Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 6
Alessandra Mateus - 2039196
Bianca do Nascimento - 2039806
Carolina de Paula - 2039303 Juliana Lima - 2039529 Livia Oliveira - 2039922
Duque de Caxias, 2024
ODS – Definição e abrangencia O Objetivo do Desenvolvimento Humano, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), faz parte de uma agenda global que contempla planos de ação para a implementação de políticas públicas que direcionarão a humanidade até 2030. Existem 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que abordam diversas temáticas relacionadas ao planeta, à humanidade, à paz, às parcerias e à prosperidade, visando atender às necessidades humanas em áreas como saúde, educação, qualidade de vida, justiça, preservação ambiental, consumo responsável e descarte consciente. Neste trabalho, focaremos no ODS 3, que prioriza a saúde e o bem-estar para todos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde é definida como um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Bem-estar refere-se ao que um indivíduo ou grupo pode fazer para realizar aspirações, satisfazer necessidades e relacionar-se com o ambiente. Este ODS inclui metas a serem alcançadas, tais como: 1. Reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos até 2030. 2. Acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, visando reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1.000 nascidos vivos até 2030. 3. Eliminar as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, combater a hepatite, doenças transmitidas pela água e outras doenças contagiosas. 4. Reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis (DNTs) até 2030, por meio da prevenção, tratamento, promoção da saúde mental e bem-estar. 5. Reforçar a prevenção e tratamento de abuso de substâncias, incluindo drogas entorpecentes e álcool. 6. Reduzir pela metade as mortes e ferimentos por acidentes de trânsito até 2020. 7. Garantir o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo planejamento familiar, informação, educação e integração da saúde reprodutiva em estratégias nacionais. 8. Alcançar a cobertura universal de saúde (UHC), acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade, medicamentos e vacinas acessíveis para todos. 9. Substantivamente reduzir mortes e doenças causadas por produtos químicos perigosos, contaminação e poluição do ar e água. Além disso, fortalecer a implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, apoiar a pesquisa de vacinas e medicamentos, aumentar o financiamento da saúde nos países em desenvolvimento e fortalecer a capacidade de alerta precoce e gerenciamento de riscos de saúde.
Contextualização
O Programa Farmácia Popular do Brasil, uma iniciativa do Governo Federal, tem
como propósito disponibilizar medicamentos básicos e essenciais mediante reembolso de custos. Sua missão é mitigar o impacto dos preços dos medicamentos no orçamento familiar, fortalecendo, assim, a saúde dos beneficiários, fomentando a inclusão social e ampliando o acesso a medicamentos e assistência farmacêutica. Após nove anos de atuação na FIOCRUZ, surge o interesse em compreender a percepção dos beneficiários em relação aos benefícios sociais conquistados por meio do programa. Embora os gestores frequentemente se concentrem em dados quantitativos, como indicadores de rentabilidade, é imperativo considerar os resultados sociais subjetivos, de natureza interpretativa para a população atendida. Um dos desafios dos gestores públicos é assegurar que a população não interrompa os tratamentos de saúde por falta de recursos para adquirir medicamentos. Por isso, em 2004, o governo federal implementou o Programa Farmácia Popular do Brasil, com o intuito de facilitar o acesso aos medicamentos essenciais para a saúde dos cidadãos. Nesse contexto, o Ministério da Saúde estabeleceu parcerias com entidades públicas e privadas para disponibilizar medicamentos mediante reembolso dos custos de produção ou aquisição. A seleção dos medicamentos levou em consideração evidências epidemiológicas e a prevalência de doenças. A principal meta do Programa Farmácia Popular do Brasil consiste em ampliar o acesso aos medicamentos mais utilizados, por meio de uma rede própria de Farmácias Populares e colaborações com estabelecimentos privados. Em 2012, o Ministério da Saúde expandiu a cobertura de gratuidade para medicamentos destinados ao tratamento de hipertensão arterial, diabetes mellitus e asma, disponíveis nas redes "Aqui tem Farmácia Popular" e na "Rede Própria". Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de instituições brasileiras, famílias com menor poder aquisitivo destinam aproximadamente dois terços de sua renda em despesas relacionadas à saúde, sobretudo em medicamentos (BRASIL, 2005). De acordo com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS), mais da metade dos cidadãos brasileiros interrompem seus tratamentos médicos devido à falta de recursos para adquirir os medicamentos necessários. Em resposta a essa realidade, o Ministério da Saúde, em colaboração com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, tem alocado recursos para viabilizar a distribuição de medicamentos gratuitos ou a preços acessíveis por meio da rede pública de saúde. O Programa Farmácia Popular estabelece parcerias com prefeituras, governos estaduais, entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos na área da saúde. Seus objetivos, características e modalidades de implementação evidenciam a cooperação entre distintas esferas governamentais e intervenientes da sociedade para enfrentar a desafiadora demanda social de assegurar assistência farmacêutica a todos os cidadãos do país. Recentemente, o Brasil tem passado por transformações importantes na área da saúde, que começaram com a criação e regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS). A Política Nacional de Medicamentos, um componente essencial da Política Nacional de Saúde, desempenha um papel vital na implementação de medidas para aprimorar as condições de atendimento médico à população. Assim, o governo brasileiro assumiu compromissos no âmbito do SUS, com o objetivo de melhorar as condições de atendimento médico à população. O Programa Farmácia Popular do Brasil, integrado ao Programa de Saúde do governo federal e às iniciativas de assistência farmacêutica, é uma Política Pública que busca ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais. O fato de a pesquisadora trabalhar como servidora pública na Fiocruz, órgão responsável pelo Programa Farmácia Popular do Brasil, há nove anos, facilita o contato com os gestores e demais participantes do programa. Conforme delineado na questão de pesquisa, o propósito consiste em analisar a perspectiva dos usuários do Programa Farmácia Popular do Brasil. Os objetivos do referido programa, que almejam aprimorar a prestação de serviços de saúde à população por meio da disponibilização de medicamentos a preços acessíveis em parceria com o Governo Brasileiro e o Sistema Único de Saúde (SUS), são fundamentais para alcançar essa meta. Acredita-se que tais iniciativas repercutirão em diversos aspectos ligados a um estilo de vida saudável, abrangendo educação, saúde, alimentação, moradia, renda, e outros fatores relevantes. Esses processos naturais e sociais, inerentes às comunidades humanas, estão interligados ao conceito de saúde adotado, sendo influenciados pela narrativa de vida, ocupação, hábitos, núcleo familiar, residência, entre outros elementos. A percepção individual de bem-estar se manifesta por meio de práticas alimentares, consultas médicas, e demais cuidados pertinentes. A avaliação do Programa Farmácia Popular do Brasil, juntamente com outros programas similares, contribuirá para determinar o nível de adesão da população beneficiada por essa iniciativa. Definição do Objetivo da Pesquisa: Saúde e Bem-Estar - ODS 3
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 - "Assegurar uma vida
saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades" - é uma iniciativa global fundamental estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para melhorar a saúde e o bem-estar das populações em todo o mundo. Contudo, comunidades urbanas vulneráveis frequentemente enfrentam desafios significativos relacionados à saúde devido a condições socioeconômicas precárias, acesso limitado a serviços de saúde de qualidade e desigualdades estruturais. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa é desenvolver e implementar intervenções eficazes para promover a saúde e o bem-estar em Duque de Caxias, que também é uma das comunidades urbanas vulneráveis, em conformidade com as metas estabelecidas pelo ODS 3. Especificamente, a pesquisa visa identificar os determinantes de saúde dessa comunidade, avaliar suas necessidades de saúde e bem-estar, desenvolver e implementar intervenções baseadas em evidências e avaliar o impacto dessas intervenções ao longo do tempo. Para alcançar esse objetivo, a pesquisa utilizará uma abordagem participativa, envolvendo membros da comunidade, líderes locais, profissionais de saúde e outros stakeholders relevantes em todas as etapas do processo. Métodos mistos, incluindo pesquisa qualitativa e quantitativa, serão empregados para coletar e analisar dados sobre as necessidades de saúde, determinantes de saúde, eficácia das intervenções e impacto nas condições de saúde e bem-estar das comunidades. Espera-se que esta pesquisa resulte na implementação bem-sucedida de intervenções de saúde baseadas em evidências em comunidades urbanas vulneráveis, contribuindo para a promoção da saúde e do bem-estar em conformidade com o ODS 3. Além disso, a pesquisa buscará gerar conhecimento prático e recomendações políticas para abordar desigualdades em saúde e melhorar os resultados de saúde nessas populações marginalizadas. Em suma, este projeto de pesquisa visa abordar desafios significativos relacionados à saúde e bem-estar em Duque de Caxias, alinhando-se aos objetivos estabelecidos pelo ODS 3. Ao desenvolver e implementar intervenções baseadas em evidências em colaboração com as comunidades-alvo, espera-se contribuir para um avanço significativo na promoção da saúde e na redução das desigualdades em saúde em nível local e global.