Politica Social I Atividade Discursiva

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POLITICQA SOCIAL I

ATIVIDADE DISCURSIVA
Essa política de “assalto” ao fundo público, aprofundada nos últimos governos, se
radicaliza e se acelera consideravelmente no governo Temer. Sua função primordial é
promover um “choque” de medidas neoliberais radicais de natureza conservadora e
reacionária, que inclui um pacote que compromete sobremaneira o sistema protetivo
garantido na Constituição Federal de 1988, entre eles a limitação dos gastos públicos em
vinte anos; a desvinculação das pensões e aposentadorias das correções do salário
mínimo; o desmonte da CLT e a lei de regulamentação da terceirização irrestrita. Em
síntese, vemos de forma trágica o desmonte do Estado brasileiro, por meio da imposição
de uma agenda neoliberal de cunho radical, que pretende, em curto tempo, alterar
substancialmente as conquistas sociais tidas como privilégios, presentes na Constituição
Federal de 1988.
Com o objetivo de exigir a implementação do Sistema Único de Saúde — SUS
com base nos princípios da reforma sanitária e fazer o enfrentamente ao seu desmonte foi
criada a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde. Sendo instância de representação
e militância na área, como trabalhadores(as) da saúde, esse espaço tem mobilizado a
participação de assistentes sociais no país, construindo unidade política e ação estratégica,
particularmente nos espaços das conferências de saúde.
O desmonte do Benefício de Prestação Continuada — BPC proposto por essa
PEC, aumentando a idade de acesso de 65 (sessenta e cinco) para 70 (se- tenta),
juntamente com a desvinculação do valor do salário mínimo, expressa a derruição de
direitos conquistados que os(as) assistentes sociais historicamente têm defendido.
No reino da fantasia de “ordem e progresso” do governo Temer prevê-se o
desmonte completo do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e sua transferência
para as ações pulverizadas filantrópicas e clientelistas, em que o reino da “boa vontade”
parece imperar e garantir algum sopro de vida para a classe trabalhadora.
O momento exige da classe trabalhadora unidade política fundada na análise
crítica e autocrítica. Como trabalhadores(as), os(as) assistentes sociais, assumindo seu
protagonismo de classe, são instados a participar e aliar-se às lutas sociais mais amplas
que expressem a “opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção
de uma nova ordem societária, sem domi- nação, exploração de classe, etnia e gênero”
(CFESS, 2011, p. 24).

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