a 15.
Fácil né?!
Vamos ver agora, qual é a mediana das notas do aluno que analisamos
anteriormente: 5, 7, 7, 8, 9
Percebam que agora a nossa sequência tem número ímpar, e nesse caso, a mediana é
o valor que está exatamente no centro, ou seja, a mediana das notas do aluno é 7.
2, 2, 3, 2, 50
Se fizermos a média, não teremos um valor que melhor descreve esse conjunto, pois o
valor 50 faz com que essa média seja alta. No entanto, repare que 4 dos 5 valores estão
entre 2 e 3. Nesse caso, a média não é uma boa medida para representar esse
conjunto. Já a moda e a mediana seriam mais representativas dos valores deste
conjunto, pois elas não são afetadas por valores muito altos ou bai- xos no conjunto. A
moda e a mediana são iguais a dois, enquanto que a média é igual a 11,8.
Certo pessoal?!
Com isso, finalizamos o nosso texto e eu espero que tenha sido bastante proveitoso
para vocês. Eu quero deixar uma dica para vocês que irão prestar o Enem e o
vestibular: pessoal, fiquem bem aten- tos às questões, pois elas costumam cobrar as
medidas de tendência central, muitas vezes, expres- sas em gráficos ou tabelas. Então,
saber os conceitos, como calcular cada uma delas e a diferença entre cada uma é
muito importante para você que vai realizar uma destas provas.
A Estatística trabalha com diversas informações que são apresentadas por meio de
gráficos e tabelas e com diversos números que representam e caracterizam um
determinado conjunto de dados. Dentre todas as informações, podemos retirar valores
que representem, de algum modo, todo o conjunto. Es- ses valores são denominados
“Medidas de Tendência Central ou Medidas de Centralidade”.
As medidas de centralidade são a Média Aritmética, a Moda
e a Mediana. Vamos mostrar a seguir o que vem a ser cada
uma delas.
Média Aritmética
Para isso basta somarmos todos os números e dividirmos pela quantidade de números,
Em outras palavras, a Média Aritmética Ponderada é uma Média Aritmética na qual você
repete os números tantas vezes quantos são seus pesos.
Moda
É a medida de tendência central que consiste no valor observado com mais frequência
em um con- junto de dados.
Por exemplo, digamos que o Palmeiras em determinado torneio de futebol fez, em dez
partidas, a se- guinte quantidade de gols:
Para essa sequência de gols marcados, a moda é de 11 gol, pois é o número que
aparece mais ve- zes.
idades, a saber: 1515 anos, 2020 anos, 3232 anos, 1313 anos, 55 anos,
Observação: Quando um conjunto de dados não apresenta moda, dizemos que esse
conjunto é amo- dal.
sucessivamente. Mediana
É a medida de tendência central que indica exatamente o valor central de um
conjunto de dados quando organizados em ordem crescente ou decrescente.
Por exemplo, vamos considerar que um aluno tirou as seguintes notas em cinco provas
de uma deter- minada matéria:
Mediana=5+72=65+72=6.
• Se a quantidade de valores do conjunto for par, é preciso tirar a Média Aritmética dos
valores cen- trais.
Um exemplo
Vamos agora ver uma situação bem cotidiana de aplicação do estudo dessas medidas.
O Professor Paulo aplicou uma prova para vinte alunos de uma de suas turmas e agora
quer analisar as medidas de tendência central dessas notas.
Média Aritmética=10120=5,0510120=5,05.
É importante observarmos que com a média aritmética cada aluno pode comparar a
sua nota em re- lação à nota da turma como um todo. De uma forma mais geral,
podemos afirmar que 1010 alunos ficaram abaixo da média e 1010 alunos ficaram
acima da média.
Deste modo, a mediana das 2020 notas é a média aritmética das 10a10a e 11a11a notas, ou seja,
Mediana=5+62=5,55+62=5,5.
Com a mediana é possível saber se a turma teve ou não um bom desempenho:
uma mediana alta é sinônimo de bom rendimento da turma; mas se a mesma for baixa,
é sinônimo de um baixo rendimento da turma.
• Já em relação à Moda, esse conjunto de dados possui Moda 66, pois essa é a
nota que mais ocorre: cinco vezes.
Méd
ia
Arit
mét
ica
Co
mp
artil
har
Em
ail
A Média Aritmética de um conjunto de dados é obtida somando todos os valores e
dividindo o valor encontrado pelo número de dados desse conjunto.
Pode ser simples, onde todos os valores possuem a mesma importância, ou ponderada,
quando con- sidera pesos diferentes aos dados.
Esse tipo de média funciona de forma mais adequada quando os valores são
relativamente unifor- mes.
Por ser sensível aos dados, nem sempre fornece os resultados mais
importância (peso).
Fórmula
Onde,
Exemplo:
Sabendo que as notas de um aluno foram: 8,2; 7,8; 10,0; 9,5; 6,7, qual a média que ele
obteve no curso?
Onde,
Mp: Média
aritmética
ponderada p1,
p2,..., pn: pesos
x1, x2,...,xn:
valores dos
dados Exemplo:
Considerando as notas e os respectivos pesos de cada uma delas, indique qual a média
que o aluno obteve no curso.
Exemplo:
pr
7,
pr
9,
4ª prova = 8,0
Para encontrar a média aritmética simples, somamos as notas e dividimos por 4, que é
o número de provas realizadas:
Portanto, a média das notas de
Ma = (3+12+23+15+2) / 5
Ma = 55 / 5
Ma = 11
Exemplos:
1º) Calcule a média anual de Carlos na disciplina de Matemática com base nas
seguintes notas bi- mestrais:
1ºB = 6,0
2ºB = 9,0
3ºB = 7,0
4ºB = 5,0
Ma = (6,0 + 9,0 +
7,0 + 5,0) / 4 Ma
= 27/4
Ma = 6,75
foi 6,75.
2º) O dólar é considerado uma moeda de troca internacional, por isso, o seu valor diário
possui varia- ções. Acompanhando a variação de preços do dólar em reais durante uma
semana, foram verificadas estas variações:
Determine o valor médio do preço do dólar
+ 2) / 5
Ma = 11,2 / 5
Ma = 2,24
3º) Em uma empresa existem cinco faixas salariais divididas de acordo com a tabela a seguir:
da empresa. Ma = (1500 +
Ma = 1000
A média aritmética ponderada p de um conjunto de números x1, x2, x3, ..., xn cuja
importância rela- tiva ("peso") é respectivamente p1, p2, p3, ..., pn é calculada da
seguinte maneira:
p =
Ou seja, somamos os produtos dos valores pelos seus pesos e dividimos o resultado
pela soma dos pesos.
Exemplo:
Alcebíades participou de um
concurso, onde foram realizadas provas de Português, Matemática, Bio- logia e História.
Essas provas tinham peso 3, 3, 2 e 2, respectivamente. Sabendo que Alcebíades ti- rou
8,0 em Português, 7,5 em Matemática, 5,0 em Biologia e 4,0 em História, qual foi a
média que ele obteve?
p =
Portanto, a média de
média ponderada?
A média ponderada é uma das medidas estatísticas que representam grandes listas de
informações por um único número.
Suponha que os brasileiros consomem, em média, 42 quilos de arroz por ano. Isso não
quer dizer que o consumo de cada é de exatos 42 kg de arroz, mas que alguns
consomem mais que isso e ou- tros menos, de modo que os produtores precisam dar
conta de 42 quilos de arroz para cada brasileiro todos os anos. Assim sendo, o número
que realmente interessa para a produção é o médio.
• Multiplique as informações cuja média precisa ser calculada por seus respectivos pesos;
Matematicamente, é possível representar cada peso por P 1, P2… e cada informação por
N1, N2… As- sim, teremos a média ponderada M por meio da seguinte expressão:
M = P1 N 1 +
P2N2 + … +
PiNi P1 + P2 +
… + Pi
Exemplos
1º Exemplo – Um professor conseguiu fazer com que suas provas mais importantes
fossem as últi- mas ao atribuir pesos diferentes para cada uma. A primeira prova teve
peso 1; a segunda, peso 3; e a
terceira, peso 5. Um dos alunos conseguiu as seguintes notas: 7,0 na primeira prova; 6,0
na segunda e 4,0 na terceira. Esse aluno conseguirá alcançar a média final 6,0 exigida
pela escola?
publicidade ;) Solução:
Para resolver esse problema, podemos usar a fórmula da média ponderada até o “índice 3”.
M = P1 N 1
+ P2N2 +
P3N3 P1 +
P2 + P3
M=
1·7 +
3·6 +
5·4 1
+3+
5
M = 7 + 18 + 20
9
M = 45
9
M=5
Solução:
M = 160·23 +
200·13,90 + 40·15,5
160 + 200 + 40
M = 6780
400
M = 16,95
Média, moda e mediana são medidas que representam informações de uma lista de dados
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Média, moda e mediana são medidas obtidas de conjuntosde dados que podem ser
usadas para re- presentar todo o conjunto. A tendência dessas medidas é resultar em
uma valor central. Por essa ra- zão, elas são chamadas de medidas de centralidade.
Moda
Em uma escola de música, as turmas são formadas por apenas 8 alunos. Na turma “A”,
estão matri- culados Mateus, Mateus, Rodrigo, Carolina, Ana, Ana, Ana e Teresa.
Observe que há dois meninos chamados de Mateus e três meninas chamadas de Ana.
O nome que mais se repete é Ana e, por isso, é a moda desse conjunto de dados.
Agora um exemplo com números: em uma escola de música, os oito alunos da turma “A”
possuem as seguintes idades: 12 anos, 13 anos, 13 anos, 12 anos, 11 anos, 10 anos, 14
anos e 11 anos.
Também podem existir conjuntos bimodais, isto é, com duas modas; amodais, com
nenhuma moda etc.
Para encontrar a mediana das idades dos professores, devemos organizar a lista de
idades em or- dem crescente:
Observe que o número 32 é o quinto. À sua direita, existem outras 4 idades, assim como
à esquerda. Logo, 32 é a mediana da lista das idades dos professores.
M
a
a
1
a
2
M
a
=
a
1
a
2
Ma = 44 + 45
2
Ma = 89
2
4,
os
di
a
Média (M), mais precisamente chamada de média aritmética simples, é o resultado da
soma de todas as informações de um conjunto de dados dividida pelo número de
informações que foram somadas. A média aritmética simples entre 14, 15 e 25, por
exemplo, é a seguinte:
M = 14 + 15 + 25
3
Como há três dados na lista, dividimos a soma desses dados pelo número 3. O
resultado é: M = 54
3
M = 18
A média é a medida de centralidade mais usada por ser a que mescla de maneira mais
uniforme os valores mais baixos e os mais altos de uma lista. No conjunto anterior, por
exemplo, a medianaé igual a 44,5, mesmo com tantas idades próximas de 20 anos.
Observe a média aritmética simples desse mesmo conjunto:
M = 18 + 19 + 19 + 22 + 44 + 45 + 46 + 46 + 47 + 48
10
M=
35,4
anos
Média
ponde
rada
A média ponderada (Mp) é uma extensão da média simples e considera pesos para as
informações do conjunto de dados. É feita por meio da soma do produto de uma
informação pelo seu respectivo peso e, em seguida, a divisão desse resultado pela
soma de todos os pesosusados.
Considere como exemplo os dados na tabela a seguir, que contém uma lista com as
idades dos alu- nos do sexto ano da escola A. Vamos calcular a média das idades.
Mp = 4·10 + 15·11
+ 10·12 + 1·13 4 +
15 + 10 + 1
Mp = 40 + 165 + 120 + 13
30
Mp = 338
30
Mp =
11,26
anos.
Média,
Moda e
Mediana
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estatísticas. Média
Média é a soma dos valores dos dados de um conjunto dividido pelo número de dados
(elementos) constante nesse conjunto.
Como Calcular?
A fórmula é: {n + n
+ n + n + n} / 5
Exemplo:
{32, 27, 15, 44, 15}
Importa referir que a média é uma medida sensível aos dados. Por esse motivo, nem
sempre funci- ona adequadamente.
Adequa-se mais nas situações em que os dados são distribuídos mais ou menos de
forma uniforme, ou seja, valores sem grandes discrepâncias.
Moda
Como Calcular?
Não há fórmula para calcular a moda. Para tanto, basta observar a frequência com que
os valores aparecem.
Exemplo:
É chamada bimodal quando há mais do que uma medida com maior frequência:
Median
Mediana (Md) é o valor que medeia os valores presentes num conjunto ordenado
Exemplo:
Exemplo:
Classes Freqüência 10 |-- 2030 20 |-- 3050 30 |-- 4070 40 |-- 5060 50 |-- 6010 Total 220
• Moda de King
O cálculo da moda leva em conta a influência das classes adjacentes à classe modal,
"deslocando" a moda em direção a aquelas. A fórmula para cálculo da moda de King é:
Classes Freqüência 10 |-- 2030 20 |-- 3050 30 |-- 4070 40 |-- 5060 50 |-- 6010 Total 220 f clMo
O valor da moda foi deslocado para cima porque a freqüência da classe imediatamente
posterior à modal é maior do que a da classe imediatamente anterior.
f clMo
A classe modal é a terceira: 30 |-- 40. O ponto médio desta classe é a média entre 30 e
40. Portanto a moda bruta desta tabela vale 35.
A classe modal é a terceira: 30 |-- 40. O limite inferior desta classe vale 30 (li = 30). A
amplitude das classes vale 10 (c = 10). A freqüência da classe imediatamente posterior
é 60 (fpost = 60), e da classe imediatamente anterior é 50 (fant = 50). Substituindo os
valores na fórmula vamos obter:
Classes Freqüência 10 |-- 2030 20 |-- 3050 30 |-- 4070 40 |-- 5060 50 |-- 6010 Total 220 f clMo
Observe que os três valores de moda são diferentes! Qual deles escolher? A moda
absoluta baseiase no ponto médio, que pode ou não ser um bom representante da
classe. A moda de King não leva em conta a freqüência da própria classe modal, o que
ocorre na de Czuber. Mas estes três procedimen- tos são aproximações, a moda real
seria obtida a partir dos dados brutos.
Moda para dados agrupados em classe Para determinar a moda de uma série de dados
agrupados em classes, podemos optar por vários processos. Daremos destaque para a
moda de Pearson, a moda de King e a moda de Czuber.
• . Moda de Pearson
A moda de uma variável contínua pode ser obtida através do valor da média e
da mediana. 32MoM d x=− Exemplo:
Reais if 1.0,0 8
lt
if
n Fant
Note que a moda está situada na terceira classe que é a classe de maior freqüência da
série. Esta é chamada de classe modal.
• . Moda de King
i i f postMol h
Onde:
• . Moda de Czuber
i i f mo f antMol h
Onde: il = limite inferior da classe modal ifmo = freqüência simples da classe modal.
ifant = freqüência simples da classe anterior à classe modal.
ifpost = freqüência simples da classe posterior à classe modal. h = amplitude do intervalo de classe.
Estatura (cm) if
f postMo l h
f postMo l h
f postMo l h
n Fant
i i f mo f antMo l h
Nota: Na maioria das situações, não necessitamos calcular as três medidas de tendência
central. Normalmente precisamos de apenas uma das medidas para caracterizar o
centro da série. Surge en- tão a questão: qual medida deve ser usada? A medida ideal
em cada caso é aquela que melhor re- presenta a maioria dos dados da série. Quando
todos os dados de uma série estatística são iguais, a média, a mediana e a moda
coincidirão com este valor e, portanto, qualquer uma delas representará bem a série. No
entanto, este caso dificilmente ocorrerá na prática.
Na maioria das vezes, teremos valores diferenciados para a série e conseqüentemente a
medida irá representar bem, apenas os dados da série que se situam próximos a este
valor. Os dados muito afastados em relação ao valor da média não serão bem
representados por ela. Dessa forma, se uma série apresenta forte concentração de
dados em sua área central, a média, a mediana e a moda fi- cam também situadas em
sua área central representando bem a série, como na figura abaixo.
Como a mais conhecida é a média, optamos por esta medida de tendência central.
Concluindo, deve- mos optar pela média, quando houver forte concentração de dados na
área central da série.
Se uma série apresenta forte concentração de dados em seu início (assimetria positiva),
a mediana e a moda estarão posicionadas mais no início da série, representando bem
esta concentração. A média que é fortemente afetada por alguns valores posicionados
no final da série se deslocará para a direita desta concentração, não a representando
bem. Como a mais conhecida entre mediana e moda é a mediana, esta será a medida
indicada neste caso. A mesma situação ocorre se a série apresenta forte concentração
de dados em seu final (assimetria negativa). Concluindo, devemos optar pela me- diana,
quando houver forte concentração de dados no início ou no final da série.
A moda deve ser a opção como medida de tendência central apenas em séries que
apresentam um elemento típico, isto é, um valor cuja freqüência é muito superior à
freqüência dos outros elementos da série.
Medidas de Dispersão
A estatística é uma ciência que usa a análise dos dados para testar as hipóteses
estatísticas, verificar a força da evidência clínica e, assim, se existem associações entre
grupos ou a veracidade de fenô- menos de interesse.
A análise estatística, presente nas pesquisas científicas e relatada nos artigos originais,
permite ao leitor, aos pacientes e aos gestores de saúde interpretar a informação
advinda dos dados coletados durante a execução de uma pesquisa e assim usá-la em
prol da sociedade. A preocupação de relatar adequadamente os resultados de pesquisas
biomédicas está presente na literatura mundial desde décadas passadas.
A frequência do uso adequado dos testes estatísticos pode ser vista em diversas áreas
médicas, como oncologia, radiologia, cirurgia e anestesiologia. As consequências
podem ser sérias se a aná- lise do conteúdo científico for inadequada, como resultados
falsos com suposições não justificadas e conclusões sem respaldo biológico.
Apesar da existência de tais orientações, os erros nos relatos de pesquisas que usam a
estatística ainda continuam a existir e se devem tanto ao uso da estatística básica como
da estatística avan- çada, porém a maior frequência ocorre com o uso da estatística
básica, ao contrário do que se pode acreditar.
Método
Foi executada uma pesquisa bibliográfica e transversal por meio de publicações de livros
e artigos científicos obtidos em meios eletrônicos nas seguintes bases de dados: SciELO
(Scientific Electronic Library Online) e PubMed (National Center for Biotechnology
Information). Foram usados os seguin- tes descritores: bioestatística, anestesia e
tamanho da amostra. Os mesh terms usados foram: biosta- tistics, anesthesia e sample
size.
Revisão de Literatura
O uso de dados brutos em artigos científicos, ou seja, dados da forma como foram
coletados na pes- quisa, não é comum e pode prejudicar a sua interpretação e tornar a
leitura desinteressante.
A estatística descritiva é usada para a descrição de dados por meio do uso de números
ou medidas estatísticas que possam melhor representar todos os dados coletados
durante a execução de uma pesquisa. É considerada um passo inicial para a escolha
adequada e o uso dos testes estatísticos de hipóteses. É essencial conhecer qual
estatística é mais apropriada para os mais diferentes níveis de mensuração. As mais
usadas em artigos publicados na área de saúde podem ser vistas na tabela 1.
A segunda usa um valor que revela como os dados variam em torno desse valor que é
mais típico. As principais medidas de tendência central são: a média, a moda e a
mediana. As principais medidas de dispersão são a variância, o desvio padrão e a
amplitude interquartílica.
A mediana difere da média porque é a posição cujo valor numérico situa-se na metade
da distribuição dos demais valores quando organizados em ordem crescente. Se
tomarmos valores aleatórios 88, 89, 90, 91 e 92, teremos como média 90.
A moda é o valor que ocorre mais frequentemente e não providencia uma indicação de
todos os valo- res coletados numa pesquisa, mas sim daquele que mais se repetiu. Se
tomarmos valores aleatórios 88, 88, 90, 91 e 92, teremos como moda 88.
Para saber onde está a posição da mediana, basta dividir o valor total de casos por 2.
Uma forma simples para saber qual é o valor numérico é: ordenar os valores om
ordem crescente, eliminar gra- dativamente os valores extremos e no fim identificar o
valor que ficou no centro. Esse valor será a mediana.
Em alguns casos todos os valores das extremidades são eliminados e não resta valor
central. Quando isso ocorrer, deve-se fazer a média dos dois últimos valores e assim
calcular o valor cen- tral. A mediana não é influenciada pelos valores discrepantes e
deve ser preferida quando eles esti- verem presentes. Se tomarmos valores aleatórios
85, 89, 90, 91 e 97, teremos como mediana 90.
Os valores podem ser próximos ou distantes da média e essa distância do valor até a
média é conhe- cida como discrepância. A soma de todas as discrepâncias pode ser
igual a zero, então para poder usar essas discrepâncias é recomendável quadrar cada
valor da discrepância antes de usá-lo mate- maticamente. A média desses valores
quadrados é conhecida como variância. A unidade de medida da variável analisada
também fica quadrada, por isso em alguns casos é difícil compreender seu sig- nificado.
O desvio padrão é uma das medidas estatísticas mais comumente usadas para
demonstrar a variabi- lidade dos dados. É uma medida que estima o grau em que o valor
de determinada variável se desvia da média. Matematicamente a raiz quadrada da
variância é o desvio padrão. A unidade de medida da variável permanece na sua forma
original.
A amplitude total é a distância entre os valores mais alto e mais baixo. É calculada pela
subtração en- tre o maior e o menor valor de um conjunto de dados. A medida não
informa se os valores estão dis- tribuídos equitativamente, se há grupos de valores
próximos uns dos outros ou se há ausências de grupos de valores entre os dados
coletados.
A média e o desvio padrão são mais bem empregados quando os dados têm
distribuição normal ou simétrica, assim como a mediana e a amplitude interquartílica
para dados com distribuição assimé- trica. Uma das formas de identificar se ocorre
simetria na distribuição dos dados é criar o gráfico do
A distribuição dos dados também pode ser verificada de forma estatística pela
comparação entre a curva formada pela distribuição dos dados coletados em uma
pesquisa e a curva normal. Os aplicati- vos de computador podem executar o cálculo
como BioEstat version5.0, STATA, EpiInfo e outros.
O erro tipo I refere-se a um resultado falso positivo, ou seja, rejeitar a hipótese nula
quando na ver- dade essa é verdadeira. O erro tipo II refere-se a um resultado falso
negativo, ou seja, aceitar a hipó- tese nula quando na verdade essa é falsa. A
probabilidade de ocorrer o erro tipo I é conhecida como nível de significância ou alfa.
A estatística desse teste pode ser obtida de acordo com os seguintes passos: calcular as
médias amostrais e os respectivos desvios padrões, encontrar a diferença entre as duas
médias amostrais, calcular o erro padrão e dividir o valor da diferença entre as médias
pelo valor do erro padrão. Uma vez encontrado o valor de t deve-se consultar uma tabela
de valores críticos da estatística t de acordo com os graus de liberdade adequados a cada
caso.
O uso desse teste requer algumas condições: a amostra deve ter distribuição simétrica,
amostras de- vem ser escolhidas de forma aleatória e a homocedasticidade deve ser
avaliada. A variância repre- senta a dispersão dos dados que serão analisados. A
homocedasticidade representa a homogenei- dade das variâncias e é um pressuposto
que deve ser observado para a execução do teste.
A estatística do teste do qui-quadrado para duas amostras pode ser obtida de acordo
com os seguin- tes passos: calcular as proporções amostrais, encontrar a diferença
entre essas duas proporções, calcular a proporção amostral geral que será usada no
cálculo do erro padrão, calcular o erro padrão e dividir o valor da diferença entre as
proporções pelo valor do erro padrão. A hipótese nula pode ser rejeitada se o valor de p
for menor do que o nível de significância adotado na pesquisa ou se o valor encontrado
for maior ou igual a um valor tabelado tal qual ocorre com o teste t.
O uso dos testes estatísticos não paramétricos tem aumentado com o passar dos anos. 2
Uma pes- quisa que analisou publicações na área de cirurgia observou que em Archives
of Surgery houve um aumento de 0% em 1985 para 33% em 2003 e em Annals of
Surgery de 12% em 1985 para 49% em 2003.2 Os métodos não paramétricos são
aplicados para dados que tenham distribuição assimétrica ou provenientes de escalas
ordinais e nominais.
Os mais comuns e suas indicações são: qui-quadrado e teste exato de Fisher para
proporções ou fre- quências; testes U de Mann-Whitney, Wilcoxon, Kruskal-Wallis e
Friedman para dados ordinais; e Kruskal-Wallis e Friedman para comparações
intergrupos. Os dados de amostras com pequeno nú- mero total de participantes podem
ser mais bem avaliados com testes não paramétricos.
Anova Comparar média de mais de dois grupos cujos dados apresentaram dis-
tribuição normal
Amostras independentes
Amostras independentes
Amostras independentes
Amostras relacionadas
Amostras independentes
Amostras independentes
A estatística é usada para comparações entre grupos e fazer predições para populações
a partir de dados provenientes de amostras, uma vez que geralmente não é viável fazer
análise de dados de to- dos os membros de uma população.
for muito grande ocorrerá desperdício de recursos e animais caso se trate de uma
pesquisa experi- mental.
Erros Comuns Em Anestesia
O uso adequado da estatística básica permite que o clínico possa sentir mais confiança
nos resulta- dos das pesquisas e assim implantar novas intervenções ou fármacos na
prática clínica.
A compreensão acerca do uso adequado da estatística básica propicia menores erros nos
relatos dos resultados de estudos executados e na interpretação das suas conclusões.
Razão e Proporção
Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões, ou ainda, quando duas
razões pos- suem o mesmo resultado.
Note que a razão está relacionada com a operação da divisão. Vale lembrar que duas
grandezas são proporcionais quando formam uma proporção.
Atenção!
Para você encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de medida terão de ser
as mesmas. Exemplos
A partir das grandezas A e B temos:
Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também
chamada de razão centesimal.
Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é chamado de
antecedente (A), en- quanto o de baixo é chamado de consequente (B).
Exemplo 2
Assim, quando temos três valores conhecidos, podemos descobrir o quarto, também
chamado de “quarta proporcional”.
Nos problemas onde a resolução é feita através da regra de três, utilizamos o cálculo da
proporção para encontrar o valor procurado.
Propriedades da Proporção
Logo:
A·D = B·C
é equivalente
Logo,
D. A = C . B
O que é razão?
A razão é a forma mais comum e prática de se fazer a comparação relativa entre duas
grandezas. Para isto, é necessário que ambas estejam na mesma unidade de medida.
Por exemplo: só podere- mos obter a razão entre o comprimento de duas ruas, se as
duas estiverem em quilômetros, mas não poderemos obtê-la caso uma esteja em metros
e a outra em quilômetros, ou qualquer outra unidade de medida diferente. Neste caso, é
preciso escolher uma unidade de medida e converter uma das grandezas para a
escolhida.
Para obtermos a razão entre dois números a e b, por exemplo, dividimos a por b. Vale
ressaltar que b deve ser diferente de zero. Ou seja, chamamos de razão entre a e b o
quociente a/b=k. (Lê-se “a está para b”).
1200/3000 = 2/5. Ou seja, isto significa que a área construída representa 2/5 = 0,4
Uma proporção também pode ser escrita como a igualdade entre os produtos, da seguinte maneira:
A.D = B.C. Esta é a propriedade fundamental da proporção, em que o produto dos
meios é igual ao produto dos extremos.
Exemplo: Na sala A de uma determinada escola, temos 3 meninas para cada 4 meninos,
ou seja, te- mos a razão de 3 para 4, cuja divisão é igual a 0,75.
Na sala B da mesma escola, temos 6 meninas para cada 8 meninos, ou seja, a razão é
de 6 para 8, que é igual a 0,75. Ambas as razões são iguais a 0,75 e, por isso, são
chamadas de proporção.
Usamos razão para fazer comparação entre duas grandezas. Assim, quando dividimos
uma grandeza pela outra estamos comparando a primeira com a segunda.
Exemplo:
mas
que são todas razões equivalentes. Primeiro, dividimos por 2, o menor número possível
(com exce- ção do 0 e 1), o numerador e o denominador, e depois dividimos por 3 o
resultado da divisão anterior, que era o mínimo possível que podíamos dividir tanto o
numerador quanto o denominador.
Assim, podemos dizer que a:b = 3:2 ou
Proporção
São iguais é o mesmo que dizer que elas formam uma proporção.
Esta teoria será discutida por meio da resolução dos exercícios a seguir apresentados
de Razão e Proporção, e de aulas gratuitas dos professores do Curso Enem Gratuito. No
final, tem um simulado para você testar seu nível.
Apenas como recurso didático, utilizam-se duas flechas de mesmo sentido para
identificar que as grandezas são diretamente proporcionais. É um fundamento para você
praticar bem Razão e Propor- ção. No exemplo deste exercício temos duas grandezas (
utilizar as flechas:
Assim, com esta representação que utiliza as flexas para
‘montar o problema’, fica mais fácil também para trabalhar o cérebro e seguir adiante.
Quantos dias seriam necessários para a construção deste mesmo muro, se fossem
utilizados 12 ope- rários?
Dica de resolução > Outra forma é usar o recurso didático das flechas, como indicado
acima. Se são inversamente proporcionais, as flechas são colocadas em sentido
contrário.
a outra.
Agora vamos mudar de patamar um pouco, e aprender (ou revisar) Regra de Três
Composta. Uma regra de três é considerada composta quando envolver três ou mais
grandezas para que se estabele- çam entre elas a Razão e a Proporção.
Exemplo 01 – Uma casa é construída por 40 operários trabalhando 9 horas por dia
durante 6 dias. Em quantos dias 24 operários poderiam construir a mesma casa,
trabalhando 5 horas por dia?
Inicia-se colocando uma flecha para baixo na grandeza que possui a incógnita (dias) e a
seguir com- para-se com as outras duas. Operários e dias são grandezas inversamente
proporcionais e horas por dia e dias também são inversamente proporcionais.
Para finalizar esse dispositivo prático, iguala-se a fração que contém a incógnita ao
produto das de- mais, respeitando o sentido das flechas.
Confira agora um resumo com o professor Vinny, do Curso Enem Gratuito, com mais
exemplos de resolução de problemas de Regra de Três.
Pode-se verificar outro uso quando farmacêuticos ministram medicamentos, eles devem
ter muita atenção às proporções dos fármacos.
Razão
A etimologia latina de razão, ratio, não possui ralação com a ideia de faculdade que
permite a distin- guir a relação entre as coisas da realidade ou juízo, mas sim a ideia de
quociente, divisão, a noção que a matemática assimilou. Por isso, razão é o quociente
entre dois números A e B, com B ≠ 0. As- sim, a razão entre os números A e B pode ser
dita “razão de A para B” e representada como:
Exemplo:
Se uma bicicleta possui 54 dentes em uma coroa dianteira e 27 dentes na coroa traseira,
a razão da marcha da bicicleta será 54 : 27 ou 2 : 1. Isso significa que a roda traseira
gira duas vezes cada vez que o pedal gira uma vez. Então, se a razão for de 54 : 11, por
exemplo, a roda traseira vai girar apro- ximadamente cinco vezes para cada vez que o
pedal girar.
Proporção
Uma proporção também pode ser expressa como a igualdade entre os produtos (A . D)
e (B . C), da seguinte forma: A.D = B.C.
Quarta Proporcional
Proporção Contínua
É aquela que tem os termos meios iguais: A.D = B.C, com B = C. O valor comum dos
meios é cha- mado média proporcional (ou média geométrica) dos extremos, pois, por
exemplo:
É um tipo de proporção que envolve duas grandezas e quando uma delas é aumentada a
outra tam- bém aumenta na mesma proporção ou diminuindo uma delas a outra
também diminui na mesma pro- porção. Sendo duas grandezas A e B diretamente
proporcionais, então, a relação estabelecida entre elas é: A/B = K ou A = B.K.
É o tipo de proporção que envolve duas grandezas e quando uma delas aumenta a outra
diminui na mesma proporção ou diminuindo uma delas a outra aumenta na mesma
proporção. Sendo duas gran- dezas A e B inversamente proporcionais, então, a relação
estabelecida entre elas é: A.B = K ou A = K/B.
Ao longo dos tempos constatou-se que o problema econômico dos governos; das
instituições; das organizações e dos indivíduos, decorria da escassez de produtos e/ou
serviços, pelo fato de que as necessidades das pessoas eram satisfeitas por bens e
serviços
Com o passar dos tempos essa técnica foi sendo melhorada e aperfeiçoada conforme as
neces- sidades de produção e tão quanto à necessidade mercantis que aflorava cada
vez mais tornando os produtores mais competitivos quanto ao aumento de oferta de
suas produções.
Capital
Juros
Deve ser entendido como Juros, a remuneração de um capital (P), aplicado a uma
certa taxa (i), du- rante um determinado período (n), ou seja, é o dinheiro pago pelo
uso de dinheiro emprestado.
Portanto, Juros (J) = preço do crédito.
Quando a taxa de juros incide no decorrer do tempo, sempre sobre o capital inicial,
dizemos que te- mos um sistema de capitalização simples (Juros simples).
Quando a taxa de juros incide sobre o capital atualizado com os juros do período
(montante), dizemos que temos um sistema de capitalização composta (Juros
compostos).
Juros Simples
O regime de juros simples é aquele no qual os juros incidem sempre sobre o capital
inicial. Este sistema não é utilizado na prática nas operações comerciais, mas, a análise
desse tema, como intro- dução à Matemática Financeira, é de uma certa forma,
importante.
Considere o capital inicial P aplicado a juros simples de taxa i por período, durante n
períodos.
Lembrando que os juros simples incidem sempre sobre o capital inicial, podemos
escrever a seguinte fórmula, facilmente demonstrável:
J = juros produzidos depois de n períodos, do capital P aplicado a uma taxa de juros por
período igual a i.
No final de n períodos, é claro que o capital será igual ao capital inicial adicionado aos
juros produzidos no período. O capital inicial adicionado aos juros do período é
denominado MONTANTE (M). Logo, teríamos:
Exemplo:
Solução:
Temos: P = 3000,
i = 5% = 5/100 = 0,05 e
n = 5 anos = 5 x 12 = 60 meses.
A fórmula J = Pin, onde P e i são conhecidos, nos leva a concluir pela linearidade da
função juros simples, senão vejamos:
Façamos P.i = k.
Ora, J = k.n é uma função linear, cujo gráfico é uma semi-reta passando pela origem.
(Porque usei o termo semi-reta ao invés de reta?). Portanto, J/n = k, o que significa que
os juros simples J e o número de períodos n são grandezas diretamente proporcionais.
Daí infere-se que o crescimento dos juros simples obedece a uma função linear, cujo
crescimento depende do produto P.i = k, que é o coeficiente angular da semi-reta J =
kn.
É comum nas operações de curto prazo onde predominam as aplicações com taxas
referenciadas em juros simples, ter-se o prazo definido em número de dias. Nestes casos
o número de dias pode ser calculado de duas maneiras:
• Pelo tempo exato , pois o juro apurado desta maneira denomina-se juro exato, que é
aquele que é obtido quando o período (n) está expresso em dias e quando o período é
adotada a conversão de ano civil (365 dias)
• Pelo ano comercial, pois o juro apurado desta maneira denomina-se juro comercial
que é aquele calculado quando se adota como base o ano comercial (360 dias)
Resposta: R$ (?)
Vimos anteriormente, que se o capital (P) for aplicado por (n) períodos, a uma taxa de
juros simples (i), ao final dos n períodos, teremos que os juros produzidos serão iguais
a J = Pin e que o montante (capital inicial adicionado aos juros do período) será igual a
M = P(1 + in).
O segredo para o bom uso destas fórmulas é lembrar sempre que a taxa de juros i e o
período n têm de ser referidos à mesma unidade de tempo.
Assim, por exemplo, se num problema, a taxa de juros for i =12% ao ano = 12/100 =
0,12 e o período n = 36 meses, antes de usar as fórmulas deveremos colocá-las
referidas à mesma unidade de tempo, ou seja:
Exemplos:
Solução 01:
Temos que expressar i e nem relação à mesma unidade
(dois meses):
i = 10% a.b. = 10/100 = 0,10
meses. Teríamos:
36.000,00
• – Um certo capital é aplicado em regime de juros simples, a uma taxa mensal de
5%. Depois de quanto tempo este capital estará duplicado?
Solução 01:
Um certo capital é aplicado em regime de juros simples, a uma taxa anual de 10%.
Depois de quanto tempo este capital estará triplicado?
Juros Compostos
O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos, devido aos juros, segundo
duas modali- dades, a saber:
O regime de juros compostos considera que os juros formados em cada período são
acrescidos ao capital formando um montante, capital mais juros, do período. Este
montante, por sua vez, passará a render juros no período seguinte formando um novo
montante e assim sucessivamente.Pode-se dizer então, que cada montante formado é
constituído do capital inicial, juros acumulados e dos juros sobre juros formados em
períodos anteriores.
Suponha que R$ 1.000,00 são empregados a uma taxa de 20% a.a.,por um período de 4
anos a juros simples e compostos Teremos:
Observe que o crescimento do principal segundo juros simples é LINEAR enquanto que
o crescimen- to segundo juros compostos é EXPONENCIAL, portanto tem um
crescimento muito mais "rápido".
Exemplo 2:
Um empresário faz uma aplicação de R$ 1.000,00 a taxa composta de 10% ao mês por
um prazo de dois meses.
1º Mês:
2º Mês:
O montante do mês anterior (R$ 1.100,00) é o capital deste 2º mês servindo de base
para o cálculo dos juros deste período. Assim:
M = 1.100,00 x (1 + 0,10) M = 1.210,00
Tomando-se como base a fórmula dos juros simples o montante do 2º mês pode ser
assim decom- posto:
M = C x (1 + i ) x (1 + i ) M = 1.000,00 x (1 + 0,10
1.210,00
Exemplo 3:
A loja São João financia a venda de uma mercadoria no valor de R$ 16.00,00, sem
entrada, pelo prazo de 8 meses a uma taxa de 1,422. Qual o valor do montante pago
pelo cliente.
n 8
M = C x (1 + i) M = 16.000,00 x (1 + 1,422) M = 22.753,61
Considere o capital inicial (P) R$ 1.000,00 aplicado a uma taxa mensal de juros
compostos (i) de 10% (i = 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (principal + juros),
mês a mês:
Dando continuidade ao raciocínio dos juros compostos, a evolução dos juros que incide
a um capital para cada um dos meses subseqüentes Após o nº (enésimo) mês o
montante acumulado ao final do período atingiria :
n
S = 1000 (1 + 0,1)
De uma forma genérica, teremos para um principal P, aplicado a uma taxa de juros
compostos i du- rante o período n :
Ou
Onde:
S / M = montante;
P / C = principal ou capital inicial ; i = taxa de juros e
Taxa Nominal e
nominal
A taxa nominal de juros relativa a uma operação financeira, pode ser calculada pela expressão:
Um aspecto interessante sobre as taxas reais de juros é que, elas podem ser inclusive, negativas!
Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros nominal e real. Para isto, vamos
supor que um determinado capital P é aplicado por um período de tempo unitário, a
uma certa taxa nominal in .
O montante S1 ao final do período será dado por S 1 = P(1 + in).Consideremos agora que
durante o mesmo período, a taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O
capital corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2 = P (1 + j).
A taxa real de juros, indicada por r, será aquela que aplicada ao montante S 2, produzirá
o montante S1. Poderemos então escrever:
S1 = S2 (1 + r)
Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um banco empresta $120.000,00 para
ser pago em um ano com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do
empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal e real deste empréstimo.
Portanto in = 25%
1,25 = (1 + r).1,10
1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, teríamos para a taxa real de juros: (1 + 0,25) =
(1
+ r).(1 + 0,30)
1,25 = (1 + r).1,30
1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto teríamos uma taxa real de juros negativa!
Deve ser acrescentado ao estudo dos juros compostos que o capital é também
chamado de valor presente (PV) e que este não se refere necessariamente ao momento
zero. Em verdade, o valor presente pode ser apurado em qualquer data anterior ao
montante também chamado de valor futuro (FV).
As fórmulas do valor presente (PV) e do valor futuro (FV) são iguais já vistas
anteriormente, basta trocarmos seus correspondentes nas referidas fórmulas, assim
temos:
ou
Exemplos Práticos:
Solução:
PV = R$ 12.000,00
n = 8 meses
i = 3,5 % a . m. FV = ?
FV= PV (1 + i) n FV= 12.000,00 (1+0,035)8
Se uma pessoa deseja obter R$ 27.500,00 dentro de um ano, quanto deverá ela
depositar hoje numa poupança que rende 1.7% de juros compostos ao mês?
Solução:
FV = R$ 27.500,00
= 1.7% a . m. PV = ?
PV = FV.
PV = 27.500,00.
PV = 27.500,00 (1 + i) n(1 + 0,017) 12 1,224
PV = 22.463,70
Resposta: R$ (?)
Resposta: R$ (?)
Determinado capital aplicado a juros compostos durante 12 meses, rende uma quantia
de juros igual ao valor aplicado. Qual a taxa mensal dessa aplicação?
Resposta: R$ (?)
Resposta: R$ (?)
Equivalência Financeira
Diz-se que dois capitais são equivalentes a uma determinada taxa de juros, se os seus
valores em um determinado período n, calculados com essa mesma taxa, forem iguais.
Exemplo 01:
1º Conjunto 2º Conjunto
P0 = 5.000,00
P0 = 5.000,00
ao P0 de outro.
Exemplo 02 :
a.m ou de 24% a.a. Supondo um prazo de aplicação de 2 anos, verificar se as taxas são
equiva- lentes:
Solução:
Agora se aplicarmos o principal à taxa de 24% a.a. e pelo prazo de 2 anos teremos:
J2 = R$ 10.000,00 x 24 x 2 = R$ 4.800,00
OBS: Na utilização das fórmulas o prazo de aplicação (n) e a taxa (i) devem estar
expressos na mesma unidade de tempo. Caso não estejam, é necessário ajustar o prazo
ou a taxa.
Descontos Simples
Existem dois tipos básicos de descontos simples nas operações financeiras: o desconto
comercial e o desconto racional. Considerando-se que no regime de capitalização
simples, na prática, usa-se sem- pre o desconto comercial, este será o tipo de desconto
a ser abordado a seguir.
J = P . i . n => D = VD . d . n
J = P . i . n => D = VN . d . n
Teremos:
V = N - Dc
Solução:
Desconto Bancário
Solução:
Duplicatas
Observação:
Considere que uma empresa disponha de faturas a receber e que, para gerar capital de
giro, ela diri- ja-se a um banco para trocá-las por dinheiro vivo, antecipando as receitas.
Entende-se como dupli- catas, essas faturas a receber negociadas a uma determinada
taxa de descontos com as instituições bancárias.
Exemplo:
Uma empresa oferece uma duplicata de R$ 50000,00 com vencimento para 90 dias, a
um determina- do banco. Supondo que a taxa de desconto acertada seja de 4% a. m. e
que o banco, além do IOF de 1,5% a.a. , cobra 2% relativo às despesas administrativas,
determine o valor líquido a ser resgatado pela empresa e o valor da taxa efetiva da
operação.
Solução:
Resposta: R$ (?)
Fluxo de Caixa
Traça-se uma reta horizontal que é denominada eixo dos tempos, na qual são
representados os valores monetários, considerando-se a seguinte convenção:
Exemplo:
Vamos agora considerar o seguinte fluxo de caixa, onde C0, C1, C2, C3, ..., Cn são capitais
referidos às datas, 0, 1, 2, 3, ..., n para o qual desejamos determinar o valor presente
(PV).
O problema consiste em trazer todos os capitais futuros para uma mesma data de
referencia. Neste caso, vamos trazer todos os capitais para a data zero. Pela fórmula de
Valor Presente vista acima, concluímos que o valor presente resultante - NPV - do fluxo
de caixa, também conhecido como Valor Presente Líquido (VPL), dado será:
Esta fórmula pode ser utilizada como critério de escolha de alternativas, como veremos
nos exer- cícios a seguir.
Exercícios:
1 - Numa loja de veículos usados são apresentados ao cliente dois planos para
pagamento de um carro:
Plano B: três pagamentos iguais de $ 1.106,00 de dois em dois meses, com início no
final do segun- do mês.
Sabendo-se que a taxa de juros do mercado é de 4% a.m., qual o melhor plano de pagamento?
Solução:
Plano A:
Plano B:
Como o plano A nos levou a um menor valor atual (ou valor presente), concluímos que
este plano A é mais atraente do ponto de vista do consumidor.
Exercício:
1 - Um certo equipamento é vendido à vista por $ 50.000,00 ou a prazo, com entrada
de $ 17.000,00 mais três prestações mensais iguais a $ 12.000,00 cada uma, vencendo
a primeira
um mês após a entrada. Qual a melhor alternativa para o comprador, se a taxa mínima
de atrativida- de é de 5% a.m.?
Solução:
À vista:
A prazo:
Como o valor atual da alternativa a prazo é menor, a compra a prazo neste caso é a
melhor alternati- va, do ponto de vista do consumidor.
Exercício:
1 - Um equipamento pode ser adquirido pelo preço de $ 50.000,00 à vista ou, a prazo
conforme o seguinte plano:
Entrada de 30% do valor à vista, mais duas parcelas, sendo a segunda 50% superior à
primeira, vencíveis em quatro e oito meses, respectivamente. Sendo 3% a.m. a taxa de
juros do mercado, cal- cule o valor da última parcela.
Solução
Teremos:
prestação é $19013,00.
Exercício Proposto 09:
Uma loja vende determinado tipo de televisor nas seguintes condições: R$ 400,00 de
entrada, mais duas parcelas mensais de R$ 400,00, no final de 30 e 60 dias
respectivamente. Qual o valor à vista do televisor se a taxa de juros mensal é de 3% ?
Resposta: R$ (?)
Noção Elementar de Inflação e Saldo Médio Bancário
Para ilustrar uma forma simples o conceito elementar de inflação apresentamos acima,
vamos con- siderar a tabela abaixo, onde está indicado o consumo médio mensal de
uma determinada família em dois meses distintos e os custos decorrentes associados:
A variação percentual do preço total desta cesta de produtos, no período considerado é igual a:
Notas:
• Para o cálculo de índices reais de inflação, o número de itens considerado é bastante superior e
Vamos considerar o caso de uma conta corrente, da qual o cliente saca e deposita
recursos ao longo do tempo. Vamos ver nesta seção, a metodologia de cálculo do saldo
médio e dos juros mensais decorrentes da movimentação dessa conta.
Considere os capitais C1, C2, C3, ... , Ck aplicados pelos prazos n1, n2, n3, ... , nk, à taxa
de juros sim- ples i. A fórmula abaixo, permite o cálculo dos juros totais J produzidos no
período considerado:
O cálculo dos juros pelo método acima (conhecido como "Método Hamburguês") é
utilizado para a determinação dos juros sobre os saldos devedores dos "cheques
especiais".
Serie de Pagamentos
esses pagamentos
serem de valores constantes ou de valores distintos. O conjunto de pagamentos (ou
recebimentos) ao longo dos n períodos, constitui - se num fluxo de caixa. Vamos resolver
a seguir, os problemas nos quais R1 = R2 = R3 = ... Rn = R, ou seja: pagamentos (ou
recebimentos) iguais.
Exemplos:
A) Fluxo postecipado
Considere o fluxo de caixa postecipado a seguir, ou seja: os pagamentos são feitos nos
finais dos períodos.
Vamos transportar cada valor R para o tempo n, supondo que a taxa de juros é igual a i,
lembrando que se trata de um fluxo de caixa POSTECIPADO, ou seja, os pagamentos
são realizados no final de cada período.
Teremos:
S = R(1+i)n-1 + R(1+i)n-2 + R(1+i)n-3 + ... + R(1+i) + R
Observe que a expressão entre colchetes é a soma dos n primeiros termos de uma
progressão geo- métrica de primeiro termo (1+i)n-1, último termo 1 e razão 1/(1+i).
Aplicando a fórmula da soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica, teremos:
Nota: em caso de dúvida, consulte sobre Progressão Geométrica (1+i) n-1 + (1+i)n-2 +
(1+i)n-3 + ... + (1+i) + 1 =
Este problema também poderia ser enunciado assim: qual o valor P que financiado à
taxa i por período, pode ser amortizado em n pagamentos iguais a R?
O fator entre colchetes representa a soma dos n primeiros termos de uma progressão
geométrica de primeiro termo 1/(1+i), razão 1/(1+i) e último termo 1/(1+i)n.
primeiros termos de uma progressão geométrica. O fato r entre colchetes será então
igual a:
Sistema De Amortização De
Empréstimos Sistema De
Amortização Constante –
(SAC)
Nesse sistema as parcelas de amortização são iguais entre si. Os juros são calculados
a cada período multiplicando-se a taxa de juros contratada pelo saldo devedor
existente no período.
Os valores são sempre iguais e obtidos por A= P/n onde A1 = A2 = A3 = ... An = A = cte
e n = prazo total
ou então:
Jt = Ai (n – t + 1)
Onde: n
= prazo total t = o
momento
desejado
Com isso:
R1 A + J1
R2 A + J2
R3 A + J3
Rt A + Jt
T Pt=P t- 1 -A Jt = P t- 1 .i At = A = P / n Rt = A + Jt
0 P0=P - - -
1 P1=P–A J1 = P . i A1 = A R1 = A + J 1
2 P2=P1–A J2 = P 1 . i A2 = A R2 = A + J 2
3 P3=P2–A J3 = P 2 . i A3 = A R3 = A + J 3
4 Pt=P t- 1 –A Jt = P t- 1 .i At = A R 4 = A + J4
n Pn=P n- 1 –A Jn = P n- 1 .i An = A Rn = A + Jn
Orde m de
Obte nção
2.º 3.º 1.º 4.º
das Parc e
las
P = $ 1.000,00
n = 4 prestações i = 2% a.p.
0 1.000,00 - - -
No sistema PRICE a prestação é constante e em qualquer data t o seu valor é dado por:
Rt = R1 = R2 = ... = Rn = cte.
Rt = R = P x FPR(i,n) = constante
Os juros de um determinado período são calculados sobre o saldo devedor do período anterior.
Assim: Jt = R – ( R – P.i ) (
genérica t
Juros = J1 = P.i
Amortização = A1 = R – J1 = ( R - P.i)
= (R – P.i) . (1 + i) = A2 = A1 (1 + i)
= A1 + A1.i + A1 (1 + i).i
= A1 (1 + i) + A1 (1 + i).i
= A1 (1 + i).(1 + i)
A3 = A1 (1 + i)2
Então teríamos:
A2 = A1 ( 1 + i ) A3 = A1 ( 1 + i )2 A4 = A1 ( 1 + i )3
acima:
A1 = 22.192 t=3
i = 8% a.a. A3 = ?
At = A1.(1 + i)t-1 A3 = 22.192.(1 + 0,08)2 A3 = 22.192 x 1,1664 = 25.884,75
Ou
(t ) P t = P t- 1 - At Jt = P t- 1 . i Rt = R At = R – Jt
0 P o=P - - -
1 P 1 = P – A1 J1 = P .i R A1 = R – J1
2 P 2 = P 1 – A2 J2 = P 1.i R A2 = R – J2
3 P 3 = P 2 – A3 J3 = P 2.i R A3 = R – J3
T P t = P t- 1 – At Jt = P t- 1.i R At = R – Jt
N P n = P n- 1 – An Jn = P n- 1.i R An = R – Jn
n R n.R t n
P = 1.000,00
i = 2% a.p.
n = 4 prestações
0 1.000,00 - - -
Aqui o valor da prestação é obtido através da média aritmética das prestações obtido
através do sistema PRICE e SAC.
Ex.:
S IS T. P RICE
S A LDO
DEVEDOR
1.000,00
SIST. SAM
O ponto comum dessas duas retas é denominado origem, que corresponde ao par ordenado (0, 0).
Localização de um ponto
1º quadrante =
x > 0 e y > 0 2º
quadrante = x
< 0 e y > 0 3º
quadrante = x
< 0 e y < 0 4º
quadrante = x
>0ey<0
Cartesiano: A(4 ; 3) → x = 4
ey=3
B(1 ; 2) → x = 1 e y = 2
publicidade ;) C( –2 ; 4) → x = –2 e y
=4
D(–3 ; –4) → x = –3 e y = –4
E(3 ; –3) → x = 3 e y = –3
O plano cartesiano é um objeto matemático plano e composto por duas retas numéri-
cas perpendiculares, ou seja, retas que possuem apenas um ponto em comum, formando
um ângulo de 90°. Esse ponto comum é conhecido como origem e é nele que é
marcado o número zero de ambas as retas. O plano cartesiano recebeu esse nome por
ter sido idealizado por René Descartes e é usado fundamentalmente para sistematizar
técnicas de localização no plano.
As duas retas que dão origem ao plano cartesiano precisam ser retas numéricas, pois
essa é a con- dição que tornará possível encontrar localizações de pontos quaisquer no
plano. Essa localização é a base fundamental de muitos conhecimentos comuns no
cotidiano, como distância entre pontos.
Uma reta numérica é uma reta comum em que foi estabelecida uma correspondência com
os números reais. Desse modo, cada ponto da reta está ligado a um único número real
e é esse fato que permite qualquer localização. Um número real qualquer terá apenas
uma localização em toda a extensão infinita da reta.
O plano cartesiano é formado por duas dessas retas: Uma responsável pela coordenada
horizontal e outra responsável pela coordenada vertical. É comum usar as letras x para
a primeira e y para a se- gunda e os termos “coordenada x” e “coordenada y”.
Um par ordenado é formado por dois números reais que representam uma coordenada.
A ordem escolhida é a seguinte: Primeiro vêm as coordenadas x e, depois, as
coordenadas y, que são coloca- das entre parênteses para representar uma localização
qualquer. Por exemplo, observe a imagem a seguir:
Perceba que o ponto A possui coordenadas x = 2 e y = 3. Caso seja dado um ponto para
que sua localização seja marcada no plano, como o ponto B = (3, -3), devemos primeiro
traçar uma linha verti- cal sobre o número 3 no eixo das abcissas (coordenadas x). Isso
acontece porque a primeira coorde- nada sempre é a coordenada x. Posteriormente,
desenhamos uma linha horizontal sobre o número – 3 no eixo das ordenadas
(coordenadas y):
O ponto B é o encontro entre as linhas horizontais desenhadas, como ilustra a imagem acima.
Quadrantes
Por ser formado por duas retas numéricas, existem algumas particularidades do plano
cartesiano. Pontos mais à direita possuem coordenada x maior que pontos mais à
esquerda. Pontos mais para cima possuem coordenada y maior que números mais para
baixo.
Funções
Matemáti
cas
Função
A função é utilizada para estabelecer uma relação entre dois conjuntos distintos.
A função determina uma relação entre os elementos de dois conjuntos. Podemos defini-
la utilizando uma lei de formação, em que, para cada valor de x, temos um valor de
f(x). Chamamos x de domínio e f(x) ou y de imagem da função.
f: x → y
Tipos de funções
Nessa função, cada elemento do domínio (x) associa-se a um único elemento da imagem
f(x). Toda- via, podem existir elementos do contradomínio que não são imagem.
Quando isso acontece, dizemos que o contradomínio e imagem são diferentes. Veja um
exemplo:
As funções podem ser representadas graficamente. Para que isso seja feito, utilizamos
duas coorde- nadas, que são x e y. O plano desenhado é bidimensional. A coordenada
x é chamada de abscissa e a y, de ordenada. Juntas em funções, elas formam leis de
formação. Veja a imagem do gráfico do eixo x e y:
•–
Função
consta
nte;
•–
Função
par;
• – Função ímpar;
• – Função decrescente;
10 – Função
exponencial;
11 – Função
logarítmica;
12 – Funções
trigonométricas;
13 – Função raiz.
ín
io
f(
x)
• – Função Par
o
f(x) = imagem
• x = simétrico do domínio
Fórmula geral da
x) = – f(x)
•x
do
mí
ni
f(
x)
im
ag
m
• f(x) = simétrico da imagem
Para saber se uma função é polinomial do primeiro grau, devemos observar o maior
grau da variável x (termo desconhecido), que sempre deve ser igual a 1. Nessa função,
o gráfico é uma reta. Além disso, ela possui: domínio x, imagem f(x) e coeficientes a e
b.
ín
io
f(
fi
ci
b
=
fi
ci
e
Exemplo de gráfico da função polinomial do primeiro grau: f(x) = 4x + 1
• – Função Linear
A função linear tem sua origem na função do primeiro grau (f(x) = ax + b). Trata-se de
um caso parti- cular, pois b sempre será igual a zero.
Fórmula geral da
= ax
ín
io
f(
)
=
fi
ci
e
Exemplo de gráfico da função linear: f(x) = -x/3
• – Função crescente
crescente f(x) = + ax +
=
d
ín
io
f(
x)
a = coeficiente
sempre positivo b
= coeficiente
Exemplo de gráfico da função crescente: f(x) = 5x
• – Função decrescente
decrescente f(x) = - ax
+b
x=
domínio/
incógnita
f(x) =
imagem
• a = coeficiente
sempre negativo b
= coeficiente
Exemplo de gráfico da função decrescente: f(x) = - 5x
Identificamos que uma função é do segundo grau quando o maior expoente que
acompanha a variá- vel x (termo desconhecido) é 2. O gráfico da função polinomial do
segundo grau sempre será uma parábola. A sua concavidade muda de acordo com o
valor do coeficiente a. Sendo assim, se a é posi- tivo, a concavidade é para cima e, se
for negativo, é para baixo.
ín
io
f(
x)
• – Função modular
Fórmula geral da
= x, se x≥ 0
ou
f(x)
=–
x, se
x<0
x=
domí
nio
f(x) = imagem
• x = simétrico do domínio
• – Função exponencial
exponencial f(x) = ax
a>
1 ou
0<
a<
1x=
domí
nio
f(x) = imagem
• - Função logarítmica
Na função logarítmica, o domínio é o conjunto dos números reais maiores que zero e o
contradomínio é o conjunto dos elementos dependentes da função, sendo todos números
reais.
Fórmula geral da
= loga x
a = base do logaritmo
f(x) = Imagem/
logaritmando x
= Domínio/
logaritmo
• – Funções trigonométricas
• Tangente: f(x) = tg x
• – Função raiz
O que determina o domínio da função raiz é o termo n que faz parte do expoente. Se
nfor ímpar, o domínio (x) será o conjunto dos números reais; se n for par, o domínio (x)
será somente os números reais positivos. Isso porque, quando o índice é par, o
radicando (termo que fica dentro da raiz) não pode ser negativo.
Fórmula geral da
= x 1/n
f(x) = Imagem
x=
domíni
o/
base
1/n =
expoe
nte
Exemplo de gráfico da função raiz: f(x) = (x)1/2
Neste artigo vou explicar como funciona a linguagem Ladder, lhe apresentando um
exemplo prático primeiramente. Ao final, você vai entender através de um exemplo
prático como funciona a lingua- gem Ladder e como ela se adapta aos grandes
fabricantes de CLPs. Então vamos ao nosso primeiro exemplo:
do tempo de varredura do CLP, fazendo com que a lógica não reconhecesse o mesmo e
para ele tudo estava normal.
Solução: A ação do circuito proposto pode ser descrita como: “A lâmpada acende
quando a chave A está acionada (fechada) ou a chave B está acionada (fechada).
Todas as possíveis combinações das duas chaves e o acionamento da lâmpada pode ser
visualizado na tabela da Figura 2(b). Abaixo po- demos ver como seria este circuito e
sua representação lógica:
Na Figura 3 (a), você pode verificar que os os reles AR, BR e LR possuem contatos
normalmente abertos. As chaves A e B são as entradas do circuito e quando A ou B
estão fechadas, a bobina do rele correspondente AR ou BR é energizada, fechando o
contato e fornecendo energia para a bobina do rele LR que quando energizado fecha
contato fornecendo energia para a lâmpada. Veja que tanto A quanto B, quando
fechadas, energizam a lâmpada mostrando de fato a lógica OU. A lâmpada por sua vez
é acionada pela bobina do rele LR dando a característica de isolação entre as saídas e
en- tradas, permitindo assim que as entradas A ou B possam ser utilizadas várias vezes
na lógica.
Um rele típico de controle industrial pode ter até 12 polos ou conjunto de contatos por
bobina. Por exemplo, se o rele AR tiver 6 polos, no nosso exemplo, somente 1 está
sendo utilizado na lógica da Figura 3. Assim, os outros 5 podem ser usados para
continuar compondo uma lógica maior. Antes do desenvolvimento dos CLPs, era
exatamente desta maneira que era composta uma lógica nos proje- tos elétricos. O
nome dado a este tipo de implementação foi diagrama com reles em lógica Ladder.
Solução: A ação no circuito é descrita como: “A lâmpada está ligada quando a chave A
está fechada (ligada) e a chave B está fechada (ligada), Todas as possíveis combinações
entre as chaves A e B podem ser visualizadas na tabela verdade da Figura 4(b). Para
implementar esta função utilizando reles, a única modificação se comparado com o
exemplo 1 é que aqui os contatos normalmente aber- tos dos controles dos reles AR e
BR foram ligados em série com o controle da lâmpada (Figura 5(a)). A ligação das
chaves A e B e a ligação da lâmpada não muda. O diagrama com reles em lógica la-
dder mostrado na Figura 5(b) é diferente do da Figura 3(b) apenas na terceira linha e
como no exem- plo anterior, novamente a linguagem ladder do CLP é resumida em uma
linha apenas com a seguinte interpretação: Quando a chave A está ligada e a chave B
está ligada, a lâmpada deverá ser ligada.
Solução: A Figura 6 mostra a tabela verdade, o diagrama com reles e a logica ladder
para o CLP neste exemplo. A única diferença entre a implementação em rele da Figura
6(a) e a Figura 5(a) é a ligação dos contatos do rele BR. A lógica NOT para a chave B é
conseguida com o contato normal- mente fechado (NF) do rele BR. A linguagem ladder
no CLP da Figura 6(c) comparada à da Figura 5(c) se diferem apenas no segundo
contato podendo ser interpretada como: “Quando a entrada (cha- ve) A está ligada
(fechada) e a entrada (chave B) está desligada (aberta) então a lâmpada será liga- da.
Este exemplo em particular é impossível de ser implementado sem a utilização de reles
e com a combinação de apenas duas chaves normalmente abertas.
Figura 6 – Circuitos com a Lógica Não (NOT); (a) tabela verdade; (b) circuito equivalente com reles;
• linguagem ladder no CLP.
Estes conceitos são a chave para que você comece a entender e implementar as lógicas
em lingua- gem ladder. Para muitas pessoas, eles parecem simples, e para outras,
estranho à primeira vista. No
entanto, eles começarão a ficar mais natural quando você trabalhar com as
implementações nas so- luções. Será possível observar a facilidade em lidar com esta
abordagem devido ao fato de que a linguagem ladder é uma linguagem gráfica e visual,
muito diferente das linguagens de programação C++, Fortran, Basic e Java. Em
contrapartida a linguagem ladder acaba por apresentar mais limita- ções se comparada
às linguagens citadas.
Agora que você entendeu os exemplos acima, vamos deixar de pensar em lógica por
reles e partir diretamente para a lógica em linguagem ladder. Como falamos
anteriormente, os símbolos básicos da linguagem ladder são:
estar energizada, deve haver um caminho elétrico contínuo através dos contatos das
chaves de en- trada, com a energia fluindo da esquerda para a direita.
A seguir, vou apresentar a linguagem ladder para os CLPs mais famosos de mercado. O
Modicon da Schneider será apresentado primeiramente por ser mais próximo à norma
IEC 61131-3. Depois mos- trarei a lógica em linguagem Ladder para os CLPs Allen
Bradley por serem largamente utilizados nas indústrias juntamente com o Siemens.
Depois de apresentar o padrão Siemens, apresentarei o pa- drão da GE.
• – O Padrão Modicon
Os contatos básicos no padrão Allen Bradley não são tão numerosos quanto os da IEC
61131-3. Em contrapartida, para a maioria das instruções, simbolos diferentes são
utilizados, embora a função seja a mesma em uma instrução no padrão IEC 61131-3. Os
simbolos utilizados na linguagem ladder pe- la Allen Bradley podem ser visualizados na
tabela abaixo:
retentiva. A função retentiva é tratava em módulos com saídas discretas.
• – O Padrão Siemens
Uma interface apoiada por computador - na verdade, uma interface de uso - também
conhecida como interface homem-máquina (IHM) (human machine interface - HMI), é a
parte de um programa de computador que se comunica com o usuário. Na ISO 9241-
110, o termo interface de usuário é defini- do como "todas as partes de um sistema
interativo (de software ou hardware) que fornecem informa- ções e controle necessários
para que o usuário realize uma determinada tarefa com o sistema intera- tivo." A
interface de usuário / interface homem-máquina (HMI) é o ponto de ação no qual o ser
huma- no está em contato com a máquina. O exemplo mais simples é um interruptor de
luz: Não se trata de um humano ou de uma "máquina" (a lâmpada), mas de uma
interface entre os dois. Para que uma interface homem-máquina (HMI) seja utilizável e
faça sentido para as pessoas, deve ser adaptada a suas necessidades e habilidades. Por
exemplo, programar um robô para acender a luz seria compli- cado demais, e um
interruptor no telhado não seria prático para uma luz no porão.
zenon
Operato
Brochur
W
N
B
Classificação da interface homem-máquina (IHM)
Operação e observação
Nos produtos com ciclo de vida longo, as interfaces homem-máquina (HMI) tem sido
otimizadas ao longo dos anos. Hoje em dia, não temos nos aparelhos de reprodução de
áudio e vídeo dois botões botões que eram comuns nos anos 80. A função de saltar para
a faixa anterior ou para a faixa seguin- te foi integrada nos botões de avanço rápido e
retrocesso. Para fazer isso, a interface de usuário tor- nou-se mais complexa, uma vez
que cada um dos botões agora tem duas funções. Para os desen- volvedores das
interface de usuário, tais reduções têm uma função fundamental: o acesso a uma
máquina complexa através de poucos controles pode tornar mais simples a operação
básica. Contu- do, geralmente não atende às necessidades mais complexas. Nos
sistemas operacionais altamente complexos dos computadores modernos, esses
objetivos divergentes são atendidos por meio da utili- zação de duas categorias de
interfaces de usuário / interfaces homem-máquina (HMI): A primeira mostra ao usuário
os ícones rotineiros, como a lixeira, as pastas, etc. Estes podem ser compreendi- dos e
operados imediatamente, sem necessidade de treinamento. Por exemplo: clicar em um
link abre um website. A segunda permite utilizar a interface de linhas de comando para
acessar o sistema de computador em um nível mais profundo. Porém, exige uma grande
quantidade de aprendizado.
Por exemplo, taskkill /F /IM iexplore.exe encerra todos os processos relacionados ao
Internet Explorer em um sistema Windows.
Qualidade de Dados
Um banco de dados é meio caminho andado para que a empresa tenha a informação
que precisa. Para isso, outras medidas devem ser tomadas para ter certeza de que os
dados sejam confiáveis. Alguns dos erros são causados por dados incoerentes
produzidos por múltiplos sistemas. Se o banco de dados for projetado adequadamente,
a ocorrência de dados incoerentes será pequena. Porém a maioria dos problemas de
qualidade com nomes digitados incorretamente, números trocados ou có- digos
faltantes, ocorre durante a entrada de dados, esses erros ficam mais comuns quando as
em- presas transferem parte dos seus dados para a Internet, e permite que clientes e
fornecedores insi- ram seus dados no site e isso efetue alterações no sistema interno.
Os problemas com qualidade de dados não são só empresariais, eles também
representam sérios problemas às pessoas, afetando sua condição financeira e até
mesmo seu emprego.
Descrição
• hierárquico;
• em rede;
• relacional;
• orientado a objetos
• estruturas de dados otimizadas, que possam manipular uma grande quantidade de informação;
Exemplos de SGBDs
• PostgreSQL
• Firebird
• HSQLDB
• IBM DB2
• IBM Informix
• mSQL
• MySQL
• MariaDB
• Oracle
• SQL-Server
• TinySQL
• ZODB
• JADE
• Sybase
• MongoDB