6709-Texto Do Artigo-29600-1-10-20160312
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RESUMO: A crise no atual sistema penitenciário brasileiro tem levantado questões acerca da
efetividade das prisões no combate ao crime. O presente trabalho discute as constantes violações
dos direitos humanos dos presos que se encontram consagrados nos instrumentos legais nacionais
e internacionais. Analisando o fim a que se destina a pena, constata-se a falência do Estado
punitivista e o anseio pela aplicação dos direitos fundamentais dos cidadãos encarcerados. A partir
de uma análise crítica dos institutos que envolvem o direito, levanta-se o debate envolvendo a
responsabilidade estatal na garantia e aplicação da legislação penal. A proposta deste artigo é
analisar juridicamente os fatores que contribuem para a proteção ou violações dos Direitos
Humanos nos presídios brasileiros. Opta-se por avaliar, à luz dos tratados internacionais, os
mecanismos que o Estado dispõe para garantir a dignidade dos presos. A partir de um panorama
de democratização e institucionalização dos direitos fundamentais, analisa-se os impactos jurídicos
desses instrumentos internacionais no atual sistema prisional. Este estudo, por sua vez, suscitará
uma abordagem da criminologia crítica e das teorias das penas. Nesse sentido, o trabalho busca,
em toda a conjuntura atual do sistema penal, explicações para a falência das prisões no Brasil.
ABSTRACT: The crisis in the current Brazilian penitentiary system has raised questions about
the effectiveness of prisons in fighting crime. This paper discusses the constant violations of human
rights of prisoners who are enshrined in national and international legal instruments. Analysing the
purpose it is intended to show, there has been a failure Punivist State and the yearning for
enforcement of fundamental rights of incarcerated citizens. From a critical analysis of institutions
involving the law, rises the debate involving the state accountable for the guarantee and
enforcement of criminal law. The purpose of this article is legally analyzing the factors that
contribute to the protection or human rights violations in Brazilian prisons. The option is to assess,
in the light of international treaties, the mechanisms that the state has to ensure the dignity of
1
Pós-Graduanda em Direito Penal. Advogada. Assessora na Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da
Justiça.
Artigo recebido em: 05/05/2015.
Artigo aceito em: 30/05/2015.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Discute-se, atualmente, se mesmo com a ampla proteção conferida a esses direitos, tanto
pela legislação nacional quanto internacional, se há aplicabilidade efetiva no âmbito do sistema
carcerário. Ademais, questionam-se as finalidades ressocializadoras, readaptadoras e reeducadoras
das penas, uma vez que as mesmas têm sofrido um processo de esvaziamento na prática.
2
Teoria citada pelo autor também conhecida como teoria da “reação social”, onde a sociologia compreende
a criminalidade a partir da ação do sistema penal como um todo.
3
Banco Nacional de Mandados de Prisão. Disponível em <http://www.cnj.jus.br/sistemas/sistema-carcerario-
e-execucao-penal/banco-nacional-de-mandados-de-prisao-bnmp>. Acesso em: 7 jul. 2014.
[...] universalidade porque clama pela extensão universal dos direitos humanos,
com crença de que a condição de pessoa é o requisito único para a titularidade de
direitos, considerando o ser humano como essencialmente moral, dotado de
unicidade existencial e dignidade.
Seguindo o raciocínio da mesma autora, a indivisibilidade se dá pela conjugação do valor
da liberdade com o valor da igualdade (PIOVESAN, 2005).
O art. 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos enuncia que “todos os seres
humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e
devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”, e o reconhecimento da
igualdade entre homens e mulheres configura-se pressuposto essencial da dignidade da pessoa
humana. Por seu turno, a CF/88 consagra a dignidade como fundamento do Estado Democrático
de Direito (art. 1°), motivo pelo qual é vista como fundamento material da própria Constituição.
Neumann (1995, apud Sarlet, 2013, p. 33), sabidamente sustenta “que se uma vida sem
alternativas não corresponde às exigências da dignidade humana, a vida humana não pode ser
reduzida à mera existência”. O mesmo autor argumenta que o mínimo existencial representa
condição e limite para a efetivação da própria democracia.
evidente que “o fundamento último e a própria ratio essendi de um direito justo não é outro, senão
o próprio homem considerado em sua dignidade substancial de pessoa” (PIOVESAN, 2011, p.
190).
Essa nova concepção dos direitos humanos restringe a competência nacional de proteção
do indivíduo, conferindo legítimo interesse internacional a essas questões. Sendo assim, no
entendimento de Piovesan (2011), duas consequências surgem com esse novo contexto: a
relativização da soberania absoluta do Estado e a proteção dos direitos humanos na esfera
internacional.
No que se refere ao processo de criação de tratados, o art. 84, VIII, CF/88, confere
competência privativa para o Presidente da República celebrar tratados, convenções e atos
internacionais, sujeitos a referendo do Congresso.
A Convenção de Viena de Direito dos Tratados de 1969 dispõe que um Estado manifesta
seu consentimento em obrigar-se por um tratado por meio da “assinatura, troca dos instrumentos
constitutivos do tratado, ratificação, aceitação, aprovação ou adesão, ou por quaisquer outros
meios, se assim acordado” (BRASIL, 2009).
Diante das normas internacionais, o Estado poderá adotar dois posicionamentos distintos,
são eles, o monismo ou o dualismo. O primeiro não faz uma divisão entre o direito interno e o
internacional, sendo que os tratados de direito internacional, nesse caso, deveriam ter aplicação
imediata no âmbito interno dos Estados, após a ratificação pelos chefes de Estado. Em
contrapartida, no dualismo, enquanto no direito interno a vontade emana do próprio Estado, no
direito internacional exige-se a vontade conjunta dos Estados (DIAS; TORRES, 2014).
Ressalte-se que o Brasil adota a teoria do dualismo, assim “os tratados e convenções
internacionais só terão validade no território nacional após serem aprovadas pelo Congresso
Nacional e serem ‘transformados’ em norma interna.” (BARROS, 2014). Essa é a interpretação do
art. 49, I, da CF/88.
Por todo o exposto, resta esclarecer qual seria a hierarquia dos tratados internacionais de
direitos humanos dentro do ordenamento jurídico brasileiro. Infere-se do texto legal que, após a
celebração do tratado internacional, o Congresso deve analisar a sua conveniência e viabilidade
interna. O texto do tratado entrará em vigor, no território nacional, a partir de sua promulgação e
publicação em português e após o prazo da vacatio legis.
A dúvida acerca da hierarquia desses tratados iniciou-se a partir da ratificação da
Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica – Decreto
678/92) e com a adesão do Brasil ao Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (Decreto
592/92).
A Constituição Federal de 1988 destaca a prevalência dos direitos humanos no art. 4°,
inciso II, sendo estes os limites e condições do conceito de soberania nacional. Em seu art. 5º, §
2º, a Constituição Federal (BRASIL, 1988) enfatiza a consideração dos tratados como
hierarquicamente equivalentes às legislações, nos seguintes termos: “Art. 5º [...] § 2º Os direitos e
garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”.
Por sua vez, a Emenda Constitucional n.º 45 de 2004 acrescentou ao art. 5º da CF, os
parágrafos 3º e 4º, que reforçam algumas questões relacionadas a Direitos Humanos. O parágrafo
3º cuidou de regras para aprovação de tratados e convenções internacionais sobre Direitos
Humanos, sendo que o parágrafo 4º refere-se à submissão do Brasil à jurisdição de Tribunal Penal
Internacional 4.
Com o advento da Carta Magna, a redação do §2° do art. 5° do diploma legal seria
suficiente para solucionar a controvérsia, concluindo “que os tratados que versassem sobre direitos
e garantias fundamentais (...) poderiam ser equiparados às emendas constitucionais”. Porém, a
questão continua pendente uma vez que “mesmo após o surgimento do § 3º do mesmo dispositivo,
o Supremo Tribunal Federal, quase dez anos depois, não se posicionou claramente a respeito do
tema, o que não se deu por falta de oportunidade” (DIAS; TORRES, 2014, p. 315).
4
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
serão equivalentes às emendas constitucionais. § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos – OEA, a Convenção contra a tortura
e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes – ONU e a Regras das Nações
Unidas para o tratamento de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres
infratoras (Regras de Bangkok), de 22 de julho de 2010. Além das Regras mínimas para tratamento
dos reclusos de 1955.
O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos – ONU, de 1966, proíbe penas e
tratamentos cruéis e garante aos presos o tratamento com dignidade e as regras de separação 5.
No que tange ao reflexo desses tratados, convenções e pactos na legislação pátria, nota-
se a previsão constitucional da intranscendência e a individualização da pena, a vedação à pena de
morte, à de caráter perpétuo, à de trabalhos forçados, à de banimento e às cruéis.
5
Artigo 7º. Ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou
degradantes. Será proibido, sobretudo, submeter uma pessoa, sem seu livre consentimento, a experiências médicas ou
científicas. Artigo 10 - §1. Toda pessoa privada de sua liberdade deverá ser tratada com humanidade e respeito à
dignidade inerente à pessoa humana. a) As pessoas processadas deverão ser separadas, salvo em circunstâncias
excepcionais, das pessoas condenadas e receber tratamento distinto, condizente com sua condição de pessoas não
condenadas. b) As pessoas jovens processadas deverão ser separadas das adultas e julgadas o mais rápido possível.
§2. O regime penitenciário consistirá em um tratamento cujo objetivo principal seja a reforma e reabilitação moral dos
prisioneiros. Os delinquentes juvenis deverão ser separados dos adultos e receber tratamento condizente com sua idade
e condição jurídica.
A Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984 (Lei das Execuções Penais) tratou de forma
minuciosa os direitos dos presos, bem como os seus deveres, disciplinando todas as formas de
assistência ao encarcerado (material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa).
Beccaria (2004) em seu clássico “Dos delitos e das penas” sabidamente se refere ao direito
de punir como a agregação de mínimas porções individuais da liberdade dos súditos, e as penas
serão tanto mais justas “quanto mais sagrada e inviolável é a segurança e maior a liberdade que o
soberano garante aos súditos” (2004, p. 42). E ainda define que a finalidade da pena é “apenas
impedir que o réu cause novos danos aos seus concidadãos e dissuadir os outros a fazer o mesmo”
(2004, p. 68).
À medida que as penas vão sendo moderadas, que se eliminem a miséria e a fome
dos cárceres, penetrem a compaixão e humanidade além das grades, inspirando
os inexoráveis e endurecidos ministros da justiça, poderão as leis contentar-se
com indícios sempre mais leves para efetuar a prisão. (2004, p. 72).
Caracterizando o sistema penal vigente como sendo “segundo a opinião dos homens,
prevalece a ideia da força e da prepotência sobre a justiça; [...] a prisão é antes um suplício do que
uma custódia do réu [...]” ( BECCARIA, 2004, p.72).
Bitencourt defende que “para uma melhor compreensão da sanção penal, deve-se analisá-
la levando-se em consideração o modelo socioeconômico e a forma de Estado em que se
desenvolve esse sistema sancionador” (BITENCOURT, 2011, p. 113).
A concepção retributiva conferida à pena passou para uma nova ideia relacionada com a
função preventiva da mesma. O Estado se utiliza da pena para regulamentar a convivência pacífica
entre homens e mulheres dentro de uma sociedade, sendo, portanto, uma forma de controle social.
Essa relação entre pena e Estado torna consequente que “o desenvolvimento do Estado está
intimamente ligado ao da pena” (BITENCOURT, 2011, p. 115).
Hassemer (2005, apud BITENCOURT, 2011, p. 115), ao se referir aos fins da pena, assim
preleciona:
Evidentemente, os fins da pena, como teorias que indicam a missão que tem a
pena pública, são um meio adequado para concretizar o juízo de culpabilidade.
Uma concreção do juízo de culpabilidade sob o ponto de vista dos fins da pena
promete, além do mais, uma harmonização do sistema jurídico-penal, um
encadeamento material de dois setores fundamentais, que são objeto hoje dos
mais graves ataques por parte dos críticos do Direito Penal.
Dentre as mais diversas teorias que explicam o sentido, função e a finalidade das penas,
destacam-se: teorias absolutas, teorias relativas e teorias unificadoras.
Em se tratando da teoria absoluta, o Estado se baseia na ideia de contrato social com seus
governados, sendo assim, deve apenas evitar o conflito entre os indivíduos e estabelecer um
consenso social. A partir desse objetivo jurídico penal, aquele que descumprir as regras impostas
estaria agindo como traidor e deveria ter sua culpa retribuída com a pena.
Os pensadores mais expressivos adeptos a essa teoria foram Kant, em a “Metafísica dos
costumes” e Hegel, em “Princípios da filosofia do direito”. Mas existe importante diferença entre
ambos, enquanto o primeiro fundamenta-se na ordem ética, o segundo tem sua fundamentação na
ordem jurídica.
Hegel apud Bitencourt, por sua vez, traz uma tese mais jurídica a respeito da pena. Baseia-
se, nesse sentido, na fundamentação de que a pena encontra sua “justificação na necessidade de
restabelecer a vigência da vontade geral, simbolizada na ordem jurídica e que foi negada pela
vontade do delinquente” (BITENCOURT, 2011, p. 123).
A partir das teorias apresentadas, questiona-se o fim primeiro da atual pena privativa de
liberdade e sua eficácia real. As violações de direitos básicos não representam um problema da
execução penal, mas integra o conjunto motivador da falência das prisões.
Bitencourt (2011, p. 162-163) traz duas premissas que justificam a ineficácia da pena,
considerando que “o ambiente carcerário, em razão de sua antítese com a comunidade livre,
converte-se em meio artificial, antinatural, que não permite realizar nenhum trabalho reabilitador
sobre o recluso”. Ademais, sob outra ótica, “insiste-se que na maior parte das prisões do mundo as
condições materiais e humanas tornam inalcançável o objetivo reabilitador”.
O sistema penal é formado, essencialmente, por três segmentos, são eles: policial, judicial
e executivo. Porém, eles não se encontram na mesma proporção, sendo que em cada etapa da
persecução penal há a preponderância de um deles em relação aos demais.
Para entender o sistema prisional, necessário se faz a conceituação do que seja o sistema
penal. Zaffaroni ao se referir ao sistema penal, considera-o como sendo o “controle social punitivo
institucionalizado” (ZAFFARONI; PIERANGELI, 2004, p. 69).
Atualmente, existe uma pluralidade de discursos que versam sobre o crime e o criminoso.
Desde o discurso garantidor do segmento judicial, onde se busca a retribuição e a ressocialização,
passando pelo discurso policial predominantemente moralizante, e o penitenciário que se baseia
no tratamento. (ZAFFARONI; PIERANGELI, 2004).
Nesse caso, as diversas teorias não são benéficas para o sistema penitenciário, e é nesse
momento que se inicia a crise. A realidade é a falência do sistema com o consequente fracasso dos
objetivos preventivos e ressocializadores da pena, tornando a prisão um fator criminógeno.
Todas essas violações pouco são tratadas pela justiça brasileira. Raros casos recebem uma
resposta eficiente do Poder Judiciário, como a condenação, em agosto de 2013, de 48 policiais pelo
homicídio de 111 detentos na prisão de Carandiru no estado de São Paulo, ocorrido em 1992.
Em agosto de 2013, a Presidente Dilma Rousseff assinou uma lei que cria o Mecanismo
Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. O Mecanismo será formado por 11 peritos com
poderes para realizar visitas periódicas a estabelecimentos civis e militares nos quais pessoas são
privadas de sua liberdade. O Mecanismo também foi objeto de decisão do CDDPH que solicitou:
“[...] agilização dos procedimentos para a formação do Comitê e do Mecanismo Nacional de Prevenção e
Combate à Tortura, com a formação do seu corpo de peritos autônomos para fiscalização das unidades de
privação de liberdade”.
praticaram crime sem violência e os que cometeram crimes com alto grau de violência; os
primários e reincidentes – todos compartilham o mesmo espaço, e muitas vezes uma minúscula
cela. A única divisão possível é aquela em função da possibilidade de convivência pacífica entre
presos, ou seja, são separados em função dos grupos criminosos aos quais pertencem, de rixas
passadas ou adquiridas no convívio prisional.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) enviou recentemente ação ao STF para que
detentos em condições degradantes ou sub-humanas nos presídios brasileiros tenham direito à
indenização por danos morais.
O evento mencionado também abordou a questão da prisão domiciliar para presas com
filhos. A especialista em assuntos penitenciários da Universidade do Chile, Olga Espinoza,
defendeu que a efetiva aplicação das regras mínimas para o tratamento das mulheres presas
aprovadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2010, também chamada de Regras de
Bangkok, beneficiaria não apenas a população carcerária feminina, mas toda a sociedade brasileira.
O conjunto de orientações encoraja os países-membros da ONU a buscar alternativas ao regime
fechado para mulheres presas, além de defender a proximidade da prisão do domicílio da detenta
e tratamento de saúde específico à presa grávida. Nas palavras de Espinoza, as regras de Bangkok
“não visam apenas melhorar as condições das unidades prisionais. Senão, bastaria construir prisões
mais bem equipadas. O destinatário dessas regras é a sociedade como um todo.”
CONCLUSÃO
educação oferece oportunidades dentro de uma sociedade hierarquizada e meritocrática, por isso,
devem ser priorizados à despeito da privação desmedida da liberdade do indivíduo.
REFERÊNCIAS
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade (da pessoa) humana, mínimo existencial e justiça
Constitucional: algumas aproximações e alguns desafios. Revista CEJUR/TJSC: prestação
jurisdicional. v. 1, n. 01, dez. 2013.
SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton; OLIVEIRA, Miguel Augusto Machado de. Direitos humanos e
cidadania. São Paulo: Editora Revista dos tribunais, 2007.
SOARES, Ricardo Maurício Freire. Breves Notas sobre o neoconstitucionalismo: pós-
positivismo e dignidade da pessoa humana. Campo jurídico, vol. 1, n. 2, out/2013.
ZAFFARONI, Eugenio Raúl; PIERANGELI, José Henrique. Manual de Direito Penal
Brasileiro. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004.