O Caminho para A Liberdade

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GEAN PHILIPE FRANÇA DOS SANTOS

HARRIET: O CAMINHO PARA A LIBERDADE

CHÃ GRANDE – PE
NOVEMBRO DE 2022
Escola Araquém

Chã Grande, 28 de Novembro de 2012.

Aluno: Gean Philipe França dos Santos

Série: 6º Ano Turno: Manhã

Professor: Carlos

Disciplina: Português

tema: Harriet: O Caminho para a


Liberdade
RESENHA:
HARRIET: O CAMINHO PARA A LIBERDADE

Harriet: O Caminho para a Liberdade é uma explosão de força e resistência. Foi uma
produção baseada em fatos reais, „Harriet‟ conta história de Harriet Tubman, um dos
grandes nomes da luta contra a escravidão nos Estados Unidos; cinebiografia é
marcada por trilha sonora de impacto.
Harriet é um filme bibliográfico estreado nos Estados Unidos no ano de 2019
sob direção de Kasi Lemmons. A cineasta estadunidense também é autora de Eve‟s
Bayou (1997) e Talk to Me (2007), filmes com os quais recebeu premiações
internacionais. Harriet (2019) foi sua obra de maior sucesso, a qual narra a vida de
Harriet Tubman, uma ex-escrava abolicionista que realizou missões para resgatar
negros sulistas da escravidão em meados de 1850. Essa produção cinematográfica
foi indicada ao Oscar (2020) e Globo de Ouro (2020), ambas na categoria Melhor
Canção Original. Harriet Tubman nasceu como escrava em 1822 no Estado de
Maryland, Região Sul dos Estados Unidos. Seu nome de batismo era Araminta
Ross, o qual foi trocado após sua libertação da escravidão.
O filme se inicia com lembranças de Harriet (Cynthia Erivo) acerca da venda
de suas irmãs, o que representa o sofrimento dos escravos para além da dimensão
física. Após essa cena marcante, o público contempla a utilização da religião pelos
senhores de escravos como forma de controle comportamental. Observa-se que a
escravidão não se limita ao aprisionamento do corpo e ao trabalho forçado, mas sim
perpassa questões físicas e adentra também ao controle psicológico à medida que o
indivíduo é separado dos familiares e ensinado a aceitar sua situação presente.
Nesse sentido, pode-se refletir sobre a escravidão do século XXI, a exemplo
do trabalho forçado nos interiores do Brasil, em que o sujeito sai de seu convívio
familiar para trabalhar em lugares longínquos com a promessa de conseguir dinheiro
e retornar. Entretanto, o dinheiro ganho não supera o montante de dívidas do
empregado ao patrão, as quais foram criadas para garantir a subsistência do
indivíduo. O resultado é um escravo do século XXI, o qual dificilmente retorna para
casa.
Em seguida, o filme continua com a fuga de Harriet para a Filadélfia, após ter
seu direito de liberdade assistido por documentação judicial negado pelo senhor de
escravos, o qual ameaça vender Harriet e assim a separar do restante da família e
marido. Dessa forma, ela percorre 160 km sozinha rumo à liberdade até encontrar
abrigo na rede de ativistas antiescravatura Underground Railroad. É evidenciado
nesse momento da trama a religiosidade de Harriet, assim como o misticismo que a
guiou pelo caminho por meio de visões. Essa mesma fé levou Harriet a retornar ao
Estado de Maryland 01 ano depois para fazer cerca de 19 missões e libertar mais de
300 escravos. O contraste dessa perspectiva da religião com a apresentada no início
do filme demonstra sua importância na construção da moralidade individual, pois a
mesma religião pode ser utilizada para aprisionar indivíduos ou para motivá-los na
busca por liberdade, em qualquer esfera humana.
Por fim, outro aspecto de discussão suscitado por essa obra é a suposta
supremacia branca. Nas missões realizadas por Harriet, ela ficou conhecida como
Moisés o libertador de escravos, o que faz alusão ao personagem bíblico. Apesar de
“Moisés (Harriet)” ser identificado como negro, os senhores de escravos
desacreditavam da veracidade das informações e apontavam que se tratava, na
verdade, de um homem branco com máscara de pele negra. Essa atitude dos
personagens abre a discussão sobre a supremacia do homem branco em detrimento
do negro, em que não se crê na capacidade do homem negro de realizar
determinadas ações. Tal supremacia tem origem no racismo, o qual perdura até os
dias atuais.
O filme “Harriet”, portanto, é uma obra relevante para a atualidade, pois além
de narrar a bibliografia de Harriet Tubman e os trâmites da abolição da escravidão
nos Estados Unidos, propicia ao público discussões pertinentes sobre assuntos
diversificados. Em relação aos aspectos técnicos do longa metragem, a utilização de
trilhas sonoras e o fato dos personagens cantarem alguns trechos enriquece a obra
e fixa a atenção do telespectador. Por outro lado, a ênfase dada à religiosidade e ao
misticismo de Harriet prejudica o crescimento da personagem na trama.
Para coroar o trabalho, a produção é marcada por uma trilha sonora com as
vozes intensas dos afro-americanos e suas belas entoações de blues. Não deixa de
ser uma referência à intensidade da vida da protagonista, marcada por força,
resistência e belíssimas ações em favor dos outros.
O Caminho Para a Liberdade foi o primeiro filme a contar a história de uma
das mulheres mais famosas da história americana, mas nada se compara a tudo que
passou em sua vida.
BIBLIOGRAFIA

HTTPS: www.google.com.br

HTTPS: www.wikipedia.org

https://escotilha.com.br/cinema-tv/central-de-cinema/filme-harriet-kasi-lemmons-
resenha-critica/

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