Manual EG - PRONTO-SOCORRO - JAN17
Manual EG - PRONTO-SOCORRO - JAN17
Manual EG - PRONTO-SOCORRO - JAN17
REPUBLICANA
ESCOLA DA GUARDA
MANUAL
DE
LEGISLAÇÃO RODOVIÁRIA
Elaborado por:
GRUPO DISCIPLINAR DE LEGISLAÇÃO RODOVIÁRIA
23 de fevereiro de 2016
CONTÉM:
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
ANOTAÇÕES
PROCEDIMENTOS
Os nomes/ siglas das autoridades administrativas competentes mencionadas nos
diplomas constantes neste Manual, por exemplo: “Direção Geral dos Transportes
Terrestres, etc…” ao longo do tempo sofreram diversas modificações não tendo sido
devidamente atualizados por parte dos membros do Governo responsáveis pelas
respetivas áreas.
Assim, para que este Manual EG – Pronto-Socorro esteja adequado à linguagem
das atuais entidades administrativas, efetuaram-se as seguintes alterações:
27
com o n.º____________.
23 de fevereiro de 2016
O Comandante da EG
Documento original assinado e
arquivado na DF/ EG
Nota n.º 2348/2016 do GGCG - (Ofício IMT n.º 458/2016, de 07ABR – 12ABR16 Esclarecimento sobre os veículos Pronto-Socorro.
DSRTQS - 043200101821690)
Nota: Esta folha é de extrema importância, uma vez que informa até que data o Manual está atualizado.
Índice - PRONTO-SOCORRO Escola da Guarda
I
Escola da Guarda Índice - PRONTO-SOCORRO
II
Índice - PRONTO-SOCORRO Escola da Guarda
III
Escola da Guarda Índice - PRONTO-SOCORRO
IV
Pronto-Socorro Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN
Escola da Guarda 1
Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN Pronto-Socorro
Para além disso, a atividade de prestação de serviços por meio de veículos pronto-socorro pode ainda ser exercida em território nacional de
forma ocasional e esporádica, em regime de livre prestação de serviços, por prestadores legalmente estabelecidos para a atividade em causa noutro Estado-
membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu.
Eliminaram-se assim os requisitos de capacidade financeira, que impunham um capital social ou um património de 25 000,00 EUR, e, no
âmbito da capacidade técnica, a obrigação de contratar um profissional qualificado em transporte rodoviário de mercadorias, com requisitos de idoneidade
criminal, requisitos considerados desproporcionadamente restritivos da liberdade de empresa, sem adequado arrimo em razão imperiosa de interesse
público.
Aproveitou-se ainda a oportunidade para introduzir alguns ajustes e clarificações ao decreto-lei, que ora se julgam necessárias a sua boa
interpretação e aplicação.
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
O presente decreto-lei procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, que estabelece o regime de acesso e exercício da
atividade de prestação de serviços com veículos pronto-socorro, visando a sua simplificação.
(…)
Artigo 5.º
Norma revogatória
São revogados:
a) O n.º 3 do artigo 3.º, os artigos 5.º a 9.º, o n.º 2 do artigo 10.º, o artigo 11.º, a alínea b) do n.º 1 do artigo 14.º e o artigo 20.º do
Decreto-Lei n.º 193/2001, de 21 de junho;
b) O artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 145/2008, de 28 de julho;
c) A Portaria n.º 747/2005, de 29 de agosto.
Artigo 6.º
Republicação
1 - É republicado em anexo ao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, com a redação atual.
2 - Para efeitos de republicação onde se lê: «Direção-Geral de Transportes Terrestres», «DGTT» e «diretor-geral de Transportes Terrestres, deve ler-se,
respetivamente: «Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.», «IMT, I.P.» e presidente do conselho diretivo do IMT, I.P.
Artigo 7.º
Entrada em vigor
O presente decreto-lei entra em vigor 30 dias após a data de publicação.”
2 Escola da Guarda
Pronto-Socorro Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo l.º
Âmbito
1 - O presente diploma estabelece o regime de acesso e exercício da atividade de prestação de serviços
com veículos pronto-socorro.
2 - Não estão abrangidos pelo presente diploma os serviços com veículos pronto-socorro prestados por
pessoas coletivas de utilidade pública sem fins lucrativos.
Artigo 2.º
Prestação de serviços com veículos pronto-socorro
1 - (1) São veículos pronto-socorro os que estejam devidamente adaptados para o transporte ou reboque
de veículos avariados ou sinistrados, assim classificados no respetivo documento de identificação
automóvel.
2 - A prestação de serviços por meio de veículos pronto-socorro, para além do transporte ou reboque de
veículos avariados ou sinistrados, abrange o transporte ou reboque de veículos:
(Ofício DGTT n.º 3/DAJ/2002, de 28JAN)
a) Destinados a substituir veículos avariados ou sinistrados;
b) Automóveis classificados como antigos ou de coleção;
c) Que não possam circular na via pública; (Ofício DGTT n.º 104/2002, de 05DEC)
d) Que se destinem a exposições ou manifestações desportivas.
O transporte de veículos avariados ou sinistrados em Pronto-Socorro, habitualmente é efetuado de duas formas: transportados em
cima do estrado, ou rebocados, sendo neste caso suspensos nos “garfos” do Pronto-Socorro, encontrando-se um dos semi-eixos daqueles, o
traseiro ou o dianteiro, assente no solo e a circular.
Desde a entrada em vigor dos documentos em referência a) e c), que se têm levantado várias dúvidas relativamente a este tipo de
transporte, pelo que em esclarecimento solicitado pelo Comando da Guarda à ANSR e ao IMT, vieram aquelas entidades através dos
documentos em referência d) e e), referir o seguinte:
1. NATUREZA DO TRANSPORTE
a. Nos termos do n.º 1 art.º 110.º do CE, reboque, é considerado como tal o veículo destinado a circular atrelado a um veículo a motor.
b. Assim, quando o veículo avariado ou sinistrado é transportado, em cima do estrado do Pronto-Socorro, é o mesmo considerado
como carga.
c. Já quando o veículo avariado ou sinistrado é rebocado suspenso nos “garfos” do Pronto-Socorro, encontrando-se um dos semi-
eixos daqueles, o traseiro ou o dianteiro, assente no solo e a circular, considera-se estar em causa um reboque.
Escola da Guarda 3
Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN Pronto-Socorro
Tendo-se levantado dúvidas relativamente ao transporte de veículos avariados/ sinistrados em veículos pronto-socorro, esclarece-se o seguinte:
1 - O transporte de veículos avariados ou sinistrados em veículos do tipo pronto-socorro, quando transportados sobre o estrado deste tipo de
veículos é considerado como carga.
2 - No caso dos veículos avariados ou sinistrados serem transportados com recurso à suspensão de um dos eixos através de “guindaste” ou
“garfos” existentes no veículo pronto-socorro, deverá em circulação o conjunto “veículo pronto-socorro + veículo avariado ou sinistrado”
respeitar a soma dos valores do “peso bruto + peso bruto rebocável” constantes no documento de identificação do veículo pronto-socorro.
3 - O veículo avariado ou sinistrado transportado nas condições referidas no ponto anterior não deve ser considerado um reboque sem travão,
para efeitos da determinação do peso bruto de conjunto, tratando-se de um transporte de veículos em condições particulares de circulação.
4 - Para efeitos do referido no ponto 2, o peso a considerar para o veículo avariado ou sinistrado será aquele que o veículo apresentar ao ser
transportado (tara ou eventualmente tara + carga).
4 Escola da Guarda
Pronto-Socorro Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN
Artigo 1.º
Definições
1 - Para os efeitos do presente Regulamento, entende-se por:
a) «Autorização anual» a autorização especial de trânsito emitida para um veículo ou conjunto, com ou sem carga, e válida por um
período máximo de um ano;
(…)
SECÇÃO II
Autorizações especiais de trânsito
(…)
SUBSECÇÃO II
Casos especiais
Artigo 6.º
Pronto-socorro
1 - O trânsito de veículos classificados como pronto-socorro está sujeito a autorização anual quando:
a) O veículo sinistrado ou avariado é rebocado e o comprimento do conjunto constituído pelo pronto-socorro e veículo rebocado
excede os limites regulamentares de um conjunto composto por veículo trator e reboque; [g) n.º 2 art.º 3.º DL 99/2005 - 18,75 m]
b) O veículo sinistrado ou avariado é transportado sobre o respetivo estrado e ultrapassa o ponto extremo deste à retaguarda, não
podendo, no entanto, as dimensões totais exceder qualquer dos seguintes limites:
i) Em comprimento: o do veículo pronto-socorro, acrescido de 1,50 m;
ii) Em largura: 3,50 m;
iii) Em altura: 4,60 m.
c) O respetivo peso bruto exceder os limites regulamentares. (n.º 5 art.º 8.º DL 99/2005, de 21JUN)
2 - Nas situações previstas na alínea b) do número anterior, o veículo transportado só pode exceder, em comprimento, o limite do estrado se
este tiver comprimento igual ou superior a 4,50 m.
3 - O trânsito veículos a que se refere este art.º está sujeito apenas a autorização anual, ainda que sejam excedidas as dimensões do n.º 1 art.º 4.º
4 - O trânsito de veículos pronto-socorro, em vazio, não carece de autorização, salvo se o respetivo documento de identificação o exigir.
Escola da Guarda 5
Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN Pronto-Socorro
Unificação dos procedimentos de identificação dos alvarás - Títulos habilitantes de acesso às atividades reguladas pelo
IMTT I.P.
Modelos dos títulos habilitantes do acesso à atividade de prestação de serviços com Pronto-Socorro relativos às autorizações
especiais de trânsito
(…)
Q - Autorizações especiais de trânsito
6 Escola da Guarda
Pronto-Socorro Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN
(…)
ANOTAÇÃO
A atividade de prestação de serviços por meio de veículos Pronto-Socorro por empresas licenciadas ao abrigo do DL n.º 257/2007,
de 16JUL - Regime jurídico aplicável aos transportes rodoviários de mercadorias, por meio de veículos com peso bruto igual ou
superior a 2500 kg, terão de cumprir os condicionalismos previstos no mesmo.
Alvará da empresa;
Licença do veículo;
Dísticos identificativos “TP”;
Guia de Transporte.
Assim, deverá ser consultado o Manual EG - TRANSPORTE DE MERCADORIAS.
Escola da Guarda 7
Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN Pronto-Socorro
Assunto: Interpretação do disposto na alínea c) do n.º 2 do art.º 2.º do DL n.º 193/2001, de 26JUN
Tendo sido suscitada a questão sobre a possibilidade de o transporte/ reboque de viaturas mal estacionadas ou furtadas/ roubadas
poder ser efetuado por empresas licenciadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, ou se esses serviços somente podem ser
prestados por empresas licenciadas nos termos do Decreto-Lei n.º 38/99, de 6 de fevereiro (atual DL n.º 257/2007, de 16JUL), transmito, para
conhecimento da Instituição que V. Ex.ª dirige, o entendimento destes Serviços sobre a matéria.
Assim:
1- A partir da data da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, a prestação de serviços com veículos pronto-socorro
pode ser efetuada por empresas licenciadas especificamente para o exercício desta atividade, nos termos do diploma, bem como pelas empresas
titulares de alvará para o transporte de mercadorias gerais, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 38/99, de 6 de fevereiro (atual DL n.º 257/2007, de
16JUL).
Conforme estabelecido no art.º 2.º do Decreto-Lei n.º 193/2001, a prestação de serviços objecto do diploma abrange, para além do transporte
ou reboque de veículos avariados ou sinistrados, o de outros veículos que, não estando avariados ou sinistrados, se encontram previstos nas
alíneas a) a d) do n.º 2 do mesmo artigo.
Sendo assim, a norma contida no art.º 2.º precisa e limita o âmbito de atuação das empresas licenciadas para a atividade de prestação de serviços
com veículos pronto-socorro, ao abrigo desta legislação específica. Por seu lado, as empresas titulares de alvará para a realização de transporte de
mercadorias gerais, podem, por meio de veículos pronto-socorro, transportar/ rebocar todas as viaturas, avariadas/ sinistradas ou não, tendo
como únicas limitações as condições técnicas do veículo e o respeito pelas condições de segurança, exigíveis, de resto, a todo o tipo de veículos.
2- Os veículos mal estacionados, abandonados, furtados ou roubados, podem ser removidos, nos termos previstos no Código da Estrada e
legislação complementar. A decisão de remoção é da responsabilidade das entidades competentes para a fiscalização, que determina a operação
de transporte/ reboque. Essa deslocação é efetuada por meio de um outro veículo, adaptado para o efeito, e não por utilização do próprio
veículo, independentemente de o mesmo apresentar as condições técnicas adequadas.
3- Pode assim dizer-se que as viaturas mal estacionadas, abandonadas, ou furtadas/ roubadas, na operação de remoção ordenada pelas
entidades fiscalizadoras competentes, não podem circular na via pública. Trata-se de uma impossibilidade legal, sendo irrelevante a verificação de
impossibilidade por razões técnicas ou mecânicas.
Sendo assim, a deslocação desses veículos cabe na previsão contida na alínea c) do n.º 2 do art.º 2.º do Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de
junho, “o transporte ou reboque de veículos que não possam circular na via pública”, podendo ser efetuada quer pelas empresas licenciadas para o transporte
de mercadorias gerais, quer pelas empresas licenciadas para a atividade de prestação de serviços de transporte e reboque, ao abrigo do supra
citado diploma.
8 Escola da Guarda
Pronto-Socorro Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN
CAPÍTULO II
Acesso à atividade
Artigo 3.º
Acesso à atividade
1 - (1) A atividade de prestação de serviços por meio de veículos pronto-socorro só pode ser exercida em
TN por prestadores aqui estabelecidos que efetuem a mera comunicação prévia referida no art.º seguinte.
2 - (1) A atividade de prestação de serviços por meio de veículos pronto-socorro pode ainda ser exercida
em TN de forma ocasional e esporádica, em regime de livre prestação de serviços, por prestadores
legalmente estabelecidos noutro Estado-membro da UE ou do EEE para a atividade em causa.
3 - (2)
Exercício da atividade de prestação de serviço por meio de veículo pronto-socorro por entidade estabelecida em território
nacional sem ter efetuado a mera comunicação prévia ao IMT.
Inf.: n.º 1 art.º 3.º e a) n.º 1 art.º 15.º ambos do DL n.º 193/2001, de 26JUN
Pun.: a) n.º 1 art.º 15.º DL n.º 193/2001, de 26JUN
Coima: 750 € a 2.000 € (PS) - 1.500 € a 4.000 € (PC) - IMT - Auto ao Proprietário
Artigo 10.º
Dever de informação
1 - (1) Os prestadores de serviços por meio de veículos pronto-socorro estabelecidos em território
nacional têm o dever de comunicar ao IMT, I.P., ou à autoridade territorialmente competente de uma
Região Autónoma, conforme o caso aplicável, no prazo de 30 dias a contar da data da sua ocorrência:
a) Qualquer alteração às informações referidas nas alíneas a) a c) do n.º 1 do artigo 4.º;
b) A cessação da respetiva atividade em território nacional.
2 - (2)
Prestador de serviços com veículo de pronto-socorro, estabelecido em território nacional, que não comunica ao IMT as
alterações relacionadas com a sua identificação, sede ou gerência, dos veículos utilizados ou da alteração da atividade a
título principal ou acessório, no prazo de 30 dias a contar da sua ocorrência.
Inf.: n.º 1 art.º 10.º e b) n.º 1 art.º 15.º ambos do DL n.º 193/2001, de 26JUN
Pun.: b) n.º 1 art.º 15.º DL n.º 193/2001, de 26JUN
Coima: 100 € a 300 € (PS) - 200 € a 600 € (PC) - IMT - Auto ao Proprietário
Escola da Guarda 9
Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN Pronto-Socorro
CAPÍTULO III
Exercício da atividade
Utilização pelo prestador de serviços de veículo pronto-socorro aprovado pelo IMT, sem que o mesmo ostente dísticos de
identificação.
Inf.: n.º 3 art.º 12.º e d) n.º 1 art.º 15.º ambos DL n.º 193/2001, de 26JUN conj. Despacho IMT n.º 10104/2014, de 6AGO
Pun.: d) n.º 1 art.º 15.º DL n.º 193/2001, de 26JUN
Coima: 75 € a 225 € (PS) - 150 € a 450 € (PC) - IMT - Auto ao Proprietário
O Decreto-Lei n.º 25/2014, de 14 de fevereiro, que alterou o Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, modificou o regime de
acesso e exercício da atividade de prestação de serviços com veículos pronto-socorro, visando a sua simplificação.
Tendo sido suprimida a figura do licenciamento das empresas e dos veículos, titulado, respetivamente, por alvarás e por licenças, o
legislador instituiu a formalidade da mera comunicação prévia que, uma vez confirmada a observância dos requisitos necessários, dá origem a
uma permissão administrativa — que o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P. (IMT, I. P.) transmite aos prestadores.
O novo quadro legal prevê ainda que os veículos pronto-socorro a utilizar pelos prestadores de serviços, quer exerçam a atividade a
título principal ou acessório, ostentem um distintivo de identificação, cujo modelo deve ser aprovado por despacho do presidente do conselho
diretivo do IMT, I. P.
Importa, pois, fixar o referido modelo de distintivo de identificação.
Nestes termos, ao abrigo do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-
Lei n.º 25/2014, de 14 de fevereiro, determino o seguinte:
1 - Os veículos pronto-socorro utilizados por empresas prestadoras de serviços a que se refere o artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26
de junho, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 25/2014, de 14 de fevereiro, devem ostentar distintivos de identificação, pintados
ou impressos em material autocolante que garanta condições de aderência e permanência, colocados em posição fixa e visível, um na parte da
frente e outro na retaguarda do veículo, em conformidade com o modelo e com as características seguintes:
2 - Os carateres são de formato tipo Arial, negrito, tamanho 40, sobre fundo branco e bordadura de 3 mm.
3 - O número de 6 dígitos a incluir no distintivo é o número de série da permissão administrativa que o IMT, I. P. atribui e transmite à empresa
prestadora de serviços, após receber a mera comunicação prévia a que se refere o artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, com a
redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 25/2014, de 14 de fevereiro.
4 - É revogado o n.º 5 do Despacho n.º 10009/2012, de 4JUL de 2012, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 143, de 25JUL de 2012.
10 Escola da Guarda
Pronto-Socorro Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN
O Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, determina que seja utilizado um caderno de registo na prestação de serviços com
veículos pronto-socorro.
Considerando que, nestes serviços, são em muitos casos, utilizados documentos descritivos das características dos veículos
rebocados, requeridos por razões contratuais, designadamente no âmbito da assistência em viagem, não faz sentido impor de forma rígida um
modelo e folha a utilizar, mas apenas fixar os campos necessários para a descrição dos elementos essenciais de identificação do serviço, pelo que
o modelo anexo é facultativo quanto à sua estrutura.
Assim:
Nos termos do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, determino o seguinte:
1. O caderno de registo de serviços de transporte ou reboque a que se refere o artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 193/2001; de 26 de junho, é
constituído por folhas numeradas e não destacáveis, de formato A4 ou A5, podendo as mesmas ter duplicados.
2. São de preenchimento obrigatório os elementos constantes do modelo de folha anexo, excepto o destinado a «Observações».
3. Podem ser adotados modelos distintos do constante do anexo ao presente diploma ou acrescentados outros itens descritivos do serviço,
desde que estejam incluídos os elementos de preenchimento obrigatório.
4. O disposto no presente despacho entra em vigor 30 dias após a sua publicação.
Escola da Guarda 11
Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN Pronto-Socorro
ANOTAÇÃO
Identificação da empresa;
Número do caderno de registo;
Número da folha;
Pronto-Socorro/ matrícula;
Data, hora e rubrica do condutor;
Identificação do expedidor;
Localização da carga;
Indicação do destino;
Identificação do veículo transportado:
Marca;
Modelo;
Matrícula.
12 Escola da Guarda
Pronto-Socorro Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN
CAPÍTULO IV
Fiscalização e regime sancionatório
Artigo 14.º
Fiscalização
1 - São competentes para a fiscalização do cumprimento do disposto no presente diploma as seguintes
entidades:
a) Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.;
b) (1)
c) Guarda Nacional Republicana;
d) Polícia de Segurança Pública.
2 - As entidades referidas no número anterior podem proceder, junto das pessoas singulares ou coletivas
que efetuem os serviços a que se refere o presente diploma, a todas as investigações e verificações
necessárias para o exercício da sua competência fiscalizadora.
ANOTAÇÕES
No âmbito da iluminação:
Portaria n.º 311-C/2005, de 24MAR;
Artigos 22.º e 23.º do CE;
Ofício DGV n.º 8135/2006, de 18ABR;
Artigo 63.º do CE.
Escola da Guarda 13
Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN Pronto-Socorro
Não utilização de luzes avisadoras de perigo, encontrando-se estas em condições de funcionamento e estando o veículo a
ser rebocado.
Inf.: b) n.º 3 art.º 63.º CE
Pun.: n.º 5 art.º 63.º CE
Coima: 60 € a 300 €
2.86.063.03.02 - GRAVE - ANSR - Auto ao Condutor
Não utilização de luzes de presença, encontrando-se estas em condições de funcionamento e não sendo possível a
utilização das luzes avisadoras de perigo e estando o veículo a ser rebocado.
Inf.: n.º 4 art.º 63.º CE
Pun.: n.º 5 art.º 63.º CE
Coima: 60 € a 300 €
1.86.063.04.02 - LEVE - ANSR - Auto ao Condutor
A ARAN tomou conhecimento de um ofício circular emitido pela ACT, datado de 17 de março de 2014, sobre o assunto acima
identificado. No respeitante à atividade de pronto-socorro, somos a informar todos as empresas que se dedicam a esta atividade do
entendimento constante daquela circular, em especial no que se refere aos veículos que circulam num raio de 100 km a partir do local de
afetação, entendimento que corresponde ao que foi aliás transmitido pelo Exmo. Senhor Sub Inspetor Geral do Trabalho em reunião realizada
no Europarque em Santa Maria da Feira. Passamos assim a citar o entendimento propugnado naquela circular:
A duração e organização do tempo de trabalho dos trabalhadores que conduzem estes veículos é a constante das disposições
relativas à organização dos tempos de trabalho insertas no Código do Trabalho e demais legislação conexa respeitante à generalidade dos
trabalhadores, com eventuais especificidades decorrentes de normas de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho (IRCT).
A publicitação dos horários/ instrumentos de controlo aplicáveis a estes trabalhadores são os seguintes:
• Se sujeitos a horário fixo, a afixação do mapa de horário de trabalho no estabelecimento e na viatura;
• Se sujeitos a horário de trabalho com horas de início e termo variáveis, sempre com referência ao período normal de
trabalho legalmente estabelecido, devem fazer-se acompanhar por LIC – Livrete Individual de Controlo;
• Se em regime de isenção de horário de trabalho, devem fazer-se acompanhar por acordo de isenção;
Deste regime decorre que apenas existe a obrigatoriedade de utilização de LIC nos casos em que não exista horário de trabalho
consagrado em mapa de horário de trabalho fixo ou isenção de horário de trabalho.
Assim, a ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho, pese embora as várias iniciativas encetadas pela ARAN e conhecidas de
todos no sentido da alteração da sua posição, mantém o seu entendimento face a esta matéria, de modo que, aconselhamos os nossos associados
a ter em consideração o entendimento exposto.
Veículos que circulam num raio superior a 100 km a partir do local de afetação
14 Escola da Guarda
Pronto-Socorro Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN
Artigo 16.º
Processamento das contraordenações
1 - O processamento das contraordenações previstas neste diploma compete ao IMT, I.P.
2 - A aplicação das coimas é da competência do presidente do conselho diretivo do IMT, I.P.
3 - O IMT, I.P., organizará o registo das infrações cometidas nos termos da legislação em vigor.
4 - (1) Às contraordenações previstas no presente diploma aplica-se o regime geral das contraordenações,
constante do DL n.º 433/82, de 27 de outubro, alterado pelos DL’s n.os 356/89, de 17 de outubro, 244/95,
de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro, e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de dezembro.
1. SITUAÇÃO
a. A Port.ª n.º 241/94, de 18ABR, veio à data regulamentar a distribuição das verbas resultantes da aplicação das multas e coimas cobradas
por infração ao CE, respetivo regulamento, RTA e demais legislação complementar sobre trânsito, ensino de condução e transportes
rodoviários.
b. Através do referido diploma foi então publicado um modelo de auto de contraordenação.
c. Pese embora a mencionada Portaria, na sua estrutura, em momento algum ter expressamente aprovado o referido modelo de auto de
contraordenação ou faça referência ao mesmo, todavia, à data foi o mencionado modelo adotado para utilização no âmbito das infrações
detetadas à legislação anteriormente mencionada.
d. Posteriormente, mercê da aprovação do novo Código da Estrada, em 1994 a então DGV aprovou um outro modelo de auto de
contraordenação para utilização específica no âmbito das infrações detetadas ao CE e sua legislação regulamentar, abandonando o
modelo publicado através da Port.ª n.º 241/94, de 18ABR.
e. Para as infrações do âmbito da então DGTT e IGT, atualmente IMT e ACT, respetivamente, o dispositivo da Guarda continuou a
utilizar o modelo publicado pela mencionada Portaria.
f. Todavia, nos últimos 19 anos, o regime jurídico das transgressões foi paulatinamente sendo abandonado, tendo os diferentes regimes
jurídicos sobre transportes rodoviários de passageiros e de mercadorias sido igualmente alterados.
g. Tal situação conduziu a uma total desatualização do modelo de auto de contraordenação de modelo publicado pela Port.ª n.º 241/94, de
18ABR, conduzindo a sucessivas reclamações e pedidos de esclarecimento tanto por parte dos arguidos como das entidades
administrativas competentes.
h. O ideal seria que houvesse apenas um único modelo de auto de contraordenação para todas as infrações detetadas em ambiente
rodoviário sendo o mesmo elaborado no SCoT, todavia, para que tal fosse possível seria necessário que houvesse um entendimento
sobre esta matéria de todas as entidades administrativas (ANSR, IMT, ACT, ASAE etc.) e, consequentemente, a adaptação dos sistemas
informáticos das mesmas e a alteração das dezenas de regimes jurídicos que existem sobre transportes rodoviários, o que muito
dificilmente será conseguido, pois tal implica custos elevados, mudança de procedimentos.
i. Os militares da Guarda no exercício das suas funções são apenas obrigados a proceder ao levantamento de auto de notícia e a remetê-lo
à competente entidade administrativa, conforme menciona o Regime Geral da Mera Ordenação Social aprovado pelo DL n.º 433/82, de
27OUT.
j. Em face do exposto, este Comando tomou a iniciativa de iniciar um processo conducente à criação e aprovação de um novo modelo de
auto de contraordenação em substituição do atual modelo, tendo enviado um draft de um modelo ao dispositivo e recolhido contributos
do mesmo.
k. Assim, por despacho do Exmo. GCG de 01OUT13, foi aprovado um novo modelo de auto de contraordenação, cujo exemplar se anexa
(GNR-UAG-GRÁFICA N.º 380), para utilização específica no âmbito das infrações detetadas aos vários regimes jurídicos da área do
IMT, ACT, ASAE e outras entidades administrativas, com exceção da ANSR que possui modelo próprio, do âmbito dos transportes
rodoviários de mercadorias e de passageiros.
l. Em coordenação com o IMT e a ACT, foram igualmente definidos dois modelos dos Termos da Notificação, para entrega aos
arguidos/ condutores de acordo com as instruções constantes no presente documento.
m. O referido modelo de auto e os Termos da Notificação, passam a ser utilizados a partir de 01JAN14 pelo dispositivo da GNR,
especialmente pelo dispositivo de trânsito, em substituição do atual modelo.
n. Em face do exposto, importa proceder à divulgação das necessárias instruções relativas ao preenchimento do mencionado auto,
procedendo-se igualmente à divulgação e esclarecimento dos modelos dos Termos de Notificação.
2. INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO
As instruções de preenchimento do auto constam da contracapa de cada bloco de autos, conforme modelo que se junta.
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Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN Pronto-Socorro
3. ESTRUTURA
O modelo de auto encontra-se dividido em sete (7) campos, a saber:
a. Arguido
Este campo destina-se ao preenchimento dos dados respeitantes ao arguido, devendo-se preencher com o máximo de elementos
possíveis.
b. Veículo
Este campo destina-se ao preenchimento dos dados respeitantes:
(1) Ao veículo automóvel ou ao veículo trator, este último no caso de veículo único;
Ao condutor do veículo, quando este for pessoa distinta do arguido.
c. Infração
Este campo destina-se ao preenchimento dos dados respeitantes à infração, nomeadamente:
(1) Local da infração;
(2) Descrição sumária da infração;
(2) Legislação infringida;
(3) Código da infração (presentemente não há codificação atribuída pelo IMT, ACT ou outra entidade administrativa);
(4) Gravidade da infração;
(5) Infração presenciada pelo autuante ou não.
d. Sanções
Este campo destina-se ao preenchimento dos dados respeitantes às sanções, nomeadamente:
(1) Legislação punitiva;
(2) Valor previsto mínimo e máximo da coima em euros;
(3) Sanção acessória prevista.
e. Outras informações
(1) O campo “Deve aguardar posterior notificação da entidade administrativa competente” deve-se assinalar, exceto nos casos
em que o arguido opte por efetuar o pagamento da coima no ato de fiscalização, diretamente ao agente autuante, e não esteja
prevista a possibilidade de aplicação de sanção acessória.
(2) Termos da notificação
(a) O campo “Junta-se os termos de notificação” deve-se assinalar quando se procede à entrega dos termos de notificação
juntamente com a notificação do auto.
(b) Os termos de notificação só devem ser entregues juntamente com a notificação quando o infrator é obrigado a efetuar o
pagamento voluntário da coima ou prestar depósito, no ato da fiscalização, o que acontece nas seguintes situações do âmbito da
ACT ou do IMT:
(…)
(c) Existem dois modelos de Termos de Notificação para entrega ao arguido/ condutor:
Modelo A – Este modelo é para ser entregue no âmbito das infrações da competência da ACT.
Este modelo substitui o modelo aprovado pela Circular n.º 17/2011, de 24 de junho, da DO/CO/GNR.
Modelo B – Este modelo é para ser entregue no âmbito das infrações da competência do IMT:
(…)
No ponto 4º dos termos da notificação de modelo B, o autuante deve assinalar a situação em função do caso em
concreto.
(d) Os modelos A e B dos Termos da Notificação, devem ser reproduzidos nas subunidades.
f. Assinatura
(1) Este campo destina-se à assinatura do autuante, testemunhas e arguido/ condutor.
(2) É igualmente destinado à certificação da recusa do arguido/ condutor em receber/ assinar a notificação.
g. Recibo
(1) Este campo destina-se a comprovar o pagamento da coima ou a prestação de depósito no ato da fiscalização, diretamente ao agente
autuante.
(2) Na parte superior deve ser mencionada e descrita a quantia recebida pelo autuante.
(3) Na parte inferior, para além da assinatura, posto e número do autuante, nos campos “Tipo” e “Modo” deve-se assinalar uma opção
em cada um deles.
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INSTRUÇÃO
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TERMOS DA NOTIFICAÇÃO
Modelo B
Pela presente notificação, fica o arguido, nela identificado, a saber que:
1º É imputado a prática do facto nela descrito, sancionado nos termos das disposições legais também nela referidas.
2º Se a contraordenação for sancionada apenas com coima, com o pagamento voluntário desta, o processo é arquivado, se
não impugnar a autuação no prazo legal.
3º O pagamento voluntário da coima ou a prestação de depósito deve ser efetuado no ato de verificação da
contraordenação, destinando-se o depósito a garantir o pagamento da coima em que o infrator possa ser condenado, bem
como das despesas legais a que houver lugar.
4º Caso o infrator declare que pretende pagar a coima ou prestar depósito e não puder fazê-lo no ato da verificação da
contraordenação, ser-lhe-ão apreendidos provisoriamente:
Documentos relativos ao veículo e à realização do transporte (art.º 32.º n.º 4 DL n.º 3/2001, de 10 de janeiro);
O livrete e título de registo de propriedade ou o certificado de matrícula do veículo (art.º 35.º n.º 3 DL n.º 257/2007, de
16 de julho);
A carta de condução, o livrete e título de registo de propriedade ou certificado de matrícula do veículo (art.º 29.º n.º 3
DL n.º 126/2009, de 27 de maio);
O livrete e título de registo de propriedade ou o certificado de matrícula do veículo (art.º 9.º n.º 3 DL n.º 169/2009, de
31 de julho);
O título de condução, o certificado de matrícula do veículo, a ficha de inspeção periódica e a licença do veículo ou
equivalentes e, se existirem, o certificado de formação do condutor e o certificado de aprovação do veículo (art.º 15.º
n.º 4 DL n.º 41-A/2010, de 29 de abril);
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CAPÍTULO V
Disposições finais e transitórias
Artigo 21.º
Prorrogação de prazo
O prazo previsto no n.º 3 do artigo 36.º do Decreto-Lei n.º 38/99, de 6 de fevereiro (atualmente DL n.º 257/2007,
de 16JUL), fica prorrogado até à data de entrada em vigor do presente diploma, na parte aplicável ao
transporte de viaturas avariadas ou sinistradas.
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Artigo 22.º
Produção de efeitos
O presente diploma produz efeitos a partir de 8 de março de 2001.
Artigo 23.º
Entrada em vigor
O presente diploma entra em vigor 30 dias após a data da sua publicação.
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ANOTAÇÕES
PERGUNTAS FREQUENTES
Foi publicado o Decreto-Lei n.º 25/2014, de 14 de fevereiro, que procedeu à alteração do Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho
relativo ao regime de acesso e exercício da atividade de prestação de serviços com veículos pronto-socorro.
Esta revisão teve como objetivo principal simplificar os requisitos de acesso e de exercício à atividade de prestação de serviços com
veículos de pronto-socorro pelo que, foram eliminados os anteriores requisitos de capacidade financeira, capacidade técnica e idoneidade.
Entendem-se por veículos pronto-socorro, aqueles que estejam devidamente adaptados para o transporte ou reboque de veículos
avariados ou sinistrados, assim classificados no respetivo documento de identificação automóvel.
A prestação de serviços por meio de veículos pronto-socorro, para além do transporte ou reboque de veículos avariados ou
sinistrados, abrange o transporte ou reboque dos seguintes veículos, aliás à semelhança do já anteriormente previsto:
a) Destinados a substituir veículos avariados ou sinistrados;
b) Automóveis classificados como antigos ou de coleção;
c) Que não possam circular na via pública;
d) Que se destinem a exposições ou manifestações desportivas.
A atividade de prestação de serviços por meio de veículos pronto-socorro só pode ser exercida em território nacional por
prestadores aqui estabelecidos que efetuem uma mera comunicação prévia, que consiste no seguinte:
• Os prestadores estabelecidos em território nacional para a prestação de serviços por meio de veículos pronto-socorro devem
enviar, antes do início da atividade em causa, mera comunicação prévia ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P. (IMT,
I.P.), ou à autoridade territorialmente competente nas Regiões Autónomas dos Açores ou da Madeira, juntando os seguintes
elementos/ documentos:
a) A sua identificação, e indicação do local de estabelecimento, entendendo-se como tal as instalações utilizadas para a
gestão e operação da atividade;
b) A identificação dos veículos pronto-socorro que pretendem utilizar;
c) A indicação do exercício da atividade a título principal ou acessório, identificando neste caso a atividade principal conexa;
d) Declaração de regularidade da situação contributiva perante a administração tributária e a segurança social (este requisito
constitui uma novidade, que entendemos ser positiva, contribuindo para uma concorrência saudável no exercício da
atividade).
Entretanto, caso se verifiquem alterações relevantes que devam ser do conhecimento da autoridade competente, os prestadores de
serviços por meio de veículos pronto-socorro estabelecidos em território nacional têm o dever de comunicar ao IMT, I.P., ou à autoridade
territorialmente competente de uma Região Autónoma, conforme o caso aplicável, no prazo de 30 dias a contar da data da sua ocorrência,
qualquer alteração que ocorra quanto aos seguintes elementos acima já indicados, mas que voltamos a citar:
- Identificação, e indicação do local de estabelecimento, a identificação dos veículos pronto-socorro que pretendem utilizar e
sobre a indicação do exercício da atividade a título principal ou acessório, identificando neste caso a atividade principal
conexa.
- Além disso, estão também os prestadores de serviços obrigados a comunicar ao IMT, I.P., a cessação da respetiva atividade
em território nacional.
Passa ainda a ser possível prestar esta atividade de forma ocasional e esporádica, em território nacional, em regime de livre prestação
de serviços, por prestadores legalmente estabelecidos para esta atividade noutro Estado-membro da União Europeia ou do Espaço Económico
Europeu.
No respeitante aos veículos de pronto-socorro utilizados pelas empresas que se dedicam a esta atividade e que sejam matriculados
em Portugal, devem os mesmos ser aprovados/ homologados pelo IMT, I.P.
Além disso, devem os prestadores de serviços através de viaturas pronto-socorro, que os veículos devem passar a ostentar dísticos
de identificação.
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Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26JUN Pronto-Socorro
Com as alterações ao Decreto-Lei n.º 193/2001, de 26 de junho, clarifica-se esta problemática da utilização de caderno de registo de
serviços e/ ou de guia de transporte. Assim, prevê-se agora que os serviços de transporte ou reboque de veículos avariados ou sinistrados
efetuados por empresas estabelecidas em território nacional devem ser descritos de forma sequencial num caderno de registo constituído por
folhas numeradas e não destacáveis (de modelo aprovado por despacho do presidente do conselho diretivo do IMT, I.P), e, durante a realização
de cada serviço de transporte ou reboque deve estar a bordo do veículo pronto-socorro o caderno de registo que contém a respetiva descrição.
Entretanto, como alternativa ao caderno de registo de serviços, as empresas podem:
- Utilizar a guia de transporte a que se refere a regulamentação relativa ao transporte geral de mercadorias ou realizar o
registo dos serviços nos termos da legislação do Estado-membro de origem, caso aplicável.
Quanto às empresas que prestem serviços de transporte ou reboque de veículos avariados ou sinistrados em regime de livre
prestação em território nacional registam-nos nos termos da legislação do Estado-membro de origem, podendo, para o efeito, igualmente utilizar
a guia de transporte a que se refere a regulamentação do transporte geral de mercadorias.
Por fim, esclarecemos que foram revogadas a Portaria n.º 747/2008, de 29 de agosto que estabelece as regras de obtenção do
certificado que atesta os conhecimentos profissionais para o exercício da atividade de prestação de serviços com veículos pronto-socorro.
Foi ainda revogado o artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 145/2008, de 28 de julho, que estabelece a extensão à atividade de pronto-
socorro do artigo 4.º-A do Decreto-Lei n.º 239/2003, de 4 de outubro. Ou seja, por efeito, da revogação deste artigo, deixam de ser aplicáveis as
seguintes regras no que respeita à formação dos preços dos serviços:
“O preço do transporte é revisto sempre que se verifique uma alteração de amplitude superior a 5 % entre, consoante o caso:
a) O preço de referência do combustível do dia imediatamente anterior à celebração do contrato de transporte e a média dos preços de
referência do combustível no período compreendido entre o dia imediatamente anterior à celebração do contrato e o dia
imediatamente anterior à realização da operação de transporte, caso o objeto do contrato respeite a uma única operação de
transporte;
b) O preço de referência do combustível do dia imediatamente anterior a cada operação de transporte e a média dos preços de
referência do combustível no período compreendido entre o dia imediatamente anterior a cada operação de transporte e o dia
imediatamente anterior à operação de transporte antecedente que tenha originado uma atualização do preço do transporte ou, caso
não tenha ocorrido qualquer atualização ou se trate da primeira operação de transporte, o dia imediatamente anterior à celebração
do contrato, caso o objeto do contrato respeite a várias operações de transporte. ”
Desaparecerá também a obrigação de a guia de transporte/ caderno de registo de serviços, mencionar expressamente o preço de
referência do combustível, bem como da fatura mencionar expressamente o custo efetivo que o combustível representou na operação de
transporte.
Relativamente à atividade de prestação de serviços por meio de veículos Pronto-Socorro por empresas licenciadas ao abrigo do DL
n.º 257/2007, de 16JUL - Regime jurídico aplicável aos transportes rodoviários de mercadorias, por meio de veículos com PB igual
ou superior a 2500 kg, terão de cumprir os condicionalismos previstos no mesmo.
Alvará da empresa;
Licença do veículo;
Dísticos identificativos “TP”;
Guia de Transporte.
Assim, deverá ser consultado o Manual EG - TRANSPORTE DE MERCADORIAS.
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