Projeto Executivo Do Sistema de Esgotamento Sanitário Do Bairro Cohab Ii - Sobral/Ce

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PROJETO EXECUTIVO DO SISTEMA DE


ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO BAIRRO
COHAB II - SOBRAL/CE

VOLUME I
MEMORIAL DESCRITIVO, MEMORIAL DE CÁLCULO, ESPECIFICAÇÕES
TÉCNICAS, ANEXOS E ORÇAMENTO.

Outubro / 2017
PREFEITURA MUNICIPAL DE SOBRAL

SECRETARIA DE OBRAS - SEBRAS

SANEBRÁS – PROJETOS, CONSTRUÇÕES E CONSULTORIA LTDA.

PROJETO EXECUTIVO DO SISTEMA DE


ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO BAIRRO
COHAB II – SOBRAL - CE

VOLUME I
MEMORIAL DESCRITIVO, MEMORIAL DE CÁLCULO,
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS, ANEXOS E ORÇAMENTO.

Outubro de 2017

1
APRESENTAÇÃO

A Sanebrás – Projetos, Construções e Consultoria LTDA apresenta o Projeto Executivo do Sistema de


Esgotamento Sanitário do Bairro COHAB II, situado no município de Sobral, estado do Ceará.
Informamos para os fins necessários que o Projeto de Esgotamento Sanitário do COHAB II contempla
toda a área do referido bairro onde havia ausência do sistema de esgotamento sanitário.

O presente relatório do projeto é apresentado na forma de 2 volumes:


- Volume I, composto de: Memorial Descritivo, Memorial de Cálculo, Especificações Técnicas,
Orçamento e Anexos; e
- Volume II, composto de: Peças gráficas.

O presente documento corresponde ao Volume I, constando dos seguintes elementos:


• Memorial Descritivo – Este item apresenta a concepção, as premissas e a descrição do projeto;
• Memorial de Cálculo – Este item apresenta o dimensionamento dos elementos do sistema; e,
• Manual de Operação – Este item descreve a manutenção, controle, atividades de rotina,
recomendações e cuidados para a operação do sistema proposto;
• Especificações Técnicas – Apresenta as prescrições para o controle tecnológico na execução dos
elementos constituintes do projeto;
• Anexos – Indica informações complementares ao projeto; e
• Orçamento – Fornece os quantitativos e os custos de todos os materiais e serviços referentes às
obras necessárias à execução do projeto, juntamente com cronograma físico-financeiro para
implantação do empreendimento.

2
FICHA TÉCNICA

Dados da População
Ano População Total População Atendida % Atendimento
2017 1920 1920 100,00

Vazões de Projeto
VAZÃO (L/s) VAZÃO (m³/h)
ANO
Mínima Média Máxima Mínima Média Máxima
2017 1,90 3,23 5,37 6,84 11,63 19,33

Ligações Intradomiciliar
Descrição Quant. (und)
Ligação Intradomiciliares 384

Ligações Prediais
Descrição Quant. (und)
Ligação Predial - Padrão SAEE - Sobral 384

Rede Coletora
Descrição Sub-bacia Situação DN (mm) Comprimento (m)
01 Projetada 527,31
01 Substituição 150 54,13
PVC Rígido (NBR-7362)
02 Projetada 1.684,07
Total 2.265,51

Estação Elevatória de Esgoto


Estação Tipo Quant. Potência p/bomba (CV)
EEE-COHAB II Bombas Submersíveis 1 + 1R 2,0
Hman (m) Q p/ bomba (l/s) Sucção Barrilete
8,78 5,26 100mm 100mm

Linha de Recalque
Localização Vazão de Diâmetro Extensão
Elevatória Material
Montante Jusante projeto (l/s) (mm) (m)
C.T – PV Existente R. PVC
EEE-COHAB II EEE-COHAB II 5,26 100 429,22
Raimundo Rodrigues DEF°F°

3
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 7

2. MEMORIAL DESCRITIVO ....................................................................................................... 9


2.1. Caracterização do Município ............................................................................................................................. 10
2.1.1. Localização e Acesso ................................................................................................................................. 10
2.1.2. Aspectos Fisiográficos .............................................................................................................................. 11
2.1.3. Aspectos Socioeconômicos ...................................................................................................................... 12
2.1.4. Sistema de Abastecimento de Água ......................................................................................................... 12
2.2. Sistema de Esgotamento Sanitário Existente .................................................................................................. 12
2.3. Concepção do Sistema....................................................................................................................................... 12
2.4. Estudo Populacional........................................................................................................................................... 13
2.4.1. Projeção da População .............................................................................................................................. 13
2.5. Etapas de Implantação ....................................................................................................................................... 15
2.6. Descrição dos Elementos do Sistema .............................................................................................................. 15
2.6.1. Ligações Prediais ....................................................................................................................................... 15
2.6.2. Profundidade Mínima e Profundidade mais Conveniente ...................................................................... 15
2.6.3. Rede Coletora.............................................................................................................................................. 16
2.6.4. Estação Elevatória Esgoto, Linha de Recalque e Emissário .................................................................. 17

3. MEMORIAL DE CÁLCULO .................................................................................................... 19


3.1 Vazões das Bacias ............................................................................................................................................... 20
3.1.1 Vazões de Projeto ........................................................................................................................................ 20
3.2 Rede Coletora ....................................................................................................................................................... 23
3.3 Tratamento Preliminar ......................................................................................................................................... 28
3.3.1. Gradeamento ............................................................................................................................................... 28
3.4. Estação Elevatória de Esgoto – EEE ................................................................................................................. 29
3.4.1. Vazões de Projeto ....................................................................................................................................... 29
3.4.2. Tubulação de Recalque .............................................................................................................................. 30
3.4.3. Perdas de Carga.......................................................................................................................................... 30
3.4.4. Altura Geométrica ....................................................................................................................................... 32
3.4.5. Altura Manométrica .................................................................................................................................... 32
3.4.6. Curvas do Sistema e Pontos de Operação............................................................................................... 33
3.4.7. Conjunto Motor-Bomba .............................................................................................................................. 34
3.4.8. Poço de Sucção .......................................................................................................................................... 35
3.4.9. Ciclo de Funcionamento ............................................................................................................................ 36
3.4.10. Análise do Transiente Hidráulico ............................................................................................................ 37

4. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS .............................................................................................. 40


4.1. Introdução............................................................................................................................................................ 41
4.2. Serviços Preliminares ......................................................................................................................................... 41
4.2.1. Canteiro de Obras ....................................................................................................................................... 41
4.2.2. Placas de Obras .......................................................................................................................................... 41
4.2.3. Limpeza do Terreno .................................................................................................................................... 42
4.2.4. Locação das Obras ..................................................................................................................................... 42

4
4.2.5. Barragem de Bloqueio de Obra nas Vias Públicas .................................................................................. 42
4.3. Movimento de Terra ............................................................................................................................................ 42
4.3.1. Largura de Valas ......................................................................................................................................... 42
4.3.2. Escavação ................................................................................................................................................... 43
4.3.3. Reaterro ....................................................................................................................................................... 45
4.4. Serviços Complementares ................................................................................................................................. 46
4.4.1. Sinalização de Valas e Barreiras ............................................................................................................... 46
4.4.2 Passadiço de Madeira ................................................................................................................................. 46
4.5. Escoramentos ..................................................................................................................................................... 47
4.5.1. Escoramento Contínuo de Valas com Pranchas e Perfis Metálicos ...................................................... 47
4.6. Esgotamento de Valas ........................................................................................................................................ 48
4.6.1. Esgotamento com Bomba Submersa ou Auto-Aspirante ....................................................................... 48
4.6.2. Esgotamento com Equipamento à Vácuo – Sistema Well-Point ............................................................ 48
4.7. Demolição ............................................................................................................................................................ 49
4.7.1. Pavimentações e Estruturas ...................................................................................................................... 49
4.7.2. Recuperação de Pavimentação ................................................................................................................. 50
4.8. Assentamento de Tubulação ............................................................................................................................. 51
4.8.1. Generalidades ............................................................................................................................................. 51
4.8.2. Topografia ................................................................................................................................................... 52
4.8.3. Assentamento de Tubos de PVC ............................................................................................................... 54
4.8.4. Poços de Visita ........................................................................................................................................... 54
4.9. Diversos ............................................................................................................................................................... 55
4.9.1. Embasamento de Tubulação ..................................................................................................................... 55
4.9.2. Teste de Vazamento ................................................................................................................................... 56
4.10. Ligações Prediais .............................................................................................................................................. 57
4.10.1. Generalidades ........................................................................................................................................... 57
4.10.2. Material de Ligação................................................................................................................................... 57
4.10.3. Caixas de Inspeção................................................................................................................................... 58
4.11. Tratamento De Superfície .......................................................................................................................... 58
4.11.1. Chapisco ........................................................................................................................................... 58
4.11.2. Reboco ............................................................................................................................................. 59
4.11.3. Pintura.............................................................................................................................................. 59
4.11.4. Impermeabilização com Mantas Asfálticas ................................................................................... 60

5. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO TRATAMENTO PRELIMINAR E DA ESTAÇÃO


ELEVATÓRIA DE ESGOTO........................................................................................................ 63
5.1. Bombeamento de Esgoto ................................................................................................................................... 64
5.1.1. Geral ............................................................................................................................................................. 64
5.1.2. Operação ..................................................................................................................................................... 64
5.1.3. Partida .......................................................................................................................................................... 64
5.1.4. Operação das Bombas ............................................................................................................................... 64
5.1.5. Parada .......................................................................................................................................................... 65
5.1.6. Instruções para Operações Periódicas .................................................................................................... 65
5.1.7. Registro de Dados operacionais ............................................................................................................... 65
5.1.8. Situação de Emergência e Medidas de Segurança ................................................................................. 65
5.1.9. Desenhos e/ou Documentos de Referência ............................................................................................. 66
5.2. Gradeamento ....................................................................................................................................................... 66
5.2.1. Remoção nas Grades ................................................................................................................................. 66
5.2.2. Quantidade e Natureza do Material Retido ............................................................................................... 66
5.2.3. Condicionamento do Material Removido ................................................................................................. 67

5
5.2.4. Destino do Material Removido .................................................................................................................. 68

6. ANEXOS .................................................................................................................................. 69

7. ORÇAMENTO ......................................................................................................................... 74

6
1. INTRODUÇÃO

7
1. INTRODUÇÃO

O Projeto do Sistema de Esgotamento Sanitário do bairro COHAB II (Sobral – CE) foi solicitada pela
Prefeitura Municipal de Sobral, dentro do contrato nº 002/2012-PMS/CPL e PT 0351172-91 visando a
ampliação do sistema o sistema de esgotamento sanitário de Sobral.

O bairro COHAB II está localizado nas proximidades da bacia 20.

Em visitas in loco, onde possibilitou-se enumerar soluções para atender às futuras demandas do Bairro
COHAB II, verificou-se que era possível esgotar toda a área do bairro a ser atendida através de
complementos de rede cujo seu destino será a rede existente adjacente a área de projeto.

Em visitas in loco, onde possibilitou-se enumerar soluções para atender às futuras demandas do bairro,
verificou-se que era possível esgotar toda a área a ser atendida através de duas sub-bacias, onde seus
destinos serão as redes existentes adjacentes à área de projeto. A sub-bacia 1 interliga-se, por
gravidade, ao sistema existente em PVs existentes do próprio bairro, em que o destino final é a ETE
Cohab II. Já a sub-bacia 2, através da linha de recalque da sua EEE projetada, integra-se ao sistema
existente em um PV existente na Rua Raimundo Rodrigues, que por sua vez, encaminha os esgotos
para a ETE Sinhá Sabóia.

Todos os estudos foram realizados em concordância com a Prefeitura e a concessionária local.

8
2. MEMORIAL DESCRITIVO

9
2. MEMORIAL DESCRITIVO

2.1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

2.1.1. Localização e Acesso

O município de Sobral localiza-se na Região Administrativa 6, na Macrorregião de Planejamento


Sobral/Ibiapaba a Mesorregião Noroeste Cearense e na Microrregião Sobral, de acordo com a divisão
político-administrativa do Estado. A altitude média de Sobral é de 69,49 metros. Suas coordenadas
geográficas são: Latitude 03º41’10’’ Sul e Longitude 40º20’59’’ Oeste. A Figura 1.1 apresenta a
localização de Sobral.

A sede urbana do município dista da capital, Fortaleza, aproximadamente 206,0 km em linha reta. O
principal acesso à cidade de Sobral, a partir de Fortaleza, é feito através da BR-222, com um percurso
de 238 km.

O município de Sobral possuía em 2010, de acordo com os dados do IBGE, uma população total de
188.233 habitantes distribuída no meio urbano e rural. A população urbana da sede municipal no
mesmo período: 166.310 habitantes, representando aproximadamente 86% do contingente
populacional do município.

Figura 2.1 – Mapa de localização do distrito de Sobral

10
Figura 2.2 – Mapa de localização do município de Sobral

2.1.2. Aspectos Fisiográficos

O Município apresenta os climas Tropical Quente Semi-Árido e Tropical Quente Semi-Árido Brando,
com pluviosidade média anual de 821,60 mm. As temperaturas médias variam de 26°C a 28°C. O
período chuvoso costuma ir de janeiro a maio.

O relevo é plano, integrado na faixa dos tabuleiros pré-litorâneos, com altitude que não ultrapassa a
uma centena de metros acima do nível do mar. Os tipos de solos encontrados são os Solos Aluviais,
Bruno Não Cálcico, Solos Litólicos, Planossolo Solódico, Podzólico Vermelho-amarelo e Regossolo,
sobre os quais se encontra estabelecida à vegetação típica da Caatinga Arbustiva Aberta, Floresta
Mista Dicotillo-Palmácea, Floresta Caducufólia Espinhosa e Floresta Subcaducifólia Tropical Pluvial.

Com pequena distribuição a oeste são mapeadas rochas gnáissicas e migmatíticas do Pré-Cambriano,
sendo cobertas, no restante da área, por sedimentos areno-argilosos, com níveis conglomeráticos, do
Terciário/Quaternário.

11
2.1.3. Aspectos Socioeconômicos

Segundo dados do IBGE (2010), o município de Sobral apresentou taxa geométrica de crescimento
populacional de 2,68% no período de 2000 a 2010. A população, em 2010, era de 188.223 habitantes,
sendo 166.310 habitantes na zona urbana.

O Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM), registrado em 2010, foi de 50,22, colocando o Município
em 5° lugar no ranking estadual. Já o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), para o ano de 2013,
foi de 0,714.

A distribuição do PIB por setores da economia, em 2010, mostra que a maior participação é do setor de
serviços (61,56%), seguido pelo setor de industrial (37,23%), acima da média estadual, e por último
com número bem inferior, agropecuária, 1,21%.

Com relação aos aspectos de saúde, conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde (SESA) de
2010, o índice de unidades de saúde por 1.000 hab foi de 1,94. A taxa de mortalidade infantil registrada
foi de 14,55/1.000 nascidos vivos, estando acima da média do Estado.

2.1.4. Sistema de Abastecimento de Água

A Localidade de Sobral, no seu perímetro urbano, conta com um sistema de abastecimento de água
operado pelo SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto. O sistema operado pelo SAAE apresenta
uma boa cobertura em relação ao atendimento à população, considerando que em Dezembro de 2006
o índice de atendimento é aproximadamente de 98%. O Manancial para o abastecimento de água é o
Açude (Aires de Souza), localizado no distrito de Jaibaras.

2.2. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTE

Hoje, em parte do bairro COHAB II, não existe sistema de esgotamento sanitário. Os esgotos, nesta
área, são dispostos em fossas sépticas, fossas negras e sumidouros. Em algumas áreas, os esgotos
correm a céu aberto ou são lançados “in natura” na rede de drenagem existente. Quando lançados na
rede de águas pluviais ou vias públicas, o destino final é sempre um córrego ou drenagem natural que
circundam o perímetro urbano, agravando ainda mais as condições de saúde pública da população.

2.3. CONCEPÇÃO DO SISTEMA

O sistema de esgotamento sugerido teve como premissas à viabilidade técnica e econômica que
proporcionasse a melhor solução para o esgotamento da área. No Projeto Executivo foram estudadas
alternativas para o sistema de esgotamento do bairro, onde verificou-se a viabilidade de encaminhar os
efluentes até uma área do bairro já atendida por rede de esgoto. Ou seja, verificou-se que era possível
esgotar toda a área a ser atendida através de duas sub-bacias, na qual a sub-bacia 1, interliga-se a

12
PVs existentes do referido bairro, e a sub-bacia 2 lança seus efluentes na rede existente da Rua
Raimundo Rodrigues através de linha de recalque.

Nesta etapa será apresentado o Projeto Executivo do sistema de esgotamento sanitário do bairro
COHAB II, composto: das ligações intra-domiciliares, das ligações prediais, da rede coletora, estação
elevatória compacta e sua respectiva linha de recalque.

Estabeleceram-se os critérios para previsão das vazões: consumo de água per capita; razão entre
consumo de água e geração de esgoto; coeficientes K1 e K2; taxa de infiltração.

2.4. ESTUDO POPULACIONAL

2.4.1. Projeção da População

2.4.1.1. Considerações Iniciais

Uma das condições básicas para que um sistema de esgotamento sanitário seja eficiente é que seja
capaz de atender à sua demanda, a qual é função, principalmente, do crescimento populacional.

Após certo período de operação do sistema, essa demanda passa por um processo de capacidade
máxima de utilização e, então, diz-se que a população atingiu o limite de saturação. Assim, é
extremamente importante fazer previsões, com vistas ao conhecimento futuro da população total que
deverá ser beneficiada com os serviços de esgotamento sanitário para os anos subsequentes à
elaboração do projeto. Foi considerado o intervalo de 20 anos para o presente estudo a nível preliminar
de identificação de população.

No entanto, por se tratar de um bairro tipo conjunto habitacional (loteamento), foi identificado que a
área de projeto atingiu sua saturação, não havendo mais áreas habitáveis, logo, sem horizonte de
expansão.

2.4.1.2. Método de Previsão

A estimativa populacional da área do projeto executivo foi calculada através do estudo das linhas de
tendência do gráfico obtido com valores de população apresentados no Perfil Básico Municipal de
Sobral de 2012, conforme apresentado abaixo:

Quadro 2.4.1.2.1 – População Conhecida:

Valores da População Conhecida


1991 103.868
2000 134.508
2010 166.310

13
A partir destes dados montou-se o gráfico de evolução populacional de Sobral e inseriram-se suas
linhas de tendência: Linear, Logarítmica e Exponencial.

Quadro 2.4.1.2.2 – Crescimento Populacional:

O gráfico apresenta um crescimento com um comportamento mais próximo ao linear, porém devido ao
crescimento urbano que esta área vem sofrendo recentemente, decidiu-se trabalhar com um
crescimento exponencial. Aplicando a equação desta linha de tendência, obteve-se os valores da
população para diversos períodos, em especial para o período de 2034, que representa o fim de plano
deste projeto:
Quadro 2.4.1.2.3 – Evolução Populacional do Bairro COHAB II:

Ano População
2014 1200
2015 1229
2016 1258
2017 1288
2018 1319
2019 1350
2020 1382
2021 1415
2022 1449
2023 1483
2024 1518
2025 1554
2026 1591
2027 1629
2028 1668
2029 1708
2030 1748

14
2031 1790
2032 1832
2033 1876
2034 1920

A expressão geral para o cálculo da população no ano de projeção t é a seguinte:

ln P2 +k g ( t −t 2 )
ln P = ln P2 + kg (t – t2)  P = e

A população da sub-bacia (COHAB II), onde a vazão de contribuição será lançada como vazão pontual
no sistema existente tanto do próprio bairro COHAB II como do Bairro Sinhá Sabóia, para o alcance
final do plano seria então, para 20 anos:

ln P2 +k g ( t −t 2 )
P= e  P = 1.920 habitantes

No entanto, considera-se que o bairro já atingiu tal população prevista de projeto devido à grande
expansão, totalizando os 1.920 habitantes, sem perspectiva de novo crescimento.

2.5. ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO

Será considerada uma única etapa de implantação, sendo executada no mesmo período as redes
coletoras das sub-bacias, as ligações prediais, as ligações intra-domiciliares, a estação elevatória e sua
linha de recalque.

2.6. DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS DO SISTEMA

2.6.1. Ligações Prediais

A ligação predial consiste na ligação da caixa de visita localizada no passeio à rede coletora pública, é
prevista a implantação de 384 ligações prediais.

Os ramais das ligações serão em tubo de PVC rígido (NBR 7362), com diâmetro de 100 mm e
extensão média de 5,00 m.

O projeto prevê a implantação de 384 ligações intra-domiciliares.

2.6.2. Profundidade Mínima e Profundidade mais Conveniente

A profundidade mínima dos coletores está relacionada com a possibilidade de esgotamento de


compartimentos sanitários, situados a certa distância da frente do lote e em cota inferior à da via

15
pública. A Consultora estudando esse problema decidiu esgotar por gravidade os aparelhos sanitários
situados até 25 metros do coletor (medidos em planta), do lado em que a topografia é mais
desfavorável, ou seja, onde o piso do compartimento a esgotar está mais baixo que a via pública.

A profundidade mínima do coletor é determinada em função dos valores indicados:

H = h + 0,30 + 0,015*L + 0,192 + D, onde:

h = desnível entre o leito da via pública e o piso do compartimento a esgotar;


0,30 = dimensão aproximada da caixa de inspeção;
0,015*L = desnível no coletor predial de diâmetro mínimo 100 mm, declividade mínima correspondente
0,015 m/m;
0,192 = dimensão aproximada da curva de ligação do coletor predial ao coletor da via pública (duas
curvas de 45°); e,
D = diâmetro do coletor.

O limite da profundidade mínima dos coletores foi estabelecido utilizando a fórmula acima:
H = h + 0,30 + 0,015*L + 0,192 + D
H = h + 0,30 + 0,015*25 + 0,192 + 0,15
H = h + 1,02

O limite de profundidade mínima dos coletores foi estabelecido de 1,05 m. Cabe observar também, que
esse limite mínimo está relacionado à proteção da canalização contra a ação de cargas externas
principalmente as cargas acidentais. O valor destas últimas se atenua com a profundidade.

2.6.3. Rede Coletora

A rede coletora será construída nas vias públicas, de PVC rígido de infra-estrutura para rede de esgoto
(NBR 7362), sendo calculada de acordo com as normas em vigor, pela fórmula de Chézy e coeficiente
de Manning com n = 0,013, atendendo a vazão máxima do fim de plano.

No traçado e no dimensionamento da rede coletora foram feitas as seguintes considerações:


• As declividades foram determinadas visando obter um menor aprofundamento dos coletores, mas
garantindo sempre as condições de auto-limpeza para as vazões do projeto;
• As equações utilizadas para cálculo hidráulico foram deduzidas da fórmula de Chézy com o
coeficiente de Manning e da equação da continuidade;
• A vazão mínima para cálculo em qualquer trecho foi de 1,5 L/s, conforme norma brasileira;
• A tensão trativa média nunca foi inferior a 1 MPa, conforme norma brasileira;
• A lâmina máxima, igual a 75% do diâmetro do coletor, foi calculada considerando-se o escoamento
em regime uniforme e permanente;

16
• Nos casos em que a velocidade resultou superior a velocidade crítica, a maior lâmina admissível foi
considerada igual a 0,50 do diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho;
• Foi verificada a condição de controle de remanso;
• Os poços de visita serão localizados nas cabeceiras da rede, nos pontos de encontro de coletores,
nas mudanças de direção e declividade;
• Nos poços onde houver degrau igual ou superior a 0,50 m foram construídos tubos de queda;
• A partir destas premissas de projeto, foi adotado um programa para o cálculo hidráulico da rede
coletora, Cesg.

Recomenda-se que sejam feitas todas notas de serviço da rede projetada, conferidas em campo, antes
da execução da obra.

2.6.4. Estação Elevatória Esgoto, Linha de Recalque e Emissário

2.6.4.1 Introdução

A estação elevatória contará com estrutura compacta e simplificada, contendo todos os componentes
essenciais ao pleno e satisfatório funcionamento operacional e de manutenção. Será equipada com um
conjunto de bombas submersíveis, instaladas no poço de sucção único circular. O projeto prevê
dispositivo de remoção das bombas (tubo guia) e comando automático dos motores.

O tratamento preliminar será simplificado, constituído de cesto de barras paralelas, que funcionam
como um gradeamento.

Será adotado cesto à montante da estação elevatória de esgoto, para retenção de sólidos grosseiros e
estranhos ao tratamento. A remoção de materiais grosseiros tem como finalidade:

• Proteção dos dispositivos de transporte de esgoto;


• Proteção dos corpos receptores, evitando inconvenientes, tanto em seu aspecto visual
como no seu funcionamento normal;
• Aumento da eficiência de operação do sistema, de tratamento de esgoto.

Com o objetivo de proteger os dispositivos subsequentes e aumentar a eficiência do sistema de


tratamento de esgoto, o cesto é composto por barras de aço inox dispostas paralelamente, de modo a
não alterar o fluxo normal dos esgotos, evitando assim grandes perdas de cargas, retendo o material
grosseiro transportado.

De acordo com o cálculo do transiente hidráulico da linha de recalque da denominada sub-bacia 2,


verificou-se a ausência de subpressões e sobrepressões na tubulação. Logo, não será necessário
implantação de dispositivo de proteção da linha de recalque, a fim de combater as ações nocivas das
envoltórias máximas e mínimas, conforme mostrado em anexo no memorial de transientes hidráulicos.

17
2.6.4.2. Características EEE da sub-bacia 2

As características das caixas de grade adotadas são as seguintes:

• Seção da barra .................................................................................................................... 1/4” x 1 ½”


• Espaçamento entre as barras .................................................................................................... 20 mm
• Inclinação da grade ......................................................................................................................... 90°
• Comprimento da grade .............................................................................................................. 0,45 m
• Quantidade de barras .................................................................................................................. 17 un

Para o início do plano e até o alcance final de projeto, a estação elevatória contará com 2 (dois)
conjuntos motor-bomba submersível, sendo 1 (um) destinado a rodízio e reserva. As características do
conjunto motor-bomba são as seguintes:

• Potência nominal ......................................................................................................................... 2,0 cv


• Vazão (Adotada) ....................................................................................................................... 5,26 L/s
• Altura manométrica ................................................................................................................ 8,78 mca
• Rotação mais provável .......................................................................................................... 1.751 rpm
• Passagem de sólidos.................................................................................................................. 80 mm

2.6.4.3. Características LR EEE da sub-bacia 2

A linha de recalque se desenvolve desde o nível mínimo do poço de sucção até um PV existente
(E21+9,52) localizado na Rua Raimundo Rodrigues. Desde o início do plano até o alcance final de
projeto, a linha de recalque apresentará as seguintes configurações:
• Extensão de recalque ............................................................................................................. 429,22 m
• Diâmetro ................................................................................................................................... 100 mm
• Material ............................................................................................................................ PVC DEFoFo

18
3. MEMORIAL DE CÁLCULO

19
3.1 VAZÕES DAS BACIAS

No cálculo das vazões de projeto, foram considerados os seguintes parâmetros:


• Contribuição per capita (q).................................................................................................. 150 L/hab.d
• Coeficiente de retorno (C)................................................................................................................. 0,8
• Coeficiente do dia de maior consumo (K1)........................................................................................ 1,2
• Coeficiente da hora de maior consumo (K2) ..................................................................................... 1,5
• Coeficiente da hora de menor consumo (K3) .................................................................................... 0,5
• Comprimento total da rede (Lc) ........................................................................................... 2.265,51 m
• Taxa de infiltração (Ti) .................................................................................................... 0,00025 l/s.m
• População Total (P) .............................................................................................................. 1.920 hab

3.1.1 Vazões de Projeto

 P.q 
QMÍNIMA =   C .  k3 + LC .T i
 86.400 

 P.q 
QMÉDIA =   C  + LC .T i
 86.400 

 P.q 
QMÁXIMA =   C .  k1  k2 + LC .T i
 86.400 

onde:
Q = vazão (L/dia);
P = população (hab);
C = contribuição per capita (L/hab.dia);
K1 = coeficiente do dia de maior consumo = 1,2;
K2 = coeficiente da hora de maior consumo = 1,5;
K3 = coeficiente de menor consumo = 0,5;
C = coeficiente de retorno = 0,8;
q = contribuição per capita = 150 L/hab.dia;
Lc = comprimento dos coletores de rua (m); e,
Ti = taxa de infiltração da rede coletora = 0,00025 L/s.m.

20
3.1.1.1. Vazões da Sub-bacia 1

De acordo com a população de projeto foi calculada as vazões média, mínima e máxima, da população
da sub-bacia 1.

Assim, para as vazões calculadas


P = população 812 hab
q = contribuição per capita 150 L/hab.d
C = coeficiente de retorno 0,8
k1 = coeficiente de máxima vazão diária 1,2
k2 = coeficiente de máxima vazão horária 1,5
K3 = coeficiente de mínima vazão horária 0,5
L = comprimento de rede 581,44 m
Ti = taxa de contribuição de infiltração 0,00025 L/s.m

Vazão Média
A vazão média (Qméd), em L/s, é obtida pela seguinte equação:
Qméd = P × q × C / 86.400 + L × Ti
Qméd = vazão média 1,27 L/s
Qméd = vazão média 109,73 m³/d
Qméd = vazão média 4,57 m³/h
Vazão Mínima
A vazão mínima (Qmín), em L/s, é dada por:
Qméd = K3 × P × q × C / 86.400 + L × Ti
Qmín = vazão mínima 0,71 L/s
Qmín = vazão mínima 61,34 m³/d
Qmín = vazão mínima 2,56 m³/h
Vazão Máxima
A vazão máxima (Qmáx), em L/s, é assim obtida:
Qmáx = K1 × K2 × P × q × C / 86.400 + L × Ti
Qmáx = vazão máxima 2,18 L/s
Qmáx = vazão máxima 188,35 m³/d
Qmáx = vazão máxima 7,85 m³/h

21
3.1.1.2. Vazões da Sub-bacia 2 (EEE)

De acordo com a população de projeto foi calculada as vazões média, mínima e máxima, da população
da sub-bacia 2.

Assim, para as vazões calculadas


P = população 1.108 hab
q = contribuição per capita 150 L/hab.d
C = coeficiente de retorno 0,8
k1 = coeficiente de máxima vazão diária 1,2
k2 = coeficiente de máxima vazão horária 1,5
K3 = coeficiente de mínima vazão horária 0,5
L = comprimento de rede 1.684,07 m
Ti = taxa de contribuição de infiltração 0,00025 L/s.m

Vazão Média
A vazão média (Qméd), em L/s, é obtida pela seguinte equação:
Qméd = P × q × C / 86.400 + L × Ti
Qméd = vazão média 1,96 L/s
Qméd = vazão média 169,34 m³/d
Qméd = vazão média 7,06 m³/h
Vazão Mínima
A vazão mínima (Qmín), em L/s, é dada por:
Qméd = K3 × P × q × C / 86.400 + L × Ti
Qmín = vazão mínima 1,19 L/s
Qmín = vazão mínima 102,82 m³/d
Qmín = vazão mínima 4,28 m³/h
Vazão Máxima
A vazão máxima (Qmáx), em L/s, é assim obtida:
Qmáx = K1 × K2 × P × q × C / 86.400 + L × Ti
Qmáx = vazão máxima 3,19 L/s
Qmáx = vazão máxima 275,62 m³/d
Qmáx = vazão máxima 11,48 m³/h

22
3.2 REDE COLETORA

Para o dimensionamento da Rede Coletora utilizou-se as seguintes equações:

/n

Onde:
σ = tensão trativa, Pa;
= peso específico do líquido, N/m³;
Rh = raio hidráulico, m;
I = declividade da tubulação, m/m;
Q = vazão, m³/s;
Qf = vazão final, m³/s;
C = coeficiente de Chézy;
A = área de escoamento na seção transversal, m²;
n = coeficiente de Manning;
D = diâmetro, para y/D=0,75, m;
Vc = velocidade crítica, m/s;
g = aceleração da gravidade, m/s².

Abaixo, segue a planilha de cálculo da rede coletora.

Recomenda-se que sejam feitas todas notas de serviço da rede projetada, conferidas em campo, antes
da execução da obra.

23
Quadro 3.1 – Planilha de Cálculo da Rede Coletora da SB-01 - Bairro COHAB II
Q Q
Cont.Lin Cont. Q Jus. Cota Cota Rec. Prof. n
PV Ini Ext. Pontual Mont. Diam. Decliv. y/D V (m/s) Arr.In.(Pa) Larg.
Col. Trecho (l/s/km) Tre. (l/s) (l/s) Ter. (m) Col. (m) Col. (m) Vala (m) Manning Situação
PV Fim (m) (l/s) (l/s) (mm) (m/m) ini/fim ini/fim Vc (m/s) Vala (m)
ini/fim ini/fim ini/fim mon/jus mon/jus mon/jus mon/jus ini/fim
ini/fim ini/fim
C1 1-1 1 45,91 3,16 0,145 0 0 0,145 150 0,0045 73 72,1 0,9 1,05 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
2 3,74 0,172 0 0 0,172 73,19 71,89 1,3 1,45 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C1 1-2 2 26,13 3,16 0,083 0 0,145 0,228 150 0,0100 73,19 71,89 1,3 1,45 0,21 0,55 1,86 0,013 0,80 Projetado
3 3,74 0,098 0 0,172 0,27 72,53 71,63 0,9 1,05 0,21 0,55 2,59 0,013 Projetado
C2 2-1 6 63,67 3,16 0,201 0 0 0,201 150 0,0080 73,04 72,14 0,9 1,05 0,22 0,51 1,56 0,013 0,80 Projetado
3 3,74 0,238 0 0 0,238 72,53 71,63 0,9 1,05 0,22 0,51 2,66 0,013 Projetado
C1 1-3 3 37,33 3,16 0,118 0 0,429 0,547 150 0,0277 72,53 71,63 0,9 1,05 0,17 0,79 4,13 0,013 0,80 Projetado
4 3,74 0,14 0 0,508 0,647 71,5 70,6 0,9 1,05 0,17 0,79 2,32 0,013 Projetado
C1 1-4 4 87,74 3,16 0,277 0 0,547 0,824 150 0,0114 71,5 70,6 0,9 1,05 0,21 0,57 2,07 0,013 0,80 Projetado
5 3,74 0,328 0 0,647 0,976 70,5 69,6 0,9 1,05 0,21 0,57 2,56 0,013 Projetado
C3 3-1 7 37,68 3,16 0,119 0 0 0,119 150 0,0143 72,26 71,36 0,9 1,05 0,19 0,62 2,47 0,013 0,80 Projetado
8 3,74 0,141 0 0 0,141 71,73 70,83 0,9 1,05 0,19 0,62 2,49 0,013 Projetado
C3 3-2 8 70,12 3,16 0,222 0 0,119 0,341 150 0,0103 71,73 70,83 0,9 1,05 0,21 0,56 1,92 0,013 0,80 Projetado
9 3,74 0,262 0 0,141 0,403 71 70,1 0,9 1,05 0,21 0,56 2,58 0,013 Projetado
C4 4-1 10 45,25 3,16 0,143 0 0 0,143 150 0,0045 72,54 71,64 0,9 1,05 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
11 3,74 0,169 0 0 0,169 72,96 71,44 1,52 1,67 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C4 4-2 11 54,13 3,16 0,171 0 0,143 0,314 150 0,0025 72,96 71,44 1,52 1,67 0,3 0,33 0,63 0,013 0,80 Substituição
12 3,74 0,203 0 0,169 0,372 72,15 71,3 0,85 1 0,3 0,33 3,01 0,013 Substituição
C5 5-1 6 40,14 3,16 0,127 0 0 0,127 150 0,0209 73,04 72,14 0,9 1,05 0,18 0,71 3,32 0,013 0,80 Projetado
13 3,74 0,15 0 0 0,15 72,15 71,3 0,85 1 0,18 0,71 2,39 0,013 Projetado
C6 6-1 14 73,34 3,16 0,232 0 0 0,232 150 0,0147 72,08 71,18 0,9 1,05 0,19 0,63 2,52 0,013 0,80 Projetado
15 3,74 0,274 0 0 0,274 71 70,1 0,9 1,05 0,19 0,63 2,49 0,013 Projetado

*Os PVs 5, 9, 12, 13 e 15 são existentes, no entanto, foram considerados no software de simulação de redes de esgotamento sanitário, CEsg, para se
verificar as declividades, tensões trativas e profundidades de chegada dos coletores projetados à rede existente.
*No meio do coletor existente da Rua 01, houve a implantação do PV-11 (montante do trecho projetado 4-2) de profundidade superior à rede
atualmente construída. Por isso, o trecho projetado 4-2 é de substituição da rede existente.
24
Quadro 3.2 – Planilha de Cálculo da Rede Coletora da SB-02 - Bairro COHAB II
Q Q
Cont.Lin Cont. Q Jus. Cota Cota Rec. Prof. n
PV Ini Ext. Pontual Mont. Diam. Decliv. y/D V (m/s) Arr.In.(Pa) Larg.
Col. Trecho (l/s/km) Tre. (l/s) (l/s) Ter. (m) Col. (m) Col. (m) Vala (m) Manning Situação
PV Fim (m) (l/s) (l/s) (mm) (m/m) ini/fim ini/fim Vc (m/s) Vala (m)
ini/fim ini/fim ini/fim mon/jus mon/jus mon/jus mon/jus ini/fim
ini/fim ini/fim
C1 1-1 1 38,96 1,62 0,063 0 0 0,063 150 0,0225 72 71,1 0,9 1,05 0,17 0,73 3,51 0,013 0,80 Projetado
2 1,89 0,074 0 0 0,074 71,13 70,23 0,9 1,05 0,17 0,73 2,37 0,013 Projetado
C2 2-1 14 28,14 1,62 0,046 0 0 0,046 150 0,0045 71 70,1 0,9 1,05 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
2 1,89 0,053 0 0 0,053 71,13 69,97 1,15 1,3 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C1 1-2 2 49,64 1,62 0,08 0 0,109 0,189 150 0,0045 71,13 69,97 1,15 1,3 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
3 1,89 0,094 0 0,127 0,221 71 69,75 1,25 1,4 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C1 1-3 3 47,45 1,62 0,077 0 0,189 0,266 150 0,0045 71 69,75 1,25 1,4 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
4 1,89 0,09 0 0,221 0,311 70,49 69,54 0,95 1,1 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C3 3-1 15 48,31 1,62 0,078 0 0 0,078 150 0,0210 71,5 70,6 0,9 1,05 0,18 0,71 3,33 0,013 0,80 Projetado
4 1,89 0,092 0 0 0,092 70,49 69,59 0,9 1,05 0,18 0,71 2,39 0,013 Projetado
C1 1-4 4 40,80 1,62 0,066 0 0,344 0,411 150 0,0107 70,49 69,54 0,95 1,1 0,21 0,56 1,97 0,013 0,80 Projetado
5 1,89 0,077 0 0,403 0,48 70 69,1 0,9 1,05 0,21 0,56 2,57 0,013 Projetado
C4 4-1 16 50,40 1,62 0,082 0 0 0,082 150 0,0424 72,14 71,24 0,9 1,05 0,15 0,91 5,76 0,013 0,80 Projetado
5 1,89 0,096 0 0 0,096 70 69,1 0,9 1,05 0,15 0,91 2,21 0,013 Projetado
C1 1-5 5 64,34 1,62 0,104 0 0,492 0,596 150 0,0045 70 69,1 0,9 1,05 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
6 1,89 0,122 0 0,575 0,697 69,84 68,81 1,03 1,18 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C5 5-1 17 43,63 1,62 0,071 0 0 0,071 150 0,0152 70,5 69,6 0,9 1,05 0,19 0,64 2,59 0,013 0,80 Projetado
6 1,89 0,083 0 0 0,083 69,84 68,94 0,9 1,05 0,19 0,64 2,48 0,013 Projetado
C1 1-6 6 44,39 1,62 0,072 0 0,667 0,739 150 0,0045 69,84 68,81 1,03 1,18 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
7 1,89 0,084 0 0,78 0,864 69,78 68,61 1,17 1,32 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C6 6-1 18 45,43 1,62 0,074 0 0 0,074 150 0,0312 71,05 70,15 0,9 1,05 0,16 0,82 4,53 0,013 0,80 Projetado
19 1,89 0,086 0 0 0,086 69,63 68,73 0,9 1,05 0,16 0,82 2,29 0,013 Projetado
C6 6-2 19 38,92 1,62 0,063 0 0,074 0,137 150 0,0079 69,63 68,73 0,9 1,05 0,22 0,51 1,56 0,013 0,80 Projetado
20 1,89 0,074 0 0,086 0,16 69,33 68,43 0,9 1,05 0,22 0,51 2,66 0,013 Projetado
C6 6-3 20 35,68 1,62 0,058 0 0,137 0,195 150 0,0045 69,33 68,43 0,9 1,05 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
7 1,89 0,068 0 0,16 0,227 69,78 68,27 1,52 1,67 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C7 7-1 21 43,82 1,62 0,071 0 0 0,071 150 0,0179 70,57 69,67 0,9 1,05 0,18 0,67 2,94 0,013 0,80 Projetado

25
Q Q
Cont.Lin Cont. Q Jus. Cota Cota Rec. Prof. n
PV Ini Ext. Pontual Mont. Diam. Decliv. y/D V (m/s) Arr.In.(Pa) Larg.
Col. Trecho (l/s/km) Tre. (l/s) (l/s) Ter. (m) Col. (m) Col. (m) Vala (m) Manning Situação
PV Fim (m) (l/s) (l/s) (mm) (m/m) ini/fim ini/fim Vc (m/s) Vala (m)
ini/fim ini/fim ini/fim mon/jus mon/jus mon/jus mon/jus ini/fim
ini/fim ini/fim
7 1,89 0,083 0 0 0,083 69,78 68,88 0,9 1,05 0,18 0,67 2,43 0,013 Projetado
C1 1-7 7 59,57 1,62 0,097 0 1,005 1,101 150 0,0045 69,78 68,27 1,52 1,67 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
8 1,89 0,113 0 1,175 1,287 69,73 68 1,73 1,88 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C8 8-1 22 41,64 1,62 0,067 0 0 0,067 150 0,0444 71,58 70,68 0,9 1,05 0,15 0,93 5,96 0,013 0,80 Projetado
8 1,89 0,079 0 0 0,079 69,73 68,83 0,9 1,05 0,15 0,93 2,2 0,013 Projetado
C1 1-8 8 48,18 1,62 0,078 0 1,169 1,247 150 0,0045 69,73 68 1,73 1,88 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
9 1,89 0,091 0 1,366 1,458 69,48 67,78 1,7 1,85 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C1 1-9 9 76,97 1,62 0,125 0 1,247 1,372 150 0,0045 69,48 67,78 1,7 1,85 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
10 1,89 0,146 0 1,458 1,604 69,5 67,43 2,07 2,22 0,27 0,42 2,87 0,013 Projetado
C9 9-1 23 70,96 1,62 0,115 0 0 0,115 150 0,0045 73,03 72,13 0,9 1,05 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
24 1,89 0,134 0 0 0,134 73,17 71,81 1,36 1,51 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C9 9-2 24 38,87 1,62 0,063 0 0,115 0,178 150 0,0055 73,17 71,81 1,36 1,51 0,25 0,44 1,18 0,013 0,80 Projetado
25 1,89 0,074 0 0,134 0,208 72,5 71,6 0,9 1,05 0,25 0,44 2,77 0,013 Projetado
C9 9-3 25 47,00 1,62 0,076 0 0,178 0,254 150 0,0103 72,5 71,6 0,9 1,05 0,21 0,56 1,92 0,013 0,80 Projetado
26 1,89 0,089 0 0,208 0,297 72,01 71,11 0,9 1,05 0,21 0,56 2,58 0,013 Projetado
C10 10-1 31 65,84 1,62 0,107 0 0 0,107 150 0,0150 73 72,1 0,9 1,05 0,19 0,63 2,56 0,013 0,80 Projetado
26 1,89 0,125 0 0 0,125 72,01 71,11 0,9 1,05 0,19 0,63 2,48 0,013 Projetado
C9 9-4 26 53,69 1,62 0,087 0 0,361 0,448 150 0,0329 72,01 71,11 0,9 1,05 0,16 0,83 4,72 0,013 0,80 Projetado
27 1,89 0,102 0 0,422 0,524 70,25 69,35 0,9 1,05 0,16 0,83 2,27 0,013 Projetado
C9 9-5 27 59,23 1,62 0,096 0 0,448 0,544 150 0,0045 70,25 69,35 0,9 1,05 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
28 1,89 0,112 0 0,524 0,636 70,52 69,08 1,43 1,58 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C9 9-6 28 59,80 1,62 0,097 0 0,544 0,641 150 0,0045 70,52 69,08 1,43 1,58 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
29 1,89 0,113 0 0,636 0,749 71 68,81 2,19 2,34 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C9 9-7 29 58,80 1,62 0,095 0 0,641 0,736 150 0,0045 71 68,81 2,19 2,34 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
30 1,89 0,111 0 0,749 0,861 71,25 68,55 2,7 2,85 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C11 11-1 32 57,82 1,62 0,094 0 0 0,094 150 0,0045 72,48 71,58 0,9 1,05 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
33 1,89 0,11 0 0 0,11 72,55 71,32 1,23 1,38 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C11 11-2 33 71,66 1,62 0,116 0 0,094 0,21 150 0,0045 72,55 71,32 1,23 1,38 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado

26
Q Q
Cont.Lin Cont. Q Jus. Cota Cota Rec. Prof. n
PV Ini Ext. Pontual Mont. Diam. Decliv. y/D V (m/s) Arr.In.(Pa) Larg.
Col. Trecho (l/s/km) Tre. (l/s) (l/s) Ter. (m) Col. (m) Col. (m) Vala (m) Manning Situação
PV Fim (m) (l/s) (l/s) (mm) (m/m) ini/fim ini/fim Vc (m/s) Vala (m)
ini/fim ini/fim ini/fim mon/jus mon/jus mon/jus mon/jus ini/fim
ini/fim ini/fim
34 1,89 0,136 0 0,11 0,245 72,32 71 1,33 1,48 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C11 11-3 34 54,30 1,62 0,088 0 0,21 0,298 150 0,0119 72,32 71 1,33 1,48 0,2 0,58 2,14 0,013 0,80 Projetado
30 1,89 0,103 0 0,245 0,348 71,25 70,35 0,9 1,05 0,2 0,58 2,54 0,013 Projetado
C9 9-8 30 41,91 1,62 0,068 0 1,034 1,102 150 0,0045 71,25 68,55 2,7 2,85 0,26 0,41 1 0,013 0,80 Projetado
10 1,89 0,079 0 1,209 1,288 69,5 68,36 1,14 1,29 0,26 0,41 2,83 0,013 Projetado
C1 1-10 10 78,15 1,62 0,127 0 2,473 2,6 150 0,0033 69,5 67,43 2,07 2,22 0,37 0,43 1 0,013 0,80 Projetado
11 1,89 0,148 0 2,892 3,04 69,48 67,17 2,3 2,45 0,41 0,45 3,38 0,013 Projetado
C1 1-11 11 73,32 1,62 0,119 0 2,6 2,719 150 0,0034 69,48 67,17 2,3 2,45 0,38 0,44 1,04 0,013 0,80 Projetado
12 1,89 0,139 0 3,04 3,179 68,83 66,92 1,91 2,06 0,41 0,46 3,41 0,013 Projetado
C1 1-12 12 6,45 1,62 0,01 0 2,719 2,729 150 0,0034 68,83 66,92 1,91 2,06 0,38 0,44 1,04 0,013 0,80 Projetado
13 1,89 0,012 0 3,179 3,191 69,03 66,9 2,13 2,28 0,41 0,46 3,41 0,013 Projetado

27
3.3 TRATAMENTO PRELIMINAR

O sistema preliminar será composto por canal e gradeamento.

As vazões a serem consideradas para o dimensionamento são:

Vazão
Q mín 1,19 L/s
Q méd 1,96 L/s
Q máx 3,19 L/s

3.3.1. Gradeamento

O gradeamento é a primeira parte da remoção dos sólidos no tratamento preliminar de resíduos


domésticos ou industriais. São dispositivos de retenção e, geralmente, são barras de aço ou
ferro dispostas paralelamente em vertical ou inclinada de modo a permitir o fluxo normal do
esgoto. O espaçamento das barras é definido em termos das dimensões dos sólidos a serem
retidos:

a) Grades grosseiras: 4 a 10 cm
b) Grades médias: 2 a 4 cm
c) Grades finas: 1 a 2 cm

Tipo Grade Seção da Barra


3/8 X 2
3/8 X 2 1/2
Grosseira
1/2 X 1 1/2
1/2 X 2
5/16 X 2
Média 3/8 X 1 1/2
3/8 X 2
1/4 X 1 1/2
Fina 5/16 X 1 1/2
3/8 X 1 1/2

O gradeamento será do tipo simples, em barras paralelas, inclinado, com limpeza manual. Seu
dimensionamento consiste em definir as barras, o espaçamento e a largura do canal da grade,
bem como o nível máximo do esgoto.
Gradeamento Fórmulas e Observações:
Tipo de gradeamento Fino

t
Especificação das barras

a a
Largura (t) 6,4 mm 0,01
Espessura (e) 38,1 mm 0,04
Espaçamento (a) 20 mm 0,025 e
Inclinação das barras (α): 90 º
Velocidade entre as barras (v): 0,4 m/s
Vazão de dimensionamento
Q min 1,19 L/s
Q méd 1,96 L/s 
Q max 3,19 L/s
Obstrução máxima (R) 50%
Dimensionamento
Área útil (Au) 0,008 m²
Eficiência da grade (E) 75,8 %
Área efetiva (At) 0,011 m²
Largura do cesto adotada 0,43 m
Profundidade do cesto adotada 0,32 m
Altura do cesto adotada 0,45 m
Número de barras (N) 16,29 unid
O número de barras da grade adotado 17,00 unid

- Verificação da Perda de Carga

Utilizando a equação abaixo, estima-se a perda de carga através da grade. Deve-se verificá-la
tanto para a grade limpa, como para a grade obstruída, geralmente considerando 50% suja.
(Metcalf & Eddy)

Obstrução v v' hf
Grade Limpa 0,40m/s 0,30m/s 0,005 m
50%Obstruída 0,80m/s 0,30m/s 0,040 m

3.4. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO – EEE

3.4.1. Vazões de Projeto

As vazões de projeto afluentes à estação elevatória são apresentadas no quadro a seguir:

ETAPA ÚNICA Mínima Média Máxima


Vazão (L/s) 1,19 1,96 3,19
Vazão (m³/h) 4,28 7,06 11,48

29
3.4.2. Tubulação de Recalque

O diâmetro da tubulação de recalque (D) foi selecionado através da fórmula de Bresse: D = K x


√Q

Onde:
K = coeficiente (adotado, K = 1,1)
Q = vazão máxima afluente (m³/s)

A velocidade na tubulação (v) é assim calculada: v = Q / (p × D² / 4)

Os diâmetros e as velocidades resultantes são indicados no quadro abaixo:

D (mm)
Trecho v (m/s)
Calculado Adotado
Subida 62 100 0,41
Barrilete 62 100 0,41
Linha de recalque 62 100 0,41

3.4.3. Perdas de Carga

a) Perda de carga contínua

A perda de carga contínua (hfc) é dada pela fórmula de Hazen-Williams: hfc = 10,643 × Q1,85 × C-1,85 × D-4,87 × L

Onde:
Q = vazão de bombeamento (m³/s)
C = coeficiente de rugosidade
D = diâmetro da tubulação (m)
L = extensão da tubulação (m)

As perdas de carga contínuas, para tubulação nova e para tubulação velha, são obtidas
conforme o quadro a seguir:

C hfc(Q1,85)
Trecho D (mm) L (m) Tubo Tubo
Tubo novo Tubo velho
novo velho
Subida 100 3,13 130 105 303,26 450,20
Barrilete 100 2,61 130 105 252,88 375,41
Linha de recalque 100 429,22 140 130 36.258,28 41.586,16
Total 36.814,41 42.411,77
30
Tubo novo Tubo velho
hfc(Q1,85) (m) hfc(Q1,85) (m)
0,87 1,00
J/L (m/m) J/L (m/m)
0,0020358 0,002335

0,0020358 < 0,008m/m


2,0358227 < 8 km/m

b) Perda de carga localizada

A perda de carga localizada (hfl) é calculada pela seguinte fórmula: hfl = Sk × v² / 2g

Onde:
k = coeficiente relativo às perdas de carga nas singularidades
v = velocidade na tubulação (m/s)
g = aceleração da gravidade (m/s²)

Os valores dos somatórios do coeficiente k foram obtidos conforme o quadro a seguir:

Subida Barrilete Linha de recalque


Tipo de singularidade
Quant. k Quant. k Quant. k
Ampliação gradual 1 0,30 0,00 0,00
Curva de 90° 1 0,40 1 0,40 4 1,60
Curva de 45° 0,00 0,00 0,00
Curva de 22°30' 0,00 0,00 1 0,10
Curva de 11°15' 0,00 0,00 0,00
Entrada de Borda 0,00 0,00 0,00
Entrada normal 1 0,50 0,00 0,00
Junção de 45° 0,00 0,00 0,00
Redução gradual 0,00 0,00 0,00
Registro de gaveta 0,00 1 0,20 0,00
Saída de canalização 0,00 0,00 0,00
Tê de passagem direta 0,00 1 0,60 0,00
Tê de saída lateral 0,00 1 1,30 0,00
Válvula de retenção 0,00 1 2,50 0,00
Junta de Desmontagem 0,00 1 0,20 0,00
Sk 1,20 5,20 1,70

31
As perdas de carga localizadas são determinadas no quadro a seguir:

Trecho Sk D (mm) v (Q m/s) hfl / (Q²)


Subida 1,20 100 127,39 992,53
Barrilete 5,20 100 127,39 4.300,96
Linha de recalque 1,70 100 127,39 1.406,08
Total 6.699,57

3.4.4. Altura Geométrica

As alturas geométricas (Hg) mínima e máxima são dadas, respectivamente, por:

Hg,mín = Amáx - NAmáx e Hg,máx = Amáx - NAmín

Onde:
Amáx = Altura máxima da linha de recalque 71,220 m
NAmáx = cota do nível máximo no poço de sucção 65,710 m
NAmín = cota do nível mínimo no poço de sucção 65,210 m

Sendo assim, tem-se:


Hg,mín = altura geométrica mínima 5,51 m
Hg,máx = altura geométrica máxima 6,01 m

3.4.5. Altura Manométrica

A altura manométrica (Hm) é dada por: Hm = Hg + hfc + hfl

Logo, as expressões representativas da altura manométrica são as seguintes:

Hm,mín = 5,51 + 36.814,41 Q1,85 + 6.699,57 Q²


Hm,máx = 6,01 + 42.411,77 Q1,85 + 6.699,57 Q²

Considerando que, para se garantir a velocidade mínima de autolimpeza da tubulação, é


necessária uma vazão mínima de 5L/s,

A Hm,máx, então, fica determinada por: 8,52 mca

32
3.4.6. Curvas do Sistema e Pontos de Operação

Os pontos das curvas características do sistema e da bomba são determinados no quadro a


seguir:

Q (L/s) Hm,mín (m) Hm,máx (m) Qbomba (L/s) Hbomba (m)


0,00 5,51 6,01 0,00 10,700
1,00 5,62 6,14 1,00 10,540
2,00 5,91 6,47 2,00 10,300
3,00 6,36 6,98 3,00 9,940
4,00 6,97 7,67 4,00 9,500
5,00 7,72 8,52 5,00 8,920
6,00 8,61 9,54 6,00 8,310
7,00 9,64 10,71 7,00 7,620
8,00 10,80 12,04 8,00 6,890
9,00 12,10 13,52 9,00 6,200
10,00 13,53 15,14 10,00 5,45

As curvas do sistema e da bomba (SLV.80.80.15.4.61F.C) são ilustradas no gráfico a seguir:

Os pontos de operação, obtidos pelas interseções das curvas, são os seguintes:

Parâmetro Hm,mín Hm,máx


Q = vazão (L/s) 5,80 5,26
Hm = altura manométrica (m) 8,42 8,78

33
3.4.7. Conjunto Motor-Bomba

Será adotado conjunto motor-bomba com as seguintes características:

Por definição conceitual, Pot= E máq x peso / t = ϒ x Q x E máq

Onde:
ϒ = Peso Específico do fluido
Q= Vazão do fluido
E maq= Energia total fornecida ou consumida

Assim, a expressão geral da potência hidráulica da máquina é dada por: Pot= ₋⁺ ϒ x Q (Hs - He)

Sendo Hs e He as Energias nas seções de saída e de entrada, respectivamente.

No caso particular da água, cujo peso específico é ϒ=9,8 x 10³ N/m³, as expressões acima, para
Q (m³/s) e H (m), tornam-se:

Para as bombas: Pot = (9,8 x Q x H )/ n

Onde:
Q= vazão da fluido
H= altura manométrica
n= rendimento da bomba (n = 36,00%)

Assim, Pot (kW) = 0,76331383 ou 1,04 cv

Marca Grundfos, Ebara ou similar


Modelo de referência SLV.80.80.15.4.61F.C
Tipo Submersível
Número de bombas 1 + 1 reserva
Potência nominal 2,00 CV
Vazão 5,26 L/s
Altura manométrica 8,76 m
Rotação 1.751 rpm
Rendimento CMB total 86,00 %
Passagem de sólidos 80 mm
NPSHr 1,80 m
34
A bomba adotada possui potência nominal maior do que a potência requerida por questões
comerciais.

3.4.8. Poço de Sucção

a) Volume útil

O volume útil do poço de sucção (Vu) é estimado pela seguinte expressão: Vu = 2,5 × Qb

Onde:
Qb = vazão da bomba 18,900 m³/h
Qb = vazão da bomba / 60min 0,315 m³/min

Logo,
Vu = volume útil do poço de sucção 0,79 m³

Serão adotadas as seguintes dimensões para o poço de sucção:


D = diâmetro 2,00 m
Hu = altura útil 0,50 m

O volume útil corrigido vale, então:


Vu = volume útil corrigido 1,57 m³

b) Volume morto

O volume morto (Vm) é o volume compreendido entre o fundo do poço de sucção e o nível
mínimo do esgoto em seu interior, sendo assim calculado: Vm = Ab × Hmín

Onde:
Ab = área da base do poço de sucção = pi x D² / 4 3,14 m²
Hmín = altura mínima 0,50 m

Com isso, obtém-se:


Vm = volume morto do poço de sucção 1,57 m³

c) Volume efetivo

O volume efetivo (Ve) é o volume compreendido entre o fundo do poço de sucção e o nível
médio de operação das bombas. Será admitido que o volume correspondente ao nível médio
seja a metade do volume útil.

35
Sendo assim:

Ve = Vm + Vu / 2
Ve = volume efetivo do poço de sucção 2,36 m³

d) Tempo de detenção

O tempo de detenção média no poço de sucção (Td) é dado por: Td = Ve / Qméd

Onde:
Ve = volume efetivo do poço de sucção 2,36 m³
Qméd = vazão média de início de plano 0,118 m³/min

Logo,
Td = tempo de detenção no poço de sucção 20,0 min

Este valor atende ao tempo máximo de 30 min recomendado pela NBR 12208.

3.4.9. Ciclo de Funcionamento

O ciclo de funcionamento da bomba (TC) é dado por: TC = TS + TD

Onde:
TS = tempo de subida (min) = Vu / Qa
TD = tempo de descida (min) = Vu / (Qb - Qa)
Vu = volume útil do poço de sucção (m³)
Qa = vazão afluente (m³/min)
Qb = vazão de bombeamento (m³/min)

Os tempos obtidos, para as vazões afluentes de início e final de plano, são apresentados no
quadro a seguir:

Etapa Vazão (m³/min) TS (min) TD (min) TC (min)


Qmín 0,071 22,0 6,4 28,4
Única Qméd 0,118 13,4 8,0 21,3
Qmáx 0,191 8,2 12,7 20,9

Os ciclos de funcionamento são superiores à 10 min, atendendo à recomendação de que o


conjunto motor-bomba não execute mais de 6 paradas por hora.

36
3.4.10. Análise do Transiente Hidráulico

Para efeito de verificação das envoltórias piezométricas da linha de recalque da EEE, foi
utilizado o Programa DYAGATS, que calcula cenários para Golpes de Aríete em tubulações.

Vale ressaltar que o termo “Altura que da la Bomba”(ver em Resultados), representa a diferença
da cota piezométrica com a cota da bomba.

Para análise do projeto concernente, considerou-se o perfil da tubulação em relação ao terreno


natural, no que foi possível considerar os nós em que as tubulações muda de direção ou sentido.

Após a análise, verificamos que não há necessidade de ventosa como estava previsto no projeto
aprovado anteriormente. Ademais, as ventosas apresentam problemas operacionais ao longo da
sua vida útil.

Na simulação do transiente hidráulico da EEE foram consideras as seguintes características:


• Vazão ........................................................................................................................................ 5,26 l/s
• Comprimento total .................................................................................................................. 429,22 m
• Material da tubulação .............................................................................................................. DEFoFo
• Diâmetro da Tubulação............................................................................................................. 100 mm
• Pressão máxima permitida ........................................................................................................ 60 mca
• Pressão mínima permitida ......................................................................................................... - 4 mca

Envoltória sem proteção

37
Conclusão: De acordo com a envoltória acima, toda a linha de recalque apresenta as pressões
dentro da faixa recomendada para o material considerado, ou seja, maior do que – 4 mca e do
que 60 mca, pressões estas permitidas para o material referente ao DEFoFo, material utilizado
no referente projeto. Com isso, não será necessário proteção na linha de recalque.

Resultados dos nós sem proteção

Elemento Nudo 1
Caudal de régimen(m³/seg) 0,0053
Diferencia descarga-aspiración(m) 0,31
Altura de aspiración(m) 1
Curva de Altura - Caudal
Coeficiente A 2,8872
Coeficiente B 0
Coeficiente C 20871
Curva de Rendimiento - Caudal
Coeficiente D 304,18
Coeficiente E -28915
Velocidad de giro(rpm) 1050
Inercia(Kg·m²) 0,0055
Tiempo de desconexión(seg) 0
Tiempo de arranque(seg) 0
Número de bombas 1
Válvula de Alivio
Presion de tarado (mca) 80
Coeficiente de pérdidas (m/(m³/seg)²) 347
Válvula de Retención
Velocidad Mínima (m/seg) 2
Tipo de válvula Bola
Depósito Nudo 5
Nivel(m) 0

REGIMEN PERMANENTE
Caudal Régimen (m³/seg) 0,0053
Altura que da la Bomba (m) 2,31
Rendimiento Bomba (%) 80

PRESIONES POR TRAMO Tramo 1 Tramo 2 Tramo 3 Tramo 4


Altura inicial (m) 71,28 70,492 69,828 69,412
Altura final (m) 70,492 69,828 69,412 69,28

38
PRESIONES MÁXIMAS Y MÍNIMAS

NODOS TRAMO 1 1 2 8 14 20
Presión Máxima (mca) 3,31 3,26 2,963 2,667 2,37
Instante (s) 0 0 0 0 0,232
Presión Mínima (mca) 0,331 0,317 0,263 0,205 0,091
Instante (s) 43,895 43,895 43,895 44,144 1,258
NODOS TRAMO 2 1 2 7 12 17
Presión Máxima (mca) 2,172 2,118 1,849 1,581 1,312
Instante (s) 0,155 0,174 0,271 0,445 0,619
Presión Mínima (mca) -0,096 -0,147 -0,401 -0,651 -0,903
Instante (s) 1,181 1,161 1,064 1,103 1,2
NODOS TRAMO 3 1 2 5 8 11
Presión Máxima (mca) 1,156 1,159 1,161 1,123 1,015
Instante (s) 45,907 45,926 45,964 46,002 46,041
Presión Mínima (mca) -1,055 -1,081 -1,153 -1,082 -0,832
Instante (s) 1,277 1,277 1,335 1,297 1,239
NODOS TRAMO 4 1 2 3 4 5
Presión Máxima (mca) 0,898 0,68 0,457 0,229 0
Instante (s) 46,06 46,06 46,06 46,06 0
Presión Mínima (mca) -0,534 -0,482 -0,386 -0,232 0
Instante (s) 1,2 1,181 1,161 1,142 0

39
4. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

40
4.1. INTRODUÇÃO

As presentes Especificações Técnicas têm por objetivo estabelecer as condições e a forma de


execução dos trabalhos, as características dos materiais e dos equipamentos, a mão-de-obra e a
busca do melhor relacionamento entre a Contratante e a Contratada para a execução da obra
conforme o Projeto.

Estas especificações são de caráter generalizado, devendo ser admitidas como válidas as que
forem necessárias às execuções dos serviços, observadas no Projeto.

4.2. SERVIÇOS PRELIMINARES

4.2.1. Canteiro de Obras

O canteiro de obras deverá ser projetado e executado levando-se em consideração as


proporções e características da obra, assim como a distância ao escritório central, condições de
acesso, distância aos outros fornecedores de mão de obra e material, meios de comunicação
etc.

As providências para obtenção de terreno para o canteiro de obras, inclusive despesas de


qualquer natureza que venham a ocorrer, são responsabilidade exclusivas da Empreiteira.

São também responsabilidade da Empreiteira, o armazenamento, guarda, controle de entrada,


aplicação na obra, transferência e estoque do material de obra.

4.2.2. Placas de Obras

Este serviço destina-se ao fornecimento de placas indicadoras da obra contendo a propaganda


do serviço no qual consta em dizeres nítidos, locais da obra, órgãos interligados e financiadores,
prazo de execução, valor, firma Contratada e responsáveis técnicos, tudo de acordo com o
projeto em vigor, dimensões e padrões atualizados.

A fixação das placas deverá obedecer ao critério que melhor se comunique à população, em
locais abertos que permita leitura a distância não inferior a 100 m.

Serão fixadas em altura compatíveis e padronizadas, devendo as linhas de suportes ser


afincadas em terreno sólido, e suas dimensões calculadas de acordo com o peso de cada placa.
Normalmente, as linhas são de 2 ½ x 5” ou 3”x 6”, em maçaranduba, contraventados
horizontalmente, formando um quadro rígido e resistente a ação dos ventos. Deverão ser
reforçados com apoios inclinados a 45º quando altura recomendadas e a ação dos ventos for
intensa na região. As chapas deverão ser de boa qualidade e resistente aos efeitos externos.
41
4.2.3. Limpeza do Terreno

Este serviço deverá ser executado manual ou mecanicamente com o intuito de deixar livre toda a
área da obra, bem como o caminho necessário ao transporte dos materiais.

Os entulhos deverão ser removidos para não atrapalhar os trabalhos de construção.

4.2.4. Locação das Obras

As tubulações, edificações, estruturas e demais elementos deverão ser locados conforme o


projeto técnico, podendo, a critério da Fiscalização, mudar sua posição em função das
peculiaridades da obra.

Os níveis indicados no projeto deverão ser obedecidos, devendo-se fixar previamente a RN geral
a seguir.

A Empreiteira procederá a aferição das dimensões, dos alinhamentos, dos ângulos e de


quaisquer outras indicações constantes do projeto com as reais condições encontradas no local.

4.2.5. Barragem de Bloqueio de Obra nas Vias Públicas

Estas sinalizações destinam a proteção na execução de obras de esgoto, quando são


necessários a sinalização ao longo da rede coletora, ou mesmo a execução de poços de visita.

Devem está rigorosamente de acordo com as exigências dos órgãos controladores de


sinalização, e em obediência as exigências específicas da Fiscalização, quanto aos cuidados à
natureza da obra.

Estas barragens devem ser executadas de modo a evitar que transeuntes possam ser levados a
observação internas aos serviços com prejuízos a sua própria segurança. Podem ser contínuos
ou intercalados de acordo com a recomendação da boa técnica e conveniências do trecho.

4.3. MOVIMENTO DE TERRA

4.3.1. Largura de Valas

A largura da vala será, no máximo, igual a:


• Para diâmetros até 150 mm e profundidade até 2,00 m, a largura máxima será de 0,65 m.
• Para diâmetros de 200 mm, a largura máxima será igual a 0,55 m acrescida do diâmetro
interno do tubo para profundidade até 2,00 m.

42
• Para diâmetros de 250 mm a 400 mm, a largura máxima será igual a 0,60 m acrescida do
diâmetro interno do tubo correspondente para profundidade até 2,00 m.
• Para diâmetros superiores a 400 mm, a largura máxima da vala será igual a 0,80 m
acrescida do diâmetro interno do tubo correspondente, para profundidade até 2,00 m.

As referidas larguras serão acrescidas de 0,10 m quando for utilizado escoramento, para
profundidades até 2,00 m.

Para cada metro ou fração além de 2,00 m de profundidade, a largura da vala será acrescida de
0,10 m, já considerado o aumento necessário para o escoamento.

Os acréscimos decorrentes da implantação de poços de visitas serão medidos com o volume


necessário ou conforme orientação da Fiscalização.
4.3.2. Escavação

a) Localização e extensão

As valas para receberem os coletores deverão ser escavadas segundo a linha do eixo, sendo
respeitados o alinhamento e as cotas indicadas no projeto, com eventuais modificações
determinadas pela Fiscalização.

A extensão máxima de abertura da vala deve-se observar as composições do local do trabalho,


tendo em vista o trânsito local e o necessário a progressão contínua da construção, levados em
conta os trabalhos preliminares.

b) Classificação do material escavado

Os terrenos serão classificados, para efeito de conferência de resistência e tipo de escavação


empregado:
• Areia (pode ser removida com enxada, picareta ou extremidade alongada);
• Terra arenosa não compactada (pode ser removida com enxada, picareta ou extremidade
alongada);
• Terra arenosa compactada (pode ser removida com bico de picareta ou alavanca);
• Lodo;
• Terra compacta (pode ser removida com bico de picareta ou alavanca);
• Moledo ou cascalho (pode ser removido com alavanca, cunha ou picareta).
Obs.: A escavação poderá ser manual ou mecânica, a critério da Fiscalização.

43
c) Escavação em solo de 1ª categoria

Estes serviços a serem executados, deverão obedecer, rigorosamente às cotas e perfis previstos
no projeto.

Estão classificados nesta categoria todos os materiais escavados denominados terra não
compacta e, sendo a areia de qualquer coesão de consistência variável, o cascalho solto, enfim
toda espécie de materiais terrosos que permitam a sua extração com predominância do uso da
enxada e/ ou pá, e raramente com picareta.

Nesta situação não se fará distinção de materiais secos ou submersos.

d) Escavação em solo de 2ª categoria

Estes serviços a serem executados deverão obedecer, rigorosamente às cotas e perfis previstos
no projeto.

Estão classificados nesta categoria todos os materiais escavados denominados terra compacta,
tais como: argila cujo grau de compactação pode ser variável, moledo, os xistos argilosos muito
estratificados, o grês mole. Em geral categoria recebe a denominação vulgar de moledo ou
piçarra, e sua extração se dará com a utilização de ferramentas extrativas tais como: picaretas,
chibancas, alavancas; o uso da pá se dará somente para remoção de material extraído.
Nesta situação não se fará distinção entre materiais secos ou submersos.

e) Escavação em solo de 3ª categoria

Estes serviços a serem executados deverão obedecer rigorosamente às cotas e perfis previstos
no projeto. Este processo deverá ser executado por operários e profissionais munidos de
ferramentas de usos manuais e equipamentos.

Estão classificados nesta categoria todo o material denominados pedra solta, e rocha branda ou
matacões, que são todas as rochas brandas com estratificação com mais de 0,5 m de espessura
ou blocos de volume superior a 0,005 m3 incrustados ou ligados em blocos ou camadas, e cuja
extração só possam ser realizadas, se utilizarem instrumentos como alavancas, cunhas,
porteiras de aço, marretas e exijam também o emprego eventual de equipamento rompedor e/ou
agentes explosivos.

44
4.3.3. Reaterro

a) Reaterro compactado

Os reaterros serão executados, com material remanescente das escavações, à exceção do solo
de 3ª categoria.

O material deverá ser limpo, isento de matéria orgânica, rocha, moledo ou entulhos, espalhado
em camadas sucessivas de:
• 0,20 m, se apiloados manualmente;
• 0,40 m, se apiloados através de compactadores tipo sapo mecânico ou similar. em solos
arenosos consegue-se boa compactação com indução da vala.

O reaterro deverá envolver completamente a estrutura, não sendo tolerados vazios entre a
mesma; a compactação das camadas mais próximos aos tanques deverá ser executada
cuidadosamente, de modo a não causar danos às paredes.

Nos casos em que o fundo da vala se apresentar em rocha ou em material deformável deve ser
interposta uma camada de areia ou terra de espessura não inferior a 0,15m, a qual deverá ser
apiloada.

Em caso de terrenos lamacento ou úmido, far-se-á o esgotamento da vala.

Em seguida consolidar-se-á o terreno com pedras e, como no caso anterior, lança-se uma
camada de areia ou terra convenientemente apiloada.

A compactação deverá ser executada até atingir-se o máximo de densidade possível e, ao final
da compactação, será deixado o excesso de material, sobre a superfície das valas, para
compensar o efeito da acomodação do solo natural.

b) Reaterro com material transportado de outro local

Uma vez verificado o material, que retirado das escavações não possui qualidade necessária
para ser usada em reaterro, ou havendo volumes a serem aterrados maiores que os de material
à disposição no canteiro, serão feitos empréstimos. Os mesmos serão provenientes de jazidas
cuja distância não será considerada pela Fiscalização.

Não será aproveitado como reaterro o material proveniente de solo de 3º categoria.

Os materiais remanescentes de escavações cuja aplicação não seja possível na obra serão
retirados para locais próximos, a critério da Fiscalização.
45
c) Terraplenagem

A limpeza completa do terreno será realizada dentro da mais perfeita técnica, tomando-se o
cuidado de não atingir as áreas adjacentes existentes. Todo entulho proveniente dessa limpeza
será de responsabilidade da Contratada e deverá ser retirado da área de propriedade da
Contratante.

4.4. SERVIÇOS COMPLEMENTARES

4.4.1. Sinalização de Valas e Barreiras

É de responsabilidade da Contratada a sinalização conveniente para execução de serviços de


abastecimento d’água e/ou rede coletora de esgoto. É também sua obrigação o pagamento de
taxas a órgãos emissores de aberturas de valas.

Os cuidados com acidente de trabalho ou as decorrências na execução das obras,


comprometem a Contratada se esta não efetuar a sinalização e proteção conveniente aos seus
serviços. As indenizações, que porventura venham a ocorrer, serão de sua exclusiva
responsabilidade. Além disso, ficará obrigada a reparar ou reconstruir os danos às redes
públicas. Como conseqüência de acidentabilidade a inobservância da correta sinalização.

Portanto, a Contratada deverá manter toda a sinalização em valas e barreiras diurnas e noturnas
necessária ao desvio e proteção da área onde estiverem sendo executadas as obras, até seu
término, quando forem comprovadas que os trechos estão em condições de serem liberadas
para o tráfego.

4.4.2 Passadiço de Madeira

Este serviço refere-se à colocação de chapas de madeira de dimensões variável e não inferior a
0,30 m², e de espessura igual ou superior a 2”. As chapas serão colocadas em todos os serviços
de água e/ou esgoto onde aquela abertura da vala ou barreira esteja prejudicando ou impedindo
a passagem de transeuntes e/ou veículos.

São normalmente colocadas peças de madeira de lei, sem trincas, com resistência compatível às
cargas a serem submetidas. Serão utilizadas em passagem de garagem, residência, travessia de
rua, e/ou em outras situações julgadas necessárias de utilização pala equipe fiscal da empresa.

O dimensionamento do pranchão é de responsabilidade da Contratada e qualquer danos


ocorridos a terceiros e/ou obras públicas decorrente do mau funcionamento dos pranchões será
respondido pela Contratada.

46
4.5. ESCORAMENTOS

4.5.1. Escoramento Contínuo de Valas com Pranchas e Perfis Metálicos

Este tipo de escoramento contínuo de valas é empregado onde as condições de segurança,


presença de lençol freático estará a exigir a fim de iniciar ao assentamento da tubulação. È um
trabalho que requer cuidados profissionais habilitados. A má execução poderá levar o
desmoronamento cujo resultado é insegurança aos trabalhadores, transeuntes, e construções
nas proximidades.

Todo o serviço de escavação deve ser planificado quanto à segurança do trabalhador, e o


exame do terreno, na sua formação geológica constitui tarefa fundamental.

Sempre que a escavação for superior a 1,5 m, em terrenos sem coesão, de terras argilosas
moles, em nível de serviço abaixo do lençol freático, haverá necessidade de escoramento.

Devem ser escorados os muros de arrimos, edifícios vizinhos, redes de abastecimento,


tubulação telefônica, sempre que estas possam ser afetadas. Nos escoramentos com pranchões
de madeiras, estas deverão Ter dimensões mínimas de: C: 3,0; L: 0,2 ou 0,3; esp: 0,04 m. Usar
estronca de madeira, ou metálica tipo de macaco para contraventar.

No escoramento metálico que é constituído de um sistema misto de estrutura metálica e


pranchões de madeira ou metálico, são adotados os seguintes elementos:
• Estaca metálica: cravada com espaçamento compatível com a resistência do perfil, em duas
linhas ao longo da valas;
• Longarina metálica: colocadas junto aos perfis, em ambos os lados do escoramento, a uma
altura compatível com a do cálculo;
• Estronca metálica ou carnaúba: serve para o travamento das logarinas. Seu espaçamento é
determinado tendo em vista das condições ao trabalho mecânico de escavações e facilitar o
assentamento da tubulação;
• Pranchões metálicos: são colocados nos intervalos livres das estacas e deverão ter
espessura mínima de 5 cm.

Na escavação da pranchada, perfis ou piquetões, quando for contratado terreno impenetrável ou


matacões, deverá ser utilizada uma pranchada adicional externa ou internamente ao
alinhamento definido pelas pranchas já cravadas, conforme critério da Fiscalização.

O escoramento deverá acompanhar a escavação e deverá ser feita na mesma jornada de


trabalho. O estroncamento deve estar perpendicular sempre ao plano do escoramento.

47
Para se evitar sobrecarga ao escoramento, o material escavado, salvo autorização especial da
Fiscalização por problemas locais, deverá ser colocada à distância mínima da vala que igual sua
profundidade.

Os desmontes do estroncamento e retirada da pranchada deverá ser feitos simultaneamente


com o reenchimento das valas, isto é, na mesma jornada de trabalho.

As retiradas sucessivas dos diversos quadros de escoramento deverão ser precedidas de


estroncamento provisório com perfis ou piquetões. Nunca será desempranchados todos um
trecho de parede e sim parceladamente, metro a metro, até a cota inicial do terreno.

4.6. ESGOTAMENTO DE VALAS

4.6.1. Esgotamento com Bomba Submersa ou Auto-Aspirante

Durante o decorrer dos trabalhos, deve-se providenciar a drenagem e esgotamento das águas
pluviais e de lençol, de modo a evitar que estes causem danos à obra.

Será utilizado este sistema sempre que o serviço não seja demorado a ponto de evoluir para
desmoronamento de barreiras. É aconselhável somente para serviços de barreiras de boa
consistência abrange a instalação e retirada dos equipamentos submersos, ferramentas e mão-
de-obra. Deve-se ser tomado cuidado nas instalações elétricas de equipamento, a fim de evitar
descarga elétrica no meio do líquido onde os geradores estão a serviço.

O esgotamento deve ser interrupto até alcançar condições de trabalho de assentamento, e a


água retirada deve ser encaminhada a galeria de águas pluviais, a fim de evitar alagamento das
superfícies vizinhas ao local de trabalho. Deve-se evitar também que a água do esgotamento
corra pela superfície externa dos trechos já assentados. No fundo da vala no esgotamento, deve-
se colocar brita para suporte da bomba, a fim de evitar o carreamento de areia para o motor da
bomba.

4.6.2. Esgotamento com Equipamento à Vácuo – Sistema Well-Point

Este sistema consiste na escavação de ponteiras ao longo das valas, tubos coletores de
passagem do fluido captado pelas ponteiras, um sistema composto de bombas de vácuo e
cilindro receptor, e bomba centrífuga.

O sistema well-point, consiste na colocação de ponteiras filtrantes em profundidade adequada no


lençol d’água para levá-la a um nível inferior a zona mais profunda da escavação. Evita-se
assim o colapso, dos taludes das valas encharcadas. A vantagem deste método é o trabalho

48
realizado a seco, sem ocorrência de carreamento de material para dentro das valas, deixando o
solo coeso e com as mesmas características primitivas de resistência.

Deve-se estudar o espaçamento ideal e a profundidade das ponteiras filtrantes. Os lances de


até 100 mm de valas são os mais econômicos para rebaixamento de lençol, com profundidade
de até 6,0 m, para um conjunto bem dimensionado.

A cravação das ponteiras deve ser efetuado por jateamento direto da água com uso de bomba
de alta pressão. Tem-se bom rendimento se estas ponteiras filtrantes forem lançadas dentro do
encamisamento de tubo PVC de 6” ou 8”, e colocação de cascalho na boca da ponteira.

O funcionamento do sistema só pode ser deslocado quando concluído o assentamento e


garantido sua fixação através do reaterro, a fim de evitar levantamento dos tubos.

A Contratada deverá prover e evitar irregularidade das operações do rebaixamento, controlando


e inspecionando o produto continuamente. A ligação de energia de equipamento à rede de
concessionária local, ficará sob a responsabilidade da contratada.

4.7. DEMOLIÇÃO

4.7.1. Pavimentações e Estruturas

Os serviços de demolição em ruas ou calçadas visam à retirada da pavimentação para início da


escavação. Onde existirem pedra tosca, meio fio, paralelepípedo, aproveitáveis serão estes
removidas e armazenados em local apropriado de modo a não causar embaraços à obra e
logradouros públicos, e devidamente empilhados. Para demolição da calçada com piso
cimentado, mosaico, cerâmica, usa-se o marrão de 3 a 5 kg, como equipamentos demolidos.
Para calçadas de blokret, usa-se alavanca ou picareta, visando o reaproveitamento desses
blocos.

Sempre que possível essas demolições devem ser efetuadas de modo que não ocorra o resvalo
de pedaços de material demolido sobre os transeuntes em movimento.

As demolições em calçamento de pedra tosca ou paralelepípedo são efetuados com uso de


picaretas uma vez que estes materiais serão reaproveitados na sua recomposição.

As demolições em asfalto se fazem com o uso de equipamento rompedor (compressor),


acoplados em espátula, alavanca e picareta.

Para demolição de alvenaria, concreto simples ou armado, devem ser observados cuidados
contra terceiros ou obras públicas, além de segurança dos trabalhadores em serviço de altura
49
comprometedora com a integridade dos operários. São freqüentemente usados para estas
demolições as ponteiras de aço com ponteiras de aço com marreta, marrão de 3 ou 5 kg,
equipamentos rompedor para concretos simples ou armado. Tapumes de proteção devem ser
colocados se a natureza do trabalho comprometer a segurança dos transeuntes, e sempre
autorizado pela Fiscalização.

Quando a critério da Fiscalização, não for necessário separar os diferentes tipos de materiais,
poderão ser utilizados processos mecânicos, coletar por arrasto e carga através de
carregadeiras, bem como transporte e descarga por meio de caminhões basculantes.

Os materiais resultantes de demolição serão de propriedade da Fiscalização, devendo ser


transportados a locais determinados pela Fiscalização.

A critério da Fiscalização, os serviços de demolição poderão ser contratados e executados em


troca de partes ou totalidade dos materiais remanescentes.

A carga de entulho poderá ser manual ou mecanicamente, o que será feita a carga, será a
qualidade e as características dos materiais a serem deslocados. Os materiais tais como, peças
de madeiras esquadrias, tijolos, telhas, vidros, materiais de revestimentos, fios, tubos, peças,
conexões, aparelhos de iluminação, sanitários, em condições de eventual reaproveitamento,
serão carregados e descarregados manualmente e transportados para o local indicado pela
Fiscalização. Os demais (caliças, fragmentos cerâmicos, tocos de madeira, sobras de roçado,
destocamento e limpeza e outros com as mesmas características) serão carregados e colocados
como bota fora.

4.7.2. Recuperação de Pavimentação

As recuperações em pavimentação de acordo com a itemização, referem-se a:


• Pedra tosca sem rejuntamento;
• Pedra tosca com rejuntamento;
• Paralelepípedo sem rejuntamento;
• Paralelepípedo com rejuntamento;
• Asfalto até 7 cm de espessura.

Os reaterros deverão ser rigorosamente compactados para se obter uma boa recuperação de
pavimentação, em níveis semelhantes aos existentes ou até mesmo melhor. Deverão ser
tomados cuidados no sentido de obedecer ao grau de inclinação original.

As superfícies pavimentadas não deverão possuir nem permitir depressões nem saliências que
impossibilite o perfeito escoamento das águas.

50
A recuperação da pavimentação deverá se processar imediatamente após o assentamento das
tubulações, a fim de amenizar ao máximo os transtornos causados à comunidade.

Os pisos de pedra tosca ou paralelepípedo em colchão de areia limpo, isenta de raízes ou


pedras, de espessura mínima de 6 cm perfeitamente aplainados.

As pedras serão distribuídas ao longo das valas, e seu reaproveitamento será total. Sobre a
base de areia grossa o calceteiro traçará a linha de pavimento, à semelhança do anterior,
perfeitamente alinhados e comprimidos por percussão. As juntas serão idênticas a existente. No
caso de rejuntamento com argamassa de cimento e areia, o traço a ser utilizado é de 1:3, e
espalhado nas juntas com auxílio de vassoura ou de caneca com bico apropriado, no caso de
calda de cimento para paralelepípedo.

4.8. ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÃO

4.8.1. Generalidades

As tubulações de esgoto devem ser assentadas obedecendo rigorosamente às declividades


previstas no projeto. Os cuidados e acompanhamentos dos serviços topográficos devem ser uma
constante conduta à Contratada.

A tubulação pode ser assentada com ou sem berço de apoio. Quando o material do fundo da
vala permitir o assentamento sem berço, deverão ser produzidos rebaixos, sob cada bolsa
(cachimbo), de sorte a proporcionar o apoio da tubulação sobre o terreno em toda sua extensão.

Em qualquer caso, exceto nos berços especiais de concreto, a tubulação deverá ser assentada
sobre o terreno ou colchão de areia de forma que, considerando uma secção transversal do tubo
a sua superfície inferior externa fique apoiada no terreno ou berço, em extensão equivalente a
60% do diâmetro externo, no mínimo.

Todo cuidado deve ser tomado no que tange ao emprego de armazenamento e distribuição das
tubulações tanto no canteiro como ao longo das valas.

Em todas as fases de transporte, manuseio e empilhamento devem ser tomadas as medidas


especiais e técnicas recomendadas pelos fabricantes a fim de evitar que afetem a integridade
do material e provoquem atritos de tal ordem que causem ranhuras e comprometam a
estanqueidade das juntas.

51
4.8.2. Topografia

Devidamente autorizado pela Fiscalização, estando definidos os trechos a executar, a


Empreiteira dará prioridade aos serviços de topografia e locação das obras.

Para medição de distâncias, além da utilização dos métodos tradicionais (com as precauções
consagradas), poderão ser utilizados aparelhos do tipo distomat (raio infra-vermelho) ou laser,
com as devidas precauções.

Para medição de ângulos, deverá ser usado equipamento (teodolito) que permita leitura de
ângulo com precisão de 10 s. A Fiscalização poderá impedir a utilização incorreta dos
equipamentos ou métodos de topografia, ficando por conta da empreiteira , às suas custas , a
correção das deficiências constatadas.

A empreiteira deverá efetuar o nivelamento geométrico de 2ª ordem, com erro de fechamento a


10 mm. L , sendo L a distância nivelada e contra-nivelada em quilômetros, os piquetes deverão
ser implantados a cada 20 m.

Analisando os trechos analisados como problema, a Fiscalização indicará eventuais alterações


de cotas dos coletores, naquele e/ou em outros trechos ainda não liberados, para permitir o
esgotamento das casas, funcionamento da rede e para atender às boas técnicas de construção.

Obras especiais, de menor complexidade, não previstas ou não definidas no projeto, deverão ser
detalhadas, especificada, orçadas e solicitadas pela empreiteira e aprovadas pela Fiscalização.

Por ocasião do nivelamento geométrico, deverão ser adensados os referenciais planialtimétricos,


consistindo na cravação de marcos de madeira de lei, ou de concreto (traço 1:2:3), de
dimensões 3  3  30 cm, em locais protegidos e de fácil acesso , distantes entre si em
aproximadamente 200 m. Deve-se cravar 25 cm e os 5 cm restantes deverão ser pintados de
amarelo e numerados. No centro dos Marcos deverá estar cravada uma tacha , que será
nivelada.

As RN (referências de nível) existentes deverão ser verificadas. Os marcos e as RN corrigidas


deverão ser indicadas para correção, que visualizam a rede coletora em execução.

A Empreiteira deverá escolher o processo de locação que achar mais conveniente e que atenda
as condições técnicas.

Estão descritos a seguir, os processos de locação convencionais. Ficará a cargo da Empreiteira


a preparação dos elementos necessários à locação, e que serão verificados e autorizados pela
Fiscalização.
52
No Processo de Cruzetas, deverão constar os seguintes elementos:
• Cota do terreno (piquetes): CT;
• Cota do projeto (geratriz inferior interna do tubo): CP
• Cota do coletor (geratriz superior externa do tubo): (CC)
• Cota do bordo superior da régua: (CR)
• Declividade: (I)
• Diâmetro interno mais espessura da parede do tubo: (Q+E)
• Altura da cruzeta a ser utilizada: (C)
• Altura do bordo superior da régua em relação ao piquete: (H)

Para se assentar com a cruzeta, deverá ser observado:


• Régua perfeitamente instaladas e pintadas em cores de bom contraste, para permitir melhor
visada do “assentador “. As réguas deverão estar distantes entre si no máximo 20 m;
• Coloca-se o pé da cruzeta sobre a geratriz externa superior do tubo , junto a bolsa .O homem
que segura a cruzeta deve trabalhar com um bom nível de pedreiro junto à cruzeta para
conseguir a sua verticalidade.

O encarregado da turma faz a visada procurando com o seu raio visual tangenciar as duas
réguas instaladas e as cruzetas que está sobre um dos tubos. A tangência ou não do raio visual
sobre os três indicará se o tubo está ou não na posição correta; o primeiro tubo a assentar deve
ser nivelado na ponta e na bolsa, com esta voltada para montante.

No Processo dos Gabaritos deverão constar os seguintes elementos:


• Cota do terreno (piquete): (CT)
• Cota do projeto (geratriz inferior interna do tubo): (CP)
• Cota do bordo superior da régua: (CR)
• Declividade: (I)
• Altura do gabarito a ser utilizado: (G)
• Profundidade da geratriz inferior interna do tubo: (P)
• Altura da borda superior da régua em relação ao piquete: (H)

Para se assentar com o gabarito, deverá ser observado:


• Régua perfeitamente instaladas, distantes entre si no máximo 10 m , com o objetivo de
diminuir a centenária .
• Pelos pontos das réguas que não dão o eixo da canalização estica-se uma linha de nylon,
sem emenda, bem retesada.
• Coloca-se o pé de gabarito sobre a geratriz interna inferior tubo no lado da bolsa, fazendo-se
coincidir da marcação com a linha de nylon indicará se tubo está ou não na posição correta.

53
O primeiro tubo a assentar deve ser nivelado na ponta e na bolsa, com esta voltada para a
montante.

4.8.3. Assentamento de Tubos de PVC

A tubulação deverá se de PVC para rede de esgoto (infra-estrutura) fabricada de acordo com a
EB-644 da ABNT (NBR 7362), com diâmetro mínimo de 150 mm, fornecida em barras de 6 m de
comprimento, dotada de ponta e bolsa para anel de borracha (junta elástica).

A execução das juntas elásticas deverá obedecer à seguinte seqüência:


• Limpar a face externa da ponta do tubo e face interna da bolsa, principalmente na região de
encaixe do anel. Verificar se o chanfro da ponta do tubo não foi danificado e, caso
necessário, corrigido com uma grosa.
• Colocar o anel dentro de seu encaixe na bolsa, sem torções.
• Passar pasta lubrificante na face externa da ponta do tubo e na parte aparente do anel. Não
utilizar, em hipótese alguma, graxas ou óleos minerais que podem afetar as características da
borracha.
• Posicionar corretamente a ponta do tubo já assentado; realizar o encaixe, empurrando
manualmente o tubo. Para os diâmetros maiores, pode-se utilizar uma alavanca junto à bolsa
do tubo a se encaixada, com o cuidado de se colocar uma tábua a bolsa e a alavanca, a fim
de se evitar danos.

4.8.4. Poços de Visita

Os poços de visitas, de dimensões variáveis, têm a função primordial de permitir o acesso às


canalizações de modo a que se possa mantê-las em bom estado de funcionamento. São
executados nos locais indicados no projeto, sempre que a canalização mude de direção,
alinhamento, de diâmetro, de tipo de material, de declividade nas junções de duas ou mais
canalizações, para dividir distâncias de modo a facilitar a limpeza e manutenção.

É importante a estanqueidade dos tanques, para a sua operacionalização, para o teste de


assentamento das tubulações e para estabilidade da pavimentação nos poços de visita.

O poço tem duas divisões básicas:


• Câmara de trabalho, o corpo, ou ainda balão como é vulgarmente chamado.
• Câmara de acesso, ou chaminé, ou ainda pescoço como é vulgarmente chamado.

A câmara de trabalho deve ser executada, de acordo com o projeto em: concreto armado, anéis
pré-moldados, de concreto e alvenaria em tijolo maciço, e suas normas de execução estão
contidas nos seus respectivos assuntos específicos. A altura é variável de conformidade à cota
54
de canalização e ter o máximo de altura de modo a tornar-se ampla, bom arejamento e
iluminação para permitir trabalhos de manutenção da rede . A espessura é de acordo com o
projeto, mas não inferior a 10 cm.

A câmara de acesso ou chaminé não deve ter altura superior a 1 m e diâmetro a 0,60 m e é
encimado pelo tampão tipo T-137 da Barbará ou similar. Pode ser em concreto armado ou ainda
em anéis pré moldado do concreto.

São fatores essenciais e importantes: a colocação dos degraus de ferro, com o espaçamento de
acordo com o projeto e na bitola especificado, assim como a feitura de suas calhas no poço.

O fundo do poço será sempre em concreto simples ou armado, conforme a espessura de projeto.
Quando se assentar peças pré-moldadas será utilizada argamassa de cimento e areia 1:3 para
junção das peças. A ligação entre o corpo e a chaminé é executada em concreto armado.

Internamente as paredes receberão o corpo do poço, com revestimento liso de cimento e areia
fina 1:3, e posterior pintura com nata de cimento. Se necessário, utilizar aditivos
impermeabilizantes a fim de ficar estanque o poço de visita.

As calhas ou almofadas são acabamentos de contorno ao terminal das tubulações nos poços, e
podem ser retas, curvas ou em “S”, podendo ser executadas em concreto simples ou tijolo
maciço de alvenaria revestido desde que a base esteja estanque.

4.9. DIVERSOS

4.9.1. Embasamento de Tubulação

As canalizações devem ser assentadas sobre leitos firmes com suficiente resistência no terreno
natural, isto é o mínimo de compressibilidade de maneira a permitir as suas estabilidades.

Quando o terreno natural não permitir estabilidade de modo a garantir a perfeição no


assentamento da tubulação, será observado imediato recalque, e este, conseqüentemente,
arruinaria, também as juntas e a estanqueidade da linha. Neste caso, utiliza-se a execução de
bases especiais ou berços de modo a melhor distribuir as cargas sobre o solo.

Os embasamentos podem ser em: areia, pó de pedra, brita, seixos, concreto simples, ou peças
pré-moldadas, a altura padrão é de 10 cm, e colocado abaixo da geratriz externa inferior do tubo
de largura mínima do berço será: L = D + 0,20.

55
4.9.2. Teste de Vazamento

É recomendável a execução de teste em rede coletora qualquer que seja o tipo de junta. Os
tipos de teste são: vazamento e infiltração.

Para execução do teste são necessários:


• Poço de visita bem construídos e estanques.
• Buguões para teste (balão de vedação, saco de areia, saco de tabatinga)
• Conexões resistentes
• Fixação dos limites aceitáveis de vazamento e infiltração que possam ocorrer.

É conveniente que o primeiro trecho entre dois PV seja testado para se observar inicialmente a
qualidade construtiva, e examinar, se os resultados obtidos também atendem as exigências,
servindo de base para os trabalhos subsequentes possam ser julgados.

O teste de vazamento é realizado com fumaça, deixando-se as juntas descobertas:


• Veda-se a extremidade da tubulação de montante e das conexões;
• Insufla-se fumaça para o interior por meio de uma ventoinha e máquina de fazer fumaça, ou
qualquer outro tipo;
• Verifica-se se há escapamento de fumaça pelas juntas.

O teste de vazamento também pode ser efetuado com água, em linhas de pouca declividade,
verificando se há vazamento pelas juntas, após ser tamponada nas bocas dos PV, inferior e
superior.

Outros procedimentos complementares, durante a execução dos testes, poderão ser fornecidos
pela Fiscalização, quando for necessário variação de métodos do aqui exposto.

O teste de infiltração é sempre realizado com vala fechada, e seu resultado depende de boa
impermeabilização dos PV. Sua seqüência é a seguinte:
• Tampar a boca de cima do coletor, a jusante do PV;
• Colocar na boca de baixo, um reservatório para coletar a água que se infiltra na rede, no
trecho em estudo;
• Após o período de 1 h, medir o volume de água recolhido.

56
4.10. LIGAÇÕES PREDIAIS

4.10.1. Generalidades

Entende-se por ligação predial de esgoto o conjunto de esgoto de tubos e peças que se estende
desde o coletor público até o alinhamento de uma determinada propriedade.

Cada resistência deverá ter sua ligação independente, salvo casos excepcionais, ou ainda com
base em revisão dos códigos atuais.

Para que seja efetuada a ligação é importante que as instalações estejam concluídas e de
acordo com as normas vigentes.

Será a ligação da caixa de visita localizada no passeio a rede coletora pública. A ligação predial
será executada com tubo PVC de infra-estrutura (NBR 7362), para a rede de esgoto na rua,
diâmetro mínimo de 100 mm e declividade mínima de 2%.

Todas as instruções, cuidados e normas de procedimentos de execução para rede coletora são
válidos para ligação, inclusive com relação aos testes.

Ficará também por conta da contratada a recuperação da pavimentação danificada para


execução de ligação.

4.10.2. Material de Ligação

Será composta de selim 90º elástico 150  100 mm e curva de 45º diâmetro mínimo de 100 mm,
para tubulação de rede de esgoto (infra-estrutura).

A ligação predial deverá obedecer a seguinte seqüência de execução:


• Certificar-se se o anel de borracha esta devidamente alojado na parte interna da abraçadeira
superior.
• Colocar as abraçadeiras inferior e superior no tubo, fixando-as com a trava, conforme
indicação (flecha) gravada na peça.
• Fazer furo com serra copo para selim, através do bocal do selim.
• Completar a ligação utilizando conexões de infra-estrutura (curva de 45º).

57
4.10.3. Caixas de Inspeção

Estas caixas são normalmente colocadas no passeio, e em raríssimos casos nos recuos
domiciliares. São de paredes em alvenaria, fundo em concreto simples e tampa em concreto
armado. Suas dimensões comuns são, 0,60  0,60 m x 0,50 m.

Podem também ser executadas como caixas pré-moldadas em concreto desde que consultado à
Fiscalização e aprovado para colocação.

Essa caixa é o ponto terminal da ligação domiciliar e, portanto, é importante sua completa
estanqueidade a fim de evitar infiltração de águas pluviais para não comprometer a qualidade de
escoramento da ligação.

Internamente, nas caixas de inspeção, deverão ser executadas calhas de escoramento tipo meia
cava.

Dever ser observado se não há infiltração de águas pluviais na caixa de inspeção, a fim de
comprometer a qualidade de escoamento da ligação.

4.11. TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE

4.11.1. Chapisco

A superfície a ser chapiscada deve estar abundantemente molhada. Sua finalidade básica é
permitir aderência entre o concreto e/ou tijolo cerâmico prensado e cozido e a argamassa de
revestimento (emboço e reboco).

O preparo do chapisco se forma pelo traço 1:3, cimento e areia grossa bem diluído. Ele é
lançado sobre a alvenaria de tijolo cerâmico e/ou concreto.

Antes da execução do emboço será sempre aplicado o chapisco fino para aumentar a aderência
das superfícies, as quais deverão também estar limpas e ser umedecidas durante a execução
dos serviços.

O chapisco grosso é geralmente utilizado como acabamento de revestimento, devendo, neste


caso, ser aplicado com peneira e sobre a camada de emboço devidamente regularizada.

58
4.11.2. Reboco

Este revestimento deve apresentar parâmetros perfeitamente desempenados e aprumados. No


reboco estão incluídos, como sua constituição, a primeira camada do emboço aplicado sobre o
chapisco executado. O reboco passa então a ser aplicado sobre emboço.

O emboço só será iniciado após completa pega de argamassa das alvenarias e chapisco. Os
emboços serão fortemente comprimidos contra as superfícies e apresentarão parâmetros
ásperos ou entrecortado de sulcos para facilitar a aderência. Antes de aplicar o emboço a
superfície deve ser abundantemente molhada.

A espessura do emboço não deve ultrapassar a 20 mm e o reboco de 5 mm; o seu total deve ser
de 25 mm, no máximo.

Antes de iniciar o reboco, deve-se verificar se o emboço está limpo, sem poeiras, ou impurezas
como raízes, ponta de ferro de estrutura, as eflorescências sobre o emboço são prejudiciais ao
acabamento do reboco devido a presença de sais solúveis em água.

Antes de aplicar o reboco, deve o emboço ser bem molhado para boa aderência.

O reboco deve ser regularizado e alisado com régua e desempenadeira e posteriormente alisado
com feltro ou borracha esponjada bem molhada.

Na eventualidade de ocorrência de chuva, o reboco externo deve ser interrompido, quando


exigido pela fiscalização, a empreiteira deve adicionar à argamassa hidrofugantes a fim de
impedir entrada de umidade.

Deve-se evitar os furos nas alvenarias, para embutir tubulações em geral, sejam realizadas
quando o processo de reboco já tenha sido iniciado, pois isto acarretaria diferença na textura e
colocação do revestimento.

4.11.3. Pintura

As superfícies a serem pintadas deverão estar secas limpas retocadas e preparadas para o tipo
de pintura que irão receber.

Cada demão de tinta somente será aplicada, quando a anterior estiver seca, devendo para isto
observar um prazo de 24 horas entre as demãos. Igual cuidado deverá ser tomado entre o tempo
de aplicação da tinta e da argamassa.

59
Especial atenção será dada às superfícies que não serão pintadas, tais como vidro, pisos,
ferragens, etc, evitando-se escorrimentos e salpicos que venham a manchar estas superfícies.
Tal acontecendo, deverá ser feita a limpeza com o removedor adequado em seguida.

Nas esquadrias em geral e onde seja sentida necessidade, deverá ser feita proteção com papéis
adesivos próprios, sobre ferragens etc.

Toda vez que uma superfície tiver sido lixada, esta será cuidadosamente limpa com escova e
pano seco, para que todo pó seja removido antes de ser aplicado demão seguinte.

As cores deverão ser as definidas em projeto, e nos casos em que isto tenha sido especificado,
será solicitado à Fiscalização a definição que, preferivelmente, será dada pelo autor do projeto.
Todas as áreas a serem pintadas deverão ser precedidas de lixamento, correção de superfícies
e tinta de fundo. Os materiais a serem utilizados deverão atender às instruções dos fabricantes e
serão entregues nas embalagens originais da fábrica.

4.11.4. Impermeabilização com Mantas Asfálticas

Esta especificação técnica tem por objetivo fornecer subsídios na metodologia adequada de
impermeabilização com mantas asfálticas.

Em cada caso, deverão ser analisadas todas as interferências construtivas, tais como: tipo de
edificação, movimentações estruturais, finalidades de cada área e segurança dos trabalhadores.

"O projeto de impermeabilização deverá ser desenvolvido conjuntamente com o projeto geral e
os projetos setoriais de modo a serem previstas as correspondentes especificações em termos
de dimensões, cargas e detalhes".

Na prática:
• Firma especializada é chamada quando o prédio já está quase pronto;

Problemas decorrentes:
• Falta de previsão de sobrecargas nas lajes;
• Falta de previsão de caimentos, proteções, rebaixos e outros detalhes.

Conseqüências:
• Improvisações em obra;
• Soluções não satisfatórias;
• Custos elevados;
• Dificuldade na definição das responsabilidades dos técnicos envolvidos.

60
Estatísticas:
• Representa 2 a 3% do custo total de um empreendimento;
• Responsável por 50% dos problemas em edificações;
• Custos de reparos: até 20% do custo total de um empreendimento;
• Patologias por falta de projeto de impermeabilização e desinformação.

Normas Técnicas:

Deverão fazer parte integrante deste trabalho as seguintes Normas Técnicas:


• NBR 9575 - Elaboração de Projetos de Impermeabilização;
• NBR 9686 - Solução Asfáltica Empregada como Imprimação da Impermeabilização;
• NBR 9952 - Mantas Asfálticas com Armadura para Impermeabilização;
• NBR 279/9574 - Execução de Impermeabilização;
• NBR 9689 - Materiais e Sistemas para Impermeabilização.

a) Elaboração de Projetos para Impermeabilização NBR 9575

Partes de um projeto de impermeabilização:


• Memorial descritivo e justificativo;
• Desenhos e detalhes específicos;
• Especificações dos materiais a serem empregados e dos serviços a serem executados;
• Planilha de quantidade de serviços a serem realizados;
• Estimativa de custos dos serviços a serem realizados.

b) Orientação e Procedimentos Anteriores aos Serviços de Impermeabilização

• Observar atentamente o projeto de impermeabilização, antes do início dos serviços em


cada área. Verificar o projeto de hidráulica, elétrica e as instalações antes dos serviços de
impermeabilização, tais como: coletores de água pluviais, tubos emergentes, hidrantes, caixas
de passagem, pára-raios, sinaleiros, etc.;
• Todos os coletores de águas pluviais, tubos emergentes, etc., deverão estar bem
chumbados no local com graute antes da impermeabilização;
• Na região dos ralos, deixar rebaixo para evitar acúmulo de água;
• Fixar todas as esperas de ancoragem de guarda corpos, bancos, torres, etc., antes de
executar a impermeabilização para correta execução e arremate da impermeabilização nos
mesmos (ver detalhe em projeto);
• As cotas de arremate da impermeabilização quando interno ou externo, em batentes,
contramarco, deverá ser observado no projeto de impermeabilização;
• Durante a execução dos serviços de impermeabilização, impedir o acesso de pessoas
não qualificadas ou materiais, por meio de barreiras, para não comprometer o sistema de
impermeabilização aplicado;

61
• Após a remoção do entulho (acabamento, proteção, impermeabilização e regularização
existente), proteger a área exposta com lona plástica para evitar possíveis infiltrações da água
nos períodos de chuvas, durante execução dos novos serviços. A cada final de dia de serviços,
cobrir a área com lona plástica.

c) Procedimentos

• Serviços Preliminares;
• Demolição da impermeabilização existente (Restauração);
• Preparação da superfície;
• Regularização da superfície;
• Barreira vapor;
• Isolante térmico;
• Impermeabilização com manta asfáltica;
• Teste de estanque idade;
• Camada separadora papel kraft;
• Chapisco grosso;
• Proteção mecânica com tela galvanizada para vertical;
• Entrega da obra.

d) Demolição da Impermeabilização Existente

Demolir os pisos e impermeabilizações existentes, inclusive argamassa de regularização e


assentamento, impermeabilização e todo o enchimento existente, os pavimentos deverão ficar
no "osso", no nível da laje de concreto, perfeitamente limpa e nivelada, para execução das
regularizações, impermeabilizações, instalações, proteções e acabamentos previstos no projeto.
Após a remoção do entulho (acabamento, proteção, impermeabilização e regularização
existente), proteger a área exposta com lona plástica para evitar possíveis infiltrações da água
nos períodos de chuvas, durante execução dos novos serviços. A cada final de dia de serviços,
cobrir a área com lona plástica.

62
5. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO TRATAMENTO
PRELIMINAR E DA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO

63
5.1. BOMBEAMENTO DE ESGOTO

5.1.1. Geral

Descrição das instalações de bombeamento existentes.

5.1.2. Operação

Uma vez colocado em operação o sistema de elevatórias, o bombeamento de esgotos se dará


como descrito no Projeto Elétrico apresentado no Projeto Executivo.

A partida e parada das bombas serão realizadas automaticamente em função de níveis de água
no poço de sucção, previamente determinados.

Corresponde ao operador verificar que os equipamentos se encontram em condições de


operação.

Liberados pelas equipes de manutenção.

5.1.3. Partida

Enchimento das tubulações de sucção acontece com a abertura da válvula instalada na sucção
de cada bomba.

Normalmente as válvulas deverão permanecer completamente abertas.

Enchimento das tubulações de recalque se dá com a partida das bombas, não e necessário o
enchimento prévio dessas tubulações.

5.1.4. Operação das Bombas

As bombas podem ser comandadas manualmente no local a partir do painel de partida das
bombas.

Existe automatismo para a partida e parada das bombas, esse sistema e comando por sensores
do nível instalados no poço de sucção.

A operação a partir dos quadros de comando local somente será permitida para realização de
testes operações de manutenção, SEMPRE a partida manual será feita a partir do painel de
partida das bombas.

64
A seqüência de partida será:
• Posicionar a chave seletora do respectivo quadro de comando local em REMOTO;
• Posicionar a chave seletora M – A do painel de partida das bombas MANUAL;
• Posicionar a chave seletora de seqüência de partida, do painel de partida das bombas,
conforme programação de revezamento;
• Apertar o botão LIGA da respectiva bomba;
• Após a partida verificar que o equipamento encontra-se funcionando adequadamente e não
apresente ruídos e vibrações anormais; e,
• Normalmente as bombas deverão operar em automático.

5.1.5. Parada

Funcionamento das bombas poderá ser interrompido a qualquer momento, dependendo da


vazão afluente à Estação Elevatória, para isso basta apertar o botão DESLIGA do painel de
partida.

5.1.6. Instruções para Operações Periódicas

Dadas às características da instalação, as operações periódicas encontram-se bastante


relacionadas com ações de manutenção preventiva.

Entre as operações periódicas podem-se identificar:


• Remoção de sólidos grosseiros e espumas acumuladas no poço de sucção;
• Limpeza do poço de sucção;
• Inspeção geral de equipamentos; e
• Lavagem de pisos.

Para cada operação descrever as principais providências, a freqüência e o encarregado de


execução.

5.1.7. Registro de Dados operacionais

Corresponde ao operador e preenchimento das planilhas de controle operacional.

5.1.8. Situação de Emergência e Medidas de Segurança

As instruções para situações de emergência deverão ser os resultados da avaliação dos


profissionais responsáveis pela operação do sistema como um todo, com a participação de
membros da concessionária.

65
5.1.9. Desenhos e/ou Documentos de Referência

Deverá ser incluída a relação dos desenhos e documentos consultados para a elaboração do
manual.

5.2. GRADEAMENTO

5.2.1. Remoção nas Grades

Diariamente, a grade deverá ser limpa com o uso de rastelo, retirando-se trapos, objetos, papéis,
estopa, etc.

Recomenda-se limpar a grade de 1 a 2 vezes por dia ou mais, quando necessário. É


conveniente também que, antes de se colocar no recipiente, os resíduos sejam escorridos, para
diminuir o excesso de água.

O material retido nas grades deverá ser removido tão rapidamente, quanto possível, de modo a
evitar que a perda de carga localizada cresça progressivamente, causando represamento dos
esgotos no canal a montante e aumente demasiadamente a velocidade do líquido entre as
barras, arrastando alguns materiais que se pretenda reter.

5.2.2. Quantidade e Natureza do Material Retido

A quantidade de material gradeado é influenciada pelas condições locais, hábitos da população,


época do ano etc., e depende muito da abertura especificada. O material gradeado contém cerca
de 80% de umidade e 960 kg/m³, é mal cheiroso e atrai moscas. É prática comum, para as
grades de espaçamento médio, adotar-se o valor de 0,040 L de material retido por m³ de esgoto,
considerando-se a vazão média afluente a cada unidade de gradeamento.

Na tabela 1.3 são apresentados valores comuns na literatura de material gradeado, em função
da abertura da grade em L/m³ de esgoto.
Na tabela 1.4 são apresentadas uma média das quantidades de material retido nas grades, em
kg/m³.

Quanto à natureza do material retido, na tabela 1.5 são apresentado média de valores.

Tabela 1.3 – Em Função da Abertura da Grade


Abertura da Grade Quantidade de material Gradeado (L/m³ de esgoto)
(mm) Média Máximo
10 58 -
20 29 51
66
25 20 37
30 15 28
40 9 16
50 6 10
60 5 8

Tabela 1.4 – Em Função da Abertura da Grade


Espaçamento (mm) Quantidade de Material Retido (kg/m³)
20 0,0100
25 0,0072
50 0,0031

Tabela 1.5 – Natureza do Material Retido nas Grades (%)


Dejetos
Elevatórias Plásticos Tecidos Latas Pedras
humanos
67 9 11 5 8

Tabela 1.6 – Segundo Schroefer


Espaçamento (cm) Quantidade de Material Retido (L/m³)
2,0 0,038
2,5 0,023
3,5 0,012
5,0 0,009

5.2.3. Condicionamento do Material Removido

O material removido deverá ser imediatamente encaminhado ao seu destino final, de modo a
evitar inconvenientes nas instalações de tratamento. Esse material poderá sofrer as seguintes
operações:
• Lavagens;
• Secagem; e,
• Adição de substâncias químicas.

a) Dispositivos de Lavagem: São dispositivos intercalados no sistema de remoção do material. A


lavagem poderá ser realizada manualmente por meio de jatos de água.

b) Dispositivos de Secagem: São dispositivos que permitem eliminar parte da água contida no
material, removido com a finalidade de reduzir o volume e os inconvenientes do transporte do
material úmido. Poderão ser por simples drenagem do material acumulado.

67
c) Adição de Substância Química: Nos casos de emissão excessiva de odores desagradáveis ou
elevada proliferação de insetos em torno dos locais ou recipientes utilizados para a disposição
final, ou temporária, do material removido das grades de barras, recomenda-se a adição de
substâncias químicas inibidoras dos efeitos que se pretende minimizar ou eliminar. É prática
comum o emprego de óxido de cálcio (cal).

5.2.4. Destino do Material Removido

O material removido, seco ou úmido, deverá ser encaminhado para locais sob o controle das
autoridades sanitárias, no caso Aterro Sanitário.

Nas instalações de pequeno porte os sólidos removidos sofrem os mesmos tratamentos dos
lixos urbanos, isto é, compõem o material que é utilizado para o aterro sanitário. Em algumas
instalações enterra-se esse material nos terrenos disponíveis, dentro da área da estação de
tratamento ou da própria elevatória.

68
6. ANEXOS

69
RELAÇÃO DE ANEXOS

Anexo A – ART
Anexo B – CATÁLOGO DA BOMBA EEE

70
ANEXO A – ART

71
72
ANEXO B – EEE

73
Nome empresa:
Criado por:
Telefone:

Data: 21/06/2019
Quantid. Descrição
1 SLV.80.80.15.4.61F.C

Código: 98628515

Bomba centrífuga monocelular não auto-ferrante concebida para o manuseamento de águas residuais,
águas de processo e águas de esgotos brutos não filtrados.
A bomba foi concebida para funcionamento intermitente e contínuo em instalações submersas. O eficiente
impulsor SuperVortex proporciona passagem de fibras longas e sólidos até 80 mm e é adequado para águas
residuais com teor de matéria seca de até 5%.
Um sistema de montagem exclusivo com uma braçadeira em aço inoxidável permite desmontar a bomba de
forma rápida e fácil, para proceder à realização de manutenção e inspecção. Não são necessárias
ferramentas especiais. A ligação da tubagem é realizada através uma flange DIN.

Controlos:
Sensor de humidade: com sensores humidade
Sensor de água no óleo: sem sensor de água no óleo

Líquido:
Líquido bombeado: Todos os líquidos Newtonianos
Temperatura máxima do líquido: 40 °C
Densidade: 998.2 kg/m³

Técnicos:
Caudal efectivo calculado: 5.26 l/seg
Altura manométrica resultante da bomba: 8.783 m
Tipo de impulsor: SUPER VORTEX
Dimensão máxima das partículas: 80 mm
Empanque principal: SIC/SIC
Empanque secundário: CARBON/CERAMICS
Homologações na chapa de características: CSA
Tolerância da curva: ISO9906:2012 3B2

Materiais:
Corpo da bomba: Ferro fundido
EN 5.1301 EN-GJL-250
Impulsor: Ferro fundido
EN 5.1301 EN-GJL-250
Motor: EN-GJL-250

Instalação:
Temperatura ambiente máxima: 40 °C
Flange padrão: DIN
Entrada da bomba: 80
Descarga da bomba: 80
Estágio da pressão: PN 10
Profundidade máxima da instalação: 20 m

Car. eléctricas:
Potência absorvida - P1: 1.9 kW
Potência nominal - P2: 1.5 kW

Impresso do CAPS Grundfos [2019.03.001] 1/8


Nome empresa:
Criado por:
Telefone:

Data: 21/06/2019
Quantid. Descrição
Frequência da rede: 60 Hz
Tensão nominal: 3 x 220-277/380-480 V
Tolerância tensão: +10/-10 %
N.º máximo de arranques por hora: 20
Corrente nominal: 6.7-6.5/3.9-3.8 A
Corrente de arranque: 47 A
Cos phi - factor de potência: 0.72
Cos phi - factor de potência a 3/4 de carga: 0.63
Cos phi - factor de potência a 1/2 de carga: 0.51
Velocidade nominal: 1751 rpm
Eficiência do motor com carga total: 86.0 %
Eficiência do motor a 3/4 de carga: 85.7 %
Eficiência do motor a 1/2 carga: 83.3 %
Número de pólos: 4
Método de arranque: estr./tri.
Classe de protecção (IEC 34-5): IP68
Classe de isolamento (IEC 85): H
Antideflagrante: ñ
Comprimento do cabo: 10 m
Tipo de cabo: SEOOW 600V

Outros:
Peso líquido: 96 kg

Impresso do CAPS Grundfos [2019.03.001] 2/8


Nome empresa:
Criado por:
Telefone:

Data: 21/06/2019

98628515 SLV.80.80.15.4.61F.C 60 Hz
H SLV.80.80.15.4.61F.C, 60Hz eta
[m] [%]
Q = 5.26 l/seg
H = 8.783 m

11

10

7 70

6 60

5 50

4 40

3 30

2 20

1 10

Bomba Eta = 36 %
Bomba+mot. Eta = 30.9 %
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Q [l/seg]
P NPSH
[kW] [m]

P1

1.5 6
P2

1.0 4

0.5 2

P1 = 1.461 kW
P2 = 1.253 kW
NPSH = 1.8 m
0.0 0

Impresso do CAPS Grundfos [2019.03.001] 3/8


Nome empresa:
Criado por:
Telefone:

Data: 21/06/2019
H SLV.80.80.15.4.61F.C, 60Hz eta
Descrição Valor [m] [%]
Q = 5.26 l/seg
Inf. geral: H = 8.783 m
Designação do produto: SLV.80.80.15.4.61F.C 11
Código:: 98628515
10
Número EAN:: 5711498513594
Técnicos: 9
Caudal efectivo calculado: 5.26 l/seg
Caudal máximo: 18.9 l/seg 8

Altura manométrica resultante da


bomba: 8.783 m 7 70

Altura manométrica máxima: 10.5 m 6 60


Tipo de impulsor: SUPER VORTEX
5 50
Dimensão máxima das partículas: 80 mm
Empanque principal: SIC/SIC 4 40
Empanque secundário: CARBON/CERAMICS
3 30
Homologações na chapa de
características: CSA
2 20
Tolerância da curva: ISO9906:2012 3B2
Camisa de arrefecimento: sem camisa de arrefec. 1
Bomba Eta = 36 %
10

Materiais: Bomba+mot. Eta = 30.9 %


0 0
Corpo da bomba: Ferro fundido 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Q [l/seg]
EN 5.1301 EN-GJL-250 P NPSH
[kW] [m]
Impulsor: Ferro fundido P1

EN 5.1301 EN-GJL-250 1.5 6


Motor: EN-GJL-250 P2

Instalação:
Temperatura ambiente máxima: 40 °C 1.0 4

Flange padrão: DIN


Entrada da bomba: 80
0.5 2
Descarga da bomba: 80 P1 = 1.461 kW
Estágio da pressão: PN 10 P2 = 1.253 kW
NPSH = 1.8 m
Profundidade máxima da instalação: 20 m 0.0 0
Instalação a seco/submersa: SUBMERGED
Instalação: Vertical
Líquido:
Todos os líquidos
Líquido bombeado: Newtonianos
Temperatura máxima do líquido: 40 °C
Densidade: 998.2 kg/m³
Car. eléctricas:
Potência absorvida - P1: 1.9 kW
Potência nominal - P2: 1.5 kW
Frequência da rede: 60 Hz
Tensão nominal: 3 x 220-277/380-480 V
Tolerância tensão: +10/-10 %
N.º máximo de arranques por hora: 20
Corrente nominal: 6.7-6.5/3.9-3.8 A
Corrente de arranque: 47 A
Cos phi - factor de potência: 0.72
Cos phi - factor de potência a 3/4 de
carga: 0.63
Cos phi - factor de potência a 1/2 de
carga: 0.51
Velocidade nominal: 1751 rpm
Eficiência do motor com carga total: 86.0 %
Eficiência do motor a 3/4 de carga: 85.7 %
Eficiência do motor a 1/2 carga: 83.3 %
Número de pólos: 4
Método de arranque: estr./tri.
Classe de protecção (IEC 34-5): IP68

Impresso do CAPS Grundfos [2019.03.001] 4/8


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Data: 21/06/2019
Descrição Valor
Classe de isolamento (IEC 85): H
Antideflagrante: ñ
INTERRUPTOR
Protecção do motor: TÉRMICO
Comprimento do cabo: 10 m
Tipo de cabo: SEOOW 600V
Controlos:
Caixa de terminais: não incluído
Sensor de humidade: com sensores humidade
sem sensor de água no
Sensor de água no óleo: óleo
Outros:
Peso líquido: 96 kg

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98628515 SLV.80.80.15.4.61F.C 60 Hz

171

339

160

M16

X8

711

DN80

109
160
241
409 DN80
18
X 8

160x160

Nota! Todas as unidades estão em [mm], salvo indicação contrária.


Exclusão de responsabilidade: este desenho dimensional simplificado não apresenta todos os detalhes.

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98628515 SLV.80.80.15.4.61F.C 60 Hz

569

401
81

1.5

171

DN80
802

586
526

91
345

4XM16 13
220
95

160
762

Nota! Todas as unidades estão em [mm], salvo indicação contrária.


Exclusão de responsabilidade: este desenho dimensional simplificado não apresenta todos os detalhes.

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98628515 SLV.80.80.15.4.61F.C 60 Hz

525

280

18

80
839

411

128

330

Nota! Todas as unidades estão em [mm], salvo indicação contrária.


Exclusão de responsabilidade: este desenho dimensional simplificado não apresenta todos os detalhes.

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7. ORÇAMENTO

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