CAR2
CAR2
CAR2
(licenciatura em História)
Universidade Rovuma
Nampula
2024
Elementos do 3º Grupo:
Carmona Herminio João
Ericha Pinto farnera
Florinda Momade Ibraimo
Iolanda Ramadane Alexandre
Márcia Victorino Neves Morrupa
Maria da graça José Quania
Mariamo Sumail
Rasaque Jaime Estevão
Saisse Artur Namuaca Chale
(licenciatura em História)
Universidade Rovuma
Nampula
2024
Índice
1. Introdução .......................................................................................................................... 4
10. Conclusão..................................................................................................................... 21
1. Introdução
Este presente trabalho aborda sobre a civilização ameríndia em concreto os Incas e também
fala sobre as relações dos ameríndios com os europeus. Espera-se atingir os objetivos que
abaixo estarão mencionados. Este império Inca foi vasto e foi um povo com muitas habilidades
e com características únicas, com este artigo esperasse entender melhor sobre esse povo que é
histórico pois até nos dias actuais a vestígios da existência de descendência dos Incas.
Objectivo geral:
Objectivos específicos:
Métodos
Para atingir os objectivos acima citados o trabalho baseou-se em documentos produzidos por
diferentes autores que encontram-se devidamente citados e representados na pagina reservada
para as bibliografias.
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1. Civilizações Ameríndias
Os povos ameríndios foram conhecidos como o equívoco que esteve na origem do termo
«índios», desde a viagem de Cristóvão Colombo, em 1492, ao atingir as Antilhas, convencido
que tinha alcançado a Índia. Mas equívoco, ou não, já quando Colombo se encontrou com os
primeiros selvagens das terras que acabara de descobrir, descreveu-os de modo muito
semelhante ao de Pero Vaz de Caminha, sentindo que tinha encontrado o «Paraíso Terrestre».
Segundo Silva Daniel (2010) o surgimento oficial do Império Inca aconteceu, segundo os
historiadores, com o reinado do Sapa Inca (termo em quéchua para imperador) Pachacuti.
Durante seu reinado, os incas iniciaram a conquista territorial da região andina, processo que
foi continuado por outros imperadores incas.
amazônica. Em toda a América do Sul, vivendo ainda na Idade da Pedra, somente a Terra do
Fogo escapava ao fascínio de sua magnificência, que deveria dar origem ao mito do Eldorado
quando os espanhóis, por sua vez, foram por ela atraídos.
Os lncas, no entanto, tiveram origens obscuras e um difícil começo na região onde, por longo
tempo, desempenharam afigura de intrusos. Sua expansão começou apenas em meados do
século xv sob o reinado de Pachakuti, nono soberano de Cuzco. Embora tardia, essa expansão
assegurou-lhes rapidamente a herança de uma tradição cultural que muitos povos haviam
contribuído para forjar e enriquecer ao longo de um passado muitas vezes milenário.
Incas conseguiram construir um império territorialmente muito vasto, que se estendia por mais
de 4 mil quilômetros, desde parte da Colômbia até o norte do Chile e da Argentina. Os povos
conquistados por eles eram obrigados a pagar impostos, e as regiões dominadas eram
integradas ao império por meio da construção de estradas (os incas possuíram mais de 40 mil
quilômetros de estradas), por ordem do Sapa Inca, e culturalmente absorvidas com o
deslocamento de população quéchua para essas regiões.
O grandioso império dos incas era denominado por eles próprios de Tawantisuyu (o Império
das quatro direções, em quéchua) e era dividido em quatro grandes províncias chamadas de:
• Chinchasuyu (norte);
• Antisuyu (leste);
• Contisuyu (oeste);
• Collasuyu (sul).
Alem da grandiosidade territorial, o Império Inca era caracterizado pela grande diversidade de
povos e de culturas dominadas pelos incas/quéchuas. Estima-se que o Império Inca possuísse
em torno de seis a dez milhões de habitantes. Nessa vasta população, existiam, pelo menos, 30
idiomas diferentes.
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A base da economia era a agricultura que produzia tudo o que os incas possuíam. A alimentação
baseava-se no milho e na batata, no entanto, os incas também produziam grandes quantidades
de itens como algodão e pimenta. A fertilidade da agricultura dos incas era resultado do uso de
uma técnica conhecida como curvas de nível.
A produção agrícola era realizada nos ayllus, que consistiam uma unidade social na qual um
grupo de pessoas cultivava um determinado pedaço de terra. Era dever do ayllu produzir tudo
o que fosse necessário para sua própria sobrevivência, além de pagar os impostos que eram
devidos ao Sapa Inca. Cabia ao chefe do ayllu, conhecido como kuraka, fazer uma divisão
igualitária dos alimentos produzidos e também auxiliar os membros de seu ayllu que
enfrentassem dificuldades.
Além disso, os incas desenvolveram uma forma de trabalho compulsório que se chamava mita.
A mita determinava que todo trabalhador inca deveria trabalhar para o estado por um
determinado período no ano. Assim, quando o imperador convocasse, os trabalhadores eram
levados para trabalhar nas obras públicas de construção de estradas, por exemplo.
A comunicação entre esses mundos era feita através de elementos da natureza, como a chuva;
e os animais, como o condor.
Os Incas se estabeleceram em Cusco a partir do ano 1.200 dC Nesta primeira etapa de sua
história, a sociedade inca foi denominada ‘Curacazgo del Cusco’ porque não conseguiu uma
grande expansão de seu território. Durante os primeiros anos de existência, os Incas tiveram
conflitos constantes com ayllus vizinhos como os Ayamarcas ou os Pinaguas.
Durante o chamado ‘Curacazgo del Cusco’, os Incas tinham oito governantes: Manco Cápac,
Sinchi Roca, Lloque Yupanqui, Mayta Cápac, Cápac Yupanqui, Inca Roca, Yahuar Huacac e
Huiracocha Inca.
Pachacutec (1418 – 1471) foi o líder dos Incas durante as guerras contra os Chancas. Ele era
filho de Huiracocha Inca, que deixou cusco após a ameaça de Chanca. A surpreendente vitória
Inca forçou o Inca a coroar Pachacutec como o novo governante.
O sucessor de Pachacutec foi Túpac Yupanqui (1411 – 1493), que continuou com a expansão
do império Inca. O mesmo aconteceu com Huayna Cápac (1468 – 1524), seu filho e sucessor,
que alcançou a expansão máxima do império. Atingiu mais de 3.000 quilômetros quadrados.
Ao norte alcançou o rio Ancasmayo na Colômbia, ao sul o rio Maule no Chile (e Tucumán na
Argentina). Do Leste, ele timidamente entrou na selva amazônica. A oeste, fazia fronteira com
o Oceano Pacífico.
nem mãe, sem terras nem bens, esses ancestrais perambularam por longo tempo entre
Tampukiro, Pallata e Hayskisro, deslocando de um lugar a outro seu frágil acampamento. O
mais velho, Ayar Kachi, regressou de Hayskisro, reentrando na caverna matricial para aí se
converter em waha (divindade local). Os mais jovens prosseguiram sua longa marcha até o
cume do monte Wanakawri, que domina o vale do Huatanay. Lá, Ayar Uchu se petrificou,
enquanto Manko Kapaq lançava um bastão de ouro em diversas direções a fim de determinar
o lugar que marcaria o fim de sua marcha errante. O bastão afundou-se nas terras de Wanaypata,
das quais Ayar Kachi tomou posse antes de se petrificar por sua vez. Ficando sozinho, Manko
estabeleceu-se em Wanaypata e aí cons truiu a cidade de Cuzco. Com o auxílio de sua esposa-
irmã, Mama Oqllo, reuniu sob sua autoridade as populações esparsas das redondezas, que
viviam na barbárie, para fazê-Ias penetrar na civilização. Os Incas considerariam para sempre
Manko Kapaq como o ancestral de sua tribo, fundador de seu Império e herói civilizador de
toda a humanidade.
Seria vão procurar nesse relato as etapas de uma migração histórica e as condições reais que
determinaram a instalação dos migrantes na bacia de Cuzco. Quando os Incas penetraram nessa
região, muitas tribos já havia muito antes fixado suas aldeias. A mais antiga era, sem dúvida, a
dos Sawasiray, que tinham Paqariq tampu como paqarina e Ayar Kachi como ancestral.
Oi?Sawasiray eram vizinhos dos Allkawisa, cuja paoarina era Wa~;kawri e o ancestral, Ayar
Uchu. Essas duas tribos haviam concluído uma aliança com os Maras, que acreditavam
descender de Ayar Awka; e foi nessa aliança que entraram os Incas, os quais traçavam sua
descendência a partir de Manko Kapaq. O mito dos irmãos Ayar aparecia, assim, como
elaboração tardia a partir de elementos díspares. Ele visa, em primeiro lugar, atribuir uma
origem comum aos ancestrais-fundadores de quatro grupos étnicos diferentes que haviam
decidido confederar-se. Sua principal função era justificar a situação política de Cuzco após a
chegada dos Incas, e não descrever o itinerário que estes teriam empreendido.
Urubamba, tendo supostamente afinidades amazonenses. Outros indícios, por outro lado,
sugerem localizar-se no interior da alta floresta amazônica o foco original dos Incas.
No curso do século XIV, Sinchi Roka, que a tradição apresenta como filho e sucessor de Manko
Kapaq, e depois Lloki Yupanki, Mayta Kapak e Kapa Yupanki desempenharam com grande
energia o cargo de chefe de guerra no qual foram sucessivamente investidos. Eles
empreenderam numerosos ataques para saquear as cidades das vizinhas; e sem dúvida também
tiveram de rechaçar muitos assaltos. Seus sucessos militares reforçaram, a uma só vez, tanto a
posição da confederação cuzquenha na região como a da tribo inca no sistema federativo de
Cuzco. Com a morte de Kapa Yupanki, a relação de forças entre os aliados foi
consideravelmente modificada em favor dos Incas para que Inka Roka pudesse apoderar-se do
controle da confederação. À frente de seus guerreiros, o novo sinchi derrubou pela violência as
autoridades de Hanan, acumulando suas funções. A estátua de Manko Kapaq foi trans portada
solenemente para a metade do alto. O culto do Sol, ligado ao do ancestral tribal, foi imposto a
todos os aliados. Subordinados aos Incas, estes foram condenados a perder pouco a pouco a
sua autonomia e a se fundir em um Estado de pretensão unitária.
Favre ainda afirma que Inka Roka foi o primeiro soberano inca a merecer plenamente esse
título. Ele chefiou muitas expedições, que culminou com a incorporação de uma dezena de
aldeias periféricas, tais como Muina e pinawa. Mas a obra que ele deixou permaneceu frágil e
foi devastada por revoltas durante o efémero reinado de seu inexpressivo sucessor Yawarr
Waqaq, interrompido por uma conspiração. Todavia, Wiraqocha Inka, subindo ao poder em
1400 aproximadamente, conseguiu neutralizar os excessos dessas tendências autonomistas.
Esse soberano, que tomara o nome de uma antiga divindade pan-andina, lançou seus
turbulentos aliados à conquista dos terrenos de coca e milho de Calca, no alto Urubamba. Em
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seguida invadiu o território dos Kana e dos Kanchi, submetendo os à sua dependência. Essa
vitória, que garantiu aos Incas o acesso ao planalto, permitiu-lhe intervir como mediador no
conflito que opunha as grandes etnias ribeirinhas do lago Titicaca. O Estado inca tornara-se um
poder que, dali por diante, o sul andino teria de levar em conta. Na verdade, esse poder era
ainda muito modesto comparado à amplitude que iria alcançar, mas que nada ainda permitia
prever, pois- por maior que fosse no interior e por mais respeitada que fosse no exterior- a
autoridade de Wiraqocha jamais ultrapassou de uns 40 quilômetros além de Cuzco.
Burland (1992) diz que os artistas quechuas eram chamados de Yachachic Runa. Dentre as artes
praticadas pelos Incas destacam-se: a arquitetura, a cerâmica, a tecelagem, ourivesaria e
prataria, pintura, teatro, poesia, música, dança e mumifi cação. A arquitetura foi a maior dentre
todas as artes praticadas no Império. Ela unia beleza e utilidade, superando a concepção
puramente funcional. Os Incas nos legaram magnífi cos trabalhos construtivos, nos quais se
destacam o uso de grandes pedras (ciclopes), de pedras angulares (poligonal) e em formas
retangulares (imperial).
Ferreira ainda fala da arquitetura e diz que se tratava de uma arquitetura simples, sólida e
simétrica; que se apre sentava em diferentes estilos: palaciano, religioso, militar civil ou
popular. A cerâmica apresentava-se sóbria, sem muitos efeitos coloridos. En contraram-se,
principalmente, vasos e pratos com asas. As referidas asas poderiam ser usadas como suporte
para colocar peças ao fogo. Já os vasos serviam para transportar diferentes tipos de líquidos.
Os Incas também foram hábeis tecelões e criativos metalúrgicos. Destacaram-se, inclusive, na
manipulação do ouro, visto que o metal amarelo era utilizado para modelar fi guras que
representavam o deus sol. Trabalhavam também com a prata que era usada para confecionar
objetos, vasos cerimoniais, ídolos e adornos para os nobres. As pinturas apareciam
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principalmente no Keros, vasilhas feitas em madeira que eram utilizadas na decoração externa
e em atos cerimoniais. Elas representavam tanto fi guras humanas como animais.
No Artigo de Daniel Neves disponibilizado no site brasil escola, afirma que a expedição
espanhola que iniciou a conquista dos incas foi organizada pelo espanhol Francisco Pizarro,
um plebeu que havia chegado à América com 34 anos (em 1532, ele tinha 56 anos). Pizarro
possuía domínios em Castilla del Oro (Panamá) e, a partir de relatos de outros exploradores,
interessou-se pela região chamada “Biru”, onde se dizia haver grandes riquezas.
Em 1527, realizou uma expedição para localizar o Império Inca. No entanto, essa expedição
fracassou, e Pizarro encontrou apenas povos subjugados pelos incas. Em 1529, Pizarro
conseguiu autorização do rei espanhol, Carlos V, para empreender a conquista desse império.
Então, ele partiu do Panamá com cerca de 200 homens, 27 cavalos e indígenas, que eram seus
intérpretes.
Pizarro encontrou o Império Inca dividido por uma guerra civil: os irmãos Huáscar e Ataualpa,
ambos herdeiros do trono, lutavam entre si para ver qual dos dois iria governar após a morte
do pai. Contando com armas de fogo e aproveitando-se da divisão dos exércitos incas, Pizarro
conseguiu se impor e transformar o Peru numa colônia espanhola.
Apesar da superioridade tecnológica dos espanhóis, os incas resistiram à conquista por décadas.
Eles se rebelaram contra o domínio estrangeiro, liderados por líderes como Manco Inca e Túpac
Amaru. Essas rebeliões foram violentamente reprimidas pelos espanhóis, mas mostraram a
determinação dos incas em manter sua cultura e tradições.
Como vê-se no parágrafo anterior quando chegou às regiões dominadas pelos incas, Pizarro
descobriu que uma guerra civil havia acontecido entre as forças de Atahualpa e Huáscar,
resultando na vitória de Atahualpa. Em seguida, Pizarro organizou um encontro com Atahualpa
nas montanhas de Cajamarca, no caminho para Cuzco. Durante esse encontro, um
desentendimento entre espanhóis e incas resultou no massacre desses indígenas e, em seguida,
seu líder, Atahualpa, foi feito prisioneiro.
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Atahualpa ofereceu a Pizarro um quarto cheio de ouro para que fosse libertado. Pizarro aceitou
a oferta, porém, não o libertou. Tempos depois, Atahualpa foi enforcado a mando do espanhol.
Alguns relatos contam que Pizarro fez isso sob orientação de Diego de Almagro.
A morte de Atahualpa foi um golpe devastador para o Império Inca. Os espanhóis aproveitaram
a oportunidade para tomar o controle da região, usando táticas violentas e doenças que os incas
não tinham resistência. As batalhas duraram aproximadamente 40 anos. Algumas fontes
afirmam que finalmente os espanhóis assassinaram Túpac Amaru em 1572, este que foi o
último rebelde e opositor da ocupação dos espanhois no território dos incas. Com a morte do
último rebelde inca de Vilcabamba, o poder inca acabou.
Diz-se que a expedição de Pizarro nas terras dos incas encerrou-se em 1541, após seu
assassinato. A morte de Pizarro foi um capítulo da disputa entre ele e Diego Almagro pelo
controle de Cuzco. Esse episódio resultou de uma retaliação contra Pizarro, pois ele havia
mandado matar Almagro em 1538. De qualquer maneira, a essa altura, o Império Inca já havia
sido enfraquecido pelos espanhóis, que instalaram as bases para a colonização do Vice-Reino
do Peru.
Indaga-se quais foram os fatores que teriam levado povos europeus a se aventurarem no além-
mar, especialmente nos territórios contemporaneamente denominados americanos. A literatura
histórica ressalta os principais aspectos.
Em segundo lugar, buscava-se rota alternativa para acesso de mercados asiáticos, como o
chinês e o indiano (BROGAN, 2001).
A difusão da fé católica era fator considerável para que fossem assentadas missões
colonizadoras em territórios longínquos, ocupados por populações racialmente e
linguisticamente estranhas para os padrões europeus (SCHWARCZ; STARLING, 2015).
Ao longo dos séculos XVI e XIX inúmeros missionários, viajantes e naturalistas estiveram no
continente americano com o propósito de explorá-lo – no sentido de conhecer seus atributos e
sistematizá-los, com intuito de uma maior apropriação de suas riquezas materiais e
potencialidades comerciais e políticas. Esses personagens eram essenciais não só para o Estado
Português – haja vista que foram estes que tiveram o primeiro contato com terras e tribos, atrás
de informações favoráveis e práticas para expansão e legitimidade do Império – mas também
para o progresso crescente das nações europeias que passaram a depender diretamente da
utilização consciente dos produtos e recursos naturais do Novo Mundo. Isso criara uma extensa
rede de informações institucionais, comerciais e geopolíticas que interferiam e transformaram
as relações socioculturais de todos os envolvidos – dos países europeus aos nativos e súditos
do continente americano. A aclimatação em conjunto com a racionalização impulsionaria
diretamente a produção agrícola e a indústria medicinal.
Quando os colonos ingleses chegaram na América do Norte no século XVII, o território dos
EUA, México e Canadá era habitado por diversos povos indígenas.
De acordo com Ramos (1994) Os povos nativos da América do Norte ocupavam grande parte
do território antes da chegada dos europeus (séculos XVII). Com o início da colonização da
América do Norte pelos ingleses, franceses e espanhóis, estas tribos foram, aos poucos,
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perdendo suas terras e identidade cultural. Atualmente, os poucos descendentes destes povos
vivem em reservas indígenas estabelecidas, pelo governo dos EUA, a partir do século XX.
No século XIX se intensificou a conquista do oeste do território dos EUA por parte dos colonos
americanos. Estes buscavam territórios para fundar cidades, praticar a agricultura e explorar
minas de ouro e riquezas naturais (principalmente madeira).
Neste processo, ocorreram guerras entre estes colonos e os povos indígenas que habitavam a
região. Esta conquista foi sangrenta, pois os colonos, organizados em exércitos, utilizaram
armas de fogo. Já os nativos americanos combateram, principalmente, com arcos e flechas e
lanças de madeira.
No começo do século XX, grande parte do território central e oeste dos Estados Unidos tinha
sido conquistado pelos colonos americanos. Os poucos índios que sobreviveram às guerras
ficaram confinados em pequenos territórios.
Alguns dos povos abaixo ainda possuem integrantes, porém em quantidade bem menor em
comparação com a época inicial da colonização (século XVII).
A interação com os povos locais foi bastante heterogênea. Variou, naturalmente, a depender de
qual potência europeia entrava em contato com específicas etnias locais, que apresentavam
práticas culturais bastante distintas (DAVIDSON, 2016). Com efeito, o que se hodiernamente
considera “indígena” era dividido em mais de trezentos dialetos distribuídos do Atlântico ao
Pacífico (KARNAL, 2007).
Relatos de violência dos ingleses contra os nativos (constam da historiografia (GRANT, 2014).
O impacto mais negativo, entretanto, deu-se pela disseminação de doenças, como o sarampo e
a gripe (KARNAL, 2007), que também fulminaram nativos americanos na parte meridional do
continente. Nesse aspecto (BROGAN, 2001), a história americana parece, realmente,
apresentar traço comum (SÁNCHEZ-ALBORNOZ, 2012): as enfermidades inéditas no
continente causaram clara mortandade, o que auxiliou, ainda que não intencionalmente, a
consolidação do domínio europeu sobre o solo americano.
Próximo ao Ártico, os esquimós e os aleuts foram os povos dominantes antes do contato com
os europeus. Estes últimos travaram contato com os russos em meados do século XVIII e foram
fisicamente destratados por caçadores russos e siberianos. Neste caso, a relação de domínio foi
cristalizada pela conjunção entre violência física e imposição do instituto jurídico da servidão,
presente entre os russos: os aleuts trabalhavam para assegurar suprimentos de pele. Seus modos
tradicionais de vida foram basicamente erradicados. Para piorar a situação, no século XIX,
quando o Alasca passou a ser considerado alvo de exploradores de ouro, houve impacto ainda
maior na colonização europeia (LUEBERING, 2011).
Experiência menos traumática (e, talvez, menos “tradicional”) se deu com os Chipewyan. Essa
tribo, pertencente ao atual norte do Canadá, funcionou como entreposto comercial. Havia forte
demanda por peles de animais; cientes dessa necessidade europeia, os Chipewyan traziam
produtos obtidos em tribos mais interioranas nomeadamente, os Dogrib e os Facas-Amarelas
para os britânicos. Neste caso, a relação de dominação não foi explícita, tanto que o impacto
mais significativo à tribo ocorreu por conta do surto de varíola em 1781 (LUEBERING, 2011).
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Ainda, essa tribo era considerada violenta impressão que os europeus não tiveram sobre os
canadenses Awokanak, supostamente “tímidos” e “pacifistas”.
Com efeito, nota-se que o “ameríndio” não foi elemento passivo, servil ou simpático aos
europeus quase como se fosse personagem inocente traído pelos invasores dominados por
lógica proto capitalista.
De acordo com PERREGALLI (1987), e outras fontes dá para entender que o primeiro contato
entre portugueses e índios foi marcado pelo espanto diante do novo, do diferente. Inicialmente,
não houve violência, mas sim um contato amistoso e movido por boa disposição.
Os próprios índios, ao avistarem as caravelas no mar, algo completamente novo, tomaram suas
embarcações e navegaram ao encontro dessa novidade. Os portugueses se depararam com um
povo completamente diferente, que trajava poucas roupas e falava uma língua estranha.
Na matéria do brasil paralelo afirma-se que no dia 22 de abril de 1500, a frota de Pedro Álvares
Cabral aportou na Bahia, em um local ocupado pelas tribos Tupi-Guarani. Esse fato foi
importante e singular. Pois nessa região, as tribos tinham um caráter menos violento,
facilitando a primeira conversa entre portugueses e índios.
A história seria outra se os portugueses tivessem desembarcado perto de tribos como a dos
Aimorés ou dos Botocudos, conhecidos pela violência e instinto guerreiro.
Devido à recepção amigável e à curiosidade face a uma nova cultura, o olhar atento e
interessado estava presente nos dois lados, tanto portugueses, como indígenas.
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Dois animais que foram trazidos pelos portugueses despertaram a curiosidade dos indígenas: o
cachorro e a galinha. Nenhum deles era uma espécie encontrada no território sul americano.
Pero Vaz de Caminha relata a cômica cena de índios fugindo de uma pequena galinha. Os índios
igualmente ofereceram objetos raros na troca, como penas de araras, que adornavam o cocar
de membros mais imponentes da tribo.
Outros objetos portugueses foram oferecidos: machados, facões e espelhos. Em troca, os índios
entregaram o Pau-Brasil, árvore que atendeu uma grande demanda financeira dos europeus.
Os índios habitavam uma pequena parcela de um território vasto. Uma grande floresta de
vegetação alta e densa. O horizonte parecia ser infinito e os povos preocupavam-se apenas em
demarcar a área de suas tribos.
Muitos povos eram até seminômades, tendo ainda menos apego à terra. Portanto, invasão é um
termo apropriado apenas para ataques a tribos, quando estes ocorriam.
A violência já ameaçava a população ameríndia, ela não foi fruto apenas da chegada dos
portugueses.
Algumas tribos viram na aliança com os portugueses uma vantagem para se proteger de outros
povos, ou uma chance de vencer uma guerra contra outra tribo superior.
A relação de amizade, aliança e parceria econômica se firmou nos primeiros anos de colônia.
Há casos de portugueses que passaram a conviver com os índios em suas tribos segundo seus
usos e costumes. E, ao mesmo tempo, índios que optaram livremente por viver a vida nas vilas
portuguesas do litoral segundo à moda europeia.
Foi somente em 1530, período em que Portugal enviou mais homens para as Américas e
instalou a cultura da cana-de-açúcar, que a relação com os índios se alterou.
O índio se tornou a primeira mão de obra das grandes lavouras brasileiras. No entanto, já em
1537, o Papa Paulo III emitiu uma bula condenando a escravização dos indígenas. A
bula Sublimus Dei.
Considerava o indígena dotado de alma, capaz de viver a fé e com isso deveria possuir
liberdade.
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A partir da bula, os Jesuítas acordaram com o Rei Sebastião I para dar um fim a escravidão
indígena.
10. Conclusão
O presente trabalho debruçou sobre a civilização ameríndia concretamente os Incas, a sua
relação com os europeus também foi debruçada.
Com apoio a várias fontes escritas pode-se estudar a questão das civilizações ameríndias
concretamente os incas e ter-se a noção real da origem, organização social, educação e outros
componentes possíveis de estudar.
Segundo várias fontes A civilização inca ocupava o território que hoje corresponde ao Peru,
Colômbia, Equador, oeste da Bolívia, norte do Chile e noroeste da Argentina Calcula-se que o
Império Inca tenha reunido oito milhões de pessoas e durado aproximadamente de 1450 a 1519.
A base da economia era a agricultura e a distribuição de terras era feita de acordo com o
tamanho da família quer dizer quanto mais filhos, mais terras a família recebia. E este povo na
questão da cultura e religião os incas eram politeístas (adoravam a vários deuses) e acreditavam
que o universo estava organizado em três mundos: HananPacha (mundo de cima), KaiPacha
(mundo do meio) e UkuPacha (mundo subterrâneo). E a queda deste império inca deveu-se por
um lado a chegada dos espanhóis e por outro lado as guerras dentro do império.
Dá para entender não foi uma relação muito boa entre os ameríndios e os europeus devido a
usurpação da terra dos indígenas.
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11. Bibliografia
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Penguin, 2001.
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